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Caldeirão da Bolsa

Fundos à la carte

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Fundos à la carte

por Bucks » 23/7/2015 19:32

Títulos de dívida: não fuja aos fundos de obrigações

DATA DA PUBLICAÇÃO: 23JUL2015

Sozinhos, os fundos de obrigações são pouco recomendáveis, mas o seu papel é crucial se quiser ter uma carteira bem diversificada.


Com as taxas de juro pelas ruas da amargura e a crise da dívida soberana da zona euro ainda fresca na memória de todos, haverá razões para investir em fundos de obrigações? Consideramos que a resposta é afirmativa, mas com algumas ressalvas.
É importante ter uma estratégia de carteira, nem todas as categorias valem uma aposta e algumas são mesmo a evitar. Isoladamente, a subscrição de fundos de obrigações é relativamente pouco atrativa. Como referimos, as taxas de juro (yields) são muito baixas na maioria dos mercados, pelo que a expectativa de rendimento é diminuta. Na Europa, a dívida de alguns países passou mesmo por um período de juros negativos. Acresce ainda que a inevitável normalização das políticas monetárias (subida das taxas de referência) terá no futuro um impacto negativo na cotação das obrigações.

Um papel absorve-riscos
A principal vantagem dos fundos de obrigações é o seu contributo para uma correta diversificação. Uma carteira que tenha apenas ações é demasiado arriscada e pode sofrer perdas elevadas num curto espaço de tempo. Com a inclusão de obrigações, a relação entre rendimento potencial e risco é otimizada.
Esse é um dos pressupostos que utilizamos para a elaboração das estratégias recomendadas a longo prazo. Quando os mercados de ações passam por momentos maus, os investidores procuram refúgio em aplicações com menos risco, nomeadamente na dívida emitida por países/empresas de elevada capacidade financeira (bons ratings) e expressas em moedas “sólidas”. Com o aumento da procura, a cotação dessas obrigações sobe e atenua as perdas da componente acionista da carteira.

Os estrangeiros preferidos
Portanto, daqui também se depreende que há fundos de obrigações mais adequados do que outros para desempenhar esse papel. As categorias de fundos com maior importância nas nossas carteiras cumprem esses requisitos.
Em primeiro lugar, privilegiam dívida de emitentes públicos com ratings elevados. A dívida privada também está presente em alguns fundos, mas esta consiste sobretudo em dívida de emitentes sólidos e costuma estar em minoria face aos Estados.
Em segundo lugar e, sempre que possível, apostamos em categorias de obrigações dedicadas a moedas que consideramos terem boas possibilidades de se apreciar face ao euro a longo prazo. A Suécia será o caso paradigmático e em menor medida a Noruega. Também nessa linha de raciocínio, devido ao potencial cambial cada vez mais reduzido, as obrigações em dólar americano têm vindo a perder peso nas nossas recomendações.

Os ausentes
Se os três países referidos ainda mantêm perspetivas favoráveis, há outras categorias de obrigações não-euro elegíveis para as carteiras, mas que atualmente são pouco interessantes. Por exemplo, há alguns meses, retirámos completamente as obrigações em francos suíços após a forte subida desta divisa face ao euro. A dívida em libra esterlina, dólar australiano e dólar canadiano também estão, de momento, fora das nossas escolhas.

Pouca fuga à zona euro
Os fundos de obrigações de taxa fixa da zona euro não beneficiam naturalmente da componente cambial. No entanto, estão igualmente presentes nas carteiras por vários fatores. Por um lado, como o potencial de apreciação da generalidade das divisas estrangeiras é agora mais limitado após a queda do euro, as alternativas escasseiam. Por outro, as compras do Banco Central Europeu limitam o potencial de perdas com a subida dos juros. Por fim, também fornecem uma boa proteção para as oscilações das bolsas.

Brasil, um caso isolado
Relativamente à margem dos motivos referidos, também recomendamos a dívida em reais brasileiros. Trata-se de uma aposta mais audaz e com um intuito diferente. Aqui não visamos uma maior proteção da carteira, mas pretendemos beneficiar dos elevados juros pagos pela dívida brasileira: atualmente superam 13%. Um nível de rendimento que consideramos compensar o seu risco considerável. Ainda assim limitamos o seu peso a 5% das carteiras.

A evitar
Fora das nossas recomendações ficam os fundos de obrigações high yield (alto rendimento, alto risco, lixo). Estes títulos podem render um pouco mais, mas o risco é elevado e também sofrem quando o sentimento dos investidores se deteriora. Nesse aspeto possuem pouca utilidade como diversificação.
Os fundos dedicados aos mercados emergentes são igualmente pouco apelativos. À exceção das obrigações em reais do Brasil, o rendimento oferecido não compensa o maior nível de risco associado aos emitentes. O seu papel como diversificação também é diminuto, pois as moedas das economias emergentes são tradicionalmente penalizadas em momentos de pessimismo dos investidores.

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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 22/7/2015 21:56

Questão do investidor: passar de ações para fundos

DATA DA PUBLICAÇÃO: 22JUL2015

“Constituí uma carteira de ações na GoBulling. Aconselham-me a mantê-la como está? Ou devo ir vendendo as minhas ações e aderir ao protocolo Proteste Investe/Optimize, subscrevendo a carteira de fundos que está a ter mais ganhos?”


