Petróleo entre tensões geopolíticas e oferta excessiva. O que pesará mais?

[Thomas Hobbes]

As experiências que tive com o IRS, Internal Revenue Service dos EUA, também foram completamente surreais.

Portanto caro Ming, se vais mudar a sua actividade para lá, devo-lhe dizer que os mangas de alpaca funcionam da mesma maneira em qualquer parte do mundo.

isto dá que pensar não?

[£izard]

Ming, o teu relato é uma cópia muito fiél dos casos que conheço.

É demasiada burocracia, muita lentidão a pegar nos processos - não me admirava que a tua reclamação não te desse novidades antes de decorrido 1 ano ou +...é o normal.

Boa sorte nos investimentos fora de portas

£izard

[Ming]

Correcção:

claramente não compensa, mais vale deixar passar as ilegalidades, os roubos, e as prepotências mesquinhas

[Ming]

Já agora:
Essa perda de tempo foi ao longo do último ano.
Este ano, tudo aponta para que os dias perdidos aumentassem consideravelmente, e tivesse de seguir para processos de impugnação judicial com as custas (advogados, etc.) que se conhecem.
Depois, empresas como a Sonae ganham 90% dos processos que tem contra a administração tributária, e por isso esse trabalho todo vale a pena no caso deles. Mas no meu caso estamos a falar de gastar uns milhares de euros para recuperar uns milhares de euros. Se metermos "ao barulho" o esforço e o tempo perdidos, claramente naão compensa, mas vale deixar passar as ilegalidades, os roubos, e as prepotências mesquinhas.

E, claro, fechar a porta e ir embora.

[Ming]

Sim, suponho que agora se chamam algo desse género...

Tenho sempre pago o PEC, desde que foi instituido pelo guterres (com valores mais baixinhos do que agora, claro).

O problema tem a ver, fundamentalmente com uma dedução de IVA, mas depois acaba por resultar tão complexo e ridículo que nem vale a pena desenvolver muito.
Bastará dizer que já me aconteceu de tudo, começando por coisas como:
1.
Receber uma carta a anunciar uma devolução de IVA de metade do valor que efectivamente me deviam (valor apurado depois de um processo penosíssimo de inspecção).
2.
Com base nessa carta telefonei-lhes (uma dezenas de vezes, que é como tem de ser para falar com alguém) a dizer que o valor anunciado estava incorrecto.
3.
Depois de muitos contactos com uma funcionária incompetente que nunca chegou a perceber o problema, consegui falar com um chefe qualquer que acabou por perceber tudo (no meu tempo qualquer criança capaz de concluir a escola prímária teria percebido logo, mas enfim...).
4.
Esse chefe acabou por me dizer algo como:
"Pois parece-me que tem razão, mas olhe, agora o melhor é deixar seguir as coisas assim, porque sempre recebe metade do valor e depois, quando receber, apresenta na sua repartição de finanças um processo de reclamação graciosa a reclamar o pagamento do resto."
5.
Claro que isto se passou há uns meses valentes, e tanto quanto sei o processo de reclamação (que me levou talvez um dia e meio a redigir e a compor com a totalidade das cópias dos documentos em causa) deve ter caido para trás de alguma secretária e ter ficado no limbo...

Desde este tipo de coisas em diante, segundo uma avaliação superficial, terei perdido cerca de 20 dias úteis completos a lutar contra este tipo administração fiscal (além dos custos directos em telefonemas, deslocações, etc.).

Isso é proibitivo (estamos a falar de perder um décimo do tempo total de trabalho que poderia dedicar à actividade económica em causa).

Desisto.

[£izard]

uma visita à minha empresa de um fiscal da administração tributária,

Ming, jà não existem fiscais...agora são Inspectores Tributários...foi um grande avanço...

O que é que se passou? não praticas operações tributárias e queriam que pagasses o PEC?

£izard

[Ming]

Bom, depois de muitos anos de tentativas para compreender e me integrar no "sistema", hoje, uma visita à minha empresa de um fiscal da administração tributária, permitiu-me mais um avanço importante na compreensão de como funcionam as coisas por cá.

Para não entrar em detalhes trabalhosos e pouco interessantes para a maioria, digamos apenas que sou obrigado a concluir de forma definitiva que a burocracia, as normas legais, e os procedimentos tributários a que as empresas portuguesas são submetidas tornam proibitiva (diria mesmo que tornam completamente estúpida) qualquer iniciativa empresarial cá no burgo.

Assim, vou escolher o melhor momento para fechar a empresa (possivelmente depois dos pagamentos de dividendos, para ainda recuperar os IRSs retidos ).

Depois, provavelmente, vou pegar em todo o meu dinheiro e transferi-lo para os USA, e começar a investir lá. Nessa altura, imagino, deixarei de acompanhar o mercado português e passarei a acompanhar o dos USA, e poderei passar a comentar algumas opções em termos de investimento fundamental em empresas da NYSE, etc...