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Caldeirão da Bolsa

Fundos à la carte

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Fundos à la carte

por R2 » 18/2/2015 17:12

Boas,

Beware the Macro Value Trap.

http://www.pragcap.com/beware-the-macro-value-trap

"I’ve discussed my general disdain for the idea of “value investing” at some length (see here and here), but it’s worth reiterating at times because it’s such a common theme in the investment world. “Value investing” is generally an approach that is applied to stock picking, but has garnered increasing attention in the macro world as well. That is, we tend to often look at the aggregate markets as either being “undervalued” or “overvalued”. I just don’t see how this concept has much value to an investor who thinks in a macro indexing sense.

The most common example of how misleading this perspective can be is Robert Shiller’s CAPE ratio. This index is at its highest level since 2007 and at 27.6 is at a very high historical level:


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capture1.jpg (45.51 KiB) Visualizado 6353 vezes


The only problem here is that the average CAPE ratio since 1880 has been 16.5, however, since 1990 it has averaged 25.25. As I’ve described before, the concept of value is dynamic. That is, you could go decades believing the market is “overvalued” when the market itself actually perceives valuations as being perfectly rational. The market is a beauty contest and no matter how ugly you think it might be, if the other voters think the market is beautiful then you’re on the losing side of the trade. There is no hard and fast rule that says that just because the market was “undervalued” at 16.5 for 100 years that it can’t be “undervalued” at 20 in a new regime. The markets change, its participants change and perceptions change. So the concept of what is beautiful could change over time. Yes, the “new normal” of market valuations could very well be 20 or 25 now. We just don’t know.

This makes the concept of value a very tricky indicator in a macro sense. And as we’ve transitioned into the world where asset picking is the new stock picking some of the old stock picking concepts have filtered into the world of indexing. The problem is, many of them aren’t nearly as useful for macro indexing as they are at the individual stock picking level. So beware the fallacy of composition here – what works at the individual stock level doesn’t necessarily work in the aggregate."


Abraço.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock

Em vez de seguires o mercado, faz com que ele te siga a ti. - BedRock
Toma o ganho antes que a perda tome conta de ti. - BedRock
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 18/2/2015 16:32

¿Qué esta pasando con los Nordea Stable?
by Luisunience 00:20 on February 18 2015

Acabo de leer un hilo en Rankia donde los intervinientes se preguntan a cerca de la mala racha que llevan los fondos de la serie Nordea Stable desde el 20 de enero (hace poco se habló aquí del Nordea-1 Stable Return), incluso se ha llamado/escrito a la gestora y al parecer esta es la respuesta que han dado acerca de este fondo:

El fondo que comenta tiene un objetivo de preservar el capital y generar rentabilidades estables en un horizonte de inversión de 3 años por lo que pueden producirse rentabilidades negativas con periodicidad diaria.

Le comunico que nosotros no tratamos con clientes privados directamente. Los inversores privados de España deben ponerse en contacto con cualquiera de las Entidades Comercializadoras que aparecen en la página web de la Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV) para participar, así como obtener información sobre nuestros fondos.
www.cnmv.es/Portal/Consul...

Pues vaya con los vikingos (perdón, no quiero ofender), podían dar algún tipo de explicación oficial. No sé, que te remitan a la entidad que te lo vendió, mala política de comunicación.

¿No hay ningun experto en Unicence que sepa algo?
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Re: Fundos à la carte

por chico_laranja » 18/2/2015 16:29

Gráficos interessantes R²

A explicação no post anterior dos Rácios e afins também tem muita informação importante :clap:

Obrigado
Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
Um abraço e bons investimentos.
 
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 18/2/2015 16:18

Boas,

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Abraço.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock

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Re: Fundos à la carte

por chico_laranja » 18/2/2015 11:12

GC14 Escreveu:LOL Excelente analogia!!!

Portanto, para isso mais vale ter um motorista profissional..


Define motorista profissional :twisted:

Se é o vendedor do banco mais vale o lazy que tens aí desenhado :-"

Como os valores não são muito elevados faz contas à vida para aquisições e detenções pois essas taxas estão escondidas nas comparações dos gráficos mas isto é levantar novamente poeira da guerra Passivo Vs Activo e tem demasiado urânio empobrecido tornando-se tóxica :wall:
Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
Um abraço e bons investimentos.
 
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 18/2/2015 10:50

GC14 Escreveu:
R2 Escreveu:Boas,


O que você deve saber sobre os processos de investimento: limitações da gestão passiva, a falsa e a verdadeira gestão ativa avaliada pelas métricas do active share, do R2 e do tracking error, o paradoxo da teoria CAPM e as finanças comportamentais.


R2, o teu post é extremamente interessante!

Neste momento estou a equacionar a subscrição da seguinte carteira de ETFs no BEST com 5k€.

Peso Categoria Denominação comercial Rate ISIN Bloomberg (Ticker) Características
50% Ações Global Cap. Grande iShares Core MSCI World UCITS ETF (EUR) IWDA 5 IE00B4L5Y983 IWDA Acc + Directa
50% Obrigações Gov. EUR Lyxor UCITS ETF EuroMTS High Rated MW Govt Bond(EUR) 4 FR0010820258 MAA Acc + Directa

Peço desculpa o off topic....
Se não distingues muito bem os vários sinais de trânsito, então o melhor é seguires esses 2 veículos globais, mas já sabes, dado que esses veículos não têm condutor, se os mesmos chocarem contra um muro de betão, tu vais então testar a tua capacidade de resistência ao choque, tipo carrinhos de choque sem volante em que não nos podemos desviar dos obstáculos, mesmo quando os vemos de perto, entendes? :twisted:


LOL Excelente analogia!!!

Portanto, para isso mais vale ter um motorista profissional..


