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Caldeirão da Bolsa

Fundos à la carte

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Fundos à la carte

por Mouro_Emprestado » 3/1/2015 1:47

R2 Escreveu:- ETF VTI dos EUA = 12.56% vs 28.1% Fidelity America A - USD = 28.1%.

Abraço.


Por acaso acho que estás a comparar os ganhos em USD (VTI) com os ganhos em EUR (Fidelity America A - USD).

Se considerares um ETF que em 2014 replicou o SP500 domiciliado na Europa (em euros) com ganhos ligeiramente superiores (29,95%) tens este: https://www.justetf.com/de-en/etf-profi ... 00B5BMR087

Edit: Tom demasiado agressivo sem necessidade da minha parte :(

Edit2: Quanto aos outros fundos, a diferença novamente não é assim tão grande (novamente, ganhos em USD vs ganhos calculados em EUR), contudo aqui os FIGAs bateram os ETF que replicam o índice.
Editado pela última vez por Mouro_Emprestado em 3/1/2015 2:28, num total de 2 vezes.
 
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 3/1/2015 1:29

O Alquimista Escreveu:Às vezes o que está barato pode ainda ficar mais barato:
How did CAPE do in 2014?
http://mebfaber.com/2015/01/01/how-did-cape-do-in-2014/


Pegando no artigo do Mebane T. Faber, grande mestre da TAA-Tactical Asset Allocation, onde ele apresenta valores de vários países do rácio CAPE (Cyclically Adjusted Price-to-Earnings) = Shiller P/E = P/E 10. Este rácio criado pelo Prof. Shiller é um rácio de avaliação que utiliza os preços do indice S&P 500 divididos pelos ganhos de 10 anos ajustados pela inflação. O normal rácio P/E estabelece a relação entre o preço da ação de uma determinada empresas a dividir pelos lucros por ação dessa mesma empresa, sendo assim uma métrica de avaliação se uma ação está cara (altos valores de P/E) ou barata (baixos valores de P/E). Contudo, como os lucros das empresas podem ser manipulados contabilisticamente para as suas ações não depreciarem na bolsa, o Prof. Shiller da escola de Chicago, para minimizar essa manipulação e a volatilidade desses lucros, criou um rácio alternativo ao normal P/E e formulou o P/E 10 em que os ganhos considerados são de 10 anos e ajustados à inflação.

Para além dos valores dos rácios CAPE para os vários países, o artigo também apresenta os retornos de ETF's desses mesmos países em 2014, dos quais vou destacar o confronto em 4 países entre os retornos desses ETF's e FIGA's do retalho e em USD escolhidos por mim, para verem a banhada que levaram esses ETF's em 2014:

- ETF THD da Tailândia = 18.01% vs Templeton Tail. N Acc $ = 41.7%;

- ETF INDY da Índia = 28.84% vs GS India Eq. R Acc USD = 65.1%;

- ETF TUR da Turquia = 16.71% vs UBAM Turq. Eq. R Acc USD = 51.9%;

- ETF VTI dos EUA = 12.56% vs 28.1% Fidelity America A - USD = 28.1%.

A vingança serve-se fria ... contra um determinado papagaio que andava por aí, que até apelou à CMVM contra um tal BedRock que disse que ia para o Brasil, e como entretanto o clima ficou frio no Brasil, ele acha que eu sou responsável pelas constipações e gripes que os foristas estão a ter no Brasil e que quiseram tomar o mesmo voo que eu ... até onde chega a petulância de um indivíduo!!!.

Nunca podemos confundir a média de valores dos alunos de uma Escola com as médias dos alunos mais inteligentes dessa mesma Escola e não podemos confundir um processo de escolha quantitativa de uma amálgama de ativos acionistas escolhidos pelo critério da sua capitalização bolsista e como fazendo parte de um determinado index fund, com um processo qualitativo de stock picking de upgrade, senão a nossa inteligência também não é diferenciadora e especifica e passa a ser também uma "massa cinzenta" coletiva de uma multidão formada por uma amálgama de pessoas.

Abraço.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock

Em vez de seguires o mercado, faz com que ele te siga a ti. - BedRock
Toma o ganho antes que a perda tome conta de ti. - BedRock
Big vacuum ideas in a big head gives a low brain density that float on stupid polluted water.
- BedRock
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Re: Fundos à la carte

por Daemoon » 3/1/2015 1:22

R2 Escreveu:Boas,

A grande volatilidade intraday do índice da biotecnologia no arranque de 2015:

Capturar 1.JPG


Hoje, o mercado acionista dos EUA esteve muito volátil com os vários índices bolsistas a oscilarem demasiado, com particular relevância para a louca volatilidade intraday no período de arranque da bolsa e no período imediatamente seguinte, o que revela que os investidores nos EUA estão demasiado nervosos e com muitas incertezas no arranque do ano de 2015. Contudo, o índice da biotecnologia foi dos melhores índices dos EUA.

O contínuo afundanço do EUR face ao USD:

Capturar 2.JPG

\:D/ \:D/ \:D/

O rácio EUR/USD já chegou ao nível de referência de 1.20, agora só precisa de chegar ao nível de 1.15 para eu meter um novo gráfico com mais 2 dançarinos, pois esse possível abaixamento de um simples valor de -0.05 representa uma desvalorização do EUR face ao USD de 4.35%, valor esse que se calhar pode não dar o ganho médio das obrigações globais em 2015, com a grande vantagem de os ganhos cambiais, nos FI, não pagarem a taxa dos 28% das mais-valias.

Se o valor do rácio EUR/USD chegar ao valor de 1.0000, ou seja à paridade das moedas, que eu não acredito, pois acho que os americanos e a sua manipuladora Fed não vão permitir isso, porque então as exportações americanas tornavam-se cambialmente demasiado caras, e se há bancos centrais que pelo factor cambial e pela taxa de juros de referência que melhor defende uma politica económica-financeira consertada com os governantes, esse é sem dúvida a Fed, então eu vou publicamente prestar aqui no tópico a minha homenagem ao forista Daemoon. E neste caso, como eu espero que ele viesse a ter razão, pois ganhava não uma pipa do Douro mas um pote de massa.

Abraço.


:D :D
 
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 2/1/2015 23:33

Boas,

A grande volatilidade intraday do índice da biotecnologia no arranque de 2015:

Capturar 1.JPG
Capturar 1.JPG (55.42 KiB) Visualizado 7906 vezes


Hoje, o mercado acionista dos EUA esteve muito volátil com os vários índices bolsistas a oscilarem demasiado, com particular relevância para a louca volatilidade intraday no período de arranque da bolsa e no período imediatamente seguinte, o que revela que os investidores nos EUA estão demasiado nervosos e com muitas incertezas no arranque do ano de 2015. Contudo, o índice da biotecnologia foi dos melhores índices dos EUA.

