Fundos à la carte
Re: Fundos à la carte
Como sei que existe muitas pessoas ligadas as TI a frequentar estas paragens, fica a ideia:
E como já referi algumas vezes, criar uma startup com 1 serviço de plataforma Web, com acesso as carteiras e activos, desde fundos de investimento, ETFs, acções, obrigações, etc, uma solução intregada, em vez, de usar multiplos sites, incluindo os bancos e corretoras. Apesar do esforço recente do BB, para melhorar, que usa principalmente a plataforma da Morningstar para os fundos. Ainda continua a faltar uma plataforma que englobe tudo e de todos os bancos e corretoras nacionais e estrangeiras, aonde temos os nossos investimentos.
Fonte: Jornal de Negócios - Portugal Ventures lança oitava “Call for Entrepreneurship” (28 Julho 2014, 13:10)
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/portugal_ventures_lanca_oitava_call_for_entrepreneurship.html
E como já referi algumas vezes, criar uma startup com 1 serviço de plataforma Web, com acesso as carteiras e activos, desde fundos de investimento, ETFs, acções, obrigações, etc, uma solução intregada, em vez, de usar multiplos sites, incluindo os bancos e corretoras. Apesar do esforço recente do BB, para melhorar, que usa principalmente a plataforma da Morningstar para os fundos. Ainda continua a faltar uma plataforma que englobe tudo e de todos os bancos e corretoras nacionais e estrangeiras, aonde temos os nossos investimentos.
Jornal de Negócios Escreveu:Portugal Ventures lança oitava “Call for Entrepreneurship”
28 Julho 2014, 13:10 por Ana Laranjeiro | alaranjeiro@negocios.pt
O organismo público de capital de risco lançou a oitava “Call for Entrepreneurship”. As inscrições arrancam esta segunda-feira e prolongam-se até 4 de Setembro.
A Portugal Ventures, a entidade pública de capital de risco, lançou a oitava "Call For Entrepreneurship". Esta iniciativa tem por objectivo permitir que projectos de base científica e tecnológica, que estejam nas fases de seed [investimento inicial sendo, por vezes, o primeiro investimento que a empresa recebe] e start-up, obtenham investimento de capital de risco.
"A fase de candidaturas dos projectos à Oitava Call decorre entre os dias 28 de Julho e 4 de Setembro de 2014. Projectos de Tecnologias de Informação e de Comunicação, Electrónica & WEB, Ciências da Vida, Turismo e Recursos Endógenos, Nanotecnologia e Materiais são elegíveis para investimento através da Call For Entrepreneurship", revela o comunicado enviado às redacções.
Os projectos que forem seleccionados vão beneficiar "de um investimento até 750 mil euros, num máximo de 85% das necessidades totais de fundos do mesmo".
Em meados de Julho, durante o Lisbon Investment Summit, José Epifânio da Franca, presidente da Portugal Ventures, apontou que em Portugal, não existe pouco capital para investir em start-ups e empreendedores. O responsável defendeu ainda que o organismo público de capital de risco não investe para gerar postos de trabalho mas para "fazer dinheiro".
Desde o lançamento das "Call For Entrepreneurship", a Portugal Ventures já investiu em 30 start-ups.
Fonte: Jornal de Negócios - Portugal Ventures lança oitava “Call for Entrepreneurship” (28 Julho 2014, 13:10)
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/portugal_ventures_lanca_oitava_call_for_entrepreneurship.html
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Re: Fundos à la carte
Boas,
Fenómenos verificados nos retornos de reversão para a média nos ativos acionistas e de aversão para a média nos ativos de renda fixa (obrigações, bills).
O Prof. Jeremy J. Siegel através da análise de dados históricos de retornos, constatou a existência dos dois fenómenos de reversão para a média nas ações e de aversão para a média nos ativos income (renda fixa), conforme se pode ver no seu livro “"Stocks for the Long Run: The Definitive Guide to Financial Market Returns & Long Term Investment Strategies."
Ao longo de um período de mais de 3 décadas, o risco das ações cai para apenas 2/3 do das obrigações ou das bills. À medida que o período de detenção aumenta, o desvio padrão da média dos retornos das ações cai quase duas vezes mais rápido que os ativos de renda fixa.
Foi determinado, matematicamente, o quão rápido é que o risco dos retornos médios anuais deve diminuir à medida que se prolonga o período de detenção, no caso do retorno do ativo seguir um trajeto aleatório. Este percurso aleatório assenta no pressuposto de que os retornos futuros não têm qualquer relação, e são completamente independentes, com os retornos passados.
Mas os dados mostram que a hipótese do percurso aleatório (Hipótese do Mercado Eficiente) não corresponde à realidade pois o risco das ações diminui muito mais rapidamente quando o período de detenção aumenta, que o calculado matemáticamente no trajeto aleatório. Esta é a prova da existência da reversão para a média dos retornos das ações.
O risco de ativos de renda fixa (obrigações, bills), por outro lado, não cai tão rapidamente como o previsto pela teoria do trajeto aleatório. Este declínio lento do desvio padrão dos retornos médios anuais no mercado de obrigações é uma evidência da aversão (não reversão) para a média dos retornos das obrigações. A aversão para a média significa que, uma vez que o retorno de um ativo desvia da sua média de longo prazo, há um aumento da chance de que ele irá desviar ainda mais, ao invés de voltar para os níveis mais normais médios. À medida que a inflação acelera, o processo vai-se tornando cumulativo, e os titulares de obrigações não têm nenhuma chance de compensar as perdas do seu poder de compra.
Os titulares de ações, uma vez que são titulares de ativos reais, raramente sofrem uma perda permanente devido à inflação.
Abr,
BedRock
Fenómenos verificados nos retornos de reversão para a média nos ativos acionistas e de aversão para a média nos ativos de renda fixa (obrigações, bills).
O Prof. Jeremy J. Siegel através da análise de dados históricos de retornos, constatou a existência dos dois fenómenos de reversão para a média nas ações e de aversão para a média nos ativos income (renda fixa), conforme se pode ver no seu livro “"Stocks for the Long Run: The Definitive Guide to Financial Market Returns & Long Term Investment Strategies."
Ao longo de um período de mais de 3 décadas, o risco das ações cai para apenas 2/3 do das obrigações ou das bills. À medida que o período de detenção aumenta, o desvio padrão da média dos retornos das ações cai quase duas vezes mais rápido que os ativos de renda fixa.
Foi determinado, matematicamente, o quão rápido é que o risco dos retornos médios anuais deve diminuir à medida que se prolonga o período de detenção, no caso do retorno do ativo seguir um trajeto aleatório. Este percurso aleatório assenta no pressuposto de que os retornos futuros não têm qualquer relação, e são completamente independentes, com os retornos passados.
Mas os dados mostram que a hipótese do percurso aleatório (Hipótese do Mercado Eficiente) não corresponde à realidade pois o risco das ações diminui muito mais rapidamente quando o período de detenção aumenta, que o calculado matemáticamente no trajeto aleatório. Esta é a prova da existência da reversão para a média dos retornos das ações.
O risco de ativos de renda fixa (obrigações, bills), por outro lado, não cai tão rapidamente como o previsto pela teoria do trajeto aleatório. Este declínio lento do desvio padrão dos retornos médios anuais no mercado de obrigações é uma evidência da aversão (não reversão) para a média dos retornos das obrigações. A aversão para a média significa que, uma vez que o retorno de um ativo desvia da sua média de longo prazo, há um aumento da chance de que ele irá desviar ainda mais, ao invés de voltar para os níveis mais normais médios. À medida que a inflação acelera, o processo vai-se tornando cumulativo, e os titulares de obrigações não têm nenhuma chance de compensar as perdas do seu poder de compra.
Os titulares de ações, uma vez que são titulares de ativos reais, raramente sofrem uma perda permanente devido à inflação.
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Re: Fundos à la carte
Reforma do IRS e a nova proposta de tributação dos fundos de investimento:
http://www.fundspeople.pt/noticias/88026
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Re: Fundos à la carte
Rick Lusitano (New) Escreveu:Mouro_Emprestado Escreveu:Rick Lusitano (New) Escreveu:Tens os ETFs, por exemplo:
"low volatility"
"equal weight"
Pois... eu fujo deles como o diabo foge da cruz![]()
![]()
Rick Lusitano (New) Escreveu:Depois existem fundos da mesma gestora com exposição ao mesmo país ou zona geográfica a seguir vários índices, por exemplo:
A seguir índices criados pelas empresas especializadas: MSCI; S&P; JPM; Barclays, FTSE, Russell, etc.
Exemplo:
MSCI USA ou S&P 500 ou Russell 3000
MSCI Southeast Asia ou FTSE ASEAN
Por isso é que se tem de saber qual é o índice que se segue.
Se não estou em erro, o MSCI USA e o SP500 são praticamente iguais (tipo, 99,9% de correlação)... Claro que a iShares tinha de criar meia-dúzia de ETFs diferentes que seguem esses índices, que depois não têm qualquer tipo de liquidez![]()
Enfim, como já passei pela fase de construir a minha carteira, isto já não me faz confusão, mas admito que não seja fácil para quem quer seguir uma estratégia bogleana.
Existe mesmo 1 índice S&P 600, que engloba as 600 Small caps dos EUA. Eu queria era este, S&P 1500 (S&P 500 + S&P 400 + S&P 600), para "lutar" com Russell 3000 e o MSCI USA.
Ai...............






Já agora, não gostas do "CRSP US Total Market Index"? É o índice de referência do Vanguard VTI (para além da exposição a empresas grandes, tens também empresas médias e algumas empresas pequenas, num total de quase 4000 empresas).
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Re: Fundos à la carte
Mouro_Emprestado Escreveu:Rick Lusitano (New) Escreveu:Tens os ETFs, por exemplo:
"low volatility"
"equal weight"
Pois... eu fujo deles como o diabo foge da cruz![]()
![]()
Rick Lusitano (New) Escreveu:Depois existem fundos da mesma gestora com exposição ao mesmo país ou zona geográfica a seguir vários índices, por exemplo:
A seguir índices criados pelas empresas especializadas: MSCI; S&P; JPM; Barclays, FTSE, Russell, etc.
Exemplo:
MSCI USA ou S&P 500 ou Russell 3000
MSCI Southeast Asia ou FTSE ASEAN
Por isso é que se tem de saber qual é o índice que se segue.
Se não estou em erro, o MSCI USA e o SP500 são praticamente iguais (tipo, 99,9% de correlação)... Claro que a iShares tinha de criar meia-dúzia de ETFs diferentes que seguem esses índices, que depois não têm qualquer tipo de liquidez![]()
Enfim, como já passei pela fase de construir a minha carteira, isto já não me faz confusão, mas admito que não seja fácil para quem quer seguir uma estratégia bogleana.
Existe mesmo 1 índice S&P 600, que engloba as 600 Small caps dos EUA. Eu queria era este, S&P 1500 (S&P 500 + S&P 400 + S&P 600), para "lutar" com Russell 3000 e o MSCI USA.