Mas olha que profissional pode não corresponder a competência. E mesmo as pessoas sábias à época cometem erros primários, como que o cérebro fizesse um break de raciocínio, como aconteceu com a teoria da geração espontânea formulada pelo sábio Aristóteles, em que a mesma assentava nas suas observações em constatar que habitualmente onde estava um monte de roupa suja apareciam ratos, daí ele apressou-se a formular aquela teoria de "break cerebral" que dizia que os ratos se geravam espontâneamente da roupa suja ou da sujidade. O que o grande sábio se esqueceu foi de um procedimento básico experimental de contra-prova de validação da sua teoria: pegar nesses montes de roupa suja aonde apareciam os ratos e mandar lavá-la e depois verificar se os ratos continuavam a aparecer. O grande sábio, na altura, não teve a perspicácia de entender que os ratos só apareciam no monte de roupa suja porque eram atraídos pelo mau odor da roupa (por isso é que se chama de "rata" a um outro tipo de local também húmido, em que, por vezes, também aparecem maus odores), que para eles poderia significar comida, tal como os ratos aparecem no seu habitat natural nas canalizações de esgotos.

Abraço.
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Re: Fundos à la carte

por Hugo Leandro M. Coelho » 18/2/2015 10:31

bucks Escreveu:
hugoleandro.coelho Escreveu:AXA WF Glbl High Yield Bonds E(H)-C EUR (LU0189847253) 10%
PIMCO GIS Diversified Inc E EUR Hdg Acc (IE00B1Z6D669) 7%

Com estes 2 fundos negativos, acham que os devo manter?


Tens Hi-yield e não está favorável actuamente. Agora depende da % de perdas...


Ambos vão com cerca de -3%...
Achas que devo reduzir, visto ambos equivalerem a cerca de 15% da carteira?
 
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Re: Fundos à la carte

por GC14 » 18/2/2015 9:25

R2 Escreveu:
GC14 Escreveu:
R2 Escreveu:Boas,


O que você deve saber sobre os processos de investimento: limitações da gestão passiva, a falsa e a verdadeira gestão ativa avaliada pelas métricas do active share, do R2 e do tracking error, o paradoxo da teoria CAPM e as finanças comportamentais.



R2, o teu post é extremamente interessante!

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LOL Excelente analogia!!!

Portanto, para isso mais vale ter um motorista profissional..
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Re: Fundos à la carte

por VirtuaGod » 18/2/2015 0:57

R2 Escreveu:
VirtuaGod Escreveu:
R2 Escreveu:O que você deve saber sobre os processos de investimento: limitações da gestão passiva, a falsa e a verdadeira gestão ativa avaliada pelas métricas do active share, do R2 e do tracking error, o paradoxo da teoria CAPM e as finanças comportamentais.


Excelente post. Quais são as fontes/papers que usaste?

Obr


http://faculty.som.yale.edu/anttipetajisto/active50.pdf
http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm? ... _id=891719
http://rfs.oxfordjournals.org/content/2 ... 3O1M6QvzdG
http://www.petajisto.net/media/20110401w.pdf
http://static.pulso.cl/20141003/2013779.pdf


Obr
Artigos e estudos: Página repositório dos meus estudos e análises que vou fazendo. Regularmente actualizada. É costume pelo menos mais um estudo por semana. Inclui a análise e acompanhamento das carteiras 4 e 8Fundos.
Portfolio Analyser: Ferramenta para backtests de Fundos e ETFs Europeus

"We don’t need a crystal ball to be successful investors. However, investing as if you have one is almost guaranteed to lead to sub-par results." The Irrelevant Investor
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 18/2/2015 0:04

bucks Escreveu:R2, posso salientar que a meu ver (na minha opinião pessoal), o gás é o futuro e esse fundo tem 45% alocado em energia (mesmo petróleo igualmente). Penso que o petróleo deverá estabilizar, ou seja, subir um pouco mas não aos níveis de outros tempos...

Abraço...


O futuro do futuro serão sempre as energias renováveis não poluentes ou que gerem menos poluição direta e indireta, e dentro dessas a solar será sempre a mais importante, só é preciso é que aumente cada vez mais o rendimento de conversão energética dos painéis solares (apenas da ordem dos 25%) e que os custos dos factores de produção das estações solares fotovoltaicas ou térmicas continuem numa mais acelerada baixa de preços, e aí os combustíveis fósseis líquidos altamente poluentes (crude), que são esgotáveis, já eram.

O gás natural é muito menos poluente que o petróleo, pois da sua combustão resulta CO2 e H2O e não óxidos de enxofre e de azoto altamente poluidores, como no caso do petróleo, pelo que a combustão do gás natural só tem um problema, que o petróleo também tem: efeito de estufa do CO2, dado que contribui para o aumento da temperatura media global da Terra => aumento das áreas em processo de desertificação => menores áreas de terras agrícolas, maior degelo das calotes polares => aumento do nível médio da água dos oceanos => deslocação de uma grande parte da população mundial por maioritariamente viver em orlas costeiras. Mas isso não vai ser para a nossa geração nem para a geração dos netos e até lá pode ser que os decisores políticos, em particular os chineses, tenham juízo.

Abraço.
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 17/2/2015 23:18

VirtuaGod Escreveu:
R2 Escreveu:O que você deve saber sobre os processos de investimento: limitações da gestão passiva, a falsa e a verdadeira gestão ativa avaliada pelas métricas do active share, do R2 e do tracking error, o paradoxo da teoria CAPM e as finanças comportamentais.


Excelente post. Quais são as fontes/papers que usaste?

Obr


http://faculty.som.yale.edu/anttipetajisto/active50.pdf
http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm? ... _id=891719
http://rfs.oxfordjournals.org/content/2 ... 3O1M6QvzdG
http://www.petajisto.net/media/20110401w.pdf
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Re: Fundos à la carte

por VirtuaGod » 17/2/2015 22:35

R2 Escreveu:O que você deve saber sobre os processos de investimento: limitações da gestão passiva, a falsa e a verdadeira gestão ativa avaliada pelas métricas do active share, do R2 e do tracking error, o paradoxo da teoria CAPM e as finanças comportamentais.


Excelente post. Quais são as fontes/papers que usaste?

Obr
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 17/2/2015 22:16

R2, posso salientar que a meu ver (na minha opinião pessoal), o gás é o futuro e esse fundo tem 45% alocado em energia (mesmo petróleo igualmente). Penso que o petróleo deverá estabilizar, ou seja, subir um pouco mas não aos níveis de outros tempos...

