Fundos à la carte
Re: Fundos à la carte
Então, os velhotes é que têem mentalidade do colchão! Estamos tramados.
Rick tenho 15% da carteira em emergentes...
Não me digas que não tens emergentes?


Rick tenho 15% da carteira em emergentes...
Não me digas que não tens emergentes?



Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe
Re: Fundos à la carte
bucks Escreveu:Rick Lusitano (New) Escreveu:canteiro Escreveu:
Pegando num exemplo, que a maioria da população Portuguesa, costuma aplicar, investir num DP. Actualmente, com as taxas de juro baixas e com um DP a 1 ano com uma TANB de 0,5%. Se tirarmos a taxa liberatória (28%), ficamos com 0,36% líquidos, se isto tirarmos a taxa de inflação, vamos supor que é na ordem do 1%, o resultado final é que estamos a perder dinheiro, pois o saldo é negativo, -0,64%, num ano. Por isso, é que num cenário de taxas de juro baixas, os investidores tendem a aumentar o risco nos seus investimentos, para obter Real Returns positivos. E consoante o perfil do investidor ou gestor, quanto maiores, os objectivos de rendibilidade, maior é a tomada de risco, pelos os mesmos.
Concordo plenamente com isto Rick. Aliás, até penso que os bancos centrais esperam isso mesmo, mais investimento devido a esses juros baixos...
Em Portugal ainda hà muito a mentalidade do colchão! :lol:
Não há muito, pois a taxa de natalidade tem se vindo a reduzir, nos últimos anos.

Por isso, a frase da Ministra das Finanças, para os jovens se multiplicarem.

Fundos à la carte - UCITS (SICAV, OEIC, Unit Trusts, FCP), Investment Trusts & US mutual funds
Fundos de Investimento, Mercados Financeiros, Gestão de Carteiras, Alternative Finance, FinTech
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Re: Fundos à la carte
bucks Escreveu:"Também posso complementar a informação na própria atitude dos "grandes", que estão a jogar com os estoques, segurando o produto e gerando múltiplos de aumentos de preços para enfrentar a subida do valor das divisas do norte e a consequente desvalorização das divisas do sul.
O momento do novo Brasil é sua vantagem do alto consumo interno e o poder da economia extractivista num novo cenário tecnológico próprio, de capacidades próprias. Eu vivi esse salto económico há 30 anos no Brasil e vejo que o mesmo fenómeno volta a repetir-se.
FDPC
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Pegando neste comentário de um amigo nosso, acerca do Brasil posso concluir que, apesar de eu estar a ter prejuízo controlado nas acções e bonds brasileiras, está tudo a preço de saldo... E nunca se esqueçam do mercado interno deles, é enorme...
![]()
Sempre quero ver, os países emergentes, quando o Fed começar a aumentar as taxas de juro. No caso dos países produtores de petróleo, como o Brasil, a situação é algo complicada, com o maior oferta do que procura, o que resulta em preços mais baixos do barril do crude. Vejam o caso, do "El Dorado" Angolano, devido á queda do preço do crude, já está a reduzir o investimento público, restringir a saída de divisas estrangeiras do país, a reduzir as importações. O mesmo se repete na Venezuela. Com o preço baixo do crude, muitos projectos de exploração, principalmente os mais dispendiosos, estão a ficar na gaveta, diminuindo o investimento, e aumentando a taxa de desemprego, congelamento ou redução salarial. Ou seja, a baixa do preço do crude é um pau de 2 bicos, se por um lado, beneficia as economias consumidoras, ela prejudica as economias produtoras. Se a isto juntarmos uma maior oferta de energias renováveis a preços mais baixos, a tendência de abaixamento da procura e por conseguinte dos preços do crude, irá se agravar.
O abrandamento da economia global, principalmente dos EUA, Europa, China, para além de consumirem menos crude, também importam menos matérias-primas dos países emergentes. Por isso, é a que descorrelação existente entre países desenvolvidos e países em vias de desenvolvimento, no passado, está cada vez mais, a desaparecer. Ambos blocos económicos, estão cada vez mais dependentes e interligados, entre eles. Com a balança, a tender para as economias desenvolvidas por serem mais resilientes e fortes do que as economias emergentes.
Se a isto, juntarmos, maior instabilidade política, desigualdades sociais, corrupção, estruturas industriais e infraestruturas deficitárias, maior exposição a crises humanitárias e ambientais, do que existem nos países desenvolvidos. Penso que o risco dos emergentes é algo considerar, tendo em consideração, os potenciais retornos que podem advir de investir nos mesmos.
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Re: Fundos à la carte
Rick Lusitano (New) Escreveu:canteiro Escreveu:
Pegando num exemplo, que a maioria da população Portuguesa, costuma aplicar, investir num DP. Actualmente, com as taxas de juro baixas e com um DP a 1 ano com uma TANB de 0,5%. Se tirarmos a taxa liberatória (28%), ficamos com 0,36% líquidos, se isto tirarmos a taxa de inflação, vamos supor que é na ordem do 1%, o resultado final é que estamos a perder dinheiro, pois o saldo é negativo, -0,64%, num ano. Por isso, é que num cenário de taxas de juro baixas, os investidores tendem a aumentar o risco nos seus investimentos, para obter Real Returns positivos. E consoante o perfil do investidor ou gestor, quanto maiores, os objectivos de rendibilidade, maior é a tomada de risco, pelos os mesmos.
Concordo plenamente com isto Rick. Aliás, até penso que os bancos centrais esperam isso mesmo, mais investimento devido a esses juros baixos...
Em Portugal ainda hà muito a mentalidade do colchão!


