Trump não prolonga prazo das tarifas para lá de 1 de agosto. Carta à UE enviada em dois dias

[Comentador]

Tixa,

Figuras como o Alan Greenspan influenciam sempre os mercados (cambiais e não só) com o que dizem e fazem (ou até com a ausência de acção, no caso de ela ser esperada). E isso acontece quer ele queira quer não.

As medidas que ele adopta, concorde-se ou não com elas, são mesmo para influenciar o mercado, é até a obrigação do FED, desde que sejam com o objectivo último de contribuir para o crescimento sustentado da economia (no caso, dos EUA).

Um caso diferente é se ele tenta propositadamente fazer-se valer de determinadas coisas que diz (em discursos, etc.) e que sabe que vão ter repercussão no mercado num dado sentido, e depois não faz exactamente o que diz. Bom, eu penso que faz tudo parte do trabalho dele, às vezes as “medidas” até podem ser verbais e não completamente lineares (veja-se a última intervenção verbal muito bem sucedida de Trichet relativamente à subida “excessiva” do euro). Há sempre um aspecto decisivo em termos de interpretação das suas palavras, mas desde que não engane o mercado, e eu não o vejo a fazer isso, claro que influencia sempre e propositadamente os mercados financeiros.

Jinhos

Comentador

[Patrícia M.]

Comentador, acredita que Greenspan quando discursa tenta também influenciar os movimentos cambiais ou já é especulação a mais?

Jinhos
Tixa

[Comentador]

A situação mantém-se. Há grandes forças em conflito mas quase não se passa do mesmo sítio.

Euro e Iene nos mesmos níveis e o DX a não deixar que se chegue aos 85. O efeito Greenspan de ontem já passou, vamos ver o que faz hoje mover o mercado.

Um abraço

Comentador

[Comentador]

Caro Cochim,

Obrigado pelo seu post.

Claro que o movimento dos preços é que vai ditar a nossa posição no mercado, mas as consequências de determinados cenários têm que ser estudadas antecipadamente, como você refere. E isso especialmente quando há a grande probabiliadde de o USD continuar a descer (especialmente contra o euro). E ficarão postos em causa os meus números 1,30/105/85 (€/$, $/Y e DX).

Como o nível 85 do DX é um suporte muito importante, se o EUR/USD testar com êxito os 1,29xx e ficar por lá a ganhar balanço, aí a batalha pode estar ganha pelo euro até aos 1,30 (até ver) e o nosso DX diz adeus aos 85 e,simplificando, a próxima barreira é nos 84 e depois, a mais importante, já nos 82 (deste valor depois falo, se for caso disso). Às vezes as coisas passam-se muito depressa, mas agora será assim? E o Iene nem precisa de mexer muito, basta aguentar firme à roda dos 105 que será o euro de novo o bombo da festa.

Mas, aguardemos a realidade...

Um abraço

Comentador

[Cochim]

Caro Comentador,

Um sonho forexiano bem delineado, agora o mercado que decida ou que nos indique o caminho.
De qq modo, a minha antevisão, ao futuro do forex, mais propriamente os cross que sigo, EUR/USD e USD/JPY, prevejo um dolar em queda, aqui parece-me que estamos perante uma acção concertada, entre o G-7, cada qual defende a sua dama(moeda) mas todos conscientes que o dolar fraco, insentiva a exportações na industria/comercio nos US, e se a economia dos US não arrancar definitivamente para a recuperação, dificilmente/impossivel a Europa e Ásia recuperarem sustentadamente.
A outra vertente é as tendências no forex manterem-se por alguns anos.
Em relação ao Yene, bem o BOJ/MOF parecem ter um saco sem fundo de $$$ para irem segurando o Yene a voos mais altos, até quando !!?? neste momento parecem-me mais tolerantes, mas vão injectando aos milhares.
Posto isto, julgo que o Euro vai até aos 1.30/5, antes do fim do 1º semestre, e aí os media vão acordar novamente o BCE, para uma correcção temporária.


Bons negócios

até xá
cochim

[Comentador]

Já passaram os dois primeiros dias, habitualmente os de maior confusão, após a reunião trimestral do G-7. Claro que continua a ser problemático dar uma opinião sobre a provável evolução do mercado no curtíssimo/curto prazo. Como sempre vou basear o meu plano de acção num trading dirigido ao médio prazo.

