Fundos à la carte
Re: Fundos à la carte
Boas,
Rick,
Quanto àquela de "quando a maré baixa é que se vê quem está nu", também podemos dizer que é nessa altura que podemos apanhar o lingueirão, sendo que este é apanhado pondo um pouco de sal onde se vê um buraquinho com bolhas de ar a saírem de vez em quando, e aí ele é enganado com o sal porque pensa que está a vir novamente a maré cheia com a água salgada, e qual periscópio aparece à tona da água e aí é apanhado.
Moral da história: tal como o lingueirão, nós, por vezes, também somos enganados nos mercados accionistas, porque achamos que já terminou o período de baixa-mar e está a vir a preia-mar ou maré cheia, e aí é que vimos que afinal houve um falso alarme de upside pois o downside afundou ainda mais.
O BedRock também pensava que a baixa-mar da Dilma iria dar lugar à preia-mar do Aécio, e aí quem se lixou não foi o mexilhão foi o lingueirão do BedRock, mas tudo bem, pois este ano até está a ser dos melhores para o seu portfolio.
Rick, a partir de amanhã começam os eventos gastronómicos das férias de Natal em Viseu: cabrito na brasa acompanhado com um arroz malandrinho de grelos e feijão manteiga, morcela e alheira caseiras na brasa (sem rebentar) com grelos salteados e umas batatinhas a murro, … , servidos com um vinho tinto alentejano que está na minha garrafeira há 5 anos a capitalizar exponencialmente a sua qualidade organoléptica: Herdade das Servas (Estremoz) Reserva 2007 (14.5ºC).
Um abraço.
Rick,
Quanto àquela de "quando a maré baixa é que se vê quem está nu", também podemos dizer que é nessa altura que podemos apanhar o lingueirão, sendo que este é apanhado pondo um pouco de sal onde se vê um buraquinho com bolhas de ar a saírem de vez em quando, e aí ele é enganado com o sal porque pensa que está a vir novamente a maré cheia com a água salgada, e qual periscópio aparece à tona da água e aí é apanhado.
Moral da história: tal como o lingueirão, nós, por vezes, também somos enganados nos mercados accionistas, porque achamos que já terminou o período de baixa-mar e está a vir a preia-mar ou maré cheia, e aí é que vimos que afinal houve um falso alarme de upside pois o downside afundou ainda mais.
O BedRock também pensava que a baixa-mar da Dilma iria dar lugar à preia-mar do Aécio, e aí quem se lixou não foi o mexilhão foi o lingueirão do BedRock, mas tudo bem, pois este ano até está a ser dos melhores para o seu portfolio.
Rick, a partir de amanhã começam os eventos gastronómicos das férias de Natal em Viseu: cabrito na brasa acompanhado com um arroz malandrinho de grelos e feijão manteiga, morcela e alheira caseiras na brasa (sem rebentar) com grelos salteados e umas batatinhas a murro, … , servidos com um vinho tinto alentejano que está na minha garrafeira há 5 anos a capitalizar exponencialmente a sua qualidade organoléptica: Herdade das Servas (Estremoz) Reserva 2007 (14.5ºC).
Um abraço.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock
Em vez de seguires o mercado, faz com que ele te siga a ti. - BedRock
Toma o ganho antes que a perda tome conta de ti. - BedRock
Big vacuum ideas in a big head gives a low brain density that float on stupid polluted water. - BedRock
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Re: Fundos à la carte
Obrigado pela partilha de info em relação ao IBRA.
Em relação ao livro do Tony Robbins já conhecia e faz parte da minha [demasiado extensa] lista de livros a comprar. Com tema semelhante estou tb a aguardar o livro/white paper do Meb Faber que podes ver aqui: http://mebfaber.com/2014/12/03/global-a ... ite-paper/
O Faber fez uma extensa análise ao portfolio proposto pelo Robbins e dos "lazy portfolios", incluindo o "verdadeiro" Permanent Portfolio (a versão do Robbins não tem alavancagem): http://mebfaber.com/2014/10/24/the-all- ... portfolio/
O portfolio do Robbins deu que falar na blogosfera e podes ver aqui, no tópico do LTCM, o que o Barry Ritholtz tem a dizer sobre ele: viewtopic.php?f=3&t=76243&start=1550#p1163419
O Blogs de Financeiros mais quantitativos são verdadeiros tesouros de informação

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O Faber fez uma extensa análise ao portfolio proposto pelo Robbins e dos "lazy portfolios", incluindo o "verdadeiro" Permanent Portfolio (a versão do Robbins não tem alavancagem): http://mebfaber.com/2014/10/24/the-all- ... portfolio/
O portfolio do Robbins deu que falar na blogosfera e podes ver aqui, no tópico do LTCM, o que o Barry Ritholtz tem a dizer sobre ele: viewtopic.php?f=3&t=76243&start=1550#p1163419
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Artigos e estudos: Página repositório dos meus estudos e análises que vou fazendo. Regularmente actualizada. É costume pelo menos mais um estudo por semana. Inclui a análise e acompanhamento das carteiras 4 e 8Fundos.