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Re: Fundos à la carte
chico_laranja Escreveu:Tulipanegra
Há várias abordagens e não apenas 1 em relação à quantidade de fundos a ter na carteira e todas elas são válidas.
A abordagem minimalista do guernica é válida, tem vantagens e desvantagens:
Alvo
- B&H puro. Gestão passiva. Tal como os lazy portfolio tanto podem ter apenas 2 fundos como ter até 10 como o 10 speed couch potato(http://assetbuilder.com/lazy_portfolios ... s/10_speed). Depois de feita não mexe "nem que a vaca tussa" e segue-se cegamente a filosofia. para os mais acérrimos.
- Ideal para os novatos para aprenderem a mexer em fundos e ver na realidade o que quer dizer desvio padrão de 1x%.
Vantagens:
- simplicidade
- fácil de seguir/mexer
- depois de escolhidos os fundos é bastante simples de seguir
- dependendo dos fundos pode-se começar e ter logo a carteira equilibrada a partir de uns tostões.
Desvantagens
- numa carteira 50-50 com 2 fundos. Se tiveste azar e o fundo escolhido encalhar ficas com um galo do caraças ao ver o resto dos barcos a passar (exemplo: Franklin European Growth em 2014)
Neutro
- no fundo não se ganha muito tempo na escolha de fundos pois vai-se estudar até à exaustão os milhares de fundos para acabar com apenas meia dúzia deles.
A abordagem oposta como o Varendia e o Rick
Alvo
- Gestão activa e/ou táctica
Vantagens
- mesmo que 1 fundo tenha um ano mau em relação aos pares a carteira, se bem equilibrada, não se ressente de forma severa pois esse fundo "ranhoso" vale apenas 2 a 5% da carteira e certamente houve um outro "herói" que cobriu esse não ganho em relação à média.
- bastante adaptável. Fácil de alterar estratégias pois os fundos já estão escolhidos e é só mudar pesos.
- consegue-se ter ao mesmo tempo fundos que se portam melhor nas diferentes fases do mercado blindando assim um pouco mais a carteira aos diferentes ventos. Pode ser usada ainda para gestão activa pura e tentar ganhar com as rajadas. Se o mercado está bull reforça-se nos fundos optimizados para mercados bull, se está bear realoca-se para os fundos que se salvaguardam melhor nesses cenários e para os casos indefinidos/lateralizações há fundos que conseguem navegar bem nessa calmaria.
Desvantagens
- mais difícil de seguir pois seguir muitas dezenas de fundos não é fácil
- exige mais conhecimentos sobre ciclos de mercado e mais atenção
- mais exigente principalmente para a gestão activa pura pois exige que se ande a saltitar entre fundos de acordo com os ventos. Para muitos faz impressão abrir posição e fechar passados 3 meses para voltar a abrir novamente ao fim de 2 meses e por aí em diante........
- estudos são mais elaborados pois é mais difícil comparar 30 fundos e ir mudando 1 no mix que estudar apenas 1 fundo isoladamente.
- carece de muito capital até ter a carteira no equilíbrio pretendido. Bastantes gestoras pedem como mínimo de abertura 1000€. Imaginem isto em 50 fundos -> 30k logo a abrir para ficar no equilíbrio, contando que metade dos fundos querem os tais 1k para abrir posição.
- devorador de tempo pois seguir 100 fundos que libertam a cotação em momentos distintos é complicado. Tipicamente não é uma gestão de lazys que vêem a cotação ao domingo à tarde ou no dia 1 de Janeiro.
Neutro
- Correlações entre fundos de 1 sector/área. É mito que é preocupante a correlação ao usar 2 fundos de 1 sector/área. Isto porque ao usar apenas 1 teríamos correlação 1.
Eu ando ali pelo meio com uns 10 fundos na carteira core e meia dúzia de pequenos para estudo/especulação mas os meus bolsos são curtinhos curtinhos![]()
Ambas as carteiras, como se pode ver, têm vantagens e desvantagens e cada um tem que ver onde se adapta melhor. Eu fiquei num misto pois é onde me sinto mais confortável. Comecei com 80-20 obrigações-acções e neste momento vou em 45-55 e a aproveitar a onda do bull dos mercados acionistas e de queda do USD.
Faz-me alguma impressão ter posições abertas menos de 1 ano mas tento não comer gelados com a testa e se vejo a coisa a descambar ao fim de 5 ou 6 meses e sem mudança de rumo à vista salto fora. Aprendi a lição nos ASEAN (felizmente com apenas 15€ investidos mas deu para ver o preço da inacção pois cheguei a ter -2x%. Aguentei a pancada e já leva +10%) e aqui também está uma lição.
Em fundos de zonas/mercados desconhecidos ou muito voláteis começa-se com uns tostões para ver o que aquilo faz e para ver a nossa reacção a essas oscilações. Só depois é que se entra com dinheiro a sério. Não me matou ver a esfumar-se 15€ mas se fosse 20 ou 30% da carteira ficava bastante preocupado e deu para sentir isso.
Agora que reli isto vi que o post já está enorme pelo que fico por aqui![]()
Um abraço e bons investimentos.
Com pérolas destas, tenho o "trabalho" facilitado. Grande exercício mental de psicologia de mercado e investimentos.

