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Caldeirão da Bolsa

Fundos à la carte

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Fundos à la carte

por R2 » 3/3/2015 17:35

O Alquimista Escreveu:
A minha equação para o sucesso é mais simples: show me results = show me the money. Farto-me de a aplicar nos meus tópicos.

Às vezes os resultados podem ser obtidos em géneros ou em prazer psicossomático do próprio corpo e aí pode não haver dinheiro vivo à vista, havendo assim outras coisas que também dão muita alegria e prazer. :twisted:

Vou fazer um time out nesta discussão saudável, apesar da existência de algumas pequenas farpas inofensivas pelo meio, mas são apenas umas pequenas farpas de plástico flexivel e não própriamente os ferros que o toureiro crava no touro. :mrgreen:

Um abraço
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock

Em vez de seguires o mercado, faz com que ele te siga a ti. - BedRock
Toma o ganho antes que a perda tome conta de ti. - BedRock
Big vacuum ideas in a big head gives a low brain density that float on stupid polluted water.
- BedRock
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Re: Fundos à la carte

por O Alquimista » 3/3/2015 16:53

R2 Escreveu:Amigo Alquimista,

Agora uma pessoa também fica desvalorizada só por pedir opiniões sobre referências bibliográficas ao pessoal de AT, quando eu na altura já tinha mais de meia dúzia de livros de AT no meu portátil? Querendo eu então saber se me acrescentavam algum bom livro à minha listagem de livros que abordam em parte ou na totalidade AT.

Amigo Alquimista, vou relembrar uma célebre equação do sucesso (ou não) do processo do investimento e a seguir vou apresentar um outro tipo de equação que deriva da primeira, sendo que esta última é da minha autoria, para ver se entendes melhor o meu pensamento, sem eu te dizer que também deves ter tido pouco tempo para a AF e para os processos matemático-estatisticos do investimento:

Insights + Process = Results

Insights + AF + AT = Results

Abraço.


Amigo BedRock,

Não é uma questão de desvalorização de quem pede ideias ou sugestões de leitura, é uma questão de valor (upgrade, momentum) de quem as dá e humildade de quem as recebe.

A minha equação para o sucesso é mais simples: show me results = show me the money. Farto-me de a aplicar nos meus tópicos.

Abraço
"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." - Samuel Becket
Pára de dar crédito fácil ao que lês e ouves, escuta o que o preço está a fazer e olha para o que te rodeia. - O Alquimista
 
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 3/3/2015 16:29

O Alquimista Escreveu:
R2 Escreveu:
R2 Escreveu:Quando dizes que "a AT não se destina a captar extremos (embora seja tecnicamente possível)", posso te dizer que esse é que é o principal problema quantitativo da AT, pois se não capta as fatias extremas, então também não capta os ganhos teóricos máximos possiveis nem evita as perdas teóricas máximas possiveis. Quanto a dizeres que é tecnicamente possivel a AT captar os extremos, eu diria que a palavra "tecnicamente" está a mais na frase, isto porque pelo processo aleatório dos eventos de sorte e de azar é sempre possivel, para quem vai a jogo, recolher todas as fichas que estão em cima da mesa de jogo do casino.


O Alquimista Escreveu: Reafirmo o que disse: o advérbio tecnicamente nem está a mais na frase nem se confunde ou se resume à AT no sentido em que este conceito é usado na maioria dos casos. Interpretar o puro price action (chart reading, ler a fita) é um técnica e com ela procura-se captar os turning points do mercado (seus extremos). Quem se dedicou/dedica a isso não precisa de mais nada, a não ser o próprio preço.



Procura-se captar... mas a única certeza matemática que temos é de que para captar todo o upside é preciso estar all time invested mas aí também capta todo o downside (azar esta parte).

R2 Escreveu:Amigo Alquimista, a AF dá muito mais trabalho que a AT, pois para verdadeira AF é preciso sair do gabinete e praticar a designada due diligence, indo diretamente às empresas com a sua equipa de trabalho e localmente ouvir os responsáveis das empresas sobre as suas perspetivas futuras do negócio e o seu processo de inovação e desenvolvimento que possa ou não suportar futuramente o negócio pela diferenciação ou não da concorrência, bem como analisar os dados das vendas, as receitas, o cash-low, o cash-low livre, o montante das dividas da empresa e o valor do seu património, etc.


O Alquimista Escreveu: Não só não tenho termo de comparação (e terás tu, já que não praticas AT?) para chegar a essa conclusão, como há uma certa credulidade da tua parte (o gestor do fundo fará tudo isso? basta pensar naqueles fundos que têm dezenas e dezenas de activos: quando acaba de analisar um lá terá de voltar ao princípio porque entretanto passou mais um quarter e os números serão necessariamente diferentes). Além de que nada me garante a independência do gestor perante o objecto analisado (quem lhe paga o salário? o patrão; quem contrata o patrão? a empresa analisada).


Quem te disse que eu não utilizo AT? Mas mesmo que não utilizasse não é preciso ser um iluminado para ver que a due diligence é muito trabalhosa e faz dispender muito tempo, para além dos custos de deslocação às empresas a analisar.

R2 Escreveu:não podes dizer que eu não acredito na AT que praticas porque isso não corresponde à realidade, só que a graduação dos meus óculos é diferente da tua, só isso e pouco mais.


O Alquimista Escreveu: Tens bom remédio: passa a usar "a minha graduação de lentes".


Não obrigado, pois não me tenho dado mal na vida com estas "lentes" anti-reflexo e com filtração dos raios UV e IV, pois entre aquilo que eu recebi dos meus pais e aquilo que espero deixar ao meu filho, há um oceano pelo meio de capitalização, que atesta o sucesso dos meus vários investimentos, sendo que em nenhum deles perdi ou estou globalmente a perder dinheiro.


Um abraço.


Amigo BedRock,

Não vou comentar algumas das tuas afirmações em termos de AT porque são fruto da pouca dedicação que tens dado ao tema. Tu próprio o reconheces:
- quando dás mais importância à AF, sendo que esta, segundo dizes, é mais trabalhosa e ocupa mais tempo (daí que seja compreensível que fiques com pouco tempo e cansado para te dedicares à AT);
- quando, há algum tempo atrás, pediste à malta da AT sugestões de leitura (eu fui um dos que te respondi).

Abrir um gráfico e seleccionar médias móveis, rsi, etc., não é AT. Se fosse isso, até o meu papagaio o fazia. Se não tens estado distraído, hás-de ter reparado que eu nunca pedi sugestões dessa índole.

Boa sorte com esse investimento na Índia. Quanto a mim, vou usar as minhas lentes para detectar uma oportunidade especulativa nesse mercado mas mais barata (e se pelo caminho fizer um short, tanto melhor). Será uma forma de aceitar o desafio para comigo mesmo.

Fico feliz por teres alcançado, com due diligence, o estatuto de investidor de sucesso. Eu para lá caminho.

I rest my case nesta troca de ideias entre AT e AF.

Abraço


Amigo Alquimista,

Agora uma pessoa também fica desvalorizada só por pedir opiniões sobre referências bibliográficas ao pessoal de AT, quando eu na altura já tinha mais de meia dúzia de livros de AT no meu portátil? Querendo eu então saber se me acrescentavam algum bom livro à minha listagem de livros que abordam em parte ou na totalidade AT.

Amigo Alquimista, vou relembrar uma célebre equação do sucesso (ou não) do processo do investimento e a seguir vou apresentar um outro tipo de equação que deriva da primeira, sendo que esta última é da minha autoria, para ver se entendes melhor o meu pensamento, sem eu te dizer que também deves ter tido pouco tempo para a AF e para os processos matemático-estatisticos do investimento:

Insights + Process = Results

Insights + AF + AT = Results

Abraço.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock

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Re: Fundos à la carte

por O Alquimista » 3/3/2015 16:03

R2 Escreveu:
R2 Escreveu:Quando dizes que "a AT não se destina a captar extremos (embora seja tecnicamente possível)", posso te dizer que esse é que é o principal problema quantitativo da AT, pois se não capta as fatias extremas, então também não capta os ganhos teóricos máximos possiveis nem evita as perdas teóricas máximas possiveis. Quanto a dizeres que é tecnicamente possivel a AT captar os extremos, eu diria que a palavra "tecnicamente" está a mais na frase, isto porque pelo processo aleatório dos eventos de sorte e de azar é sempre possivel, para quem vai a jogo, recolher todas as fichas que estão em cima da mesa de jogo do casino.


