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Caldeirão da Bolsa

Estado paga operações no privado a quem estiver há mais temp

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Visitante » 15/3/2004 3:10

É absolutamente necessário que os sucessivos governos não fiquem cegos, surdos e mudos aos "clientes" da saúde e ao mesmo tambem passem a tratar as nossas finanças públicas.

Vê-se que há aqui gente que conhece por dentro quais os males e o tratamento a dar à saúde pública.
Visitante
 

por kakuy » 15/3/2004 2:58

Sou profissional de saúde, trabalho com médicos espanhóis e com médicos Portugueses, fico surpreendido porque conheço médicos espanhois que vieram exercer em Portugal não porque estavam desempregados no seu país, mas atraídos pelos vencimentos elevados que aqui se pagam! eles referem que ganham mais em Portugal em inicio de carreira do que em Espanha após 20 anos de actividade.
Alguma coisa está errada porque, por exemplo o vencimento de um enfermeiro em Espanha em inicio de carreira é cerca de 1500€ enquanto esse valor em Portugal se situa á volta dos 850/900€
Não tenho duvida que a politica que foi defendida pelo governo durante muitos anos, que foi a de formar poucos médicos, acabou por dar um poder exagerado a esta classe profissional e neste momento quem tem a faca e o queijo na mão são eles, aliás sempre a tiveram.
Na minha opinião a "promiscuidade" publico/privado actual é escandalosa.

Enfim...
 
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por MarcoAntonio » 15/3/2004 0:17

Pata-Hari Escreveu:Marco, a tua frase é:

"Em Portugal não existe qualquer problema de excesso, quer no Publico quer no Privado. Existe um problema de defeito... ". A frase dá a entender uqe eu afirmei erroneamente que haveria excesso de médicos, quando afirmei o contrário.


Confesso que não percebo a razão de ser desta confusão. Eu não disse que tu afirmaste o que quer que seja nem tão pouco afirmei que estava em acordo ou desacordo.

O exemplo que apresentaste de França em Portugal não se coloca sequer em hipotese pelas circunstâncias do nosso país neste sector. Limitei-me a sublinhar a realidade do que se passa por cá e da qual a generalidade dos cidadãos começa a estar consciente. Isso não colide nem descolide com a rectidão do que disseste sobre o que se passa em França.


Pata-Hari Escreveu:E quando dizes que a questão da qualidade da "escola" do público se tornar é marginal, tudo bem, até estou de acordo, mas não é disso que estou a falar, acrescentei apenas um dado.


Óptimo. Sinal que estamos mais em acordo do que em desacordo...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por otis » 14/3/2004 21:35

Lindo, lindo!...
A administração em peso em desentendimento!...
Quando isto virar mesmo para a batatada, espero que seja no próximo almoço de confraternização!
É que quero estar presente para bater as minhas palmas. :-)

Abraço aos dois e beijinhos à Pata
 
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por Pata-Hari » 14/3/2004 18:58

Marco, a tua frase é:

"Em Portugal não existe qualquer problema de excesso, quer no Publico quer no Privado. Existe um problema de defeito... ". A frase dá a entender uqe eu afirmei erroneamente que haveria excesso de médicos, quando afirmei o contrário.

E quando dizes que a questão da qualidade da "escola" do público se tornar é marginal, tudo bem, até estou de acordo, mas não é disso que estou a falar, acrescentei apenas um dado.
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por MarcoAntonio » 14/3/2004 14:19

Ulisses Pereira Escreveu:Marco,

Não percebo o início do teu post. É notório que há menos clínicas e médicos do que as necessidades e por isso mesmo é que a Marta disse que se existissem mais clínicas, os preços baixariam. Concordo plenamente com ela e ainda não percebi no que discordaste...



Eu não disse em lugar algum que discordava de nada, Ulisses. Estava antes a sublinhar os problemas que se vivem em Portugal no sector da Saúde que passam pela falta de médicos, quer se fale do Sector Publico quer se fale do Sector Privado.

O que a Marta diz é óbviamente correcto. A questão é que está muito longe do que se passa em Portugal. A nossa realidade é bem diferente da que ela descreve do que se passa em França.

Por outro lado, o problema qualidade é um problema marginal (é claro que existem médicos que se interessam em «criar nome», mas estamos a falar de uma pequena franja do universo em questão e em todo o caso trata-se de uma questão lateral nas circunstâncias do Sector no nosso país).

Ulisses Pereira Escreveu:E se hoje continuamos, por exemplo, com um défice de médicos tal deve-se ao lobby violento do sector que contesta qualquer medida que vá no sentido de alargar o número de médicos em Portugal.