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Re: Fundos à la carte
canteiro Escreveu:
Nunca percebi muito bem a diferença entre total return e real return
Os conceitos gerais de Total Return e Real Return, não obstante das estratégias adoptadas pelos fundos e os seus nomes, resumem a: o Total Return é a rendibilidade total (bruta), inclui dividendos, cupões, juros, para além da valorização nos mercados, e é sem aplicar a fiscalidade e a inflação. O Real Return, é o Total Return, mas já sem a fiscalidade e a inflação. Dando 1 exemplo:
Imagina que tens 1 activo ou carteira de activos com um retorno de 12% (Total Return), mas se retirares a fiscalidade (28%), ficas com 8,64% líquidos, se a isto retirares a inflação, por exemplo, 2%, ficas com 6,64% (Real Return). Ou seja, quase metade do Total Return.
Pegando num exemplo, que a maioria da população Portuguesa, costuma aplicar, investir num DP. Actualmente, com as taxas de juro baixas e com um DP a 1 ano com uma TANB de 0,5%. Se tirarmos a taxa liberatória (28%), ficamos com 0,36% líquidos, se isto tirarmos a taxa de inflação, vamos supor que é na ordem do 1%, o resultado final é que estamos a perder dinheiro, pois o saldo é negativo, -0,64%, num ano. Por isso, é que num cenário de taxas de juro baixas, os investidores tendem a aumentar o risco nos seus investimentos, para obter Real Returns positivos. E consoante o perfil do investidor ou gestor, quanto maiores, os objectivos de rendibilidade, maior é a tomada de risco, pelos os mesmos.
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Re: Fundos à la carte
PRUSICC:LX
Equity Russia Opportunities
+42.18%

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Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe
Re: Fundos à la carte
Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe
Re: Fundos à la carte
Morningstar researcher sees ‘dark side of Vanguard’s success’
http://www.marketwatch.com/story/mornin ... 2015-04-03
Uma notícia que vale, além do mais, pelos links que apresenta, mormente o que se refere ao "paper".
O que causa apreensão é ler, num dos links citados, o seguinte:
Active ETFs represent a “really tiny” piece of the U.S. ETF industry at less than 1% of assets, but there’s nonetheless “tremendous potential” for this area, says Morningstar analyst Bob Goldsborough.
That’s because U.S. regulators could rule in favor of allowing nontransparent active ETFs, opening the door for more mutual fund companies to use ETFs as a wrapper for their offerings. (...) One audience member asked if financial advisers actually want nontransparent ETFs. “The clamor for this is coming from the provider side,” Goldsborough responded. “It’s not coming from the individual investor or the adviser.”
Mais engenharia financeira a caminho? Não será isto outra forma de desregulamentar os mercados? VirtuaGod, este pode ser mais um tema para as tuas conferências.
http://www.marketwatch.com/story/mornin ... 2015-04-03
Uma notícia que vale, além do mais, pelos links que apresenta, mormente o que se refere ao "paper".
O que causa apreensão é ler, num dos links citados, o seguinte:
Active ETFs represent a “really tiny” piece of the U.S. ETF industry at less than 1% of assets, but there’s nonetheless “tremendous potential” for this area, says Morningstar analyst Bob Goldsborough.
That’s because U.S. regulators could rule in favor of allowing nontransparent active ETFs, opening the door for more mutual fund companies to use ETFs as a wrapper for their offerings. (...) One audience member asked if financial advisers actually want nontransparent ETFs. “The clamor for this is coming from the provider side,” Goldsborough responded. “It’s not coming from the individual investor or the adviser.”
Mais engenharia financeira a caminho? Não será isto outra forma de desregulamentar os mercados? VirtuaGod, este pode ser mais um tema para as tuas conferências.
"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." - Samuel Becket
Pára de dar crédito fácil ao que lês e ouves, escuta o que o preço está a fazer e olha para o que te rodeia. - O Alquimista
Pára de dar crédito fácil ao que lês e ouves, escuta o que o preço está a fazer e olha para o que te rodeia. - O Alquimista
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Re: Fundos à la carte
bucks Escreveu:VG, a partir de Junho os nacionais vão ficar com rendibilidade bruta como os estrangeiros...
Estou curioso para ver essa adaptação no histórico