É que, por exemplo no EUR/USD, são muitos os cenários possíveis para as próximas horas. Terá sido feito um duplo topo a 1,2780/90? Ou estamos só a corrigir até 1,2650 para depois subir de novo para testar 1,2898 ou mesmo 1,30? Mas se acreditarmos nesse eventual duplo topo, vamos descer um pouco, se calhar até com alguma relevância. E há muitos outros cenários, com situações para todos os gostos.

Mas, indicado da forma como o fiz, este é um jogo de probabilidades parecido com o “cara ou coroa” ou o “bola branca/bola preta”, que não pode augurar nada de bom a quem for navegar num oceano destes. Claro que pode haver defesas, tais como coberturas, parciais ou não, e quer sejam do tipo straddle, strangle ou qualquer outro.

Mas afinal que fazer com as conclusões do G-7? Vai haver menos volatilidade e o USD vai continuar a descer? E a maior factura continua a ser paga pelo euro?

Podemos julgar que a resposta a estas perguntas não tem grande dificuldade, que, por exemplo, o USD vai continuar a descer embora sempre com certa volatilidade e que o euro terá que pagar grande parte da factura. Mas existe aqui um problema fundamental. Mesmo se acreditarmos num cenário destes, fica sempre por resolver o mais importante, que é o de saber quando é que as verdadeiras mudanças de preços se irão dar. E, vamos lá, não há geralmente cenários destes no Forex, tão lineares e expectáveis. É sempre melhor seguir os preços primeiro e acreditar nos cenários depois…

Mas não vamos ser tão derrotistas, talvez nos possamos agarrar a alguma coisa. Se o euro for decididamente para cima, mesmo que seja de forma algo lenta, quando chegar lá para os 1,31 – 1,32, quem será testado é o BCE e a sua capacidade de intervenção não já verbal mas mesmo real, podendo reduzir a taxa de juro ou indo até ao ponto de vender euros no mercado para dar o tom. E parece não haver dúvidas que o Japão continuará a comprar muitos dólares, com o primeiro objectivo de não deixar para já baixar dos 105. Com sorte, o mercado até pode ajudar a levar a cotação para os 106 ou 107 e assim fazer poupar tempo e dinheiro aos sempre insondáveis japoneses. Mas bom mesmo era conhecer o que eles consideram como o pior cenário num horizonte de cerca de 3 meses. Talvez seja, o de se verem obrigados a segurar os 100, aplicando os triliões de ienes que tem à sua inteira disposição para os vender no mercado comprando dólares.

Mas quem é que vai saber ao certo? Estas são meras perspectivas fundamentais e técnicas que ficam estudadas, mas nada mais do que isso!

Não consigo realmente fazer trading no Forex por palpite, antes preciso de acompanhar de perto o mercado e a evolução dos preços, agindo em conformidade, sem ideias pré-concebidas. E tendo bem presente o contexto técnico e fundamental para um trading de posição a médio prazo.

Vou é precisar de números chave, de valores de referência em cada ciclo de negociação. Nesta altura, as minhas bases de referência num contexto de descida do USD são os 1,30 no EUR/USD, os 105 no USD/JPY e os 85 no DX. Num contexto de subida do USD são, respectivamente, os 1,2330, os 107,5 e os 87,5. São todos valores decisivos e importantes sob o ponto de vista técnico e fundamental e são compatíveis entre si, podendo ter alguma latitude de variação que permita manter-me (ou não) num mesmo ciclo de negociação.

Com este meu texto não fiquem com a ideia de que julgo estar mais próximo da verdade ou que faço melhor trading do que os meus amigos que me estão a ler. Nem pensar nisso! O que eu escrevi nem tem a ver com a intenção de dar quaisquer conselhos, é antes um exercício pessoal, para mim muito salutar, em que vou pensando alto e escrevendo algumas bases possíveis de trading. Algumas coisas são muito simples outras mais controversas, mas todas têm por base a tentativa de fazer um trading melhor, e com isso ganhar dinheiro.

Um abraço e bons negócios

Comentador