Portfolio Analyser: Ferramenta para backtests de Fundos e ETFs Europeus
"We don’t need a crystal ball to be successful investors. However, investing as if you have one is almost guaranteed to lead to sub-par results." The Irrelevant Investor
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Aberdeen AM: Asia & Emerging Markets Debt
Apresentação da Aberdeen AM, sobre a Ásia e Obrigações dos Mercados Emergentes:
apandres/Aberdeen AM/Unience - Aberdeen AM: Oportunidades de inversión en Asia y países emergentes. (16:53 on December 02 2014)
https://www.unience.com/blogs-economia-finanzas/fondos-de-inversion/aberdeen_am_oportunidades_de_inversion_en_asia_y_paises_emergentes
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Pictet-Absolute Return Fixed Income
Apresentação de Andrés Sánchez Balcázar, gestor do Pictet-Absolute Return Fixed Income:
apandres/Pictet Funds/Unience - Perspectivas en retorno absoluto y renta fija global por Andrés Sánchez Balcázar de Pictet Funds (11:33 on December 11 2014)
https://www.unience.com/blogs-economia-finanzas/fondos-de-inversion/perspectivas_en_retorno_absoluto_y_renta_fija_global_por_andres_sanchez_balcazar_de_pictet_funds
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JPMorgan Europe Equity Plus
Para os fãs do JPMorgan Europe Equity Plus, o vídeo da apresentação em Inglês, do seu gestor, Michael Barakos:
JPMorganAM/Unience - Video completo del desayuno con Michael Barakos en versión original (18:58 on October 21 2014)
https://www.unience.com/blogs-economia-finanzas/jpmorgan_asset_management/video_completo_del_desayuno_con_michael_barakos_en_version_original
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Invesco Balanced-Risk Allocation
Sobre o fundo Invesco Balanced-Risk Allocation, pelos seu gestor, Scott Wolle:
Invesco US/Seeking Alpha - Risk Parity: Comparing The Objections With Reality - Part 1 (Nov. 11, 2014 1:04 AM ET)
http://seekingalpha.com/article/2667895-risk-parity-comparing-the-objections-with-reality-part-1
Invesco US/Seeking Alpha - Risk Parity: Comparing The Objections With Reality - Part 2 (Nov. 18, 2014 1:06 AM ET)
http://seekingalpha.com/article/2690255-risk-parity-comparing-the-objections-with-reality-part-2
Invesco US/Seeking Alpha - Risk Parity: Comparing The Objections With Reality - Part 1 (Nov. 11, 2014 1:04 AM ET)
http://seekingalpha.com/article/2667895-risk-parity-comparing-the-objections-with-reality-part-1
Invesco US/Seeking Alpha - Risk Parity: Comparing The Objections With Reality - Part 2 (Nov. 18, 2014 1:06 AM ET)
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Re: Fundos à la carte
Mornigstar US/Seeking Alpha - Opportunity In The World's Roads, Railways, And Water Systems (Oct. 21, 2014 9:50 AM ET)
http://seekingalpha.com/article/2578615-opportunity-in-the-worlds-roads-railways-and-water-systems
Mornigstar US/Seeking Alpha - Where Are The Opportunities In Emerging Markets Today? (Oct. 31, 2014 6:04 AM ET)
http://seekingalpha.com/article/2622865-where-are-the-opportunities-in-emerging-markets-today
Mornigstar US/Seeking Alpha - Emerging-Markets Bonds In A Rising U.S. Dollar Environment (Nov. 4, 2014 1:59 AM ET)
http://seekingalpha.com/article/2633975-emerging-markets-bonds-in-a-rising-u-s-dollar-environment
http://seekingalpha.com/article/2578615-opportunity-in-the-worlds-roads-railways-and-water-systems
Mornigstar US/Seeking Alpha - Where Are The Opportunities In Emerging Markets Today? (Oct. 31, 2014 6:04 AM ET)
http://seekingalpha.com/article/2622865-where-are-the-opportunities-in-emerging-markets-today
Mornigstar US/Seeking Alpha - Emerging-Markets Bonds In A Rising U.S. Dollar Environment (Nov. 4, 2014 1:59 AM ET)
http://seekingalpha.com/article/2633975-emerging-markets-bonds-in-a-rising-u-s-dollar-environment
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Re: Fundos à la carte
Especialmente para o VG (e não só), como sei que também és adepto dos risk-adjusted returns.