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Re: Fundos à la carte
Rick Lusitano (New) Escreveu:Tens os ETFs, por exemplo:
"low volatility"
"equal weight"
Pois... eu fujo deles como o diabo foge da cruz



Rick Lusitano (New) Escreveu:Depois existem fundos da mesma gestora com exposição ao mesmo país ou zona geográfica a seguir vários índices, por exemplo:
A seguir índices criados pelas empresas especializadas: MSCI; S&P; JPM; Barclays, FTSE, Russell, etc.
Exemplo:
MSCI USA ou S&P 500 ou Russell 3000
MSCI Southeast Asia ou FTSE ASEAN
Por isso é que se tem de saber qual é o índice que se segue.
Se não estou em erro, o MSCI USA e o SP500 são praticamente iguais (tipo, 99,9% de correlação)... Claro que a iShares tinha de criar meia-dúzia de ETFs diferentes que seguem esses índices, que depois não têm qualquer tipo de liquidez

Enfim, como já passei pela fase de construir a minha carteira, isto já não me faz confusão, mas admito que não seja fácil para quem quer seguir uma estratégia bogleana.
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Re: Fundos à la carte
Rick Lusitano (New) Escreveu:@Mouro
Corrige-me se tiver errado, com o ETF/FI G.P. ganha-se o Beta, ou seja exposição a determinado mercado (índice) e com 1 ETF/FI G.A. ganha-se o Alpha, ou seja, exposição ao gestor. Isto tudo para bem e para mal.
A minhas analises que vi e fiz, dizem-me que para mercados eficientes e líquidos, os ETFs/FI G.P. batem a maioria dos seus congéneres da G.A. Mas em mercados mais ineficientes e ilíquidos é justamente o oposto. Por isso, nenhuma solução é 100% perfeita. Daí teres feito uma carteira, que engloba os 2 veículos de investimento.
Na minha opinião (que não é a porcaria de nenhum dogma!), acho que é mais ou menos isso...
A parte de obrigações (mercado mais ilíquido) está em FIGAs, o resto prefiro ETFs globais (aparte o REIT de infraestruturas, porque não encontrei ainda um ETF semelhante que vá capitalizando dividendos).
Rick Lusitano (New) Escreveu:(Cá para nós, que ninguém nos ouve,os ETFs passivos foram criados porque o mercado dos FI, já estava saturado, e as gestoras precisavam de uma novidade para vender. Agora que o filão dos ETFs passivos, já não é novidade, começaram a criar em força ETFs de gestão activa. A seguir criam outro produto de investimento colectivo ou não, quando tudo isto, deixar de ser novidade e já o mercado tiver saturado.)
Não sei se isso será assim

Os primeiros ETFs apareceram nos EUA no início dos anos 90 e nem foi a Vanguard, que é a gestora que "inventou" o conceito de gestão passiva, que os criou.
Eu penso que se não existissem ETFs, aqui deste lado do Atlântico ficávamos a ver navios se quisessemos seguir uma estratégia de investimento passiva de buy&hold. Sim, existem alguns fundos de gestão passiva por cá, mas são muito mais fracos que os fundos da Vanguard, porque têm comissões de gestão muito superiores.
Face ao sucesso que a Vanguard* tem tido nos últimos anos, com os seus Fundos e ETFs, é normal que apareçam outras gestoras (que cobram indecências de fees) a tentar capitalizar esse sucesso. Veremos a longo-prazo se mantêm, ou vão cancelando os mesmos, como acontece numa grande parte dos FIGAs que são lançados nos EUA.
* O que muita gente não sabe, é que metade do portfolio de fundos da Vanguard (não disponíveis na Europa) são de gestão activa

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Re: Fundos à la carte
Joseph_Knives Escreveu:Olá a todos,
Sou novo no forum e novo também nesta coisa dos mercados financeiros. Comecei a ter algum interesse no ano passado, nomeadamente por acções mas sempre achei que não teria nem paciência nem tempo (nem tão pouco nervos) para andar constantemente em cima dos acontecimentos. Entretanto comprei uns livros para tentar estar mais informado e comecei pelo "The Bogleheads".
(...)
O livro dos Bogleheads insiste em index funds (Fundos de índice(?)) mas o livro é feito por americanos para americanos e tendo em conta que cá não temos acesso aos famosos vanguard index funds, que fundos de índice estão disponíveis em Portugal?
Força no estudo mas diversificado como na constituição de um portfolio equilibrado que também deve ser diversificado, e, como tal, no teu estudo lê livros e papers com ideias diferentes ou contrárias ("correlações negativas"), pois aí com essa visão alargada ficas mais preparado para no futuro poderes formular a tua própria estratégia de investimento e não adotares uma estratégia de outros autores com interesses no negócio da estratégia que defendem. Eu se quiser saber sobre a mecânica dos primórdios da industria automóvel não vou ler só aquilo que escreveu o Henry Ford ou o Benz, mas tenho que ler também grandes professores isentos sem interesses no negócio, e dentro destes vou-te indicar um livro do professor Jeremy J. Siegel que é a pessoa que mais admiro nesta temática dos fundos de investimento:
"Stocks for the Long Run, 5th Edition: The Definitive Guide to Financial Market Returns & Long Term Investment Strategies."
Abr,
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Re: Fundos à la carte
Mouro_Emprestado Escreveu:Rick Lusitano (New) Escreveu:[1] Digo isto porque, existem ETFs que seguem índices, criados especialmente, para os ETFs. Realmente o ETF segue o índice, mas o índice é feito á medida. Há uma certa mistura de chico espertismo tuga, para o fundo continuar a ser considerado passivo, cria-se uma escapatória, cria-se um indice especifico.
Isso é a porcaria dos spindexes, na onda de que os ETFs agora estão na moda... Só que não têm nada a ver com estratégias de investimento de gestão passiva![]()
Tens os ETFs, por exemplo:


Depois existem fundos da mesma gestora com exposição ao mesmo país ou zona geográfica a seguir vários índices, por exemplo:
A seguir índices criados pelas empresas especializadas: MSCI; S&P; JPM; Barclays, FTSE, Russell, etc.
Exemplo:


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Re: Fundos à la carte
@Mouro
Corrige-me se tiver errado, com o ETF/FI G.P. ganha-se o Beta, ou seja exposição a determinado mercado (índice) e com 1 ETF/FI G.A. ganha-se o Alpha, ou seja, exposição ao gestor. Isto tudo para bem e para mal.
A minhas analises que vi e fiz, dizem-me que para mercados eficientes e líquidos, os ETFs/FI G.P. batem a maioria dos seus congéneres da G.A. Mas em mercados mais ineficientes e ilíquidos é justamente o oposto. Por isso, nenhuma solução é 100% perfeita. Daí teres feito uma carteira, que engloba os 2 veículos de investimento.
(Cá para nós, que ninguém nos ouve,
os ETFs passivos foram criados porque o mercado dos FI, já estava saturado, e as gestoras precisavam de uma novidade para vender. Agora que o filão dos ETFs passivos, já não é novidade, começaram a criar em força, ETFs de gestão activa. A seguir criam outro produto de investimento, colectivo ou não, quando tudo isto, deixar de ser novidade e já o mercado tiver saturado.)
Corrige-me se tiver errado, com o ETF/FI G.P. ganha-se o Beta, ou seja exposição a determinado mercado (índice) e com 1 ETF/FI G.A. ganha-se o Alpha, ou seja, exposição ao gestor. Isto tudo para bem e para mal.
A minhas analises que vi e fiz, dizem-me que para mercados eficientes e líquidos, os ETFs/FI G.P. batem a maioria dos seus congéneres da G.A. Mas em mercados mais ineficientes e ilíquidos é justamente o oposto. Por isso, nenhuma solução é 100% perfeita. Daí teres feito uma carteira, que engloba os 2 veículos de investimento.
(Cá para nós, que ninguém nos ouve,

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Re: Fundos à la carte
Rick Lusitano (New) Escreveu:[1] Digo isto porque, existem ETFs que seguem índices, criados especialmente, para os ETFs. Realmente o ETF segue o índice, mas o índice é feito á medida. Há uma certa mistura de chico espertismo tuga, para o fundo continuar a ser considerado passivo, cria-se uma escapatória, cria-se um indice especifico.
Isso é a porcaria dos spindexes, na onda de que os ETFs agora estão na moda... Só que não têm nada a ver com estratégias de investimento de gestão passiva