O contínuo afundanço do EUR face ao USD:

Capturar 2.JPG
Capturar 2.JPG (41.58 KiB) Visualizado 7906 vezes

\:D/ \:D/ \:D/

O rácio EUR/USD já chegou ao nível de referência de 1.20, agora só precisa de chegar ao nível de 1.15 para eu meter um novo gráfico com mais 2 dançarinos, pois esse possível abaixamento de um simples valor de -0.05 representa uma desvalorização do EUR face ao USD de 4.35%, valor esse que se calhar pode não dar o ganho médio das obrigações globais em 2015, com a grande vantagem de os ganhos cambiais, nos FI, não pagarem a taxa dos 28% das mais-valias.

Se o valor do rácio EUR/USD chegar ao valor de 1.0000, ou seja à paridade das moedas, que eu não acredito, pois acho que os americanos e a sua manipuladora Fed não vão permitir isso, porque então as exportações americanas tornavam-se cambialmente demasiado caras, e se há bancos centrais que pelo factor cambial e pela taxa de juros de referência que melhor defende uma politica económica-financeira consertada com os governantes, esse é sem dúvida a Fed, então eu vou publicamente prestar aqui no tópico a minha homenagem ao forista Daemoon. E neste caso, como eu espero que ele viesse a ter razão, pois ganhava não uma pipa do Douro mas um pote de massa.

Abraço.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock

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Re: Fundos à la carte

por O Alquimista » 2/1/2015 23:16

Às vezes o que está barato pode ainda ficar mais barato:
How did CAPE do in 2014?
http://mebfaber.com/2015/01/01/how-did-cape-do-in-2014/
"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." - Samuel Becket
Pára de dar crédito fácil ao que lês e ouves, escuta o que o preço está a fazer e olha para o que te rodeia. - O Alquimista
 
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Re: Fundos à la carte

por O Alquimista » 2/1/2015 21:55

chico_laranja Escreveu:Alquimista

Quem te avisa teu amigo é.
Não os coloques no cepo senão em Março de 2016 passas a cantar fininho :-"
Há por aqui malta que apenas e só sabe apontar falhas aos outros.


Chico, fosse essa a minha vida e não teria receio em os colocar no cepo
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 2/1/2015 19:48

chico_laranja Escreveu:Alquimista

Quem te avisa teu amigo é.

Não os coloques no cepo senão em Março de 2016 passas a cantar fininho :-"

Há por aqui malta que apenas e só sabe apontar falhas aos outros.

Mudando de assunto:

Actualização da carteira 2 - Prazo estimado mínimo 12 anos
Composição actual aproximada
Código: Selecionar todos
38.12% - 1035€ - PIMCO DI
18.84% -  511€ - MFS Small Cap
12.22% -  332€ - UBS Euro Uncons Opp
 6.59% -  179€ - Templeton TR
 6.39% -  173€ - UBS Infrastructure
 5.77% -  156€ - AXA WF 5-7
 4.18% -  113€ - Nordea-1 Euro Covered Bond
 0.52% -   14€ - JPM ASEAN
 7.37% -  200€ - Ordem - A aplicar


Observações à carteira actual
- Proporção actual: 59-41 Obrigações - Acções excluindo dinheiro à ordem a aplicar
- Muito exposição à Europa nas acções
- 70% das obrigações estão no peso morto PIMCO DI

Nova composição após rotação/avaliação anual
Código: Selecionar todos
27.07% -  734€ - PIMCO DI
18.84% -  511€ - MFS Small Cap
 6.11% -  166€ - UBS Euro Uncons Opp
 6.59% -  179€ - Templeton TR
 6.39% -  173€ - UBS Infrastructure
11.88% -  322€ - AXA WF 5-7
 4.18% -  113€ - Nordea-1 Euro Covered Bond
 0.52% -   14€ - JPM ASEAN
18.43% -  500€ - Pioneer US Fundamental Growth


Movimentos
- Retirada de 300€ do que está aplicado no moribundo PIMCO DI
- Venda de 1 UP do UBS Euro Uncons Opp
- Compra de 500€ do Pioneer US Fundamental Growth
- reforço com o que sobra no AXA WF 5-7. Dará para 1.05 UP aprox

O que me vai na alma para justificar isto:
- Proporção 50-50. As obrigações estão pelas ruas da amargura e no longo prazo esta proporção poderá trazer mais ganhos. Começou como 70-30 mas isto tem sido uma escola 8-)
- Aliviar o foco na Europa que tenho actualmente na minha carteira
- Reforçar nos US pois a minha carteira é deficitária nos US
- Distribuir um pouco o que tenho no PIMCO DI por outros FI de obrigações. Fica para futuro a distribuição do resto mas dou 6 meses ao PIMCO para se decidir entre moribundos e ganhadores de dinheiro.

Prós
- Aumento exposição accionista aos US que são o motor mundial das acções e que têm estado a bombar bem
- Melhor distribuição geográfica pois estava quase todo alocado à Europa que tem o problema da recessão e deflação sobre a cabeça :?
- Melhor distribuição obrigacionista pelos diversos fundos. Carteira este ano sofre corte de ganhos à conta da sobrexposição ao PIMCO DI.

Contras
- US muito esticados? Ouço isso há 2 anos mas tanto dizem que algum dia acertam e eu tenho pontaria para comprar topos :oh:
- Arrisco no Axa a aumentar exposição obrigacionista na Europa e com a Grécia a dar um ar da sua graça pode correr mal.
- Acções Europeias ainda bastante presentes num momento em que a Grécia está a provocar novas partidas e há eleições em 4 ou 5 países europeus, incluindo UK e Espanha.

Objectivo:
7-8% anualizado

Comentários agradecem-se.
Lembrem-se que é para investimento semi-passivo.
Não sou de estar todos os dias a olhar para gráficos e estar a fazer isto para daqui a 1 mês estar a inverter isto tudo pelo que investimentos mais especulativos não são o procurado para aqui mesmo sabendo que posso estar a perder algum lucro.
Prefiro um carro segmento C gasificado em que posso fazer 1400km sem parar a 120 que um Ferrari a 300 em que a cada 200km tenho que parar para abastecer :mrgreen:


Chico,
Sabes o que mais me espanta nos fundos que apresentas? É não lá estar nenhum FI do setor da saúde (já não falo da biotecnologia porque podes considerar demasiado volátil para o teu gosto), que juntamente com o setor da biotecnologia são os fundos com melhores retornos no pós 2008 e especialmente no pós 2011 e o FI da BlackRock continua com uns bons retonos diferenciadores.

Outra coisa que também me salta à vista, com alguma incoerência teórica, é tu apontares para um prazo de 12 anos de detenção da carteira e teres um peso dos FI acionistas relativamente baixo para esse time frame de 12 anos, pois à medida que o tempo de detenção da carteira aumenta, também deve aumentar o peso dos FI acionistas em detrimento dos obrigacionistas, e nesta matéria há um estudo do Prof. Siegel que compilou dados de retornos acionistas desde finais do século 19 e chegou à conclusão que para períodos de detenção >= a 17 anos, ganha-se sempre dinheiro nas ações, daí esse facto constatado dos 17 anos ser conhecido como a constante de Siegel, enquanto que as obrigações, durante esse período estudado de mais de um século, tiveram retornos reais quase nulos depois de descontada a taxa média de inflação. Se o mercado da dívida, no longo prazo, desse mais retornos que o mercado acionista, isso não seria mercado da dívida seria, sim, o mercado dos judeus agiotas.