Yahoo Finance - Tony Robbins: Ray Dalio's "All Weather" Portfolio (November 18, 2014 11:16 AM)
http://finance.yahoo.com/news/tony-robbins--ray-dalio-s--all-weather--portfolio-161619133.html

Yahoo Finance - Tony Robbins: Ray Dalio's "All Weather" Portfolio (November 18, 2014 11:16 AM)
http://finance.yahoo.com/news/tony-robbins--ray-dalio-s--all-weather--portfolio-161619133.html
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Re: Fundos à la carte
Invesco US/Seeking Alpha - Growth-Seeking Investors Eye ASEAN Markets (Dec. 16, 2014 1:27 AM ET)
http://seekingalpha.com/article/2758005-growth-seeking-investors-eye-asean-markets
Invesco US/Seeking Alpha - What's Behind China's Interest Rate Cut? (Dec. 1, 2014 9:13 AM ET)
http://seekingalpha.com/article/2720815-whats-behind-chinas-interest-rate-cut
http://seekingalpha.com/article/2758005-growth-seeking-investors-eye-asean-markets
Invesco US/Seeking Alpha - What's Behind China's Interest Rate Cut? (Dec. 1, 2014 9:13 AM ET)
http://seekingalpha.com/article/2720815-whats-behind-chinas-interest-rate-cut
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Re: Fundos à la carte
R2, repara nesta frase:
Fonte: Carla Quinto/Rankia - “Cuando baje la marea, veremos quien se baña desnudo”. Miguel Jiménez contesta a las preguntas de los foreros (16 de diciembre de 2014)
http://www.rankia.com/blog/fondos-inversion/2582129-cuando-baje-marea-veremos-quien-bana-desnudo-miguel-jimenez-contesta-preguntas-foreros

Miguel Jiménez Escreveu:Ya saben “cuando baje la marea, veremos quien se baña desnudo” parafraseando a W. Buffet.
Fonte: Carla Quinto/Rankia - “Cuando baje la marea, veremos quien se baña desnudo”. Miguel Jiménez contesta a las preguntas de los foreros (16 de diciembre de 2014)
http://www.rankia.com/blog/fondos-inversion/2582129-cuando-baje-marea-veremos-quien-bana-desnudo-miguel-jimenez-contesta-preguntas-foreros
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Re: Fundos à la carte
Invesco US/Seeking Alpha - 3 Potential Opportunities And 3 Risks For 2015 (Dec. 19, 2014 3:32 AM ET)
http://seekingalpha.com/article/2767925-3-potential-opportunities-and-3-risks-for-2015
http://seekingalpha.com/article/2767925-3-potential-opportunities-and-3-risks-for-2015
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Financial Engineering and Risk Management
Mais avançado:
Columbia University/Coursera - Financial Engineering and Risk Management Part I
https://www.coursera.org/learn/financialengineering1/outline
Columbia University/Coursera - Financial Engineering and Risk Management Part II
https://www.coursera.org/learn/financialengineering2/outline
Columbia University/Coursera - Financial Engineering and Risk Management Part I
https://www.coursera.org/learn/financialengineering1/outline
Columbia University/Coursera - Financial Engineering and Risk Management Part II
https://www.coursera.org/learn/financialengineering2/outline
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Re: Fundos à la carte
VirtuaGod Escreveu:R2 Escreveu:Por outro lado, uma subida da taxa de juros de referência por parte de um Banco Central, faz com que [...] uma queda no preço das acções, isto porque o preço do dinheiro fica mais caro para o empréstimo e financiamento das empresas, [...] o que motiva os gestores a venderem as ações. Como resultado, no futuro, os preços das ações irão descer.
Fonte: What Happens to Stocks and Bonds When the Fed Raises Rates?
A minha frase que tu citas é uma frase teórica e existe no livro do Prof. Siegel, e no campo teórico está correta se se considerar apenas o factor monetário da subida da taxa de juros de referência e as suas repercussões no desempenho das ações, mas se entrarem em jogo outros factores com um peso quantitativo relevante como grandes aumentos do crescimento do emprego e do PIB, então o factor desfavorável do aumento da taxa da Fed para as ações, porque torna o dinheiro mais caro para o empréstimo e financiamento das empresas, pode ser suplantado pelos outros 2 factores de aumentos do emprego e do crescimento do PIB, pois havendo mais pessoas empregadas há mais dinheiro nos bolsos das pessoas => maior consumo => aumento da produção industrial por via do maior consumo interno => maiores ganhos nas empresas em particular nas mais dependentes do consumo interno => valorização das ações dessas empresas. Tudo isto será verdadeiramente suportado pelo crescimento da taxa do PIB, que é o mesmo que dizer, com o aumento da riqueza nacional.
Por outro lado, há um outro factor incontrolável e imprevisível nos mercados e que é determinante: sentimento comportamental do rebanho dos investidores.
