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Caldeirão da Bolsa

O Be Ah Ba de Analise Fundamental

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: O Be Ah Ba de Analise Fundamental

por ParaCima » 15/5/2015 18:18

Artista alguma vez olhaste para a ntes? é uma empresa digital chinesa que tem como principais negocios os jogos, publicidade e mail sistemas de internet...

tem um valor contabilístico já bastante aceitável 16 mil milhoes de dolares, portanto não acredito que seja mais um negocio da china como tantos outros. a nível dos resultados tem tido crescimentos brutais. duplicando quase a facturação em 4 anos, não tem dívidas e ao nivel do fundo maneio é interessante, visto não ter inventários.

distribui dividendos, o payout é de cerca de 50%... e a criação de cash é elevada. pela minha avaliação o valor de mercado esta demasiado alto, mas isto acontece porque a empresa não tem divida, normalmente no sistema EV a dívida é um factor interessante que impulsiona o valor da empresa

a empresa no meu siste ma Fcf dá-me um valor de 10 mil milhoes....
"contabilidade são dados passados, a bolsa são valores futuros." by ParaCima

"a contabilidade são dados passados, que muitas das vezes se repetem no futuro. a bolsa são valores futuros que podem ou não respeitar a contabilidade." by ParaCima

"A ignorante nao é o que nao sabe, mas sim, o que finge saber!" By ParaCima

o que interessa
1- viabilidade do negocio a prazo;
2- valorização da empresa;
3 - a concorrência a que é sujeita, e a facilidade da entrada de novos players
4 - a relação entre o acionista e a administração.
 
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como a apple foge aos impostos diagrama jp morgan

por Artista Romeno » 15/5/2015 13:39

a apple paga 12,5% de taxa no resto do mundo, no pior cenário possivel podera passar a pagar 33% o que traduziria numa queda dos lucros de por acção de 9,9%
* o balanço virá apenas para a semana onde se tiver tempo cumpro uma promessa velha e falo da altice :mrgreen:
Anexos
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As opiniões expressas baseiam-se essencialmente em análise fundamental, e na relação entre o valor de mercado dos ativos e as suas perspectivas futuras de negocio, como tal traduzem uma interpretação pessoal da realidade,devendo como tal apenas serem consideradas como uma perspetiva meramente informativa sobre os ativos em questão, não se constituindo como sugestões firmes de investimento
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Re: O Be Ah Ba de Analise Fundamental

por FDPC » 14/5/2015 19:55

Quem procura sempre alcança e aqui penso ser um bom caminho : - http://www.cavalcanteassociados.com.br/ ... ate294.pdf

Afinal a biblioteca é livre e grátis.

http://www.cavalcanteassociados.com.br/


Sempre, gracias
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Re: O Be Ah Ba de Analise Fundamental

por FDPC » 14/5/2015 18:49

Artista Romeno Escreveu:
FDPC Escreveu:
Artista Romeno Escreveu:esta semana farei se tiver tempo um pequeno balanço de todas as empresas que foram aqui faladas, o que aconteceu....
relativamente à aena dizer que há um conflito com a cmnc que pode custar no maximo uns 2000 m euros em termos de ev à empresa, baixo por isso o target nesse montante e consequentemente é sempre mau haver instabilidade regulatoria, quanto ao resto os resultados do Q1 foram em linha com as perspetivas positivas esperadas


Prezado Artista Romeno poderias sugerir alguma leitura para interpretação de balanços e análise fundamental? Tenho sido bombardeado com demasiada informação dispersa e ainda não consegui acertar o rumo neste capitulo.

Obrigado


a AT é muito mais facil basta ver graficos... a AF é mais complicada, porque é preciso algumas noções de contabilidade e finanças, eu acho que deves pegar no que está escrito para traz com imagens onde está assinalado como procurar os indicadores, e de seguida pegares numa empresa que queiras e começar a praticar e procurares a informação, traz depois com imagens as duvidas que tiveres :wink: quanto ao modo de calcular ao longo do topico fui explicando começa nas paginas 3 em diante


Por acaso sou Técnico em Contabilidade com um curso de três anos e estudei também análise de custos e análise de O&M na Fundação Getulio Vargas no Rio de Janeiro , mais uns anos como bancário, entretanto a vida deu voltas e tornei-me
artista e já lá vão 38 anos na arte e na cultura. Vou continuar a seguir e realizar mais profundamente a leitura do tópico.

Gracias
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Re: O Be Ah Ba de Analise Fundamental

por Artista Romeno » 14/5/2015 18:32

FDPC Escreveu:
Artista Romeno Escreveu:esta semana farei se tiver tempo um pequeno balanço de todas as empresas que foram aqui faladas, o que aconteceu....
relativamente à aena dizer que há um conflito com a cmnc que pode custar no maximo uns 2000 m euros em termos de ev à empresa, baixo por isso o target nesse montante e consequentemente é sempre mau haver instabilidade regulatoria, quanto ao resto os resultados do Q1 foram em linha com as perspetivas positivas esperadas


Prezado Artista Romeno poderias sugerir alguma leitura para interpretação de balanços e análise fundamental? Tenho sido bombardeado com demasiada informação dispersa e ainda não consegui acertar o rumo neste capitulo.