Investir diretamente em ações é tipicamente mais arriscado do que constituir uma carteira de fundos, nomeadamente se estas seguirem os pressupostos que estão subjacentes às nossas estratégias. As carteiras de fundos da PROTESTE INVESTE correspondem a uma abordagem global de diversificação que abrange ações e obrigações, pelo que o seu nível de risco é menor do que o associado apenas ao investimento em mercados de ações.

No entanto, uma carteira de ações bem gerida tenderá a propiciar um nível de rendimento mais atrativo. Se pode investir a longo prazo e dispõe de tempo para acompanhar a evolução dos mercados, o investimento direto em ações é uma boa opção. No entanto, terá de assumir uma postura ativa, concentrando as atenções nas empresas com maior potencial.

Embora as empresas que detém sejam maioritariamente de compra, pode, por exemplo, aproximar a composição da sua carteira atual (Agfa, Axa, Bouygues, bpost, Chevron, EDP, General Electric, Intel, JinkoSolar, MDC Holdings, REN, Telefônica Brasil, Teva Pharma., Western Union) à nossa carteira de ações.

Quanto à rentabilidade do seu portefólio de ações ser inferior à nossa carteira de fundos, é igualmente importante confirmar se está a comparar prazos idênticos e que, preferencialmente, abranjam um longo período, onde as ações têm a possibilidade de brilhar mais.

É o que acontece quando comparamos as nossas recomendações. Nos últimos cinco anos, até final de junho, a nossa carteira de ações registava um ganho médio anual de 10,4%. No mesmo período, a carteira de fundos agressiva valorizou-se 8,1%. Mas claro que a estratégia de aplicar unicamente em ações é mais arriscada.

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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 22/7/2015 21:51

Nada como manter o SISF UK com a bolsa a preço de uva mijona...
8-)
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 22/7/2015 21:48

Reino Unido: juros vão subir nos próximos meses

DATA DA PUBLICAÇÃO: 22JUL2015

A perspetiva de juros mais elevados deverá continuar a suportar da libra e os fundos de ações britânicas permanecem interessantes para investir a longo prazo.



As atas do último comité de política monetária confirmam as expectativas de um aumento da taxa diretora britânica. Entre os membros do comité, os partidários de uma subida dos juros são cada vez mais numerosos. E se, desta vez, o status quo foi votado por unanimidade, deveu-se à incerteza sobre a Grécia.

A conjuntura internacional tem travado o Banco de Inglaterra, mas os desenvolvimentos internos apontam noutra direção. Do lado dos preços, surgem algumas pressões de subida, pelo que uma inflação em torno de 2%, a meta oficial, poderá ser alcançada mais rápida do que o previsto.

Assim, um aumento da taxa de juro parece inevitável nos próximos seis meses, ou na passagem de 2015 para 2016 conforme as palavras de Mark Carney, o governador do Banco de Inglaterra.

A perspetiva de juros mais elevados deverá continuar a suportar o valor da libra no mercado cambial. Após a subir cerca de 13% nos últimos doze meses, a divisa britânica está agora sobreavaliada em relação ao euro.

Apesar desta ligeira desvantagem, os fundos de ações britânicas permanecem interessantes para investir a longo prazo. Esta categoria continua bem presente nas nossas estratégias.

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Re: Fundos à la carte

por ohm » 22/7/2015 19:54

w00zy Escreveu:
ohm Escreveu:Do pessoal que tem contas margens de empréstimo de dinheiro, há alguém que tenha uma taxa de juros <= 2.75% ?


Spread de 2%. A Euribor estava a 0,18% na altura de assinar o contrato e fica fixada até ao final (6 meses)

Imagem


Obrigado.
O teu spread de 2% é inferior ao meu spread de 2.75%, mas o teu empréstimo é bastante superior ao meu e à medida que o financiamento aumenta é natural que o spread diminua. O que eu pago de juros é o correspondente ao spread de 2.75% + a taxa Euribor a 3 meses (agora está negativa = -0.0190) e não pago mais quaisquer comissões.
Em vez de seguires o mercado, faz com que ele te siga a ti. - BedRock
Toma o ganho antes que a perda tome conta de ti.
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Em vez de diluíres o risco, concentra os retornos.
- Bedrock
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Re: Fundos à la carte

por ohm » 22/7/2015 19:34

A partir de 2011, não há comparação possível entre a valorização acionista da biotecnologia com o S&P 500: em todas as tendências do mercado (bull market, bear ou lateralização), a biotecnologia tem dado banhada no S&P 500. Comparem os gráficos a seguir postados e olhem em particular para a banhada que a biotecnologia está a dar em 2015 à lateralização do S&P 500 (últimos 2 gráficos):

Capturar 1.JPG
Capturar 1.JPG (42.31 KiB) Visualizado 6947 vezes

Capturar 2.JPG
Capturar 2.JPG (38.46 KiB) Visualizado 6947 vezes

Capturar 3.JPG
Capturar 3.JPG (44.47 KiB) Visualizado 6947 vezes

Capturar 4.JPG
Capturar 4.JPG (43.41 KiB) Visualizado 6947 vezes
Editado pela última vez por ohm em 22/7/2015 20:04, num total de 1 vez.
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Re: Fundos à la carte

por w00zy » 22/7/2015 19:02

ohm Escreveu:Do pessoal que tem contas margens de empréstimo de dinheiro, há alguém que tenha uma taxa de juros <= 2.75% ?