Efetivamente, no 1º quadro do artigo apresentado pelo VG, há poucos períodos em que o desempenho das acções foram negativos, dentro dos períodos das subidas da taxa da Fed. Contudo, retornos positivos não quer dizer que não possam ter baixado em relação a retornos anteriores mais elevados. Por outro lado, na minha frase citada pelo VG aparece a palavra “futuro” e se formos ver o 2º quadro do artigo relativo aos períodos de 1 ano, 3 e 5 anos após os períodos de subida da taxa da Fed, podemos ver que as médias dos retornos das acções já baixaram, especialmente no caso de 1 ano após e neste caso já aparecem mais períodos negativos de retornos, em relação ao 1º quadro, pelo que a minha frase está, em termos relativos, correta, e se for referenciada com apenas o factor monetário (subida da taxa da Fed), está corretíssima, pelo que vou fazer uma pequena edição na minha frase em causa com a especificação de que tal seria o expectável se no processo entrasse apenas em jogo o factor monetário, porém como nos mercados há outros factores a ter em conta, sendo que alguns podem ser imprevisíveis ou incontroláveis, logo no jogo global da ponderação quantitativa entre os vários factores intervenientes no processo, na prática até pode acontecer o contrário do cenário só com o factor monetário. E é isto que eu vou introduzir na edição do meu texto no contexto da frase em causa.
Abraço.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock
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Mathematical Methods for Quantitative Finance
Para quem gosta e quem quer saber mais:
University of Washington/Coursera - Mathematical Methods for Quantitative Finance
https://www.coursera.org/course/mathematicalmethods
University of Washington/Coursera Escreveu:Mathematical Methods for Quantitative Finance covers topics from calculus and linear algebra that are fundamental for the study of mathematical finance. Students successfully completing this course will be mathematically well prepared to study quantitative finance at the graduate level.
University of Washington/Coursera - Mathematical Methods for Quantitative Finance
https://www.coursera.org/course/mathematicalmethods
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Re: Fundos à la carte
R2, se possível, coloca títulos nos teus artigos, tanto nos que já criastes, como os nossos futuros, para eu poder colocar os links para eles, na 1ª página do tópico.
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Re: Fundos à la carte
R2, bom e detalhado artigo, o mundo das obrigações. E tem linguagem acessivel (não muito técnica/estatística/matemática). 

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Re: Fundos à la carte
pcm1979 Escreveu:Alquimista Escreveu:O maior risco que poderá haver neste fundo de obrigações soberanas, é o risco cambial de uma possível desvalorização desproporcionada do BRL (real brasileiro) em relação ao USD.
Um abraço.
Isso é o que mais me preocupa, então realmente o meu receio justica-se. O Brasil aumentou recentemente a taxa de juro, mas é expectável que isso já esteja descontado na cotação, certo? Por outro lado, com a forte escalada do dólar face ao real, o movimento não estará próximo de esgotar-se?Ou a economia americana vai rebentar com tudo devido à recente auto-suficiência em petróleo?
pcm1979,
A frase que tu citaste não é do Alquimista mas sim minha ... não há problema.
Teoricamente, é expectável que o USD continue a valorizar em relação a moedas fracas e até em relação a algumas moedas fortes (hard currencies) como é o caso do EUR. Assim, é natural que o teu fundo de obrigações em USD continue a incorporar a desvalorização do BRL face ao USD e por essa via monetária vai perder parte da sua performance.
O Brasil aumentou recentemente a taxa de juros porque é uma das medidas para tentar estancar a queda do BRL face ao USD, sendo que as outras medidas podem ser a venda de parte das reservas de ouro e de parte das reservas em moeda estrangeira como o USD. O que podia estancar com solidez a queda de cotação do BRL, e que seria a grande medida de suporte, era a taxa do PIB do Brasil começar a subir de forma consistente, mas isso está muito difícil e não vai ser para breve, tanto mais que o crescimento do Brasil está muito dependente da exportação de commodities e estas estão baratas como é o caso do petróleo.
A economia dos EUA não vai rebentar com as outras economias senão acabava mais tarde com ela própria. Os EUA vão ser a grande locomotiva que irá arrastar para o crescimento várias economias mundiais e aí a desvalorização das moedas face ao USD vai suavizar, a menos que apareça um QE como o do BCE para 2015, o qual vai acentuar a desvalorização do EUR face ao USD, tal como está a acontecer com o QE do Japão que está a provocar uma desvalorização do JPY (iene) face ao USD.
Um abraço.
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Re: Fundos à la carte
R2 Escreveu:O maior risco que poderá haver neste fundo de obrigações soberanas, é o risco cambial de uma possível desvalorização desproporcionada do BRL (real brasileiro) em relação ao USD.
Um abraço.
