BCP - Tópico Geral
Re: BCP - Novo Tópico Geral
informador Escreveu:PC05 Escreveu:Os mercados antecipam tudo, quando o banco confirmar o AC já o título incorporou a maior parte do seu impacto.
Concordo. Quando, e se sair a noticia do AC muito provavelmente o mercado já tem grande parte descontado. Mas por enquanto tudo não passa de rumores...
Leste a entrevista que o Nuno Amado deu ao dinheiro Vivo?
Eu não lhe chamaria rumores mas apenas uma noticia oficial e formalmente ainda não confirmada.
Afinal a administração do BCP ainda não conhece todas as variáveis...
Alias como o Nuno Amado bem diz há prioridades neste momento.
Por exemplo, saber o tratamento que vai ser dado aos DTAs , as imposições dos testes de stress ,o resultado de eventuais alienações de activos,...
Não podia estar mais de acordo.
Sem se conhecer tudo isso muito bem não é possível definir a dimensão do AC.
Ele não desmente o AC apenas diz que é preciso passar por umas quantas etapas até chegar lá e no caso do estado oferecer um tratamento dos DTAs como foi feito em Espanha ( algo que eu sinceramente não acredito) então o BCP até se podia ver livre do AC no imediato. Mas isso não quer dizer que lá mais para a frente, não tenha de fazer um AC para se ver livre dos CoCos
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
PC05 Escreveu:Os mercados antecipam tudo, quando o banco confirmar o AC já o título incorporou a maior parte do seu impacto.
Concordo. Quando, e se sair a noticia do AC muito provavelmente o mercado já tem grande parte descontado. Mas por enquanto tudo não passa de rumores...
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
investpouco Escreveu:
A ministra das Finanças disse aos banqueiros que o défice aumentaria 6.600 milhões de euros se os impostos diferidos fossem transformados em créditos fiscais como reclamam os bancos, disse fonte do sector financeiro, recusando uma solução que duplicaria o défice.
Admito que o título na altura fosse um pouco exagerado e que a palavra recusa desajustada.
Mas tirando essa parte mais folclórica da noticia que pouco interesse tem neste momento, já que em política as coisas mudam rapidamente, todo o conteúdo técnico sobre os DTAs abordado na noticia está muito bom.
Alias não encontrei nenhuma noticia sobre o tema que fizesse uma abordagem tão bem feita e completa.
A palavra recusa deve se ter transformado entretanto em aceitação de 30% dos DTAs como créditos fiscais

O Eurostat não deve facilitar a vida e portanto não acredito que o governo se aproxime da posição tomada em Espanha.
O Banco é privado mas na pratica quer o seu capital praticamente todo garantido pelo estado (são os CoCos agora são os DTAs transformados em créditos fiscais).
Os DTAs continuam lá para eles usarem como sempre usaram mas com esta benesse o que os bancos conseguem é que eles se eternizem em vez de caducarem ao fim de cinco anos como acontece para as outras empresas. E pior, a qualquer momento o estado teria de devolver o dinheiro caso os rácios de capital caíssem abaixo do mínimo exigido.
Depois no sector corre também aquela piada gira de que os bancos portugueses não querem ter um tratamento menos favorável do que os espanhóis. Bem isso também podia ser expandido ao resto dos portugueses.
Enfim, desta vez provavelmente o BCP terá mesmo de convencer os chineses a investir.
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
informador Escreveu:Mas também ainda ninguém disse que o BCP vai realizar um novo AC! A noticia foi da exclusividade do Economico....
Quantas noticias não passam apenas do papel?? lembro-me desse jornal já em tempo de crise vender o BCP a orientais, africanos. Penso que esse jornal a 1 ano atras também vendeu o BANIF a um grupo angolano e olha como esta hoje o banif![]()
Como já referi também penso que neste momento um AC deve ser o caminho a seguir pelo banco mas até não haver confirmação......tudo não passa de rumores
Os mercados antecipam tudo, quando o banco confirmar o AC já o título incorporou a maior parte do seu impacto.
Re: BCP - Novo Tópico Geral
PC05 Escreveu:investpouco Escreveu:o titulo da noticia é falso:
Governo recusa impostos diferidos transformados em créditos fiscais
e assim a recusa também é falsa:
A ministra das Finanças disse aos banqueiros que o défice aumentaria 6.600 milhões de euros se os impostos diferidos fossem transformados em créditos fiscais como reclamam os bancos, disse fonte do sector financeiro, recusando uma solução que duplicaria o défice.
investpouco, porque é falso? Convinha fundamentar.....
já foi aqui fundamentado na altura que saiu.
A banca caiu praticamente toda com uma correção enorme com essa noticia, e depois surgiu outra noticia a indicar que o governo se preparava para alterar as regras tal como a espanha e italia...e ficou assim até hoje,... ou seja, em standby. e é esta incerteza que não faz o bcp entrar no modo bull.....até aos 0,3xx, porque se os impostos não forem convertidos em créditos o bcp, terá de recorrer de aumento de capital ou venda de activos ou outra solução. para chegar ao tão esperado lucro....
cumptos, Investpouco.
Re: BCP - Novo Tópico Geral
Storgoff Escreveu:informador Escreveu:pvg80713 Escreveu:dentro do Banco, acredita-se que vai haver AC ! o que passam cá para fora é outra coisa...
