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Caldeirão da Bolsa

BES - Tópico Geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: BES - Tópico Geral

por Adam hedge » 24/7/2014 13:57

boa tarde a todos.

caro mcarvalho á pouco esqueci-me de deixar o gráfico de 1h,tem mt ruido mas neste caso é importante ver os possíveis suportes que em caso de correção desta leg up,podem parar a descida

grande abraço
Anexos
bes241.PNG
bes241.PNG (24.59 KiB) Visualizado 6262 vezes
Volta teu rosto sempre na direção do sol e então as sombras
ficarão para trás.

Lembra-te : se não tivesses lido e ouvido falar em aumento de capital tinhas entrado no bes... portanto...
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Re: BES - Tópico Geral

por mario s carvaho » 24/7/2014 13:52

ovelhaxone Escreveu:dificilmente o BES "arrebenta" os 0,50 hoje. é preciso ler os buzios com atenção...


quando dizem os búzios que se dá esse rebentamento? :D


abraço

mcarvalho
 
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Re: BES - Tópico Geral

por mario s carvaho » 24/7/2014 13:50

M42 Escreveu:A CMVM de facto tem muita piada. Não a vi a suspender o BES quando caia 20%...., ou quando se especulou durante semanas sobre o possível aumento de capital do BCP. Nessa altura não havia qualquer problema :?



pois..
 
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Re: BES - Tópico Geral

por PC05 » 24/7/2014 13:50

M42 Escreveu:A CMVM de facto tem muita piada. Não a vi a suspender o BES quando caia 20%...., ou quando se especulou durante semanas sobre o possível aumento de capital do BCP. Nessa altura não havia qualquer problema :?


«Há mais informação relevante sobre o BES que não foi tornada pública»
Presidente da CMVM acredita que esta só será conhecida na apresentação de resultados a 30 de julho
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Re: BES - Tópico Geral

por ovelhaxone » 24/7/2014 13:48

dificilmente o BES "arrebenta" os 0,50 hoje. é preciso ler os buzios com atenção...
 
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Re: BES - Tópico Geral

por M42 » 24/7/2014 13:48

A CMVM de facto tem muita piada. Não a vi a suspender o BES quando caia 20%...., ou quando se especulou durante semanas sobre o possível aumento de capital do BCP. Nessa altura não havia qualquer problema :?
 
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Re: BES - Tópico Geral

por tonando » 24/7/2014 13:43

CMVM avalia possível suspensão de cotação das ações do BES

http://observador.pt/2014/07/24/cmvm-av ... acoes-bes/
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Re: BES - Tópico Geral

por artista_ » 24/7/2014 13:42

Obrigado pelas respostas... não percebo nada disto, mas à partida parece-me que esse RERT (Regime Excecional de Regularização Tributária) pode ilibá-lo de algumas coisas não deverá ilibálo de todas, presumindo que pode ter feito muita "asneira"! :roll:
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Re: BES - Tópico Geral

por mario s carvaho » 24/7/2014 13:39

Bem.. O Salgado já era

fica o Bes ou também ....



está a custar rebentar o 0. 5 ....










será desta? :mrgreen:
Editado pela última vez por mario s carvaho em 24/7/2014 13:45, num total de 1 vez.
 
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Re: BES - Tópico Geral

por PC05 » 24/7/2014 13:34

pata-hari Escreveu:Ainda não entendi o que se está a passar. Se Ricardo Salgado fez um RERT, isso iliba-o de processo criminal....


talvez responda: http://observador.pt/2014/07/24/ricardo ... -da-manha/

RERT - Regime Excecional de Regularização Tributária.
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Re: BES - Tópico Geral

por TRSM86 » 24/7/2014 13:32

artista_ Escreveu:
pata-hari Escreveu:Ainda não entendi o que se está a passar. Se Ricardo Salgado fez um RERT, isso iliba-o de processo criminal....


O que é um RERT? :oops:



http://www.pwc.pt/pt/fiscalidade/imagens/pwc_rert.pdf


http://expresso.sapo.pt/salgado-ja-sabi ... em=f882914
uma passagem para a outra margem

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Re: BES - Tópico Geral

por artista_ » 24/7/2014 13:30

pata-hari Escreveu:Ainda não entendi o que se está a passar. Se Ricardo Salgado fez um RERT, isso iliba-o de processo criminal....