Spread de 2%. A Euribor estava a 0,18% na altura de assinar o contrato e fica fixada até ao final (6 meses)

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Re: Fundos à la carte

por Rolador » 22/7/2015 18:33

Artista Romeno Escreveu:
Alquimista Não :roll: Artista,

a sugestão é simples um de ações globais o que no teu banco tiver custos menores, porque de ações globais apenas, porque as obrigações estão caras, eu estou a falar da carteira de longo prazo no curto prazo deves ter sempre algum dinheiro de parte com menos volatilidade, mas ai aconselho obrigações com durations curtas, comprar para o longo prazo obrigações com durations altas é altamente especulativo aos preços atuais :mrgreen:

quanto ao doping eu acho que são mesmo todos, mas aguentar tantos kilometros a 40 a hora será possivel sem doping? durante 3 semanas.....


Desculpa, Artista.

Esclarecido.

Obrigado a quem se pronunciou: ohm e ATLAS
Continuarei a acompanhar o fórum, dado que tenho muito mais para ler do que para dizer.

Bons investimentos
 
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Re: Fundos à la carte

por ohm » 22/7/2015 17:25

Do pessoal que tem contas margens de empréstimo de dinheiro, há alguém que tenha uma taxa de juros <= 2.75% ?
Com a taxa Euribor a 3 meses negativa, se os chineses tivessem contas margens com taxas de juros como as nossas inferiores a 3% e sem restrições, com certeza que não tinha havido o sell-off de pânico nas China A shares.

Hoje fiz o reforço para o dobro da conta margem em USD, aproveitando a desvalorização de ontem do USD face ao EUR, sendo que os euros do empréstimo foram hoje de manhã cambiados para USD através de um rácio de negociação EUR/USD = 1.0880, o que na altura correspondeu a uma comissão de negociação cambial da ordem de 0.35%, e dado que o rácio EUR/USD, por volta das 17 horas, já passou para baixo do valor de 1.0880 * 1.0035 = 1.0918 (valor de negociação do rácio EUR/USD + taxa da comissão cambial), isto quer dizer que aquela comissão cambial que paguei de 0.35% já está saldada com a valorização do USD face ao EUR e agora é esperar que o USD se valorize até um nível próximo da paridade com o EUR, tendo esperança que daqui a 1-2 meses o USD se tenha valorizado face ao EUR em mais de 2.75% e desse modo através do suposto ganho cambial eu pagaria os juros do empréstimo para 1 ano.
Editado pela última vez por ohm em 22/7/2015 19:01, num total de 2 vezes.
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Re: Fundos à la carte

por ohm » 22/7/2015 12:47

hucruz Escreveu:
ohm Escreveu:Lê o post do O3, que sou eu, em resposta ao Garfield, na página 292 deste tópico, do dia 10/07/2015 e 12:13 H, que aí deves tirar as tuas dúvidas, uma vez que o post sobre a tributação é abrangente.


Olá, já li, mas continuo com a mesma dúvida as mais/menos valias de acções são acumuladas às mais/menos valias dos fundos? ou são consideradas em separado?


Eu não invisto em ações, mas pelo que sei e pela minha interpretação legislativa, acho que atualmente o tratamento tributário das ações é igual ao dos fundos de investimento estrangeiros, pelo que ambos os valores dos saldos entre as mais e menos-valias das ações e dos fundos estrangeiros vão ser inscritos no Anexo G (mais-valias) da Declaração do IRS do ano seguinte. Aliás, já na legislação anterior as mais-valias das ações eram inscritas no referido Anexo G.
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Re: Fundos à la carte

por ohm » 22/7/2015 12:27

ATLAS_ Escreveu:
Rolador Escreveu:Olá a todos,

Antes de mais gostava de dar os parabéns às pessoas que vão fazendo os possíveis para alimentar e tornar este fórum o que é.
Confesso que aqui vim parar a partir do momento em que percebi que o qualquer depósito a prazo é uma tristeza para pessoas que, como eu, tenham pouco capital.

O meu pai chegou a comprar-me algumas ações da REN - mas a minha literacia é pouca, ainda que fosse nula há coisa de 4 / 5 meses atrás - mas o que eu pago para guarda de títulos quase que me não compensa ter este tipo de activos na proporção em que os tenho.

Os artigos do David Almas também foram uma forma interessante para me despertar para estas lides.

Percebi que um dos grandes problemas em Portugal é que a maioria das pessoas não consegue ter um horizonte de investimento bem definido, coisa que é muito mais óbvia nos estados unidos (filhos na universidade, por exemplo). Posto isto, e estando atento ao futuro das reformas, comecei a perceber que não é nada mau acautelar os 60 / 70 anos, se possível com maiores ganhos.

A minha situação permite-me ter na minha família uma certa "almofada" financeira, o que me faz acreditar que dificilmente teria que antecipar mobilização de capital de qualquer investimento nos próximos 10 anos (mínimo), que podem muito bem ser 30 /35 anos (tenho 28 anos). A minha lógica de reforço estará, idealmente, entre os 100 e 300 euros por mês.

