Bons princípios, ou os mandamentos práticos para uma democra
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Bons princípios, ou os mandamentos práticos para uma democra
Bons princípios, ou os mandamentos práticos para uma democracia madura e responsável
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Nuno Ribeiro da Silva
Ninguém pediu, apenas se exigiu que cada um faça o seu trabalho e dê o melhor de si para construirmos rapidamente um Portugal melhor.
Bons princípios, ou os mandamentos práticos para uma democracia madura e responsável
O extraordinário evento que constituiu a jornada do Compromisso Portugal, impressionou-me particularmente pelo tom positivo e construtivo com que se pronunciaram centenas de reputados quadros nacionais. Ninguém pediu, apenas se exigiu que cada um faça o seu trabalho e dê o melhor de si para construirmos rapidamente um Portugal melhor.
O País será o somatório do nosso esforço, dedicação, rigor, profissionalismo, competência.
Não temos que pedir, temos que dar e construir. Não temos que nos lamentar, temos que lutar, dar o exemplo e exigir que todos se empenhem.
O Estado, o País, a Nação não são entes abstractos, mas sim corpos que funcionam se cada uma das suas células funcionar. Tal como a qualidade da floresta depende do apuro de cada uma das árvores que a compõem. Sem presunção, apeteceu-me alinhar, em estilo de mandamento as seguintes ideias que reflectem o espírito da Convenção Compromisso Portugal:
1. Não invoquemos impunemente o juízo e apoio Divino, dos Apóstolos e Santos da Igreja para resolver os nossos desígnios e ambições na terra.
Leia-se que a culpa não morre solteira e, convenhamos que o primeiro casamento é connosco. Contemos em primeiro, segundo e terceiro lugar com as nossas forças, antes de clamarmos injustiça ao vazio.
2. Não façamos qualquer reivindicação sem, indissociavelmente, ligarmos antes a nossa predisposição para contribuir para que ela se venha a materializar. Querer melhores pensões quando somos complacentes com baixas fraudulentos ou empregamos “desempregados profissionais”, é tão paradoxal comofestejar à revelia o nosso aniversário.
3. Não critiquemos sem, indissociavelmente, nos predispormos a actuar de alguma maneira para que o problema seja mitigado ou resolvido. Cada um de nós é parte do problema e? da solução.
Perante o surpreendente convívio com a mais gritante hipocrisia, tenhamos o pudor de, pelomenos, não pregar de galo quando estamos vulneráveis.
4. Centremos as nossas forças em construir a nossa felicidade e daqueles que mediatamente nos rodeiam, antes de despender energia a anunciar a infelicidade alheia. A felicidade é contagiante e o carpir colectivo? só se compreende perante a impotência da morte.
5. Ouçamos e tentemos compreender o que o outro nos diz, antes de formularmos juízos preconceituosos sobre o interlocutor.
Não sabemos dialogar e custa-nos construir conclusões. Até prova em contrário, uma convencida desconfiança deve ser a norma do encontro. Não acreditamos em ninguém e mesmo que rolemos a 200 km na estrada, os outros é que constituem um perigo!
Enfim, sejamos fortes para que a busca do entendimento em diálogo aberto, não seja sinónimo de ingenuidade e fraqueza.
P.S. Quando escrevia este artigo ouvia as declarações dos dois lideres das centrais sindicais nacionais sobre o encontro Compromisso Portugal.
É espantosa a demagogia e falta de seriedade das declarações deste dois eternos “lideres”.
O paralelo com a matriz comportamental e de raciocínio salazarista, é arrepiante.
Meço as palavras, até estive algum tempo preso antes de Abril de 74?
Não é sério – perante as pessoas e o País – lançar calúnias sobre o “adversário”, sobretudo quando ele não está presente para se defender e, depois, amesquinhar iniciativas e frases – onde não se esteve e que não se ouviram – tirando conclusões unilaterais e arrogantes, sem avançar uma proposta, ridicularizando cobardemente a reflexão de mais de cinco centos de pessoas – como quaisquer outras – não desprezíveis.