Abraço...
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 17/2/2015 22:11

R2 Escreveu:
bucks Escreveu:R2,

Equity Russia Opportunities
+31.15%


:twisted:


Tiveste a sorte e a sabedoria de teres entrado na melhor altura (queda brutal do rublo), tendo sido, felizmente, o contraponto à entrada no Brasil na pior altura de 2014. Agora é preciso ter cuidado para entrar na Rússia, devido à grande incerteza dos preços do petróleo, uma vez que há um grande excedentário de reservas de crude, resultante da sobreexploração do crude de xisto nos EUA, que foi o factor responsável pela queda brutal do preço do mesmo.

É claro que esta queda do preço só pode ser invertida para uma subida continuada, desde que se façam cortes na produção de crude para diminuir a oferta => aumentar o preço, mas para isso é preciso que a OPEP se entenda, o que não está fácil devido a interesses divergentes entre alguns dos seus membros, sendo que esta falta de entendimento está a por em causa a credibilidade da ex-toda-poderosa OPEP.

Abraço.


Amundi Funds - Equity India Infrastructure
+4.00%

:twisted:
E posso salientar que o Fidelity EMEA também está calmo. Ainda é cedo nestes...
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 17/2/2015 22:00

GC14 Escreveu:
R2 Escreveu:Boas,


O que você deve saber sobre os processos de investimento: limitações da gestão passiva, a falsa e a verdadeira gestão ativa avaliada pelas métricas do active share, do R2 e do tracking error, o paradoxo da teoria CAPM e as finanças comportamentais.



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Re: Fundos à la carte

por R2 » 17/2/2015 21:31

bucks Escreveu:R2,

Equity Russia Opportunities
+31.15%


:twisted:


Tiveste a sorte e a sabedoria de teres entrado na melhor altura (queda brutal do rublo), tendo sido, felizmente, o contraponto à entrada no Brasil na pior altura de 2014. Agora é preciso ter cuidado para entrar na Rússia, devido à grande incerteza dos preços do petróleo, uma vez que há um grande excedentário de reservas de crude, resultante da sobreexploração do crude de xisto nos EUA, que foi o factor responsável pela queda brutal do preço do mesmo.

É claro que esta queda do preço só pode ser invertida para uma subida continuada, desde que se façam cortes na produção de crude para diminuir a oferta => aumentar o preço, mas para isso é preciso que a OPEP se entenda, o que não está fácil devido a interesses divergentes entre alguns dos seus membros, sendo que esta falta de entendimento está a por em causa a credibilidade da ex-toda-poderosa OPEP.

Abraço.
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Re: Fundos à la carte

por GC14 » 17/2/2015 21:02

R2 Escreveu:Boas,


O que você deve saber sobre os processos de investimento: limitações da gestão passiva, a falsa e a verdadeira gestão ativa avaliada pelas métricas do active share, do R2 e do tracking error, o paradoxo da teoria CAPM e as finanças comportamentais.



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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 17/2/2015 20:10

R2,

Equity Russia Opportunities
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:twisted:
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 17/2/2015 19:51

GESTORAS ESTRANGEIRAS EM PORTUGAL
Mais de 60 entidades estrangeiras registadas em Portugal
Wellington e T. Rowe Price são as mais recentes entidades internacionais a disponibilizarem produtos em Portugal.


Já são mais de seis dezenas as entidades estrangeiras que apresentam fundos registados em Portugal, segundo dados publicados pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Comparando com a última atualização realizada pela Funds People Portugal, encontramos mais duas entidades a operar no nosso país: a Wellington e a T. Rowe Price. A entidade comercializadora em Portugal da Wellington é o Banco Comercial Português enquanto que no caso da T.Rowe Price é o Banco Best, conforme lhe tínhamos dado conta aquando desse lançamento.

Já em relação ao número de produtos disponíveis, houve um aumento para 130. Desses, 123 são UCITS com os restantes 7 a serem fundos não harmonizados. No total existem cerca de 2.500 sub-fundos. Já em termos de distribuição por países, o Luxemburgo lidera com cerca de 80% do total dos sub-fundos, com a Irlanda na segunda posição com quase 13%.

Além das entidades com a sua génese a ser nacional, como é o caso da Atrium, do BPI por meio do BPI Global Investment Fund Management Company e ainda a GNB Gestão de Activos com o seu braço luxemburguês, ainda denominado de ESAF International Management, existem também as seguintes entidades internacionais registadas em Portugal: Alken, Alliance Bernstein, Allianz, Amundi, AXA, Barclays, BBVA, BlackRock, BNP Paribas, BNY Mellon, Bradesco, BTG Pactual, Comstage, Credit Suisse, Dexia, DWS, Edmond Rotschild, Ethna, Eurizon, F&C, Fideliy, Franklin Templeton Investment, GAM, GLG Partners Asset Management, Goldman Sachs, Henderson, HSBC, ING, Invesco, J.P. Morga, Julius Baer, Legg Mason, MDO Management Company, Merrill Lynch, MFS Meridien Funds, Mirabaud, Morgan Stanley, Muzinich, Neuberger Berman Investment Funds, Nevastar Finance, NexAM, Nomura, Nordea, Pictet, Pimco, Pioneer, RBS, Santander, Schroders, Silk Invest, Skandia, Threadneedle, T.Rowe Price, UBS, Union Bancaire Privée, Vontobel e Wellington.
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 17/2/2015 18:43

O Alquimista Escreveu:Quando o nosso telefona toca não queremos ouvir...
http://www.marketwatch.com/story/5-thin ... atest_news

O meu nunca tocou. O "dele", sim, farta-se de tocar. Ou melhor, fartou-se de tocar até que eu me fartei.


Amigo Alquimista,

O problema é que a nossa capacidade para ouvir sons é limitada, sendo que não conseguimos ouvir ultrassons ao contrário dos morcegos, os quais utilizam estes sons de alta frequência para se orientarem na escuridão (do mercado bolsista) e para detetarem presas (stock picking). A raça humana para além de ser um pouco "dura" de ouvidos, é também muito teimosa ... e aí para os mais teimosos, a membrana do tímpano dos ouvidos ainda é mais "dura".