O Alquimista Escreveu: Reafirmo o que disse: o advérbio tecnicamente nem está a mais na frase nem se confunde ou se resume à AT no sentido em que este conceito é usado na maioria dos casos. Interpretar o puro price action (chart reading, ler a fita) é um técnica e com ela procura-se captar os turning points do mercado (seus extremos). Quem se dedicou/dedica a isso não precisa de mais nada, a não ser o próprio preço.



Procura-se captar... mas a única certeza matemática que temos é de que para captar todo o upside é preciso estar all time invested mas aí também capta todo o downside (azar esta parte).

R2 Escreveu:Amigo Alquimista, a AF dá muito mais trabalho que a AT, pois para verdadeira AF é preciso sair do gabinete e praticar a designada due diligence, indo diretamente às empresas com a sua equipa de trabalho e localmente ouvir os responsáveis das empresas sobre as suas perspetivas futuras do negócio e o seu processo de inovação e desenvolvimento que possa ou não suportar futuramente o negócio pela diferenciação ou não da concorrência, bem como analisar os dados das vendas, as receitas, o cash-low, o cash-low livre, o montante das dividas da empresa e o valor do seu património, etc.


O Alquimista Escreveu: Não só não tenho termo de comparação (e terás tu, já que não praticas AT?) para chegar a essa conclusão, como há uma certa credulidade da tua parte (o gestor do fundo fará tudo isso? basta pensar naqueles fundos que têm dezenas e dezenas de activos: quando acaba de analisar um lá terá de voltar ao princípio porque entretanto passou mais um quarter e os números serão necessariamente diferentes). Além de que nada me garante a independência do gestor perante o objecto analisado (quem lhe paga o salário? o patrão; quem contrata o patrão? a empresa analisada).


Quem te disse que eu não utilizo AT? Mas mesmo que não utilizasse não é preciso ser um iluminado para ver que a due diligence é muito trabalhosa e faz dispender muito tempo, para além dos custos de deslocação às empresas a analisar.

R2 Escreveu:não podes dizer que eu não acredito na AT que praticas porque isso não corresponde à realidade, só que a graduação dos meus óculos é diferente da tua, só isso e pouco mais.


O Alquimista Escreveu: Tens bom remédio: passa a usar "a minha graduação de lentes".


Não obrigado, pois não me tenho dado mal na vida com estas "lentes" anti-reflexo e com filtração dos raios UV e IV, pois entre aquilo que eu recebi dos meus pais e aquilo que espero deixar ao meu filho, há um oceano pelo meio de capitalização, que atesta o sucesso dos meus vários investimentos, sendo que em nenhum deles perdi ou estou globalmente a perder dinheiro.


Um abraço.


Amigo BedRock,

Não vou comentar algumas das tuas afirmações em termos de AT porque são fruto da pouca dedicação que tens dado ao tema. Tu próprio o reconheces:
- quando dás mais importância à AF, sendo que esta, segundo dizes, é mais trabalhosa e ocupa mais tempo (daí que seja compreensível que fiques com pouco tempo e cansado para te dedicares à AT);
- quando, há algum tempo atrás, pediste à malta da AT sugestões de leitura (eu fui um dos que te respondi).

Abrir um gráfico e seleccionar médias móveis, rsi, etc., não é AT. Se fosse isso, até o meu papagaio o fazia. Se não tens estado distraído, hás-de ter reparado que eu nunca pedi sugestões dessa índole.

Boa sorte com esse investimento na Índia. Quanto a mim, vou usar as minhas lentes para detectar uma oportunidade especulativa nesse mercado mas mais barata (e se pelo caminho fizer um short, tanto melhor). Será uma forma de aceitar o desafio para comigo mesmo.

Fico feliz por teres alcançado, com due diligence, o estatuto de investidor de sucesso. Eu para lá caminho.

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Re: Fundos à la carte

por R2 » 3/3/2015 14:53

R2 Escreveu:Quando dizes que "a AT não se destina a captar extremos (embora seja tecnicamente possível)", posso te dizer que esse é que é o principal problema quantitativo da AT, pois se não capta as fatias extremas, então também não capta os ganhos teóricos máximos possiveis nem evita as perdas teóricas máximas possiveis. Quanto a dizeres que é tecnicamente possivel a AT captar os extremos, eu diria que a palavra "tecnicamente" está a mais na frase, isto porque pelo processo aleatório dos eventos de sorte e de azar é sempre possivel, para quem vai a jogo, recolher todas as fichas que estão em cima da mesa de jogo do casino.


O Alquimista Escreveu: Reafirmo o que disse: o advérbio tecnicamente nem está a mais na frase nem se confunde ou se resume à AT no sentido em que este conceito é usado na maioria dos casos. Interpretar o puro price action (chart reading, ler a fita) é um técnica e com ela procura-se captar os turning points do mercado (seus extremos). Quem se dedicou/dedica a isso não precisa de mais nada, a não ser o próprio preço.



Procura-se captar... mas a única certeza matemática que temos é de que para captar todo o upside é preciso estar all time invested mas aí também capta todo o downside (azar esta parte).

R2 Escreveu:Amigo Alquimista, a AF dá muito mais trabalho que a AT, pois para verdadeira AF é preciso sair do gabinete e praticar a designada due diligence, indo diretamente às empresas com a sua equipa de trabalho e localmente ouvir os responsáveis das empresas sobre as suas perspetivas futuras do negócio e o seu processo de inovação e desenvolvimento que possa ou não suportar futuramente o negócio pela diferenciação ou não da concorrência, bem como analisar os dados das vendas, as receitas, o cash-low, o cash-low livre, o montante das dividas da empresa e o valor do seu património, etc.


O Alquimista Escreveu: Não só não tenho termo de comparação (e terás tu, já que não praticas AT?) para chegar a essa conclusão, como há uma certa credulidade da tua parte (o gestor do fundo fará tudo isso? basta pensar naqueles fundos que têm dezenas e dezenas de activos: quando acaba de analisar um lá terá de voltar ao princípio porque entretanto passou mais um quarter e os números serão necessariamente diferentes). Além de que nada me garante a independência do gestor perante o objecto analisado (quem lhe paga o salário? o patrão; quem contrata o patrão? a empresa analisada).


Quem te disse que eu não utilizo AT? Mas mesmo que não utilizasse não é preciso ser um iluminado para ver que a due diligence é muito trabalhosa e faz dispender muito tempo, para além dos custos de deslocação às empresas a analisar.

R2 Escreveu:não podes dizer que eu não acredito na AT que praticas porque isso não corresponde à realidade, só que a graduação dos meus óculos é diferente da tua, só isso e pouco mais.


O Alquimista Escreveu: Tens bom remédio: passa a usar "a minha graduação de lentes".


Não obrigado, pois não me tenho dado mal na vida com estas "lentes" anti-reflexo e com filtração dos raios UV e IV, pois entre aquilo que eu recebi dos meus pais e aquilo que espero deixar ao meu filho, há um oceano pelo meio de capitalização, que atesta o sucesso dos meus vários investimentos, sendo que em nenhum deles perdi ou estou globalmente a perder dinheiro.


Um abraço.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock

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Re: Fundos à la carte

por O Alquimista » 3/3/2015 13:31

Amigo BedRock,

Quando dizes que "a AT não se destina a captar extremos (embora seja tecnicamente possível)", posso te dizer que esse é que é o principal problema quantitativo da AT, pois se não capta as fatias extremas, então também não capta os ganhos teóricos máximos possiveis nem evita as perdas teóricas máximas possiveis. Quanto a dizeres que é tecnicamente possivel a AT captar os extremos, eu diria que a palavra "tecnicamente" está a mais na frase, isto porque pelo processo aleatório dos eventos de sorte e de azar é sempre possivel, para quem vai a jogo, recolher todas as fichas que estão em cima da mesa de jogo do casino.


Reafirmo o que disse: o advérbio tecnicamente nem está a mais na frase nem se confunde ou se resume à AT no sentido em que este conceito é usado na maioria dos casos. Interpretar o puro price action (chart reading, ler a fita) é um técnica e com ela procura-se captar os turning points do mercado (seus extremos). Quem se dedicou/dedica a isso não precisa de mais nada, a não ser o próprio preço.

Eu nunca iria menosprezar a AT como tu fazes com a AF e até te digo mais, seria estúpido fazer isso da minha parte quando cada vez mais os traders e o high frequency trading influenciam os preços dos mercados no ultra curto prazo, pois só quem é um nabo em probabilidade estatistica é que não vê isso.


Eu não menosprezo a AF, digo apenas que ela nada me traz de útil para a negociação. Podem até todos os analistas que usam AF dizer cobras e lagartos de certo investimento que serei o primeiro a comprar se conseguir discernir suficiente procura. Não é em vão que se diz faz o que Wall Sreet faz e não o que Wall Sreet diz. Sobre esta temática aconselho vivamente o livro Full of Bull: Do What Wall Street Does, Not What It Says, To Make Money in the Market. E já nem falo dos vários estudos da CMVM sobre o "acerto" dos analistas que se dedicam à AF e estabelecem price targets... (se os outros, os que como eu especulam, também se espalham ao comprido, eles não seriam a excepção).

