Euronext Lisbon prepara dinamização do mercado de derivados
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Euronext Lisbon prepara dinamização do mercado de derivados
Euronext Lisbon prepara dinamização do mercado de derivados português
A bolsa nacional, a duas semanas de arranque do processo de migração, apresentou a «nova cara» do mercado de derivados, numa tentativa de espevitar e revitalizar este segmento, até agora sem grande sucesso e liquidez em Portugal.
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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt
A bolsa nacional, a duas semanas de arranque do processo de migração, apresentou a «nova cara» do mercado de derivados, numa tentativa de espevitar e revitalizar este segmento, até agora sem grande sucesso e liquidez em Portugal.
Miguel Geraldes, director de negociação da Euronext Lisbon afirmou não acreditar «que o mercado português de derivados esteja morto», numa altura em que a bolsa nacional vai eliminar o segmento das opções, e aposta unicamente nos contratos de futuros sobre índices e acções.
Até agora, embora sem liquidez, existiam contratos de opções sobre a Portugal Telecom (PT), a Electricidade de Portugal (EDP), a PT Multimédia (PTM), a Sonae SGPS e outro que tinha o PSI-20 como subjacente.
A partir de 22 de Março, dos actuais contratos e futuros existentes, apenas o da Cimpor desaparece, por falta de liquidez. Os investidores nacionais poderão continuar a transaccionar futuros sobre a PSI-20, o Banco Comercial Português (BCP), a EDP, a PT, a PT Multimédia e a Sonae SGPS.
Além destes contratos, a Euronext Lisbon desenhou dois novos contratos cuja estreia está agendada para a data de migração: futuros sobre a Brisa e sobre o Banco BPI.
Quatro membros no arranque
Quando o mercado de futuros nacional passar para a alçada da Euronext.Liffe, contará com quatro membros negociadores, habilitados a introduzir directamente ordens no sistema de negociação Liffe Connect: o BES Investimento, o Banco Santander de Negócios Portugal, o Barclays Bank e o espanhol BBVA. O Liffe Connect é o sistema de «trading» que vai substituir o actual sistema SEND, e conta com mais de 200 membros.
A Caixa Banco de Investimento deverá completar o processo de «membership» nos próximos dois meses, segundo Miguel Geraldes, que adiantou ainda que já existem mais quatro membros que, no entanto, não farão parte do arranque da migração. Existe um período de 22 de Março a 5 de Abril, o chamado «black window», em que a bolsa, por razões de natureza tecnológica, não aceita novos membros.
Note-se que os intermediários financeiros que pediram o estatuto de membros compensadores no mercado a contado, podendo proceder as operações de «clearing» na Clearing 21, não necessitarão de solicitar nova permissão para compensar nos derivados. A Interbolsa vai continuar a fazer o «settlement», ou a entrega física, das operações.
O próximo desafio, segundo Mark Ibbotson, director dos serviços de «marketing» da Euronext, será o de «convencer os membros da Liffe Connect a estenderem a sua condição de membro a Lisboa».
Liquidez nos futuros começa a dar os primeiros sinais de retoma com Sonae a liderar
Nos últimos dois meses, o mercado de futuros começou a dar os primeiros «sinais de vida». Em Janeiros, o número de contratos sobre acções aumentou 64% face ao período homólogo, e em Fevereiro, o volume de contratos subiu 89%, com os futuros sobre o PSI-20 a negociarem mais 17% do que em Fevereiro de 2003.
Em valor, os futuros que tem como subjacente títulos de empresas, negociaram mais 33% em Fevereiro para quase 160 milhões de euros. A liquidez dos contratos sobre o PSI-20 incrementou 56% para pouco mais de 120 milhões de euros.
A Sonae SGPS tem sido a actual surpresa do mercado de futuros, já que em Março, os futuros que tem como subjacente acções da empresa liderada por Belmiro de Azevedo foram os mais negociados. A possibilidade de negociar futuros sobre a Sonae SGPS, a partir de 22 de Março, constituiu esta semana uma surpresa para os intermediários e para a bolsa, que temia que o preço dos contratos, com três casa decimais, não fosse aceite no sistema.
Simon Chapman, responsável pelo processo de integração operacional dos derivados, afirma que parte desta retoma prende-se com o facto dos mercados accionistas estarem a subir, preferindo não ligar este ressurgimento na liquidez com a aproximação da data de migração.
Também Miguel Geraldes defende que como a base de clientes deste segmento ainda não aumentou, a subida do volume estará mais ligada o aumento da volatilidade.
Novo preçário
As comissões pagas à bolsa pagas pelos intermediários financeiros (que depois se repercurtem nos clientes finais, irão também sofrer alterações. Actualmente, as comissões variam consoante o tipo de produto e de transacção. A partir de 22 de Março, as comissões vão ser únicas e deverão sofrer uma redução, em média, de 20%.
Daqui a duas semanas, para fazer o «roll out», o «block trade» e a negociação de contratos sobre o PSI-20 paga-se à bolsa 0,15 euros, e mais 0,15 euros pelo «settlement». A negociação dos contratos sobre acções individuais vai ter um custo unitário de 0,70 euros, e mais 0,70 euros pela liquidação.