Obrigado


a AT é muito mais facil basta ver graficos... a AF é mais complicada, porque é preciso algumas noções de contabilidade e finanças, eu acho que deves pegar no que está escrito para traz com imagens onde está assinalado como procurar os indicadores, e de seguida pegares numa empresa que queiras e começar a praticar e procurares a informação, traz depois com imagens as duvidas que tiveres :wink: quanto ao modo de calcular ao longo do topico fui explicando começa nas paginas 3 em diante
As opiniões expressas baseiam-se essencialmente em análise fundamental, e na relação entre o valor de mercado dos ativos e as suas perspectivas futuras de negocio, como tal traduzem uma interpretação pessoal da realidade,devendo como tal apenas serem consideradas como uma perspetiva meramente informativa sobre os ativos em questão, não se constituindo como sugestões firmes de investimento
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Re: O Be Ah Ba de Analise Fundamental

por FDPC » 14/5/2015 18:09

Artista Romeno Escreveu:esta semana farei se tiver tempo um pequeno balanço de todas as empresas que foram aqui faladas, o que aconteceu....
relativamente à aena dizer que há um conflito com a cmnc que pode custar no maximo uns 2000 m euros em termos de ev à empresa, baixo por isso o target nesse montante e consequentemente é sempre mau haver instabilidade regulatoria, quanto ao resto os resultados do Q1 foram em linha com as perspetivas positivas esperadas


Prezado Artista Romeno poderias sugerir alguma leitura para interpretação de balanços e análise fundamental? Tenho sido bombardeado com demasiada informação dispersa e ainda não consegui acertar o rumo neste capitulo.

Obrigado
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Re: O Be Ah Ba de Analise Fundamental

por Artista Romeno » 14/5/2015 8:15

esta semana farei se tiver tempo um pequeno balanço de todas as empresas que foram aqui faladas, o que aconteceu....
relativamente à aena dizer que há um conflito com a cmnc que pode custar no maximo uns 2000 m euros em termos de ev à empresa, baixo por isso o target nesse montante e consequentemente é sempre mau haver instabilidade regulatoria, quanto ao resto os resultados do Q1 foram em linha com as perspetivas positivas esperadas
As opiniões expressas baseiam-se essencialmente em análise fundamental, e na relação entre o valor de mercado dos ativos e as suas perspectivas futuras de negocio, como tal traduzem uma interpretação pessoal da realidade,devendo como tal apenas serem consideradas como uma perspetiva meramente informativa sobre os ativos em questão, não se constituindo como sugestões firmes de investimento
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Re: Gerdau vs. ArcelorMittal

por FDPC » 8/5/2015 21:27

Artista Romeno Escreveu:
pcm1979 Escreveu:A ArcelorMittal dá prejuízo, a Gerdau dá lucro. 8-) Mas ainda falta muito para a falência. :(

http://ri.gerdau.com/ptb/6568/2015.03%2 ... 20SITE.pdf

http://corporate.arcelormittal.com/~/me ... ESULTS.pdf


pois deu lucro o pior foi que a divida aumentou 3mm de reais, o lucro é contabilistico o cash flow é o que conta e nao enganou a gerdau ardeu bem com a queda do BRL :wink:

São as duas empresas arriscadas mas a gerdau é para quem acredita que o brl nao cai se cair tá tramada

o mercado creio que já teria descontado estes problemas


Ia sugerir ao pcm para fazer a leitura também deste tópico, aprendemos continuadamente com quem sabe mais do que nós. Estás ligado, força.
Repito aqui esse link publicado em posts anteriores : excelente http://www.iese.edu/research/pdfs/DI-0449-E.pdf
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Re: Gerdau vs. ArcelorMittal

por Artista Romeno » 8/5/2015 19:50

pcm1979 Escreveu:A ArcelorMittal dá prejuízo, a Gerdau dá lucro. 8-) Mas ainda falta muito para a falência. :(

http://ri.gerdau.com/ptb/6568/2015.03%2 ... 20SITE.pdf

http://corporate.arcelormittal.com/~/me ... ESULTS.pdf


pois deu lucro o pior foi que a divida aumentou 3mm de reais, o lucro é contabilistico o cash flow é o que conta e nao enganou a gerdau ardeu bem com a queda do BRL :wink:

São as duas empresas arriscadas mas a gerdau é para quem acredita que o brl nao cai se cair tá tramada

o mercado creio que já teria descontado estes problemas
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Gerdau vs. ArcelorMittal

por pcm1979 » 8/5/2015 19:44

A ArcelorMittal dá prejuízo, a Gerdau dá lucro. 8-) Mas ainda falta muito para a falência. :(

http://ri.gerdau.com/ptb/6568/2015.03%2 ... 20SITE.pdf

http://corporate.arcelormittal.com/~/me ... ESULTS.pdf
 
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A quimera brasileira- OI tenta conter as hemorregias

por Artista Romeno » 7/5/2015 21:21

Que sem vendas de ativos a rentabilidade da oi em termos recorrentes era altamente negativa toda a gente o sabia, ou devia saber que nao sabia aprendeu da pior maneira com o dinheiro da propria carteira :mrgreen:

dito isto a gestão da oi só tinha uma hipotese numa casa onde não há pão, corta-se a ração a ver se dura e reza-se para que chegue alguem que dê o pão para se poder crescer, assim a oi fez 3 coisas:cortou custos impiedosamente , por exemplo a publicidade foi reduzida em mais de 70%, as despesas de investimento cairam 33% em 2 anos, tendo as demais caido também, subiu-se os preços.... resultado perdeu-se clientes mas a receita até nem cai muito e o EBITDA sobe? mas apraz perguntar se este modelo de negocio é sustentavel :?: a resposta é chapa 3 não é perder clientes, nao investir na rede, deixar cair o valor da marca... nao leva a lado nenhum, mas em crise humanitária é tentar nao morrer mais que sobreviver :oh: .....