Amigo Alquimista, a AF dá muito mais trabalho que a AT, pois para verdadeira AF é preciso sair do gabinete e praticar a designada due diligence, indo diretamente às empresas com a sua equipa de trabalho e localmente ouvir os responsáveis das empresas sobre as suas perspetivas futuras do negócio e o seu processo de inovação e desenvolvimento que possa ou não suportar futuramente o negócio pela diferenciação ou não da concorrência, bem como analisar os dados das vendas, as receitas, o cash-low, o cash-low livre, o montante das dividas da empresa e o valor do seu património, etc.


Não só não tenho termo de comparação (e terás tu, já que não praticas AT?) para chegar a essa conclusão, como há uma certa credulidade da tua parte (o gestor do fundo fará tudo isso? basta pensar naqueles fundos que têm dezenas e dezenas de activos: quando acaba de analisar um lá terá de voltar ao princípio porque entretanto passou mais um quarter e os números serão necessariamente diferentes). Além de que nada me garante a independência do gestor perante o objecto analisado (quem lhe paga o salário? o patrão; quem contrata o patrão? a empresa analisada).

não podes dizer que eu não acredito na AT que praticas porque isso não corresponde à realidade, só que a graduação dos meus óculos é diferente da tua, só isso e pouco mais.


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Re: Fundos à la carte

por R2 » 3/3/2015 13:19

Boas,

O efeito swing nas rentabilidades dos fundos de investimento.

O efeito smart money (os investidores tendem a apostar mais nos fundos vencedores do passado mais recente) nem sempre se verifica para todos os fundos, havendo assim um determinado swing nas rentabilidades dos fundos.
Exemplo disso é o facto de os fundos JPMorgan da Índia terem tido uma underperformance em 2014 e em 2015 estar a ser os que têm uma maior rentabilidade YTD.
De destacar também o facto dos fundos da Goldman Sachs terem sido os melhores, no retalho, na India em 2014 e em 2015 estarem a seguir aos do JPMorgan e da Pictet, o que é notável e revela uma consistência na estratégia dos gestores só ao alcance da gestão alfa.

A seguir apresento uma imagem de uma tabela sobre as melhores rentabilidades YTD, por ordem decrescente, nos fundos da Índia:

capture1.jpg
capture1.jpg (155.19 KiB) Visualizado 5978 vezes


Eu hoje entrei pela 1ª vez na Índia, pois o ano passado acabei por não entrar porque tinha que resgatar um emergente a perder e isso era então tributáriamente muito desvantajoso ao contrário deste ano. No principio deste ano andei muito indeciso se ia ou não para a Índia dada a sua valorização brutal em 2014, que me resfriou, mas agora vamos lá ver como me vou sair desta aposta à custa da redução de 25% do investimento que possuo na Europa, sendo que a partir de hoje estou presente nos EUA (biotecnologia), Europa, Japão e Índia.

Abraço.
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Em vez de seguires o mercado, faz com que ele te siga a ti. - BedRock
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 3/3/2015 11:41

O Alquimista Escreveu:
R2 Escreveu:Amigo Alquimista,

Não te fies só na tua possível visão sobre os ombros de um gigante, pois a AT nunca vai ser suficientemente robusta para antecipar a visualização de uma montanha que possa estar para além da linha do horizonte.

Quanto a dizeres que não precisas da AF, é como dizeres que não precisas de ir ao médico e basta-te ir à farmácia para tratar as tuas maleitas, mandando assim para o caixote do lixo todos os estudos de diagnóstico necessários para se tentar descobrir as causas das tuas maleitas e em função destes resultados, receitar os melhores medicamentos disponíveis e o melhor tratamento possível.

Quanto a dizeres que os dados da AF podem ser forjados, é certo que alguns rácios ou parâmetros podem ser manipulados ou forjados mas isso é uma prática ilegal e como tal deixo a justiça tratar do caso, mas, por exemplo, a métrica do cash-flow, convenhamos, que é difícil de manipular.

O preço de um ativo que em tempo real está a ser visualizado num gráfico, é uma realidade inquestionável e integradora de todos os dados que estão refletidos nesse valor do preço on-line, mas o que esse gráfico não te diz é qual vai ser o preço de cotação desse mesmo ativo daqui a 1 hora, 1 dia ou 1 ano, por exemplo, pelo que é preciso recorrer a métricas de projeção futura.
Por outro lado, a AT não te garante a otimização máxima teórica possível dos lucros ou do evitar das perdas máximas teóricas, devido aos delay dos sinais de atraso entre a confirmação das tendências em curso e o seu real inicio e fim. Assim, a AT nunca te vai garantir captar os extremos, logo só podes captar as fatias intermédias mais ou menos alargadas.

Em resumo, nós vamos precisar sempre de um bom médico e de um bom farmacêutico para tratar devidamente as nossas maleitas, até porque ambos são complementares e mutuamente exclusivos quanto a zonas de possível conflito.

O que conta e é mais relevante é a decisão final de um coletivo de juízes, mas essa decisão não está só dependente dos postulados legais não matematicamente objetivos, pelo que para essa decisão final muito podem contribuir os advogados da defesa e da acusação.

Abraço.


Amigo BedRock

A AT que pratico é o meu médico e a minha farmácia. Se tiveres o cuidado de ir, ponto por ponto, aos meus tópicos, principalmente após o meu regresso do período sabático, verás que muitos dos teus argumentos caem por terra. Não vou repeti-los aqui : quem os quiser criticar que vá aos meus tópicos. Além de que a AT não se destina a captar extremos (embora seja tecnicamente possível). Podes deixar a justiça tratar do caso, mas até lá tens perdas e nunca saberás se algum dia poderás recuperar o capital (risco desnecessário)
Repito: eu não preciso da AF e passo a vida a demonstrá-lo nos meus tópicos. Que não acredites na AT que pratico, muito bem. Que não a compreendas nem a queiras compreender, amigos como dantes. Agora, que não queiras ver os resultados da mesma - única maneira que encontrei para cativar a atenção da audiência - é algo que jamais aceitarei. Um ano a ter sorte é algo está muito para além do que se possa imaginar...
Moral da história: nem invocando AF conseguem vir a terreiro e aceitar o desafio...

Abraço


Amigo Alquimista,

O grande suporte da AT são a existência do cluster do efeito de arrastamento da volatilidade e o efeito momentum (se um ativo está a subir/descer no passado mais recente é provável que ele continue a subir/descer no presente e no futuro mais próximo), bem como a grande quantidade de traders praticantes de AT (quanto mais traders houver no mercado e se todos eles seguirem e visualizarem ao mesmo tempo os parâmetros e os indicadores da AT, então eles próprios, com a sua grande amostra e volume de negociação, irão influenciar em parte o trajeto da cotação dos ativos, logo é um grande contributo para uma espécie de auto-validação dos seus métodos de análise e de investimento).

Quando dizes que "a AT não se destina a captar extremos (embora seja tecnicamente possível)", posso te dizer que esse é que é o principal problema quantitativo da AT, pois se não capta as fatias extremas, então também não capta os ganhos teóricos máximos possiveis nem evita as perdas teóricas máximas possiveis. Quanto a dizeres que é tecnicamente possivel a AT captar os extremos, eu diria que a palavra "tecnicamente" está a mais na frase, isto porque pelo processo aleatório dos eventos de sorte e de azar é sempre possivel, para quem vai a jogo, recolher todas as fichas que estão em cima da mesa de jogo do casino.

Eu nunca iria menosprezar a AT como tu fazes com a AF e até te digo mais, seria estúpido fazer isso da minha parte quando cada vez mais os traders e o high frequency trading influenciam os preços dos mercados no ultra curto prazo, pois só quem é um nabo em probabilidade estatistica é que não vê isso.

Amigo Alquimista, a AF dá muito mais trabalho que a AT, pois para verdadeira AF é preciso sair do gabinete e praticar a designada due diligence, indo diretamente às empresas com a sua equipa de trabalho e localmente ouvir os responsáveis das empresas sobre as suas perspetivas futuras do negócio e o seu processo de inovação e desenvolvimento que possa ou não suportar futuramente o negócio pela diferenciação ou não da concorrência, bem como analisar os dados das vendas, as receitas, o cash-low, o cash-low livre, o montante das dividas da empresa e o valor do seu património, etc.

