BCP - Tópico Geral
Re: BCP - Novo Tópico Geral
negociosbolsa81
Eu não pus aqui a noticia como quem põe aqui uma novidade acabada de sair do forno.
Eu pus aqui a noticia tão simplesmente para quem queira ler e perceber melhor o que está em jogo nessa história dos DTAs
Como eu tinha escrito um post a escalpelizar o tema achei por bem complementar o que tinha dito com o conteúdo desta notícia.
Há por aqui muito participante a referir se ao tema mas provavelmente nem percebe bem o que esta em jogo.
Eu não pus aqui a noticia como quem põe aqui uma novidade acabada de sair do forno.
Eu pus aqui a noticia tão simplesmente para quem queira ler e perceber melhor o que está em jogo nessa história dos DTAs
Como eu tinha escrito um post a escalpelizar o tema achei por bem complementar o que tinha dito com o conteúdo desta notícia.
Há por aqui muito participante a referir se ao tema mas provavelmente nem percebe bem o que esta em jogo.
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
Tudo bem que essa noticia sendo de Janeiro dita as regras mas como se tem visto no nosso governo nada é irreversível ! Como vimos o caso da demissão do Paulo Portas!
Uma coisa nada tem a ver com a outra e tem implicações bem diferentes mas...dá que pensar...
Mais, ainda há uns 2 meses atrás salvo erro, veio para a Imprensa que afinal que o governo tinha mudado e iria aprovar os Créditos fiscais e se bem se lembram nesse dia o BCP subiu salvo erro 5 ou 6%...depois veio o desmentido que afinal o governo ainda nada tinha decidido em relação a isso !!! Se bem se lembram! Lá caiu no dia seguinte...
Ou seja, posto isto, Não há certezas de nada! Não vale a pena estarmos a discutir este assunto e postar aqui noticias de Janeiro que muito provavelmente já não são válidas e muita coisa muda!
Apenas a minha opinião. O próprio Nuno Amado deu a entender na entrevista que estava em conversações com o governo sobre isso mas que nem ia comentar nada!
Uma coisa nada tem a ver com a outra e tem implicações bem diferentes mas...dá que pensar...
Mais, ainda há uns 2 meses atrás salvo erro, veio para a Imprensa que afinal que o governo tinha mudado e iria aprovar os Créditos fiscais e se bem se lembram nesse dia o BCP subiu salvo erro 5 ou 6%...depois veio o desmentido que afinal o governo ainda nada tinha decidido em relação a isso !!! Se bem se lembram! Lá caiu no dia seguinte...
Ou seja, posto isto, Não há certezas de nada! Não vale a pena estarmos a discutir este assunto e postar aqui noticias de Janeiro que muito provavelmente já não são válidas e muita coisa muda!
Apenas a minha opinião. O próprio Nuno Amado deu a entender na entrevista que estava em conversações com o governo sobre isso mas que nem ia comentar nada!

Devagarinho devagarinho, vai enchendo o papo da galinha de ovos de ouro... 

Re: BCP - Novo Tópico Geral
parece-me que entretanto os bancos perceberam que a única solução é fazer AC. Não estou a ver o estado a largar 6 mil milhões a favor dos bancos.
Stilgar: Take my life Usul (Paul), it's the only way.
Paul: I'M POINTING THE WAY!
DUNE 2
Re: BCP - Novo Tópico Geral
negociosbolsa81 Escreveu:Essa noticia é de Janeiro!
Sim é de Janeiro eu sei.
Mas no essencial tudo o que lá está é valido neste momento.
O conteudo da noticia é muito bom porque explica muito bem tudo o que está envolvido nessa história dos créditos fiscais e serve de suporte àquilo que eu tinha escrito no post anterior.
Os constrangimentos que o estado tem em aceitar a proposta dos bancos continuam válidos e o discurso da ministra das finanças em Janeiro foi muito claro nisso.
Nem acredito que o governo sequer pense em agravar brutalmente o défice orçamental cedendo aos bancos, quando em 2015 temos eleições legislativas.
Mesmo que o governo apresente uma solução para mitigar a machadada de Basileia III, uma boa parte dos DTAs do BCP vão ter que ser mesmo deduzidos ao capital.
Os AC estão mesmo em cima da mesa este ano e nos próximos também.

