Off Topic: Será que já sou Senior?
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Ehehhe, nostalgia
é bom recordar o passado, para dar valor ao presente e acreditar no futuro.
Não podemos comparar a juventude actual com a de há 20 anos, hoje são mais inteligentes e menos autonomos, no meu tempo depois de regressar da tropa raros eram os rapazes que iam viver novamente com os Pais, ou casavam ou arranjavam a sua casa, hoje ficam os pais até aos 30...., ou por causa da universidade ou porque dá jeito
Bom recordam-se da serie "Os pequenos vagabundos" e aquela musica "Samba pa Ti" Santana, ehehehe era o roça/roça dos bailaricos.
Eu jogava aos flipper´s e vendia os bonus, para ir ao cinema, nas sessões continuas, 2 filmes
passava no largo de S.Domingos(Lisboa) e ia ás freiras pedir sandes de marmelada, nas portas de S.Antão havia sandes de molho, das febras, a 1$00.
Bom hoje os meus filhos pedem-me 20/30€ para ao Mcdonald´s e ás pizzas, têm DVD, PC em rede para os jogos, enfim a Vida evoluiu para melhor, essa é realidade e a extensão de vida para o homem vai nos 75/77 anos, com todas as doenças novas que andam por aí.
Haja saúde e boa vida para Todos
è recordar, os velhos tempos
até xá
cochim
é bom recordar o passado, para dar valor ao presente e acreditar no futuro.
Não podemos comparar a juventude actual com a de há 20 anos, hoje são mais inteligentes e menos autonomos, no meu tempo depois de regressar da tropa raros eram os rapazes que iam viver novamente com os Pais, ou casavam ou arranjavam a sua casa, hoje ficam os pais até aos 30...., ou por causa da universidade ou porque dá jeito

Bom recordam-se da serie "Os pequenos vagabundos" e aquela musica "Samba pa Ti" Santana, ehehehe era o roça/roça dos bailaricos.
Eu jogava aos flipper´s e vendia os bonus, para ir ao cinema, nas sessões continuas, 2 filmes

passava no largo de S.Domingos(Lisboa) e ia ás freiras pedir sandes de marmelada, nas portas de S.Antão havia sandes de molho, das febras, a 1$00.
Bom hoje os meus filhos pedem-me 20/30€ para ao Mcdonald´s e ás pizzas, têm DVD, PC em rede para os jogos, enfim a Vida evoluiu para melhor, essa é realidade e a extensão de vida para o homem vai nos 75/77 anos, com todas as doenças novas que andam por aí.
Haja saúde e boa vida para Todos
è recordar, os velhos tempos
até xá
cochim
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- Registado: 4/11/2002 22:08
- Localização: Praia Azul / Torres Vedras
Bom, lá terei que fazer uma pausa no almoço para um momento de Rádio Nostalgia...
Pois é... el verano azul e o rapazinho gordinho de que não me lembro o nome. Mas, como todos lembro-me da música e conheci bem alguns dos lugares das filmagens em Niebla, salvo erro...
Foram tempos estranhos para quem nasceu entre 66 e 71... não somos do antigamente, mas também ainda não somos os filhos da Revolução... já não nos lembramos bem do 25 e do Verão quente, mas ainda temos em mente "uma gaivota voava, voava" ... e aquele colarinho de pato e calças à boca de sino. Para não falar dos cabelões enormes !! Sempre havia uns primos e primas mais velhos que se encarregavam de fazer sempre funcionar o gira-discos ESTÉREO com muito de Sheena Easton, Credence Clearwater Revival, Stevie Wonder. Enfim, muita Motown, mas também o fabuloso Quarteto 1111 ainda com o José Cid e também e também... era o tempo do Festival da Canção e das Doce e da frustração de Portugal ser o último do Eurofestival.
Mas foi o tempo em que descobrimos o Espaço 1999 da Maya e o Caminho das Estrelas de Kirk e Spock. Descobrimos os Ewing do Dallas e das grandes cowboiadas na TV.
Além do Verão Azul, lembramo-nos dos grandes desenhos animados da América e do leste, pelas mãos do inevitável Vasco Granja. E depois os Japoneses!! (Lembram-se daquele que era com um puto que tinha poderes extraordinários após uma guerra nuclear ter destruído a Terra??)
Da TV a cores e da festa que era futebol em directo e com replay. Do TNT todos no top da Rádio Comercial.