Já consegui compreender que o facto estarmos em Bull-markethá algum tempo faz com que seja difícil entrar no que quer que seja (na medida em que está tudo "caro"), mas também percebi que haverá sempre prós e contras em qualquer opção de investimento e que algum terei que entrar no quer que seja.

Reuni com um FA do BIG recentemente, expliquei-lhe a minha situação, e ele comentou-me que as melhor opção são os fundos de acções.
As recomendações dele foram:

33% -Nordea 1 Stable Return Fund E Eur
33% - Templeton Global Income Fund Class A ACC EUR
33% - Pictet - Global Megatrend Selection R eur

A lógica é ir reforçando, sempre que possível, com montantes de 500€, equitativamente.

Tenho para mim que os Fundos de Indíce (Pictet Index USA e Europe) também poderiam ser interessantes, mas percebo pouco de sobreposição de activos - ainda que já tenha feito por ler muito do que se escreve no início deste fórum.

Parece-vos uma boa opção começar uma carteira por aqui? Teriam, face aos meus objectivos, alguma sugestão de investimento.

Grato, desde já, pela atenção,

O Rolador


Caro Rolador,

As opções de investimento são muito pessoais. E tem mesmo de ser assim, porque não estamos perante ciências exatas.

O teu PFA aconselhou-te bem. Uma alocação simples. Eu próprio também tenho uma carteira parecida, que não me dá dores de cabeça nenhumas: Nordea ST return - 25%; Templeton Global Income - 25 %; Pictet Index USA, em $, 25%; Pictet Index Europa, 25% (independentemente de ter outros recursos alocados a market timming, mas isso não vem agora ao caso). Mas a carteira que te foi aconselhada também serve perfeitamente.

A opção ETF também é válida, mas tem algumas restrições: tem comissões associadas, que também contam nesta análise (com os ETF pagas ao banco, trimestralmente, comissão de guarda de títulos, com os index fund não pagas; com o ETF pagas comissões de transação, com os index fund não pagas). Por isso, não deverias optar por ETF se não tiveres algum capital (pelo menos uns €20.000,00 ou €30.000,00). Por outro lado, com os ETF não podes estar sempre a reforçar a carteira com novos capitais (de cada vez que reforças e compras mais Up's, pagas comissões de transação). Com ETF, reforços só 2 ou 3 vezes por ano, no máximo.

Em resumo: acho que para começar, vais bem. Com o tempo é que irás alterando as tuas opções, de acordo com o conhecimento que vás adquirindo e com o risco que pretendas assumir.

Boa sorte e bons investimentos,


Atlas,
Estás quase um mestre a explicares aos novatos alguns dos veículos de investimento, e tens algumas vantagens em relação a alguns supostos arvorados mestres: aprendes depressa e sabes transpor para a escrita as tuas ideias e ensinamentos, sendo que os teus parágrafos não são uns meros agregados de palavras e letras, tipo index funds ou ETF's, mas revelam um adequado word picking para a materialização escrita de ideias fácilmente entendíveis.
Editado pela última vez por ohm em 22/7/2015 14:55, num total de 1 vez.
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Re: Fundos à la carte

por hucruz » 22/7/2015 12:11

ohm Escreveu:Lê o post do O3, que sou eu, em resposta ao Garfield, na página 292 deste tópico, do dia 10/07/2015 e 12:13 H, que aí deves tirar as tuas dúvidas, uma vez que o post sobre a tributação é abrangente.


Olá, já li, mas continuo com a mesma dúvida as mais/menos valias de acções são acumuladas às mais/menos valias dos fundos? ou são consideradas em separado?
 
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Re: Fundos à la carte

por ohm » 22/7/2015 12:03

hucruz Escreveu:Boas,

Alguém me sabe confirmar se para efeitos de IRS, em 2015, as mais/menos-valias de acções são consideradas juntamente com as mais/menos-valias de fundos de investimento?

Exemplo:
- Acções: menos valias de 500€
- Fundos: mais valias de 500€
- Mais valias = 0€ para efeitos de IRS

Obrigado.

Cumps,
Hucruz


Lê o post do O3, que sou eu, em resposta ao Garfield, na página 292 deste tópico, do dia 10/07/2015 e 12:13 H, que aí deves tirar as tuas dúvidas, uma vez que o post sobre a tributação é abrangente.
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Re: Fundos à la carte

por hucruz » 22/7/2015 10:58

Boas,

Alguém me sabe confirmar se para efeitos de IRS, em 2015, as mais/menos-valias de acções são consideradas juntamente com as mais/menos-valias de fundos de investimento?

Exemplo:
- Acções: menos valias de 500€
- Fundos: mais valias de 500€
- Mais valias = 0€ para efeitos de IRS

Obrigado.

Cumps,
Hucruz
 
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Re: Fundos à la carte

por ATLAS_ » 22/7/2015 10:04

Rolador Escreveu:Olá a todos,

Antes de mais gostava de dar os parabéns às pessoas que vão fazendo os possíveis para alimentar e tornar este fórum o que é.
Confesso que aqui vim parar a partir do momento em que percebi que o qualquer depósito a prazo é uma tristeza para pessoas que, como eu, tenham pouco capital.

O meu pai chegou a comprar-me algumas ações da REN - mas a minha literacia é pouca, ainda que fosse nula há coisa de 4 / 5 meses atrás - mas o que eu pago para guarda de títulos quase que me não compensa ter este tipo de activos na proporção em que os tenho.