Editado pela última vez por Storgoff em 17/5/2014 20:06, num total de 1 vez.
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
Essa noticia é de Janeiro!
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
-
Governo recusa impostos diferidos transformados em créditos fiscais
Publicado em 21 de Janeiro de 2014 20:32
Ministra das Finanças
Os bancos queriam que os impostos diferidos fossem transformados em créditos fiscais. Ministra da Finanças, Maria Luisa Albuquerque recusou
A ministra das Finanças disse aos banqueiros que o défice aumentaria 6.600 milhões de euros se os impostos diferidos fossem transformados em créditos fiscais como reclamam os bancos, disse fonte do sector financeiro, recusando uma solução que duplicaria o défice.
As novas regras de contabilidade de Basileia III, que entraram em vigor a 01 de Janeiro, podem provocar um rombo nos rácios de capital de alguns bancos – que se preparam para enfrentar os testes de ‘stress’ do Banco Central Europeu – e isso tem levado os banqueiros a exigir alterações à lei ao Governo.
Numa reunião, em Dezembro, com os presidentes dos principais bancos portugueses, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, afirmou que as contas públicas não suportam a solução proposta pelos bancos, de transformar os activos por impostos diferidos em créditos fiscais, à semelhança do que foi feito em Espanha, a menos que entretanto o Eurostat tenha um entendimento diferente, disse à Lusa fonte do sector financeiro.
A posição do Governo tem que ver com as novas regras de contabilidade pública, que entram em vigor a 01 de Setembro e que obrigam o Estado a registar no défice e na dívida todos os créditos fiscais.
Segundo a mesma fonte, a recusa da governante foi mal recebida pelos banqueiros, de acordo com informação recolhida pela Lusa. Sem uma solução que evite a ‘quebra’ dos fundos próprios, há o risco de alguns bancos terem de fazer novos aumentos de capital e poderão mesmo ter de pedir mais dinheiro ao Estado, o que também teria impacto nas contas públicas.
A Lusa contactou o Ministério das Finanças que disse que “ainda não há qualquer decisão final sobre a questão”, enquanto da APB não foi possível conseguir um esclarecimento até ao momento.
As novas regras de contabilidade de Basileia III obrigam os bancos a deduzir aos fundos próprios os activos por impostos diferidos que foram acumulando, apenas podendo contabilizar como capital aqueles em que haja a garantia quase total da sua utilização ou que tenham um valor económico igual ao seu valor contabilístico.
Só para os principais bancos, os quase 5.000 milhões de euros acumulados em impostos diferidos – sobretudo do BCP e da Caixa Geral de Depósitos – teriam de ser retirados dos rácios de capital, o que teria um forte impacto num momento especialmente delicado, em que o Banco Central Europeu (BCE) está a levar a cabo os testes de ‘stress’, pelo que os bancos precisam de uma solução até ao final de Março.
Juntando a estes 5 mil milhões de euros os activos por impostos diferidos da restante banca, este valor aumenta para 6,6 mil milhões de euros. Isto representa quase 4% do Produto Interno Bruto (PIB), o que duplicaria o défice orçamental, isto se o Governo conseguisse reduzir o défice para a meta de 4% acordada com a ‘troika’ este ano.
A solução está agora a ser estudada entre o Governo, a APB e o Banco de Portugal (BdP), que nesta questão se tem mantido a favor de uma via que ajude a banca a minorar o impacto das novas regras de capital.
O Eurostat e os Estados-Membros ainda estão em negociações sobre esta questão, no contexto da aplicação das novas regras de contabilidade que entram em vigor em Setembro deste ano, com fonte oficial do Eurostat a garantir à Lusa que “ainda não foi tomada uma decisão sobre este tema”.
A nível europeu foi criada uma ‘task-force’ para decidir como esta questão será solucionada, mas o que está a ser discutido tem que ver com a situação espanhola, não estando a situação portuguesa em cima da mesa para já. Isto acontece porque o Estado espanhol decidiu reconhecer no défice apenas uma parte (que não chega a dois terços) dos activos por impostos diferidos transformados em créditos fiscais pagáveis.
Apesar de a decisão de Espanha ter sido reconhecer apenas 60% dos activos por impostos diferidos no défice, uma decisão do Eurostat pode obrigar a que o valor seja reconhecido por completo e isso seria alargado a todos os países.