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Re: Fundos à la carte
Bem vindo Joseph, abaixo seguem algumas respostas minhas (confesso adepto da Gestão Passiva
):
Tal como o Rick diz acima, raros são os fundos acessíveis em Portugal que têm taxa de resgate.
No caso de ETFs (veículo mais típico para se seguir uma estratégia boglehead deste lado do Atlântico), pagas uma comissão de venda de um título, como se fosse uma acção (se formos bem a ver, os ETFs mais não são que um cabaz de acções ou de outro tipo de títulos que se transacciona em bolsa).
Apenas pagas impostos quando obténs mais-valias, i.e., quando vendes um fundo ou ETF por um valor superior ao valor de compra.
Também pagas impostos sempre que recebes dividendos, razão pela qual é preferível subscrever fundos ou ETFs que vão capitalizando os dividendos.
Pensa assim. Adquires uma unidade de participação (UP) num determinado fundo ou ETF por um valor de € 100. Passado um ano, essa UP tem um valor de € 110. Quer isso dizer que tiveste um ganho de 10% (110/100), contudo o mesmo apenas se torna efectivo se vendesse esse fundo/ETF. Caso contrário vai valorizando ou desvalorizando ao longo do tempo. Ganhos ou perdas, apenas quando resgatas o fundo ou vendes o ETF.
Um verdadeiro boglehead não segue os mercados, escolhe uma alocação de activos (AA - Asset Alocation), como por exemplo 20% em obrigações US, 40% acções US e 40% acções do resto do mundo, e depois vai rebalanceando anualmente sempre que essa alocação desvia mais de 10% (por exemplo)
No meu caso, tenho um ficheiro excel que vou actualizando no final de cada mês com os diversos fundos e ETFs que possuo e verifico se existe algum que desvia mais de 15% da minha AA. Para a estratégia que sigo (apenas 20% em obrigações de risco baixo), estar a ver diariamente só me faria mal
Deixo para outros que seguem gestão activa.
No meu caso, escolhi uma AA que me fazia sentido, a saber:
20% obrigações de risco baixo - escolhi um fundo de gestão activo recomendado por várias pessoas daqui
10% obrigações de risco alto / Junk bonds - idem
8% de REIT europeu - ETF de gestão passiva que segue um índice europeu de REIT
4% de REIT infrastruturas global (obrigado Rick!) - escolhi um fundo de gestão activo recomendado pelo Rick
25% de acções americanas - misto do ETF Vanguard VTI e do ETF iShares SP500 (este último porque capitaliza dividendos) - futuros reforços serão para o ETF da iShares
33% de acções do resto do mundo - ETF Vanguard VEU
De facto, é muito difícil replicar na Europa as estratégias Bogleanas, no entanto não quer dizer que seja impossível!
Na Europa tens alguns fundos que seguem índices e que até podem ser subscritos no Banco Best, mas aqueles fees de gestão... ai jasus (0,50% por um índice que segue o SP500, está tudo doido!!!!)
Assim, o aconselhável é criar uma carteira com ETFs que sigam índices globais (o Rick atrás alude a alguns índices da treta que algumas companhias gostam de criar, apenas para enganar os mais incautos). Mesmo pagando comissões na compra e venda e na custódia de títulos, para valores acima de € 10.000 fica mais barato (na minha opinião) do que possuir uma carteira apenas de fundos de gestão activa (com comissões de gestão muito mais altas). Mas lá está, até eu tenho este tipo de fundos
EDIT: Só para tirar ali um erro ortográfico.

Joseph_Knives Escreveu:1. Imaginemos que tenho uma carteira com 5 fundos e que a determinado ponto quero reestruturá-la. Quero passar o capital que tenho num dos fundo para um outro novo. Como é que isto se processa? Tenho de vender o fundo 1, pagar a enventual taxa de resgate (mais alguma coisa?) e depois comprar o fundo 2?
Tal como o Rick diz acima, raros são os fundos acessíveis em Portugal que têm taxa de resgate.
No caso de ETFs (veículo mais típico para se seguir uma estratégia boglehead deste lado do Atlântico), pagas uma comissão de venda de um título, como se fosse uma acção (se formos bem a ver, os ETFs mais não são que um cabaz de acções ou de outro tipo de títulos que se transacciona em bolsa).
Joseph_Knives Escreveu:2. Como funcionam os impostos? Pago todos os anos impostos sobre o total dos ganhos que obtive em cada fundo ou pagarei apenas um valor acumulado de todos os anos quando fizer o resgaste desses fundos?
Apenas pagas impostos quando obténs mais-valias, i.e., quando vendes um fundo ou ETF por um valor superior ao valor de compra.
Também pagas impostos sempre que recebes dividendos, razão pela qual é preferível subscrever fundos ou ETFs que vão capitalizando os dividendos.
Joseph_Knives Escreveu:3. Qual é o destino dos ganhos? Ficarão dentro do fundo reforçando a posição ou vão parar a uma conta a ordem e depois terei de voltar a investi-los?
Pensa assim. Adquires uma unidade de participação (UP) num determinado fundo ou ETF por um valor de € 100. Passado um ano, essa UP tem um valor de € 110. Quer isso dizer que tiveste um ganho de 10% (110/100), contudo o mesmo apenas se torna efectivo se vendesse esse fundo/ETF. Caso contrário vai valorizando ou desvalorizando ao longo do tempo. Ganhos ou perdas, apenas quando resgatas o fundo ou vendes o ETF.
Joseph_Knives Escreveu:4. Qual é a frequência com que seguem os mercados e os fundos que possuem? No final da semana? Diariamente? Hora a hora? (Os fundos têm apenas um resultado diário (correcto?) mas é possivel ir seguindo a evolução dos mercados tendo em conta a constituição do fundo, ou não?).?
Um verdadeiro boglehead não segue os mercados, escolhe uma alocação de activos (AA - Asset Alocation), como por exemplo 20% em obrigações US, 40% acções US e 40% acções do resto do mundo, e depois vai rebalanceando anualmente sempre que essa alocação desvia mais de 10% (por exemplo)

No meu caso, tenho um ficheiro excel que vou actualizando no final de cada mês com os diversos fundos e ETFs que possuo e verifico se existe algum que desvia mais de 15% da minha AA. Para a estratégia que sigo (apenas 20% em obrigações de risco baixo), estar a ver diariamente só me faria mal

Joseph_Knives Escreveu:5. No que é que me devo basear na escolha de um fundo? Performances passadas não são garantias de nada portanto em que se baseiam? Na valorização diária? Na performance YTD? Na constituição do fundo? O que devo procurar?
Deixo para outros que seguem gestão activa.
No meu caso, escolhi uma AA que me fazia sentido, a saber:
20% obrigações de risco baixo - escolhi um fundo de gestão activo recomendado por várias pessoas daqui
10% obrigações de risco alto / Junk bonds - idem
8% de REIT europeu - ETF de gestão passiva que segue um índice europeu de REIT
4% de REIT infrastruturas global (obrigado Rick!) - escolhi um fundo de gestão activo recomendado pelo Rick
25% de acções americanas - misto do ETF Vanguard VTI e do ETF iShares SP500 (este último porque capitaliza dividendos) - futuros reforços serão para o ETF da iShares
33% de acções do resto do mundo - ETF Vanguard VEU
Joseph_Knives Escreveu:O livro dos Bogleheads insiste em index funds (Fundos de índice(?)) mas o livro é feito por americanos para americanos e tendo em conta que cá não temos acesso aos famosos vanguard index funds, que fundos de índice estão disponíveis em Portugal?
Encontrei este artigo mas já deverá estar mais que desactualizado:http://www.jornaldenegocios.pt/mercados/investidor_privado/detalhe/escolha_fundos_de_iacutendice_para_reduzir_a_factura_do_investimento.html
Que Fundos de índice disponíveis cá aconselham?
De facto, é muito difícil replicar na Europa as estratégias Bogleanas, no entanto não quer dizer que seja impossível!
Na Europa tens alguns fundos que seguem índices e que até podem ser subscritos no Banco Best, mas aqueles fees de gestão... ai jasus (0,50% por um índice que segue o SP500, está tudo doido!!!!)
Assim, o aconselhável é criar uma carteira com ETFs que sigam índices globais (o Rick atrás alude a alguns índices da treta que algumas companhias gostam de criar, apenas para enganar os mais incautos). Mesmo pagando comissões na compra e venda e na custódia de títulos, para valores acima de € 10.000 fica mais barato (na minha opinião) do que possuir uma carteira apenas de fundos de gestão activa (com comissões de gestão muito mais altas). Mas lá está, até eu tenho este tipo de fundos

EDIT: Só para tirar ali um erro ortográfico.
Editado pela última vez por Mouro_Emprestado em 28/7/2014 0:45, num total de 1 vez.
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Re: Fundos à la carte
Joseph_Knives Escreveu:Olá a todos,
Sou novo no forum e novo também nesta coisa dos mercados financeiros. Comecei a ter algum interesse no ano passado, nomeadamente por acções mas sempre achei que não teria nem paciência nem tempo (nem tão pouco nervos) para andar constantemente em cima dos acontecimentos. Entretanto comprei uns livros para tentar estar mais informado e comecei pelo "The Bogleheads". Vou sensivelmente a meio mas parece que o meu interesse se voltou todo para o mundo dos fundos e por isso também ando a seguir este post. No entanto, estou ainda completamente verde no que toca a todo o processo operativo da compra e venda de fundos e por isso tenho algumas perguntas de principiante (peço desculpa se algumas das perguntas forem demasiado básicas...):
1. Imaginemos que tenho uma carteira com 5 fundos e que a determinado ponto quero reestruturá-la. Quero passar o capital que tenho num dos fundo para um outro novo. Como é que isto se processa? Tenho de vender o fundo 1, pagar a enventual taxa de resgate (mais alguma coisa?) e depois comprar o fundo 2?
2. Como funcionam os impostos? Pago todos os anos impostos sobre o total dos ganhos que obtive em cada fundo ou pagarei apenas um valor acumulado de todos os anos quando fizer o resgaste desses fundos?
3. Qual é o destino dos ganhos? Ficarão dentro do fundo reforçando a posição ou vão parar a uma conta a ordem e depois terei de voltar a investi-los?
4. Qual é a frequência com que seguem os mercados e os fundos que possuem? No final da semana? Diariamente? Hora a hora? (Os fundos têm apenas um resultado diário (correcto?) mas é possivel ir seguindo a evolução dos mercados tendo em conta a constituição do fundo, ou não?).
5. No que é que me devo basear na escolha de um fundo? Performances passadas não são garantias de nada portanto em que se baseiam? Na valorização diária? Na performance YTD? Na constituição do fundo? O que devo procurar?
O livro dos Bogleheads insiste em index funds (Fundos de índice(?)) mas o livro é feito por americanos para americanos e tendo em conta que cá não temos acesso aos famosos vanguard index funds, que fundos de índice estão disponíveis em Portugal?
Encontrei este artigo mas já deverá estar mais que desactualizado:http://www.jornaldenegocios.pt/mercados/investidor_privado/detalhe/escolha_fundos_de_iacutendice_para_reduzir_a_factura_do_investimento.html
Que Fundos de índice disponíveis cá aconselham?
Tenho mais algumas perguntas mas ficarão para a próxima!
Obrigado pela atenção!
Bem-vindo a "realidade". Saístes da ilusão da Matrix.

Vou responder de uma forma generalista, até porque estou cansado, e amanhã estarei mais fresco para te responder. É mesmo só para te dar 1 cheirinho.

Acertastes na mouche quando dizes que só fala de fundos índice (index funds), devido que o Bogleheads um adepto do fundos de investimento/ETFs de "gestão passiva" que seguem índices que eles acham ser importantes [1], (atenção que não estou atacar o Bogleheads ou a gestão passiva, não comecem já salivar.