Os artigos do David Almas também foram uma forma interessante para me despertar para estas lides.

Percebi que um dos grandes problemas em Portugal é que a maioria das pessoas não consegue ter um horizonte de investimento bem definido, coisa que é muito mais óbvia nos estados unidos (filhos na universidade, por exemplo). Posto isto, e estando atento ao futuro das reformas, comecei a perceber que não é nada mau acautelar os 60 / 70 anos, se possível com maiores ganhos.

A minha situação permite-me ter na minha família uma certa "almofada" financeira, o que me faz acreditar que dificilmente teria que antecipar mobilização de capital de qualquer investimento nos próximos 10 anos (mínimo), que podem muito bem ser 30 /35 anos (tenho 28 anos). A minha lógica de reforço estará, idealmente, entre os 100 e 300 euros por mês.

Já consegui compreender que o facto estarmos em Bull-markethá algum tempo faz com que seja difícil entrar no que quer que seja (na medida em que está tudo "caro"), mas também percebi que haverá sempre prós e contras em qualquer opção de investimento e que algum terei que entrar no quer que seja.

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Tenho para mim que os Fundos de Indíce (Pictet Index USA e Europe) também poderiam ser interessantes, mas percebo pouco de sobreposição de activos - ainda que já tenha feito por ler muito do que se escreve no início deste fórum.

Parece-vos uma boa opção começar uma carteira por aqui? Teriam, face aos meus objectivos, alguma sugestão de investimento.

Grato, desde já, pela atenção,

O Rolador


Caro Rolador,

As opções de investimento são muito pessoais. E tem mesmo de ser assim, porque não estamos perante ciências exatas.

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A opção ETF também é válida, mas tem algumas restrições: tem comissões associadas, que também contam nesta análise (com os ETF pagas ao banco, trimestralmente, comissão de guarda de títulos, com os index fund não pagas; com o ETF pagas comissões de transação, com os index fund não pagas). Por isso, não deverias optar por ETF se não tiveres algum capital (pelo menos uns €20.000,00 ou €30.000,00). Por outro lado, com os ETF não podes estar sempre a reforçar a carteira com novos capitais (de cada vez que reforças e compras mais Up's, pagas comissões de transação). Com ETF, reforços só 2 ou 3 vezes por ano, no máximo.

Em resumo: acho que para começar, vais bem. Com o tempo é que irás alterando as tuas opções, de acordo com o conhecimento que vás adquirindo e com o risco que pretendas assumir.

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Re: Fundos à la carte

por ohm » 21/7/2015 23:46

Rolador Escreveu:
Artista Romeno Escreveu:

(...)
Caro Alquimista. Obrigado pela pronta resposta.

O Rolador é também o único que raramente se dopa. É um atleta mais honesto e simples. Não é ganancioso.


Tens um sentido de humor refinado ... é que o Artista e o meu amigo Alquimista são grandes amigos ... até acho que fazem parte da mesma tertúlia taurina ribatejana. :lol: :lol: :twisted:

O Rolador é como as pedras rolantes ... não precisa de drogas, só os Rolling Stones é que precisam de ajuda química para aquela intensidade dos espetáculos musicais. :roll: :lol: :lol:
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Re: Fundos à la carte

por Artista Romeno » 21/7/2015 22:26

Rolador Escreveu:
Artista Romeno Escreveu:O rolador uma figura do ciclismo que para mim não é carne nem é peixe, há os bons trepadores, os bons sprinters e os bons contrarelogistas, o rolador é um tipo com uma missão meio ingrata rola bem mas provavelmente pouco ganhará :mrgreen:

apartes a parte esses 3 fundos não me parecem nada de especial nao bateram os indices :oh: e creio que deve haver por ai instituições com mais oferta de fundos que o big, para o teu objectivo aconselho-te 2 coisas um etf ou index fund de ações globais e leres este livro: little book of comon sense investing, no longo prazo é impossivel para uma pessoa sem grandes conhecimentos financeiros bater um indice

os fundos só tem utilidade para situações especificas e para serem usados por quem sabe, num prazo de 30 ou 50 anos quantos fundos batem um indice :wall: e pelo que percebo é disso que pretendes


Caro Alquimista. Obrigado pela pronta resposta.

O Rolador é também o único que raramente se dopa. É um atleta mais honesto e simples. Não é ganancioso.

Ler, então, o livro do Bogle e pensar em ETF ou Index Fund de Acções.
Alguma sugestão de um e de outro?