No caso de Portugal, implicaria um aumento dos desequilíbrios das contas públicas numa altura já complicada, pois a mudança nas regras de contabilidade a nível europeu vão obrigar Portugal a reconhecer na sua dívida pública mais quase 10% do PIB em contas de empresas fora do perímetro das Administrações Públicas, e levar a dívida pública para cada vez mais perto do limiar dos 140% do PIB.
Os bancos realizam um conjunto de operações cujo valor a partir de determinado momento, embora seja aceite contabilisticamente, não é aceite para efeitos do fisco. É o valor que vai acima do montante aceite pelo fisco que gera o imposto diferido activo e que fica no balanço do banco para que reduza posteriormente nos impostos a pagar ao fisco.
Os impostos diferidos activos eram inscritos no balanço como um activo e assim ajudavam a compor o rácio de capital dos bancos, mas as novas regras exigem que estes sejam deduzidos ao capital dos bancos a menos que exista uma certeza quase absoluta da sua concretização, e que estejam bem avaliados.
Com a transformação dos activos por impostos diferidos em créditos fiscais, os bancos poderiam em teoria poder deduzir estes créditos no pagamento de IRC, o que só aconteceria quando regressassem aos lucros.
http://maiortv.com.pt/governo-recusa-im ... s-fiscais/
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
Não sou nenhum especialista em contabilidade bancária mas essa história dos chamados Créditos Fiscais, como agora lhe querem chamar, mas que o nome técnico é Activos por impostos diferidos ( basicamente o banco paga imposto sobre lucros que não existiram na demonstração de resultados e depois inscreve isso como um activo no seu balanço com validade de 5 anos e que pode ser abatido à factura fiscal futura de acordo com determinadas regras), no fundo é um crédito de imposto valido por 5 anos.
O credito fiscal sempre existiu, era dedutível nos 5 anos seguintes e contava para os rácios de capital.
Ou seja, as contas do banco sempre tiveram isso em conta e pelo menos até ao final do ano passado os rácios de capital do banco eram calculados nessa base.
Como sabemos, no final do ano passado, os racios de capital não eram tais que permitissem abater logo aí uma fatia substancial dos CoCos sem entrar em níveis de capital abaixo do exigido.
Ora no inicio deste ano como entraram em vigor as regras de Basileia III estes créditos validos por 5 anos já não podem ser contabilizados para efeitos do calculo do rácio de capital salvo raras excepções.
Portanto, só pelo simples facto de entrarem em vigor novas regras, os racios de capital do BCP que já não eram nada de extraordinário degradaram se automaticamente porque o banco tem em balanço um valor grande em Activos por impostos Diferidos que já não vai poder
contabilizar .
O que se conclui daqui é que bastam as novas regras de Basileia para forçar logo o BCP a entrar num novo AC
O facto de o estado vir a dar um tratamento especial aos Activos por Impostos Diferidos , garantindo a sua devolução em parte e sem tempo limite, apenas vem minimizar os estragos das novas regras.
Muito dificilmente pode criar uma situação para o banco melhor do que aquela que já tinha antes de Basileia III.
Portanto a menos que o BCP já tivesse uma folga de capital enorme antes do final de 2013 para pagar CoCos , o que não acontecia,também não será pelo facto do estado vir a garantir alguns dos créditos fiscais que essa situação vai melhorar. Apenas piora é um pouco menos porque Basileia III é demolidora para o BCP.
Resumindo, desde o inicio que o plano do BCP de pagar os CoCos pela via dos resultados e/ou alienação de activos era um caminho muito estreito e portanto um novo AC era sempre de ter em conta.
Com Basileia III os estragos são tais que tornam o AC uma inevitabilidade. Os novos testes de stress que vem aí agora podem tornar essa necessidade ainda maior.
Se o estado assumir em parte os créditos fiscais os estragos são apenas minimizados.
Portanto sou levado a concluir que um novo AC vais ser mesmo uma realidade e não é propriamente para acelerar o pagamento dos CoCos é mesmo só para fazer face a todos estes novos constrangimentos que surgiram a partir deste ano.
Para acelerar o pagamento dos CoCos talvez só com mais outro AC lá para 2016 a menos que faça agora um AC de proporções épicas
O credito fiscal sempre existiu, era dedutível nos 5 anos seguintes e contava para os rácios de capital.
