Alívio no IRS poderá ser superior a 400 euros

[FDPC]

És tão linda és tão boa meu amor : Viva a Grécia, Viva Portugal !!! Altamente o que vem por ai !!!

[RaposoTavares]

Título do Telegraph
Europe ready for Grexit contagion as Athens gets closer to Russian cash
Artigo aqui: http://www.telegraph.co.uk/finance/economics/11547734/Europe-ready-for-Grexit-contagion-as-Athens-gets-closer-to-Russian-cash.html



Título do Guardian
Fears grow of Greek euro exit after IMF meeting
Artigo aqui: http://www.theguardian.com/world/2015/apr/18/greek-euro-exit-imf-ecb-europe-debts



Título da agência Bloomberg:
ECB’s Vasiliauskas Says Summer is Limit for Greek Emergency Cash
Artigo aqui: http://www.bloomberg.com/news/articles/2015-04-18/ecb-s-vasiliauskas-sees-summer-as-limit-for-greek-emergency-cash


Excerto de artigo do El País:

El miedo a un desenlace negativo ya castigó a los mercados el viernes y el tono de los involucrados se ha hecho más apremiante. “Todos queremos que Grecia lo consiga, pero la respuesta en manos del Gobierno griego”, resaltó Draghi

Artigo aqui:http://economia.elpais.com/economia/2015/04/18/actualidad/1429370005_066173.html



Excerto de artigo de opinião (muito à esquerda) no El País:

Está claro que Grecia no puede pagar su deuda, al igual que estaba claro que Alemania no podría pagar unas reparaciones de guerra tras la II Guerra Mundial. Debemos preguntarnos si queremos formar parte de una Europa que da más importancia a los datos macroeconómicos que a la dignidad de las personas.

Artigo aqui: http://elpais.com/elpais/2015/04/17/opinion/1429291965_820184.html

[RaposoTavares]

http://www.reuters.com/article/2015/04/17/us-eurozone-greece-ecb-exclusive-idUSKBN0N824Y20150417

[Ativo]

Novo prazo para que os gregos apresentem um plano de reformas que agrade aos credores: 11 de maio.

Com essa decisão, talvez se retire algum nervosismo aos mercados, na próxima semana. Adia-se o prazo e enquanto o pau vai e vem folgam as costas ...

A data de 11 de maio, caso se chegasse a acordo com a Grécia, deveria, permitir à Grécia reembolsar, "in extremis", o FMI, em maio, e evitar um "default. Certamente, não é por acaso que tal data foi escolhida ...

[RaposoTavares]

Novo prazo para que os gregos apresentem um plano de reformas que agrade aos credores: 11 de maio.
Link do Le Monde:
http://www.lemonde.fr/economie/article/ ... _3234.html

transcrições de trechos retirados do blogue do Guardian dedicado à crise grega: http://www.theguardian.com/business/live/2015/apr/17/greek-crisis-markets-imf-varoufakis-live#block-55310932e4b091db7b1bddd1

1
Moscovici: We need a Greek deal by May 11

European Commissioner Pierre Moscovici has thrown down a challenge to Greece; you must produce a concrete set of reforms by May 11.

Moscovici told the Financial Times that Athens must speed up its work, and deliver acceptable plans by the time finance ministers gather next month. There’s not chance of a deal next week, he confirmed.


Moscovici, the European commissioner for economic and financial affairs said:

We’ve got two meetings which are important. The April 24 meeting in Riga must not be a wasted moment; it must be a useful moment in which we see concrete progress in catching up with those reforms, and then the next meeting on May 11, which certainly must be decisive”.

The former French finance minister has been relatively optimistic about the Greek crisis in recent months. But he makes it clear that Athens has still not been “precise enough” in its reform plans.

“We are not talking about nothing. We are talking about things, but now we need to make progress”.

Moscovici warns Greece to agree to reforms or face default


2
Closing summary: Another day of Greek drama

OK, it’s been a long week, so let’s nail the lid down with a particularly brisk catch-up.

Greece has been given until May 11 to satisfy its creditors. EU commissioner Pierre Moscovici identified a eurogroup meeting that day as the final chance to reach agreement about economic reforms, to unlock €7bn of bailout funds.

