Índia. Pronta para descolar?
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Índia. Pronta para descolar?
Índia. Pronta para descolar?
Na nossa Newsletter 112 destacámos o mercado accionista chinês como um potencial candidato a “mania” deste princípio de século. Olhando para a região asiática, conseguimos encontrar outra economia que pode vir a ter um forte desempenho nos próximos anos. Se a China tem feito parte do quotidiano das publicações económicas, a Índia parece mais discreta talvez por se encontrar numa fase mais embrionária. Vejamos, no entanto, alguns números que fazem os investidores olhar mais atentamente para este país.
Índia
Crescimento do PIB de 7% em 2003.
Crescimento médio de 6% ao ano, na última década. Média de 5% nas décadas de 80 e 90.
Elevado crescimento do consumo privado. Por exemplo, nos últimos anos a compra de automóveis tem crescido cerca de 40% ao ano.
Um dos raros países com excedente comercial com a China.
Mais de mil milhões de habitantes. Ultrapassa a China em termos de população com idade inferior a 25 anos. Pode tornar-se no país mais populoso em meados do século.
Sistema educativo muito forte em Inglês, Matemática e Ciências.
Sistema democrático parlamentar multipartidário, suportado pela liberdade de imprensa. Sistema judicial bem estabelecido.
Maior e mais antigo mercado accionista asiático com 128 anos. Capitalização bolsista de 200 mil milhões de USD, bem diversificado por cerca de 6.000 empresas (ultrapassado apenas por Nova Iorque).
Um dos seis países do mundo com conhecimento e capacidade para lançar satélites.
Implementação de um programa de ligação do país por auto-estrada que envolve, até 2007, um investimento de 12.500 milhões de USD para mais de 13.000 Km.
A Índia têm-se destacado, face a outros países emergentes, na captação de investimento estrangeiro em determinadas áreas devido aos seus elevados níveis de educação e ao facto dos seus habitantes falarem correctamente inglês. Algumas grandes companhias americanas e europeias deslocalizaram para este país algumas das suas áreas de apoio (call center e back office) e mesmo departamentos de Investigação e Desenvolvimento.
A vontade mostrada pelo executivo de retirar a Índia do “quadro” dos países mais pobres do mundo e a adopção de algumas reformas, nomeadamente a abolição de limites de investimento estrangeiro, fazem com que a Índia possa estar no caminho certo para o crescimento sustentado. No entanto, não nos podemos esquecer que este país apresenta alguns riscos de índole económica e também geo-políticos, com destaque para as suas instáveis relações com o vizinho Paquistão.
Estratégia de Investimento
Como temos vindo a afirmar ao longo do tempo, nomeadamente na nossa Newsletter 87 de 21 de Julho de 2003, o património que cada investidor destina ao investimento em acções deve comportar duas parcelas, a do Investimento Estratégico e a de Investimento em Oportunidades Conjunturais. Quanto maior o perfil de risco que o investidor pretende assumir, maior será a parcela destinada ao Investimento em Oportunidades Conjunturais. Assim para perfis de baixo risco pode existir uma exposição a estes investimentos de 5 a 10% do globalmente investido em acções. Para investidores mais “agressivos” face ao risco poderemos ter exposições na ordem dos 20 a 25%. Vejamos, por exemplo, como poderia ser construída uma carteira mista para um perfil de risco Equilibrado.
Se acredita que todo o potencial de crescimento da Índia se vai confirmar e pretende assumir alguma exposição a este mercado dentro da sua carteira de “Oportunidades”, sugerimos a subscrição do seguinte fundo de investimento:
• JF India D: 76,27% no último ano* e Rating A da Standard & Poor's.
Segundo a JPMorgan Fleming, este fundo investe exclusivamente na Índia com o objectivo de aproveitar as oportunidades de investimento que surgem num mercado em rápido crescimento. O fundo está investido maioritariamente nos sectores de Tecnologia, Indústria, Bens de consumo, Energia e Finanças.
Por último, o investidor neste tipo de fundo não se deve esquecer de manter a atenção sobre esta componente da carteira. Deve tentar manter a ponderação que definiu efectuando as tomadas de mais valia ou os reforços necessários
PSI20 regista a maior subida da semana
Os mercados accionistas encerraram a semana em alta, ajudados pelo testemunho positivo do presidente da Reserva Federal norte-americana. Greenspan revelou um maior optimismo na retoma económica, diminuindo as suas estimativas de desemprego - uma das variáveis mais importantes - e afirmando não encontrar ainda sinais de pressões inflacionistas. O presidente do Fed referiu que será paciente em iniciar o ciclo de subida das taxas de juro, acalmando os investidores.