Artigos e estudos: Página repositório dos meus estudos e análises que vou fazendo. Regularmente actualizada. É costume pelo menos mais um estudo por semana. Inclui a análise e acompanhamento das carteiras 4 e 8Fundos.
Portfolio Analyser: Ferramenta para backtests de Fundos e ETFs Europeus
"We don’t need a crystal ball to be successful investors. However, investing as if you have one is almost guaranteed to lead to sub-par results." The Irrelevant Investor
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Re: Fundos à la carte
"O ÍNDICE PSI-20 PODERÁ ARRECADAR EM 2015 VALORIZAÇÕES SUPERIORES AOS PEERS EUROPEUS"
Um quadro macro incomparavelmente benigno, com as ações europeias a beneficiarem de um ‘cocktail perfeito’
A análise de João Lampreia, Equity Research no Banco BiG, sobre o enquadramento de mercado para 2015 e ainda um olhar sobre o PSI-20.
O quadro global macroeconómico revela-se amplamente favorável, traduzindo a perspectiva de aceleração do crescimento mundial (+3,5%), impulsionado pelo desempenho mais positivo das economias desenvolvidas – EUA, Europa e Japão – em contraste com a manutenção de tendências marcadamente assimétricas observadas por um conjunto de economias emergentes e que cristalizam o perfil idiossincrático da severa amplitude do Mundo Emergente – substanciais diferenças de competividade estrutural, níveis de dívida pública e externa, drivers de crescimento potencial, critérios geo-políticos, entre outros.
Outros factores que consubstanciam o nosso optimismo em torno do quadro macroeconómico em 2015 passam por um cenário de neutralidade fiscal – a qual revela particular importância face ao passado recente na Europa – em simultâneo com a manutenção de políticas monetárias ultra-expansionistas, mesmo num contexto de tentativa inicial de normalização de taxas promovida pelo FED. Esta divergência do quadro macro-económico e monetário entre os EUA e a Europa deverá acentuar a trajectória de valorização relativa do USD, gerando impactos distintos ao nível dos fluxos comerciais (alargamento do défice externo norte-americano) e das diferentes classes de activos – poderá inclusive colocar pressão adicional sobre a evolução do preço do crude nos mercados internacionais em função do elevado nível de correlação histórica (negativa) entre estes dois activos.
Do ponto de vista de alocação geográfica, acaba por ser relativamente intuitivo a nossa preferência por acções do mercado Europeu, as quais beneficiam praticamente de um “cocktail perfeito” assente na eficácia das políticas de QE anunciadas pelo BCE (compras mensais de activos no valor de EUR 60 mil mn) e que já produziram um efeito substancial sobre o actual movimento de depreciação do Euro e na quebra das yields de dívida Soberana na Europa – em particular na Periferia e nas maturidades mais longas – conduzindo a um extraordinário flatenning das curvas de rendimento na generalidade dos países Europeus.
Para além do quadro macro incomparavelmente benigno, o nível de liquidez manter-se-á excepcionalmente elevado, o que num contexto de “taxas de juro zero” deverá suportar a evolução do mercado accionista – cujo nível de avaliação se revela consistente com a actual fase do ciclo e bastante atractivo em relação a outras classes de activos. O estágio do ciclo de resultados das empresas Europeias também revela um amplo espaço de crescimento face a níveis observados nos anos pré-crise (2008-10), factor que deverá conter o movimento de expansão indiscriminada dos principais múltiplos fundamentais.
O índice PSI-20 poderá arrecadar em 2015 valorizações superiores aos peers Europeus, recuperando assim “parte do terreno perdido nos últimos anos” ao beneficiar do duplo efeito: i) breakout do crescimento económico com o progressivo kick-in das reformas estruturais implementadas; ii) divergência do histórico movimento de valorização da dívida Soberana Portuguesa face a uma tépida recuperação protagonizada pelo Equity sugere um amplo espaço de revalorização do PSI-20 no médio-longo prazo.
FundsPeople
Um quadro macro incomparavelmente benigno, com as ações europeias a beneficiarem de um ‘cocktail perfeito’
A análise de João Lampreia, Equity Research no Banco BiG, sobre o enquadramento de mercado para 2015 e ainda um olhar sobre o PSI-20.
O quadro global macroeconómico revela-se amplamente favorável, traduzindo a perspectiva de aceleração do crescimento mundial (+3,5%), impulsionado pelo desempenho mais positivo das economias desenvolvidas – EUA, Europa e Japão – em contraste com a manutenção de tendências marcadamente assimétricas observadas por um conjunto de economias emergentes e que cristalizam o perfil idiossincrático da severa amplitude do Mundo Emergente – substanciais diferenças de competividade estrutural, níveis de dívida pública e externa, drivers de crescimento potencial, critérios geo-políticos, entre outros.
Outros factores que consubstanciam o nosso optimismo em torno do quadro macroeconómico em 2015 passam por um cenário de neutralidade fiscal – a qual revela particular importância face ao passado recente na Europa – em simultâneo com a manutenção de políticas monetárias ultra-expansionistas, mesmo num contexto de tentativa inicial de normalização de taxas promovida pelo FED. Esta divergência do quadro macro-económico e monetário entre os EUA e a Europa deverá acentuar a trajectória de valorização relativa do USD, gerando impactos distintos ao nível dos fluxos comerciais (alargamento do défice externo norte-americano) e das diferentes classes de activos – poderá inclusive colocar pressão adicional sobre a evolução do preço do crude nos mercados internacionais em função do elevado nível de correlação histórica (negativa) entre estes dois activos.
Do ponto de vista de alocação geográfica, acaba por ser relativamente intuitivo a nossa preferência por acções do mercado Europeu, as quais beneficiam praticamente de um “cocktail perfeito” assente na eficácia das políticas de QE anunciadas pelo BCE (compras mensais de activos no valor de EUR 60 mil mn) e que já produziram um efeito substancial sobre o actual movimento de depreciação do Euro e na quebra das yields de dívida Soberana na Europa – em particular na Periferia e nas maturidades mais longas – conduzindo a um extraordinário flatenning das curvas de rendimento na generalidade dos países Europeus.
Para além do quadro macro incomparavelmente benigno, o nível de liquidez manter-se-á excepcionalmente elevado, o que num contexto de “taxas de juro zero” deverá suportar a evolução do mercado accionista – cujo nível de avaliação se revela consistente com a actual fase do ciclo e bastante atractivo em relação a outras classes de activos. O estágio do ciclo de resultados das empresas Europeias também revela um amplo espaço de crescimento face a níveis observados nos anos pré-crise (2008-10), factor que deverá conter o movimento de expansão indiscriminada dos principais múltiplos fundamentais.
O índice PSI-20 poderá arrecadar em 2015 valorizações superiores aos peers Europeus, recuperando assim “parte do terreno perdido nos últimos anos” ao beneficiar do duplo efeito: i) breakout do crescimento económico com o progressivo kick-in das reformas estruturais implementadas; ii) divergência do histórico movimento de valorização da dívida Soberana Portuguesa face a uma tépida recuperação protagonizada pelo Equity sugere um amplo espaço de revalorização do PSI-20 no médio-longo prazo.
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Re: Fundos à la carte
bucks Escreveu:Montepio Capital Vs Fidelity Iberia E-acc
http://markets.ft.com/research/InteractiveChart?symbol=29239374
É um fundo nacional.. Convém lembrar da sua rentabilidade líquida...
Dos nacionais penso que só o BPI tem.
Sobe sobe balão sobe


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Re: Fundos à la carte
VG, a partir de Junho os nacionais vão ficar com rendibilidade bruta como os estrangeiros... 