Isso é o que mais me preocupa, então realmente o meu receio justica-se. O Brasil aumentou recentemente a taxa de juro, mas é expectável que isso já esteja descontado na cotação, certo? Por outro lado, com a forte escalada do dólar face ao real, o movimento não estará próximo de esgotar-se?

Editado pela última vez por pcm1979 em 21/12/2014 18:20, num total de 1 vez.
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Re: Fundos à la carte
R2 Escreveu:Amigo Alquimista,
O amigo pcm1979 referiu "... os "juros" que irei receber(que supostamente estarão a "ajudar" a cotação a subir) ...". Ora acontece que juros é o montante de dinheiro que se recebe por uma aplicação financeira, enquanto que a taxa de juros é um valor percentual de um rendimento por um determinado período de tempo, normalmente, 1 ano. Isto é que é a linguagem de precisão que se deve utilizar.
Por outro lado, uma subida da taxa de juros de referência por parte de um Banco Central, faz com que a cotação das obrigações desça e não suba, uma vez que à medida que as taxas de juro sobem, provocam, por um lado, uma tendência de descida na cotação das obrigações existentes, porque as novas obrigações são emitidas com uma taxa de juro superior e assim as obrigações anteriores veem a sua cotação baixar, e, por outro lado, uma queda no preço das acções, isto porque o preço do dinheiro fica mais caro para o empréstimo e financiamento das empresas, pelo que a perspetiva dos retornos das novas obrigações é cada vez mais atraente, o que motiva os gestores a venderem as ações. Como resultado, no futuro, os preços das ações irão descer e a cotação das novas obrigações têm tendência a subir.
Assim, temos que distinguir as obrigações existentes aquando da subida da taxa de juros, das obrigações emitidas após a subida dessa taxa de juros, uma vez que têm movimentos diferentes.
Fiz uma pequena edição do post em causa com uma linguagem que já não pode suscitar possíveis equívocos de interpretação do pensamento do exponente.
Abraço.
Amigo BedRock,
Eu compreendi o teu pensamento. Por vezes o uso de linguagem não técnica torna o discurso mais fácil e acessível e, dependendo dos interlocutores e do contexto, são formas banais de expressar o pensamento. Por exemplo: segundo os termos da lei, alugam-se coisas móveis mas arrendam-se coisas imóveis. Se o meu amigo me disser que alugou uma casa da praia para passar férias, achas que te diria (ou a outrem) "Olha lá, não se alugam imóveis, arrendam-se"? É óbvio que não. O que o forista queria dizer, se não lavro em erro, é que afinal de contas o que interessa é o tamanho da coisa.

Capital markets are thought of as a mechanism for buying and selling long-term debt or equity-backed securities, but that definition falls short. Mr. Market is a philosopher, a patient teacher to those who come to class aware of the wisdom on offer. The lessons for those who pay attention to this graduate-level philosophy class are rich, deep and highly counterintuitive.
As you read the many predictions for 2015, do you remember how many strategists were forecasting a collapse in crude oil prices at the start of the year? That’s right, precisely zero.
Recall the beginning of 2014, when 72 out of 72 economists were anticipating higher rates and lower bond prices. How did that work out? Exactly.
Think You're Smart? Markets Are Laughing, Barry Ritholtz
http://www.bloombergview.com/articles/2 ... e-laughing
Abraço
"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." - Samuel Becket
Pára de dar crédito fácil ao que lês e ouves, escuta o que o preço está a fazer e olha para o que te rodeia. - O Alquimista
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Re: Fundos à la carte
R2 Escreveu:Por outro lado, uma subida da taxa de juros de referência por parte de um Banco Central, faz com que [...] uma queda no preço das acções, isto porque o preço do dinheiro fica mais caro para o empréstimo e financiamento das empresas, [...] o que motiva os gestores a venderem as ações. Como resultado, no futuro, os preços das ações irão descer.

Fonte: What Happens to Stocks and Bonds When the Fed Raises Rates?
Artigos e estudos: Página repositório dos meus estudos e análises que vou fazendo. Regularmente actualizada. É costume pelo menos mais um estudo por semana. Inclui a análise e acompanhamento das carteiras 4 e 8Fundos.
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"We don’t need a crystal ball to be successful investors. However, investing as if you have one is almost guaranteed to lead to sub-par results." The Irrelevant Investor
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Re: Fundos à la carte
O Alquimista Escreveu:R2 Escreveu:Não podes dizer que os juros vão ajudar a subir a cotação, pois o que faz subir ou descer a cotação de uma obrigação, tal como uma ação, é a lei da oferta e da procura: mais gente a comprar faz subir a cotação, mais gente a vender faz descer a cotação; associado ao sentimento do rebanho dos investidores: a euforia faz subir bastante a cotação porque a grande maioria do rebanho está a comprar massivamente e o pânico faz descer muito a cotação devido à venda massiva (sell-off) dos ativos.
(...)