Ou seja, as contas do banco sempre tiveram isso em conta e pelo menos até ao final do ano passado os rácios de capital do banco eram calculados nessa base.
Como sabemos, no final do ano passado, os racios de capital não eram tais que permitissem abater logo aí uma fatia substancial dos CoCos sem entrar em níveis de capital abaixo do exigido.
Ora no inicio deste ano como entraram em vigor as regras de Basileia III estes créditos validos por 5 anos já não podem ser contabilizados para efeitos do calculo do rácio de capital salvo raras excepções.
Portanto, só pelo simples facto de entrarem em vigor novas regras, os racios de capital do BCP que já não eram nada de extraordinário degradaram se automaticamente porque o banco tem em balanço um valor grande em Activos por impostos Diferidos que já não vai poder
contabilizar .
O que se conclui daqui é que bastam as novas regras de Basileia para forçar logo o BCP a entrar num novo AC
O facto de o estado vir a dar um tratamento especial aos Activos por Impostos Diferidos , garantindo a sua devolução em parte e sem tempo limite, apenas vem minimizar os estragos das novas regras.
Muito dificilmente pode criar uma situação para o banco melhor do que aquela que já tinha antes de Basileia III.
Portanto a menos que o BCP já tivesse uma folga de capital enorme antes do final de 2013 para pagar CoCos , o que não acontecia,também não será pelo facto do estado vir a garantir alguns dos créditos fiscais que essa situação vai melhorar. Apenas piora é um pouco menos porque Basileia III é demolidora para o BCP.
Resumindo, desde o inicio que o plano do BCP de pagar os CoCos pela via dos resultados e/ou alienação de activos era um caminho muito estreito e portanto um novo AC era sempre de ter em conta.
Com Basileia III os estragos são tais que tornam o AC uma inevitabilidade. Os novos testes de stress que vem aí agora podem tornar essa necessidade ainda maior.
Se o estado assumir em parte os créditos fiscais os estragos são apenas minimizados.
Portanto sou levado a concluir que um novo AC vais ser mesmo uma realidade e não é propriamente para acelerar o pagamento dos CoCos é mesmo só para fazer face a todos estes novos constrangimentos que surgiram a partir deste ano.
Para acelerar o pagamento dos CoCos talvez só com mais outro AC lá para 2016 a menos que faça agora um AC de proporções épicas
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
Portanto se 1: Não vai haver proposta de aumento de capital aos accionistas antes da decisão do governo sobre os DTAs (deferred tax assets), e se tal decisão a favor dos bancos prejudicaria o défice de Portugal em 7 mil M€ 4% do PIB, então é seguro que vai haver o aumento de capital.
World debt clock:
http://www.usdebtclock.org/world-debt-clock.html
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
DTAs transformados em créditos fiscais, parece tudo boas notícias (fáceis de resolver) .... e o agravamento que provoca no défice do país?
Li algures que o impacto no défice ronda os 7 mil milhões € (~4% do PIB), coisa pouca para um país que anda a contar tostões e recorreu a sucessivos aumentos de impostos para obter exatamente o contrário.
Li algures que o impacto no défice ronda os 7 mil milhões € (~4% do PIB), coisa pouca para um país que anda a contar tostões e recorreu a sucessivos aumentos de impostos para obter exatamente o contrário.
Re: BCP - Novo Tópico Geral
negociosbolsa81 Escreveu:Entrevista muito interessante!
Nota-se bem que temos um executivo TOP! Está a arrumar a casa!
Eu cá também acho que sim. Mas uma coisa é certa, os próximos tempos serão ainda difíceis para o BCP. O aumento de CAPITAL, já me parece certo e trará com certeza mais valia para o banco a médio/ longo prazo. Claro que ninguém o dará como certo nos próximos tempos, porque temos o do BES muito próximo e a malta não tem cacau para todos.
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
Entrevista muito interessante!
Nota-se bem que temos um executivo TOP! Está a arrumar a casa!
Nota-se bem que temos um executivo TOP! Está a arrumar a casa!