Abraço.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock

Em vez de seguires o mercado, faz com que ele te siga a ti. - BedRock
Toma o ganho antes que a perda tome conta de ti. - BedRock
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Re: Fundos à la carte

por O Alquimista » 17/2/2015 17:41

Quando o nosso telefona toca não queremos ouvir...
http://www.marketwatch.com/story/5-thin ... atest_news

O meu nunca tocou. O "dele", sim, farta-se de tocar. Ou melhor, fartou-se de tocar até que eu me fartei.
"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." - Samuel Becket
Pára de dar crédito fácil ao que lês e ouves, escuta o que o preço está a fazer e olha para o que te rodeia. - O Alquimista
 
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 17/2/2015 17:19

Boas,

Small Caps da Asia ex Japão.

Este grupo de fundos de small caps da Asia excluindo o Japão, tem tido desde 2012 (inclusive) melhores performances que os fundos de ações de maior capitalização bolsista da Asia, tendo passado incólumes pelo ano de 2013 desastroso para a categoria de Ações Asia ex Japão, sendo que no fórum não se tem dada a devida importância às small caps da Asia.

Mais abaixo, vou apresentar uma tabela das melhores rentabilidades sequenciais YTD deste grupo de fundos de small caps, e depois apresento uma imagem do melhor fundo do grupo, nos últimos 3 anos, da Fidelity que tem um RS = 2.07, DP = 11.14% e Rent. = 25.96%.

Eu subscrevi o fundo Schroder ISF Asian Smaller Coms B USD porque tem mais margem de progressão em 2015 que o da Fidelity, para além de também ser um bom fundo.
http://www.morningstar.pt/pt/funds/snap ... F0GBR061JX

Capturar 2.JPG
Capturar 2.JPG (78.41 KiB) Visualizado 6912 vezes


Capturar 3.JPG
Capturar 3.JPG (67.83 KiB) Visualizado 6912 vezes


Abraço.

P.S. Quando há pouco mais de uma semana disse que ia subscrever um fundo da Rússia, no último momento recuei pelo factor de segurança de curto prazo, devido particularmente às incertezas do preço do petróleo, e fui para um fundo do Japão da JPMorgan:
http://www.morningstar.pt/pt/funds/snap ... F0GBR04MYH
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Re: Fundos à la carte

por chico_laranja » 17/2/2015 10:47

Rick Lusitano (New) Escreveu:
chico_laranja Escreveu:
GC14 Escreveu:Bom dia,

Estes são os fundos que tenho no vermelho.
Gostava de saber qual a vossa opinião? Devo manter ou resgatar? Qual é a vossa perspectiva para 2015?

Templeton Global Total Return N Acc € H1 -> - 2,55%

AXA WF Global High Yield Bonds E Capitalisation EUR hedged (95%) -> - 1,93%

Franklin European Growth N Acc € -> - 1,08%

Franklin Biotechnology Disc N Acc $ -> Será este um bom ano?


Templeton TR estás a sofrer por teres a versão Hedged. Se tivesses o irmão gémeo sem hedge só este ano estarias com +7.3YTD.

(...)



Esse ganho é apenas cambial, o fundo propriamente não está com melhor desempenho, senão repara (Chico, sei que sabes, é apenas, para a comunidade não ficar induzida em erro, e ver o desempenho dos Hedges cambiais.): :wink:

Morningstar/BB Escreveu:Rendibilidade % (EUR) 13-02-2015
LU0170477797 - Templeton Glbl Total Return N Acc $ :arrow: +0,41% (retorno real do fundo, em USD. Convertido para EUR, é +6,55%)

LU0294221253 - Templeton Glbl Total Return N Acc €-H1 :arrow: +0,52%

LU0260870745 - Templeton Glbl Total Return N Acc € :arrow: +6,62%


Fonte: Morningstar/BB

Chico, comparando as versões com e sem Hedge Cambial, qual escolherias, para o longo prazo?


Eu uso o sem hedge ;D

No longo prazo acredito que a cotação actual do par EURUSD é um ponto +- de equilíbrio e que no curto prazo pode ir para um lado ou para o outro mas volta a este ponto.

No passado recente o USD desvalorizou devido às intervenções da FED e os seus QEs. Agora está a valorizar e continuará a valorizar com o fim dos QEs e das políticas expansionistas americanas e com o apostar nessas políticas por parte do Super Mário (embora o Sr Schauble não tenha gostado nada) é a vez do Euro desvalorizar.

A desvalorização do Euro não será tão violenta como foi a do USD pois estaríamos a encarecer bastante a matéria prima primordial: Crude coisa que países com Euro não produzem e os americanos produzem e cada vez em maior quantidade com as notas técnicas de extracção do petróleo de xisto.

Os americanos ao desvalorizar o USD não estavam a encarecer a sua energia ao contrário dos europeus e aí está um ponto fraco do EUR/Zona Euro em relação ao USD/EUA daí o ponto de equilíbrio não ser a paridade mas algo nos 1.1 a 1.2. Basicamente a Zona Euro não tem poder económico para baixar o EUR até à paridade.

DISCLAIMER: Como já disse e volto a referir. Esta área das políticas e cenários macro e microeconómicos não são o meu forte e isto é apenas a minha opinião pessoal que pode ser enviesada por vários factores (maneira de ser, ser europeu, ser de um país do sul da Europa, religião, trabalho, formação, blá blá blá, whiskas saquetas........)
Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
Um abraço e bons investimentos.
 
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 17/2/2015 3:36

Boas,


O que você deve saber sobre os processos de investimento: limitações da gestão passiva, a falsa e a verdadeira gestão ativa avaliada pelas métricas do active share, do R2 e do tracking error, o paradoxo da teoria CAPM e as finanças comportamentais.