O que é um RERT? :oops:
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Re: BES - Tópico Geral

por Pata-Hari » 24/7/2014 13:27

Ainda não entendi o que se está a passar. Se Ricardo Salgado fez um RERT, isso iliba-o de processo criminal....
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Re: BES - Tópico Geral

por PC05 » 24/7/2014 13:26

«Há mais informação relevante sobre o BES que não foi tornada pública»

Presidente da CMVM acredita que esta só será conhecida na apresentação de resultados a 30 de julho
2014-07-24 12:21

O presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Carlos Tavares, afirmou esta quinta-feira que há mais informação relevante sobre o Banco Espírito Santo (BES) que só deverá ser conhecida por altura da apresentação das contas semestrais da entidade.

CMVM pressionada para acelerar aprovação de aumento de capital do BES

Regulador preocupado com estabilidade do BES

«Penso que haverá mais informação relevante para além desta que está atualmente no mercado», afirmou o líder do supervisor no Parlamento, no âmbito da sua audição especial sobre a situação no Grupo Espírito Santo (GES), do qual o Banco Espírito Santo (BES) é o principal ativo.

Segundo Carlos Tavares, a divulgação dos resultados do primeiro semestre do BES, mais a publicação do trabalho dos auditores do banco, devem trazer a lume essa informação relevante a que se referiu.

«Os investidores deverão ler toda a informação que seja relevante e trata-la da melhor forma que entenderem», sublinhou, considerando que «o melhor conselho que se pode dar aos investidores é para que confiem na informação oficial».

O BES adiou a apresentação das suas contas semestrais, que estava inicialmente agendada para esta sexta-feira, para o dia 30 de julho.


http://www.tvi24.iol.pt/economia---merc ... -6376.html
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Re: BES - Tópico Geral

por Optimiza » 24/7/2014 13:25

A frase do Pr. da CMVM Carlos Tavares, prenuncia algo sobre os resultados do BES, deixando no ar a dúvida sobre novos factos ou perdas. Vêm mais surpresas positivas ou negativas? Parece ser um alerta para pequenos investidores, feito com parcimónia e que deve ser tido em conta nas próximas sessões.

Curioso que na Alemanha estão a utilizar a mesma frase para os resultados próximos do Commerzbank....(virá um aumento de capital no CBK?)

http://economico.sapo.pt/noticias/tavares-investidores-devem-estar-atentos-aos-resultados-do-bes_198344.html

Bem, podemos ter de passar de neutros para curtos em BES em função dos resultados (se forem traumáticos), e da não ultrapassagem da resistência dos .52. Adicionaria que também devemos estar atentos às imparidades a apresentar pelo BCP - e que praticamente não perdeu cotação neste mega aumento de capital - dando um bom short depois destas subidas meteóricas apenas porque tem uma bilionária diluição do capital (incobráveis Moviflor/valadares, provisões sobre imóveis na linha de sintra, custos e rácios de transformação, tempo médio e qualidade da dívida, exposição ao GES?).
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Re: BES - Tópico Geral

por ovelhaxone » 24/7/2014 13:18

Suti, muito bom :mrgreen:
 
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Re: BES - Tópico Geral

por artista_ » 24/7/2014 12:29

jccgold Escreveu:
artista_ Escreveu:
jccgold Escreveu:... adivinha-se correcoes fortes nos próximos dias para baixo


Quem é que adivinha? Isto aqui é só pessoal que adivinha coisas, uns para cima outros para baixo... enfim, tenho de deixar de comentar estes posts, eles aparecem como cogumelos, não há volta a dar!


Fácil. Pq hoje as accoes subiram pela noticia que a Goldman Sachs entrou. Sendo essa a razão pressiona a subida da cotação apenas no dia em que se soube. Já a apresentação de resultados com prejuízos muito acima do esperado, e a vinda de novo AC tudo isso vai provocar nova queda.


Ainda bem que para ti é fácil, deves ser o único para quem isto é fácil! Estás apenas com um problema, é que o mercado teima em contrariar-te nos últimos dias! Desde os 40 cêntimos que dizes que vem ai o "fim do mundo", alguém aqui diz que entrou na casa dos 35 cêntimos e dizes que foi um mau negócio (está "só" a ganhar quase 50%).. enfim!

jccgold Escreveu:
AT2014 Escreveu:O mercado antecipa sempre o valor da empresa. Desconta as boas e más noticias com grande antecedência e deve ser por isso que diz que a cotação sobe quando sai uma má noticia.


O que não faltam são empresas às quais o mercado não sabe avaliar o valor e demoram anos a reconhece-lo. A JM é uma delas, o mercado só percebeu 5 anos depois o valor dos investimentos q a JM fez na Polónia. E o contrário é verdade também, ignorarem riscos e buracos que são óbvios.