Nos ETFs não conheço que tenham comissões de resgate, as que têm, são de transacção (compra/venda), guarda de títulos trimestral e talvez a comissão de pagamento de dividendos, se o ETF pagar dividendos.
Nos fundos de investimento, não se pagam comissões de transacção, guarda e pagamento de dividendos. Poderá existir fundos de investimento, nomeadamente os que são domiciliados em Portugal, que tenham comissões de resgate, mas geralmente, ao fim 6-12 meses, já não paga comissões de resgate, depende de fundo para fundo e gestora.
Em ambos veículos de investimento (ETFs e fundos de investimento), é descontado diariamente, na cotação deles, as comissões de gestão e outras despesas.
[1] Digo isto porque, existem ETFs que seguem índices, criados especialmente, para os ETFs. Realmente o ETF segue o índice, mas o índice é feito á medida. Há uma certa mistura de chico espertismo tuga


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Re: Fundos à la carte
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Editado pela última vez por O Estóico Ocioso em 18/1/2015 21:34, num total de 2 vezes.
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Re: Fundos à la carte
Olá a todos,
Sou novo no forum e novo também nesta coisa dos mercados financeiros. Comecei a ter algum interesse no ano passado, nomeadamente por acções mas sempre achei que não teria nem paciência nem tempo (nem tão pouco nervos) para andar constantemente em cima dos acontecimentos. Entretanto comprei uns livros para tentar estar mais informado e comecei pelo "The Bogleheads". Vou sensivelmente a meio mas parece que o meu interesse se voltou todo para o mundo dos fundos e por isso também ando a seguir este post. No entanto, estou ainda completamente verde no que toca a todo o processo operativo da compra e venda de fundos e por isso tenho algumas perguntas de principiante (peço desculpa se algumas das perguntas forem demasiado básicas...):
1. Imaginemos que tenho uma carteira com 5 fundos e que a determinado ponto quero reestruturá-la. Quero passar o capital que tenho num dos fundo para um outro novo. Como é que isto se processa? Tenho de vender o fundo 1, pagar a enventual taxa de resgate (mais alguma coisa?) e depois comprar o fundo 2?
2. Como funcionam os impostos? Pago todos os anos impostos sobre o total dos ganhos que obtive em cada fundo ou pagarei apenas um valor acumulado de todos os anos quando fizer o resgaste desses fundos?
3. Qual é o destino dos ganhos? Ficarão dentro do fundo reforçando a posição ou vão parar a uma conta a ordem e depois terei de voltar a investi-los?
4. Qual é a frequência com que seguem os mercados e os fundos que possuem? No final da semana? Diariamente? Hora a hora? (Os fundos têm apenas um resultado diário (correcto?) mas é possivel ir seguindo a evolução dos mercados tendo em conta a constituição do fundo, ou não?).
5. No que é que me devo basear na escolha de um fundo? Performances passadas não são garantias de nada portanto em que se baseiam? Na valorização diária? Na performance YTD? Na constituição do fundo? O que devo procurar?
O livro dos Bogleheads insiste em index funds (Fundos de índice(?)) mas o livro é feito por americanos para americanos e tendo em conta que cá não temos acesso aos famosos vanguard index funds, que fundos de índice estão disponíveis em Portugal?
Encontrei este artigo mas já deverá estar mais que desactualizado:http://www.jornaldenegocios.pt/mercados/investidor_privado/detalhe/escolha_fundos_de_iacutendice_para_reduzir_a_factura_do_investimento.html
Que Fundos de índice disponíveis cá aconselham?
Tenho mais algumas perguntas mas ficarão para a próxima!
Obrigado pela atenção!
Sou novo no forum e novo também nesta coisa dos mercados financeiros. Comecei a ter algum interesse no ano passado, nomeadamente por acções mas sempre achei que não teria nem paciência nem tempo (nem tão pouco nervos) para andar constantemente em cima dos acontecimentos. Entretanto comprei uns livros para tentar estar mais informado e comecei pelo "The Bogleheads". Vou sensivelmente a meio mas parece que o meu interesse se voltou todo para o mundo dos fundos e por isso também ando a seguir este post. No entanto, estou ainda completamente verde no que toca a todo o processo operativo da compra e venda de fundos e por isso tenho algumas perguntas de principiante (peço desculpa se algumas das perguntas forem demasiado básicas...):
1. Imaginemos que tenho uma carteira com 5 fundos e que a determinado ponto quero reestruturá-la. Quero passar o capital que tenho num dos fundo para um outro novo. Como é que isto se processa? Tenho de vender o fundo 1, pagar a enventual taxa de resgate (mais alguma coisa?) e depois comprar o fundo 2?
2. Como funcionam os impostos? Pago todos os anos impostos sobre o total dos ganhos que obtive em cada fundo ou pagarei apenas um valor acumulado de todos os anos quando fizer o resgaste desses fundos?
3. Qual é o destino dos ganhos? Ficarão dentro do fundo reforçando a posição ou vão parar a uma conta a ordem e depois terei de voltar a investi-los?
4. Qual é a frequência com que seguem os mercados e os fundos que possuem? No final da semana? Diariamente? Hora a hora? (Os fundos têm apenas um resultado diário (correcto?) mas é possivel ir seguindo a evolução dos mercados tendo em conta a constituição do fundo, ou não?).
5. No que é que me devo basear na escolha de um fundo? Performances passadas não são garantias de nada portanto em que se baseiam? Na valorização diária? Na performance YTD? Na constituição do fundo? O que devo procurar?
O livro dos Bogleheads insiste em index funds (Fundos de índice(?)) mas o livro é feito por americanos para americanos e tendo em conta que cá não temos acesso aos famosos vanguard index funds, que fundos de índice estão disponíveis em Portugal?
Encontrei este artigo mas já deverá estar mais que desactualizado:http://www.jornaldenegocios.pt/mercados/investidor_privado/detalhe/escolha_fundos_de_iacutendice_para_reduzir_a_factura_do_investimento.html
Que Fundos de índice disponíveis cá aconselham?
Tenho mais algumas perguntas mas ficarão para a próxima!
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Re: Fundos à la carte
Boas,
Gestão ativa do investimento para o médio- longo prazo seguindo o fenómeno da reversão para a média dos retornos.
O fenómeno da reversão para a média dos retornos no horizonte temporal de médio-longo prazo não é mais que um fenómeno de auto sustentabilidade do negócio do investimento no mercado accionista, tal como os fenómenos naturais de tendência para o equilíbrio e de auto sustentabilidade que ocorrem nas ciências da terra e da vida, pois caso contrário com as aneiras que fazemos ao nosso corpo e à terra onde vivemos, a nossa esperança de vida seria muito mais reduzida e a terra começava a não ter condições de habitabilidade.
Se todas as emissões de dióxido de carbono, ao longo do tempo, resultantes da poluição industrial (e não só) permanecessem na atmosfera, o consequente efeito de estufa agravado resultante dessa hiper acumulação do gás, tornaria a superfície da terra como uma espécie de frigideira e nós não ficávamos sobreaquecidos mas sim fritos, e desse modo ficaria em causa a habitabilidade na terra. Então o que é que nos salva dessa "fritura"? É precisamente um fenómeno de tendência para o equilíbrio ou de reversão para a média: à medida que vai aumentando a pressão parcial do dióxido de carbono na atmosfera que está em contacto com superfície líquida dos oceanos, o gás dissolve-se na água do mar e assim vai diminuir a sua quantidade presente na atmosfera, mas o problema é que com essa sucessiva dissolução do gás na água faz com que a mesma fique mais ácida (acidificação dos oceanos), e, consequentemente, com menos capacidade de absorver o gás (sendo um gás ácido, a sua fixação/absorção faz-se melhor num meio líquido alcalino que num meio neutro ou ácido), pelo que este irá continuar a aumentar gradualmente na atmosfera enquanto não forem reduzidas as suas emissões para um nível auto sustentabilidade.
É claro que os economicistas de meia-tigela vão continuar a bombardear-nos com os suas ideias primárias de vistas curtas em relevar os elevados custos das energias limpas, alternativas ou menos carbonatadas; só que nesses seus cálculos, normalmente, não entra o factor positivo da externalização de custos dessas energias não poluentes ou menos poluentes, "custos" estes que são uma parcela negativa para deduzir na soma total de custos da energia, pois tais "custos" correspondem a benefícios para a humanidade e para o meio ambiente em geral, devido ao facto de um menor grau de poluição ir provocar um aumento de nossa esperança de vida e melhorar as condições de vida e de habitabilidade na Terra, para além de que vão diminuir substancialmente os custos de tratamento de doenças crónicas ou agudas direta ou indiretamente causadas pelos elevados níveis de poluição atmosférica, hídrica ou dos solos e de resíduos sólidos.
Eu faço um convite a esses economicistas: vão viver para a China junto de uma zona industrial com elevada densidade de chaminés de exaustão das emissões altamente poluentes resultantes da utilização de energia barata como o carvão ou os combustíveis fósseis líquidos com grandes cadeias carbonatadas e com uma elevada componente sulfurosa, e fiquem por lá durante muito tempo a fazer os seus estudos energéticos..., que eu vou continuar por cá junto do onshore das praias algarvias calientes com as minhas ideias de gestão ativa e de defesa das energias limpas e renováveis.
Podemos comparar a capitalização continua de um upside de retornos à acumulação sucessiva de várias camadas de neve numa montanha, pelo que não devemos ir até à última fase do upside, como tentam fazer os institucionais, pois a seguir vem a “avalanche” brusca e intensa para o downside, podendo os investidores incautos ficar “soterrados” na drawdown profunda, a qual pode por o investidor out of the game.
À medida que se vão depositando as sucessivas camadas de neve numa montanha, estas vão criar uma sobrepressão na 1ª camada de neve em contacto com a superfície da montanha que a partir de certo ponto vai provocar a sua liquefação e aí as camadas superiores de neve deslizam pela encosta da montanha, tal como um patinador desliza sobre uma pista de gelo, provocando assim uma avalanche (drawdown) descontrolada. O peso do patinador sobre a lâmina fina e com uma área superficial diminuta sob os patins é de tal maneira desproporcionado que provoca a liquefacção instantânea do gelo em contacto com a lâmina e aí o patinador desliza facilmente sobre o “gelo líquido” e não sobre o gelo sólido.
Portanto, nós nunca devemos entrar na última fase de um upside com um rally muito prolongado já com muitas camadas de retornos, porque corremos o risco de a seguir levarmos com uma brutal drawdown, da qual podemos não recuperar. Os investidores institucionais costumam entrar primeiro que nós do retalho e saem depois também antes do retalho, deixando as últimas migalhas para estes, tendo como objectivo o evitar a grande avalanche da drawdown.
Os sistemas auto sustentáveis são aqueles que tendem para o equilíbrio, ou seja, são aqueles aonde ocorre o fenómeno da reversão para a média. Isto quer dizer que tudo o que sobe acima da média, mais tarde ou mais cedo, vai ser compensado com valores posteriores abaixo da média e vice-versa; e quanto maior for a amplitude de subida de um upside maior será a amplitude de descida do posterior downside. Quando temos um downside muito profundo como o crash de 2008, é como imaginarmos uma mola muito comprimida, e se deixarmos de exercer essa força vertical sobre a mola, esta rapidamente tende a repor a posição anterior de equilíbrio, tal como acontece no investimento: a seguir a uma profunda drawdown vem um upside acentuado com uma grande inclinação de verticalização dos retornos.
O fenómeno financeiro de reversão para a média também pode ser comparado a um fenómeno ciclico de convexão térmica: quando estamos a aquecer um tacho com água num bico de um fogão, a água em contacto com o fundo do tacho está mais quente, isto quer dizer que fica menos densa que a água das camadas superiores e aí sobe até à superfície, aqui como arrefece fica mais densa que a água das camadas inferiores e aí desce novamente para o fundo do tacho e depois repete-se novamente o ciclo de convexão do sobe e desce.
É este movimento ciclico do sobe e desce da água que minimiza a estratificação vertical da temperatura da coluna de água dentro do tacho, e, consequentemente, faz com que a temperatura da água seja mais homogénea em torno de uma temperatura média algures na parte intermédia da coluna de água. Isto é o que deve acontecer com um fundo calminho (baixa volatilidade) em que não tem grandes subidas acima da média no bull market mas também não tem grandes drawdowns no bear market.
Aqui nos fundos, o otimizar do fenómeno de convexão (tendência para o equilíbrio) chama-se baixa volatilidade e instrumentos financeiros derivados de controlo de risco, os quais devem, essencialmente, suavizar a profundidade das drawdowns, mas em contrapartida também, infelizmente, vão suavizar a amplitude de ganhos do upside.
Assim, não há instrumentos financeiros ideais que ao mesmo tempo otimizem os retornos no bear e no bull market, pelo que o grande segredo do negócio é um investidor tentar prever, antes dos outros investidores, o próximo bear ou o bull market. Essa previsão não é um processo 100% científico, como sabemos, mas também não é um processo 100% aleatório, pelo que os mais habilitados no conhecimento histórico do comportamento dos fundos em análise, e, principalmente, em melhor interpretar os sinais políticos e económico-financeiros globais e sectoriais do presente e saber projetá-los melhor para o futuro, terão assim uma maior probabilidade de êxito neste negócio.
Abr,
BedRock
Gestão ativa do investimento para o médio- longo prazo seguindo o fenómeno da reversão para a média dos retornos.
O fenómeno da reversão para a média dos retornos no horizonte temporal de médio-longo prazo não é mais que um fenómeno de auto sustentabilidade do negócio do investimento no mercado accionista, tal como os fenómenos naturais de tendência para o equilíbrio e de auto sustentabilidade que ocorrem nas ciências da terra e da vida, pois caso contrário com as aneiras que fazemos ao nosso corpo e à terra onde vivemos, a nossa esperança de vida seria muito mais reduzida e a terra começava a não ter condições de habitabilidade.
Se todas as emissões de dióxido de carbono, ao longo do tempo, resultantes da poluição industrial (e não só) permanecessem na atmosfera, o consequente efeito de estufa agravado resultante dessa hiper acumulação do gás, tornaria a superfície da terra como uma espécie de frigideira e nós não ficávamos sobreaquecidos mas sim fritos, e desse modo ficaria em causa a habitabilidade na terra. Então o que é que nos salva dessa "fritura"? É precisamente um fenómeno de tendência para o equilíbrio ou de reversão para a média: à medida que vai aumentando a pressão parcial do dióxido de carbono na atmosfera que está em contacto com superfície líquida dos oceanos, o gás dissolve-se na água do mar e assim vai diminuir a sua quantidade presente na atmosfera, mas o problema é que com essa sucessiva dissolução do gás na água faz com que a mesma fique mais ácida (acidificação dos oceanos), e, consequentemente, com menos capacidade de absorver o gás (sendo um gás ácido, a sua fixação/absorção faz-se melhor num meio líquido alcalino que num meio neutro ou ácido), pelo que este irá continuar a aumentar gradualmente na atmosfera enquanto não forem reduzidas as suas emissões para um nível auto sustentabilidade.
É claro que os economicistas de meia-tigela vão continuar a bombardear-nos com os suas ideias primárias de vistas curtas em relevar os elevados custos das energias limpas, alternativas ou menos carbonatadas; só que nesses seus cálculos, normalmente, não entra o factor positivo da externalização de custos dessas energias não poluentes ou menos poluentes, "custos" estes que são uma parcela negativa para deduzir na soma total de custos da energia, pois tais "custos" correspondem a benefícios para a humanidade e para o meio ambiente em geral, devido ao facto de um menor grau de poluição ir provocar um aumento de nossa esperança de vida e melhorar as condições de vida e de habitabilidade na Terra, para além de que vão diminuir substancialmente os custos de tratamento de doenças crónicas ou agudas direta ou indiretamente causadas pelos elevados níveis de poluição atmosférica, hídrica ou dos solos e de resíduos sólidos.
Eu faço um convite a esses economicistas: vão viver para a China junto de uma zona industrial com elevada densidade de chaminés de exaustão das emissões altamente poluentes resultantes da utilização de energia barata como o carvão ou os combustíveis fósseis líquidos com grandes cadeias carbonatadas e com uma elevada componente sulfurosa, e fiquem por lá durante muito tempo a fazer os seus estudos energéticos..., que eu vou continuar por cá junto do onshore das praias algarvias calientes com as minhas ideias de gestão ativa e de defesa das energias limpas e renováveis.