1. Limitações da gestão passiva de fundos.

A gestão passiva de investimento através da utilização de index funds ou de ETF’s passivos que replicam os respetivos índices dos mercados bolsistas de acordo com a sua capitalização bolsista (a capitalização bolsista de uma empresa corresponde aos valores que a mesma vai tendo em bolsa de acordo com a flutuação do preço das sua ações, sendo que o valor dessa capitalização é igual ao preço da ação a multiplicar pelo nº de ações em circulação), apresenta diversas limitações teóricas estruturais de base de maximização dos retornos, que a seguir vou enumerar:

a) O maior sucesso do investimento, com a maximização do lucro, corresponde à utilização da estratégia do tipo value ou contrarian que se traduz no comprar barato e vender caro.
Ora, os fundos passivos tendem a fazer exatamente o contrário, uma vez que, ao fazerem a sua alocação de ativos de acordo com a sua capitalização bolsista, estão a sobreponderar os grandes vencedores de ontem, logo ativos mais caros e logicamente com menor potencial de valorização futura, estando assim a perpetuar no tempo o efeito momentum (quer dizer que se um ativo está, no presente, num processo de valorização, então a sua tendência seria continuar essa valorização no futuro mais próximo), o qual incorpora um conceito de um mercado não totalmente livre entre a oferta e a procura, devido a esse arrastamento temporal dos preços provocado por esse efeito momentum.

Por exemplo, a Apple, desde que foi conhecido o recente relatório que indica um lucro brutal sobre as vendas, tem tido uma elevada valorização do valor de cotação das suas ações e dado que se manteve e não diminuiu o nº de ações em circulação dessa empresa, então o aumento do preço da ação implica um aumento da sua capitalização bolsista (o que ela vale em bolsa), pelo que a alocação dos fundos passivos que replicam os indices em função dos valores da capitalização bolsista, estão a sobreponderar os ativos da Apple e assim estão a comprar ativos cada vez mais caros, que é contrário ao investimento tipo value ou contrarian tão do gosto do Buffett e que lhe tem trazido retornos de médio-longo prazo fabulosos.

b) Outra limitação estrutural dos fundos passivos diz respeito ao facto de que os mesmos não têm em conta nem os fundamentais nem a avaliação (valuation) da valorização/desvalorização dos ativos constituintes do seu portfolio. Assim, podem estar a incorporar riscos significativos e desnecessários na sua alocação, que é cega quanto à diferenciação desses 2 factores essenciais da análise fundamental e alocam apenas o capital em função do tamanho dos ativos, de acordo com a capitalização bolsista, em vez de alocarem em função dos retornos esperados e dos respetivos riscos inerentes constantes do processo de valuation dos ativos. Ou seja, alocam em função da quantidade e não da qualidade.

c) A gestão passiva não podia existir se não houvesse gestão ativa, pois são os gestores ativos que, ao praticarem a due diligence às empresas (vão diretamente às empresas verificar e analisar todos os dados sobre a produção, vendas, inovação tecnológica, saúde financeira e todo o processo da fileira do negócio), facilitam a descoberta de preços mais ou menos atrativos e assim contribuem para a existência de mais e melhor mercado competitivo, pois caso contrário, na ausência de mercado livre e competitivo, também não haveria índex funds pois não existia nada para replicar (para replicar um portfolio de ovos, é preciso que hajam galinhas poedeiras).

A grande crítica que se faz à gestão ativa dos fundos é de que a mesma gera maioritariamente menos rentabilidade do que os respetivos index funds depois de comissões. E isso é um facto, pois os desequilíbrios entre as rentabilidades da gestão passiva e ativa têm essencialmente a ver com os desequilíbrios das respetivas taxas cobradas, sendo que esta diferença perpetuada no tempo tem um efeito similar mas contrário ao dos juros compostos (capitalização), por isso é que, no longo prazo, essas diferenças nas rentabilidades médias dos 2 tipos de gestão são ainda mais acentuadas.

Só que este problema das rentabilidades médias da gestão ativa é o resultado dessa realidade matemática da diferença de comissões e não propriamente da gestão ativa em si, pelo contrário. Segundo o principio fundamental de Sharpe, a soma acumulada de todos os investimentos seria igual ao retorno do mercado, o que exclui as comissões. Por isso o mal não está na gestão ativa, está sim na matemática da diferença das taxas pagas, isto porque uma gestão ativa com um processo adequado de stock picking de value, deve dar sempre melhores rentabilidades, antes de comissões, que as da gestão passiva.

Para além disso, existe uma grande falácia estatistica na comparação das estratégias de gestão passiva vs gestão ativa, pois uma grande parte desses fundos considerados ativos, não são verdadeiramente ativos, sendo closet index, uma vez que replicam quase a totalidade dos respetivos índices de referência ou benchmarks. Mas sobre essa falácia vou tratar mais a seguir.


2. A verdadeira gestão ativa de fundos medida pela métrica do active share.

Em 2009 os professores de Yale – Martijn, Cremers e Antti Petajisto – apresentaram um estudo onde pela 1ª vez aparece o conceito de active share como uma métrica de avaliação da gestão verdadeiramente ativa dos gestores, e o que mais os surpreendeu foi o facto de afinal não haver assim tantos gestores verdadeiramente ativos e com uma grande preocupação e um objetivo de bater os respetivos índices de referência ou benchmarks.

Há cada vez mais fundos que têm uma falsa gestão ativa pois a sua alocação é do tipo “closet indexing”, ou seja, pouco se distinguem da alocação dos respetivos indices de referência, apresentando valores de R2 > 95%.
Com efeito, verificaram uma coisa surpreendente: a taxa de gestores verdadeiramente ativos caiu de 60% em 1980 para menos de 20% em 2009.

Também constataram uma coisa teoricamente óbvia: tão importante como o afastamento do índice de referência é manter o investimento por um longo prazo, de modo a se melhorar a rentabilidade do mesmo.

A métrica do active share mede a percentagem de posições do portfolio de um fundo que difere do seu índice de referência, e a fórmula matemática do rácio do active share é a seguinte:


capture1.jpg
capture1.jpg (5.2 KiB) Visualizado 6568 vezes


Assim, o active share é calculado através do somatório do valor absoluto das diferenças entre o peso percentual de cada um dos ativos do portfolio do fundo e o peso percentual que cada um desses ativos tem no respetivo índice de referência, e depois dividir por 2 esse resultado do somatório.