Alquimista Não :roll: Artista,

a sugestão é simples um de ações globais o que no teu banco tiver custos menores, porque de ações globais apenas, porque as obrigações estão caras, eu estou a falar da carteira de longo prazo no curto prazo deves ter sempre algum dinheiro de parte com menos volatilidade, mas ai aconselho obrigações com durations curtas, comprar para o longo prazo obrigações com durations altas é altamente especulativo aos preços atuais :mrgreen:

quanto ao doping eu acho que são mesmo todos, mas aguentar tantos kilometros a 40 a hora será possivel sem doping? durante 3 semanas.....
As opiniões expressas baseiam-se essencialmente em análise fundamental, e na relação entre o valor de mercado dos ativos e as suas perspectivas futuras de negocio, como tal traduzem uma interpretação pessoal da realidade,devendo como tal apenas serem consideradas como uma perspetiva meramente informativa sobre os ativos em questão, não se constituindo como sugestões firmes de investimento
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Re: Fundos à la carte

por Rolador » 21/7/2015 22:18

Artista Romeno Escreveu:O rolador uma figura do ciclismo que para mim não é carne nem é peixe, há os bons trepadores, os bons sprinters e os bons contrarelogistas, o rolador é um tipo com uma missão meio ingrata rola bem mas provavelmente pouco ganhará :mrgreen:

apartes a parte esses 3 fundos não me parecem nada de especial nao bateram os indices :oh: e creio que deve haver por ai instituições com mais oferta de fundos que o big, para o teu objectivo aconselho-te 2 coisas um etf ou index fund de ações globais e leres este livro: little book of comon sense investing, no longo prazo é impossivel para uma pessoa sem grandes conhecimentos financeiros bater um indice

os fundos só tem utilidade para situações especificas e para serem usados por quem sabe, num prazo de 30 ou 50 anos quantos fundos batem um indice :wall: e pelo que percebo é disso que pretendes


Caro Alquimista. Obrigado pela pronta resposta.

O Rolador é também o único que raramente se dopa. É um atleta mais honesto e simples. Não é ganancioso.

Ler, então, o livro do Bogle e pensar em ETF ou Index Fund de Acções.
Alguma sugestão de um e de outro?
 
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Re: Fundos à la carte

por Fibrizo » 21/7/2015 22:12

Rolador Escreveu:Reuni com um FA do BIG recentemente, expliquei-lhe a minha situação, e ele comentou-me que as melhor opção são os fundos de acções.
As recomendações dele foram:

33% -Nordea 1 Stable Return Fund E Eur
33% - Templeton Global Income Fund Class A ACC EUR
33% - Pictet - Global Megatrend Selection R eur




Hmm, esse Templeton parece bem fixe, 0,85 % de gestao anual (no Big), 5 estrelas na morning star, sharpe de 1.39... Vai para a minha wishlist!

A não ser que alguém ache em contrario...? http://www.morningstar.pt/pt/funds/snap ... F0GBR05XB8
 
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Re: Fundos à la carte

por Artista Romeno » 21/7/2015 22:03

Rolador Escreveu:Olá a todos,

Antes de mais gostava de dar os parabéns às pessoas que vão fazendo os possíveis para alimentar e tornar este fórum o que é.
Confesso que aqui vim parar a partir do momento em que percebi que o qualquer depósito a prazo é uma tristeza para pessoas que, como eu, tenham pouco capital.

O meu pai chegou a comprar-me algumas ações da REN - mas a minha literacia é pouca, ainda que fosse nula há coisa de 4 / 5 meses atrás - mas o que eu pago para guarda de títulos quase que me não compensa ter este tipo de activos na proporção em que os tenho.

Os artigos do David Almas também foram uma forma interessante para me despertar para estas lides.

Percebi que um dos grandes problemas em Portugal é que a maioria das pessoas não consegue ter um horizonte de investimento bem definido, coisa que é muito mais óbvia nos estados unidos (filhos na universidade, por exemplo). Posto isto, e estando atento ao futuro das reformas, comecei a perceber que não é nada mau acautelar os 60 / 70 anos, se possível com maiores ganhos.

A minha situação permite-me ter na minha família uma certa "almofada" financeira, o que me faz acreditar que dificilmente teria que antecipar mobilização de capital de qualquer investimento nos próximos 10 anos (mínimo), que podem muito bem ser 30 /35 anos (tenho 28 anos). A minha lógica de reforço estará, idealmente, entre os 100 e 300 euros por mês.

Já consegui compreender que o facto estarmos em Bull-markethá algum tempo faz com que seja difícil entrar no que quer que seja (na medida em que está tudo "caro"), mas também percebi que haverá sempre prós e contras em qualquer opção de investimento e que algum terei que entrar no quer que seja.

Reuni com um FA do BIG recentemente, expliquei-lhe a minha situação, e ele comentou-me que as melhor opção são os fundos de acções.
As recomendações dele foram:

33% -Nordea 1 Stable Return Fund E Eur
33% - Templeton Global Income Fund Class A ACC EUR
33% - Pictet - Global Megatrend Selection R eur

A lógica é ir reforçando, sempre que possível, com montantes de 500€, equitativamente.

Tenho para mim que os Fundos de Indíce (Pictet Index USA e Europe) também poderiam ser interessantes, mas percebo pouco de sobreposição de activos - ainda que já tenha feito por ler muito do que se escreve no início deste fórum.

Parece-vos uma boa opção começar uma carteira por aqui? Teriam, face aos meus objectivos, alguma sugestão de investimento.

Grato, desde já, pela atenção,

O Rolador


O rolador uma figura do ciclismo que para mim não é carne nem é peixe, há os bons trepadores, os bons sprinters e os bons contrarelogistas, o rolador é um tipo com uma missão meio ingrata rola bem mas provavelmente pouco ganhará :mrgreen:

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os fundos só tem utilidade para situações especificas e para serem usados por quem sabe, num prazo de 30 ou 50 anos quantos fundos batem um indice :wall: e pelo que percebo é disso que pretendes
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Re: Fundos à la carte

por Rolador » 21/7/2015 21:37

Olá a todos,

Antes de mais gostava de dar os parabéns às pessoas que vão fazendo os possíveis para alimentar e tornar este fórum o que é.
Confesso que aqui vim parar a partir do momento em que percebi que o qualquer depósito a prazo é uma tristeza para pessoas que, como eu, tenham pouco capital.