Editado pela última vez por Bucks em 5/4/2015 20:47, num total de 2 vezes.
Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe
Re: Fundos à la carte
bucks Escreveu:Tenho esse fundo ibérico:
http://www.bloomberg.com/quote/FINCAPT:PL
Não tenho Portugal isoladamente, E posso referi que já se encontra a recuperar a 5% das perdas desde o Verão passado. Um bom sinal... Lmbro-me de ter o Santander Portugal, ele subia bem mas aquela queda também foi valente, dei maior preferência ao mercado ibérico. Uma das minhas coqueluches que dará frutos no futuro, a meu ver...![]()
Ultimamente tem-se portando bem (ultimos 3 anos). Mas como mesmo quando se porta bem não se porta melhor que o fidelity Iberia e a 5 e 10 anos está tão atrás do Fidelity Iberia, continuo fã do Fidelity.
P.S. Tenham em questão que os fundos nacionais já são livres de impostos, por isso a 3 anos, e face ao fidelity, o fundo do montepio até se tem portado bem.
Montepio Capital FIAA - PTYDADLM0005
YTD 15.22
1 ano -1.71
3 anos anualiz. 13.24
5 anos anualiz. 3.95
10 anos anualiz. 2.41
Fidelity Iberia - LU0115765678
YTD 19.97
1 ano 3.71
3 anos anualiz. 21.11
5 anos anualiz. 8.56
10 anos anualiz. 8.12
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Re: Fundos à la carte
Tenho esse fundo ibérico:
http://www.bloomberg.com/quote/FINCAPT:PL
Não tenho Portugal isoladamente, E posso referi que já se encontra a recuperar a 5% das perdas desde o Verão passado. Um bom sinal... Lmbro-me de ter o Santander Portugal, ele subia bem mas aquela queda também foi valente, dei maior preferência ao mercado ibérico. Uma das minhas coqueluches que dará frutos no futuro, a meu ver...

http://www.bloomberg.com/quote/FINCAPT:PL
Não tenho Portugal isoladamente, E posso referi que já se encontra a recuperar a 5% das perdas desde o Verão passado. Um bom sinal... Lmbro-me de ter o Santander Portugal, ele subia bem mas aquela queda também foi valente, dei maior preferência ao mercado ibérico. Uma das minhas coqueluches que dará frutos no futuro, a meu ver...


Re: Fundos à la carte
"Também posso complementar a informação na própria atitude dos "grandes", que estão a jogar com os estoques, segurando o produto e gerando múltiplos de aumentos de preços para enfrentar a subida do valor das divisas do norte e a consequente desvalorização das divisas do sul.
O momento do novo Brasil é sua vantagem do alto consumo interno e o poder da economia extractivista num novo cenário tecnológico próprio, de capacidades próprias. Eu vivi esse salto económico há 30 anos no Brasil e vejo que o mesmo fenómeno volta a repetir-se.
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Registado: 15/9/2013 23:16"
Pegando neste comentário de um amigo nosso, acerca do Brasil posso concluir que, apesar de eu estar a ter prejuízo controlado nas acções e bonds brasileiras, está tudo a preço de saldo... E nunca se esqueçam do mercado interno deles, é enorme...

O momento do novo Brasil é sua vantagem do alto consumo interno e o poder da economia extractivista num novo cenário tecnológico próprio, de capacidades próprias. Eu vivi esse salto económico há 30 anos no Brasil e vejo que o mesmo fenómeno volta a repetir-se.
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Pegando neste comentário de um amigo nosso, acerca do Brasil posso concluir que, apesar de eu estar a ter prejuízo controlado nas acções e bonds brasileiras, está tudo a preço de saldo... E nunca se esqueçam do mercado interno deles, é enorme...


Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe
Re: Fundos à la carte
(...) e consideram que este vínculo continua forte, “pelo que qualquer recuperação será uma notícia boa especialmente para EMEA (45% das exportações), ajudando também a Ásia e a América Latina (10% de exportações). Por isso, se a Europa começar verdadeiramente a recuperar e os EUA reforçarem a sua taxa de crescimento, da Schroders concluem que todas as regiões emergentes vão sair beneficiadas, excepto a América Latina devido à queda das commodities.
Bingo para o Fidelity EMEA E-acc