UK chancellor George Osborne has warned that the mood at this year’s IMF Spring Meeting is notably gloomy; Greece hangs over every meeting, he claimed.

Germany finance chief Wolfgang Schauble added to the gloom, saying there is no sign of a deal in the weeks ahead.

But some of Greece’s largest creditors will go “a long way” to keep it in the euro, says Bloomberg.

Greek fears send shares down sharply in Europe today.

The financial world has been disrupted by a major systems outage at Bloomberg.

City workers say they were unable to trade for hours.

While in the UK, the unemployment rate has hit its lowest since July 2008. Full coverage of that starts here.

Have a good weekend all. GW

[MarcoAntonio]

Este tópico não é para discutir assinaturas nem esse é um tema para o Forum. A funcionalidade existe, está implementada no forum desde que este existe há mais de doze anos e nunca isso foi problema. Vou remover estes posts dado que o tema está aqui apenas a fazer descarrilar o tópico, nada mais...

[RaposoTavares]

[RaposoTavares]

Duas notícias no Les Echos (que bem podiam ser encontradas noutros milhentos 'sites'.:

http://bourse.lesechos.fr/infos-conseils-boursiers/actus-des-marches/infos-marches/la-grece-racle-les-fonds-de-tiroir-pour-payer-les-salaires-1045140.php#xtor=&utm_source=ExtensionFactory.com&utm_medium=extension&utm_campaign=extension&utm_content=notification
A Grécia rapa o fundo ao tacho para pagar salários na função pública.

http://bourse.lesechos.fr/infos-conseils-boursiers/actus-des-marches/infos-marches/le-dossier-grec-revient-doucher-les-marches-1045131.php#xtor=&utm_source=ExtensionFactory.com&utm_medium=extension&utm_campaign=extension&utm_content=notification
A falta de avanços significativos nas conversações entre os gregos e os credores instabiliza as bolsas europeias. Têm-se registado fortes pressões vendedoras por parte dos grandes fundos, ao que parece...


Continuo a seguir a situação grega aqui:
http://www.theguardian.com/business/live/2015/apr/17/greek-crisis-markets-imf-varoufakis-live

[Investbem]

Vale o que vale...

http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... e_hui.html

[RaposoTavares]

As bolsas tropeçam. A crise grega está longe de ter uma solução... Tenho acompanhado a coisa aqui:http://www.theguardian.com/business/live/2015/apr/17/greek-crisis-markets-imf-varoufakis-live

[Investbem]

Para mim não passa de uma questão de medir forças, e acredito que quem vai vencer será a Grecia. Não me parece a sua saída do euro seja bem aceite nem esperada por qualquer dos outros estados membros, por mais que alguns digam o contrario, até pelo efeito "bola de neve" que quase de certeza causaria e pelo dinheiro já emprestado. Pova é o ultimo discurso da chanceler.

[Bernie Madoff]

Vi na Bloomberg TV que o ministro Grego das finanças quer criar um Banco Mau, não encontrei a notícia no 'site'.
Também dizia que ter a Grécia fora do Euro era uma decisão antieuropeia (esses malandros....) e quer um acordo até ao fim de JUNHO!

Yanis, é isso o melhor que arranjas para defender a tua causa? Fraca reação às negas do FMI.... pareces desorientado!

[RaposoTavares]

O contraponto aos dois artigos transcritos atrás já tinha sido dado ontem pelo prémio Nobel de 2001, aqui:

http://www.lesechos.fr/finance-marches/marches-financiers/0216235261-joseph-stiglitz-la-bce-ne-laisse-quasiment-pas-de-marge-de-manoeuvre-au-gouvernement-grec-cest-vraiment-une-erreur-1111197.php#

Pessoalmente, inclino-me a achar que o homem não distingue com clareza a situação dos Estados Unidos da barafunda que é a construção desta Europa... Mas isso são coisas minhas que não me apetece expor agora. Apetece-me dizer apenas que expressão 'união europeia' é, por enquanto, um triste eufemismo.

Quanto às ações, não faço a menor ideia de quando será a altura de entrar no Athex. Havia para ali um suporte em formação que me parece que está muito longe de se confirmar...