A especulação no mercado secundário, aproveitando o medo ou pânico do rebanho por eventuais defaults, é que se pode ganhar um bom dinheiro durante esses períodos de relativo curto prazo (< 2 anos), tal como aconteceu com o ES Obrigações Europa que tinha um grande peso das dívidas grega e portuguesa, e, nessa altura, o rebanho acreditava nos defaults desses países e aí fez sell-off, ao qual se seguiram os investidores oportunistas de comprar pechinchas no mercado secundário que lhes deram valorizações brutais.

Em tempos postei um gráfico onde se demonstra a importância de para além dos EUA se dever ter mercados emergentes especialmente para um médio-longo prazo, como é o teu time frame, e para este prazo eu punha ligeiramente um maior peso nos EUA do que o peso que atualmente tem, sendo que para o mercado acionista eu faria a seguinte distribuição: 55% EUA, 20% Europa, 12.5% Emergentes, 7.5% Mercados Fronteira e 5% Ásia-Pacífico.

Abraço.
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Em vez de seguires o mercado, faz com que ele te siga a ti. - BedRock
Toma o ganho antes que a perda tome conta de ti. - BedRock
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Re: Fundos à la carte

por jokerportuga » 2/1/2015 19:19

chico_laranja Escreveu:Alquimista

Quem te avisa teu amigo é.

Não os coloques no cepo senão em Março de 2016 passas a cantar fininho :-"

Há por aqui malta que apenas e só sabe apontar falhas aos outros.

Mudando de assunto:

Actualização da carteira 2 - Prazo estimado mínimo 12 anos
Composição actual aproximada
Código: Selecionar todos
38.12% - 1035€ - PIMCO DI
18.84% -  511€ - MFS Small Cap
12.22% -  332€ - UBS Euro Uncons Opp
 6.59% -  179€ - Templeton TR
 6.39% -  173€ - UBS Infrastructure
 5.77% -  156€ - AXA WF 5-7
 4.18% -  113€ - Nordea-1 Euro Covered Bond
 0.52% -   14€ - JPM ASEAN
 7.37% -  200€ - Ordem - A aplicar


Observações à carteira actual
- Proporção actual: 59-41 Obrigações - Acções excluindo dinheiro à ordem a aplicar
- Muito exposição à Europa nas acções
- 70% das obrigações estão no peso morto PIMCO DI

Nova composição após rotação/avaliação anual
Código: Selecionar todos
27.07% -  734€ - PIMCO DI
18.84% -  511€ - MFS Small Cap
 6.11% -  166€ - UBS Euro Uncons Opp
 6.59% -  179€ - Templeton TR
 6.39% -  173€ - UBS Infrastructure
11.88% -  322€ - AXA WF 5-7
 4.18% -  113€ - Nordea-1 Euro Covered Bond
 0.52% -   14€ - JPM ASEAN
18.43% -  500€ - Pioneer US Fundamental Growth


Movimentos
- Retirada de 300€ do que está aplicado no moribundo PIMCO DI
- Venda de 1 UP do UBS Euro Uncons Opp
- Compra de 500€ do Pioneer US Fundamental Growth
- reforço com o que sobra no AXA WF 5-7. Dará para 1.05 UP aprox

O que me vai na alma para justificar isto:
- Proporção 50-50. As obrigações estão pelas ruas da amargura e no longo prazo esta proporção poderá trazer mais ganhos. Começou como 70-30 mas isto tem sido uma escola 8-)
- Aliviar o foco na Europa que tenho actualmente na minha carteira
- Reforçar nos US pois a minha carteira é deficitária nos US
- Distribuir um pouco o que tenho no PIMCO DI por outros FI de obrigações. Fica para futuro a distribuição do resto mas dou 6 meses ao PIMCO para se decidir entre moribundos e ganhadores de dinheiro.

Prós
- Aumento exposição accionista aos US que são o motor mundial das acções e que têm estado a bombar bem
- Melhor distribuição geográfica pois estava quase todo alocado à Europa que tem o problema da recessão e deflação sobre a cabeça :?
- Melhor distribuição obrigacionista pelos diversos fundos. Carteira este ano sofre corte de ganhos à conta da sobrexposição ao PIMCO DI.

Contras
- US muito esticados? Ouço isso há 2 anos mas tanto dizem que algum dia acertam e eu tenho pontaria para comprar topos :oh:
- Arrisco no Axa a aumentar exposição obrigacionista na Europa e com a Grécia a dar um ar da sua graça pode correr mal.
- Acções Europeias ainda bastante presentes num momento em que a Grécia está a provocar novas partidas e há eleições em 4 ou 5 países europeus, incluindo UK e Espanha.

Objectivo:
7-8% anualizado

Comentários agradecem-se.
Lembrem-se que é para investimento semi-passivo.
Não sou de estar todos os dias a olhar para gráficos e estar a fazer isto para daqui a 1 mês estar a inverter isto tudo pelo que investimentos mais especulativos não são o procurado para aqui mesmo sabendo que posso estar a perder algum lucro.
Prefiro um carro segmento C gasificado em que posso fazer 1400km sem parar a 120 que um Ferrari a 300 em que a cada 200km tenho que parar para abastecer :mrgreen:


Chico,
também tenho moribundos os PIMCO DI da minha 2ª carteira MLP e não vislumbro qualquer sinal de reanimação:
PIMCO GIS Diversified Inc E EUR Hdg Acc IE00B1Z6D669 - -7,18%
PIMCO GIS Divers Inc Dur Hdg E €Hdg Acc IE00B4TJVF73 - -3,62

estes 2 fundos representam 6,85% da minha carteira.

Do total de 25 fundos desta carteira, são os únicos(além do AXA HY) que estão negativos no espaço de 6 meses.

Não continuarás com muita exposição ao PIMCO DI?
(no meu caso tenho menos valias e não sei a tua situação, mas se tivesse actualmente positivo já tinha diminuído substancialmente a exposição ao PIMCO DI)
Acho que falaste anteriormente, que andavas a simular alternativas ao PIMCO DI, como ficou este assunto?

A minha % alocação para cada fundo situa-se (normalmente) entre os 3% e os 6%, dependendo do risco que estou disposto a correr.
Ter tão elevada exposição a um fundo poderá levar a rentabilidade total da carteira ser negativamente influenciada(o contrário também se verifica :lol: ).
Quando pretendo aumentar a exposição a determinada categoria, subscrevo 2 ou mais fundos.

Os valores das minhas carteiras são significativamente superiores aos valores das tuas, o factor "low cost" nunca se põe como filtro e por essa razão estás sempre (muito) condicionado às tuas opções.