Podemos comparar a capitalização continua de um upside de retornos à acumulação sucessiva de várias camadas de neve numa montanha, pelo que não devemos ir até à última fase do upside, como tentam fazer os institucionais, pois a seguir vem a “avalanche” brusca e intensa para o downside, podendo os investidores incautos ficar “soterrados” na drawdown profunda, a qual pode por o investidor out of the game.
À medida que se vão depositando as sucessivas camadas de neve numa montanha, estas vão criar uma sobrepressão na 1ª camada de neve em contacto com a superfície da montanha que a partir de certo ponto vai provocar a sua liquefação e aí as camadas superiores de neve deslizam pela encosta da montanha, tal como um patinador desliza sobre uma pista de gelo, provocando assim uma avalanche (drawdown) descontrolada. O peso do patinador sobre a lâmina fina e com uma área superficial diminuta sob os patins é de tal maneira desproporcionado que provoca a liquefacção instantânea do gelo em contacto com a lâmina e aí o patinador desliza facilmente sobre o “gelo líquido” e não sobre o gelo sólido.
Portanto, nós nunca devemos entrar na última fase de um upside com um rally muito prolongado já com muitas camadas de retornos, porque corremos o risco de a seguir levarmos com uma brutal drawdown, da qual podemos não recuperar. Os investidores institucionais costumam entrar primeiro que nós do retalho e saem depois também antes do retalho, deixando as últimas migalhas para estes, tendo como objectivo o evitar a grande avalanche da drawdown.
Os sistemas auto sustentáveis são aqueles que tendem para o equilíbrio, ou seja, são aqueles aonde ocorre o fenómeno da reversão para a média. Isto quer dizer que tudo o que sobe acima da média, mais tarde ou mais cedo, vai ser compensado com valores posteriores abaixo da média e vice-versa; e quanto maior for a amplitude de subida de um upside maior será a amplitude de descida do posterior downside. Quando temos um downside muito profundo como o crash de 2008, é como imaginarmos uma mola muito comprimida, e se deixarmos de exercer essa força vertical sobre a mola, esta rapidamente tende a repor a posição anterior de equilíbrio, tal como acontece no investimento: a seguir a uma profunda drawdown vem um upside acentuado com uma grande inclinação de verticalização dos retornos.
O fenómeno financeiro de reversão para a média também pode ser comparado a um fenómeno ciclico de convexão térmica: quando estamos a aquecer um tacho com água num bico de um fogão, a água em contacto com o fundo do tacho está mais quente, isto quer dizer que fica menos densa que a água das camadas superiores e aí sobe até à superfície, aqui como arrefece fica mais densa que a água das camadas inferiores e aí desce novamente para o fundo do tacho e depois repete-se novamente o ciclo de convexão do sobe e desce.
É este movimento ciclico do sobe e desce da água que minimiza a estratificação vertical da temperatura da coluna de água dentro do tacho, e, consequentemente, faz com que a temperatura da água seja mais homogénea em torno de uma temperatura média algures na parte intermédia da coluna de água. Isto é o que deve acontecer com um fundo calminho (baixa volatilidade) em que não tem grandes subidas acima da média no bull market mas também não tem grandes drawdowns no bear market.
Aqui nos fundos, o otimizar do fenómeno de convexão (tendência para o equilíbrio) chama-se baixa volatilidade e instrumentos financeiros derivados de controlo de risco, os quais devem, essencialmente, suavizar a profundidade das drawdowns, mas em contrapartida também, infelizmente, vão suavizar a amplitude de ganhos do upside.
Assim, não há instrumentos financeiros ideais que ao mesmo tempo otimizem os retornos no bear e no bull market, pelo que o grande segredo do negócio é um investidor tentar prever, antes dos outros investidores, o próximo bear ou o bull market. Essa previsão não é um processo 100% científico, como sabemos, mas também não é um processo 100% aleatório, pelo que os mais habilitados no conhecimento histórico do comportamento dos fundos em análise, e, principalmente, em melhor interpretar os sinais políticos e económico-financeiros globais e sectoriais do presente e saber projetá-los melhor para o futuro, terão assim uma maior probabilidade de êxito neste negócio.
Abr,
BedRock
Editado pela última vez por BedRocK em 27/7/2014 20:15, num total de 1 vez.
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Re: Fundos à la carte
scapy11 Escreveu:Boas,
Isto até acertar com o login demorou meses mas pronto.
Um artigo de Maio, a falar sobre o mercado de emergentes a longo prazo, como anda na moda![]()
http://www.morningstar.co.uk/uk/news/124656/how-to-make-money-in-emerging-markets.aspx
Fizeste bem em partilhar o artigo, mesmo sendo de maio, pois para os mercados emergentes por mais informação que se possa ter, ela nunca será provavelmente de mais, dado que são os mercados mais complexos e, como tal, deverão merecer da nossa parte um estudo mais profundo, com a agravante de a dominante literatura financeira americana ter, por vezes, um certo bias negativo para os emergentes e a isenção de certos "estudos" são questionáveis, para além de que a Fed tem dado um forte contributo para isso através da sua manipulação monetária dirigida só para o interesse da economia dos EUA.
Só que finalmente os BRICS acordaram para contrariar esse imperialismo monetário da Fed, que pode afetar muito as suas economias, e na recente reunião em Fortaleza decidiram criar um banco com uma futura reserva de 100 mil milhões de dólares para contrariar as desvalorizações das suas moedas locais quando a Fed de um modo unilateral e arbitrário decide criar mais um QE e depois diminuir ou cortar os estímulos expansionistas a seu belo prazer, sem conjugar e harmonizar tais medidas com os restantes players da economia mundial (Europa, emergentes, Japão).
Os BRICS aprenderam finalmente e a última lição que a Fed lhes deu foi, de um modo interesseiro para a economia dos EUA, provocar a fuga massiva de capitais dos emergentes de retorno aos EUA e aos países desenvolvidos, através de uma simples comunicação em finais de maio de 2013 que dizia que iria reduzir os estímulos expansionistas com a redução progressiva (tapering) da compra de dívida (redução da injeção de liquidez na economia).
O FMI e o Banco Mundial estão capturados pelo interesse dos EUA e Fed e em parte o BCE também anda a reboque da Fed, pelo que, finalmente, os BRICS vão tentar pôr-los na linha e não será difícil com a liquidez da China que até é o híper credor dos EUA, ao qual não lhe pode tirar totalmente o tapete porque os EUA é um gigante transatlântico que se afundasse criava um tsunami na economia global.
Tenho grandes esperanças nesse futuro "Banco Central" dos BRICS para arrumar definitivamente com os especuladores de ataque de desvalorização das moedas locais mais vulneráveis devido à falta de reservas em hard currency (USD, EUR,...) e aos elevados défice da balança de transações e do défice orçamental. Os abutres especuladores aproveitam estas fraquezas monetárias e económico-financeiras dos países emergentes mais frágeis e saem da toca para atacar em força após o "apito" de um comunicado da Fed.
Abr,
BedRock
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Re: Fundos à la carte
Boas,
Isto até acertar com o login demorou meses mas pronto.
Um artigo de Maio, a falar sobre o mercado de emergentes a longo prazo, como anda na moda
http://www.morningstar.co.uk/uk/news/124656/how-to-make-money-in-emerging-markets.aspx
Isto até acertar com o login demorou meses mas pronto.
Um artigo de Maio, a falar sobre o mercado de emergentes a longo prazo, como anda na moda