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Re: BCP - Novo Tópico Geral
Caros amigos,
Entrevista a Nuno Amado sob os ceús africanos, a caminho de Moçambique, para a inauguração da nova sede de 16 andares do Millennium Bim na marginal de Maputo. Dizem que em económica também segue alguém do diário económico, do negócios entre outros jornalistas. Provavelmente segunda-feira e/ou durante a semana sairão mais entrevistas a Nuno Amado com mais esclarecimentos.
[url]http://www.dinheirovivo.pt/Mercados/Artigo/CIECO354983.html[/url]
A reter:
1: Não vai haver proposta de aumento de capital aos accionistas antes da decisão do governo sobre os DTAs (deferred tax assets)
2: Não vai haver aumento de capital de capital aos accionistas antes de vender os activos a que está obrigado pela Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia (Millennium Bank Roménia, Millenium Gestão de Activos, carteiras de crédito do BCP Bank&Trust e do BCP Banque Prive) entre outros muito "valiosos".
3: Nuno Amado faz mais uma vez pressão para que haja uma decisão que não prejudique a banca portuguesa em relação à banca espanhola e italiana.
4: O Millennium Bank na Polónia não é para vender.
5: Na verdade Nuno Amado não diz que não vá haver proposta de aumento de capital depois da decisão dos DTAs e de vender os activos a que está obrigado pela Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia (Millennium Bank Roménia, Millenium Gestão de Activos, carteiras de crédito do BCP Bank&Trust e do BCP Banque Prive), o que sim diz é que não haverá certamente antes disso.
E eu acrescento:
1: A decisão sobre os DTAs sairá depois das eleições europeias e antes dos testes de stress preliminares, ou seja durante o mês de Junho (calculo que mais para o fim).
2: Qualquer que seja a decisão sobre os DTAs, o BCP será sempre, na banca portuguesa, o mais beneficiado.
3: É provavel que surja uma proposta de aumento de capital depois disso, depois de tudo arrumado, lá para o Verão ou Outono.
4: Esta entrevista e esclarecimento podia ter poupado a colagem do BCP ao BES durante 2 dias e perdas de milhões a muitos accionistas. Era simples. Apenas precisava de esclarecer o mercado, dizendo o que disse agora. O director de comunicação do BCP ficou mal e a administração do BCP passou uma imagem muito negativa que vai demorar tempo a recuperar. Talvez por isso tenham agora convidado a imprensa para um passeio até Moçambique. Já foi tarde, o mal está feito: a credibilidade não se compra, ganha-se.
De qaulquer maneira quem está dentro acho que pode hoje ficar muito mais tranquilo, mas o mercado é soberano e dirá de sua justiça na segunda-feira.
Bons negócios e boa sorte para todos
Entrevista a Nuno Amado sob os ceús africanos, a caminho de Moçambique, para a inauguração da nova sede de 16 andares do Millennium Bim na marginal de Maputo. Dizem que em económica também segue alguém do diário económico, do negócios entre outros jornalistas. Provavelmente segunda-feira e/ou durante a semana sairão mais entrevistas a Nuno Amado com mais esclarecimentos.
[url]http://www.dinheirovivo.pt/Mercados/Artigo/CIECO354983.html[/url]
A reter:
1: Não vai haver proposta de aumento de capital aos accionistas antes da decisão do governo sobre os DTAs (deferred tax assets)
2: Não vai haver aumento de capital de capital aos accionistas antes de vender os activos a que está obrigado pela Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia (Millennium Bank Roménia, Millenium Gestão de Activos, carteiras de crédito do BCP Bank&Trust e do BCP Banque Prive) entre outros muito "valiosos".
3: Nuno Amado faz mais uma vez pressão para que haja uma decisão que não prejudique a banca portuguesa em relação à banca espanhola e italiana.
4: O Millennium Bank na Polónia não é para vender.
5: Na verdade Nuno Amado não diz que não vá haver proposta de aumento de capital depois da decisão dos DTAs e de vender os activos a que está obrigado pela Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia (Millennium Bank Roménia, Millenium Gestão de Activos, carteiras de crédito do BCP Bank&Trust e do BCP Banque Prive), o que sim diz é que não haverá certamente antes disso.
E eu acrescento:
1: A decisão sobre os DTAs sairá depois das eleições europeias e antes dos testes de stress preliminares, ou seja durante o mês de Junho (calculo que mais para o fim).
2: Qualquer que seja a decisão sobre os DTAs, o BCP será sempre, na banca portuguesa, o mais beneficiado.