Abraço e um Excelente 2015 em todos os aspectos
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 2/1/2015 18:44

chico_laranja Escreveu:Alquimista

Quem te avisa teu amigo é.

Não os coloques no cepo senão em Março de 2016 passas a cantar fininho :-"
(...)

Chico, não concordo contigo, pois os técnicos não devem ser defensivos com o medo de exporem as suas debilidades que qualquer um tem, inclusive os técnicos de upgrade. O que é preciso é que não apareçam users a apontar o dedo das falhas técnicas de outros, sem apontarem as respetivas alterações ou correções teórico-práticas, sendo que, na maior parte das vezes, esses indivíduos são uns desfavorecidos intelectualmente que, por vezes, não conseguem produzir um simples raciocínio teórico coerente alternativo ao que vão lendo, sendo que muito mais importante do que a leitura é a fase seguinte da sua análise crítica, porque é aqui que se vê o potencial qualitativo de um técnico, sendo que os mais experientes e mais favorecidos intelectualmente podem fazer toda a diferença e contribuírem para a inovação e desenvolvimento da matéria em apreciação, como é o caso do Alquimista e dos outros 2 técnicos do direito que intervieram.

Quanto aos mercados, uma vez que os mesmos não se regem por pressupostos exatos ou para-exatos e sabendo-se que o rebanho tem bastas vezes um comportamento irracional motivado pela euforia, medo ou pânico, então, nesta matéria, à partida, todos os comentários ou análises devem ser bem-vindos, uma vez que só no day after aos eventos bolsistas é que se podem aferir se estavam ou não corretos (antes da Dilma ser reeleita ninguém podia dizer que as ideias do BedRock estavam erradas sobre a evolução de curto prazo do mercado acionista brasileiro, mas uma coisa eu vos posso dizer hoje: quando o Brasil começar a subir, vai subir a sério tal como desceu, e aí quem nessa altura não estiver no mercado não irá captar a maior fatia da 1ª fase dos retornos do upside, tal como eu tentei captar essa fatia se o Aécio tivesse ganho, mas o problema é que esse dia ainda pode estar demasiado longe), e quem antes dos eventos não se pronunciou, depois não tem qualquer autoridade de produzir quaisquer comentários: quem não semeia ideias, não pode depois vir colher os resultados dessas eventuais boas ideias, deve é estar calado.

Chico, eu só não percebi o porquê da data de Março de 2016, pois não forneceste quaisquer dados para nós percebermos se estamos a falar de corrente alternada ou contínua. :mrgreen:

Abraço.
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Em vez de seguires o mercado, faz com que ele te siga a ti. - BedRock
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Re: Fundos à la carte

por Brans » 2/1/2015 17:56

chico-laranja

Eu não sou a pessoa mais qualificada para fazer comentários porque eu próprio tenho muitas dúvidas mas parece-me que num investimento de 12 anos, tudo pode acontecer, e quase de certeza vais ter de mexer na carteira num ou noutro momento desses 12 anos se não quiseres perder dinheiro, portanto, vou cinjir-me aos tempos mais próximos (e turbulentos). Acho que o teu raciocínio está correcto, tendo em conta os indicadores de que os EUA vão liderar as tropas. Parece-me bem equilibrares a carteira para o lado americano. Quanto à Europa, mais cedo ou mais tarde, há-de arrancar. Tem de ser. Resta saber quanto tempo ainda vai demorar.
 
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 2/1/2015 17:36

Brans Escreveu:Mais um cheirinho de biotecnologia.
(...)
Artigo completo: http://www.marketoracle.co.uk/Article48833.html
(...)


Brans,
Obrigado pela partilha.

Grande artigo sobre a biotecnologia, no qual é demonstrada a força continuada dos seus fundamentais, como eu bastas vezes vou repetindo, só que o grande problema que há sempre nos ativos que sobem muito de forma continuada plurianualmente é que forçosamente irão ter correções, sendo que a grande questão é saber quais serão as ordens de grandeza das intensidades dessas correções. Em 2014 houve 4 correções dignas de registo: uma forte e prolongada no período desde finais da fev. a inicio de abril, e depois 3 normais correções - em out. e duas em dez.

No arranque do novo ano, as únicas grandes bolsas que se estão a portar bem são as chinesas de Shanghai e Shenzhen com mais de 2.1% e 2.7% respetivamente e as bolsas da Índia com mais de 1.3%. As bolsas da Europa estão uma treta assim como as dos EUA e o Japão e especialmente o Brasil estão uma porcaria continuada.
Assim, talvez a grande oportunidade de investimento, no primeiro trimestre de 2015, poderá ser a China, e se há inflow de capitais para o mercado chinês, com certeza que haverá menos capitais disponíveis para a Tailândia, Indonésia, Japão e outros países da Ásia-Pacífico.

Brans, continua com as tuas leituras e vai postando os artigos.

Abraço.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock

Em vez de seguires o mercado, faz com que ele te siga a ti. - BedRock
Toma o ganho antes que a perda tome conta de ti. - BedRock
Big vacuum ideas in a big head gives a low brain density that float on stupid polluted water.
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Re: Fundos à la carte

por chico_laranja » 2/1/2015 17:28

Alquimista

Quem te avisa teu amigo é.

Não os coloques no cepo senão em Março de 2016 passas a cantar fininho :-"

Há por aqui malta que apenas e só sabe apontar falhas aos outros.

Mudando de assunto:

Actualização da carteira 2 - Prazo estimado mínimo 12 anos
Composição actual aproximada
Código: Selecionar todos
38.12% - 1035€ - PIMCO DI
18.84% -  511€ - MFS Small Cap
12.22% -  332€ - UBS Euro Uncons Opp
 6.59% -  179€ - Templeton TR
 6.39% -  173€ - UBS Infrastructure
 5.77% -  156€ - AXA WF 5-7
 4.18% -  113€ - Nordea-1 Euro Covered Bond
 0.52% -   14€ - JPM ASEAN
 7.37% -  200€ - Ordem - A aplicar


Observações à carteira actual
- Proporção actual: 59-41 Obrigações - Acções excluindo dinheiro à ordem a aplicar
- Muito exposição à Europa nas acções
- 70% das obrigações estão no peso morto PIMCO DI

Nova composição após rotação/avaliação anual
Código: Selecionar todos
27.07% -  734€ - PIMCO DI
18.84% -  511€ - MFS Small Cap
 6.11% -  166€ - UBS Euro Uncons Opp
 6.59% -  179€ - Templeton TR
 6.39% -  173€ - UBS Infrastructure
11.88% -  322€ - AXA WF 5-7
 4.18% -  113€ - Nordea-1 Euro Covered Bond
 0.52% -   14€ - JPM ASEAN
18.43% -  500€ - Pioneer US Fundamental Growth


Movimentos
- Retirada de 300€ do que está aplicado no moribundo PIMCO DI
- Venda de 1 UP do UBS Euro Uncons Opp
- Compra de 500€ do Pioneer US Fundamental Growth
- reforço com o que sobra no AXA WF 5-7. Dará para 1.05 UP aprox

O que me vai na alma para justificar isto:
- Proporção 50-50. As obrigações estão pelas ruas da amargura e no longo prazo esta proporção poderá trazer mais ganhos. Começou como 70-30 mas isto tem sido uma escola 8-)
- Aliviar o foco na Europa que tenho actualmente na minha carteira
- Reforçar nos US pois a minha carteira é deficitária nos US
- Distribuir um pouco o que tenho no PIMCO DI por outros FI de obrigações. Fica para futuro a distribuição do resto mas dou 6 meses ao PIMCO para se decidir entre moribundos e ganhadores de dinheiro.