O meu pai chegou a comprar-me algumas ações da REN - mas a minha literacia é pouca, ainda que fosse nula há coisa de 4 / 5 meses atrás - mas o que eu pago para guarda de títulos quase que me não compensa ter este tipo de activos na proporção em que os tenho.

Os artigos do David Almas também foram uma forma interessante para me despertar para estas lides.

Percebi que um dos grandes problemas em Portugal é que a maioria das pessoas não consegue ter um horizonte de investimento bem definido, coisa que é muito mais óbvia nos estados unidos (filhos na universidade, por exemplo). Posto isto, e estando atento ao futuro das reformas, comecei a perceber que não é nada mau acautelar os 60 / 70 anos, se possível com maiores ganhos.

A minha situação permite-me ter na minha família uma certa "almofada" financeira, o que me faz acreditar que dificilmente teria que antecipar mobilização de capital de qualquer investimento nos próximos 10 anos (mínimo), que podem muito bem ser 30 /35 anos (tenho 28 anos). A minha lógica de reforço estará, idealmente, entre os 100 e 300 euros por mês.

Já consegui compreender que o facto estarmos em Bull-markethá algum tempo faz com que seja difícil entrar no que quer que seja (na medida em que está tudo "caro"), mas também percebi que haverá sempre prós e contras em qualquer opção de investimento e que algum terei que entrar no quer que seja.

Reuni com um FA do BIG recentemente, expliquei-lhe a minha situação, e ele comentou-me que as melhor opção são os fundos de acções.
As recomendações dele foram:

33% -Nordea 1 Stable Return Fund E Eur
33% - Templeton Global Income Fund Class A ACC EUR
33% - Pictet - Global Megatrend Selection R eur

A lógica é ir reforçando, sempre que possível, com montantes de 500€, equitativamente.

Tenho para mim que os Fundos de Indíce (Pictet Index USA e Europe) também poderiam ser interessantes, mas percebo pouco de sobreposição de activos - ainda que já tenha feito por ler muito do que se escreve no início deste fórum.

Parece-vos uma boa opção começar uma carteira por aqui? Teriam, face aos meus objectivos, alguma sugestão de investimento.

Grato, desde já, pela atenção,

O Rolador
 
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 21/7/2015 19:37

Como enterrar dinheiro em certificados de reforma do Estado. Uma beleza de dívida pública... Até podiam por a 100%!


Evolução da Composição da Carteira de Referência (Benchmark) do FCR-A
Início
Dívida Pública
Portuguesa
Dívida Pública
Euro Nominal
Dívida Pública Euro Indexada à Inflação
Ações OCDE Liquidez
31-03-2010 37.50% 34.00% 9.00% 17.50% 2.00%
30-06-2010 37.50% 34.00% 9.00% 17.50% 2.00%
30-09-2010 36.47% 34.42% 9.09% 18.04% 1.98%
31-12-2010 29.74% 37.03% 9.05% 22.18% 2.00%
31-03-2011 28.01% 38.83% 9.27% 21.84% 2.06%
30-06-2011 25.84% 44.48% 9.40% 18.23% 2.06%
30-09-2011 28.15% 44.86% 9.02% 15.95% 2.02%

A composição da carteira do FCR-A visa a médio prazo a obtenção de uma rentabilidade superior à do Índice EFFAS Portugal com maturidades entre 1 e 10 anos.

Nos termos do artigo 15º do regulamento de gestão aprovado pela Portaria nº 212/2008, de 29 de fevereiro, além das despesas do FCR (impostos, custos de custódia, custos de transação e liquidação de operações) serão ainda imputados custos de gestão indiretos.
Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe
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Re: Fundos à la carte

por ohm » 20/7/2015 22:51

DMP Escreveu:
(...)
Relativamente ao Brasil, entrei no LU0637288290 em meados de Fevereiro após uns dias de quedas acentuadas, neste momento estou com uma rentabilidade de -2,61%, nada de preocupante. Defini "stop loss" nos 50.000 em conjunto com o meu pfa, e mantenho-me firme, acalento uma ténue esperança que a coisa possa inverter, talvez por ser teimoso e querer recuperar lá as perdas que tomamos em conjuto no passado. :mrgreen: Tenho lá uns trocos, coisa pouca, nada de grave.


Convém esclarecer que esse stop loss nos 50.000 é no patamar dos 50.000 pontos do índice Bovespa e não uma perda de 50.000 €, nada de muito grave para quem tenha meio milhão de euros investidos e tenha um stop loss de 10% na carteira.