Isso é não saber avaliar? A empresa foi subindo porque o mercado foi reconhecendo o aumento de valor ao longo dos anos. Da mesma forma que depois dos 5 anos está a reconhecer que talvez tenha exagerado na avaliação... mas esta discussão é inútil, como disse lá atrás, podemos dizer que o mercado está sempre errado e/ou que o mercado está sempre certo, depende da perspetiva, depende até da forma como olhamos para o mercado.
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Re: BES - Tópico Geral

por Investbem » 24/7/2014 11:56

Cordiais cumprimentos
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Re: BES - Tópico Geral

por ricardmag » 24/7/2014 11:51

Diria que o neto é muito inteligente e que sabe dar as voltas certas no corredor do poder.
Cumprimentos
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Re: BES - Tópico Geral

por Suti » 24/7/2014 11:47

Vamos IMAGINAR coisas…

Vamos imaginar que o meu avô tinha criado um Banco num País retrógrado, a viver debaixo de um regime ditatorial.
Depois, ocorreu uma revolução.

Foi nomeado um Primeiro-Ministro que, apesar de ser comunista, era filho do dono de uma casa de câmbios. Por esta razão, o dito Primeiro-Ministro demorou muito tempo a decidir a nacionalização da Banca (e, como tal, do Banco do meu avô).

Durante esse período, que mediou entre a revolução e a nacionalização, a minha família, tal como outras semelhantes, conseguiu retirar uma grande fortuna para a América do Sul (e saímos todos livremente do País, apesar do envolvimento direto no regime ditatorial).

Continuemos a IMAGINAR coisas…

Após um período de normal conturbação revolucionária, o País entrou num regime democrático estável. Para acalmar os instintos revolucionários do povo, os políticos, em vez de tentarem explicar a realidade às pessoas, preferiram ser eleitoralistas e “torrar dinheiro”. Assim, endividaram o País até entrar em banca-rota, por duas vezes (na década de 80).

Nessa altura, perante uma enorme dívida pública, os políticos resolveram privatizar uma parte significativa do património que tinha sido nacionalizado. Entre este, estava o Banco do meu avô.

E, continuando a IMAGINAR coisas…

A minha família tinha investido o dinheiro que tinha tirado de Portugal em propriedades na América do Sul. Como não acreditávamos nada em Portugal, nenhum de nós quis vender qualquer das propriedades ou empatar qualquer das poupanças da família. Mas, queríamos recomprar o Banco do meu avô.

Então, viemos a Portugal e prometemos aos políticos que estavam no poder e na oposição, que os iríamos recompensar (dinheiro, ofertas, empregos, etc…) por muitos anos, se eles nos vendessem o Banco do meu avô muito barato. Assim, conseguimos que eles fizessem um preço de (vamos imaginar uma quantia fácil para fazer contas) 100 milhões, para um Banco que valia 150.

Como não queríamos empatar o “nosso” dinheiro, pedimos (vamos imaginar uma quantia) 100 milhões emprestados aos nossos amigos franceses que já tinham ganho muito dinheiro com o meu avô. Com os 100 milhões emprestados comprámos o Banco (o nosso dinheiro, que tínhamos retirado de Portugal, esse ficou sempre guardado).

E assim ficámos donos do Banco do meu avô. Mas tínhamos uma dívida enorme: os tais 100 milhões. Como os franceses sabiam que o Banco valia 150, compraram 25% do Banco por 30 milhões (que valiam 37,5 milhões) e nós ficámos só a dever 70 milhões (100-30=70). Mesmo assim era uma enorme dívida.

Continuemos a IMAGINAR coisas…

Tal como combinado, viemos para Portugal e começámos a cumprir o que tínhamos prometido aos políticos (dinheiro para as campanhas eleitorais, ofertas de vária espécie, convites para todo o tipo de eventos, empregos para os familiares e para os próprios nos momentos em que estavam na oposição, etc…).

Como ainda tínhamos uma grande dívida, resolvemos fazer crescer mais o Banco do meu avô.

Assim, fomos falar com uma nova geração de políticos e prometemos todo o tipo de apoios (dinheiro, ofertas, empregos, etc…) se nos dessem os grandes negócios do Estado.

E eles assim fizeram. E o Banco do meu avô, que tinha sido vendido por 100, quando valia 150, valia agora 200 (por passarem por ele os grandes negócios do Estado).

Mas, mesmo assim, nós ainda devíamos 70 milhões (e tínhamos de pagar, pelo menos uma parte dessa dívida, caso contrário, os franceses ficavam com o Banco do meu avô).