Amigo Alquimista, desde os primeiros dias em que analisei alguns dos teus posts que eu verifiquei que tu tinhas uma inteligência aguçada e fina acima da média, mas quando o nosso ego é demasiado grande (eu também sofro às vezes um pouco desse mal), por vezes, podemos por algum nevoeiro nas ideias do nosso interlocutor. O verdadeiro amigo não é aquele que incondicionalmente nos bate sempre palmas, a menos que a pessoa nunca tenha errado ou feito raciocinios tecnicamente errados, mas essa pessoa eu ainda não a encontrei, nem mesmo as duas saudosas pessoas que eu, tecnicamente, mais admirei presencialmente na vida: um professor que me deu as cadeiras mais dificeis da quimica e um outro que me deu as cadeiras das microbiologias e da biologia, sendo que aquilo que eu hoje sei devo-os maioritáriamente a eles.

Por último, o mais importante e objetivo: não podes dizer que eu não acredito na AT que praticas porque isso não corresponde à realidade, só que a graduação dos meus óculos é diferente da tua, só isso e pouco mais.

Um abraço e nada de stress pois eu não sou o Artista Romeno. :twisted:
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock

Em vez de seguires o mercado, faz com que ele te siga a ti. - BedRock
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Re: Fundos à la carte

por Rambaldi » 3/3/2015 2:25

R2, Concordo com a questão da AT e AF. O ideal é combinar as duas técnicas mas considero mais importante a AF que nos dá expectativas e projecções para o futuro do que a AT que estuda dinâmica do mercado por meio dos sinais extraídos do passado, sendo mais apropriada para calcular pontos de entrada/saída ou investir no curto prazo. Para investimentos a MLP é melhor suportarmo-nos pela AF, pois o tempo que a AT exige em frente ao computador a analisar gráficos mais não paga o trabalho, para investimentos via fundos de investimento.

Em ações, o Alquimista tem feito um trabalho notável com a sua Analise Técnica :clap:
Abraço
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Re: Fundos à la carte

por O Alquimista » 3/3/2015 2:10

R2 Escreveu:Amigo Alquimista,

Não te fies só na tua possível visão sobre os ombros de um gigante, pois a AT nunca vai ser suficientemente robusta para antecipar a visualização de uma montanha que possa estar para além da linha do horizonte.

Quanto a dizeres que não precisas da AF, é como dizeres que não precisas de ir ao médico e basta-te ir à farmácia para tratar as tuas maleitas, mandando assim para o caixote do lixo todos os estudos de diagnóstico necessários para se tentar descobrir as causas das tuas maleitas e em função destes resultados, receitar os melhores medicamentos disponíveis e o melhor tratamento possível.

Quanto a dizeres que os dados da AF podem ser forjados, é certo que alguns rácios ou parâmetros podem ser manipulados ou forjados mas isso é uma prática ilegal e como tal deixo a justiça tratar do caso, mas, por exemplo, a métrica do cash-flow, convenhamos, que é difícil de manipular.

O preço de um ativo que em tempo real está a ser visualizado num gráfico, é uma realidade inquestionável e integradora de todos os dados que estão refletidos nesse valor do preço on-line, mas o que esse gráfico não te diz é qual vai ser o preço de cotação desse mesmo ativo daqui a 1 hora, 1 dia ou 1 ano, por exemplo, pelo que é preciso recorrer a métricas de projeção futura.
Por outro lado, a AT não te garante a otimização máxima teórica possível dos lucros ou do evitar das perdas máximas teóricas, devido aos delay dos sinais de atraso entre a confirmação das tendências em curso e o seu real inicio e fim. Assim, a AT nunca te vai garantir captar os extremos, logo só podes captar as fatias intermédias mais ou menos alargadas.

Em resumo, nós vamos precisar sempre de um bom médico e de um bom farmacêutico para tratar devidamente as nossas maleitas, até porque ambos são complementares e mutuamente exclusivos quanto a zonas de possível conflito.

O que conta e é mais relevante é a decisão final de um coletivo de juízes, mas essa decisão não está só dependente dos postulados legais não matematicamente objetivos, pelo que para essa decisão final muito podem contribuir os advogados da defesa e da acusação.

Abraço.


Amigo BedRock

A AT que pratico é o meu médico e a minha farmácia. Se tiveres o cuidado de ir, ponto por ponto, aos meus tópicos, principalmente após o meu regresso do período sabático, verás que muitos dos teus argumentos caem por terra. Não vou repeti-los aqui : quem os quiser criticar que vá aos meus tópicos. Além de que a AT não se destina a captar extremos (embora seja tecnicamente possível). Podes deixar a justiça tratar do caso, mas até lá tens perdas e nunca saberás se algum dia poderás recuperar o capital (risco desnecessário)
Repito: eu não preciso da AF e passo a vida a demonstrá-lo nos meus tópicos. Que não acredites na AT que pratico, muito bem. Que não a compreendas nem a queiras compreender, amigos como dantes. Agora, que não queiras ver os resultados da mesma - única maneira que encontrei para cativar a atenção da audiência - é algo que jamais aceitarei. Um ano a ter sorte é algo está muito para além do que se possa imaginar...
Moral da história: nem invocando AF conseguem vir a terreiro e aceitar o desafio...

Abraço
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Re: Fundos à la carte

por Rambaldi » 3/3/2015 1:59

GC14 Escreveu:
Rambaldi Escreveu:
R2 Escreveu:Os 2 fundos pertencem a categorias diferentes e têm politicas e estratégias de investimento diferentes. O MFS é classificado pela Morningstar como pertencente à categoria Cap. Flexível, mas na realidade ele é um fundo de médias e pequenas empresas, sendo que na Muito Grande Cap. tem 0% enquanto que o JPMorgan tem 40.02%. Este último pertence à categoria Grande Crescimento e como tal será mais arriscado no bear que os fundos tipo value e que os da capitalização flexível.


Amigo R2,
O MFS deve estar na cat Cap. Flexível para ter a liberdade de investir em empresas de grande capitalização. Mas pelo próprio nome do fundo é um fundo de small caps. Escolhi também este porque as Small caps costumam ter melhores comportamentos em bull market do que as empresas de grande capitalização. Por outro lado em períodos de bear market costumam ter maiores drawdowns do que as de grande capitalização. Foi também este o critério que utilizei porque há boas perspectivas, embora com uns estímulos artificiais, de vir um bull market na Europa. Assim, posicionei-me numa lancha mais rápida, leve e manobrável para tentar navegar umas ondas e captar os retornos. Em tempos deste um exemplo engraçado com lanchas e barcos.


R2 e Rambaldi,

Fiquei baralhado com estas afirmações relativamente ao comportamento dos fundos de acções de Cap. Flexivel, Pequeno/medio e Grande.


GC14,

Não percebi qual é a dúvida. A minha ideia foi tentar apanhar ainda a onda através de um fundo de small caps, que tem maior volatilidade e maiores retornos que os large caps. Como tem maior risco e é composto por empresas de menor dimensão pode captar maiores retornos ou sofrer maiores quedas num cenário de inversão dos mercados. O fundo que escolhi tem um histórico com bons níveis de retornos ajustados ao risco e se as coisas correrem mal resgato ou alargo o prazo sendo que no longo prazo a categoria de small caps costuma ter maiores rendibilidades acumuladas que as empresas de maior dimensão. Podes comparar o desempenho histórico do Russel 2000 com o S&P 500.

Deixo um artigo:
http://investing.covestor.com/2013/10/s ... obel-prize

Abraço
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 3/3/2015 1:49

O Alquimista Escreveu:
R2 Escreveu:
Eu não venderia um fundo acionista só porque está acima da média mas que tivesse uma boa margem de progressão relativamente aos fundamentais da fileira do negócio onde esse fundo está inserido, só para comprar um outro fundo que estivesse com retornos inferiores à média, isto porque no outro fundo > média eu ainda posso beneficiar do efeito de arrasto do momentum, enquanto que no fundo < média há sempre um problema do timing do delay que pode ser demasiado alargado para o turnover do downside ou lateralização para o upside continuado.

Eu tinha em conta a média histórica dos preços dos ativos mas não seria com esta métrica que iria classificar se os ativos estão caros ou baratos mas sim os retornos expectáveis projetados para o futuro, porque são os preços futuros que vão dizer se o que eu compro no presente está caro ou barato e não tanto os preços passados. Uma média calculada a partir de uma série de dados com mais de um século, num processo que incorpora paradigmas de sociedade muito diferentes e a única certeza que temos é que há uma constante variável com amplitudes, por vezes, extremamente atípicas com a média, logo, por si só, a média não pode ser o indicador decisivo para o rebalanceamento do portfolio ou para vender ou comprar.