Amigo BedRock,
Tudo bem quanto à lei da oferta e da procura a comandar a cotação do activo, de qualquer activo. Só que essa lei traduz-se, em sede de obrigações, pela tentativa de obter um rendimento fixo. Ora, se no mercado houver alteração das taxas de juros (bastará até a percepção dessa alteração), a cotação da obrigação sofrerá com isso, positiva ou negativamente. Daí que se possa dizer que os juros (da concorrência por contraponto ao da obrigação em causa) farão subir ou descer a cotação, entre outros factores. Aliás, foi um desses movimentos que a maioria dos especialistas previu quando se começou a falar do aumento da taxa de juro por parte da FED. Neste caso e até ao momento o mercado reagiu de forma diferente.
Abraço
Amigo Alquimista,
O amigo pcm1979 referiu "... os "juros" que irei receber(que supostamente estarão a "ajudar" a cotação a subir) ...". Ora acontece que juros é o montante de dinheiro que se recebe por uma aplicação financeira, enquanto que a taxa de juros é um valor percentual de um rendimento por um determinado período de tempo, normalmente, 1 ano. Isto é que é a linguagem de precisão que se deve utilizar.
Por outro lado, uma subida da taxa de juros de referência por parte de um Banco Central, faz com que a cotação das obrigações desça e não suba, uma vez que à medida que as taxas de juro sobem, provocam, por um lado, uma tendência de descida na cotação das obrigações existentes, porque as novas obrigações são emitidas com uma taxa de juro superior e assim as obrigações anteriores veem a sua cotação baixar, e, por outro lado, pode haver uma queda no preço das acções, isto porque o preço do dinheiro fica mais caro para o empréstimo e financiamento das empresas, pelo que a perspetiva dos retornos das novas obrigações é cada vez mais atraente, o que pode motivar os investidores/gestores a venderem as ações. Como resultado, no futuro, os preços das ações irão descer e a cotação das novas obrigações têm tendência a subir.
Contudo, convém referir que esse cenário teórico da queda das ações é possível e seria o expectável se no sistema entrasse apenas em jogo o factor monetário da subida da taxa de juros de referência por parte do Banco Central, porém como nos mercados há outros factores a ter em conta, sendo que alguns podem ser imprevisíveis ou incontroláveis, logo no jogo global da poderação quantitativa entre os vários factores intervenientes no processo, na prática até pode acontecer o contrário do cenário de só com o factor monetário.
O contrário desse cenário, é o caso dos resultados práticos dos EUA que demonstram, por uma larga maioria de períodos, que os retornos das ações sobem maioritariamente com o aumento da taxa da Fed. Isto pode ser explicado pelo facto de no processo entrarem em jogo outros factores com um peso quantitativo relevante como grandes aumentos do crescimento do emprego e do PIB, então o factor desfavorável do aumento da taxa da Fed para as ações, porque torna o dinheiro mais caro para o empréstimo e financiamento das empresas, pode ser suplantado pelos outros 2 factores de aumentos do emprego e do crescimento do PIB, pois havendo mais pessoas empregadas há mais dinheiro nos bolsos das pessoas => maior consumo => aumento da produção industrial por via do maior consumo interno => maiores ganhos nas empresas em particular nas mais dependentes do consumo interno => valorização das ações dessas empresas. Tudo isto será verdadeiramente suportado pelo crescimento da taxa do PIB, que é o mesmo que dizer, com o aumento da riqueza nacional.
Assim, temos que distinguir as obrigações existentes aquando da subida da taxa de juros, das obrigações emitidas após a subida dessa taxa de juros, uma vez que têm movimentos diferentes.
Fiz uma pequena edição do post em causa com uma linguagem que já não pode suscitar possíveis equívocos de interpretação do pensamento do exponente.
Abraço.
Editado pela última vez por R2 em 21/12/2014 16:44, num total de 1 vez.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock
Em vez de seguires o mercado, faz com que ele te siga a ti. - BedRock
Toma o ganho antes que a perda tome conta de ti. - BedRock
Big vacuum ideas in a big head gives a low brain density that float on stupid polluted water. - BedRock
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Re: Fundos à la carte
R2 Escreveu:Não podes dizer que os juros vão ajudar a subir a cotação, pois o que faz subir ou descer a cotação de uma obrigação, tal como uma ação, é a lei da oferta e da procura: mais gente a comprar faz subir a cotação, mais gente a vender faz descer a cotação; associado ao sentimento do rebanho dos investidores: a euforia faz subir bastante a cotação porque a grande maioria do rebanho está a comprar massivamente e o pânico faz descer muito a cotação devido à venda massiva (sell-off) dos ativos.
(...)