Este discurso teve repercussões no mercado cambial, resultando numa apreciação do Euro face ao Dólar, dado o menor interesse relativo por activos denominados na moeda norte-americana. Além do facto de Greenspan ver benefícios na fraqueza do Dólar, nomeadamente a nível da redução do défice externo, as declarações do economista chefe do BCE, revelando que não irá intervir no mercado cambial, reforçaram a subida do moeda europeia, tendo o Euro atingido novos máximos perto dos 1,29. No entanto, no final da semana, rumores de que o BCE iria intervir provocaram uma ligeira correcção da moeda europeia.
A confiança do FED conseguiu ainda minimizar o potencial efeito negativo de alguns indicadores macro-económicos, que revelaram algum abrandamento da actividade económica, tais como o índice de confiança dos consumidores da Universidade de Michigan e o índice das vendas a retalho.
O sector automóvel, um dos mais sensíveis às flutuações da moeda europeia, acabou por não reflectir significativamente a recuperação do Euro, beneficiando dos bons resultados apresentados pela Peugeot e Renault.
As empresas tecnológicas estiveram positivas, com os principais fabricantes de telemóveis a liderarem os ganhos, ainda a reflectir os bons resultados da Ericsson, divulgados no início do mês.
O sector energético anulou parte das perdas que regista desde o início do ano, beneficiando da subida do preço do crude nos mercados internacionais, após o corte inesperado das quotas de produção pela OPEP.
O mercado nacional terminou a semana com uma performance superior à das principais praças europeias, com o BCP, a Portugal Telecom e a EDP a contribuírem para os ganhos. A eléctrica nacional beneficiou da finalização do acordo com a ENI e do facto dos termos de troca terem sido favoráveis. A Sonae também se destacou pela positiva reflectindo a possibilidade de venda da sua subsidiária industrial. Por sua vez, a Brisa reagiu em alta à possibilidade das auto-estradas sem cobrança para o utilizador (SCUT's) passarem a ter portagem
Recomendações de Bolsa
Face às circunstâncias do mercado, o BCP Investimento apresenta as seguintes recomendações para a Euronext Lisboa:
Empresas Preço Alvo Fecho(*) Recomendação
Sonae 0,96 0,92 Neutral
Semapa 4,00 3,83 Compra
Portucel 1,90 1,46 Compra
P Telecom 9,95 8,83 Compra
Brisa 6,65 5,77 Compra
J Martins 11,70 9,43 Neutral
* Fecho do dia 16 Fevereiro 2004
Nota: O BCP Investimento não efectua recomendação sobre o título BCP, dadas as relações de grupo existentes entre estas entidades.
Na nossa Newsletter 112 destacámos o mercado accionista chinês como um potencial candidato a “mania” deste princípio de século. Olhando para a região asiática, conseguimos encontrar outra economia que pode vir a ter um forte desempenho nos próximos anos. Se a China tem feito parte do quotidiano das publicações económicas, a Índia parece mais discreta talvez por se encontrar numa fase mais embrionária. Vejamos, no entanto, alguns números que fazem os investidores olhar mais atentamente para este país.
Índia
Crescimento do PIB de 7% em 2003.
Crescimento médio de 6% ao ano, na última década. Média de 5% nas décadas de 80 e 90.
Elevado crescimento do consumo privado. Por exemplo, nos últimos anos a compra de automóveis tem crescido cerca de 40% ao ano.
Um dos raros países com excedente comercial com a China.
Mais de mil milhões de habitantes. Ultrapassa a China em termos de população com idade inferior a 25 anos. Pode tornar-se no país mais populoso em meados do século.
Sistema educativo muito forte em Inglês, Matemática e Ciências.
Sistema democrático parlamentar multipartidário, suportado pela liberdade de imprensa. Sistema judicial bem estabelecido.
Maior e mais antigo mercado accionista asiático com 128 anos. Capitalização bolsista de 200 mil milhões de USD, bem diversificado por cerca de 6.000 empresas (ultrapassado apenas por Nova Iorque).
Um dos seis países do mundo com conhecimento e capacidade para lançar satélites.
Implementação de um programa de ligação do país por auto-estrada que envolve, até 2007, um investimento de 12.500 milhões de USD para mais de 13.000 Km.
A Índia têm-se destacado, face a outros países emergentes, na captação de investimento estrangeiro em determinadas áreas devido aos seus elevados níveis de educação e ao facto dos seus habitantes falarem correctamente inglês. Algumas grandes companhias americanas e europeias deslocalizaram para este país algumas das suas áreas de apoio (call center e back office) e mesmo departamentos de Investigação e Desenvolvimento.