Certamente se vai haver AC não é o Zé Caixa que sabe essa informação! Qual é a fonte disso???
Pelo que tenho visto não me parece sequer que o BCP tenha passado cá para fora que não vai haver AC.
Alias, se o AC estivesse fora de questão com certeza que a noticia lançada pelo DE e exaustivamente falada e comentada no canal ETV teria tido uma reacção dura por parte da administração do banco, não só a negar o facto, como eventualmente a pedir responsabilidades ao órgão de comunicação social que lançou a bomba.
Nada disso aconteceu nem podia acontecer.
Como é obvio, o DE não iria publicar tal coisa sem que isso lhe tivesse sido dito por fontes bem posicionadas no banco.
Mas também ainda ninguém disse que o BCP vai realizar um novo AC! A noticia foi da exclusividade do Economico....
Quantas noticias não passam apenas do papel?? lembro-me desse jornal já em tempo de crise vender o BCP a orientais, africanos. Penso que esse jornal a 1 ano atras também vendeu o BANIF a um grupo angolano e olha como esta hoje o banif

Como já referi também penso que neste momento um AC deve ser o caminho a seguir pelo banco mas até não haver confirmação......tudo não passa de rumores

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Re: BCP - Novo Tópico Geral
investpouco Escreveu:o titulo da noticia é falso:
Governo recusa impostos diferidos transformados em créditos fiscais
e assim a recusa também é falsa:
A ministra das Finanças disse aos banqueiros que o défice aumentaria 6.600 milhões de euros se os impostos diferidos fossem transformados em créditos fiscais como reclamam os bancos, disse fonte do sector financeiro, recusando uma solução que duplicaria o défice.
investpouco, porque é falso? Convinha fundamentar.....
Re: BCP - Novo Tópico Geral
o titulo da noticia é falso:
Governo recusa impostos diferidos transformados em créditos fiscais
e assim a recusa também é falsa:
A ministra das Finanças disse aos banqueiros que o défice aumentaria 6.600 milhões de euros se os impostos diferidos fossem transformados em créditos fiscais como reclamam os bancos, disse fonte do sector financeiro, recusando uma solução que duplicaria o défice.
Governo recusa impostos diferidos transformados em créditos fiscais
e assim a recusa também é falsa:
A ministra das Finanças disse aos banqueiros que o défice aumentaria 6.600 milhões de euros se os impostos diferidos fossem transformados em créditos fiscais como reclamam os bancos, disse fonte do sector financeiro, recusando uma solução que duplicaria o défice.
cumptos, Investpouco.
Re: BCP - Novo Tópico Geral
investpouco Escreveu:Storgoff Escreveu:-
Governo recusa impostos diferidos transformados em créditos fiscais
Publicado em 21 de Janeiro de 2014 20:32
Ministra das Finanças
Os bancos queriam que os impostos diferidos fossem transformados em créditos fiscais. Ministra da Finanças, Maria Luisa Albuquerque recusou
A ministra das Finanças disse aos banqueiros que o défice aumentaria 6.600 milhões de euros se os impostos diferidos fossem transformados em créditos fiscais como reclamam os bancos, disse fonte do sector financeiro, recusando uma solução que duplicaria o défice.
As novas regras de contabilidade de Basileia III, que entraram em vigor a 01 de Janeiro, podem provocar um rombo nos rácios de capital de alguns bancos – que se preparam para enfrentar os testes de ‘stress’ do Banco Central Europeu – e isso tem levado os banqueiros a exigir alterações à lei ao Governo.
Numa reunião, em Dezembro, com os presidentes dos principais bancos portugueses, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, afirmou que as contas públicas não suportam a solução proposta pelos bancos, de transformar os activos por impostos diferidos em créditos fiscais, à semelhança do que foi feito em Espanha, a menos que entretanto o Eurostat tenha um entendimento diferente, disse à Lusa fonte do sector financeiro.
A posição do Governo tem que ver com as novas regras de contabilidade pública, que entram em vigor a 01 de Setembro e que obrigam o Estado a registar no défice e na dívida todos os créditos fiscais.
Segundo a mesma fonte, a recusa da governante foi mal recebida pelos banqueiros, de acordo com informação recolhida pela Lusa. Sem uma solução que evite a ‘quebra’ dos fundos próprios, há o risco de alguns bancos terem de fazer novos aumentos de capital e poderão mesmo ter de pedir mais dinheiro ao Estado, o que também teria impacto nas contas públicas.
A Lusa contactou o Ministério das Finanças que disse que “ainda não há qualquer decisão final sobre a questão”, enquanto da APB não foi possível conseguir um esclarecimento até ao momento.
As novas regras de contabilidade de Basileia III obrigam os bancos a deduzir aos fundos próprios os activos por impostos diferidos que foram acumulando, apenas podendo contabilizar como capital aqueles em que haja a garantia quase total da sua utilização ou que tenham um valor económico igual ao seu valor contabilístico.
Só para os principais bancos, os quase 5.000 milhões de euros acumulados em impostos diferidos – sobretudo do BCP e da Caixa Geral de Depósitos – teriam de ser retirados dos rácios de capital, o que teria um forte impacto num momento especialmente delicado, em que o Banco Central Europeu (BCE) está a levar a cabo os testes de ‘stress’, pelo que os bancos precisam de uma solução até ao final de Março.