Bingo para o Fidelity EMEA E-acc


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Re: Fundos à la carte
ANÁLISE DOS ECONOMISTAS KEITH WADE, AZAD ZANGANA E CRAIG BOTHAM
Ir além da guerra de divisas e da queda das matérias primas: à procura de uma explicação para a debilidade dos emergentes
A batalha de divisas e a queda dos preços das matérias primas alargaram-se às economias emergentes. Os economistas da Schroders analisam a evolução das exportações para o mundo desenvolvido de forma a quantificar a gravidade da sua debilidade.
Os países em vias de desenvolvimento foram colocados em segundo plano ao longo dos últimos meses: estão a ser afetados pela força do dólar, pela queda dos preços das matérias primas, pelos conflitos geopolíticos (como é o caso da Rússia e dos países do Médio Oriente) e por uma menor taxa de crescimento do que no passado (como é o caso da China). A tudo isto há que juntar que os investidores estão à procura de maiores oportunidades de investimento no mundo desenvolvido para beneficiar das divergências na política monetária, bem como do contexto de baixas taxas de juro por mais tempo. Mas será possível que se esteja a corrigir esta debilidade crescente? Os economistas da Schroders Keith Wade, Azad Zangana e Craig Botham debruçam-se sobre se o mundo emergente está, de facto, a beneficiar das maiores taxas de crescimento registadas ao longo do último ano no mundo desenvolvido.
Para poder comprovar esta tese, o primeiro passo consiste em estudar a atividade dos mercados desenvolvidos e as exportações dos emergentes para estes mercados, uma relação que foi alterada pela crise. A conclusão a que o trio de economistas chega, a partir da observação de dados micro e macro, como os PMIs ou a produção industrial, é que “se deveria assistir a um maior crescimento nas exportações dos emergentes para os países desenvolvidos, do que aquele a que se assiste atualmente”. Assinalam como notável que não tenha acontecido uma desconexão total entre o que os países desenvolvidos procuram e o que é exportado pelos emergentes, mas sim o contrário: “Depois de uma pausa aparentemente estrutural em relação a 2012, as exportações emergentes voltaram novamente a ter uma correlação positiva e de uma forma mais forte, com a atividade industrial dos países desenvolvidos”. Com uma diferença: o crescimento da produção industrial no mundo desenvolvido, entre 3% e 4%, gera agora um crescimento das exportações de países emergentes de cerca de 3%, o que compara com as taxas pré-crise, que se situavam entre 15% e 20%.
Esta queda das exportações leva Wade, Zangana e Botham a especular sobre a ideia de que o mundo desenvolvido está a viver um processo de estancamento secular que pode ser estendível ao mundo emergente. “Certamente podemos ver paralelismos com os emergentes: cada país quer fazer da exportação uma solução para os problemas, mas parece haver pouca procura dos produtos oferecidos. Não há nenhuma área em que isto seja mais evidente do que nas matérias primas”. Os especialistas assinalam que, embora os países importadores de petróleo tenham conseguido enfrentar melhor a queda dos preços do crude, a tendência geral do mundo em vias de desenvolvimento é o de exportações abaixo da média.
Outro ponto a ter em conta é a influência de um dólar mais forte sobre estas regiões. Os economistas da Schroders acreditam que, embora a valorização desta divisa também tenha sido responsável, em parte, pela debilidade das matérias primas, isto deveria ter um efeito positivo nos emergentes ao provocar a depreciação das suas moedas, prolongando assim uma tendência que foi denotada de forma continuada e acentuada desde mediados de 2014. E, por outro lado, as moedas mais débeis deveriam incentivar as exportações. No entanto, os especialistas não apreciam este efeito na prática. “É evidente que ao contrário do ‘taper tantrum’ relacionado com a debilidade das divisas em meados de 2013, a debilidade de meados de 2014 não se traduziu numa melhoria da competitividade”, concluem.
O que é facto é que as moedas asiáticas perderam competitividade. Os profissionais acreditam que isto pode ser explicado pelo também maior enfraquecimento de algumas divisas de países desenvolvidos, especialmente o euro, cuja debilidade está a permitir aos países europeus serem mais competitivos em detrimento dos países em vias de industrialização. Aos olhos dos especialistas ainda não é totalmente claro que queda das matérias primas seja proveniente do lado da oferta ou da procura, mas, em todo o caso, consideram esta situação negativa tanto a nível micro (afecta os lucros das empresas emergentes), como a nível macro. “As economias emergentes estão a importar um impulso deflacionário através do comércio”, concluem.
EUA e Europa: novos motores de crescimento emergente
A conclusão a que os especialistas da Schroders chegam depois desta análise é que a situação apenas melhorou para o mundo emergente durante o último ano. Para eles a única forma de se reverter esta tendência tem muito a ver com os EUA e a Europa, que são os principais parceiros comerciais do mundo emergente.
No que diz respeito aos EUA, a chave para os exportadores emergentes é o consumo de bens duradouros, com a exceção do caso latino-americano, onde o mais procurado são as matérias primas. Wade, Zangana Botham salientam que, na verdade, as exportações da Ásia e dos países da região EMEA (Europa, Médio Oriente e África) para os EUA aumentaram em 2014 como consequência da recuperação do consumo, enquanto que o ritmo de exportação da América Latina permaneceu estável. Os especialistas preveem que tanto a EMEA como a Ásia – especialmente esta última, já que os EUA são responsáveis por 14% das suas exportações – vão beneficiar das melhorias do mercado de trabalho norte-americano.
Por outro lado, as exportações para a zona euro começaram a recuperar aquando do aumento do investimento, e consideram que este vínculo continua forte, “pelo que qualquer recuperação será uma notícia boa especialmente para EMEA (45% das exportações), ajudando também a Ásia e a América Latina (10% de exportações). Por isso, se a Europa começar verdadeiramente a recuperar e os EUA reforçarem a sua taxa de crescimento, da Schroders concluem que todas as regiões emergentes vão sair beneficiadas, excepto a América Latina devido à queda das commodities.
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Ir além da guerra de divisas e da queda das matérias primas: à procura de uma explicação para a debilidade dos emergentes
A batalha de divisas e a queda dos preços das matérias primas alargaram-se às economias emergentes. Os economistas da Schroders analisam a evolução das exportações para o mundo desenvolvido de forma a quantificar a gravidade da sua debilidade.
Os países em vias de desenvolvimento foram colocados em segundo plano ao longo dos últimos meses: estão a ser afetados pela força do dólar, pela queda dos preços das matérias primas, pelos conflitos geopolíticos (como é o caso da Rússia e dos países do Médio Oriente) e por uma menor taxa de crescimento do que no passado (como é o caso da China). A tudo isto há que juntar que os investidores estão à procura de maiores oportunidades de investimento no mundo desenvolvido para beneficiar das divergências na política monetária, bem como do contexto de baixas taxas de juro por mais tempo. Mas será possível que se esteja a corrigir esta debilidade crescente? Os economistas da Schroders Keith Wade, Azad Zangana e Craig Botham debruçam-se sobre se o mundo emergente está, de facto, a beneficiar das maiores taxas de crescimento registadas ao longo do último ano no mundo desenvolvido.
Para poder comprovar esta tese, o primeiro passo consiste em estudar a atividade dos mercados desenvolvidos e as exportações dos emergentes para estes mercados, uma relação que foi alterada pela crise. A conclusão a que o trio de economistas chega, a partir da observação de dados micro e macro, como os PMIs ou a produção industrial, é que “se deveria assistir a um maior crescimento nas exportações dos emergentes para os países desenvolvidos, do que aquele a que se assiste atualmente”. Assinalam como notável que não tenha acontecido uma desconexão total entre o que os países desenvolvidos procuram e o que é exportado pelos emergentes, mas sim o contrário: “Depois de uma pausa aparentemente estrutural em relação a 2012, as exportações emergentes voltaram novamente a ter uma correlação positiva e de uma forma mais forte, com a atividade industrial dos países desenvolvidos”. Com uma diferença: o crescimento da produção industrial no mundo desenvolvido, entre 3% e 4%, gera agora um crescimento das exportações de países emergentes de cerca de 3%, o que compara com as taxas pré-crise, que se situavam entre 15% e 20%.