Assim o EBITDA de routina até melhorou 10%, pelo que a tática até resultou, o problema é que o cancro da divida esta lá e cada vez pior porque a empresa nao gera cash flow suficiente para cobrir juros

O alerta dispara quando se chega a pagina da divida liquida que já nao inclui as operações nacionais, a mesma subiu em mais 2mm de reais no trimeste e mesmo com pagamento no inicio do ano de 700m de reais nao recorrente verifica-se que o fundo de maneio piorou em 648 m de euros devido ao aumento das dividas de clientes, o que significa a meu ver que a oi anda a martelar as provisões para duvidosos :-" :-"

facilmente se verifica que em termos recorrentes a oi da prejuizo, e a acção subiu porque esta tentativa do porco a estrebuchar sobreviver ate aparenta ser boa, mas o lastro é forte demais.....e a divida voltar a subir 2mm :shame:
Anexos
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BCP cronica semanal

por Artista Romeno » 5/5/2015 19:58

esta de volta o formato de cronica semanal edição especial :mrgreen:

O bcp voltou aos lucros, mas foi muito trading income, o custo do risco continua muito alto alias mais alto mesmo que o ano passado o que a meu ver mostra que há muita trampa para tapar, as mais valias potencias na divida soberana são 258m por isso um trading income de 200m ao trimestre nao me parece possivel :!: e sem ele era quanto muito break even em angola martelaram nas imparidades um bocado também, as metricas da atividade normal estão ok , mas o cancro da carteira de credito continua a pairar claramente :!: o bankia saneado tem 1/3 do custo do risco do bcp e a verdade é que a carteira de imoveis subiu no interanual mais de 100m de euros com uma cobertura menor de imparidade que há 1 ano
.
o capital mostrou alguma evolução positiva com a valorização da carteira de divida, mas a meu ver o bcp ainda tem pedra para partir no custo do risco, grande cancro por ali pairava, pelo que sem melhoras de custo de risco o bcp nao ficará confortável para reembolsar capital

quanto a carteira de divida o bcp aposta e maturidades maiores que o popular por isso vai a luta, mas cuidado duration maior dá mais yield mas tem que limpar tudo antes do QE acabar senao vai se lixar, hoje já tivemos um cheirinho disso :mrgreen:

se formos ver o que o bcp gastou em imparidades nos ultimos 5 anos é um montante verdadeiramente astronomico!!!! só do q1 de 2013 até agora foram 2850m de euros!!!! eu diria que desde 2011 foram incluindo a grecia alguns 7mm, o bcp captou 3000m em cocos 500m em 2012 1000m em 2011, 300m com a venda da polonia, a romenia nao conta para muito ( tendo na grecia gerado uma mais valia e vendido na altura certa parabens à gestão que fez 174 milhões de euros de ganho aí), 428m com a conversao das obrigações tudo somado dá 5400m de euros de AC ou entradas de dinheiro :roll: :!: querendo dizer que o banco internamente resolveu os seus problemas e chega a um racio fully loaded de 10% com todas estas operações também pela desalavancagem fica o registo do que o bcp nos ultimos anos foi um banco na berlinda. Mais importante é que isto quer dizer tambem que o bcp hoje vale menos que todo o dinheiro que lá foi metido ou foi buscar em vendas de ativos desde 2011!!!!!

mais detalhadamente a margem financeira q-q está estavel sobe no interanual devido ao menor peso dos cocos essencialmente e devido a algum repricing da carteira de depositos bem feito, dado que o volume de credito foi menor,as imparidades apresentam também valores record exceptuando o ajustamento feito aquando do stress test, mostrando os custos um bom comportamento

daqui para a frente o bcp vale 9 centimos menos o que perder no novo banco... eu nao incluo o fator especulação nas minhas analises :-$
Anexos
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resultados record em operações financeiras
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Fixed income portfolio analysis- banco popular

por Artista Romeno » 3/5/2015 16:12

Hoje trago um post diferente :D

o banco popular tem uma coisa interessante nas suas apresentações de resultados, mostra com detalhe a sua carteira de fixed income :clap:
curiosidade a duration ser baixa, isto é em termos médios os cash flows provinientes dos titulos detidos pelo banco tem 1,27 anos* o que revela medo de que após o QE a festa acabe, é que uma obrigação como devem saber cota acima dos 100% quando a yield to maturity é inferior à de cupão e abaixo no cenário oposto, ora obrigações de elevada duration em caso de subida das yields são mutissimo mais sensiveis que as de duration curta porque os principais recebimentos estão distantes no tempo e se a taxa a que são descontados subir perdem valortratando-se assim de uma estratégia claramente defensiva :mrgreen: . Uma estratégia mais agressiva seria assim procurar titulos com prazos mais elevados, com cupões mais elevados por serem mais dilatados no tempo mas muito mais sensiveis a perdas de valor quando o QE acabe e a bolha que se está a formar na divida da zona euro rebentar