Juntando a estes 5 mil milhões de euros os activos por impostos diferidos da restante banca, este valor aumenta para 6,6 mil milhões de euros. Isto representa quase 4% do Produto Interno Bruto (PIB), o que duplicaria o défice orçamental, isto se o Governo conseguisse reduzir o défice para a meta de 4% acordada com a ‘troika’ este ano.
A solução está agora a ser estudada entre o Governo, a APB e o Banco de Portugal (BdP), que nesta questão se tem mantido a favor de uma via que ajude a banca a minorar o impacto das novas regras de capital.
O Eurostat e os Estados-Membros ainda estão em negociações sobre esta questão, no contexto da aplicação das novas regras de contabilidade que entram em vigor em Setembro deste ano, com fonte oficial do Eurostat a garantir à Lusa que “ainda não foi tomada uma decisão sobre este tema”.
A nível europeu foi criada uma ‘task-force’ para decidir como esta questão será solucionada, mas o que está a ser discutido tem que ver com a situação espanhola, não estando a situação portuguesa em cima da mesa para já. Isto acontece porque o Estado espanhol decidiu reconhecer no défice apenas uma parte (que não chega a dois terços) dos activos por impostos diferidos transformados em créditos fiscais pagáveis.
Apesar de a decisão de Espanha ter sido reconhecer apenas 60% dos activos por impostos diferidos no défice, uma decisão do Eurostat pode obrigar a que o valor seja reconhecido por completo e isso seria alargado a todos os países.
No caso de Portugal, implicaria um aumento dos desequilíbrios das contas públicas numa altura já complicada, pois a mudança nas regras de contabilidade a nível europeu vão obrigar Portugal a reconhecer na sua dívida pública mais quase 10% do PIB em contas de empresas fora do perímetro das Administrações Públicas, e levar a dívida pública para cada vez mais perto do limiar dos 140% do PIB.
Os bancos realizam um conjunto de operações cujo valor a partir de determinado momento, embora seja aceite contabilisticamente, não é aceite para efeitos do fisco. É o valor que vai acima do montante aceite pelo fisco que gera o imposto diferido activo e que fica no balanço do banco para que reduza posteriormente nos impostos a pagar ao fisco.
Os impostos diferidos activos eram inscritos no balanço como um activo e assim ajudavam a compor o rácio de capital dos bancos, mas as novas regras exigem que estes sejam deduzidos ao capital dos bancos a menos que exista uma certeza quase absoluta da sua concretização, e que estejam bem avaliados.
Com a transformação dos activos por impostos diferidos em créditos fiscais, os bancos poderiam em teoria poder deduzir estes créditos no pagamento de IRC, o que só aconteceria quando regressassem aos lucros.
http://maiortv.com.pt/governo-recusa-im ... s-fiscais/
senão estou em erro esta noticia era falsa...... houve depois um desmentido por parte da ministra das finanças....isto até foi polemico aqui no fórum da bolsa a chamarem a ministra de bode expiatório.
O que é que era falso na noticia?
Eu só pus aqui esta notícia, já com 4 meses, apenas pela explicação que da sobre os DTAs e as implicações que isso tem nos rácios de capital dos bancos e quanto a essa matéria técnica não me parece que haja lá qualquer falsidade.
Quanto à posição que o estado tinha na altura e a que vai assumir agora sobre a matéria admito que já não seja bem a mesma.
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
Deutsche Bank vai fazer AC de 8 mil milhões. Será por causa dos testes stress?
http://www.ionline.pt/artigos/dinheiro/deutsche-bank-aumenta-capital-8-mil-milhoes-euros
http://www.ionline.pt/artigos/dinheiro/deutsche-bank-aumenta-capital-8-mil-milhoes-euros
Re: BCP - Novo Tópico Geral
Fecho da posição com um ganho pequeno. Não estou a gostar da evolução.
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
Stoploss para ponto de entrada
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
Storgoff Escreveu:-
Governo recusa impostos diferidos transformados em créditos fiscais
Publicado em 21 de Janeiro de 2014 20:32
Ministra das Finanças
Os bancos queriam que os impostos diferidos fossem transformados em créditos fiscais. Ministra da Finanças, Maria Luisa Albuquerque recusou
A ministra das Finanças disse aos banqueiros que o défice aumentaria 6.600 milhões de euros se os impostos diferidos fossem transformados em créditos fiscais como reclamam os bancos, disse fonte do sector financeiro, recusando uma solução que duplicaria o défice.
As novas regras de contabilidade de Basileia III, que entraram em vigor a 01 de Janeiro, podem provocar um rombo nos rácios de capital de alguns bancos – que se preparam para enfrentar os testes de ‘stress’ do Banco Central Europeu – e isso tem levado os banqueiros a exigir alterações à lei ao Governo.
Numa reunião, em Dezembro, com os presidentes dos principais bancos portugueses, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, afirmou que as contas públicas não suportam a solução proposta pelos bancos, de transformar os activos por impostos diferidos em créditos fiscais, à semelhança do que foi feito em Espanha, a menos que entretanto o Eurostat tenha um entendimento diferente, disse à Lusa fonte do sector financeiro.