E, continuando a IMAGINAR coisas…

O meu tio, que era presidente do Banco do meu avô, reformou-se. Nessa altura a família estava preparada para nomear um dos meus primos para presidente. Eu queria ser presidente e prometi à família toda um futuro perpétuo de prosperidade se me nomeassem a mim como presidente.

E assim foi. Fui, finalmente, nomeado presidente do Banco do meu avô.

Mas era preciso pagar uma parte da dívida aos franceses. Podíamos vender uma parte do Banco em Bolsa, mas deixávamos de mandar (logo agora que eu era presidente – não podia ser assim).

Então desenhei um plano:

Criei uma empresa, chamada “Grupo do meu avô” (em que a minha família tinha 100% do capital) e passei os nossos 75% do Banco (25% eram dos franceses) para essa nova empresa.

Assim, a família era dona de 100% do “Grupo” que era dono de 75% do Banco.

Falei com os franceses e combinei mudarmos os estatutos do Banco: quem tivesse 25% mandava no Banco (e os franceses não se metiam, a não ser para decidir os dividendos que queriam receber).

Assim, como o Banco agora valia 200, vendemos 50% na Bolsa por 100 (metade dos 200). Com 50 capitalizámos o Banco. Os restantes 50 tirámos para nós (37,5 para a família e 12,5 para os franceses).

Demos também os nossos 37,5 aos franceses e assim ficámos só a dever 32,5 milhões (70-37,5). Ainda era uma grande dívida, mas continuávamos a mandar no Banco do meu avô (apesar da nossa empresa “Grupo do meu avô” só ser dona de 25% – os franceses tinham outros 25% e os restantes 50% estavam dispersos por muitos acionistas).

Ainda tínhamos uma enorme dívida de 32,5 milhões. Mas, a verdade é que continuávamos a mandar no Banco do meu avô e tínhamos transformado uma dívida inicial de 100 em outra de 32,5 (sem termos gasto um tostão da família – o nosso dinheiro continua, ainda hoje, guardado na América do Sul). Convenci-me, nessa altura, que era um génio da finança!

Continuemos a IMAGINAR coisas…

A certa altura, o crédito tornou-se uma coisa muito barata. Eu sabia que tínhamos um limite original de 100 milhões e já só devíamos 32,5 milhões. Assim, a empresa “Grupo do meu avô” voltou a endividar-se: pediu mais 67,5 milhões (voltámos a dever 100 milhões) e desatei a comprar tudo o que fosse possível comprar.

Tornei-me assim, o dono disto tudo (o Banco do meu avô, a Seguradora do meu avô, a Meu avô saúde, a Meu avô hotéis, a Meu avô viagens, a Construtora do meu avô, a Herdade do meu avô onde se brinca aos pobrezinhos, etc…).

Entretanto fui pagando as minhas promessas aos políticos (dinheiro para as campanhas eleitorais, ofertas de vária espécie, convites para todo o tipo de eventos, empregos para os momentos em que estavam na oposição, etc…).

E, continuando a IMAGINAR coisas…

Mas havia agora uma nova geração de políticos. Fui falar com eles e garanti que os apoiaria para o resto da vida (dinheiro, ofertas, empregos, etc…) se eles continuassem a fazer passar os grandes negócios do Estado pelo Banco do meu avô.

Mas, tive azar: houve uma crise financeira internacional.

Deixou de haver crédito. Os juros subiram. Os credores queriam que o Grupo do meu avô pagasse a dívida.

E, além disso tudo, deixou de haver os grandes negócios do Estado.

Mas eu, que me achava um génio da finança e que já estava habituado a ser o dono disto tudo, não queria perder a minha posição de presidente do Banco do meu avô.

Tinha de arranjar uma solução. Fui à procura, e encontrei em África, quem tinha dinheiro sujo e não se importava de investir e deixar-me continuar a mandar e a ser dono disto tudo.

Continuemos a IMAGINAR coisas…
Resolvi então criar uma nova empresa: a “Rio do meu Avô” que passou a ser dona de 100% do capital da “Grupo do meu avô”, que era dona de 25% do “Banco do meu avô”. E eu que era dono disto tudo passei a ser o presidente disto tudo.

Fiz uns estatutos para o “Grupo do meu avô” que diziam que quem tivesse 25% mandava na empresa. Vendi 20% aos Angolanos e 55% na Bolsa. A “Rio do meu avô” ficou assim dona de 25% do “Grupo do meu avô” (mas mandava como se tivesse 100%). A “Grupo do meu avô”, dona de 25% do “Banco do meu avô” (mandava como se tivesse 100%).