[RaposoTavares]

Dois artigos a ler:

No Finantial Times

Last updated: April 16, 2015 3:21 pm
IMF knocks Greek debt rescheduling hopes
Chris Giles and Shawn Donnan in Washington, Peter Spiegel in Brussels and Kerin Hope in Athens


A pedestrian passes a mural depicting the crisis in Greece on the side of a student residence in Thessaloniki


Greek officials have made an informal approach to the International Monetary Fund to delay repayments of loans to the international lender, highlighting the parlous state of Greek finances, but were told that no rescheduling was possible.
According to officials briefed on the talks by both sides, Athens was persuaded not to make a specific request for a delay to the Fund, which is owed almost €1bn in two separate payments due in May.



Although Athens was rebuffed, the discussions, which occurred in private earlier this month, are a sign that the Greek government is finding it increasingly difficult to scrape together enough money to continue to pay wages and pensions while meeting its debt payments to external lenders.
Yields on Greek bonds soared on Thursday following the news, with yields on three-year paper rising 134 basis points to 25.10 per cent, the highest since the country’s restructuring. Its 10-year yields climbed 45 basis points to 12.18 per cent.
Officials representing Greece’s creditors are unsure whether Athens will be able to make the payments in May. Even if they do, they are certain that the matter will come to a head by June, before much larger payments on bonds held by the ECB start coming due.

IMF officials have repeatedly said that a rescheduling of repayments can only come as part of a completely renegotiated new bailout programme. Were it to miss a payment, Greece would become the first developed economy to go into arrears at the Fund, something only counties like Zaire and Zimbabwe have done in the past.
Greece informally raised the precedent of delaying IMF payments by at least one other developing country a generation ago in the 1980s. But IMF officials stuck to their guns saying that none of the underlying problems had been solved by payment delays.
“Payment delays have not been granted by the board of the IMF in 30 years,” said IMF managing director Christine Lagarde, when asked about whether Greece could delay payments at a press conference in Washington.
One source briefed on the approach said the proposal was to “reshuffle the repayment schedule for the IMF loan over the coming months,” allowing the new Greek government led by Alexis Tsipras to have the money to pay bills for pensions and public sector salaries while negotiating with European creditors over payment of the next tranche of bailout loans.
The government, which must repay more than €9bn to the IMF this year relating to its first bailout in 2010, is locked in a two-month-long stand-off with its bailout creditors to release some of the remaining €7.2bn in its current €172bn bailout in order to make those payments.




http://www.ft.com/cms/s/0/1d44b25c-e401-11e4-9e89-00144feab7de.html#ixzz3XUsrQQXD


Eurozone creditors have refused to release the funds unless Athens comes up with a more complete list of economic reforms and a credible plan for implementation, but talks over what those reforms should include have stalled and EU officials have publicly said no deal is likely at the next meeting of eurozone finance ministers, which is scheduled for next week.
Even if negotiations go well and start again in earnest, EU officials are privately sceptical that the technical work allowing the release of the money will be complete by the eurogroup meeting of 11 May, the day before the IMF payment is due.
EU finance ministers now openly talk about the possibility that no deal is possible, which could lead to a Greek default and potentially an exit from the euro.
Olivier Blanchard, IMF chief economist, also highlighted the increasing possibility of a Greek exit from the eurozone, saying this week that for the rest of the eurozone a Greek exit “would not be smooth sailing, but it could probably be done”.



in: http://www.ft.com/intl/cms/s/0/1d44b25c-e401-11e4-9e89-00144feab7de.html?siteedition=uk#axzz3XUqpTYwe

No Guardian:

]
Greece pushed a step closer to Grexit after IMF snub
Christine Lagarde’s refusal to allow any delay in bailout repayments heightens fears that the US and Europe are preparing for Greece to leave eurozone



IMF chief Christine Lagarde tells the spring meeting that no payment delays have been granted by the IMF in 30 years. Photograph: Nicholas Kamm/AFP/Getty Images

Phillip Inman in Washington
Thursday 16 April 2015 18.54 BSTLast modified on Thursday 16 Greece has been pushed a step closer to default and potential exit from the euro after one of its main lenders, the International Monetary Fund, all-but ruled out allowing the cash-strapped country to delay repaying the €1bn due next month.