Um abraço
Em vez de seguires o mercado, faz com que ele te siga a ti. - BedRock
Toma o ganho antes que a perda tome conta de ti.
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Em vez de diluíres o risco, concentra os retornos.
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Re: Fundos à la carte

por DMP » 20/7/2015 20:16

ohm Escreveu:Amigo DMP,

Pelo que fui lendo no tópico e deduzi, saiste em boas alturas da Índia e da China, mas fizeste asneira em ires no passado mês de janeiro (?) para o Brasil, eu também fiz uma grande asneira em reentrar pela 4ª vez na China antes do tempo, mas já estou a recuperar e agora já tenho mais esperanças de poder recuperar com mais uma medida recente das autoridades chinesas contra o sell-off e a estabelização do mercado em favor dos investidores do retalho: criação de um fundo com 483.000 milhões de USD que servirá como uma reserva ou almofada para contrariar um possivel excesso de vendas, sendo que aquele fundo vai servir, quando for necessário, para comprar ativos acionistas de modo a poder elevar os preços que possam ter depreciado em excesso.
Assim, amigo, acho que está na altura de reentrares novamente na China, enquanto a Fed não aumenta a taxa de juros, tendo a vantagem da moeda yuan estar estável em relação ao USD e assim com a expectável valorização do USD face ao EUR, com a subida da taxa de juros da Fed, isso implica que se deverá obter uma valorização cambial quer estejamos investidos em USD, yuan ou EUR na bolsa chinesa, ao contrário da bolsa do Japão aonde o iene está num processo continuado de desvalorização face ao USD, logo no Japão há desvantagem cambial.

Um abraço.


Boas br,

Sim, os timings para tomar os ganhos de Índia e China foram acertados, não posso falhar sempre!:mrgreen: Foram dois tiros certeiros, ainda realizei umas mais valias porreiras.

Relativamente ao Brasil, entrei no LU0637288290 em meados de Fevereiro após uns dias de quedas acentuadas, neste momento estou com uma rentabilidade de -2,61%, nada de preocupante. Defini "stop loss" nos 50.000 em conjunto com o meu pfa, e mantenho-me firme, acalento uma ténue esperança que a coisa possa inverter, talvez por ser teimoso e querer recuperar lá as perdas que tomamos em conjuto no passado. :mrgreen: Tenho lá uns trocos, coisa pouca, nada de grave.

Entrei forte foi na Europa a 28-04-2015 com o LU0260085492 para surfar a onda do QE. A coisa começou mal com a crise Grega mas já recuperei e neste momento estou com 5,03% e a subir! Vamos esperar.

Tenho ainda uma outra aposta na carteira de alocação táctica em mercados mercados fronteira, com o LU0708055453 e data de entrada 05-12-2014, rentabilidade à data de 14,29%. Foi uma aposta minha impulsionada também por um gráfico colocado pelo colega Alquimista aqui no tópico, nada de extraordinário, mais uns trocozitos. :mrgreen:

Neste momento não equaciono grandes alterações nas minhas carteiras. Firme e hirto. A malta aqui no fórum tb não tremeu com a crise Grega. Estamos todos de parabéns.

Um abraço.
 
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Re: Fundos à la carte

por ohm » 20/7/2015 17:36

chico_laranja Escreveu:O carvão vai de mal a pior e o cenário não é agradável no médio prazo pois um dos principais consumidores (China) está a mudar o mapa energético do país.
https://www.thefinancialist.com/china-powers-up/


O carvão é dos combustiveis fósseis mais baratos, só que é dos mais poluentes, em particular o carvão com alto teor de enxofre. Há bastantes anos que os países civilizados, com uma legislação ambiental adequada, vão substituindo as velhas centrais térmicas a carvão e a fuelóleo, para produção de electricidade, por centrais a gás natural (metano) muito menos poluentes, dado que os efluentes gasosos resultantes da combustão do metano são o vapor de água e o dióxido de carbono (causa efeito de estufa => sobreaquecimento da Terra), enquanto que a combustão do carvão e do fuelóleo, para além daquelas emissões gasosas, produz efluentes gasosos bastante poluentes como sejam os óxidos de enxofre e de azoto, para além de todas as desvantagens na eficiência de produção energética e na manutenção dessas velhas centrais quando comparadas com as de gás natural.

Assim, as utilizações do carvão e do fuelóleo (fuel oil = derivado da destilação do petróleo) nas centrais térmicas estão condenadas, sendo que, dentro dos combustíveis fósseis não renováveis, o que vai tendo um futuro promissor é o gás natural, ao contrário do crude (petróleo bruto) que tal como o carvão, mais tarde ou mais cedo, também vai estar condenado, devido às elevadas emissões gasosas poluentes, sendo que a sua certidão de óbito só está dependente do aumento das energias alternativas, não poluentes e menos poluentes, capaz de satisfazer o consumo, o que infelizmente ainda estamos muito longe desse objetivo capaz de reduzir substancialmente a poluição atmosférica.

Finalmente, parece que o maior poluidor mundial - a China - começa a ter preocupações ambientais, não porque sejam amigos do ambiente, mas porque estão a sofrer na pele as consequências dos elevados níveis de poluição, e vai daí já começaram a fazer contas sobre a externalização dos custos ambientais, pois já lá vai o tempo em que valia tudo para baixar os custos de produção: começou pela utilização dos escravos e acabou na utilização de tecnologias de baixo custo mas altamente poluentes. Só há pouco tempo é que os chineses começaram a perceber que se estavam a matar a eles próprios, pois estavam-se a "afogar" nos elevados níveis de poluição ambiental, e que baixar os custos de produção, para tornar as suas exportações mais competitivas, tinha os seus limites em termos de saúde pública e em termos sociais.
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