a yield é baixa, o que é normal pois o banco popular tinha muito lixo no balanço e fez muitas mais valias para o limpar tendo inclusivamente descido de 1,53% em media no Q4 para apenas 1,29% no Q1 o que significa que o banco foi vendendo títulos mais antigos com cupões superiores e comprando emissões mais recentes. Curiosa a compra de 232m de divida dos EUA numa altura em que o QE por lá acabou e no curto medio prazo as yields podem subir, mas aqui o truque é a aposta na queda do euro face ao dolar( ainda que seja uma aposta limitada 1% da carteira, fica a curiosidade :)

link para aprender conceitos relacionados com os swaps e hedging de fixed income http://catalogue.pearsoned.co.uk/sample ... 962590.pdf

* resultado obtido com recurso também a derivados de cobertura como diz na apresentação de resto
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hoje em dia
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Re: O Be Ah Ba de Analise Fundamental

por Artista Romeno » 28/4/2015 20:35

richardj Escreveu:Artista, o que achas deste pensamento relativamente simples, do futuro da economia global.

-> EUA mais a UE tem cerca de 55% do PIB mundial.

-> EUA mais UE são aproximadamente 800 Milhões de habitantes, equivalentes a 11% da população mundial.

-> A tendência natural de longo prazo é para um equilíbrio, o que significaria idealmente um PIB de 11% do PIB mundial.

-> Logo, o futuro dos EUA e da UE será tendencialmente um caminho muito mais difícil. Seria muito melhor ir viver para um pais com grande potencial de crescimento (?), aka, o que estamos a fazer aqui em Portugal?


Acho que isso era verdade se isto fosse tipo o contador do tempo com areia em que viras ao contrario e lá vai a areia a cair :mrgreen:

Repara bem, os EUA e a Europa menos mas crescem logo nós já temos o nível desenvolvido, serão os outros que algum diria terão que chegar até nós e isso vai demorar décadas,
ao escolher emerging markets estarias a apostar que num futuro longinquo ia nivelar em qualidade de vida e pib per capita, mas quando? 40 anos 50 anos? até lá viverias sempre pior em regra geral leia-se qualidade de infraestruturas, educação, segurança. liberdade de expressão etc....

pode dar-se o caso e eu já vi que és de engenharia , se fores de civil que nesses mercados haja mais oportunidades que cá porque nos temos das melhores redes de infraestruturas dos mundo e tá tudo feito, agora regra geral é obvio que viver na india na china no brasil é crap, pode dar-se o caso de em altos cargos de empresas não o ser mas regra geral é
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Re: O Be Ah Ba de Analise Fundamental

por richardj » 27/4/2015 20:48

Artista, o que achas deste pensamento relativamente simples, do futuro da economia global.

-> EUA mais a UE tem cerca de 55% do PIB mundial.

-> EUA mais UE são aproximadamente 800 Milhões de habitantes, equivalentes a 11% da população mundial.

-> A tendência natural de longo prazo é para um equilíbrio, o que significaria idealmente um PIB de 11% do PIB mundial.

-> Logo, o futuro dos EUA e da UE será tendencialmente um caminho muito mais difícil. Seria muito melhor ir viver para um pais com grande potencial de crescimento (?), aka, o que estamos a fazer aqui em Portugal?

Stilgar: Take my life Usul (Paul), it's the only way.
Paul: I'M POINTING THE WAY!

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Chineses competem à escala global?