The IMF boss Christine Lagarde said delaying the payments would be an unprecedented action that would only make the situation worse.
Speaking at the Washington-based organisation’s spring meeting, she said: “Payment delays have not been granted by the board of the IMF in the last 30 years.”
Her intervention is likely to heighten fears that senior policymakers in the US andEurope are preparing for Greece to leave the eurozone.
She said that delays had “been granted to a couple of developing countries ... and that was not followed by very productive results.”
The IMF is a rules-based institution, Lagarde said. While all options were available, she added: “It’s clearly not a course of action that could be recommended in the current situation.”
Her comments followed a report that the Greek finance minister Yanis Varoufakis had sounded out the IMF over whether Athens could ask for a delay on the payments it is struggling to afford. The scramble to get the funds together could leave Athens unable to meet pensions and welfare payments at the end of May.
The report in the Financial Times said that Varoufakis was rebuffed after he made an “informal approach” to discuss the issue.
Greece vigorously denied asking for leniency from the Washington-based lender of last resort. A spokesman for Varoufakis described the story as “lies”.
Greece owes money to the IMF, the European Central Bank and the EU following its two bailouts in 2010 and 2012. Athens is waiting for the final €7.2bn payment under the second rescue package, but it has been held up after the new radical leftwing-led government scrapped previous commitments to privatise state assets and cut welfare.
Should a deal be reached on a new package of reforms it is understood that eurozone finance ministers would sign off a more lenient schedule that would cut the interest rate on the loans and delay the bulk of Athens’ repayments beyond 2030, in return for clear commitments to create a more sustainable public budget.
Varoufakis is due to meet eurozone finance ministers next week. However, his German counterpart Wolfgang Schäuble has already ruled out a new deal, saying there is not enough detail concerning a new package for a decision to go ahead.
A meeting next month is also expected to reach an impasse without a significant shift in the Greek position. Until now, Athens has resisted demands from Brussels for a more detailed reform package.
IMF officials have also said repayments can only be rescheduled as part of a renegotiated new bailout programme.
Lagarde said: “Our advice to the Greek government is to get on with the work of improving the short and medium-term economic prospects. We want to restore the stability of the Greek economy and I hope everyone involved can continue the work at a faster pace.”
If Greece was unable to pay the IMF and is forced to default on payments to public sector staff, pensioners and welfare recipients, economists have speculated it may be forced to introduce capital controls to prevent a flight of funds out of the country.
There is increasing speculation that unless Athens puts together a detailed reform agenda, the country will be allowed to leave the euro and bring back the drachma.
Olivier Blanchard, the IMF’s chief economist, appeared to pave the way for an exit when he said earlier this week that the eurozone without Greece was possible, saying that for the rest of the 19-member currency bloc it “would not be smooth sailing, but it could probably be done”.
Analysts at the consultancy IHS Global Insight said the risk of an exit was increasing by the day. “Without the disbursement of official funds by early May, Greece will struggle to avoid a default. Although a default would not necessarily mean that Greece would leave the eurozone, it could precipitate a series of events that could leave the Syriza-led government with little option but to start printing its own currency.”
In: http://www.theguardian.com/business/2015/apr/16/greece-moves-step-closer-to-grexit-after-imf-snub

[Royal_Flush]

já cheira mal esta "estória"...
o pessoal já está tão fartinho que já pede por favor venha daí esse Grexit e os defaults e o que for...
irra...

[Ativo]

A Grécia deu sinal, inequívoco, de que financeiramente, está "à rasca": pediu adiamento do pagamento, ao FMI, em maio, de reembolsos de empréstimos concedidos pelo FMI.

Ou a Grécia, muda de atitude, ou então, vai haver "default" por parte da Grécia, no prazo de, talvez, 2 meses ...

Ver notícia em: http://economico.sapo.pt/noticias/fmi-r ... 16213.html

[Dr Tretas]

A Europa está a jogar com a Grécia no campo político... e parece que o governo grego também o está a fazer...
Neste momento vão comprar mísseis à Russia...