* o jornalista viajou a Londres a convite da Euronext Lisbon
A bolsa nacional, a duas semanas de arranque do processo de migração, apresentou a «nova cara» do mercado de derivados, numa tentativa de espevitar e revitalizar este segmento, até agora sem grande sucesso e liquidez em Portugal.
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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt
A bolsa nacional, a duas semanas de arranque do processo de migração, apresentou a «nova cara» do mercado de derivados, numa tentativa de espevitar e revitalizar este segmento, até agora sem grande sucesso e liquidez em Portugal.
Miguel Geraldes, director de negociação da Euronext Lisbon afirmou não acreditar «que o mercado português de derivados esteja morto», numa altura em que a bolsa nacional vai eliminar o segmento das opções, e aposta unicamente nos contratos de futuros sobre índices e acções.
Até agora, embora sem liquidez, existiam contratos de opções sobre a Portugal Telecom (PT), a Electricidade de Portugal (EDP), a PT Multimédia (PTM), a Sonae SGPS e outro que tinha o PSI-20 como subjacente.
A partir de 22 de Março, dos actuais contratos e futuros existentes, apenas o da Cimpor desaparece, por falta de liquidez. Os investidores nacionais poderão continuar a transaccionar futuros sobre a PSI-20, o Banco Comercial Português (BCP), a EDP, a PT, a PT Multimédia e a Sonae SGPS.
Além destes contratos, a Euronext Lisbon desenhou dois novos contratos cuja estreia está agendada para a data de migração: futuros sobre a Brisa e sobre o Banco BPI.
Quatro membros no arranque
Quando o mercado de futuros nacional passar para a alçada da Euronext.Liffe, contará com quatro membros negociadores, habilitados a introduzir directamente ordens no sistema de negociação Liffe Connect: o BES Investimento, o Banco Santander de Negócios Portugal, o Barclays Bank e o espanhol BBVA. O Liffe Connect é o sistema de «trading» que vai substituir o actual sistema SEND, e conta com mais de 200 membros.
A Caixa Banco de Investimento deverá completar o processo de «membership» nos próximos dois meses, segundo Miguel Geraldes, que adiantou ainda que já existem mais quatro membros que, no entanto, não farão parte do arranque da migração. Existe um período de 22 de Março a 5 de Abril, o chamado «black window», em que a bolsa, por razões de natureza tecnológica, não aceita novos membros.
Note-se que os intermediários financeiros que pediram o estatuto de membros compensadores no mercado a contado, podendo proceder as operações de «clearing» na Clearing 21, não necessitarão de solicitar nova permissão para compensar nos derivados. A Interbolsa vai continuar a fazer o «settlement», ou a entrega física, das operações.
O próximo desafio, segundo Mark Ibbotson, director dos serviços de «marketing» da Euronext, será o de «convencer os membros da Liffe Connect a estenderem a sua condição de membro a Lisboa».
Liquidez nos futuros começa a dar os primeiros sinais de retoma com Sonae a liderar
Nos últimos dois meses, o mercado de futuros começou a dar os primeiros «sinais de vida». Em Janeiros, o número de contratos sobre acções aumentou 64% face ao período homólogo, e em Fevereiro, o volume de contratos subiu 89%, com os futuros sobre o PSI-20 a negociarem mais 17% do que em Fevereiro de 2003.
Em valor, os futuros que tem como subjacente títulos de empresas, negociaram mais 33% em Fevereiro para quase 160 milhões de euros. A liquidez dos contratos sobre o PSI-20 incrementou 56% para pouco mais de 120 milhões de euros.
A Sonae SGPS tem sido a actual surpresa do mercado de futuros, já que em Março, os futuros que tem como subjacente acções da empresa liderada por Belmiro de Azevedo foram os mais negociados. A possibilidade de negociar futuros sobre a Sonae SGPS, a partir de 22 de Março, constituiu esta semana uma surpresa para os intermediários e para a bolsa, que temia que o preço dos contratos, com três casa decimais, não fosse aceite no sistema.
Simon Chapman, responsável pelo processo de integração operacional dos derivados, afirma que parte desta retoma prende-se com o facto dos mercados accionistas estarem a subir, preferindo não ligar este ressurgimento na liquidez com a aproximação da data de migração.
Também Miguel Geraldes defende que como a base de clientes deste segmento ainda não aumentou, a subida do volume estará mais ligada o aumento da volatilidade.
Novo preçário
As comissões pagas à bolsa pagas pelos intermediários financeiros (que depois se repercurtem nos clientes finais, irão também sofrer alterações. Actualmente, as comissões variam consoante o tipo de produto e de transacção. A partir de 22 de Março, as comissões vão ser únicas e deverão sofrer uma redução, em média, de 20%.
Daqui a duas semanas, para fazer o «roll out», o «block trade» e a negociação de contratos sobre o PSI-20 paga-se à bolsa 0,15 euros, e mais 0,15 euros pelo «settlement». A negociação dos contratos sobre acções individuais vai ter um custo unitário de 0,70 euros, e mais 0,70 euros pela liquidação.
* o jornalista viajou a Londres a convite da Euronext Lisbon
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