por Artista Romeno » 26/4/2015 20:39

Ever since Chinese companies began going global in force a couple of decades ago, their impact on worldwide business has been hard to overstate. By combining low cost with massive scale, and by taking full advantage of a huge domestic market, companies based in China have disrupted and transformed industries from telecommunications equipment to solar panels. Twenty-nine Chinese companies are represented in The Boston Consulting Group’s most recent list of 100 global challengers. (See 2014 BCG Global Challengers: Redefining Global Competitive Dynamics, BCG report, September 2014.) Fortune magazine’s Global 500 list for 2014 includes 91 companies based in mainland China, which is now second in number only to the U.S.
But a close analysis of the Chinese corporate landscape reveals new sets of challenges driven by dramatic changes in the business environments both at home and abroad. For Chinese companies in many industries, the era of easy, rapid growth is winding down. Achieving profits is more problematic. Old competitive advantages, such as low labor costs, are beginning to erode. Innovation, marketing acumen, an intimate understanding of global consumers, and an ability to manage global, multicultural talent are becoming critical differentiators of success. Competition from companies in other emerging markets is intensifying, while established multinationals in Asia, Europe, and the U.S. are devising new strategies to defend their turf.
The new BCG list of global challengers—fast-growing, internationally minded companies with roots in emerging markets—illustrates the shifting landscape. The number of Chinese challengers has declined steadily over the years, from 44 in 2006 to 36 in 2009 to 29 today. In fact, more than half of the Chinese companies that appeared on the 2009 list have dropped off the 2014 list.
This suggests that global challengers from other rapidly developing economies are catching up with Chinese companies. But it could also mean that some of the Chinese companies on our list have shifted their focus back to the strongly growing domestic market: the list includes only companies that have at least $500 million in overseas revenue or derive at least 10 percent of their total revenues overseas.
What Shifts in Global Rankings Reveal
The changing composition of Chinese companies in global-business rankings also highlights some interesting trends. For example, only a few big Chinese industrial-goods, resources, and commodities companies appear to be making significant headway in becoming true global leaders. Most of the handful of Chinese companies currently on our list that produce steel, automobiles, or natural resources are state-owned giants that have benefitted from advantageous positions and a large market at home. Indeed, the number of Chinese industrial-goods and resources companies has declined from 23 on the 2006 list to 20 in 2014.
In another trend, only one Chinese consumer-durable-goods company, Haier, now ranks among the top 100 global challengers. In 2009, there were seven. Though Lenovo graduated from being a global challenger to an industry leader, the global standing of most of the other dropouts—also makers of appliances or electronic products—decreased. This could mean that the strategy of being a low-cost follower—coming out with products similar to those of market leaders but at lower price points—has not proved effective over the long term.
What’s more, no Chinese manufacturer of fast-moving consumer packaged goods, such as soft drinks and toiletries, performed well enough outside China to be considered a BCG global challenger. The message appears to be that few Chinese consumer-goods companies have developed the strong brands, marketing capabilities, and insights into consumer tastes in different regions needed to compete globally.
Several Chinese Internet companies are successfully meeting domestic consumer needs and are now starting to translate that success abroad. Alibaba Group and Tencent Holdings are accelerating their expansions and have made big moves in the international market.
The rising importance of private Chinese companies is yet another trend. In 2009, 67 percent of Chinese global challengers were owned or controlled by the state. By 2014, that share had dropped slightly, to 62 percent. Most Chinese companies on the Fortune Global 500 list are also state owned, but the number of private companies has increased, from three in 2010 to eight in 2014. They include financial-services companies, such as Ping An Insurance and China Minsheng Bank, and industrial conglomerates, such as Shandong Weiqiao Pioneering Group. In addition to scale, these private companies typically have the ambition required to become potential global leaders.
The Need for New Competitive Strengths
Until now, Chinese global challengers have enjoyed a number of competitive advantages that have enabled them to emerge as international players. Chief among them have been China’s enormous domestic market and low costs—especially for manufacturing labor.
The nation’s rapidly expanding middle class has been a powerful source of solid, top-line growth and has provided Chinese companies with the large talent pool needed to compete globally. Access to low-cost capital, tax benefits, and government policies that encourage Chinese companies to go global and compete with foreign companies have also been beneficial.
Many Chinese challengers have also excelled at developing innovative low-cost business models, often driven by process innovation. Instead of achieving technological breakthroughs, they have seized market share and disrupted industries by delivering value for money. That has given them a huge edge in the fast-growing global market for products that are both affordable and of sufficient quality to meet customers’ needs. These companies then created the capabilities to go global, confront international incumbents in more sophisticated product segments, and even acquire leading foreign brands—as Geely did with Volvo and Lenovo did with IBM’s ThinkPad business.
But because of years of rapid wage increases, labor costs no longer constitute a sustainable competitive advantage for Chinese companies. As a result of cost pressures, foreign manufacturers of products such as car tires and computers intended for sale in North America are shifting some production back to the U.S. to be closer to end consumers. Other companies are shutting down Chinese garment and footwear factories and moving the work to lower-cost Asian nations, such as Indonesia and Vietnam, where foreign direct investment has tripled over the past five years.
Furthermore, low costs had led many Chinese companies to compete in parts of the industrial value chain that add the least value and generate the lowest profit margins. Many Chinese appliance makers, for example, used to focus on seizing share by developing products that were comparable with others on the market and then selling them at cheaper prices. But when those companies tried to upgrade their product lines, they were left behind. Similarly, Chinese producers of solar panels were able to gain global share with undifferentiated products by relying on massive production scale. But several then ran into severe financial difficulty when global markets became glutted and prices plunged.
In addition, Chinese companies that wish to go global are hindered because they lack adequate knowledge of consumers in target markets and experience in building leading brands. These skills are becoming more important to success in emerging markets. BCG research shows that consumer tastes and expectations in those markets are becoming increasingly sophisticated and demanding—and that consumers place high value on brands. Yet only 2.9 percent of Chinese-made products sold overseas carry the brands of Chinese companies, according to Euromonitor International. What’s more, most Chinese companies still spend relatively little on consumer research. Because they usually sell their products through third parties, these companies do not interact directly with their customers. Nor do they have much of an online presence outside of China.
Inward-focused corporate cultures are yet another obstacle. Most Chinese companies beginning to go global are still new to international organizational and governance models. There are no Chinese companies in Fortune’s ranking of the 25 best global companies to work for. In part, this is because Chinese organizations lack cultural diversity and international management: only a small fraction of China’s top 100 private companies include foreign nationals on their boards.
As a result, many Chinese corporate boards lack the international experience needed to achieve their global visions. Many globalization efforts fail because Chinese companies are unable to manage cultural differences, bridge language barriers, or understand local markets. Most Chinese companies also lack global risk-management capabilities that can help them systematically identify and mitigate potential problems, such as macroeconomic shifts, policy changes, and sharp swings in exchange rates.
A number of ambitious Chinese companies have resorted to mergers and acquisitions to go global. While some have succeeded, others have run into stumbling blocks stemming from their lack of international M&A experience and from limited trust of Chinese goods by consumers abroad. Opposition from politicians, civic groups, and competing companies—which have cited concerns ranging from national security to product safety—has scuttled several prominent Chinese acquisitions of companies in the U.S., for example. Some Chinese companies that have completed offshore acquisitions have had trouble assimilating their operations and employees.
Making the Next Leap
Given their current stage of globalization, many Chinese challengers still must improve in several key areas if they are to maintain their competitiveness and emerge as international leaders. We believe that they should concentrate their focus on the following.
Compete on more than cost. To escape the trap of relying on low-value, commodity goods and to prepare for the next phase of global growth, Chinese companies must create strengths in branding, distribution, products, and research and development. They should also pay more attention to product differentiation.
Mindray Medical International has made great progress in such a transition. The world’s third-largest maker of patient-monitoring devices, Mindray used to compete primarily at the low end of the market for hospital equipment, typically undercutting rivals’ costs by 20 to 30 percent. But in 2008, the company adopted a new approach. It broadened its product offerings, distribution channels, and customer base and developed a series of products tailored to customer needs. It also acquired Datascope, an established brand at major U.S. hospitals. From 2007 through 2013, Mindray achieved 27 percent compound annual sales growth.
Gain better insights into end customers. Rigorous research is required to better understand the wants and needs of consumers at different income levels and in different regions in new markets. Chinese companies should use such insights to develop and enhance brands so that they appeal to target consumers.
Haier is a good example of a Chinese company that knows its customers overseas. The company has carved out a solid niche by selling innovative and high-quality—yet very affordable—home appliances in the U.S. As a result, more than 30 percent of American households own Haier products, according to the brand consulting company Millward Brown.
Chinese companies can also make better use of both digital channels (to provide information) and purchasing channels that meet consumers’ needs. Most Chinese companies have experience with digital channels at home. Nearly 800 million Chinese consumers are projected to be Internet users by 2016. And by 2015, according to BCG research, online sales in China are projected to surpass $325 billion per year—more than five times the level in 2010. But because China’s Internet ecosystem is fundamentally different from those of other nations, few Chinese companies have successfully translated their domestic digital models into a successful digital presence abroad.
Improve cross-cultural management. Success on the international stage requires an international corporate culture. It is not enough to recruit Chinese nationals who have studied or worked abroad. Chinese challengers must hire and retain top foreign talent from diverse backgrounds—people who know how to operate in key markets and will give the entire company a more global perspective. Companies must learn how to motivate talent from other nations; respect cultural differences; and establish systematic, pragmatic, and down-to-earth training programs to develop multicultural professional teams.
The ability to retain top foreign talent has been critical to Lenovo’s success following its acquisition of IBM’s personal-computer business. Lenovo has gone so far as to establish headquarters in both China and the U.S. It has also aggressively recruited local talent and launched several cultural-integration initiatives. This has helped the company to achieve a smooth ownership transition and emerge as the world’s biggest manufacturer of PCs, according to the market research company International Data.
Strengthen international M&A capabilities. Mergers and acquisitions can be quick ways to develop a strong global presence, but several measures are needed to enhance the chances of success. Companies should improve the transparency of their operations and disclose more and better information. They must also establish strong ties with global stakeholders, including share owners, local communities, schools, labor organizations, and regulatory agencies.
As opiniões expressas baseiam-se essencialmente em análise fundamental, e na relação entre o valor de mercado dos ativos e as suas perspectivas futuras de negocio, como tal traduzem uma interpretação pessoal da realidade,devendo como tal apenas serem consideradas como uma perspetiva meramente informativa sobre os ativos em questão, não se constituindo como sugestões firmes de investimento
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Re: O Be Ah Ba de Analise Fundamental