Com dinheiro emprestado pelos russos, suponho? A Alemanha empresta para comprar submarinos alemães, a Rússia para comprar mísseis russos, show must go on

[Marco Martins]

A Europa está a jogar com a Grécia no campo político... e parece que o governo grego também o está a fazer...
Neste momento vão comprar mísseis à Russia...

Resta saber até onde interessa à Europa a Grécia como ponto estratégico...

Portugal, neste momento deveria tentar apostar nas Lajes ou numa qualquer outra ilha, uma zona estratégica em conjunto com a Europa ou com África, para compensar a perda da saída dos USA.

[Ativo]

O governo grego continua a "estrebuchar": tem realizado sucessivos contactos, internacionalmente ...

As várias "démarches" diplomáticas já efetuadas pelo governo grego, junto de vários centros de poder internacionais, revelam que o governo continua a tentar(em vão) arranjar "outra solução" (que permitisse à Grécia, diria, estar, para já, com um pé dentro e outro fora da Zona Euro) de modo que não tenha que dizer aos parceiros europeus aquilo que eles querem ouvir.

Vamos ver se, até 24/04/2015, data em que se reúne, novamente, o Eurogrupo, haverá, como se pretendia, acordo da Grécia com o Eurogrupo ...

Ver notícia em: http://expresso.sapo.pt/varoufakis-vai- ... na=f919813

[soso]

".....  O euro foi pressionado esta manhã, depois de um artigo britânico ter sugerido que Varoufakis vai viajar esta noite para Washington para se reunir com um advogado especializado em dívida soberana que já aconselhou vários países a reestruturar a dívida... "

" ...O par EuroDollar desmanchou-se em 1 figura...... "

Fonte : correctora

Cumprimentos bolsistas .

[Ativo]

Notícia publicada, no Negócios Online:

"Die Zeit: Merkel quer manter a Grécia no euro mesmo em caso de "default"

De acordo com o jornal alemão, o Governo de Angela Merkel está a ponderar de que forma a Grécia pode permanecer no euro mesmo que incumpra pagamentos. Atenas terá, no entanto, de se comprometer com reformas que permitam restaurar a sustentabilidade do país. Se esse não for o caso, a saída do euro será inevitável.
O governo da chanceler Angela Merkel está estudar um plano que permita manter a Grécia no euro, garantindo desta forma a integridade da união monetária europeia, no caso de o país entrar em "default", falhando pagamentos devidos aos credores, noticia o "Die Zeit".

Segundo o jornal alemão, em caso de incumprimento soberano o Banco Central Europeu (BCE) teria de deixar de fornecer liquidez aos bancos do país, uma vez que estes são maioritariamente detidos pelo Estado grego, que seria assim considerado accionista insolvente. O plano que está a ser pensado em Berlim passa por tentar perceber como é que a liquidez à banca pode ser mantida. O pré-requisito para esta concessão passa, porém, por o Governo grego "cooperar e demonstrar estar disponível para empreender as reformas" consideradas necessárias pela troika para garantir a sustentabilidade financeira do país. Se este não for o caso, uma secessão da união monetária passará a ser um cenário praticamente inevitável. Mesmo assim, acrescenta o Die Zeit, a Grécia continuaria integrada na União Europeia e poderia beneficiar de "fluxos de ajuda de Bruxelas para facilitar a transição para a sua própria moeda". Citado pela Bloomberg, o Ministério alemão das Finanças recusou fazer quaisquer comentários à notícia.

FMI: Isto não está a funcionar

A possibilidade de uma crise aberta na Grécia tem vindo a ser crescentemente admitida por fontes do governo grego e das instituições da troika, à medida que se arrastam as negociações e os cofres de Atenas vão ficando vazios. De acordo com relatos na imprensa grega, Poul Thomsen – que desde 2010 tem acompanhado de perto a Grécia em representação do FMI – terá dito nesta semana aos directores do Fundo que as negociações "não estão a funcionar", que Atenas continua a negar o acesso a dados essenciais para se perceber a real dimensão das necessidades financeiras do país, pelo que não pode antecipar se será possível concluir com sucesso o actual resgate ao país – etapa fundamental para que possa ser desembolsada a última fatia do empréstimo da troika, de sete mil milhões de euros.