Esta queda das exportações leva Wade, Zangana e Botham a especular sobre a ideia de que o mundo desenvolvido está a viver um processo de estancamento secular que pode ser estendível ao mundo emergente. “Certamente podemos ver paralelismos com os emergentes: cada país quer fazer da exportação uma solução para os problemas, mas parece haver pouca procura dos produtos oferecidos. Não há nenhuma área em que isto seja mais evidente do que nas matérias primas”. Os especialistas assinalam que, embora os países importadores de petróleo tenham conseguido enfrentar melhor a queda dos preços do crude, a tendência geral do mundo em vias de desenvolvimento é o de exportações abaixo da média.
Outro ponto a ter em conta é a influência de um dólar mais forte sobre estas regiões. Os economistas da Schroders acreditam que, embora a valorização desta divisa também tenha sido responsável, em parte, pela debilidade das matérias primas, isto deveria ter um efeito positivo nos emergentes ao provocar a depreciação das suas moedas, prolongando assim uma tendência que foi denotada de forma continuada e acentuada desde mediados de 2014. E, por outro lado, as moedas mais débeis deveriam incentivar as exportações. No entanto, os especialistas não apreciam este efeito na prática. “É evidente que ao contrário do ‘taper tantrum’ relacionado com a debilidade das divisas em meados de 2013, a debilidade de meados de 2014 não se traduziu numa melhoria da competitividade”, concluem.
O que é facto é que as moedas asiáticas perderam competitividade. Os profissionais acreditam que isto pode ser explicado pelo também maior enfraquecimento de algumas divisas de países desenvolvidos, especialmente o euro, cuja debilidade está a permitir aos países europeus serem mais competitivos em detrimento dos países em vias de industrialização. Aos olhos dos especialistas ainda não é totalmente claro que queda das matérias primas seja proveniente do lado da oferta ou da procura, mas, em todo o caso, consideram esta situação negativa tanto a nível micro (afecta os lucros das empresas emergentes), como a nível macro. “As economias emergentes estão a importar um impulso deflacionário através do comércio”, concluem.
EUA e Europa: novos motores de crescimento emergente
A conclusão a que os especialistas da Schroders chegam depois desta análise é que a situação apenas melhorou para o mundo emergente durante o último ano. Para eles a única forma de se reverter esta tendência tem muito a ver com os EUA e a Europa, que são os principais parceiros comerciais do mundo emergente.
No que diz respeito aos EUA, a chave para os exportadores emergentes é o consumo de bens duradouros, com a exceção do caso latino-americano, onde o mais procurado são as matérias primas. Wade, Zangana Botham salientam que, na verdade, as exportações da Ásia e dos países da região EMEA (Europa, Médio Oriente e África) para os EUA aumentaram em 2014 como consequência da recuperação do consumo, enquanto que o ritmo de exportação da América Latina permaneceu estável. Os especialistas preveem que tanto a EMEA como a Ásia – especialmente esta última, já que os EUA são responsáveis por 14% das suas exportações – vão beneficiar das melhorias do mercado de trabalho norte-americano.
Por outro lado, as exportações para a zona euro começaram a recuperar aquando do aumento do investimento, e consideram que este vínculo continua forte, “pelo que qualquer recuperação será uma notícia boa especialmente para EMEA (45% das exportações), ajudando também a Ásia e a América Latina (10% de exportações). Por isso, se a Europa começar verdadeiramente a recuperar e os EUA reforçarem a sua taxa de crescimento, da Schroders concluem que todas as regiões emergentes vão sair beneficiadas, excepto a América Latina devido à queda das commodities.
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Re: Fundos à la carte
Confounded by this wacky stock market? You’re not alone. Robert Shiller, the 69-year-old acclaimed economist who helped create the Case-Shiller home-price index, is having a tough time deciphering this U.S. stock market too. (...) “This stock market is an enigma,” Shiller said.
http://www.marketwatch.com/story/why-ro ... MW_popular
Ainda bem que é um enigma. Se assim não fosse, seríamos todos "iluminados", o jogo acabava e não precisaríamos de traders e gestores.
http://www.marketwatch.com/story/why-ro ... MW_popular
Ainda bem que é um enigma. Se assim não fosse, seríamos todos "iluminados", o jogo acabava e não precisaríamos de traders e gestores.
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Pára de dar crédito fácil ao que lês e ouves, escuta o que o preço está a fazer e olha para o que te rodeia. - O Alquimista
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Re: Fundos à la carte
canteiro Escreveu:Entretanto podes explicar-me o que são obrigações de qualidade extrema? São obrigações de países com bom rating?
Sim. O que mais aí tens são obrigações de países AAA, principalmente os EUA.
canteiro Escreveu:Outra coisa, qual a diferença entre total return e real return?
Total Return é são normalmente fundos flexíveis que procuram retorno, independentemente como. Os fundos obrigacionistas Total Return normalmente têm o AGG como benchmark. O objectivo é dar retorno positivo todos os anos.
Real Return são fundo focados em Inflation-Protected Bonds, normalmente de países tb AAA.
Artigos e estudos: Página repositório dos meus estudos e análises que vou fazendo. Regularmente actualizada. É costume pelo menos mais um estudo por semana. Inclui a análise e acompanhamento das carteiras 4 e 8Fundos.
Portfolio Analyser: Ferramenta para backtests de Fundos e ETFs Europeus
"We don’t need a crystal ball to be successful investors. However, investing as if you have one is almost guaranteed to lead to sub-par results." The Irrelevant Investor
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Re: Fundos à la carte
Obrigado pela tua intervenção. Este fim de semana vou pensar no assunto.
Entretanto podes explicar-me o que são obrigações de qualidade extrema? São obrigações de países com bom rating?
Outra coisa, qual a diferença entre total return e real return?
Entretanto podes explicar-me o que são obrigações de qualidade extrema? São obrigações de países com bom rating?
Outra coisa, qual a diferença entre total return e real return?
Re: Fundos à la carte
Pessoalmente e assumindo que tens muitas posições extremamente expostas a obrigações não vejo razão para tanto peso em obrigações de qualidade extrema. Não só tens muitos fundos de obrigações como é tudo de qualidade. Felizmente deve estar a correr bem mas quando os EUA começarem a subir as taxas de juro rapidamente poderá mudar a situação.
Pega nos 18% do Total Return (que nem gosto) e põe em bons mistos como aumentares o peso no Nordea, pores um pouco de Fidelity Moderate Growth por exemplo. Em alternativa tens o Jupiter Dynamic Bond, que como fundo obrigacionista flexível tem tido um comportamento fenomenal (o comportamento que o M&G devia ter).
Alternativa pode passar por baixar a qualidade média das obrigações em carteira com compra de Axa High Yield ou Emerging Market Bond Hard Currency (LU0236182225) que até nem estão caras uma vez que no último ano andaram de lado).
De resto não tenho grandes coisas a apontar. Talvez alterasse um dos fundos accionistas americanos por um global como o MFS Global Equity
Já que os EUA em termos accionistas estão um pouco caros face ao resto do mundo.
Pega nos 18% do Total Return (que nem gosto) e põe em bons mistos como aumentares o peso no Nordea, pores um pouco de Fidelity Moderate Growth por exemplo. Em alternativa tens o Jupiter Dynamic Bond, que como fundo obrigacionista flexível tem tido um comportamento fenomenal (o comportamento que o M&G devia ter).
Alternativa pode passar por baixar a qualidade média das obrigações em carteira com compra de Axa High Yield ou Emerging Market Bond Hard Currency (LU0236182225) que até nem estão caras uma vez que no último ano andaram de lado).
De resto não tenho grandes coisas a apontar. Talvez alterasse um dos fundos accionistas americanos por um global como o MFS Global Equity