http://www.morningstar.co.uk/uk/news/124656/how-to-make-money-in-emerging-markets.aspx
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Re: Fundos à la carte
Boas,
A existência da anomalia “low vol” (baixa volatilidade) dos retornos no longo prazo, em contradição com a teoria do modelo CAPM (Capital Asset Pricing Model).
O meu texto, a Figura 1 e a Tabela 1 que abaixo apresento, têm como referência o artigo deste link:
http://www.morningstar.es/es/news/12612 ... foque.aspx
Os autores do artigo demonstraram, através de dados históricos, a existência da anomalia “low vol” (baixa volatilidade), no longo prazo, em que a correlação risco vs retornos é nula ou negativa, ao contrário do que diz a teoria do modelo CAPM que considera essa correlação positiva.
O CAPM considera que o prémio de risco varia proporcionalmente ao beta (risco sistemático ou risco do mercado ou risco não diversificável) e assim os retornos da carteira aumentariam proporcionalmente ao aumento do risco beta do portfolio (correlação positiva entre o risco e os retornos).
A Fig.1 acima colocada, demonstra que mesmo no caso do gestor procurar ativos que tenham uma modesta probabilidade de 10% em obter uma outperformance (alfa) de bater o mercado (benchmark) depois de 1 ano, mesmo assim a parte de ativos “high vol”oferece quase a mesma probabilidade de êxito que a parte “low vol” (quase 35%); enquanto que para as maiores probabilidades de 20% a 100% em obter uma outperformance, a probabilidade de êxito é sempre maior no segmento “high vol” que no “low vol” e a diferença relativa de êxito entre estes dois segmentos vai aumentando no sentido dos 10% para os 100% no eixo das abcissas.
Assim, com o objetivo de curto prazo (depois de 1 ano)por parte do gestor em obter um melhor alfa, o mesmo vai ter mais incentivos e escolher ativos “high vol”, em detrimento dos “low vol”, pois tem uma maior probabilidade de êxito em obter esses valores de alfa positivos, quaisquer que eles sejam.
A Tabela 1 demonstra a existência, no longo prazo, de uma correlação negativa (e não positiva do modelo CAPM) entre a rentabilidade e o risco, com um maior rácio de Sharpe e um maior alfa para o segmento “low vol”, indo decrescendo os seus valores e os valores dos retornos à medida que vai aumentando a volatilidade. O que isto quer dizer é que para o longo prazo se verifica a existência da referida anomalia “low vol” relativamente à teoria do modelo CAPM.
Assim, o segmento de ativos “high vol” obtém piores resultados de retornos no longo prazo relativamente ao segmento “low vol”, mas em contrapartida é no segmento “high vol” que se podem encontrar ativos com maior potencial de valorização no curto prazo.
O comportamento dos gestores em procurar ativos “high vol” subvalorizados para, no curto prazo, poderem ter uma maior probabilidade de obterem outperformances (bater o benchmark), é que faz com que a anomalia “low vol” persista no tempo e esta anomalia só desaparecia se se alterasse radicalmente o referido comportamento dos gestores.
Os ativos “high vol”, no longo prazo, têm retornos inferiores aos ativos “low vol” devido, essencialmente, ao facto das suas drawdowns serem bastante mais profundas que as dos ativos “low vol”, para além de que as drawdowns ou downsides mais acentuados dos ativos “high vol” nos períodos de bear market também têm uma maior amplitude que os respetivos upsides mais acentuados do bull market, daí o balanço dos retornos, no longo prazo, entre os upsides/downsides, pender favoravelmente para o lado dos ativos “low vol”.
Abr,
BedRock
A existência da anomalia “low vol” (baixa volatilidade) dos retornos no longo prazo, em contradição com a teoria do modelo CAPM (Capital Asset Pricing Model).
O meu texto, a Figura 1 e a Tabela 1 que abaixo apresento, têm como referência o artigo deste link:
http://www.morningstar.es/es/news/12612 ... foque.aspx
Os autores do artigo demonstraram, através de dados históricos, a existência da anomalia “low vol” (baixa volatilidade), no longo prazo, em que a correlação risco vs retornos é nula ou negativa, ao contrário do que diz a teoria do modelo CAPM que considera essa correlação positiva.
O CAPM considera que o prémio de risco varia proporcionalmente ao beta (risco sistemático ou risco do mercado ou risco não diversificável) e assim os retornos da carteira aumentariam proporcionalmente ao aumento do risco beta do portfolio (correlação positiva entre o risco e os retornos).
A Fig.1 acima colocada, demonstra que mesmo no caso do gestor procurar ativos que tenham uma modesta probabilidade de 10% em obter uma outperformance (alfa) de bater o mercado (benchmark) depois de 1 ano, mesmo assim a parte de ativos “high vol”oferece quase a mesma probabilidade de êxito que a parte “low vol” (quase 35%); enquanto que para as maiores probabilidades de 20% a 100% em obter uma outperformance, a probabilidade de êxito é sempre maior no segmento “high vol” que no “low vol” e a diferença relativa de êxito entre estes dois segmentos vai aumentando no sentido dos 10% para os 100% no eixo das abcissas.
Assim, com o objetivo de curto prazo (depois de 1 ano)por parte do gestor em obter um melhor alfa, o mesmo vai ter mais incentivos e escolher ativos “high vol”, em detrimento dos “low vol”, pois tem uma maior probabilidade de êxito em obter esses valores de alfa positivos, quaisquer que eles sejam.
A Tabela 1 demonstra a existência, no longo prazo, de uma correlação negativa (e não positiva do modelo CAPM) entre a rentabilidade e o risco, com um maior rácio de Sharpe e um maior alfa para o segmento “low vol”, indo decrescendo os seus valores e os valores dos retornos à medida que vai aumentando a volatilidade. O que isto quer dizer é que para o longo prazo se verifica a existência da referida anomalia “low vol” relativamente à teoria do modelo CAPM.
Assim, o segmento de ativos “high vol” obtém piores resultados de retornos no longo prazo relativamente ao segmento “low vol”, mas em contrapartida é no segmento “high vol” que se podem encontrar ativos com maior potencial de valorização no curto prazo.
O comportamento dos gestores em procurar ativos “high vol” subvalorizados para, no curto prazo, poderem ter uma maior probabilidade de obterem outperformances (bater o benchmark), é que faz com que a anomalia “low vol” persista no tempo e esta anomalia só desaparecia se se alterasse radicalmente o referido comportamento dos gestores.
Os ativos “high vol”, no longo prazo, têm retornos inferiores aos ativos “low vol” devido, essencialmente, ao facto das suas drawdowns serem bastante mais profundas que as dos ativos “low vol”, para além de que as drawdowns ou downsides mais acentuados dos ativos “high vol” nos períodos de bear market também têm uma maior amplitude que os respetivos upsides mais acentuados do bull market, daí o balanço dos retornos, no longo prazo, entre os upsides/downsides, pender favoravelmente para o lado dos ativos “low vol”.
Abr,
BedRock
Editado pela última vez por BedRocK em 25/7/2014 18:49, num total de 2 vezes.
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Re: Fundos à la carte
DocMr36 Escreveu:DocMr36 Escreveu:Boa tarde rapaziada! Com esta treta do Login, acabei por me afastar um pouco da participação, mas tenho assistido atentamente a toda a excelente troca de agrumentos deste prezado espaço.
Venho aqui lançar um novo tópico. A discussão normalmente situa-se em carteiras de longo prazo, eu próprio tenho a minha que já expus aqui neste espaço (60% ações | 40% Obrigações). O que pretendo agora é alocar uma parte do capital numa carteira de curto prazo. O objetivo seria 1 ano, onde ficaria satisfeito com 3-4% de rendimento, com baixo risco (isto é, sem perda de capital - máx 5%). Portanto, uma carteira anti-sobressaltos!
O ideal eram mesmo os fundos da ESAF Liquidez e Tesouraria ativa, quando atingiam os 3-4% liquidos. Mas isso é passado (agora percebe-se bem o Risco destes instrumentos na sua antiga versão).
Andei por aí a pesquisar e surgiram-me as seguintes ideias (São sobretudo Fundos Low Cost, a condizer com o montante a aplicar):
- AXA WF Euro 3-5 EC EUR - (4,05% - 5 anos/anualizado) - tem-se mantido estável, sem grandes sobressaltos. Maturidade efectiva 3,92.A qualidade de crédito mínima é BBB (37%).
- DWS Invest Euro Bonds (Short) NC - (2,54%- 5 anos/anualizado) - Maturidade efectiva 2,01.A qualidade de crédito mínima é BBB (63% - algo elevado).
- Que outras alternativas do mesmo género sugerem?
Outras ideia seriam:
- DWS Invest Euro Corporate Bonds NC - (7,07% - 5 anos/anualizado) - Já foge um pouco objectivo, tendo mais risco. A qualidade de crédito mínima é BBB (66%)
- Nordea-1 Stable Return E EUR - (6,54% - 5 anos/anualizado) - A pendente accionista do fundo poderia comprometer o objetivo que seria sobretudo de minimizar a perda de capital)
Estas duas hipótes já fogem um pouco aos pressupostos da carteira e baseiam-se apenas na performance dos últimos tempos, onde o mercado tem sido favorável.
Penso que neste momento, o investimento em Obrigações deve estra virado mais para a Europa, onde as subidas das taxas de juro parecem longe. Que acham? Pensamento certo?chico_laranja Escreveu:DocMr36
Avalia um pouco os fundos com o desvio padrão(DP) para ver o que eles abanam.
Se aceitas quedas de 5% deverás comprar fundos com um DP no máximo de 5% mas para ser mais seguro que tenham um DP <= 4%.
Num ano normal mas mau será o que eles podem perder. Em anos catastróficos poderão perder 3* DP.
Como vais investir a 1 ano tens que ter sempre em conta o factor sorte/tendência de mercado pois fundos de obrigações têm um horizonte mínimo de 3-5 anos de forma a colmatarem períodos negativos. Se tiveres sorte e os ventos correrem de feição até consegues mais que os 3-4% líquidos mas se houver alguma tempestade podes não ganhar nada. Caso haja uma tormenta podes mesmo passar o teu Stop.
Se tens um mínimo absoluto de perda de 5%, quando batesse nos -4.5% vendias para evitar perdas maiores. Antes uma pequena perda estancada que uma grande perda mantida na esperança que um dia suba, dia esse que pode nunca mais vir, ou demorar 10-20 anos a chegar a tal ponto quando o horizonte do investimento era 1 ano
Obrigado pelo comentário Chico![]()
Entretanto encontrei outro fundo interessante para portolios de curto prazo:
DWS Invest Short Duration Credit NC - Dívida de empresas de curto prazo, média de 3 anos. Tem pouco historial, mas temcumprido a sua função![]()
http://www.morningstar.pt/pt/funds/snapshot/snapshot.aspx?id=F0GBR06NZI
Tens que ter apenas em atenção que a malta tem fugido dos fundos de obrigações AAA para este corporativos à procura de alguns ganhos extra daí estarem a bombar tão bem. Quando começarem a subir as taxas de juro serão estes os primeiros a sofrer. Verifica o que o Giordano Lombardo, da Fidelity disse e que está nas páginas anteriores. Na net procura por Bubbles Detector Giordano Lombardo.
Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
Um abraço e bons investimentos.
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
Um abraço e bons investimentos.
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Re: Fundos à la carte
xsantana Escreveu:Boas!
Antes de mais apresento-me. Chamo-me Luís e tenho 29 anos. Não sou financeiro nem nada de próximo.
Os meus conhecimentos nesta área são parcos. Descobri este forum de forma acidental quando procurava sobre investimentos, mas apesar disso inscrevi-me. Pretendo iniciar-me em pequenos investimentos com rentabilidade no médio em longo prazo. Já andei a ler sobre o assunto e estou a recolher informação para definir um portfolio à minha medida. Percebi que esta é a melhor forma de começar. Entre os vários componentes estava a pensar em:
- Acções não PT
- Fundos de Acções (que diferenças há entre os vários tipos de fundo, em geral?)
- Obrigações
- Certificados de Aforro/Tesouro
- Depósito a Prazo
Gostava de saber a vossa opinião relativa aos vários produtos e a como têm o vosso investimento estruturado.
Além disso, para compra de acções para pequenos investidos, em bolsas não PT quais as casas com melhores comissões?
Obrigado
Boas
Desde já bem-vindo ao lado negro da força