Para comprar ou vender, devem-se utilizar a AT e a AF porque ambas são complementares e em conjunto são fundamentais para o processo de decisão.
Na AT, para se ter uma maior certeza da mudança de tendência, devemos utilizar, para além das médias móveis mais curtas, uma média móvel de um prazo o mais alargado possível, mas aqui há um problema neste excesso de certeza da inversão da tendência: esta indicação já nos chegou um pouco tarde de mais e assim já perdi uma boa fatia inicial de ganhos do upside ou deixei de evitar uma boa fatia inicial de perdas do downside. O maior problema da AT é que enferma de um delay que pode ser mais ou menos significativo entre a indicação dada pela AT e a realidade das tendências com os seus princípios e fins matemáticos. A AT não nos antecipa a formação de ondas para as calvargar e apenas nos vem confirmar qual a onda que está em curso, que é favorecida pelo efeito momentum e que de algum modo protege a AT.

A AF é indispensável para um processo de investimento do tipo bottom-up ao passo que a AT para este processo vale quase zero. A AT só nos indica quais os comboios que estão em movimento mais ou menos acelerado mas quase não nos diz nada sobre a qualidade, a potência e a durabilidade da máquina do comboio, sendo que estes parâmetros só podem ser equacionados e realizados pela AF. Pela AT, eu posso entrar num comboio Lisboa-Porto rápido, mas posso ficar apeado em Coimbra porque o comboio terminou aqui a tendência em alta e ficou avariado ou inverteu para a tendência em baixa, enquanto que se entrar nesse comboio pela AF, é extremamente provável em chegar ao Porto são e salvo apesar de porventura a viagem ter demorado um pouco mais.

A AF tem em conta, designadamente, a fileira do negócio e o seu expectável desenvolvimento futuro, a inovação tecnológica e as suas implicações nas possíveis mudanças de paradigmas da sociedade, os rácios P/E, P/B, Price/Sales, P/CF, Dividend-Yield Factor, ..., projeta o crescimento estimado dos lucros com base no crescimento dos lucros históricos e nos projetados ou estimados crescimentos futuros das vendas, cash-flow, book-value, ..., enquanto a AT faz tábua rasa sobre estes parâmetros económico-financeiros fundamentais que revelam o estado de saúde da fileira do negócio e da saúde das empresas envolvidas.
Portanto, a AF faz a análise do corredor e verifica se ele estará potencialmente preparado para terminar a maratona, enquanto a AT nos diz apenas se este corredor está a correr muito ou pouco, mas o problema é que o corredor que no presente está a correr com uma velocidade acima da média dos tempos históricos dessa maratona, pode dar o estouro completo antes de cortar a meta ou arrastar-se em grande esforço de pré-falência para a cortar.

Agora digam lá qual é o articulista nacional ou estrangeiro que pega na teoria e faz este tipo de analogias para a tornar mais compreensível? :mrgreen: O BedRock vai deixar sempre 2 marcas visíveis no Caldeirão: campeão das expulsões e das analogias teórico-práticas, pelo que, quando está time out , ele faz falta ao tópico, logo pela AF não deveria ser tantas vezes expulso.:twisted:

Abraço.


Amigo BedRock,

Sendo conhecidos, todos os indicadores e métricas usadas na AF reflectem-se no preço (sabe o analista, sabe o mercado). Se não são conhecidos, obviamente não podem ser usados por quem faz da AF o seu modelo de investimento. Ao analisar-se um gráfico de preços que reflecte os fundamentais, estuda-se a reacção do mercado a essa valoração. Eu não preciso nem quero saber qual a posição dos gurus sobre os vários elementos da AF, até porque a doutrina diverge (escolho o guru do Barclays, do CS, do JPM, do BCP?). Para além de que a AF funda-se em matéria que pode ter sido forjada, nem vale a pena mencionar casos. Pelo contrário, o preço num gráfico não é forjado. Enfim, podes muito bem construir a mais bonita das teses segundo a AF para fundamentares um investimento que nada interessará se não houver interessados em comprar (a não ser quem queira ser herói e se dedique a fazer o preço médio). O interesse comprador mede-se pela lei da oferta e da procura e não por uma qualquer leitura dos ditos fundamentais. Neste sentido a AT passa a perna à AF a qualquer momento do dia e da noite.
Dito isto: há quem ganhe muito dinheiro usando AF? Sem dúvida? Precisarei eu dela? Não! Precisará quem nada pesca de AT? Definitivamente! Cada um no seu ramo de competências.
Abraço
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Amigo Alquimista,

Não te fies só na tua possível visão sobre os ombros de um gigante, pois a AT nunca vai ser suficientemente robusta para antecipar a visualização de uma montanha que possa estar para além da linha do horizonte.

Quanto a dizeres que não precisas da AF, é como dizeres que não precisas de ir ao médico e basta-te ir à farmácia para tratar as tuas maleitas, mandando assim para o caixote do lixo todos os estudos de diagnóstico necessários para se tentar descobrir as causas das tuas maleitas e em função destes resultados, receitar os melhores medicamentos disponíveis e o melhor tratamento possível.

Quanto a dizeres que os dados da AF podem ser forjados, é certo que alguns rácios ou parâmetros podem ser manipulados ou forjados mas isso é uma prática ilegal e como tal deixo a justiça tratar do caso, mas, por exemplo, a métrica do cash-flow, convenhamos, que é difícil de manipular.

O preço de um ativo que em tempo real está a ser visualizado num gráfico, é uma realidade inquestionável e integradora de todos os dados que estão refletidos nesse valor do preço on-line, mas o que esse gráfico não te diz é qual vai ser o preço de cotação desse mesmo ativo daqui a 1 hora, 1 dia ou 1 ano, por exemplo, pelo que é preciso recorrer a métricas de projeção futura.
Por outro lado, a AT não te garante a otimização máxima teórica possível dos lucros ou do evitar das perdas máximas teóricas, devido aos delay dos sinais de atraso entre a confirmação das tendências em curso e o seu real inicio e fim. Assim, a AT nunca te vai garantir captar os extremos, logo só podes captar as fatias intermédias mais ou menos alargadas.

Em resumo, nós vamos precisar sempre de um bom médico e de um bom farmacêutico para tratar devidamente as nossas maleitas, até porque ambos são complementares e mutuamente exclusivos quanto a zonas de possível conflito.

O que conta e é mais relevante é a decisão final de um coletivo de juízes, mas essa decisão não está só dependente dos postulados legais não matematicamente objetivos, pelo que para essa decisão final muito podem contribuir os advogados da defesa e da acusação.

Abraço.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock

Em vez de seguires o mercado, faz com que ele te siga a ti. - BedRock
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Re: Fundos à la carte

por O Alquimista » 3/3/2015 1:31

O Alquimista Escreveu:
R2 Escreveu:
Eu não venderia um fundo acionista só porque está acima da média mas que tivesse uma boa margem de progressão relativamente aos fundamentais da fileira do negócio onde esse fundo está inserido, só para comprar um outro fundo que estivesse com retornos inferiores à média, isto porque no outro fundo > média eu ainda posso beneficiar do efeito de arrasto do momentum, enquanto que no fundo < média há sempre um problema do timing do delay que pode ser demasiado alargado para o turnover do downside ou lateralização para o upside continuado.

Eu tinha em conta a média histórica dos preços dos ativos mas não seria com esta métrica que iria classificar se os ativos estão caros ou baratos mas sim os retornos expectáveis projetados para o futuro, porque são os preços futuros que vão dizer se o que eu compro no presente está caro ou barato e não tanto os preços passados. Uma média calculada a partir de uma série de dados com mais de um século, num processo que incorpora paradigmas de sociedade muito diferentes e a única certeza que temos é que há uma constante variável com amplitudes, por vezes, extremamente atípicas com a média, logo, por si só, a média não pode ser o indicador decisivo para o rebalanceamento do portfolio ou para vender ou comprar.

Para comprar ou vender, devem-se utilizar a AT e a AF porque ambas são complementares e em conjunto são fundamentais para o processo de decisão.
Na AT, para se ter uma maior certeza da mudança de tendência, devemos utilizar, para além das médias móveis mais curtas, uma média móvel de um prazo o mais alargado possível, mas aqui há um problema neste excesso de certeza da inversão da tendência: esta indicação já nos chegou um pouco tarde de mais e assim já perdi uma boa fatia inicial de ganhos do upside ou deixei de evitar uma boa fatia inicial de perdas do downside. O maior problema da AT é que enferma de um delay que pode ser mais ou menos significativo entre a indicação dada pela AT e a realidade das tendências com os seus princípios e fins matemáticos. A AT não nos antecipa a formação de ondas para as calvargar e apenas nos vem confirmar qual a onda que está em curso, que é favorecida pelo efeito momentum e que de algum modo protege a AT.