A posição do Governo tem que ver com as novas regras de contabilidade pública, que entram em vigor a 01 de Setembro e que obrigam o Estado a registar no défice e na dívida todos os créditos fiscais.
Segundo a mesma fonte, a recusa da governante foi mal recebida pelos banqueiros, de acordo com informação recolhida pela Lusa. Sem uma solução que evite a ‘quebra’ dos fundos próprios, há o risco de alguns bancos terem de fazer novos aumentos de capital e poderão mesmo ter de pedir mais dinheiro ao Estado, o que também teria impacto nas contas públicas.
A Lusa contactou o Ministério das Finanças que disse que “ainda não há qualquer decisão final sobre a questão”, enquanto da APB não foi possível conseguir um esclarecimento até ao momento.
As novas regras de contabilidade de Basileia III obrigam os bancos a deduzir aos fundos próprios os activos por impostos diferidos que foram acumulando, apenas podendo contabilizar como capital aqueles em que haja a garantia quase total da sua utilização ou que tenham um valor económico igual ao seu valor contabilístico.
Só para os principais bancos, os quase 5.000 milhões de euros acumulados em impostos diferidos – sobretudo do BCP e da Caixa Geral de Depósitos – teriam de ser retirados dos rácios de capital, o que teria um forte impacto num momento especialmente delicado, em que o Banco Central Europeu (BCE) está a levar a cabo os testes de ‘stress’, pelo que os bancos precisam de uma solução até ao final de Março.
Juntando a estes 5 mil milhões de euros os activos por impostos diferidos da restante banca, este valor aumenta para 6,6 mil milhões de euros. Isto representa quase 4% do Produto Interno Bruto (PIB), o que duplicaria o défice orçamental, isto se o Governo conseguisse reduzir o défice para a meta de 4% acordada com a ‘troika’ este ano.
A solução está agora a ser estudada entre o Governo, a APB e o Banco de Portugal (BdP), que nesta questão se tem mantido a favor de uma via que ajude a banca a minorar o impacto das novas regras de capital.
O Eurostat e os Estados-Membros ainda estão em negociações sobre esta questão, no contexto da aplicação das novas regras de contabilidade que entram em vigor em Setembro deste ano, com fonte oficial do Eurostat a garantir à Lusa que “ainda não foi tomada uma decisão sobre este tema”.
A nível europeu foi criada uma ‘task-force’ para decidir como esta questão será solucionada, mas o que está a ser discutido tem que ver com a situação espanhola, não estando a situação portuguesa em cima da mesa para já. Isto acontece porque o Estado espanhol decidiu reconhecer no défice apenas uma parte (que não chega a dois terços) dos activos por impostos diferidos transformados em créditos fiscais pagáveis.
Apesar de a decisão de Espanha ter sido reconhecer apenas 60% dos activos por impostos diferidos no défice, uma decisão do Eurostat pode obrigar a que o valor seja reconhecido por completo e isso seria alargado a todos os países.
No caso de Portugal, implicaria um aumento dos desequilíbrios das contas públicas numa altura já complicada, pois a mudança nas regras de contabilidade a nível europeu vão obrigar Portugal a reconhecer na sua dívida pública mais quase 10% do PIB em contas de empresas fora do perímetro das Administrações Públicas, e levar a dívida pública para cada vez mais perto do limiar dos 140% do PIB.
Os bancos realizam um conjunto de operações cujo valor a partir de determinado momento, embora seja aceite contabilisticamente, não é aceite para efeitos do fisco. É o valor que vai acima do montante aceite pelo fisco que gera o imposto diferido activo e que fica no balanço do banco para que reduza posteriormente nos impostos a pagar ao fisco.
Os impostos diferidos activos eram inscritos no balanço como um activo e assim ajudavam a compor o rácio de capital dos bancos, mas as novas regras exigem que estes sejam deduzidos ao capital dos bancos a menos que exista uma certeza quase absoluta da sua concretização, e que estejam bem avaliados.
Com a transformação dos activos por impostos diferidos em créditos fiscais, os bancos poderiam em teoria poder deduzir estes créditos no pagamento de IRC, o que só aconteceria quando regressassem aos lucros.
http://maiortv.com.pt/governo-recusa-im ... s-fiscais/
senão estou em erro esta noticia era falsa...... houve depois um desmentido por parte da ministra das finanças....isto até foi polemico aqui no fórum da bolsa a chamarem a ministra de bode expiatório.
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
g.a
Cumprimentos bolsistas
.
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1886 – Estátua da Liberdade; oferecida pelos Franceses como aniversário do 1º século de independência dos EUA
A estátua era um símbolo da democracia e das leis
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
informador Escreveu:pvg80713 Escreveu:dentro do Banco, acredita-se que vai haver AC ! o que passam cá para fora é outra coisa...
Certamente se vai haver AC não é o Zé Caixa que sabe essa informação! Qual é a fonte disso???
Pelo que tenho visto não me parece sequer que o BCP tenha passado cá para fora que não vai haver AC.
Alias, se o AC estivesse fora de questão com certeza que a noticia lançada pelo DE e exaustivamente falada e comentada no canal ETV teria tido uma reacção dura por parte da administração do banco, não só a negar o facto, como eventualmente a pedir responsabilidades ao órgão de comunicação social que lançou a bomba.