E tanto mais havia a recordar.
No meu querido Algarve, os Verões eram sempre azuis e intermináveis (já repararam como o tempo agora parece passar mais rápido?) e não havia noção de como era um tempo de felicidade, apesar de tantos problemas...
Há uma coisa que me ficou sempre, sobretudo do tempo de Escola. Até à minha geração e pouquinho depois, havia uma espécie de passagem de testemunho dos mais velhos para os mais novos. E eu fico com a sensação de que nós não a soubemos passar para a frente. É algo que não sei explicar....
Enfim, fiquemos por aqui antes que comece a choradeira...
Abraço
dj

Pois é... el verano azul e o rapazinho gordinho de que não me lembro o nome. Mas, como todos lembro-me da música e conheci bem alguns dos lugares das filmagens em Niebla, salvo erro...
Foram tempos estranhos para quem nasceu entre 66 e 71... não somos do antigamente, mas também ainda não somos os filhos da Revolução... já não nos lembramos bem do 25 e do Verão quente, mas ainda temos em mente "uma gaivota voava, voava" ... e aquele colarinho de pato e calças à boca de sino. Para não falar dos cabelões enormes !! Sempre havia uns primos e primas mais velhos que se encarregavam de fazer sempre funcionar o gira-discos ESTÉREO com muito de Sheena Easton, Credence Clearwater Revival, Stevie Wonder. Enfim, muita Motown, mas também o fabuloso Quarteto 1111 ainda com o José Cid e também e também... era o tempo do Festival da Canção e das Doce e da frustração de Portugal ser o último do Eurofestival.
Mas foi o tempo em que descobrimos o Espaço 1999 da Maya e o Caminho das Estrelas de Kirk e Spock. Descobrimos os Ewing do Dallas e das grandes cowboiadas na TV.
Além do Verão Azul, lembramo-nos dos grandes desenhos animados da América e do leste, pelas mãos do inevitável Vasco Granja. E depois os Japoneses!! (Lembram-se daquele que era com um puto que tinha poderes extraordinários após uma guerra nuclear ter destruído a Terra??)
Da TV a cores e da festa que era futebol em directo e com replay. Do TNT todos no top da Rádio Comercial.
E tanto mais havia a recordar.
No meu querido Algarve, os Verões eram sempre azuis e intermináveis (já repararam como o tempo agora parece passar mais rápido?) e não havia noção de como era um tempo de felicidade, apesar de tantos problemas...
Há uma coisa que me ficou sempre, sobretudo do tempo de Escola. Até à minha geração e pouquinho depois, havia uma espécie de passagem de testemunho dos mais velhos para os mais novos. E eu fico com a sensação de que nós não a soubemos passar para a frente. É algo que não sei explicar....
Enfim, fiquemos por aqui antes que comece a choradeira...
Abraço
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Conan....
Mozhawk tal como tu penso que "Conan o rapaz de futuro" foram os melhores desenhos animados de sempre aind bem que foi an versão original, sem dobragem irritante em portugues tipo"teletubies"
Todo o Homem tem um preço, nem que seja uma lata de atum
Thomas,
Este post é porreiro. Mas esqueceram-se do Vickie, dos Cinco, do Chico Escuro, do Conan (os melhores desenhos animados de sempre), do Tarzan, do Espaço 1999, do StarTrek, V-A Batalha Final, etc...
Epa, dos jogos de futebol na estrada lá no bairro com a bola de "catchú"! Dos "mísseis" de papel atirados pelos canudos, lol. Dos paraquedistas de plástico que a malta punha uma pedra nas costas para ganhar mais peso, dos "guelas" nas garrafas dos pirulitos, do S.Jorge e Império, das descidas alucinantes de skate na estrada no meio do trânsito, das brincadeiras na linha do comboio, entrar nos túneis de ventilação do Metro perto de Sete Rios, das mensagens em código, dos cromos de comboios e aviões das pastilhas Pirata, das corridas de caricas na praia, etc etc etc...
Outros tempos. Os putos agora têm outras cenas que curtem bué. É e será sempre assim.
Um abraço,
MozHawk
Este post é porreiro. Mas esqueceram-se do Vickie, dos Cinco, do Chico Escuro, do Conan (os melhores desenhos animados de sempre), do Tarzan, do Espaço 1999, do StarTrek, V-A Batalha Final, etc...