Prós
- Aumento exposição accionista aos US que são o motor mundial das acções e que têm estado a bombar bem
- Melhor distribuição geográfica pois estava quase todo alocado à Europa que tem o problema da recessão e deflação sobre a cabeça :?
- Melhor distribuição obrigacionista pelos diversos fundos. Carteira este ano sofre corte de ganhos à conta da sobrexposição ao PIMCO DI.

Contras
- US muito esticados? Ouço isso há 2 anos mas tanto dizem que algum dia acertam e eu tenho pontaria para comprar topos :oh:
- Arrisco no Axa a aumentar exposição obrigacionista na Europa e com a Grécia a dar um ar da sua graça pode correr mal.
- Acções Europeias ainda bastante presentes num momento em que a Grécia está a provocar novas partidas e há eleições em 4 ou 5 países europeus, incluindo UK e Espanha.

Objectivo:
7-8% anualizado

Comentários agradecem-se.
Lembrem-se que é para investimento semi-passivo.
Não sou de estar todos os dias a olhar para gráficos e estar a fazer isto para daqui a 1 mês estar a inverter isto tudo pelo que investimentos mais especulativos não são o procurado para aqui mesmo sabendo que posso estar a perder algum lucro.
Prefiro um carro segmento C gasificado em que posso fazer 1400km sem parar a 120 que um Ferrari a 300 em que a cada 200km tenho que parar para abastecer :mrgreen:
Editado pela última vez por chico_laranja em 2/1/2015 17:42, num total de 1 vez.
Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
Um abraço e bons investimentos.
 
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Re: Fundos à la carte

por O Alquimista » 2/1/2015 15:40

Mouro_Emprestado Escreveu:
Já estive a ver melhor a norma que elencaste (ontem aquela hora não deu mesmo).

A interpretação que faço (o Atlas pode ajudar) é que os FI's nacionais não são sujeitos a tributação, via Retenção na Fonte à taxa liberatória, quando recebem rendimentos de valores mobiliários pagos por entidades não residentes - Artigo 71.º -
É isso que retiro do "valores pagos ou postos à disposição de" e não "valores pagos ou postos à disposição por".
Contudo, porque raio é que esta norma fica no CIRS?! :shock: :-k :wall: :?

A mim, para as pessoas singulares, trate-se ou não de FI nacionais ou estrangeiros, vai-se aplicar a norma do Artigo 72.º, i.e., somos tributados autonomamente à taxa de 28% (caso não optemos pelo englobamento) e pode-se considerar o saldo entre as mais e menos-valias (no caso dos fundos, que não era verdade até 2015).


Quanto a mim, só voltarei a emitir opinião após estudo aprofundado. E mesmo assim...
"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." - Samuel Becket
Pára de dar crédito fácil ao que lês e ouves, escuta o que o preço está a fazer e olha para o que te rodeia. - O Alquimista
 
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Re: Fundos à la carte

por Mouro_Emprestado » 2/1/2015 14:41

O Alquimista Escreveu:
Mouro_Emprestado Escreveu:Alquimista, porque razão dizes que aos FI estrangeiros aplica-se a norma do artigo 71.º (RF a título definitivo) e não a norma do artigo 72.º (tributação autónoma) ?

Embora o IRS não seja a minha praia, a verdade é que o artigo 72.º remete para o saldo entre as + valias e - valias dos rendimentos enquadrados na al. b) do n.º 1 do artigo 10.º, os quais incluem o resgate ou liquidação de FIs (sem distinção entre nacionais ou estrangeiros) :-k

Aliás, se assim não o fosse, podia eventualmente argumentar-se que se estaria a dar uma vantagem positiva aos fundos nacionais vs os fundos estrangeiros, o que a Comissão Europeia não costuma gostar muito (mas ao contrário pode passar :oh: ). Quero acreditar que a nossa máquina fiscal não cometeria tal erro, mas já não digo nada.


Mouro, desculpa começar com um desabafo, nada relacionado com a tua questão:
no que eu me fui meter, logo no primeiro dia de 2015! Andava eu tão entretido com as minhas linhas e tive que me meter com leis fiscais. Não tarda volto para a minha praia!

Dizes que o IRS não é a tua praia. Também não é a minha (a não ser quando levo com a retenção na fonte). Ora,se ambos frequentamos uma praia que não é nossa...será que resultará algo de útil para a audiência? :-k

Diz o art. 71.º n.º 3 — Excetuam -se do disposto na alínea b) do n.º 1 (portanto, do regime de tributação por taxa liberatória/retenção na fonte) os
rendimentos pagos ou colocados à disposição de fundos
de investimento constituídos de acordo com a legislação
nacional, caso em que não há lugar a retenção na fonte


O Luxemburgo andou a fazer acordos secretos com várias empresas para pagarem menos imposto e, dizes tu, a Comissão pode não gostar se o Estado português privilegiar os fi nacionais? Não só o argumento não me convence, como, sinceramente, esta malta da Europa cada vez mais me decepciona.

Em suma:
- a leitura apressada e quase de certeza errada é esta: o fi está sujeito a taxa liberatória? Se sim, não há dedução de menos-valias, tributação com taxa liberatória (sem prejuízo do englobamento). Se não, pode haver (tributação da mais-valia final com taxa autónoma).
- aqui ficam exemplos de como se pode pôr o Direito Fiscal a correr atrás da engenharia financeira.

Abraço


Já estive a ver melhor a norma que elencaste (ontem aquela hora não deu mesmo).

A interpretação que faço (o Atlas pode ajudar) é que os FI's nacionais não são sujeitos a tributação, via Retenção na Fonte à taxa liberatória, quando recebem rendimentos de valores mobiliários pagos por entidades não residentes - Artigo 71.º -
É isso que retiro do "valores pagos ou postos à disposição de" e não "valores pagos ou postos à disposição por".
Contudo, porque raio é que esta norma fica no CIRS?! :shock: :-k :wall: :?

A mim, para as pessoas singulares, trate-se ou não de FI nacionais ou estrangeiros, vai-se aplicar a norma do Artigo 72.º, i.e., somos tributados autonomamente à taxa de 28% (caso não optemos pelo englobamento) e pode-se considerar o saldo entre as mais e menos-valias (no caso dos fundos, que não era verdade até 2015).
 