"Queremos muito um acordo e esperamos alcança-lo", mas se não houver entendimento, a saída da união monetária é um cenário que se abre, admitiu nesta terça-feira o economista-chefe do FMI. "Será um evento muito dispendioso para a Grécia, e extremamente doloroso", mas que pode ser acomodado pelo resto da Zona Euro, disse ainda Olivier Blanchard, citado pela Bloomberg.

Blanchard falava, em Washington, na apresentação das novas perspectivas macroeconómicas, no âmbito das quais o FMI reviu em baixa, de 2,9% para 2,5%, a previsão de crescimento da economia grega para este ano, antecipando uma aceleração para 3,7% em 2016.

Nesta semana também, o Financial Times citou uma fonte de Atenas, segundo a qual o Governo grego já está a considerar entrar em incumprimento, caso as negociações com a troika continuem em aberto, e será o FMI o primeiro a não receber os desembolsos (do primeiro empréstimo a Atenas, concedido em 2010) devidos em Maio e em Junho. Nunca um país avançado não honrou a tempo e horas os seus compromissos com a instituição sedeada em Washington, de que os Estados Unidos são o maior accionista. O ministro grego das Finanças Yanis Varoufakis conta encontrar-se nesta quinta-feira com Barack Obama, à margem dos encontros do FMI e do Banco Mundial que decorrem na capital norte-americana.

Por seu lado, o jornal alemão "Bild" avançou que já se preparam eleições antecipadas na Grécia caso as negociações não cheguem a bom porto, informação que o Governo grego desmentiu. Segundo uma sondagem da "Metron Analisys", 82% dos gregos querem manter-se no euro, o que traduz uma subida face aos cerca de 75% que assim respondiam em Janeiro.

Falando ontem na Comissão de Assuntos económicos e Monetários do Parlamento Europeu, em Bruxelas, o comissário Pierre Moscovici disse, por seu turno, que as negociações entre os credores e a Grécia "avançam" mas "a um ritmo lento".
O comissário europeu dos Assuntos Económicos disse ainda quer as negociações entre a Grécia e os credores prossigam mesmo que não haja acordo no Eurogrupo sobre as reformas que terão de ser levadas a cabo no país – etapa fundamental para que a troika possa desbloquear a última fatia do segundo resgate, de 7,2 mil milhões de euros. "Continuaremos", disse nesta terça-feira Pierre Moscovici aos jornalistas, citado pela Lusa, quando questionado sobre o que acontecerá se na próxima reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro (Eurogrupo) não for possível um acordo preliminar sobre as reformas a implementar na Grécia.

Menos impostos, mais dívidas

Essa eventualidade foi admitida pelo comissário responsável pelo euro. Em declarações citadas pela Bloomberg, retiradas de uma entrevista ao Handelsblatt, Valdis Dombrovskis diz que o atraso das negociações se deve à incapacidade do Governo grego de apresentar propostas de reforma do sistema pensionista e do mercado de trabalho, domínios que foram considerados fundamentais pelo FMI para manter o país numa trajectória financeira sustentável. Nessa entrevista, Dombrovskis diz esperar da Grécia "compromissos credíveis de reforma", e refere que 11 de Maio será agora a data mais provável para um acordo capaz de desbloquear nova ajuda da comunidade internacional ao país, que está sob resgate desde Maio de 2010. Quanto à reunião do Eurogrupo de 24 de Abril, que terá lugar em Riga, capital da Letónia, o mais provável – diz o comissário do euro - é que se limite a "fazer o balanço dos progressos" até então alcançados.

A Grécia tem de fazer face a vários compromissos financeiros. Antes ainda do Eurogrupo, tem de pagar 200 milhões de euros ao FMI e refinanciar 2.400 milhões de euros em dívida de curto prazo. Em Maio, tem de fazer mais dois pagamentos ao FMI, de 200 e 700 milhões de euros, e terá novamente de refinanciar bilhetes do tesouro. Em Atenas, a queda abrupta na arrecadação de impostos terá deixado os cofres desguarnecidos. Segundo o site noticioso Macropolis, o excedente orçamental caiu no fim de Fevereiro para cerca de mil milhões de euros, um terço abaixo do registado em igual período do ano passado, e as dívidas do Estado grego às empresas e cidadãos do país subiram 3,4% para 3,87 mil milhões de euros.".