Nada disso aconteceu nem podia acontecer.
Como é obvio, o DE não iria publicar tal coisa sem que isso lhe tivesse sido dito por fontes bem posicionadas no banco.
O Nuno Amado nesse dia falou mas na pratica não disse nada.
Fez apenas um jogo de palavras que não confirmavam nem desmentiam a noticia.
Entretanto deu uma entrevista ao dinheiro Vivo durante um voo para Moçambique onde da a entender que não ha ainda nada definido sobre um AC porque afinal é preciso definir outras coisas antes como sejam por exemplo o tratamento que será dado aos DTAs , provavelmente mais detalhes sobre as exigências dos testes de stress que vêm ai este verão ou eventualmente activos que ainda possam vir a alienar entretanto.
Tudo isso é preciso conhecer para saber se de facto o banco vai precisar de mais capital para cumprir os requisitos de Basel III.
A base de capital do Banco assenta fortemente nos DTAs, como Basel III só aceita a contabilização dos DTAs para efeitos de capital em casos excepcionais, o banco passou a ter aqui um novo problema para resolver.
Agora tudo isto depende fortemente da forma como o estado vier ou não a garantir alguns desses DTAs.
Só depois disso é que o BCP pode determinar quanto é que precisa de pedir aos accionistas e só ai vai poder tomar uma decisão.
Tal como o Nuno Amado diz, vai ser preciso fazer muitas outras coisas antes de se falar de um AC
O BCP tem neste momento 2200M€ em DTAs, se o estado vier a garantir 30% dos DTAs que andam aí na praça, o que me parece desde já muito ambicioso tendo em conta a situação das contas publicas e o impacto que esta medida terá no agravamento do défice e da dívida pública, então o BCP só poderia inscrever cerca de 660M€ em DTAs, ficando a faltar 1540M€ para manter a situação dos racios actuais.
Os racios actuais tem alguma folga, mas como o BCP já se comprometeu a pagar este ano 400M€ em CoCos, essa folga deve desaparecer e portanto os 1540M€ tem mesmo que surgir de algum lado.
Coincidência ou não, 1500M€ foi o montante do AC que o DE noticiou
Não acredito no entanto que os testes de stress cheguem ao fim sem tudo isto estar muito claro e até mesmo o AC já concluído.
Mas uma coisa é segura, o AC que o BCP vier a precisar não é seguramente para acelerar o pagamento dos CoCos mas tão simplesmente para tapar mais um buraco que se acaba de abrir .
Para pagar os CoCos ou faz mais uma AC daqui por mais 1 ou 2 anos mantendo assim a tradição
ou então vai ter que carregar forte neste AC que se avizinha.
Não acredito muito nesta ultima hipótese.
Vou mais pela tradição.

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Re: BCP - Novo Tópico Geral
informador Escreveu:pvg80713 Escreveu:dentro do Banco, acredita-se que vai haver AC ! o que passam cá para fora é outra coisa...
Certamente se vai haver AC não é o Zé Caixa que sabe essa informação! Qual é a fonte disso???
O pvg está no taguspark .... perto da administração

Re: BCP - Novo Tópico Geral
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/decisao_sobre_activos_por_impostos_diferidos_na_banca_e_dada_antes_de_testes_de_stress.html
acho que esta frase (de 2 de Maio) da ministra é importante e revela que a decisão deverá ser intermédia para o Estado não sair tão prejudicado:
“Queremos procurar uma solução para impedir a discriminação negativa do nosso sistema bancário e queremos minimizar o impacto que possa ter nas contas públicas”, sintetizou Maria Luís Albuquerque nas suas declarações, acrescentando que o objectivo era combater a “distorção e fragmentação” que existe no sector bancário europeu (dado o tratamento diferenciado entre os diferentes países).
acho que esta frase (de 2 de Maio) da ministra é importante e revela que a decisão deverá ser intermédia para o Estado não sair tão prejudicado:
“Queremos procurar uma solução para impedir a discriminação negativa do nosso sistema bancário e queremos minimizar o impacto que possa ter nas contas públicas”, sintetizou Maria Luís Albuquerque nas suas declarações, acrescentando que o objectivo era combater a “distorção e fragmentação” que existe no sector bancário europeu (dado o tratamento diferenciado entre os diferentes países).
"Não se deve acreditar em tudo o que aparece na Internet" - Winston Churchill
Re: BCP - Novo Tópico Geral
pvg80713 Escreveu:dentro do Banco, acredita-se que vai haver AC ! o que passam cá para fora é outra coisa...
Certamente se vai haver AC não é o Zé Caixa que sabe essa informação! Qual é a fonte disso???
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
dentro do Banco, acredita-se que vai haver AC ! o que passam cá para fora é outra coisa...
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
Skud Escreveu:
Neste caso, mais pessimista, falamos de 2 mil milhões transformados em créditos fiscais, dos quais 600/700 são do BCP. Ou seja, qualquer que seja a decisão (pessimista=600/700 milhões ou optimista=1,5/1,7 mil milhões), o BCP será sempre o maior beneficiado na banca nacional e poderá libertar capital para pagar mais coco´s porque tem actualmente os maiores rácios da banca portuguesa (big five).
Gostei bastante da tua exposição, não so pela forma com esta escrita mas acima de tudo pelo conteúdo.