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Re: Fundos à la carte

por Mouro_Emprestado » 2/1/2015 14:32

Mouro_Emprestado Escreveu:
Rick Lusitano (New) Escreveu:Um dos perigos dos ETFs (gestão passiva ou activa), deixo um cheirinho:


... Que se aplica também aos Mutual Funds de gestão passiva (Vanguard e quejandos).

Mais perigoso é o spread entre o bid e o ask price nos ETFs. Anteontem estava a testar a compra de um ETF e o spread era de 1,5% (!). Espero que se trate duma anomalia provocada por se tratar do último dia do ano (mais uma coisa a ter em conta :-k ).


Só uma achega, hoje (dia 2 de Janeiro) o spread entre o bid e o ask do ETF em causa (LYXOR UCITS ETF EuroMTS 15+Y Investment Grade) é de 0,15% (ufa....).
 
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Re: Fundos à la carte

por Brans » 2/1/2015 14:01

Mais um cheirinho de biotecnologia.

Além do facto de estar em curso um desenvolvimento nesta área que permitiu e ainda permite uma valorização deste sector, existem algumas ameaças aqui descritas neste excerto de um longo artigo:


Onward and Upward

Given that biotech industry indices in 2014 "more than tripled the performance of both the Dow Jones Industrial Average (DJIA) and the Standard & Poor's 500," Brozak is bullish on prospects for 2015.

"Year to date, the S&P Biotech Select Industry Index has grown 34.31%, while the DJIA and the S&P 500 have only appreciated 2.97% and 6.7% respectively, meaning that in 2014, biotech has outperformed the market by an even larger margin than in 2013. This conveys the strength of the healthcare sector and shows that a stable framework is in place for further expansion," Brozak said. "Currently, healthcare is in the midst of liquidity levels that are unparalleled in recent times, so the first half of 2015 is likely to be characterized by the perpetuation of current trends in biotech."

While Brozak doesn't know exactly when, he does knows the biotech boom will slow down and come to an end. "Right now we're also very concerned with what is happening geopolitically, especially in Russia with the destabilization of the ruble, a collapsing energy market and turmoil in the Middle East. These are events that may profoundly impact capital market activity and the ability for companies to perform."

When asked about the sector's long-term prospects, Brozak went on to say, "Sometime early in the second half of 2015, investors should anticipate a correction in the biotech space. There will be a setback. Maybe one of the newly IPO'ed companies will report poor clinical trial results or, more likely, something won't work the way the market wanted it to, and we'll see an industry-wide correction. There were a few times this almost happened in 2014, but there was always another catalyst—the announcement of a megamerger or excellent results reported in a small immunotherapy trial—which helped the sector recover. When the market hits 20,000, investors should expect it to cool off. . .and even that milestone could be the catalyst for a correction. No matter the cause, a correction will be a good time to invest in biotechs, with excellent scientific prospects during the retrenching."

Looking forward, McCamant also offers some cautions. He advises investors to "watch for a frothy IPO market" and agrees that biotech won't be immune to a downturn in the overall market, should that happen. He also doesn't like the tendency to "finance til we puke," another potential hindrance to the sector's overall robustness.

But on the upside, McCamant likes the prospects for smaller biotech companies, noting that big pharmas are looking to acquire "strings of pearls," smaller, nimbler companies with compounds and platforms that will bolster their pipelines. "Competition is heating up," he said, adding that "bidding wars" may be in the offing.

Demographics also point to continued growth in the sector, with aging baby boomers primed to bolster market growth. "Health will always come before wealth," McCamant observed. "The sector is hitting on all cylinders."



Artigo completo: http://www.marketoracle.co.uk/Article48833.html






Singapura

Experts optimistic about Singapore's growth in 2015
http://www.channelnewsasia.com/news/bus ... 60782.html
Editado pela última vez por Brans em 2/1/2015 14:52, num total de 1 vez.
 
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Re: Fundos à la carte

por O Alquimista » 2/1/2015 2:05

Mouro_Emprestado Escreveu:Alquimista, porque razão dizes que aos FI estrangeiros aplica-se a norma do artigo 71.º (RF a título definitivo) e não a norma do artigo 72.º (tributação autónoma) ?

Embora o IRS não seja a minha praia, a verdade é que o artigo 72.º remete para o saldo entre as + valias e - valias dos rendimentos enquadrados na al. b) do n.º 1 do artigo 10.º, os quais incluem o resgate ou liquidação de FIs (sem distinção entre nacionais ou estrangeiros) :-k

Aliás, se assim não o fosse, podia eventualmente argumentar-se que se estaria a dar uma vantagem positiva aos fundos nacionais vs os fundos estrangeiros, o que a Comissão Europeia não costuma gostar muito (mas ao contrário pode passar :oh: ). Quero acreditar que a nossa máquina fiscal não cometeria tal erro, mas já não digo nada.


Mouro, desculpa começar com um desabafo, nada relacionado com a tua questão:
no que eu me fui meter, logo no primeiro dia de 2015! Andava eu tão entretido com as minhas linhas e tive que me meter com leis fiscais. Não tarda volto para a minha praia!

Dizes que o IRS não é a tua praia. Também não é a minha (a não ser quando levo com a retenção na fonte). Ora,se ambos frequentamos uma praia que não é nossa...será que resultará algo de útil para a audiência? :-k

Diz o art. 71.º n.º 3 — Excetuam -se do disposto na alínea b) do n.º 1 (portanto, do regime de tributação por taxa liberatória/retenção na fonte) os
rendimentos pagos ou colocados à disposição de fundos
de investimento constituídos de acordo com a legislação
nacional, caso em que não há lugar a retenção na fonte


O Luxemburgo andou a fazer acordos secretos com várias empresas para pagarem menos imposto e, dizes tu, a Comissão pode não gostar se o Estado português privilegiar os fi nacionais? Não só o argumento não me convence, como, sinceramente, esta malta da Europa cada vez mais me decepciona.

Em suma:
- a leitura apressada e quase de certeza errada é esta: o fi está sujeito a taxa liberatória? Se sim, não há dedução de menos-valias, tributação com taxa liberatória (sem prejuízo do englobamento). Se não, pode haver (tributação da mais-valia final com taxa autónoma).
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Re: Fundos à la carte

por Mouro_Emprestado » 2/1/2015 1:23

Alquimista, porque razão dizes que aos FI estrangeiros aplica-se a norma do artigo 71.º (RF a título definitivo) e não a norma do artigo 72.º (tributação autónoma) ?

Embora o IRS não seja a minha praia, a verdade é que o artigo 72.º remete para o saldo entre as + valias e - valias dos rendimentos enquadrados na al. b) do n.º 1 do artigo 10.º, os quais incluem o resgate ou liquidação de FIs (sem distinção entre nacionais ou estrangeiros) :-k

Aliás, se assim não o fosse, podia eventualmente argumentar-se que se estaria a dar uma vantagem positiva aos fundos nacionais vs os fundos estrangeiros, o que a Comissão Europeia não costuma gostar muito (mas ao contrário pode passar :oh: ). Quero acreditar que a nossa máquina fiscal não cometeria tal erro, mas já não digo nada.
 