Eu vi alguns discursos no Terreiro do Paço e, ouvi muitos outros, do Dr. Salazar, assim como vi na RTP todas as conversas em família do Prof. Marcelo Caetano. Estou certo que o Dr. Carvalho da Silva e o Engº João Proença também viram e muito bem assimilaram o estilo: existem os bons e existem os maus, na esperança do anacronismo celebrar 48 anos?
6. Perante um desígnio, concentremos a nossa capacidade na contribuição para encontrar as soluções, em vez de ligarmos o “complicómetro” dos obstáculos que sempre existem.
Temos a tendência para nos colocarmos do lado do problema e não da solução. Quase nada é fácil, directo, isento de riscos.
A nossa competência e experiência não se evidencia pelo facto de listarmos as dificuldades. Manifesta-se antes na capacidade de as contornarmos e atingir os objectivos.
É o clássico sindroma nacional expresso no Velho do Restelo. Mas, já sabemos que o mundo é perigoso. Em coerência, devíamos recusar abandonar a barriga das nossas mães?
7. Demos a nossa opinião em tempo útil sobre o que nos desagrada, em vez de engolir um sorriso cobarde ou ir berrar frente às câmaras da TVI.
Já devíamos ter aprendido com a experiência de aliança de seiscentos anos, que actuar para inglês ver, não traz os frutos desejados. Como os valorosos forcados ensinam, só em último caso um toiro se pega de cernelha.
8. Sejamos zelosos, trabalhadores, profissionais e resolveremos muitos dos assuntos que mais dinheiro não resolve.
O desmazelo, falta de brio e responsabilidade, são as verdadeiras causas de muitas das nossas frustrações.
A facilidade do dinheiro, tem por prova que as fortunas familiares raramente resistem à terceira geração?
9. Estudemos mais afincadamente aquilo por que somos responsáveis e demos menor espaço em tornar a vida e os actos de cada dia num jogo de azar.
O“desenrasca” não resolve tudo. Irmo-nos safando, acontece? até umia.
10. Tal como na condução segura e inteligente devemos olhar a estrada, sem perder o carro da frente. Também nas outras dimensões da vida convém pensar para além do dia a dia.
A boa notícia de que os fundos comunitários, não parece virem a faltar até 2013, não nos deve fazer adiar o Compromisso com Portugal para ? Fevereiro de 2012!
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Nuno Ribeiro da Silva
Ninguém pediu, apenas se exigiu que cada um faça o seu trabalho e dê o melhor de si para construirmos rapidamente um Portugal melhor.
Bons princípios, ou os mandamentos práticos para uma democracia madura e responsável
O extraordinário evento que constituiu a jornada do Compromisso Portugal, impressionou-me particularmente pelo tom positivo e construtivo com que se pronunciaram centenas de reputados quadros nacionais. Ninguém pediu, apenas se exigiu que cada um faça o seu trabalho e dê o melhor de si para construirmos rapidamente um Portugal melhor.
O País será o somatório do nosso esforço, dedicação, rigor, profissionalismo, competência.
Não temos que pedir, temos que dar e construir. Não temos que nos lamentar, temos que lutar, dar o exemplo e exigir que todos se empenhem.
O Estado, o País, a Nação não são entes abstractos, mas sim corpos que funcionam se cada uma das suas células funcionar. Tal como a qualidade da floresta depende do apuro de cada uma das árvores que a compõem. Sem presunção, apeteceu-me alinhar, em estilo de mandamento as seguintes ideias que reflectem o espírito da Convenção Compromisso Portugal:
1. Não invoquemos impunemente o juízo e apoio Divino, dos Apóstolos e Santos da Igreja para resolver os nossos desígnios e ambições na terra.
Leia-se que a culpa não morre solteira e, convenhamos que o primeiro casamento é connosco. Contemos em primeiro, segundo e terceiro lugar com as nossas forças, antes de clamarmos injustiça ao vazio.
2. Não façamos qualquer reivindicação sem, indissociavelmente, ligarmos antes a nossa predisposição para contribuir para que ela se venha a materializar. Querer melhores pensões quando somos complacentes com baixas fraudulentos ou empregamos “desempregados profissionais”, é tão paradoxal comofestejar à revelia o nosso aniversário.
3. Não critiquemos sem, indissociavelmente, nos predispormos a actuar de alguma maneira para que o problema seja mitigado ou resolvido. Cada um de nós é parte do problema e? da solução.