3: É provavel que surja uma proposta de aumento de capital depois disso, depois de tudo arrumado, lá para o Verão ou Outono.
4: Esta entrevista e esclarecimento podia ter poupado a colagem do BCP ao BES durante 2 dias e perdas de milhões a muitos accionistas. Era simples. Apenas precisava de esclarecer o mercado, dizendo o que disse agora. O director de comunicação do BCP ficou mal e a administração do BCP passou uma imagem muito negativa que vai demorar tempo a recuperar. Talvez por isso tenham agora convidado a imprensa para um passeio até Moçambique. Já foi tarde, o mal está feito: a credibilidade não se compra, ganha-se.
De qaulquer maneira quem está dentro acho que pode hoje ficar muito mais tranquilo, mas o mercado é soberano e dirá de sua justiça na segunda-feira.
Bons negócios e boa sorte para todos
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
Boas noite Senhor Ulisses ,
Estava à espera de uma de um pouco mais de SUMO
Mas...
Estava à espera de uma de um pouco mais de SUMO

Mas...
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
Ulisses Pereira Escreveu:Ah, já percebi a tua questão. Mas a resposta é negativa, nenhuma plataforma te garante isso. Se colocares o valor do trigger igual ao valor da ordem pode acontecer o que dizes e não conseguires vender.
Abraço,
Ulisses
Romeucosta
Em títulos com pouca liquidez ou que abram com grande gap tem de ser ter um intervalo razoável, não vá a ordem não ser executada.
Não te esqueças que há mais ordens (pessoas) a vender e podem estar à tua frente. Alguns desses podem vender, mas depois já não há mais compradores aquele preço. Só mais abaixo..
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
romeucosta Escreveu:
Atenção que preço limite foi o que eu pus e, tal como explica o Ulisses, isso estás só a dizer que abaixo desse preço não queres vender, mas se o preço estiver acima, no momento que colocas a ordem ela pode ser logo despachada (foi o que me aconteceu).
Então e se for acima não é melhor do que ser abaixo? Não é teu objetivo vendê-las se bater naquele valor? Se houver um ressalto tanto melhor para ti não?
(não estou a entender muito bem)
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
Voltando ao BCP e agora mais tranquilo, seria excelente um AC para pagar os coco's. Bem explicadinho aos acionistas e sabendo que esse retorno seria benéfico para os acionistas, podiam ver vender as novas ações com um desconto mínimo que procura não faltaria. Espero que lancem o AC depois do título estar acima dos 0,20€... Mas diretos ao assunto e sem rumores que isso rebenta com a cotação 

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Re: BCP - Novo Tópico Geral
katolo Escreveu:Não dá para vender a preço fixo no Barclays?![]()
Ainda bem que vão embora. Com plataformas destas não fazem cá falta nenhuma. Em títulos com muita liquidez meto sempre preço fixo: stop trigger = preço limite
Atenção que preço limite foi o que eu pus e, tal como explica o Ulisses, isso estás só a dizer que abaixo desse preço não queres vender, mas se o preço estiver acima, no momento que colocas a ordem ela pode ser logo despachada (foi o que me aconteceu).
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
Ah, já percebi a tua questão. Mas a resposta é negativa, nenhuma plataforma te garante isso. Se colocares o valor do trigger igual ao valor da ordem pode acontecer o que dizes e não conseguires vender.
Abraço,
Ulisses
Abraço,
Ulisses
Re: BCP - Novo Tópico Geral
Não dá para vender a preço fixo no Barclays?
Ainda bem que vão embora. Com plataformas destas não fazem cá falta nenhuma. Em títulos com muita liquidez meto sempre preço fixo: stop trigger = preço limite

Ainda bem que vão embora. Com plataformas destas não fazem cá falta nenhuma. Em títulos com muita liquidez meto sempre preço fixo: stop trigger = preço limite
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
Mas não há plataformas que dá para colocar o preço a que queres vender? Ou seja, bates no 0,157, e vendes a esse preço, garantido?
Porque, no Barclays não me parece que haja essa garantia. Se puser a 0,157 a disparar o trigger, nos dias que esteja a baixar muito depressa, a venda pode ser disparada e já não haver compradores a esse preço, só a preço mais baixo. Não há plataformas que digas: se bater nos 15,7cts, vendes a esse preço?