A criação de condições para que a Grécia, em "default", permanecesse na Zona Euro (a sua saída nunca seria no dia seguinte, passaria, certamente, repito, mais uma vez, pela consulta do povo grego através de eleições ou de um referendo) além de constituir um perigoso precedente, não deixaria, de qualquer modo, de afetar a Zona Euro e a credibilidade do Euro.

A notícia de que a Alemanha estaria disposta a colaborar na permanência da Grécia, em "default", na Zona Euro, a confirmar-se, é um primeiro sinal, inequívoco, de "fraqueza", dos parceiros europeus nas negociações em curso com a Grécia, e mostra bem quanto os parceiros europeus desejam a permanência da Grécia na Zona Euro: tenho afirmado que parece que os parceiros europeus desejam, de certo modo, serem "enganados", nas negociações, em curso, relativas à conclusão do programa grego de assistência financeira e de ajustamento macroeconómico, para que se feche este capítulo e se passe, depois, à negociação de um terceiro resgate da Grécia.

Dado o BCE estar impedido de conceder ajuda financeira de emergência ao sistema bancário de um pais da Zona Euro que entre em "default" (o regulamento de funcionamento do BCE impede tal) quem é que prestaria essa ajuda, imprescindível para manter, minimamente, a economia grega a funcionar e a Grécia, em "default", na Zona Euro, e de que modo ela seria atribuída?

Por outro lado, fazendo a Alemanha depender a sua ajuda, para que a Grécia, em "default", pudesse permanecer na Zona Euro, do compromisso do governo grego com a realização de determinadas reformas, não percebo, então, porque é que a Grécia entraria em "default", já que os parceiros europeus estão dispostos a conceder-lhe mais crédito, desde que que, justamente, o governo grego acorde na realização de certas reformas.

[Investbem]

http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... fault.html

[pvg80713]

http://expresso.sapo.pt/os-gregos-tem-d ... em=f919841

Até dia 24 tem que ser decidido ... mas todas as deadlines até agora são ultrapassadas... e esta vai ser mais uma.

[jccgold]

ativo, só quando descem é que se diz que é por causa da Grécia. Se formos a ver o desempenho dos últimos meses, não parece que andem muito assustados...

Mais uma dessas Ulisses e ainda és chamado de comuna soviético. Dizer que os gregos não são culpados seja do que for é estar a pedi-las

[RaposoTavares]

go further, use the opportunity to make progress in terms of the fiscal union and the political union

O FMI lá vai fazendo política. Quase a história de sempre: 'uma no cravo, outra na ferradura'. O Sr. Blanchard, desta vez, foi mais longe e ainda deu uns torrões de açucar ao cavalo.

Transcript of a Press Briefing on the World Economic Outlook (WEO)
Washington, D.C.
Tuesday, April 14, 2015
[...]
QUESTIONNER You mentioned Greece and the risk that is still going on in Greece. Unlike foreign exchange markets, you are a player in Greece. Is it not time to restructure Greece’s debt?

MR. BLANCHARD: Look, you understand why we try to finish before the—

[LAUGHTER]

MR. BLANCHARD - We are clearly in the middle of negotiations with the Greeks. We very much want to come to an agreement and we hope we will. Now, what happens if no agreement were reached? I think that a number of things are fairly clear. The first one is that, say, an exit from the euro would be extremely costly for Greece. It would be extremely painful.
The second point is that, looking at the rest of the Eurozone, the rest of the Eurozone is in a better position to deal with the Greek exit. Some of the firewalls which were not there earlier are there. Still, it will not be smooth sailing, but it could probably be done. The third is that if that were to happen, I think the way to reassure markets and make progress is actually go further, use the opportunity to make progress in terms of the fiscal union and the political union. This would be clearly the right moment to do it.

Mr. DIENG - Now this will bring end to our press conference. We will see you tomorrow for the GFSR.

in: http://www.imf.org/external/np/tr/2015/tr041415.htm(Um artigo interessante que não transcrevi na totalidade por não ser este o tópico adequado para esse efeito.)