A AF é indispensável para um processo de investimento do tipo bottom-up ao passo que a AT para este processo vale quase zero. A AT só nos indica quais os comboios que estão em movimento mais ou menos acelerado mas quase não nos diz nada sobre a qualidade, a potência e a durabilidade da máquina do comboio, sendo que estes parâmetros só podem ser equacionados e realizados pela AF. Pela AT, eu posso entrar num comboio Lisboa-Porto rápido, mas posso ficar apeado em Coimbra porque o comboio terminou aqui a tendência em alta e ficou avariado ou inverteu para a tendência em baixa, enquanto que se entrar nesse comboio pela AF, é extremamente provável em chegar ao Porto são e salvo apesar de porventura a viagem ter demorado um pouco mais.

A AF tem em conta, designadamente, a fileira do negócio e o seu expectável desenvolvimento futuro, a inovação tecnológica e as suas implicações nas possíveis mudanças de paradigmas da sociedade, os rácios P/E, P/B, Price/Sales, P/CF, Dividend-Yield Factor, ..., projeta o crescimento estimado dos lucros com base no crescimento dos lucros históricos e nos projetados ou estimados crescimentos futuros das vendas, cash-flow, book-value, ..., enquanto a AT faz tábua rasa sobre estes parâmetros económico-financeiros fundamentais que revelam o estado de saúde da fileira do negócio e da saúde das empresas envolvidas.
Portanto, a AF faz a análise do corredor e verifica se ele estará potencialmente preparado para terminar a maratona, enquanto a AT nos diz apenas se este corredor está a correr muito ou pouco, mas o problema é que o corredor que no presente está a correr com uma velocidade acima da média dos tempos históricos dessa maratona, pode dar o estouro completo antes de cortar a meta ou arrastar-se em grande esforço de pré-falência para a cortar.

Agora digam lá qual é o articulista nacional ou estrangeiro que pega na teoria e faz este tipo de analogias para a tornar mais compreensível? :mrgreen: O BedRock vai deixar sempre 2 marcas visíveis no Caldeirão: campeão das expulsões e das analogias teórico-práticas, pelo que, quando está time out , ele faz falta ao tópico, logo pela AF não deveria ser tantas vezes expulso.:twisted:

Abraço.


Amigo BedRock,

Sendo conhecidos, todos os indicadores e métricas usadas na AF reflectem-se no preço (sabe o analista, sabe o mercado). Se não são conhecidos, obviamente não podem ser usados por quem faz da AF o seu modelo de investimento. Ao analisar-se um gráfico de preços que reflecte os fundamentais, estuda-se a reacção do mercado a essa valoração. Eu não preciso nem quero saber qual a posição dos gurus sobre os vários elementos da AF, até porque a doutrina diverge (escolho o guru do Barclays, do CS, do JPM, do BCP?). Para além de que a AF funda-se em matéria que pode ter sido forjada, nem vale a pena mencionar casos. Pelo contrário, o preço num gráfico não é forjado. Enfim, podes muito bem construir a mais bonita das teses segundo a AF para fundamentares um investimento que nada interessará se não houver interessados em comprar (a não ser quem queira ser herói e se dedique a fazer o preço médio). O interesse comprador mede-se pela lei da oferta e da procura e não por uma qualquer leitura dos ditos fundamentais. Neste sentido a AT passa a perna à AF a qualquer momento do dia e da noite.
Dito isto: há quem ganhe muito dinheiro usando AF? Sem dúvida? Precisarei eu dela? Não! Precisará quem nada pesca de AT? Definitivamente! Cada um no seu ramo de competências.

Abraço


Amigo BedRock, apenas para completar o raciocínio:
Seria interessante lançar um desafio que permitisse ver em acção as duas abordagens (técnica e fundamental): selecção de um activo para negociação num espaço temporal predeterminado usando AT e AF (cada um vai à guerra com as suas armas). Requisitos essenciais: que o activo possa ser representado num gráfico de preços e que os elementos de AF estejam livremente disponíveis.

Aceitaria este desafio de olhos fechados, tal como aceitei um outro que nunca chegou a ver a luz do dia (neste corro sozinho).

Neste caldeirão há várias as abordagens sob o prisma da AF, algumas delas bem bonitas, mas nunca vi (defeito meu, quiçá) uma opinião do tipo: comprar pelo valor de x. Nem me atrevo a sugerir a razão...

Abraço

O que impede de saber não são nem o tempo nem a inteligência, mas somente a falta de curiosidade - Agostinho da Silva
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Re: Fundos à la carte

por O Alquimista » 3/3/2015 0:59

R2 Escreveu:
Eu não venderia um fundo acionista só porque está acima da média mas que tivesse uma boa margem de progressão relativamente aos fundamentais da fileira do negócio onde esse fundo está inserido, só para comprar um outro fundo que estivesse com retornos inferiores à média, isto porque no outro fundo > média eu ainda posso beneficiar do efeito de arrasto do momentum, enquanto que no fundo < média há sempre um problema do timing do delay que pode ser demasiado alargado para o turnover do downside ou lateralização para o upside continuado.

Eu tinha em conta a média histórica dos preços dos ativos mas não seria com esta métrica que iria classificar se os ativos estão caros ou baratos mas sim os retornos expectáveis projetados para o futuro, porque são os preços futuros que vão dizer se o que eu compro no presente está caro ou barato e não tanto os preços passados. Uma média calculada a partir de uma série de dados com mais de um século, num processo que incorpora paradigmas de sociedade muito diferentes e a única certeza que temos é que há uma constante variável com amplitudes, por vezes, extremamente atípicas com a média, logo, por si só, a média não pode ser o indicador decisivo para o rebalanceamento do portfolio ou para vender ou comprar.

Para comprar ou vender, devem-se utilizar a AT e a AF porque ambas são complementares e em conjunto são fundamentais para o processo de decisão.
Na AT, para se ter uma maior certeza da mudança de tendência, devemos utilizar, para além das médias móveis mais curtas, uma média móvel de um prazo o mais alargado possível, mas aqui há um problema neste excesso de certeza da inversão da tendência: esta indicação já nos chegou um pouco tarde de mais e assim já perdi uma boa fatia inicial de ganhos do upside ou deixei de evitar uma boa fatia inicial de perdas do downside. O maior problema da AT é que enferma de um delay que pode ser mais ou menos significativo entre a indicação dada pela AT e a realidade das tendências com os seus princípios e fins matemáticos. A AT não nos antecipa a formação de ondas para as calvargar e apenas nos vem confirmar qual a onda que está em curso, que é favorecida pelo efeito momentum e que de algum modo protege a AT.

A AF é indispensável para um processo de investimento do tipo bottom-up ao passo que a AT para este processo vale quase zero. A AT só nos indica quais os comboios que estão em movimento mais ou menos acelerado mas quase não nos diz nada sobre a qualidade, a potência e a durabilidade da máquina do comboio, sendo que estes parâmetros só podem ser equacionados e realizados pela AF. Pela AT, eu posso entrar num comboio Lisboa-Porto rápido, mas posso ficar apeado em Coimbra porque o comboio terminou aqui a tendência em alta e ficou avariado ou inverteu para a tendência em baixa, enquanto que se entrar nesse comboio pela AF, é extremamente provável em chegar ao Porto são e salvo apesar de porventura a viagem ter demorado um pouco mais.

A AF tem em conta, designadamente, a fileira do negócio e o seu expectável desenvolvimento futuro, a inovação tecnológica e as suas implicações nas possíveis mudanças de paradigmas da sociedade, os rácios P/E, P/B, Price/Sales, P/CF, Dividend-Yield Factor, ..., projeta o crescimento estimado dos lucros com base no crescimento dos lucros históricos e nos projetados ou estimados crescimentos futuros das vendas, cash-flow, book-value, ..., enquanto a AT faz tábua rasa sobre estes parâmetros económico-financeiros fundamentais que revelam o estado de saúde da fileira do negócio e da saúde das empresas envolvidas.
Portanto, a AF faz a análise do corredor e verifica se ele estará potencialmente preparado para terminar a maratona, enquanto a AT nos diz apenas se este corredor está a correr muito ou pouco, mas o problema é que o corredor que no presente está a correr com uma velocidade acima da média dos tempos históricos dessa maratona, pode dar o estouro completo antes de cortar a meta ou arrastar-se em grande esforço de pré-falência para a cortar.

Agora digam lá qual é o articulista nacional ou estrangeiro que pega na teoria e faz este tipo de analogias para a tornar mais compreensível? :mrgreen: O BedRock vai deixar sempre 2 marcas visíveis no Caldeirão: campeão das expulsões e das analogias teórico-práticas, pelo que, quando está time out , ele faz falta ao tópico, logo pela AF não deveria ser tantas vezes expulso.:twisted:

Abraço.