Perante o surpreendente convívio com a mais gritante hipocrisia, tenhamos o pudor de, pelomenos, não pregar de galo quando estamos vulneráveis.
4. Centremos as nossas forças em construir a nossa felicidade e daqueles que mediatamente nos rodeiam, antes de despender energia a anunciar a infelicidade alheia. A felicidade é contagiante e o carpir colectivo? só se compreende perante a impotência da morte.
5. Ouçamos e tentemos compreender o que o outro nos diz, antes de formularmos juízos preconceituosos sobre o interlocutor.
Não sabemos dialogar e custa-nos construir conclusões. Até prova em contrário, uma convencida desconfiança deve ser a norma do encontro. Não acreditamos em ninguém e mesmo que rolemos a 200 km na estrada, os outros é que constituem um perigo!
Enfim, sejamos fortes para que a busca do entendimento em diálogo aberto, não seja sinónimo de ingenuidade e fraqueza.
P.S. Quando escrevia este artigo ouvia as declarações dos dois lideres das centrais sindicais nacionais sobre o encontro Compromisso Portugal.
É espantosa a demagogia e falta de seriedade das declarações deste dois eternos “lideres”.
O paralelo com a matriz comportamental e de raciocínio salazarista, é arrepiante.
Meço as palavras, até estive algum tempo preso antes de Abril de 74?
Não é sério – perante as pessoas e o País – lançar calúnias sobre o “adversário”, sobretudo quando ele não está presente para se defender e, depois, amesquinhar iniciativas e frases – onde não se esteve e que não se ouviram – tirando conclusões unilaterais e arrogantes, sem avançar uma proposta, ridicularizando cobardemente a reflexão de mais de cinco centos de pessoas – como quaisquer outras – não desprezíveis.
Eu vi alguns discursos no Terreiro do Paço e, ouvi muitos outros, do Dr. Salazar, assim como vi na RTP todas as conversas em família do Prof. Marcelo Caetano. Estou certo que o Dr. Carvalho da Silva e o Engº João Proença também viram e muito bem assimilaram o estilo: existem os bons e existem os maus, na esperança do anacronismo celebrar 48 anos?
6. Perante um desígnio, concentremos a nossa capacidade na contribuição para encontrar as soluções, em vez de ligarmos o “complicómetro” dos obstáculos que sempre existem.
Temos a tendência para nos colocarmos do lado do problema e não da solução. Quase nada é fácil, directo, isento de riscos.
A nossa competência e experiência não se evidencia pelo facto de listarmos as dificuldades. Manifesta-se antes na capacidade de as contornarmos e atingir os objectivos.
É o clássico sindroma nacional expresso no Velho do Restelo. Mas, já sabemos que o mundo é perigoso. Em coerência, devíamos recusar abandonar a barriga das nossas mães?
7. Demos a nossa opinião em tempo útil sobre o que nos desagrada, em vez de engolir um sorriso cobarde ou ir berrar frente às câmaras da TVI.
Já devíamos ter aprendido com a experiência de aliança de seiscentos anos, que actuar para inglês ver, não traz os frutos desejados. Como os valorosos forcados ensinam, só em último caso um toiro se pega de cernelha.
8. Sejamos zelosos, trabalhadores, profissionais e resolveremos muitos dos assuntos que mais dinheiro não resolve.
O desmazelo, falta de brio e responsabilidade, são as verdadeiras causas de muitas das nossas frustrações.
A facilidade do dinheiro, tem por prova que as fortunas familiares raramente resistem à terceira geração?
9. Estudemos mais afincadamente aquilo por que somos responsáveis e demos menor espaço em tornar a vida e os actos de cada dia num jogo de azar.
O“desenrasca” não resolve tudo. Irmo-nos safando, acontece? até umia.
10. Tal como na condução segura e inteligente devemos olhar a estrada, sem perder o carro da frente. Também nas outras dimensões da vida convém pensar para além do dia a dia.
A boa notícia de que os fundos comunitários, não parece virem a faltar até 2013, não nos deve fazer adiar o Compromisso com Portugal para ? Fevereiro de 2012!
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