Chamo a atenção para o facto de que os valores do active share de um fundo podem ser superiores a 100%, no caso de fundos alavancados com posições longas e posições curtas. A título de exemplo, os gestores do famoso fundo UBS European Opp. Unconstrained intervêm na alocação do mesmo sempre que o active share cai abaixo dos 100%, sendo que esse valor anda à volta dos 110%.

O estudo conclui que os gestores verdadeiramente ativos que aloquem de forma distintiva dos index funds e façam a alocação de ativos com um potencial de geração de valor (tipo value) ou do tipo contrarian (comprar ativos baratos, no presente, quando está a haver uma venda massiva de ativos - sell off - para depois no futuro os vender caros) e cujo investimento seja detido por períodos de longo prazo, podem demonstrar as suas vantagens de outperformance de rentabilidades, sendo que esta conclusão não é só apoiada pela investigação académica mas também por provas empíricas matemáticas perfeitamente demonstráveis, como aliás se pode concluir da leitura do presente post.

O estudo conclui que os gestores com um active share elevado tendem a superar o seu benchmark e de forma consistente. De facto, depois de analisarem 2.650 fundos entre 1980 e 2003, verificaram que os fundos com um rácio de activo share de pelo menos 8% superaram a média do seu benchmark em 2-2,71% antes de comissões e de 1,49-1,59% depois das comissões. Deve notar-se, que estes dados se referem à média do grupo, pelo que é provável que alguns gestores não tenham conseguido superar o índice de referência, apesar de apresentarem um active share elevado.


3. As métricas do R2 e do Tracking Error de avaliação da gestão ativa.

3.1 Coeficiente de determinação R2.

Na análise comparativa usada pela Morningstar, o valor do coeficiente de determinação R2 (R ao quadrado) é a medida de correlação entre um fundo e o seu indice de referência ou benchmark, o qual varia entre 0 e 1 (diferente do coeficiente de correlação, r, que varia de -1 a 1).

Quanto maior for o valor de R2, maior será a correlação entre os dois. A Morningstar calcula o valor de R2 para o período dos últimos 36 meses (3 anos).

O valor de R2 = 1 significa que num gráfico “x”,”y” (fundo,benchmark) os dados dos resultados (x,y) caem todos em cima da reta de regressão linear, ou seja, significa que todos os movimentos (para cima ou para baixo) do fundo em causa são completamente explicados pelas variações do benchmark.

O valor de R2 = 0 significa que no tal gráfico “x”,”y” não é possível definir nenhuma reta de ajustamento aos resultados (x,y) obtidos, devido à nuvem de resultados totalmente dispersa, ou seja, significa que nenhum dos movimentos do fundo em causa é explicado pelas variações do benchmark.

Por exemplo, o valor de R2 = 0.05 significa que apenas 5% dos movimentos do fundo em causa podem ser explicados pelas variações do benchmark.

Um fundo com um valor de R2 = 0.97, quer dizer que 97% dos movimentos do fundo são explicados pelas variações do seu benchmark ou índice de referência, e, consequentemente, o mesmo é dizer que apenas 3% dos movimentos do fundo é que não seguem o benchmark, e é precisamente apenas estes 3% que constituem a muito pequena margem do gestor em poder gerar um alfa positivo ou outperformance em relação ao índice de referência.

Sendo assim, para mim, é questionável chamar fundos de gestão ativa a fundos com um R2 > 0.95, visto que na prática é mais um index fund (índice de referência ou benchmark), pelo que andam para aí muitos fundos “ativos”por excesso que só vão falsear os resultados da gestão ativa. O caricato é estar-se a pagar uma elevada comissão de gestão a estes tipos de fundos, quando na realidade eles quase que replicam integralmente o índice de referência, e, como tal, deveriam ter umas taxas de fees muito mais baixas.

3.2 Tracking Error.

Antes de expor a métrica do Tracking Error (TE) de verificação da eficácia ou não da gestão ativa nos preços dos ativos do portfolio de um fundo e os preços dos respetivos ativos do indice de referência, vou antes expor o Rácio de Informação onde o TE está incluído e faz parte desse rácio.


Rácio de Informação:

O rácio de informação mede a performance dos retornos ajustados ao risco do fundo relativamente à performance dos retornos e risco do seu benchmark ou índice de referência.
O rácio de informação é calculado através da seguinte expressão:

RI = (Rp – Rb) / TE

em que:

RI- Rácio de Informação;
Rp- Retornos do portfolio do fundo;
Rb- Retornos do seu benchmark ou índice de referência.
TE- Tracking Error (desvio padrão da diferença entre os retornos do fundo e os retornos do índice de referência).

O rácio de informação (RI) mede capacidade do gestor de um fundo para gerar retornos em excesso em relação ao seu valor de referência ou benchmark, mas também verifica a consistência do gestor em bater o benchmark por um grande nº de meses, alguns meses ou apenas um pouco de cada mês.

Quanto maior é o RI, mais consistente é o gestor e a consistência é uma característica ideal para bater o benchmark numa perspetiva de médio-longo prazo.

Quanto maior é o alfa (outperformance de retornos em relação ao seu benchmark) de um gestor, maior será o seu RI.

Quando o benchmark é o ativo sem risco (risk free), então o Rácio de Informação é equivalente ao rácio de Sharpe (RS). No entanto, nos restantes casos, o ranking dos fundos obtido a partir do Rácio de Informação pode diferir do obtido pelo RS, como é lógico, pois as fórmulas de cáculo são diferentes.

Tal como acontece com o RS também o RI tem as mesmas limitações matemáticas de difícil interpretação quando a rentabilidade em excesso é negativa, uma vez que o rácio será menos negativo na carteira com maior volatilidade, indicando assim, erradamente, uma carteira mais eficiente, quando na realidade é ao contrário. Outra limitação matemática, tal como no RS, é quando o denominador do quociente é zero (no caso de não haver diferença entre os retornos da carteira ou do fundo e os retornos do indice de referência, ou seja, com desvio padrão nulo) ou próximo de zero, e então o RI dará matematicamente um valor infinito ou extremamente elevado, longe então da realidade.