Amigo BedRock,

Sendo conhecidos, todos os indicadores e métricas usadas na AF reflectem-se no preço (sabe o analista, sabe o mercado). Se não são conhecidos, obviamente não podem ser usados por quem faz da AF o seu modelo de investimento. Ao analisar-se um gráfico de preços que reflecte os fundamentais, estuda-se a reacção do mercado a essa valoração. Eu não preciso nem quero saber qual a posição dos gurus sobre os vários elementos da AF, até porque a doutrina diverge (escolho o guru do Barclays, do CS, do JPM, do BCP?). Para além de que a AF funda-se em matéria que pode ter sido forjada, nem vale a pena mencionar casos. Pelo contrário, o preço num gráfico não é forjado. Enfim, podes muito bem construir a mais bonita das teses segundo a AF para fundamentares um investimento que nada interessará se não houver interessados em comprar (a não ser quem queira ser herói e se dedique a fazer o preço médio). O interesse comprador mede-se pela lei da oferta e da procura e não por uma qualquer leitura dos ditos fundamentais. Neste sentido a AT passa a perna à AF a qualquer momento do dia e da noite.
Dito isto: há quem ganhe muito dinheiro usando AF? Sem dúvida? Precisarei eu dela? Não! Precisará quem nada pesca de AT? Definitivamente! Cada um no seu ramo de competências.

Abraço

Abraço
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 3/3/2015 0:54

Capturar 1.JPG
Capturar 1.JPG (38.98 KiB) Visualizado 6127 vezes

\:D/
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock

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Re: Fundos à la carte

por VirtuaGod » 3/3/2015 0:47

bananaman Escreveu:já fiz as contas usando o x-ray do best desde 10/2007 com os fundos
PIMCO Funds: Global Investors Series plc Global Bond Fund E Acc EUR (Hdg)
Threadneedle Investment Funds - American Smaller Companies Fund (US) Retail Net Acc (EUR)

a minha invenção: ganhou 111,3%
70/30 ganhou 109,9%
100/0 ganhou 125,9%

tinhas razão. Mais vale ficar sempre em 100% acções para rendimento máximo, ou 70/30 para um pouco menos volatilidade. andar a resgatar e a subcrever várias vezes tambem faz perder nos impostos

É isso mesmo. Testar as ideias e ver com números naquilo que teriam dado :wink:
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 3/3/2015 0:34

VirtuaGod Escreveu:
R2 Escreveu:
O Alquimista Escreveu:
(...) o que faz um investidor quando está sentado numa valorização superior à média histórica?


Para tentar garantir uma rentabilidade de médio-longo prazo superior à média, vai à procura dos ativos que estejam no passado relativamente recente com uma valorização inferior à média e que ao mesmo tempo estejam descorrelacionados com o momentum atual, mas um passivo como o Atlas continua sentado até ao fim, que de principio será sobre a média mas no fim já não sei o que possa estar por baixo do seu assento. :twisted:

Abraço.


Easier said than done. Concordando completamente contigo levanta-se outro "problema". Compro os fundos em "desconto" face à média vendendo os que estão acima da média?

Se sim quando é a altura ideal? Resumindo a um número. Sendo que os últimos 5 anos o S&P deu 20% ao ano e a média nominal histórica anda pelos 10% quando é que venderias S&P para comprar outro qualquer activo? Qual seria o valor que te colocaria como vender? 2500??/3000? Até pode não ser um valor, pode simplesmente ser uma métrica. Qual? Médias móveis? Análise técnica? Felling que está caro demais?? (este é para eu me rir de mim próprio pk desde 2011 que acho que o S&P está caro "demais" LOL)


Eu não venderia um fundo acionista só porque está acima da média mas que tivesse uma boa margem de progressão relativamente aos fundamentais da fileira do negócio onde esse fundo está inserido, só para comprar um outro fundo que estivesse com retornos inferiores à média, isto porque no outro fundo > média eu ainda posso beneficiar do efeito de arrasto do momentum, enquanto que no fundo < média há sempre um problema do timing do delay que pode ser demasiado alargado para o turnover do downside ou lateralização para o upside continuado.

Eu tinha em conta a média histórica dos preços dos ativos mas não seria com esta métrica que iria classificar se os ativos estão caros ou baratos mas sim os retornos expectáveis projetados para o futuro, porque são os preços futuros que vão dizer se o que eu compro no presente está caro ou barato e não tanto os preços passados. Uma média calculada a partir de uma série de dados com mais de um século, num processo que incorpora paradigmas de sociedade muito diferentes e a única certeza que temos é que há uma constante variável com amplitudes, por vezes, extremamente atípicas com a média, logo, por si só, a média não pode ser o indicador decisivo para o rebalanceamento do portfolio ou para vender ou comprar.

Para comprar ou vender, devem-se utilizar a AT e a AF porque ambas são complementares e em conjunto são fundamentais para o processo de decisão.
Na AT, para se ter uma maior certeza da mudança de tendência, devemos utilizar, para além das médias móveis mais curtas, uma média móvel de um prazo o mais alargado possível, mas aqui há um problema neste excesso de certeza da inversão da tendência: esta indicação já nos chegou um pouco tarde de mais e assim já perdi uma boa fatia inicial de ganhos do upside ou deixei de evitar uma boa fatia inicial de perdas do downside. O maior problema da AT é que enferma de um delay que pode ser mais ou menos significativo entre a indicação dada pela AT e a realidade das tendências com os seus princípios e fins matemáticos. A AT não nos antecipa a formação de ondas para as calvargar e apenas nos vem confirmar qual a onda que está em curso, que é favorecida pelo efeito momentum e que de algum modo protege a AT.

A AF é indispensável para um processo de investimento do tipo bottom-up ao passo que a AT para este processo vale quase zero. A AT só nos indica quais os comboios que estão em movimento mais ou menos acelerado mas quase não nos diz nada sobre a qualidade, a potência e a durabilidade da máquina do comboio, sendo que estes parâmetros só podem ser equacionados e realizados pela AF. Pela AT, eu posso entrar num comboio Lisboa-Porto rápido, mas posso ficar apeado em Coimbra porque o comboio terminou aqui a tendência em alta e ficou avariado ou inverteu para a tendência em baixa, enquanto que se entrar nesse comboio pela AF, é extremamente provável em chegar ao Porto são e salvo apesar de porventura a viagem ter demorado um pouco mais.

A AF tem em conta, designadamente, a fileira do negócio e o seu expectável desenvolvimento futuro, a inovação tecnológica e as suas implicações nas possíveis mudanças de paradigmas da sociedade, os rácios P/E, P/B, Price/Sales, P/CF, Dividend-Yield Factor, ..., projeta o crescimento estimado dos lucros com base no crescimento dos lucros históricos e nos projetados ou estimados crescimentos futuros das vendas, cash-flow, book-value, ..., enquanto a AT faz tábua rasa sobre estes parâmetros económico-financeiros fundamentais que revelam o estado de saúde da fileira do negócio e da saúde das empresas envolvidas.
Portanto, a AF faz a análise do corredor e verifica se ele estará potencialmente preparado para terminar a maratona, enquanto a AT nos diz apenas se este corredor está a correr muito ou pouco, mas o problema é que o corredor que no presente está a correr com uma velocidade acima da média dos tempos históricos dessa maratona, pode dar o estouro completo antes de cortar a meta ou arrastar-se em grande esforço de pré-falência para a cortar.

Agora digam lá qual é o articulista nacional ou estrangeiro que pega na teoria e faz este tipo de analogias para a tornar mais compreensível? :mrgreen: O BedRock vai deixar sempre 2 marcas visíveis no Caldeirão: campeão das expulsões e das analogias teórico-práticas, pelo que, quando está time out , ele faz falta ao tópico, logo pela AF não deveria ser tantas vezes expulso, sendo que talvez me safasse mais se fosse analisado só por um dos 3 membros da moderação do fórum, mas como a decisão é colegial, estou feito, pois é maioritariamente feita pela AT e não pela AF.:twisted:

Abraço.
Editado pela última vez por R2 em 3/3/2015 1:01, num total de 2 vezes.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock

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Re: Fundos à la carte

por bananaman » 3/3/2015 0:15

VirtuaGod Escreveu:
bananaman Escreveu:não fiz calculos


Parei de ler aqui :lol:

Agora mais a sério, o "acho que" deve ser das expressões que leva mais pessoas a perder dinheiro nos mercados. Calcula isso e depois diz qualquer coisa.