Artigos e estudos: Página repositório dos meus estudos e análises que vou fazendo. Regularmente actualizada. É costume pelo menos mais um estudo por semana. Inclui a análise e acompanhamento das carteiras 4 e 8Fundos.
Portfolio Analyser: Ferramenta para backtests de Fundos e ETFs Europeus
"We don’t need a crystal ball to be successful investors. However, investing as if you have one is almost guaranteed to lead to sub-par results." The Irrelevant Investor
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Re: Fundos à la carte
QUESTÃO DO INVESTIDOR: FUNDOS COM MAIOR POTENCIAL
DATA DA PUBLICAÇÃO: 02ABR2015
“Irei receber algum dinheiro extra proveniente de horas extra. Com a subida dos mercados acionistas quais os fundos com potencial onde poderei investir?”
Antes de mais, só deve investir em fundos se já tiver constituído um pé-de-meia para fazer face a emergências. Este montante deve equivaler a cerca de seis vezes o montante dos gastos mensais e estar aplicado num produto de risco baixo e facilmente mobilizável (ex: depósito a prazo). Só cumprida esta premissa poderá, então, pensar em investir a longo prazo através de fundos.
Se avançar para o investimento em fundos, é prudente não aplicar apenas em fundos de ações. Para não correr demasiados riscos, o ideal é constituir uma carteira diversificada com fundos de ações e obrigações especializados nos mercados mais atrativos. Pode, por exemplo, replicar diretamente as nossas estratégias de fundos ou aderir ao protocolo conta Selecção que estabelecemos com a Optimize (mínimo 5000 euros).
Caso não disponha de um montante inicial tão elevado, a solução passa pela subscrição de um fundo misto. Estes combinam, num único produto, um elevado grau de diversificação e estão acessíveis a partir de algumas dezenas de euros. A desvantagem é que o investidor terá de sujeitar-se a uma gestão mais passiva das suas poupanças. Veja os fundos mistos aconselhados.
Proteste Investe
DATA DA PUBLICAÇÃO: 02ABR2015
“Irei receber algum dinheiro extra proveniente de horas extra. Com a subida dos mercados acionistas quais os fundos com potencial onde poderei investir?”
Antes de mais, só deve investir em fundos se já tiver constituído um pé-de-meia para fazer face a emergências. Este montante deve equivaler a cerca de seis vezes o montante dos gastos mensais e estar aplicado num produto de risco baixo e facilmente mobilizável (ex: depósito a prazo). Só cumprida esta premissa poderá, então, pensar em investir a longo prazo através de fundos.
Se avançar para o investimento em fundos, é prudente não aplicar apenas em fundos de ações. Para não correr demasiados riscos, o ideal é constituir uma carteira diversificada com fundos de ações e obrigações especializados nos mercados mais atrativos. Pode, por exemplo, replicar diretamente as nossas estratégias de fundos ou aderir ao protocolo conta Selecção que estabelecemos com a Optimize (mínimo 5000 euros).
Caso não disponha de um montante inicial tão elevado, a solução passa pela subscrição de um fundo misto. Estes combinam, num único produto, um elevado grau de diversificação e estão acessíveis a partir de algumas dezenas de euros. A desvantagem é que o investidor terá de sujeitar-se a uma gestão mais passiva das suas poupanças. Veja os fundos mistos aconselhados.
Proteste Investe
Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe
Re: Fundos à la carte
bucks Escreveu:canteiro Escreveu:bucks Escreveu:Tentaria não usar total return
Qual o motivo?
A nível pessoal não tenho nem hi-hyelds nem total return... Uso só fundos base, nada de impulsionar...
Nunca percebi muito bem a diferença entre total return e real return

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