No entanto parece-me que na recta final tiraste uma conclusão um bocado falaciosa.
Sim concordo que qualquer que seja o apoio que o estado português dê no tratamento mais favorável dos DTAs no quadro de Basilei III, o grande beneficiado será sempre o BCP porque é exactamente o banco onde os seus rácios de capital actualmente mais DTA´s contabiliza.
Já não posso concordar na segunda afirmação quando dizes que esse tratamento favorável vai permitir o BCP libertar capital para pagar CoCos.
Basta olharmos para os gráficos anteriores.
Na perspectiva de Basel III ( Fully loaded )sem os DTAs os rácios caíam logo para 5,4% quando o mínimo exigido serão de 7%.
Se o estado der uma ajudinha o rácio pode melhorar.
Mas será que melhora assim tanto ao ponto de ficar nos ditos 9,5% ( cenário espanhol)??
É que se isso não acontecer não liberta capital nenhum, fica é a precisar de um menor reforço de capital.
Dizes que os racio de capital estão neste momento muito fortes, sim é verdade.
Mas esses rácios, que também aparecem naquela pagina, são determinados de acordo com as regras antigas e mesmo os que dizem phase in parecem nem ser influenciados pelos ditos DTAs ,o que desde já me parece estranho.
O tratamento que se vier a dar aos DTAs será apenas uma forma de evitar uma degradação mais acentuado dos racios de capital que o banco tem actualmente e não como se quer fazer passar, uma forma de os tornar ainda maiores, podendo o banco libertar capital em excesso para pagar mais CoCos.
É esta ultima ideia que acho falaciosa
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
Caros amigos,
As novas regras de Basileia III que obrigam os bancos a deduzir aos fundos próprios os activos por impostos diferidos que foram acumulando, apenas podendo contabilizar como capital aqueles em que haja a garantia quase total da sua utilização ou que tenham um valor económico igual ao seu valor contabilístico são para todos os bancos europeus e não um exclusivo da banca nacional. Ou seja, é uma medida adoptada pelo BCE que afecta os balanços de todos os bancos em Espanha, Itália, França, Alemanha, etc. Para escapar ao problema a banca europeia terá que adoptar medidas legislativas de forma a não prejudicar os balanços da banca. Espanha e Itália anteciparam-se ao problema e decidiram legislar antecipadamente, em finais de 2013 no primeiro caso e logo em 2011 no segundo.
Em Portugal a questão arrasta-se há meses por diversas razões. Primeiro pelo programa de ajustamento em curso e que condicionou a tomada de um aposição mais rápida e justa para a banca. Por outro lado, porque tal decisão mexe no stock da divida pública e no valor do deficit desse ano. O FMI nos relatórios da 10ª e 11ª avaliação do programa de ajustamento português diz que a "alteração [no tratamento dos impostos diferidos] teria claros benefícios para o sistema bancário nacional, particularmente na antecipação do comprehensive assessment [avaliação de activos]" do Banco Central Europeu, mas acrescenta que qualquer posição terá de ser "cuidadosamente ponderada face aos objectivos do programa de assegurar a estabilidade orçamental". Ou seja, terá que haver um equilibrio na decisão. Mas por outro lado o Governo está a tentar também que a transformação desses impostos em créditos não seja contabilizada pelo Eurostat como despesa pública. Creio que no caso português esta decisão (contabilistica) é fundamentalmente uma decisão politica ao nível europeu, que provavelmente terá que esperar pelo fim das eleições europeias.
O que já se sabe é que a legislação vai mudar e que vai haver decisão de modo a impedir a “discriminação negativa” dos bancos portugueses face aos pares europeus (palavras de Maria Luís Albuquerque a 2 de Maio de 2014). Que há mais de 5 mil milhões de impostos diferidos nos balanços da banca nacional dos quais mais de 30% só do BCP. A banca quer uma decisão semelhante à de Espanha (2013) e de Itália (2011) onde grosso modo 60% desse valor foi aprovado como créditos fiscais. Os bancos espanhóis tinham no final de 2013, 50 mil milhões em impostos diferidos dos quais foram transformados em créditos fiscais 28 mil milhões. Só o Santander obteve um aumento de rácios de 6 mil milhões. Foi uma extraordinária prenda de Natal para a banca espanhola. A decisão espanhola foi tomada em seis meses, e consta que não esperaram por uma decisão da Autoridade Bancária Europeia, da Direção-Geral da Concorrência Europeia ou do Eurostat. Ora a ministra já veio dizer que a solução portuguesa poderá ter "algumas diferenças face ao adotado nos outros países" (2 de Maio de 2014). Mas que diferenças? Uma percentagem menor dessa transformação (talvez 40% ou 50%) e/ou um diferimento no tempo da inscrição desses novos créditos em 2 ou 3 anos por exemplo (digo eu) de forma a poder acomodar no stock da divida e no deficit valores inferiores, e de forma, também, a atenuar a mensagem para a opinião pública, que efectivamente vai ter muita dificuldade em compreender a importância e relevância nacional desta decisão. Neste caso, mais pessimista, falamos de 2 mil milhões transformados em créditos fiscais, dos quais 600/700 são do BCP. Ou seja, qualquer que seja a decisão (pessimista=600/700 milhões ou optimista=1,5/1,7 mil milhões), o BCP será sempre o maior beneficiado na banca nacional e poderá libertar capital para pagar mais coco´s porque tem actualmente os maiores rácios da banca portuguesa (big five). Só ai, já com a metade da farinha para fazer o bolo, acredito que poderá perguntar aos accionistas por mais farinha e apresentar aos accionistas uma proposta de aumento já com um incremento patrimonial extraordinário.