por vasco007 » 23/4/2015 9:34

Artista,

Obrigado por estas partilhas, já arquivei para estudar.


Artista Romeno Escreveu:
rollingsnowball Escreveu:
Artista Romeno Escreveu:Houve uma pessoa que me abordou em privado, a pedir referencias, queria deixar aqui em publico um link de um artigo de um professor do IESE que nunca tinha deixado e que é uma forma simples de aprender como avaliar empresas http://www.iese.edu/research/pdfs/DI-0449-E.pdf

Nem que achem este tópico muito técnico se tiverem duvidas ou quiserem sugestões abordem, eu por vezes sou meio gozão e pareço autoritario, mas adoro ensinar quem quer aprender, por isso perguntem que eu digo se souber :mrgreen: não se sintam inibidos :D , o que odeio mesmo é aqueles mandam postas pescada e nao dizem nada, mas esses nao aparecem neste topico nem me abordam porque sabem que não vêm cá fazer mesmo nada....

guardado para consulta futura :) obrigado... relativamente ao damodaran (o little book :)) acrescenta alguma coisa? abraço


é um bom resumo a meu ver do mundo da avaliação

http://pages.stern.nyu.edu/~adamodar/pd ... okvaln.pdf
 
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Re: O Be Ah Ba de Analise Fundamental

por Artista Romeno » 23/4/2015 9:26

rollingsnowball Escreveu:
Artista Romeno Escreveu:Houve uma pessoa que me abordou em privado, a pedir referencias, queria deixar aqui em publico um link de um artigo de um professor do IESE que nunca tinha deixado e que é uma forma simples de aprender como avaliar empresas http://www.iese.edu/research/pdfs/DI-0449-E.pdf