Tracking Error:

O Tracking Error (TE) é a divergência entre o comportamento das posições de preços no portfolio de um fundo e o comportamento das respetivas posições de preços no índice de referência.

O TE reporta o desvio padrão da diferença entre os retornos do fundo e os retornos do índice de referência.

O TE pode ser interpretado como o risco residual (não correlacionado com o benchmark), ou seja, como os desvios da rentabilidade do fundo em relação à rentabilidade do benchmark.

Um alto valor do RI pode ser obtido à custa de um alto retorno do fundo, um baixo retorno do benchmark e um TE baixo. Se este risco residual é baixo, isto quer dizer que o risco incorrido pelo gestor é similar ao risco sistemático ou risco do mercado (beta), e se mesmo assim obteve maiores retornos relativamente aos do benchmark, então isso quer dizer que este excesso de retornos (alfa) não foi à custa do aumento do risco especifico do fundo em relação ao risco do benchmark (beta = 1, por definição) mas sim à custa da qualidade da sua escolha diversificada dos ativos do fundo, revelando assim uma alta qualidade de stock picking.

O processo de stock picking constitui a base determinante do sucesso ou insucesso do fundo de gestão ativa, e é esta escolha ativa das acções e do necessário turnover de ajustamento dos ativos no portfolio do fundo, com o objectivo de tentar garantir um continuado potencial de valorização dos seus ativos, que se distingue e pode fazer (ou não) toda a diferença em retornos para um index fund, dado que este só replica um qualquer índice bolsista, havendo assim só uma espécie de escolha inicial (replicação) e depois não há mais escolhas de ativos através dos turnovers de ajustamento.

Assim, o andamento do trajeto de um índex fund pode ser comparado à circulação de um automóvel em modo automático de cruise control, em que este está ligado à velocidade do índice bolsista que está a replicar, pelo que o tal automóvel passivo, sem condutor/gestor, não pode ajustar a sua velocidade ao traçado mais ou menos sinuoso da estrada (volatilidade ou swing dos preços), à sua inclinação ascendente (upside) ou descendente (downside) mais ou menos acentuada, ao estado do piso da via ou às condições atmosféricas (tendências do mercado: bull, bear ou lateralização), sendo que, não tendo condutor, o tal automóvel corre o risco de chocar contra um muro de betão (crash bolsista), pois ele está programado só para seguir o seu índice bolsista e não para se desviar dos diferentes obstáculos que podem surgir ao longo da estrada.

Para um index fund só existe uma estação do ano - o seu índice bolsista – e então corre o risco de andar com uma camisola de lã (muitos ativos na alocação) num verão quente, e aqui entende-se por verão uma fase de upside do mercado, pois o mesmo não sabe adaptar o seu vestuário/instrumentos de controlo de riscos às diversas estações do ano/tendências do mercado, por forma a se poder mitigar uma constipação/bear ou uma pneumonia/crash bolsista, sendo que a tal camisola de lã, carregada de ativos, no verão, vai funcionar como um travão da volatilidade, por excesso de peso dos ativos, que, na fase de upside, implica a diminuição do potencial de geração de retornos, isto porque no upside a volatilidade, por definição, é sempre boa, e neste caso a volatilidade não é sinónimo de risco, sendo que esta similitude de significado só se verifica na situação de bear market e em parte da tendência de lateralização, sendo assim particularmente importante efetuar uma alocação qualitativa de ativos em detrimento da quantidade.



4. O paradoxo dos princípios de Harry Markowitz e da respetiva teoria do CAPM para o médio-longo prazo.

De acordo com os princípios do prémio Nobel Markowitz e da respetiva teoria CAPM (Capital Asset Pricing Model) da construção de portfolios, os retornos seriam proporcionais ao risco assumido ou volatilidade. Ou seja, para se ter uma maior rentabilidade na carteira teríamos que fazer uma alocação de ativos financeiros com um maior desvio padrão dos retornos.

Acontece, que se observarmos os resultados dos retornos acumulados dos fundos acionistas das duas últimas décadas, os fundos setoriais com maiores rentabilidades acumuladas são os fundos com menos volatilidade, como sejam os do setor da saúde e do setor do consumer staples. Então, estes resultados constituiem o paradoxo ou a negação dos princípios de Markowitz e da respetiva teoria do CAPM, pelo que esta teoria está incorreta para o médio-longo prazo.

Agora, se observarmos períodos curtos após o crash de 2008 e o bear market de 2011, verificamos que os fundos que tiveram maiores rentabilidades durante esses períodos de recuperação, foram os que apresentaram uma maior volatilidade, precedidos de maiores quedas ou drawdowns no período de downside generalizado ou de bear market. Assim, estes resultados de recuperação de retornos após grandes perdas, prova que a teoria do CAPM só está correta para o curto prazo.

Assim, face ao exposto, em termos teóricos, o melhor fundo do tipo “all weather” capaz de apresentar uma maior rentabilidade acumulada no período de médio-longo prazo e que atravessasse vários períodos de bull e bear market, seria aquele que combinasse melhor a estratégia de controlo e prevenção de riscos nos períodos de bear com ativos de baixa volatilidade, com a estratégia de geração de alfa elevado nos períodos de bull com ativos de maior volatilidade mas sem agravar o risco; estratégias essas que deveriam obedecer a uma política de investimento do tipo “unconstrained” (sem restrições), ou seja, sem qualquer obrigação em seguir os índices de referência ou benchmarks, de modo a dar total liberdade aos gestores desses fundos para mais rapidamente poderem fazer os turnovers na alocação de ativos que melhor se pudessem adaptar às mudanças de tendências do mercado acionista (bull, bear market e lateralização), devendo para tal também recorrer, sempre que necessário, a alavancagem, com utilização de posições longas e curtas, e a instrumentos alternativos como futuros, opções, CFD’s, etc.

Assim, o Santo Graal do investimento de um fundo será obter uma alta rentabilidade com um baixo risco, em todas as tendências do mercado, e são este tipo de fundos que têm gerado mais rentabilidade acumulada em períodos de longo prazo.