Amigo BedRock,
Tudo bem quanto à lei da oferta e da procura a comandar a cotação do activo, de qualquer activo. Só que essa lei traduz-se, em sede de obrigações, pela tentativa de obter um rendimento fixo. Ora, se no mercado houver alteração das taxas de juros (bastará até a percepção dessa alteração), a cotação da obrigação sofrerá com isso, positiva ou negativamente. Daí que se possa dizer que os juros (da concorrência por contraponto ao da obrigação em causa) farão subir ou descer a cotação, entre outros factores. Aliás, foi um desses movimentos que a maioria dos especialistas previu quando se começou a falar do aumento da taxa de juro por parte da FED. Neste caso e até ao momento o mercado reagiu de forma diferente.
Abraço
"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." - Samuel Becket
Pára de dar crédito fácil ao que lês e ouves, escuta o que o preço está a fazer e olha para o que te rodeia. - O Alquimista
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Re: Fundos à la carte
VG,
Dado que não deste uma resposta objetiva à minha questão, vou eu dala:
Por definição, a "Hipótese do Mercado Eficiente" assenta no pressuposto de que as rentabilidades de um FI, ao longo de um horizonte temporal, segue um percurso aleatório (random walk), e isto em probabilidade estatística quer dizer que os retornos do passado não influenciam os retornos do presente, os quais, por sua vez, também não irão influenciar os retornos futuros. Ora, esta teoria do random walk dos eventos probabilísticos (ex. retornos), em termos gráficos, corresponde à curva de Gauss em que no eixo das ordenadas está a frequência dos retornos e no eixo das abcissas está o desvio padrão (risco), e é devido ao pressuposto dos eventos aleatórios que essa curva é simétrica e em forma de sino, sendo que o ponto da curva com o maior valor de frequência corresponde ao eixo simétrico vertical central relativo ao desvio padrão = 0, que quer dizer valor = média dos valores da distribuição de frequência gaussiana, isto porque nesta distribuição de eventos aleatórios, os respetivos valores vão distribuírem-se maioritariamente em torno da média (o desvio padrão corresponde aos desvios em relação à média, sendo assim uma medida da volatilidade = oscilação dos resultados em relação a um valor de referência, que neste caso é a média dos valores).
Sendo assim, em termos teóricos, o estudo e análise histórica dos retornos passados, ou outros quaisquer dados passados, dos FI, tem uma importância nula para a teoria da "Hipótese do Mercado Eficiente" (HME), e tendo em conta que quem acredita mais na HME, especialmente para um horizonte temporal de longo prazo de detenção do investimento, são os defensores da gestão passiva, então o estudo e a análise dos retornos passados de um FI por parte dos investidores passivos, constitui em si mesmo uma das suas contradições teóricas.
Acontece que as curvas financeiras reais da frequência de distribuição dos retornos vs desvio padrão não são iguais à curva de Gauss (distribuição normal), pois as mesmas não são simétricas (horizontalidade), mas sim assimétricas, na distribuição em torno da média, e apresentam uma curtose diferente (maior verticalidade) da curva de Gauss, e isto em termos práticos quer dizer que as curvas reais
financeiras têm as designadas caudas gordas (em relação à curva de Gauss de referência) que corresponde a uma maior frequência de se obterem retornos extremos quer do lado direito da curva (retornos dos mais altos) quer do lado esquerdo (retornos dos mais baixos), chamando-se a isso as designadas ineficiências dos mercados acionistas que os gestores/investidores ativos tentam aproveitar para terem uma outperformance em relação aos respetivos index funds da gestão passiva, ou seja, tendo assim um maior Alfa, um maior Tracking Error e um maior Rácio de Informação.
Abraço.
Dado que não deste uma resposta objetiva à minha questão, vou eu dala:
Por definição, a "Hipótese do Mercado Eficiente" assenta no pressuposto de que as rentabilidades de um FI, ao longo de um horizonte temporal, segue um percurso aleatório (random walk), e isto em probabilidade estatística quer dizer que os retornos do passado não influenciam os retornos do presente, os quais, por sua vez, também não irão influenciar os retornos futuros. Ora, esta teoria do random walk dos eventos probabilísticos (ex. retornos), em termos gráficos, corresponde à curva de Gauss em que no eixo das ordenadas está a frequência dos retornos e no eixo das abcissas está o desvio padrão (risco), e é devido ao pressuposto dos eventos aleatórios que essa curva é simétrica e em forma de sino, sendo que o ponto da curva com o maior valor de frequência corresponde ao eixo simétrico vertical central relativo ao desvio padrão = 0, que quer dizer valor = média dos valores da distribuição de frequência gaussiana, isto porque nesta distribuição de eventos aleatórios, os respetivos valores vão distribuírem-se maioritariamente em torno da média (o desvio padrão corresponde aos desvios em relação à média, sendo assim uma medida da volatilidade = oscilação dos resultados em relação a um valor de referência, que neste caso é a média dos valores).