É que era isso que eu queria, eu não as queria vender, porque estava com fesada que fosse acontecer o que aconteceu (porque parecia-me que os shorts iam fechar as suas posições - embora também ache que o preço mínimo de hoje ainda vai voltar a ser testado na próxima semana.)
Porque, no Barclays não me parece que haja essa garantia. Se puser a 0,157 a disparar o trigger, nos dias que esteja a baixar muito depressa, a venda pode ser disparada e já não haver compradores a esse preço, só a preço mais baixo. Não há plataformas que digas: se bater nos 15,7cts, vendes a esse preço?
É que era isso que eu queria, eu não as queria vender, porque estava com fesada que fosse acontecer o que aconteceu (porque parecia-me que os shorts iam fechar as suas posições - embora também ache que o preço mínimo de hoje ainda vai voltar a ser testado na próxima semana.)
Editado pela última vez por HaRt em 16/5/2014 18:30, num total de 1 vez.
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
Não estou a perceber a dúvida. Podes dar um exemplo para entender melhor a tua questão?
Re: BCP - Novo Tópico Geral
Mas não há plataformas que dá para colocar o preço a que queres vender? Ou seja, bates no 0,157, e vendes a esse preço, garantido?
Porque, no Barclays não me parece que haja essa garantia. Se puser a 0,157 a disparar o trigger, nos dias que esteja a baixar muito depressa, a venda pode ser disparada e já não haver compradores a esse preço, só a preço mais baixo. Não há plataformas que digas: se bater nos 15,7cts, vendes a esse preço?
Porque, no Barclays não me parece que haja essa garantia. Se puser a 0,157 a disparar o trigger, nos dias que esteja a baixar muito depressa, a venda pode ser disparada e já não haver compradores a esse preço, só a preço mais baixo. Não há plataformas que digas: se bater nos 15,7cts, vendes a esse preço?
Editado pela última vez por HaRt em 16/5/2014 18:22, num total de 1 vez.
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
Não compreendi, Romeu. O sistema ideial de stops é ter um trigger (valor que atingido faz accioniar o seu stop) e, em simultâneo, o valor a que queres que seja dada a ordem quando esse trigger é atingido. Se o trigger era 0,163 com a ordem de venda stop a 0,157, significava que quando a cotação batesse nos 0,163, o sistema iria colocar uma ordem de venda a 0,157, ou seja, ias vender ao melhor preço disponível com limite a 0,157. É mesmo isto que se pretende.
Um abraço,
Ulisses
Um abraço,
Ulisses
Re: BCP - Novo Tópico Geral
Estás a fazer bem Ulisses e essa mnemónica que acabaste de dar vai-me ficar no cérebro. Tem sempre que dizer STOP.
O problema do STOP Trigger do Barclays, quando se põe os valores iguais (para ser stop-loss) é que a ordem só é colocada à venda quando atinge esse valor, e às vezes pode já não ir a tempo.
Se eu pusesse um Stop Trigger aos 0,163cts com preço limite a 0,157, o resultado seria o mesmo, a acção era vendida aos 0,16xx, portanto a única forma de fazer STOP LOSS no Barclays, não está garantida que seja àquele exacto valor.
O problema do STOP Trigger do Barclays, quando se põe os valores iguais (para ser stop-loss) é que a ordem só é colocada à venda quando atinge esse valor, e às vezes pode já não ir a tempo.
Se eu pusesse um Stop Trigger aos 0,163cts com preço limite a 0,157, o resultado seria o mesmo, a acção era vendida aos 0,16xx, portanto a única forma de fazer STOP LOSS no Barclays, não está garantida que seja àquele exacto valor.
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Re: BCP - Novo Tópico Geral
romeu, acredita que não estou a ser mauzinho, estou mesmo a tentar esclarecer porque estas dúvidas existem e são absolutamente normais.
Para alguém colocar um stop tem que ter sempre a palavra stop escrita algures na ordem.
Em vez de palavrões,manda antes umas cabeçadas nas paredes. Comigo costuma resultar
Um abraço,
Ulisses
Para alguém colocar um stop tem que ter sempre a palavra stop escrita algures na ordem.
Em vez de palavrões,manda antes umas cabeçadas nas paredes. Comigo costuma resultar

Um abraço,
Ulisses
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