Estes fundos do tipo “unconstrained” têm um R2 (coeficiente de determinação) baixo relativamente ao respetivo benchmark, sendo assim uns puros fundos de gestão ativa aonde os gestores podem exponenciar toda a sua categoria de stock picking na seleção de ativos a alocar, pois não estão amarrados a cumprir uma deteminada percentagem do respetivo index fund (fundo passivo) ou benchmark, da política de investimento dos fundos.


5. Finanças Comportamentais.

O conceito de finanças comportamentais, como um dos factores essenciais para o sucesso ou insucesso do investimento, começou a ganhar destaque e adeptos a partir do inicio dos anos 90, os quais acreditam que o investimento tem 80% de psicológico.
Assim, se uma grande parte do investimento envolve psicologia, então se os investidores forem capazes de entender os aspetos psicológicos, poderão também evitar potenciais inconvenientes financeiros.
As finanças comportamentais mostram que quando se trata de risco e incerteza, o comportamento dos investidores se desvia muito do cenário ideal do investidor racional.

Num recente estudo sobre finanças comportamentais e psicologia sobre o investidor, apresentado pelo Instituto de Investigação do Credit Suisse juntamente com a Universidade de Zurich, e que foi elaborado pelos professores Thorsten Hens e Anna Meier, pode-se analisar a informação aduzida para se perceber as influências emocionais e psicológicas que podem ter impacto nas decisões financeiras, e como é que isto pode resultar num comportamento irracional.

O estudo refere que as finanças tradicionais do investimento, baseadas na Hipótese do Mercado Eficiente e na otimização de parâmetros matemático-estatísticos, como medidas de média-variância e de vários rácios, sugere que investir tem muito a ver com as áreas da matemática e da estatistica. No entanto, as finanças comportamentais põem em evidência a necessidade de colocarmos o principal enfoque no comportamento psicológico das pessoas, quer de maneira individualizada quer no meio da população investiora e do efeito de contágio que a grande maioria das pessoas recebe da multidão ou do rebanho dos investidores.

Tal como noutra área qualquer, no processo de investimento, as pessoas cometem erros que se traduzem em ineficiências a nível do mercado, sendo considerado que o investimento é 80% psicológico. Nesse sentido, as finanças comportamentais criaram métodos que ajudam os investidores a identificar os seus erros tipo, ao mesmo tempo que recomendam a carteira adequada para eles.

Assim, as finanças comportamentais conseguem fechar a brecha entre a teoria e a prática por terem, cientificamente, em conta o comportamento humano. Até então, a investigação centrava-se no cenário ideal de investidores completamente racionais em mercados eficientes, enquanto que a realidade é tratada quotidianamente através dos comportamentos irracionais dos investidores e através de mercados ineficientes.

Nesse sentido, as finanças comportamentais ao combinar a teoria com a prática humana, permite dotar de ferramentas fundamentais os serviços de assessoramento, gestão de ativos e desenvolvimento de produtos financeiros, por forma a se melhorar o sucesso do investimento.

Segundo o Credit Suisse, existem 4 tipos de investidores - os intuitivos, exploradores, realistas e os estratégicos:

a) Os investidores intuitivos, são os que tomam decisões emocionais, sem uma estratégia adequada para eles, existindo o risco de que sejam demasiado influenciados pela evolução atual de mercado, e que percam de vista os seus objetivos de investimento.

b) Os investidores exploradores, caracterizam-se por estarem muito familiarizados com o mercado financeiro mas que tomam decisões emocionais. Têm uma boa perspetiva dos riscos e das oportunidades de mercado, embora por vezes fiquem deslumbrados por novos e inovadores produtos financeiros, mas têm sempre os riscos em conta. Apesar dos seus vastos conhecimentos financeiros, esta classe de investidores por vezes abandona a sua estratégia de investimento pré-definida por causa de razões emocionais. Por esta razão, os seus investimentos devem ser revistos periodicamente para se assegurar que cumprem com a estratégia de investimento.

c) Os investidores realistas, são capazes de deixar as suas emoções de lado e não se deixam influenciar por elas. No entanto, carecem de conhecimentos financeiros para avaliar adequadamente os riscos e as oportunidades. É recomendável que tenham uma assessoria profissional de investimento, que os ajude a tomar decisões de investimento mais adequadas e a melhorar os seus conhecimentos financeiros.

d) Os investidores estratégicos, revelam um bom conhecimento dos mercados financeiros, de tal forma que podem avaliar os riscos e as oportunidades que enfrentam, não sendo sequer influenciados pelas emoções e podem tomar decisões objetivas. O seu enfoque estratégico ajuda-os a manter os seus objectivos de investimento.

Abraço.
Editado pela última vez por R2 em 17/2/2015 18:23, num total de 2 vezes.
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Re: Fundos à la carte

por Rick Lusitano » 16/2/2015 22:10

chico_laranja Escreveu:
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Templeton Global Total Return N Acc € H1 -> - 2,55%

AXA WF Global High Yield Bonds E Capitalisation EUR hedged (95%) -> - 1,93%

Franklin European Growth N Acc € -> - 1,08%

Franklin Biotechnology Disc N Acc $ -> Será este um bom ano?


Templeton TR estás a sofrer por teres a versão Hedged. Se tivesses o irmão gémeo sem hedge só este ano estarias com +7.3YTD.

(...)



Esse ganho é apenas cambial, o fundo propriamente não está com melhor desempenho, senão repara (Chico, sei que sabes, é apenas, para a comunidade não ficar induzida em erro, e ver o desempenho dos Hedges cambiais.): :wink:

Morningstar/BB Escreveu:Rendibilidade % (EUR) 13-02-2015
LU0170477797 - Templeton Glbl Total Return N Acc $ :arrow: +0,41% (retorno real do fundo, em USD. Convertido para EUR, é +6,55%)

LU0294221253 - Templeton Glbl Total Return N Acc €-H1 :arrow: +0,52%

LU0260870745 - Templeton Glbl Total Return N Acc € :arrow: +6,62%


Fonte: Morningstar/BB

Chico, comparando as versões com e sem Hedge Cambial, qual escolherias, para o longo prazo?
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