A vontade mostrada pelo executivo de retirar a Índia do “quadro” dos países mais pobres do mundo e a adopção de algumas reformas, nomeadamente a abolição de limites de investimento estrangeiro, fazem com que a Índia possa estar no caminho certo para o crescimento sustentado. No entanto, não nos podemos esquecer que este país apresenta alguns riscos de índole económica e também geo-políticos, com destaque para as suas instáveis relações com o vizinho Paquistão.
Estratégia de Investimento
Como temos vindo a afirmar ao longo do tempo, nomeadamente na nossa Newsletter 87 de 21 de Julho de 2003, o património que cada investidor destina ao investimento em acções deve comportar duas parcelas, a do Investimento Estratégico e a de Investimento em Oportunidades Conjunturais. Quanto maior o perfil de risco que o investidor pretende assumir, maior será a parcela destinada ao Investimento em Oportunidades Conjunturais. Assim para perfis de baixo risco pode existir uma exposição a estes investimentos de 5 a 10% do globalmente investido em acções. Para investidores mais “agressivos” face ao risco poderemos ter exposições na ordem dos 20 a 25%. Vejamos, por exemplo, como poderia ser construída uma carteira mista para um perfil de risco Equilibrado.
Se acredita que todo o potencial de crescimento da Índia se vai confirmar e pretende assumir alguma exposição a este mercado dentro da sua carteira de “Oportunidades”, sugerimos a subscrição do seguinte fundo de investimento:
• JF India D: 76,27% no último ano* e Rating A da Standard & Poor's.
Segundo a JPMorgan Fleming, este fundo investe exclusivamente na Índia com o objectivo de aproveitar as oportunidades de investimento que surgem num mercado em rápido crescimento. O fundo está investido maioritariamente nos sectores de Tecnologia, Indústria, Bens de consumo, Energia e Finanças.
Por último, o investidor neste tipo de fundo não se deve esquecer de manter a atenção sobre esta componente da carteira. Deve tentar manter a ponderação que definiu efectuando as tomadas de mais valia ou os reforços necessários
PSI20 regista a maior subida da semana
Os mercados accionistas encerraram a semana em alta, ajudados pelo testemunho positivo do presidente da Reserva Federal norte-americana. Greenspan revelou um maior optimismo na retoma económica, diminuindo as suas estimativas de desemprego - uma das variáveis mais importantes - e afirmando não encontrar ainda sinais de pressões inflacionistas. O presidente do Fed referiu que será paciente em iniciar o ciclo de subida das taxas de juro, acalmando os investidores.
Este discurso teve repercussões no mercado cambial, resultando numa apreciação do Euro face ao Dólar, dado o menor interesse relativo por activos denominados na moeda norte-americana. Além do facto de Greenspan ver benefícios na fraqueza do Dólar, nomeadamente a nível da redução do défice externo, as declarações do economista chefe do BCE, revelando que não irá intervir no mercado cambial, reforçaram a subida do moeda europeia, tendo o Euro atingido novos máximos perto dos 1,29. No entanto, no final da semana, rumores de que o BCE iria intervir provocaram uma ligeira correcção da moeda europeia.
A confiança do FED conseguiu ainda minimizar o potencial efeito negativo de alguns indicadores macro-económicos, que revelaram algum abrandamento da actividade económica, tais como o índice de confiança dos consumidores da Universidade de Michigan e o índice das vendas a retalho.
O sector automóvel, um dos mais sensíveis às flutuações da moeda europeia, acabou por não reflectir significativamente a recuperação do Euro, beneficiando dos bons resultados apresentados pela Peugeot e Renault.
As empresas tecnológicas estiveram positivas, com os principais fabricantes de telemóveis a liderarem os ganhos, ainda a reflectir os bons resultados da Ericsson, divulgados no início do mês.
O sector energético anulou parte das perdas que regista desde o início do ano, beneficiando da subida do preço do crude nos mercados internacionais, após o corte inesperado das quotas de produção pela OPEP.
O mercado nacional terminou a semana com uma performance superior à das principais praças europeias, com o BCP, a Portugal Telecom e a EDP a contribuírem para os ganhos. A eléctrica nacional beneficiou da finalização do acordo com a ENI e do facto dos termos de troca terem sido favoráveis. A Sonae também se destacou pela positiva reflectindo a possibilidade de venda da sua subsidiária industrial. Por sua vez, a Brisa reagiu em alta à possibilidade das auto-estradas sem cobrança para o utilizador (SCUT's) passarem a ter portagem
Recomendações de Bolsa
Face às circunstâncias do mercado, o BCP Investimento apresenta as seguintes recomendações para a Euronext Lisboa:
Empresas Preço Alvo Fecho(*) Recomendação
Sonae 0,96 0,92 Neutral
Semapa 4,00 3,83 Compra
Portucel 1,90 1,46 Compra
P Telecom 9,95 8,83 Compra
Brisa 6,65 5,77 Compra
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