Nem que achem este tópico muito técnico se tiverem duvidas ou quiserem sugestões abordem, eu por vezes sou meio gozão e pareço autoritario, mas adoro ensinar quem quer aprender, por isso perguntem que eu digo se souber :mrgreen: não se sintam inibidos :D , o que odeio mesmo é aqueles mandam postas pescada e nao dizem nada, mas esses nao aparecem neste topico nem me abordam porque sabem que não vêm cá fazer mesmo nada....

guardado para consulta futura :) obrigado... relativamente ao damodaran (o little book :)) acrescenta alguma coisa? abraço


é um bom resumo a meu ver do mundo da avaliação

http://pages.stern.nyu.edu/~adamodar/pd ... okvaln.pdf

quanto à relações de outros multiplos com o roic deixo este link ja metido na pagina 3 ou 4 do topico, ver documento na pagina 15

com o roic pode-se ter valor de mercado do IC = (roic*(1-t)-reinvestment rate)/(wacc-g)
reinvestment rate = g/roic

no caso dos bancos Equity a valor mercado = ROTE/(COE-G)

euroborn isso da media dos lucros passados é treta, por alguma coisa eles são passados já foram, e convém sempre expurgar extraordinários disso, o que interessa o lucro em 2010 o valor da empresa é o futuro, nao digo que nao se veja, mas importa é perceber como pode evoluir a empresa no futuro
Editado pela última vez por Artista Romeno em 23/4/2015 9:39, num total de 1 vez.
As opiniões expressas baseiam-se essencialmente em análise fundamental, e na relação entre o valor de mercado dos ativos e as suas perspectivas futuras de negocio, como tal traduzem uma interpretação pessoal da realidade,devendo como tal apenas serem consideradas como uma perspetiva meramente informativa sobre os ativos em questão, não se constituindo como sugestões firmes de investimento
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Re: O Be Ah Ba de Analise Fundamental

por rollingsnowball » 23/4/2015 9:07

Artista Romeno Escreveu:Houve uma pessoa que me abordou em privado, a pedir referencias, queria deixar aqui em publico um link de um artigo de um professor do IESE que nunca tinha deixado e que é uma forma simples de aprender como avaliar empresas http://www.iese.edu/research/pdfs/DI-0449-E.pdf

Nem que achem este tópico muito técnico se tiverem duvidas ou quiserem sugestões abordem, eu por vezes sou meio gozão e pareço autoritario, mas adoro ensinar quem quer aprender, por isso perguntem que eu digo se souber :mrgreen: não se sintam inibidos :D , o que odeio mesmo é aqueles mandam postas pescada e nao dizem nada, mas esses nao aparecem neste topico nem me abordam porque sabem que não vêm cá fazer mesmo nada....

guardado para consulta futura :) obrigado... relativamente ao damodaran (o little book :)) acrescenta alguma coisa? abraço
As opiniões traduzem uma interpretação pessoal da realidade não se constituindo como sugestões de investimento. Por serem uma interpretação pessoal, estas opiniões vão obrigatoriamente estar erradas por vezes, pelo que cada um deve efectuar a sua própria análise.
 
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Re: O Be Ah Ba de Analise Fundamental

por Eurobrexit » 23/4/2015 1:43

Artista Romeno Escreveu:
ParaCima Escreveu:boas,

já reparei que fazes a tua avaliação baseada nos cash-flow futuros, o que para mim é o que faz sentido, desde que se tenha a sensibilidade para perceber quais os valores a espectar no futuro...

agora pergunto, quais os teus critérios gerais para investigares uma empresa... por exemplo, "eu" quero investir, tenho aqui uns trocos... como pesquisas as empresas a investir???

já percebi que os teus sectores "favoritos" são empresas ligadas ao turismo(hoteis, companhias aereas...) e os bancos... deves de gostar de viajar e ter trabalho num banco... mas só compras o que usas??? procurar por racios?? qual é o ponto que te leva á pesquisa, e os numero que te chamam á atenção...


desde já obrigado

Ps: "gostei" da historia do montepio... ;)


olha para o quadro do professor do iese e verás a resposta, quero empresas que cumpram os seguintes critérios: setores que perceba, valor absoluto isto é preço inferior ao net present value dos fcff deduzidos da divida líquida e das off sheet liabilities tipo unfunded pension funds, valorização relativa atrativa( leia-se até pode estar mais cara que os pares, mas se for muito melhor tudo ok), sejam boas tenham vantagens competitivas, bom management lá esta aloquem bem o capital....

Racios :
EV/EBITDA
FCF Yield
relacionar o EV/IC com o roic http://people.stern.nyu.edu/adamodar/pdfiles/eqnotes/ValMat.pdf
e analisar o perfil de crescimento
por exemplo se sei que o euro vai cair e há um QE compro empresas exportadoras pos eua e cíclicas
se for banco ROTE vs COE


Caro Artista Romeno:

Em relação a encontrar uma empresa cujo valor não está refletido na cotação, que dizem a este cálculo simples:

empresa Tipo REN/CTT/Portucel/SEMAPA e outras afins.
Têm resultados estáveis, tendencialmente crescentes, no entanto a cotação/capitalização bolsista oscila bastante de ano para ano.