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Re: Fiscalidade

por O Alquimista » 2/1/2015 0:36

ATLAS_ Escreveu:Alquimista,

Antes de mais confesso que, pese embora a minha formação jurídica, de Direito Fiscal pouco entendo. O que sei foi o que aprendi na faculdade há mais de 10 anos (e, basicamente, o que ali se aprende, nesse ramo, não serve para quase nada).

Por isso, posso dizer com propriedade que pouco sei desse ramo do Direito.

Contudo, não consigo vislumbrar de onde retiras na lei que, relativamente aos fundos sujeitos à taxa liberatória (os fundos estrangeiros), não há possibilidade de os incluir para indicação das menos valias. Porque é que a retenção na fonte é impeditiva dessa contabilização?


Atlas, apenas levantei a questão após leitura superficial. Em toda a leitura superficial e apressada a probabilidade de erro é muito elevada. De Direito Fiscal ainda sei menos do que tu. Repara: qual a razão técnica para tributar fi nacionais e estrangeiros com a mesma taxa mas seguindo caminhos fiscais diferentes: um com uma taxa autónoma, outro com taxa liberatória? Se a ideia é privilegiar os fi nacionais, tal não foi conseguido via taxa. O que se pode dizer é algo como isto: em relação ao fi estrangeiros ou há mais-valia e paga-se 28% (a título definitivo e sem necessidade de declaração fiscal pelo contribuinte) ou há menos-valia e neste caso não há tributação nem possibilidade de usá-la para abate (regime próprio e independente de tributação). O privilégio dado aos fi nacionais (se, é claro, o legislador teve essa intenção, o que não sei porque não consultei os trabalhos preparatórios) seria precisamente esse: usá-los no cálculo da mais-valia tributável.
Imagina que só tens fi estrangeiros (sujeitos portanto à taxa liberatória): num ganhas, noutro perdes. Como conseguirás fazer o abate? A instituição fá-lo-á? Obrigatoriamente ou a pedido? E se forem instituições diferentes? Repare-se que ela está obrigada a reter logo o imposto (tu nada fazes, ficas quieto à espera do carcanhol líquido) e para o calcular tem que formar a base tributável e esta dependerá do cálculo da mais-valia; e para o calcular ela tem de saber todo o teu historial de investidor em fi; etc., etc.
Deixemos os especialistas estudarem e pronunciarem-se. Por isso é que existem.

Abraço
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 1/1/2015 23:56

Amigo Rick,

Eu acho que tu quando fazes os principais movimentos na tua carteira, podias referir isso aqui no tópico e as tuas razões subjacentes a essas subscrições, reforços ou resgates, porque isso é do interesse dos foristas como sendo mais um elemento de análise para a suas tomadas de decisão. Eu até percebo porque é que não fazes isso, porque aí estás defendido contra um qualquer user que te possa apontar uma aposta errada, como eu tive, mas como acho que 99.9% das pessoas que frequentam o teu tópico serão pessoas decentes e que sabem distinguir um tiro falhado em 9 certeiros (90% de êxito), não tenho quaisquer dúvidas em como isso iria engrandecer este tópico, também com os contributos saudáveis dos que possam ter uma visão diferente da tua.

Assim, naquele recente post que colocaste sobre a Rússia, podias referir se consideras presentemente uma boa aposta, porque é isso que os foristas pretendem mais, para além dos "discos pedidos" de análise de FI.

Amigo, não entendas isto como uma qualquer crítica, pois eu só pretendo alavancar ainda mais a "boa volatilidade" deste tópico, pois reunir a rubrica dos "discos pedidos" com uns insights de Outlook seria brutal para o tópico, de modo a podermos melhorar a equação: Insights + Process = Results

Eu cá estarei para ajudar, na medida do possível.

Um abraço.
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Re: Fiscalidade

por ATLAS_ » 1/1/2015 23:24

O Alquimista Escreveu:Atlas,

(...)

Uma leitura rápida e superficial da nova lei levanta várias questões, em relação às quais não me vou pronunciar em concreto. Limito-me a "levantar a lebre" de modo problemático-interrogativo: apenas dedutibilidade de menos-valias em fundos de investimento criados ao abrigo da legislação nacional, porque sujeitos a taxa autónoma e não a retenção na fonte/tributação definitiva mediante taxa liberatória? A eficiência fiscal é uma das preocupações do investidor.

Abraço


Alquimista,

Antes de mais confesso que, pese embora a minha formação jurídica, de Direito Fiscal pouco entendo. O que sei foi o que aprendi na faculdade há mais de 10 anos (e, basicamente, o que ali se aprende, nesse ramo, não serve para quase nada).

Por isso, posso dizer com propriedade que pouco sei desse ramo do Direito.

Contudo, não consigo vislumbrar de onde retiras na lei que, relativamente aos fundos sujeitos à taxa liberatória (os fundos estrangeiros), não há possibilidade de os incluir para indicação das menos valias. Porque é que a retenção na fonte é impeditiva dessa contabilização?
 
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Re: Fundos à la carte

por R2 » 1/1/2015 22:50

Boas,

A propósito da referência do Alquimista à citação"The power of accurate observation is often called cynicism by those who haven’t got it." -George Bernard Shaw, da qual eu destaco a palavra "accurate" que em matéria de estatística temos os termos accuracy e precision, com significados estatísticos diferentes mas que muitas vezes são confundidos entre si.

Assim, como esses termos também são importantes para a literacia financeira, vou a seguir apresentar um remake de um pequeno texto que fiz em tempos:


Os conceitos estatísticos da precisão e da exactidão.

A propósito dos rácios de Sharpe de fundos de investimento que não são comparáveis quando utilizam, no cálculo do excesso de retornos, benchmarks diferentes de ativos sem risco; ou quando são relativos a períodos de tempo diferentes, vou de seguida falar sobre a precisão (precision) e a exactidão (accuracy) que aparentemente são sinónimos mas que em termos estatísticos têm significados diferentes.

Estatisticamente, a precisão quer dizer que a medição, ou um qualquer acto, é feita sempre da mesma maneira, ou seja, com reprodutibilidade. Assim, no caso de querer comparar massas devo utilizar sempre a mesma balança, mesmo que a mesma não esteja calibrada (aferição do zero), porque deste modo sabe-se com uma certeza absoluta se as massas são maiores, menores ou iguais, mas não sei se os valores obtidos das massas são exactos, ou seja, se correspondem aos valores reais.

A exactidão quer dizer que os valores obtidos de uma medição, ou de um acto qualquer, correspondem a valores 100% reais. No exemplo da balança, quer dizer que para além de utilizar a mesma balança a mesma estava aferida/calibrada (aferição do zero) de modo a obter resultados 100% reais.

Para melhor se perceber a diferença entre a precisão e a exactidão, vou exemplificar com o tiro ao alvo. A precisão é atirar sempre no mesmo ponto do alvo, isto quer dizer que o atirador atira sempre da mesma maneira, ou seja, com reprodutibilidade. A exactidão é atirar sempre no ponto central do alvo, isto quer dizer que o atirador atirou sempre da mesma maneira mas com a mira da arma afinada/calibrada e assim o atirador obteve sempre 100 pontos em cada tiro.