Bons negócios a todos
As novas regras de Basileia III que obrigam os bancos a deduzir aos fundos próprios os activos por impostos diferidos que foram acumulando, apenas podendo contabilizar como capital aqueles em que haja a garantia quase total da sua utilização ou que tenham um valor económico igual ao seu valor contabilístico são para todos os bancos europeus e não um exclusivo da banca nacional. Ou seja, é uma medida adoptada pelo BCE que afecta os balanços de todos os bancos em Espanha, Itália, França, Alemanha, etc. Para escapar ao problema a banca europeia terá que adoptar medidas legislativas de forma a não prejudicar os balanços da banca. Espanha e Itália anteciparam-se ao problema e decidiram legislar antecipadamente, em finais de 2013 no primeiro caso e logo em 2011 no segundo.
Em Portugal a questão arrasta-se há meses por diversas razões. Primeiro pelo programa de ajustamento em curso e que condicionou a tomada de um aposição mais rápida e justa para a banca. Por outro lado, porque tal decisão mexe no stock da divida pública e no valor do deficit desse ano. O FMI nos relatórios da 10ª e 11ª avaliação do programa de ajustamento português diz que a "alteração [no tratamento dos impostos diferidos] teria claros benefícios para o sistema bancário nacional, particularmente na antecipação do comprehensive assessment [avaliação de activos]" do Banco Central Europeu, mas acrescenta que qualquer posição terá de ser "cuidadosamente ponderada face aos objectivos do programa de assegurar a estabilidade orçamental". Ou seja, terá que haver um equilibrio na decisão. Mas por outro lado o Governo está a tentar também que a transformação desses impostos em créditos não seja contabilizada pelo Eurostat como despesa pública. Creio que no caso português esta decisão (contabilistica) é fundamentalmente uma decisão politica ao nível europeu, que provavelmente terá que esperar pelo fim das eleições europeias.
O que já se sabe é que a legislação vai mudar e que vai haver decisão de modo a impedir a “discriminação negativa” dos bancos portugueses face aos pares europeus (palavras de Maria Luís Albuquerque a 2 de Maio de 2014). Que há mais de 5 mil milhões de impostos diferidos nos balanços da banca nacional dos quais mais de 30% só do BCP. A banca quer uma decisão semelhante à de Espanha (2013) e de Itália (2011) onde grosso modo 60% desse valor foi aprovado como créditos fiscais. Os bancos espanhóis tinham no final de 2013, 50 mil milhões em impostos diferidos dos quais foram transformados em créditos fiscais 28 mil milhões. Só o Santander obteve um aumento de rácios de 6 mil milhões. Foi uma extraordinária prenda de Natal para a banca espanhola. A decisão espanhola foi tomada em seis meses, e consta que não esperaram por uma decisão da Autoridade Bancária Europeia, da Direção-Geral da Concorrência Europeia ou do Eurostat. Ora a ministra já veio dizer que a solução portuguesa poderá ter "algumas diferenças face ao adotado nos outros países" (2 de Maio de 2014). Mas que diferenças? Uma percentagem menor dessa transformação (talvez 40% ou 50%) e/ou um diferimento no tempo da inscrição desses novos créditos em 2 ou 3 anos por exemplo (digo eu) de forma a poder acomodar no stock da divida e no deficit valores inferiores, e de forma, também, a atenuar a mensagem para a opinião pública, que efectivamente vai ter muita dificuldade em compreender a importância e relevância nacional desta decisão. Neste caso, mais pessimista, falamos de 2 mil milhões transformados em créditos fiscais, dos quais 600/700 são do BCP. Ou seja, qualquer que seja a decisão (pessimista=600/700 milhões ou optimista=1,5/1,7 mil milhões), o BCP será sempre o maior beneficiado na banca nacional e poderá libertar capital para pagar mais coco´s porque tem actualmente os maiores rácios da banca portuguesa (big five). Só ai, já com a metade da farinha para fazer o bolo, acredito que poderá perguntar aos accionistas por mais farinha e apresentar aos accionistas uma proposta de aumento já com um incremento patrimonial extraordinário.
Bons negócios a todos
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
Esta pag. diz tudo.
Então a nota * é mesmo preciso ter muita fé.
No caso do BCP, Basilei III em pleno manda o rácio de capital par os 5,4%.
O efeito dos DTAs é mesmo brutal nos rácios de capital.
Basicamente o BCP diz que lá tem capital mas afinal na maior parte é apenas ar já que os DTAs são em certa medida activos virtuais com prazo de validade.
Se o governo ajudar um pouco com um tratamento mais favorável dos DTA´s pode ser que suba um pouco mas dificilmente chega aos 9,5% indicados.
Ou seja, venha daí o AC que já se faz tarde....

Então a nota * é mesmo preciso ter muita fé.
No caso do BCP, Basilei III em pleno manda o rácio de capital par os 5,4%.