Em bull market, geralmente sobe, em bear market, geralmente desce.

Assim:
Pressuposto base - Estrutura financeira equilibrada/sustentável. (Autonomia e/ou Net Debt/EBITDA)

Resultado médio últimos 3/5 anos a dividir pela capitalização da empresa > 10%/15% (WACC + Margem lucro investimento)

Atualmente são poucas ou nenhumas as empresas em que isto acontece
A FRamada, por exemplo, em 2012/2013, com resultados médios anuais de 6M€ a dividir pela capitalização dava um ROI de 20% (excelente)
Hoje a cotação ajustou de forma a corrigir esta anormalidade (consequência do bear market anterior - crise dívida/etc).

Parece-me simples este raciocínio.
Concorda?
 
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Re: O Be Ah Ba de Analise Fundamental

por Eurobrexit » 23/4/2015 1:31

Artista Romeno Escreveu:Houve uma pessoa que me abordou em privado, a pedir referencias, queria deixar aqui em publico um link de um artigo de um professor do IESE que nunca tinha deixado e que é uma forma simples de aprender como avaliar empresas http://www.iese.edu/research/pdfs/DI-0449-E.pdf

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excelente WP.

Obg,
 
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Re: O Be Ah Ba de Analise Fundamental

por Artista Romeno » 23/4/2015 0:47

http://www.amazon.co.uk/Little-Book-Tha ... +investing este livro que o rcs recomendou, não conhecia e parece-me bom

quanto ao montepio, saiem 450m euros :mrgreen: para ter os 10%... está em 7% ativos ponderados pelo risco de 15mm
As opiniões expressas baseiam-se essencialmente em análise fundamental, e na relação entre o valor de mercado dos ativos e as suas perspectivas futuras de negocio, como tal traduzem uma interpretação pessoal da realidade,devendo como tal apenas serem consideradas como uma perspetiva meramente informativa sobre os ativos em questão, não se constituindo como sugestões firmes de investimento
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Re: O Be Ah Ba de Analise Fundamental

por Artista Romeno » 23/4/2015 0:25

ParaCima Escreveu:boas,

já reparei que fazes a tua avaliação baseada nos cash-flow futuros, o que para mim é o que faz sentido, desde que se tenha a sensibilidade para perceber quais os valores a espectar no futuro...

agora pergunto, quais os teus critérios gerais para investigares uma empresa... por exemplo, "eu" quero investir, tenho aqui uns trocos... como pesquisas as empresas a investir???

já percebi que os teus sectores "favoritos" são empresas ligadas ao turismo(hoteis, companhias aereas...) e os bancos... deves de gostar de viajar e ter trabalho num banco... mas só compras o que usas??? procurar por racios?? qual é o ponto que te leva á pesquisa, e os numero que te chamam á atenção...


desde já obrigado

Ps: "gostei" da historia do montepio... ;)


olha para o quadro do professor do iese e verás a resposta, quero empresas que cumpram os seguintes critérios: setores que perceba, valor absoluto isto é preço inferior ao net present value dos fcff deduzidos da divida líquida e das off sheet liabilities tipo unfunded pension funds, valorização relativa atrativa( leia-se até pode estar mais cara que os pares, mas se for muito melhor tudo ok), sejam boas tenham vantagens competitivas, bom management lá esta aloquem bem o capital....

Racios :
EV/EBITDA
FCF Yield
relacionar o EV/IC com o roic http://people.stern.nyu.edu/adamodar/pdfiles/eqnotes/ValMat.pdf
e analisar o perfil de crescimento
por exemplo se sei que o euro vai cair e há um QE compro empresas exportadoras pos eua e cíclicas
se for banco ROTE vs COE
As opiniões expressas baseiam-se essencialmente em análise fundamental, e na relação entre o valor de mercado dos ativos e as suas perspectivas futuras de negocio, como tal traduzem uma interpretação pessoal da realidade,devendo como tal apenas serem consideradas como uma perspetiva meramente informativa sobre os ativos em questão, não se constituindo como sugestões firmes de investimento
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Re: O Be Ah Ba de Analise Fundamental

por ParaCima » 23/4/2015 0:16

boas,

já reparei que fazes a tua avaliação baseada nos cash-flow futuros, o que para mim é o que faz sentido, desde que se tenha a sensibilidade para perceber quais os valores a espectar no futuro...

agora pergunto, quais os teus critérios gerais para investigares uma empresa... por exemplo, "eu" quero investir, tenho aqui uns trocos... como pesquisas as empresas a investir???

já percebi que os teus sectores "favoritos" são empresas ligadas ao turismo(hoteis, companhias aereas...) e os bancos... deves de gostar de viajar e ter trabalho num banco... mas só compras o que usas??? procurar por racios?? qual é o ponto que te leva á pesquisa, e os numero que te chamam á atenção...


desde já obrigado

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Re: O Be Ah Ba de Analise Fundamental

por Optimiza » 22/4/2015 23:16

Artista, análise coerente do Montepio que incorpora a tua abordagem out of the box que aprecio bastante, mas que me deixa dúvidas sobre o bottom line.

Mediante a tua análise, consegues definir o core tier one actual/real? Qual seria o volume de capital adicional para atingir um rácio core tier one basileia III de 10%?

keep on the good work! perseu
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