Abraço.
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Re: Fiscalidade

por O Alquimista » 1/1/2015 22:36

R2 Escreveu:Amigo Alquimista,
Eu quando falei nos gráficos não foi uma qualquer espécie de critica, pelo contrário, pois eu sou da opinião que um qualquer gráfico, seja sobre que matéria for, é mais relevante para a visualização, interpretação e condução a uma possível conclusão do que a tabela de excel subjacente. Para além disso, também podemos dizer que um gráfico vale mais que mil palavras sobre o assunto em análise, isto porque um gráfico não tem retórica subjacente, tem números.

Abraço.


Amigo BeRock, eu não vi a tua intervenção como uma crítica. Quis apenas explicar porque não apresento os resultados de modo apelativo/gráfico. Mas, também te digo que críticas provenientes de gente competente serão sempre bem vindas.

Abraço
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Re: Fiscalidade

por O Alquimista » 1/1/2015 22:31

ATLAS_ Escreveu:Sr. Alquimista,

Ou eu não estou a entender ou gerou-se aqui alguma confusão.

Para que não fiquem dúvidas: o senhor referia-se à lei atualmente em vigor ou à proposta de lei?

Obrigado.


Atlas,

Em primeiro lugar, não me trates por Sr. (nem por você :mrgreen: ).

Os textos legais citados dizem respeito à lei em vigor aquando do meu post e foram retirados do site das finanças como se pode ver dos links. Digo "em vigor aquando do meu post" porque entretanto foram publicadas a lei do orçamento para 2015 (Lei n.º 82-B/2014) e a reforma do IRS (Lei n.º 82-E/2014). Também foi reformado o IRC (Lei n.º 82-C/2014 ).
https://dre.pt/application/conteudo/66016527
https://dre.pt/application/conteudo/66022085
https://dre.pt/application/conteudo/66022083


Da nova lei do IRS destaco algumas passagens:

Artigo 10.º
Mais -valias
1 — Constituem mais -valias os ganhos obtidos que, não
sendo considerados rendimentos empresariais e profissionais,
de capitais ou prediais, resultem de
:
a) Alienação onerosa de direitos reais sobre bens imó-
veis e afetação de quaisquer bens do património particular
a atividade empresarial e profissional exercida em nome
individual pelo seu proprietário;
b) Alienação onerosa de partes sociais e de outros valores
mobiliários, incluindo
:
1) A remição e amortização com redução de capital de
partes sociais;
2) A extinção ou entrega de partes sociais das sociedades
fundidas, cindidas ou adquiridas no âmbito de operações
de fusão, cisão ou permuta de partes sociais;
3) O valor atribuído em resultado da partilha, bem como
em resultado da liquidação, revogação ou extinção de estruturas
fiduciárias aos sujeitos passivos que as constituíram,
nos termos dos artigos 81.º e 82.º do Código do IRC;
4) O reembolso de obrigações e outros títulos de dívida;
5) O resgate de unidades de participação em fundos de
investimento e a liquidação destes fundos;

(...)
e) Operações relativas a instrumentos financeiros derivados,
com exceção dos ganhos previstos na alínea q) do
n.º 2 do artigo 5.º;
f) Operações relativas a warrants autónomos, quer o
warrant seja objeto de negócio de disposição anteriormente
ao exercício ou quer seja exercido, neste último caso independentemente
da forma de liquidação;
g) Operações relativas a certificados que atribuam ao
titular o direito a receber um valor de determinado ativo subjacente, com exceção das remunerações previstas na
alínea r) do n.º 2 do artigo 5.º;

Artigo 43.º
Mais -valias
1 — O valor dos rendimentos qualificados como mais -valias
é o correspondente ao saldo apurado entre as mais -valias e as
menos -valias realizadas no mesmo ano, determinadas nos
termos dos artigos seguintes.
2 — O saldo referido no número anterior, respeitante
às transmissões efetuadas por residentes previstas nas
alíneas a), c) e d) do n.º 1 do artigo 10.º, positivo ou negativo,
é apenas considerado em 50 % do seu valor.

Artigo 71.º
Taxas liberatórias
1 — Estão sujeitos a retenção na fonte a título definitivo,
à taxa liberatória de 28 %:
a) Os rendimentos de capitais obtidos em território
português, por residentes ou não residentes, pagos por
ou através de entidades que aqui tenham sede, direção
efetiva ou estabelecimento estável a que deva imputar -se
o pagamento e que disponham ou devam dispor de contabilidade
organizada;
b) Os rendimentos de valores mobiliários pagos ou
colocados à disposição dos respetivos titulares, residentes
em território português, devidos por entidades que não tenham
aqui domicílio a que possa imputar -se o pagamento,
por intermédio de entidades que estejam mandatadas por
devedores ou titulares ou ajam por conta de uns ou outros.
c) (Revogada.)
d) (Revogada.)
2 — (Revogado.)
3 — Excetuam -se do disposto na alínea b) do n.º 1 os
rendimentos pagos ou colocados à disposição de fundos
de investimento constituídos de acordo com a legislação
nacional, caso em que não há lugar a retenção na fonte


Artigo 72.º
Taxas especiais
1 — São tributados à taxa autónoma de 28 %:
a) As mais -valias previstas nas alíneas a) e d) do n.º 1
do artigo 10.º auferidas por não residentes em território
português que não sejam imputáveis a estabelecimento
estável nele situado;
(...)
c) O saldo positivo entre as mais -valias e menos -valias,
resultante das operações previstas nas alíneas b), c), e), f),
g) e h) do n.º 1 do artigo 10.º
;

Uma leitura rápida e superficial da nova lei levanta várias questões, em relação às quais não me vou pronunciar em concreto. Limito-me a "levantar a lebre" de modo problemático-interrogativo: apenas dedutibilidade de menos-valias em fundos de investimento criados ao abrigo da legislação nacional, porque sujeitos a taxa autónoma e não a retenção na fonte/tributação definitiva mediante taxa liberatória? A eficiência fiscal é uma das preocupações do investidor.

Abraço
"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." - Samuel Becket
Pára de dar crédito fácil ao que lês e ouves, escuta o que o preço está a fazer e olha para o que te rodeia. - O Alquimista
 
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Re: Fundos à la carte

por Mouro_Emprestado » 1/1/2015 22:27

Rick Lusitano (New) Escreveu:Um dos perigos dos ETFs (gestão passiva ou activa), deixo um cheirinho:


... Que se aplica também aos Mutual Funds de gestão passiva (Vanguard e quejandos).

Mais perigoso é o spread entre o bid e o ask price nos ETFs. Anteontem estava a testar a compra de um ETF e o spread era de 1,5% (!). Espero que se trate duma anomalia provocada por se tratar do último dia do ano (mais uma coisa a ter em conta :-k ).
 
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