Assim, a minha família já só tinha 5% (25% de 25%) do “Banco do meu avô” (mas eu continuava a mandar como se tivéssemos 100%). Já não havia dúvidas: eu era mesmo um génio da finança.

Com os 75 milhões da venda do “Grupo do meu avô” (aos Angolanos e na Bolsa), paguei uma parte da dívida. Mas, na verdade, ainda tínhamos uma dívida de 25 milhões (e continuávamos a não querer mexer no nosso dinheiro – esse continua bem guardado na América do Sul).

E, continuando a IMAGINAR coisas…

Mas as coisas continuaram a correr mal. Se calhar eu não sou assim tão grande génio da finança. Todos os nossos negócios dão prejuízo (até mesmo o Banco do meu avô). Raio de azar. Ainda por cima, a crise não acaba.

Fiz então o meu último golpe de génio. Convenci todos os bons clientes a comprarem ações do Banco do meu avô, para aumentar o capital sem ter de endividar mais a “Rio do meu avô” (e sem ter de tocar no dinheirinho da família, que continua bem guardado na América do Sul).

Mas os franceses queriam o dinheiro deles. Então, como presidente do Banco do meu avô, emprestei dinheiro deste ao Grupo do meu avô e à Rio do meu avô. Assim pagámos aos franceses. Mas ficámos com um problema: o Banco do meu avô está completamente arruinado.

Tinha de arranjar uma solução!

Fui falar com os novos políticos com uma proposta: reformo-me, dou lugares de Administração a uma série de políticos do partido do Governo e eles que resolvam o problema do Banco do meu avô.

Continuemos a IMAGINAR coisas…

Os políticos aceitaram a minha proposta (aceitam sempre que se fala de lugares de Administração).

Finalmente reformei-me. Ainda somos donos de 5% do Banco do meu avô e de uma série de outros negócios (sustentados pelas dívidas ao Banco do meu avô).

Tudo isto sem termos gasto um tostão (o dinheiro da família continua todo guardado na América do Sul).

E, tomei a última medida antes de me reformar: atribuí a mim próprio uma reforma de um milhão de euros por ano (para as despesas correntes).

E, assim, acabou a história IMAGINADA do Banco do meu avô.

**************

Se alguém teve a paciência de ler este texto até ao fim, deixo uma pergunta: Se esta história em vez de ser IMAGINADA, fosse verdadeira, que fariam ao neto?
 
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Re: BES - Tópico Geral

por ovelhaxone » 24/7/2014 10:36

notar que o BES está com comportamento de inversão de muito curto prazo (ou seja, vai vender). 0,50 devem passar a ser resistência para o resto do dia.

a não ser que haja entrada de capital fresco em quantidade no mercado, para fazer o psi20 progredir mais um pouco e, por arrasto, o BES.
 
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Re: BES - Tópico Geral

por M42 » 24/7/2014 10:31

RMA33,

Não leves a mal mas nem sempre estas explicações jornalistas são as mais correctas. O BCP caiu mais de 4% desde os máximos, naturalmente que com a volatilidade que o BES tem caiu mais um bocado. Se verificares estes títulos, tal como o PSI e outros estão perto de resistências por isso é normal que exista algum alivio para tentar novamente o ataque a elas. Se quebram ou não isso são outros 500.

Abraço e bons negócios,
 
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Re: BES - Tópico Geral

por RMA33 » 24/7/2014 10:27

M42 Escreveu:Já agora RMA33, este caso também mexeu com o BCP???
Na tua opinião porquê :?:


A descida do BCP foi de 2% a do BES cerca de 7%, creio que se deveu a um efeito de contágio.
Limitei-me a estabelecer uma relação entre o momento em que surgiu a noticia da detenção do Ricardo Salgado com o inicio da descida das acções do BES.
Poderá ser pura coincidência.

Cumprimentos,
 
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Re: BES - Tópico Geral

por M42 » 24/7/2014 10:25

Exactamente :wink:
 
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Re: BES - Tópico Geral

por ovelhaxone » 24/7/2014 10:25

RMA33 Escreveu:Neste momento não existem dúvidas, a noticia da detenção do Ricardo Salgado mexeu com a cotação das acções do BES...e bem para baixo.


:roll:

ou será porque o BES atingiu a zona de resistência principal de muito curto prazo nos 0,52/0,53, e o bcp nos 0,122? ou ainda o PSI20 nos 6500?

não. foi uma noticia da prisão de alguém...
 
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