Se calhar ficavas espantado com os resultados. Estarias em versão cautelosa desde 1 de Março de 2012, entretanto o S&P subiu 60% mas deixa lá, ao menos tinhas algo desenvolvido por ti e uma segurança ilusória que o $ não pode comprar :wink:



já fiz as contas usando o x-ray do best desde 10/2007 com os fundos
PIMCO Funds: Global Investors Series plc Global Bond Fund E Acc EUR (Hdg)
Threadneedle Investment Funds - American Smaller Companies Fund (US) Retail Net Acc (EUR)

a minha invenção: ganhou 111,3%
70/30 ganhou 109,9%
100/0 ganhou 125,9%

tinhas razão. Mais vale ficar sempre em 100% acções para rendimento máximo, ou 70/30 para um pouco menos volatilidade. andar a resgatar e a subcrever várias vezes tambem faz perder nos impostos
 
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Re: Fundos à la carte

por VirtuaGod » 2/3/2015 23:23

Rick Lusitano (New) Escreveu:Queres que peça o M&G Income Allocation em versão ACC? :wink:


Quando tiver 3 anos+ e passar por uma crise eu penso em o incluir na carteira, até lá sou só espectador!!
Artigos e estudos: Página repositório dos meus estudos e análises que vou fazendo. Regularmente actualizada. É costume pelo menos mais um estudo por semana. Inclui a análise e acompanhamento das carteiras 4 e 8Fundos.
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Re: Fundos à la carte

por guernica » 2/3/2015 23:19

Estou indeciso entre estes dois fundos de small caps:
T. Rowe Price US Smaller Cos Eq A EUR
Threadneedle Amer Sm Cos (US)Ret Net Acc EUR
O da Threadneedle apresente um melhor rácio de Sharpe a 1 e a 3 anos.
Qual a vossa opinião ?
 
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 2/3/2015 22:58

GC14 Escreveu:
Rambaldi Escreveu:
R2 Escreveu:Os 2 fundos pertencem a categorias diferentes e têm politicas e estratégias de investimento diferentes. O MFS é classificado pela Morningstar como pertencente à categoria Cap. Flexível, mas na realidade ele é um fundo de médias e pequenas empresas, sendo que na Muito Grande Cap. tem 0% enquanto que o JPMorgan tem 40.02%. Este último pertence à categoria Grande Crescimento e como tal será mais arriscado no bear que os fundos tipo value e que os da capitalização flexível.


Amigo R2,
O MFS deve estar na cat Cap. Flexível para ter a liberdade de investir em empresas de grande capitalização. Mas pelo próprio nome do fundo é um fundo de small caps. Escolhi também este porque as Small caps costumam ter melhores comportamentos em bull market do que as empresas de grande capitalização. Por outro lado em períodos de bear market costumam ter maiores drawdowns do que as de grande capitalização. Foi também este o critério que utilizei porque há boas perspectivas, embora com uns estímulos artificiais, de vir um bull market na Europa. Assim, posicionei-me numa lancha mais rápida, leve e manobrável para tentar navegar umas ondas e captar os retornos. Em tempos deste um exemplo engraçado com lanchas e barcos.



R2 e Rambaldi,

Fiquei baralhado com estas afirmações relativamente ao comportamento dos fundos de acções de Cap. Flexivel, Pequeno/medio e Grande.


GC14,
Relativamente ao meu parágrafo citado diz-me qual é o teu contra-argumento para depois eu contra-argumentar o teu contra-argumento do meu argumento inicial.
Uma pessoa quando fica baralhado, a 1ª coisa que tem de dizer é qual é a coisa que o está a baralhar e o porquê desse baralhanço.

Se não souberes distinguir o investimento tipo growth do tipo value, por exemplo, diz que eu republico um post que fiz para aí há 2 anos no tópico do VG, quando comecei a escrever sobre estas temáticas.

Abraço.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock

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Re: Fundos à la carte

por Rick Lusitano » 2/3/2015 22:44

VG, também não precisas ficar irritado com os nuestros hermanos. Eles não tem culpa, de não terem muitos conhecimentos financeiros. Do pouco que participei dos fóruns Espanhóis, denota-se uma fome de conhecimentos. Ainda ontem li, que os Espanhóis, são o povo da Europa que mais investe em fundos de investimento.


O M&G OI está em máximos. As pessoas estão é mal habituadas. Já só vêm as valias de 1% ou mais. :lol:

Queres que peça o M&G Income Allocation em versão ACC? :wink:
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Re: Fundos à la carte

por Rick Lusitano » 2/3/2015 22:27

VirtuaGod Escreveu:
Rick Lusitano (New) Escreveu:
VirtuaGod Escreveu:Sigo este fundo desde o seu início e tenho ficado sistemáticamente surpreendido mas o pouco histórico tem me deixado de pé atrás.

O que vos parece?

http://www.morningstar.it/it/funds/snap ... F00000QOJA


Os Espanhóis andam todos locos com este misto, em sentido contrário, estão menos contentes com o misto M&G Optimal Income. :wink:

Tem pouco histórico, não conheço o gestor. E como sabes, não sou fã de mistos, a não ser que sejam, algo especiais.


Tão menos contentes que mudem lol Este pessoal não lê os comentários mensais deles? Ou querem que um fundo com uma duration de 2.x e praticamente sem acções tenha melhor performance que um com duration de 6.X e com 40% de acções :-k

Se os mercados tivessem caído estavam satisfeitíssimos com o O.I. e a resmungar do Income Allocation. Valha-me Deus, não sabem analisar as performance de forma relativa??? Se querem performance absoluta que comprem Small Caps!!



Já não fui a tempo, editei o meu comentário:

Rick Lusitano (New) Escreveu:
VirtuaGod Escreveu:Sigo este fundo desde o seu início e tenho ficado sistemáticamente surpreendido mas o pouco histórico tem me deixado de pé atrás.

O que vos parece?

http://www.morningstar.it/it/funds/snap ... F00000QOJA


Os Espanhóis andam todos locos com este misto, em sentido contrário, estão menos contentes com o misto M&G Optimal Income. :wink:

Tem pouco histórico, não conheço o gestor. E como sabes, não sou fã de mistos, a não ser que sejam, algo especiais.


Porquê a versão em INC, se tens em ACC? :wink:

GB00BBCR3283 - M&G Income Allocation Fund Euro A Acc
http://www.morningstar.es/es/funds/snapshot/snapshot.aspx?id=F00000QOJ9


Esse fundo tem uma grande alocação ao RU e EUA (cerca 60%) e como sabes o EURGBP e o EURUSD, tem sido favoravel ao GBP e ao USD. :wink:
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 2/3/2015 22:24

VirtuaGod Escreveu:
Tulipanegra Escreveu:Isto é um bom sinal, ou vem ai quedas?

Não é necessáriamente sinal que vêm aí quedas mas tb me preocupa um pouco. A minha Watchlist no Financial Times tem cerca de 30 fundos e Sexta de manhã pela primeira vez (tenho-a há 2 anos) apareceu-me o "aviso" da imagem abaixo.

Assumindo que tem todo o tipo de fundos, desde o obrigacionista mais defensivo ao accionista dos mercados emergentes fiquei um pouco :shock: Para além disso acho que o TOP 5 era tudo fundos a subir mais de 1%


Confesso que me preocupa tanto verde... VG no meu quadro do FT tenho como losers hoje, o World Gold e o Greater China...
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Re: Fundos à la carte

por GC14 » 2/3/2015 22:23

Rambaldi Escreveu:
R2 Escreveu:Os 2 fundos pertencem a categorias diferentes e têm politicas e estratégias de investimento diferentes. O MFS é classificado pela Morningstar como pertencente à categoria Cap. Flexível, mas na realidade ele é um fundo de médias e pequenas empresas, sendo que na Muito Grande Cap. tem 0% enquanto que o JPMorgan tem 40.02%. Este último pertence à categoria Grande Crescimento e como tal será mais arriscado no bear que os fundos tipo value e que os da capitalização flexível.


Amigo R2,
O MFS deve estar na cat Cap. Flexível para ter a liberdade de investir em empresas de grande capitalização. Mas pelo próprio nome do fundo é um fundo de small caps. Escolhi também este porque as Small caps costumam ter melhores comportamentos em bull market do que as empresas de grande capitalização. Por outro lado em períodos de bear market costumam ter maiores drawdowns do que as de grande capitalização. Foi também este o critério que utilizei porque há boas perspectivas, embora com uns estímulos artificiais, de vir um bull market na Europa. Assim, posicionei-me numa lancha mais rápida, leve e manobrável para tentar navegar umas ondas e captar os retornos. Em tempos deste um exemplo engraçado com lanchas e barcos.


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