Eu não quis ir tão longe e «tentei conter-me» na descrição com receio de abrir aqui uma polémica num tema que é um off-topic, mas já que «entreabriste a porta», é de um lobby que se trata, e de um lobby fortíssimo onde se passam as coisas mais incríveis.

Algumas de solução relativamente simples, haja vontade, capacidade e coragem política...
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por Ulisses Pereira » 14/3/2004 14:06

Marco,

Não percebo o início do teu post. É notório que há menos clínicas e médicos do que as necessidades e por isso mesmo é que a Marta disse que se existissem mais clínicas, os preços baixariam. Concordo plenamente com ela e ainda não percebi no que discordaste...

E se hoje continuamos, por exemplo, com um défice de médicos tal deve-se ao lobby violento do sector que contesta qualquer medida que vá no sentido de alargar o número de médicos em Portugal.

Um abraço,
Ulisses
"Acreditar é possuir antes de ter..."

Ulisses Pereira

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por MarcoAntonio » 14/3/2004 13:59

Pata-Hari Escreveu:É claro que se houvessem suficientes clinicas privadas no país...


Em Portugal não existe qualquer problema de excesso, quer no Publico quer no Privado. Existe um problema de defeito...

Tanto mais que existe um número significativo de médicos espanhóis a trabalhar em Portugal, principalmente no Publico.

Pata-Hari Escreveu:Esse argumento dos médicos não tem em conta que se faz "escola" nos hospitais públicos e que o nome profissinal se "faz" no público.


Essa é uma questão marginal em Portugal. Quando a procura ultrapassa largamente a oferta, o factor qualidade acaba por ser uma questão lateral.

Chegamos ao cúmulo de termos má qualidade na Privada, má qualidade paga a «peso de ouro», mas que ainda assim é melhor que a pior qualidade do Publico e/ou a única alternativa quando o Publico não funciona em tempo útil.

É a fria realidade do sector Saúde em Portugal...

PS: Falo com conhecimento de causa pois a minha esposa trabalha num dos maiores Hospitais Publicos do país...
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por Pata-Hari » 14/3/2004 13:48

É claro que se houvessem suficientes clinicas privadas no país, em principio e pelo efeito da concorrência os preços tenderiam a baixar. Em frança acontece um fenómeno engraçado e que é o facto de algumas clinicas privadas serem mais baratas para coisas como partos, tendo um excelente serviço. No entanto o utente muitas vezes escolhe um hospital público porque sabe que tem um departamento de neo-natologia e mais equipamento para poder socorrer a mãe e a criança em caso de haverem problemas. O mesmo para qualquer coisa de relativamente simples.

Esse argumento dos médicos não tem em conta que se faz "escola" nos hospitais públicos e que o nome profissinal se "faz" no público.
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Estado paga operações no privado a quem estiver há mais temp

por Visitante » 14/3/2004 13:41

Pois é meus amigos, finalmente a verdade, durante anos os médicos ou alguém andou a impedir a criação de novos médicos os quais este País bem precisava, quantos menos melhor pois assim serão sempre muito mais elevados os ordenados dos mesmos, mas com um senão: cada vez mais iriam existir mais doentes em lista de espera. Ultimamente começaram a acontratar médicos de outros países principalmente Espanhóis. Pessoalmente conheço médicos que diziam:"... para quê fazer 5 ou 6 cirurgias por dia se ganho o mesmo se fizer 2?"... Foram estas as palavras de médicos do sector público, mas depois continuavam: "... assim quem estiver desesperado vai ter que recorrer ao privado onde eu também opero, e claro são bem pagas e eu acrescento mais umas centenas ao final do mês ao ordenado..."
Afinal a »dança« continua, e vão continuar os contribuintes a pagar o sustento das privadas, com esta notícia.
Agora analisem e vejam quem são os »donos« das privadas :evil:
São sempre as mesmas »familias« a mandar neste país, como dizia um presidente de uma cãmara municipal numa preparação de uma entrevista jornalistica: "... mas não sabe o senhor jornalista que essa pergunta não tem cabimento? Quem manda nas camaras são os senhores da construção civil e outros, por isso para quê falar em cumprir ou alterar leis de acordo com..." :evil:

Estado paga operações no privado a quem estiver há mais tempo em espera
Lusa

O ministro da Saúde anunciou ontem que, a partir de Abril, quem estiver há "um tempo considerado razoável" em lista de espera para ser operado, receberá um documento para ter acesso à operação no sector privado, paga pelo Estado.

Luís Filipe Pereira disse que o título - que começará a ser enviado às pessoas de duas regiões e que depois será alargado a todo o país -, "pode ser utilizado em qualquer clínica privada ou hospital público que não tenha listas de espera e o Estado pagará essa cirurgia".
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