Sendo assim, em termos teóricos, o estudo e análise histórica dos retornos passados, ou outros quaisquer dados passados, dos FI, tem uma importância nula para a teoria da "Hipótese do Mercado Eficiente" (HME), e tendo em conta que quem acredita mais na HME, especialmente para um horizonte temporal de longo prazo de detenção do investimento, são os defensores da gestão passiva, então o estudo e a análise dos retornos passados de um FI por parte dos investidores passivos, constitui em si mesmo uma das suas contradições teóricas.
Acontece que as curvas financeiras reais da frequência de distribuição dos retornos vs desvio padrão não são iguais à curva de Gauss (distribuição normal), pois as mesmas não são simétricas (horizontalidade), mas sim assimétricas, na distribuição em torno da média, e apresentam uma curtose diferente (maior verticalidade) da curva de Gauss, e isto em termos práticos quer dizer que as curvas reais
financeiras têm as designadas caudas gordas (em relação à curva de Gauss de referência) que corresponde a uma maior frequência de se obterem retornos extremos quer do lado direito da curva (retornos dos mais altos) quer do lado esquerdo (retornos dos mais baixos), chamando-se a isso as designadas ineficiências dos mercados acionistas que os gestores/investidores ativos tentam aproveitar para terem uma outperformance em relação aos respetivos index funds da gestão passiva, ou seja, tendo assim um maior Alfa, um maior Tracking Error e um maior Rácio de Informação.
Abraço.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock
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Re: Fundos à la carte
pcm1979 Escreveu:Obrigado pela detalhada explicação. Em relação à questão dos fundos do BES, eu falei neles porque não tinha conta em mais nenhum banco. Nunca pretendi fazer publicidade, e se o fizesse não teria sucesso porque a maioria do pessoal aqui no caldeirão sabe que há entidades gestoras maiores e mais prestigiadas.Acho que esse assunto morreu.
Em relação ao fundo de obrigações, percebo agora porque desce a cotação.Então posso concluir que no longo prazo dificilmente perderei dinheiro nesse fundo? Ou seja, os "juros" que irei receber(que supostamente estarão a "ajudar" a cotação a subir) serão sempre superiores ao eventual desinteresse dos investidores? Ou estou a dizer asneira?
Pergunto isto porque os juros dos cupões são atrativos.
Não podes dizer que os juros (numa liguagem rigorosa, juros é um montante numa determinada moeda e a taxa de juros é uma coisa diferente: é um valor percentual de rendimento num determinado período de tempo, normalmente, em 1 ano) que vais receber estarão a ajudar a subir a cotação, tanto mais que a expectável subida da taxa de juros de referência, num futuro próximo, por parte da Fed, irá teoricamente provocar a queda de cotação das obrigações. De uma maneira geral, o que faz subir ou descer a cotação de uma obrigação, tal como uma ação, é a lei da oferta e da procura: mais gente a comprar faz subir a cotação, mais gente a vender faz descer a cotação; associado ao sentimento do rebanho dos investidores: a euforia faz subir bastante a cotação porque a grande maioria do rebanho está a comprar massivamente e o pânico faz descer muito a cotação devido à venda massiva (sell-off) dos ativos.
Os juros dos cupões são atrativos porque o estado brasileiro, assim como outros países emergentes, precisam de um grande inflow de capitais de empréstimo/compra no mercado da dívida (soberana) para fazer face aos grandes investimentos que têm que fazer para o desenvolvimento do país, designadamente, na realização de infraestruturas básicas e fundamentais para assegurar esse mesmo desenvolvimento.
O maior risco que poderá haver neste fundo de obrigações soberanas, dado que o Brasil não vai entrar em default, é o risco cambial de uma possível desvalorização desproporcionada do BRL (real brasileiro) em relação ao USD.
Um abraço.
Editado pela última vez por R2 em 21/12/2014 2:17, num total de 1 vez.
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Re: Fundos à la carte
Obrigado pela detalhada explicação. Em relação à questão dos fundos do BES, eu falei neles porque não tinha conta em mais nenhum banco. Nunca pretendi fazer publicidade, e se o fizesse não teria sucesso porque a maioria do pessoal aqui no caldeirão sabe que há entidades gestoras maiores e mais prestigiadas.
Acho que esse assunto morreu.
Em relação ao fundo de obrigações, percebo agora porque desce a cotação.
Então posso concluir que no longo prazo dificilmente perderei dinheiro nesse fundo? Ou seja, os "juros" que irei receber(que supostamente estarão a "ajudar" a cotação a subir) serão sempre superiores ao eventual desinteresse dos investidores? Ou estou a dizer asneira?
Pergunto isto porque os juros dos cupões são atrativos.

Em relação ao fundo de obrigações, percebo agora porque desce a cotação.

Pergunto isto porque os juros dos cupões são atrativos.
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