Carlos Oliveira vai ocupar o lugar de “chairman” da TAP

[A. Fernandes]

Estas datas, por sinal com algum relevo nos nossos conturbados dias de "revolução" ficaram também ligadas a actos terroristas, ainda que de dimensões bem diferentes, mas na minha análise/opinião provenientes da mesma fonte - sim estou a dizer que não terá sido a Eta quem esteve por de trás deste atentado.
Os mercados como não podia deixar de ser reagiram, agravando as quedas que já vinham a acontecer. Mas enquanto no 11 de Setembro, por ter sido onde foi, pelo encerrar de bolsas, pelo medo a todos os níveis gerado, a reação às quedas foi mais cautelosa.
Aqui, em especial na nossa praça, parece estar a assistir-se a um sentimento de que isto só veio acelerar a correcção que se vinha a verificar e que ainda não se sabia o fundo, estabelecendo-o desde já e criando boas oportunidades de entrada/reforço e quiçá excelentes condições de especulação intraday.
Não queria que este post ficasse muito confuso, mas ir escrevendo ao mesmo tempo que as linhas de raciocíno vão fluindo não é muito fácil.
O que eu quero dizer é que tenho muito receio que este atentado seja só um retomar de atentados por parte da Al-qaeda e que nós (Portugal) como apoiantes do Bush (tal como a espanha) com os eventos internacionais que se avizinham, possamos ser sérios candidatos a semelhantes actos. Espero que sejam só devaneios meus...

Cumprimentos

Ah isto não tem nada a ver com os autores dos post anteriores em especial o Marco, que muito estimo..., mas a política de não proliferação de abertura de novos tópicos com o mesmo tema levou a que eu escolhesse este para o desabafo.

[j.pinto]

Pessoalmente, acho que se os 7600 aguentarem será um bom sinal. Indicaria que o medo foi passageiro e que está esgotado. Alguma euforia que já se sentia no mercado, foi posta na rua.
Como estou de fora, vou olhar para este nº, e na eventual reação positiva, para tomar decisões de entrada.
Caso os 7600 sejam quebrados, paciencia, é esperar pelos 7200.

Abraço
j.pinto

[MarcoAntonio]

Nota Final: Hoje não são muito breves mas foi para manter o nome da rubrica...

[MarcoAntonio]

Após duas sessões de correcção já de si sensível, hoje o terrorismo vem abalar o mercado que se já cautelas merecía...

Hoje e perante as circunstancias, será difícil manter o formato habitual nesta rúbrica dado que o mercado move-se como um bloco no mesmo sentido. Mas ficam curtíssimas referências a cada título e um comentário final que numa sessão como a que estamos a assistir considero mais importante...

BCP: Já estava em correcção mas como a generalidade dos títulos acelerou hoje severamente. Quebrou o pequeno suporte nos 2.08€ e tem agora os 2.00€, já praticamente testados, muito embora suportes técnicos possam valer de pouco em momentos como este...

BPI: Mesmo hoje o BPI encontra-se entre os títulos menos afectados. É a única coisa que cabe dizer pois, apesar disso, mesmo assim corrige mais de 2%.

BRI: A Brisa já estava entre as que apresentava a situação técnica mais débil. Hoje viajou rapidamente de encontra ao suporte seguinte, os 5.50€, que já tinham sido referidos nos últimos comentários. Encontra-se entretanto a reagir em alta ao suporte.

EDP: Encontrava-se numa correcção natural e expectável. Hoje está a ser bastante penalizada hoje em virtude das circunstâncias da Acção Terrorista em Espanha, obviamente...

IPR: A IPR é outro dos papéis que já vinha tremendo e mesmo ontem já tinha ameaçado seríamente o suporte técnico. Hoje não deixa margem para dúvidas e encontra-se entre os mais afectados. Próximo suporte de relevo - 3.60€.

JMT: Com o empurrão descendente de hoje não teve dificuldades em quebrar em baixa o suporte dos 9.00€, tecnicamente o mais importante que tinha nesta zona.

PTC: Quebrou é claro o suporte horizontal que existia nos 9.27€ mas ainda assim se mantém dentro do canal ascendente. Tal como o BPI, encontra-se entre os títulos menos afectados. Mesmo assim não escapa a uma correcção superior a 2%...

PTM: Entre o grupo de títulos que já vinha em correcção assinalável e que hoje acaba por ser dos mais penalizados.

SON: Na SON e um pouco como na EDP, a correcção vinha sendo perfeitamente aceitável. No entanto, hoje e após a quebra do «Euro» a situação degradou-se claramente tendo entrado numa queda bastante desamparada...

SNC: Depois de tudo quanto foi dito nos restantes papéis não sobrará muito para dizer relativamente à SNC. Já perto dos 3.00€ que seríam o suporte técnico seguinte.

Síntese:

Quando escrevo estas linhas as TV's confirma cerca de 145 mortos em virtude da acção terrorista em Espanha quando ainda não se sabe concretamente se esta é da autoría da ETA, dado como mais provável, ou se terá alguma ligação à Al-Qaeda, hipótese mais remota mas ainda assim a considerar.

Mais de 140 mortos e já perto de 500 feridos, o maior atentado terrorista alguma vez registado na Europa e o fantasma do 11 de Setembro e da Al-Qaeda, não será surpreendente portanto, quando o mercado já vinha há algumas sessões em correcção técnica, ter-se acelerado o movimento de baixa nos mercados em geral.

O PSI20 cai nesta altura muito perto de 3%, o DAX ultrapassa mesmo essa fasquia e se ontem os States já caíam significativamente não será surpreendente se hoje registarem igualmente uma queda severa, até porque o Nasdaq quebrou ainda ontem o suporte psicológico em torno dos 2000pts e S&P fechou mesmo sobre o suporte horizontal em torno dos 1125pts.

Momentos como este merecem todas as cautelas e, sobretudo calma na negociação. Os investidores devem, em minha opinião, evitar negociar movidos pelas emoções. Lembro por exemplo que ao fatídico 11 de Setembro registaram-se quedas muito severas mas logo de seguida o mercado registou um violentíssimo Rallye, até à data o Rallye mais forte de todo o Bear Market.

Pois estes movimentos de aceleração das quedas tendem a terminar mais rapidamente com os movimentos correctivos e a proporcionar de seguida movimentos igualmente fortes de sentido contrário.

A situação não será contudo directamente comparável dado que no 11 de Setembro vinhamos de um longo Bear Market e as quedas severas vieram esgotar o potencial de queda dos mercados pelo que rapidamente atingimos a situação extrema de não haver ninguém disposto a vender e imensos investidores com liquidez e vontade de comprar.

Ainda assim, apesar das diferentes circunstâncias, é a minha opinião de que um movimento forte como este tenderá a ser curto e a merecer uma correcção subsequente.

Não será de qualquer das formas o momento para arriscar tudo e de jogar sem rede.

Cautela e serenidade, exposições moderadas, é o que proponho...