Antes de começares a meter o teu dinheiro em jogo começa por ler, bastante, e tentar compreender.
2 bons pontos de partida são este tópico desde a primeira letra e o tópico do VirtuaGod, VG cá pra malta

viewtopic.php?f=3&t=77465
Antes existia um 3º tópico excelente que era o do LTCM com informação de alto nível também mas foi dizimado.
Quando tiveres dúvidas a malta está por cá para te ajudar.
Não tentes absorver tudo de uma vez. Lê tudo até ao fim com calma e no fim volta a ler pois já terás mais conhecimentos para perceber e interpretar melhor o que antes tinha tinha ficado meio confuso ou mal entendido. Eu também passei por esse processo bem como outros que por cá andam como a Manushe.
Depois de saberes os conceitos tens que saber o que queres: prazo para o investimento, tolerância ao risco, etc....
Para começar e para o dinheiro não estar a ganhar pó, fazes uma carteira 1/3+1/3+1/3 e colocas 25, 50, 100 ou 200€ em cada parte. 1 parte num fundo de acções globais, 1 parte num fundo de obrigações globais e 1 parte num fundo de liquidez/Depósito a prazo(DP). O resto coloca num DP a 3 meses ou a 1 mês para não estar parado num DO. Dará para começares a ter pulso sobre como isto funciona. Há bons fundos para investir nestas categorias com menos de 50€ como por exemplo:
Acções globais:
USD - MFS Meridian Global Equity A1 EUR Acc - ISIN: LU0094560744
Obrigações globais:
USD - Templeton Global Total Return N Acc € - ISIN: LU0260870745
Tens que ter sempre ligado o espírito crítico e perceber que não temos todos o mesmo perfil de risco. Verás aqui certamente falar de ASEAN, Mercados Fronteira, Índia, MENA, Brasil, Turquia ou afins mas nestes mercados é preciso estofo para ver 10 ou 20% do dinheiro esfumar-se em 2 semanas e não ter um ataque cardíaco. Se com o MFS referido acima já tiveres arrepios e noites em claro a pensar que ainda bem que são só 30€ e não os meus 5k€ a levar uma facada de 3% numa semana então estas áreas geográficas de risco mais elevado não são para ti.
Temos também que ter os pés no chão. Não é sonhar com retornos líquidos de 8-10% e possibilidade máxima de perdas de apenas 5 ou 10%. Eu pessoalmente acho que a relação é mais de 1:3 a 1:4. Se quero 7% ao ano líquidos tenho que aceitar até 21 a 28% de perdas potenciais. Se aceito apenas 15-16% de perdas então o valor realista será 4-5% anuais (e só medidos ao fim de 3 a 5 anos não é pensar que isto é sempre certinho).
Isto já vai enorme

Dúvidas já sabes: Coloca aqui.
Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
Um abraço e bons investimentos.
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
Um abraço e bons investimentos.
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Re: Fundos à la carte
DocMr36 Escreveu:Boa tarde rapaziada! Com esta treta do Login, acabei por me afastar um pouco da participação, mas tenho assistido atentamente a toda a excelente troca de agrumentos deste prezado espaço.
Venho aqui lançar um novo tópico. A discussão normalmente situa-se em carteiras de longo prazo, eu próprio tenho a minha que já expus aqui neste espaço (60% ações | 40% Obrigações). O que pretendo agora é alocar uma parte do capital numa carteira de curto prazo. O objetivo seria 1 ano, onde ficaria satisfeito com 3-4% de rendimento, com baixo risco (isto é, sem perda de capital - máx 5%). Portanto, uma carteira anti-sobressaltos!
O ideal eram mesmo os fundos da ESAF Liquidez e Tesouraria ativa, quando atingiam os 3-4% liquidos. Mas isso é passado (agora percebe-se bem o Risco destes instrumentos na sua antiga versão).
Andei por aí a pesquisar e surgiram-me as seguintes ideias (São sobretudo Fundos Low Cost, a condizer com o montante a aplicar):
- AXA WF Euro 3-5 EC EUR - (4,05% - 5 anos/anualizado) - tem-se mantido estável, sem grandes sobressaltos. Maturidade efectiva 3,92.A qualidade de crédito mínima é BBB (37%).
- DWS Invest Euro Bonds (Short) NC - (2,54%- 5 anos/anualizado) - Maturidade efectiva 2,01.A qualidade de crédito mínima é BBB (63% - algo elevado).
- Que outras alternativas do mesmo género sugerem?
Outras ideia seriam:
- DWS Invest Euro Corporate Bonds NC - (7,07% - 5 anos/anualizado) - Já foge um pouco objectivo, tendo mais risco. A qualidade de crédito mínima é BBB (66%)
- Nordea-1 Stable Return E EUR - (6,54% - 5 anos/anualizado) - A pendente accionista do fundo poderia comprometer o objetivo que seria sobretudo de minimizar a perda de capital)
Estas duas hipótes já fogem um pouco aos pressupostos da carteira e baseiam-se apenas na performance dos últimos tempos, onde o mercado tem sido favorável.
Penso que neste momento, o investimento em Obrigações deve estra virado mais para a Europa, onde as subidas das taxas de juro parecem longe. Que acham? Pensamento certo?
chico_laranja Escreveu:DocMr36
Avalia um pouco os fundos com o desvio padrão(DP) para ver o que eles abanam.
Se aceitas quedas de 5% deverás comprar fundos com um DP no máximo de 5% mas para ser mais seguro que tenham um DP <= 4%.
Num ano normal mas mau será o que eles podem perder. Em anos catastróficos poderão perder 3* DP.
Como vais investir a 1 ano tens que ter sempre em conta o factor sorte/tendência de mercado pois fundos de obrigações têm um horizonte mínimo de 3-5 anos de forma a colmatarem períodos negativos. Se tiveres sorte e os ventos correrem de feição até consegues mais que os 3-4% líquidos mas se houver alguma tempestade podes não ganhar nada. Caso haja uma tormenta podes mesmo passar o teu Stop.
Se tens um mínimo absoluto de perda de 5%, quando batesse nos -4.5% vendias para evitar perdas maiores. Antes uma pequena perda estancada que uma grande perda mantida na esperança que um dia suba, dia esse que pode nunca mais vir, ou demorar 10-20 anos a chegar a tal ponto quando o horizonte do investimento era 1 ano
Obrigado pelo comentário Chico