O efeito dos DTAs é mesmo brutal nos rácios de capital.
Basicamente o BCP diz que lá tem capital mas afinal na maior parte é apenas ar já que os DTAs são em certa medida activos virtuais com prazo de validade.
Se o governo ajudar um pouco com um tratamento mais favorável dos DTA´s pode ser que suba um pouco mas dificilmente chega aos 9,5% indicados.
Ou seja, venha daí o AC que já se faz tarde....

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Re: BCP - Novo Tópico Geral
segundo o ultimo relatório e contas o bcp tem 2200 Milhões em DTA no balanço.
http://ind.millenniumbcp.pt/pt/Instituc ... 052014.pdf
pag 58
http://ind.millenniumbcp.pt/pt/Instituc ... 052014.pdf
pag 58
Stilgar: Take my life Usul (Paul), it's the only way.
Paul: I'M POINTING THE WAY!
DUNE 2
Re: BCP - Novo Tópico Geral
Joca601 Escreveu:[
Muito bem... grande mudança e grande análise.
Já somos 2

No meu caso talvez não seja grande mudança.
Alias conhecias bem a minha tonica sobre o BCP, apenas nestes ultimos tempos me tornei mais condescendente .
Mas está visto que com o BCP não se pode levantar a guarda.
Quando começamos a escalpelizar bem os temas a dura realidade vem ao de cima.
Desdo o inicio do ano que pensei que estaria a ver mal o tema já que o BCP escalava na bolsa de forma louca.
Os jornais da especialidade até diziam que era a historia dos DTA´s que trazia aí o maná para o BCP e permitia o banco já livrar-se da maioria dos CoCos, depois eram os lucros da banca que estavam ai já ao virar da esquina.
Afinal era só conversa de embalar e agora veio o balde de água fria
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
Storgoff Escreveu:Não sou nenhum especialista em contabilidade bancária mas essa história dos chamados Créditos Fiscais, como agora lhe querem chamar, mas que o nome técnico é Activos por impostos diferidos ( basicamente o banco paga imposto sobre lucros que não existiram na demonstração de resultados e depois inscreve isso como um activo no seu balanço com validade de 5 anos e que pode ser abatido à factura fiscal futura de acordo com determinadas regras), no fundo é um crédito de imposto valido por 5 anos.
O credito fiscal sempre existiu, era dedutível nos 5 anos seguintes e contava para os rácios de capital.
Ou seja, as contas do banco sempre tiveram isso em conta e pelo menos até ao final do ano passado os rácios de capital do banco eram calculados nessa base.
Como sabemos, no final do ano passado, os racios de capital não eram tais que permitissem abater logo aí uma fatia substancial dos CoCos sem entrar em níveis de capital abaixo do exigido.
Ora no inicio deste ano como entraram em vigor as regras de Basileia III estes créditos validos por 5 anos já não podem ser contabilizados para efeitos do calculo do rácio de capital salvo raras excepções.
Portanto, só pelo simples facto de entrarem em vigor novas regras, os racios de capital do BCP que já não eram nada de extraordinário degradaram se automaticamente porque o banco tem em balanço um valor grande em Activos por impostos Diferidos que já não vai poder
contabilizar .
O que se conclui daqui é que bastam as novas regras de Basileia para forçar logo o BCP a entrar num novo AC
O facto de o estado vir a dar um tratamento especial aos Activos por Impostos Diferidos , garantindo a sua devolução em parte e sem tempo limite, apenas vem minimizar os estragos das novas regras.
Muito dificilmente pode criar uma situação para o banco melhor do que aquela que já tinha antes de Basileia III.
Portanto a menos que o BCP já tivesse uma folga de capital enorme antes do final de 2013 para pagar CoCos , o que não acontecia,também não será pelo facto do estado vir a garantir alguns dos créditos fiscais que essa situação vai melhorar. Apenas piora é um pouco menos porque Basileia III é demolidora para o BCP.
Resumindo, desde o inicio que o plano do BCP de pagar os CoCos pela via dos resultados e/ou alienação de activos era um caminho muito estreito e portanto um novo AC era sempre de ter em conta.
Com Basileia III os estragos são tais que tornam o AC uma inevitabilidade. Os novos testes de stress que vem aí agora podem tornar essa necessidade ainda maior.
Se o estado assumir em parte os créditos fiscais os estragos são apenas minimizados.
Portanto sou levado a concluir que um novo AC vais ser mesmo uma realidade e não é propriamente para acelerar o pagamento dos CoCos é mesmo só para fazer face a todos estes novos constrangimentos que surgiram a partir deste ano.
Para acelerar o pagamento dos CoCos talvez só com mais outro AC lá para 2016 a menos que faça agora um AC de proporções épicas
Muito bem... grande mudança e grande análise.
O AC é evidente ... o bcp está numa situação complicada, porque a economia não está a responder como o desejado para poder fazer face ao pagamento total dos cocos, a margem de manobra é exígua e o tempo escasso.
A notícia do DE a referir o estudo sobre um AC 1,5 mil milhões de euros só pode ser verdadeira(o bcp não levantou nenhum processo contra danos nem diz que vai levantar). E esse AC, só não é anunciado porque não há carcanhol dos accionistas actuais. Provavelmente terão de procurar novos accionistas, chineses ou outros...
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