Entretanto encontrei outro fundo interessante para portolios de curto prazo:
DWS Invest Short Duration Credit NC - Dívida de empresas de curto prazo, média de 3 anos. Tem pouco historial, mas temcumprido a sua função

http://www.morningstar.pt/pt/funds/snapshot/snapshot.aspx?id=F0GBR06NZI
Apresentação e Portfolio
Boas!
Antes de mais apresento-me. Chamo-me Luís e tenho 29 anos. Não sou financeiro nem nada de próximo.
Os meus conhecimentos nesta área são parcos. Descobri este forum de forma acidental quando procurava sobre investimentos, mas apesar disso inscrevi-me. Pretendo iniciar-me em pequenos investimentos com rentabilidade no médio em longo prazo. Já andei a ler sobre o assunto e estou a recolher informação para definir um portfolio à minha medida. Percebi que esta é a melhor forma de começar. Entre os vários componentes estava a pensar em:
- Acções não PT
- Fundos de Acções (que diferenças há entre os vários tipos de fundo, em geral?)
- Obrigações
- Certificados de Aforro/Tesouro
- Depósito a Prazo
Gostava de saber a vossa opinião relativa aos vários produtos e a como têm o vosso investimento estruturado.
Além disso, para compra de acções para pequenos investidos, em bolsas não PT quais as casas com melhores comissões?
Obrigado
Antes de mais apresento-me. Chamo-me Luís e tenho 29 anos. Não sou financeiro nem nada de próximo.
Os meus conhecimentos nesta área são parcos. Descobri este forum de forma acidental quando procurava sobre investimentos, mas apesar disso inscrevi-me. Pretendo iniciar-me em pequenos investimentos com rentabilidade no médio em longo prazo. Já andei a ler sobre o assunto e estou a recolher informação para definir um portfolio à minha medida. Percebi que esta é a melhor forma de começar. Entre os vários componentes estava a pensar em:
- Acções não PT
- Fundos de Acções (que diferenças há entre os vários tipos de fundo, em geral?)
- Obrigações
- Certificados de Aforro/Tesouro
- Depósito a Prazo
Gostava de saber a vossa opinião relativa aos vários produtos e a como têm o vosso investimento estruturado.
Além disso, para compra de acções para pequenos investidos, em bolsas não PT quais as casas com melhores comissões?
Obrigado
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- Registado: 24/7/2014 22:58
Re: Fundos à la carte
NGRO Escreveu:
Já sei que não gostam da categoria Mining - Basic Materials devido à volatilidade, mas para uma pequena % da carteira parece-me uma boa opção e o timing parece interessante. Em 3 meses já valorizou 11%.
Deixa-me alertar para os conceitos de ganhos/perdas relativas e absolutas, a saber:
Tu estás a ter um bom ganho relativo de 11% em 3 meses (eu com o JPMorgan do Middle East tive perto desse ganho em 2.5 meses), mas há uma séria probabilidade de esses ganhos do momentum se poderem transformar numas perdas com algum significado num futuro não muito distante, sabes porquê? Porque o setor do ouro, mesmo com as fortes drawdowns dos últimos anos, continua muito sobrevalorizado com rácios de P/E bastante altos (com casos de fundos com valores superiores a 25). E porque é que o setor continua sobrevalorizado? Porque foi muito sobrevalorizado artificialmente, designadamente, em 2007, 2009 e 2010, pelo que as grandes quedas relativas dos últimos anos correspondem a uma pequena queda absoluta real de correção, e, consequentemente, pode ainda gerar quedas significativas num horizonte temporal mais ou menos próximo.
Acho que vais perfeitamente entender este meu sobreaviso matemático.
Abr,
BedRock
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Re: Fundos à la carte
BedRocK Escreveu:Artista Romeno Escreveu:o que designas por setor financeiro de qualidade? a meu ver o momento de entrar foi 2012 2013... nao vejo porque motivo o setor financeiro está agora tão atrativo assim![]()
O Setor dos Serviços Financeiros é atualmente dos setores mais atrativos ao nível do rácio P/E, com valores da ordem de 10-12, ao nível dos mais baixos rácios de P/E dos mercados emergentes, quando a média histórica do P/E do S&P 500 é da ordem de 15.
Eu não digo que o setor está muito atrativo, o que eu disse é que está a chegar o tempo...Eu deixava correr mais um pouco a correção em curso este ano neste setor e depois mais tarde (final do ano?) possivelmente entraria, pois acredito que com o aliviar das dificuldades da procura de crédito interbancário por falta de confiança entre os pares por eventuais defaults, a liquidez vai ter que chegar cada vez mais à economia real das empresas, e, consequentemente, o negócio vai "alavancar" os lucros dos bancos de qualidade, qualidade que aqui significa mais facilidade de obtenção de liquidez no mercado interbancário.
Por exemplo, nos países emergentes do Brasil e da Índia, eu escolheria um fundo com maior percentagem de alocação no setor financeiro e no setor das infraestruturas, pois nestes países há muitas infraestruturas de base para construir e para remodelar, e um país sem infraestruturas de base modernas não se consegue desenvolver adequadamente, e como o setor de infraestruturas é dos maiores consumidores de liquidez, lá estarão os bancos para emprestar essa liquidez. Para além disso, neste binómio há um balance de risco, pois tradicionalmente o sector financeiro é dos mais arriscados e o sector das infraestruturas assim como as utilities são dos sectores com menor risco (a par do sector do consumo defensivo).
Abr,
BedRock
BedRocK Escreveu:Artista Romeno Escreveu:o que designas por setor financeiro de qualidade? a meu ver o momento de entrar foi 2012 2013... nao vejo porque motivo o setor financeiro está agora tão atrativo assim![]()
O Setor dos Serviços Financeiros é atualmente dos setores mais atrativos ao nível do rácio P/E, com valores da ordem de 10-12, ao nível dos mais baixos rácios de P/E dos mercados emergentes, quando a média histórica do P/E do S&P 500 é da ordem de 15.
Eu não digo que o setor está muito atrativo, o que eu disse é que está a chegar o tempo...Eu deixava correr mais um pouco a correção em curso este ano neste setor e depois mais tarde (final do ano?) possivelmente entraria, pois acredito que com o aliviar das dificuldades da procura de crédito interbancário por falta de confiança entre os pares por eventuais defaults, a liquidez vai ter que chegar cada vez mais à economia real das empresas, e, consequentemente, o negócio vai "alavancar" os lucros dos bancos de qualidade, qualidade que aqui significa mais facilidade de obtenção de liquidez no mercado interbancário.
Por exemplo, nos países emergentes do Brasil e da Índia, eu escolheria um fundo com maior percentagem de alocação no setor financeiro e no setor das infraestruturas, pois nestes países há muitas infraestruturas de base para construir e para remodelar, e um país sem infraestruturas de base modernas não se consegue desenvolver adequadamente, e como o setor de infraestruturas é dos maiores consumidores de liquidez, lá estarão os bancos para emprestar essa liquidez. Para além disso, neste binómio há um balance de risco, pois tradicionalmente o sector financeiro é dos mais arriscados e o sector das infraestruturas assim como as utilities são dos sectores com menor risco (a par do sector do consumo defensivo).
Abr,
BedRock
Bedrock estás te a esquecer é de um ponto muito importante price to book significa preço/ valor cont... a parte de baixo nos ultimos anos aumentou não por vontade dos bancos mas por exigencia regulatoria, que levou a que os bancos tivessem que aumentar muito capital face à situação anterior logo o racio mente um pouco
2-o setor tem outro desafio muito importanteNos mercados desenvolvidos, a margem financeira( ainda ontem no bpi falei nisso), mesmo nos eua ainda há uma parte significativa do lucro a provir de release de provisões... nos mercados emergentes é diferente e a margem financeira normalmente é forte mas cuidado para ver bancos ve o price to tangible book vs retorno esperado sobre o mesmo em 2 3 anos descontado pelo cost of equity assim é mais exato... mais tosco é ver quanto capital tem em basileia 3 quanto falta para ter 10%( bancos de investimento mete mais até pela litigancia) e depois ver a capacidade de geração dos lucros e crescimento dos mesmos... por acção...porque se os cp aumentam por exigencia regulatoria o P/B cai
"Large reserve releases again provided significant support for bank results in the fourth quarter, particularly among the largest institutions. Reserve releases accounted for 32% of reported pretax earnings for Bank of America, 17% for Citi and 16% for JP Morgan Chase." e estou longo no citi mas tenho noçao perfeita deste tipo de coisas alem de no caso particular da falta de dividendos de jeito que algum motivo tera mas o preço de entrada e barato....
Reparei agora que falas-te em Per e nao P/B ai sim no caso do itau na altura disse que gostava da acção... mas essa questão do capital vai se por se o banco quiser crescer o balanço agora desde que gere retornos muito fortes compensa e nos emergentes isso é possivel... nao digo que seja mal visto
As opiniões expressas baseiam-se essencialmente em análise fundamental, e na relação entre o valor de mercado dos ativos e as suas perspectivas futuras de negocio, como tal traduzem uma interpretação pessoal da realidade,devendo como tal apenas serem consideradas como uma perspetiva meramente informativa sobre os ativos em questão, não se constituindo como sugestões firmes de investimento
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