Epa, dos jogos de futebol na estrada lá no bairro com a bola de "catchú"! Dos "mísseis" de papel atirados pelos canudos, lol. Dos paraquedistas de plástico que a malta punha uma pedra nas costas para ganhar mais peso, dos "guelas" nas garrafas dos pirulitos, do S.Jorge e Império, das descidas alucinantes de skate na estrada no meio do trânsito, das brincadeiras na linha do comboio, entrar nos túneis de ventilação do Metro perto de Sete Rios, das mensagens em código, dos cromos de comboios e aviões das pastilhas Pirata, das corridas de caricas na praia, etc etc etc...
Outros tempos. Os putos agora têm outras cenas que curtem bué. É e será sempre assim.
Um abraço,
MozHawk
Inspiração
Caro Zé,
Esta veio de um e-mail que o meu irmão mais novo enviou com o intuito de gozar comigo
1 abraço
Esta veio de um e-mail que o meu irmão mais novo enviou com o intuito de gozar comigo
1 abraço
Todo o Homem tem um preço, nem que seja uma lata de atum
Sorri muito ao ler este post. Não sei se foi por dar por mim a soletrar a música do Tom Saywer ou por o toque do meu telemóvel ser a música do "Verão Azul", mas a nostalgia tomou conta de mim depois de ler este post.
Mas sejamos práticos, a verdade é que não podemos querer que os adolescentes de hoje sejam iguais aos de há uns anos atrás, nem tão pouco que parem no tempo e tenham os mesmos heróis que outros tiveram.
Porque, estejamos em que ano estivermos, os "adultos" dirão sempre que esta juventude está perdida. Seja em 1970,1980,1990 ou 2004...
Ainda bem que é assim. Ainda bem que a juventude estará sempre perdida...
Um abraço,
Ulisses
Mas sejamos práticos, a verdade é que não podemos querer que os adolescentes de hoje sejam iguais aos de há uns anos atrás, nem tão pouco que parem no tempo e tenham os mesmos heróis que outros tiveram.
Porque, estejamos em que ano estivermos, os "adultos" dirão sempre que esta juventude está perdida. Seja em 1970,1980,1990 ou 2004...
Ainda bem que é assim. Ainda bem que a juventude estará sempre perdida...
Um abraço,
Ulisses
Off Topic: Será que já sou Senior?
Em conversa com o irmão mais novo de um amigo, cheguei a uma triste conclusão.
A juventude de hoje, na faixa que vai até aos 20 anos, está perdida.
E está perdida porque não conhece os grandes valores que orientaram os que
hoje rondam os trinta.
O grande choque, entre outros nessa conversa, foi quando lhe falei no Tom Sawyer
.
"Quem? " , perguntou ele. Quem?! Ele não sabe quem é o Tom Sawyer! Meu
Deus...
Como é que ele consegue viver com ele mesmo? A própria música: " Tu que andas sempre descalço, Tom Sawyer, junto ao rio a passear, Tom Sawyer, mil amigos deixarás, aqui e além... " era para ele como o hino senegalês cantado em mandarim.
Claro que depois dessa surpresa, ocorreu-me que provavelmente ele não conhece outros ícones da juventude de outrora. O D'Artacão, esse herói canídeo, que estava apaixonado por uma caniche; Sebastien et le Soleil, combatendo os terríveis Olmecs; Galáctica, que acalentava os sonhos dos
jovens, com as suas naves triangulares; O Automan, com o seu Lamborghini que dava curvas a noventa graus; O mítico Homem da Atlântida, com o Patrick Duffy e as suas membranas no meio dos dedos; A Super-Mulher, heroína que nos prendia à televisão só para a ver mudar de roupa (era às voltas, lembram-se?); O Barco do Amor, que apesar de agora reposto na Sic Gold, não é a mesma coisa. Naquela altura era actual ...
E para acabar a lista, a mais clássica de todas as séries, e que marcou mais gente numa só geração: O Verão Azul.
Ora bem, quem não conhece o Verão Azul merece morrer. Quem não chorou com a morte do velho Shanquete, não merece o ar que respira. Quem, meu Deus, não sabe assobiar a música do genérico, não anda cá a fazer nada.
Depois há toda uma série de situações pelas quais estes jovens não passaram, o que os torna fracos. Ele nunca subiu a uma árvore! E pior, nunca caiu de uma. É um mole. Ele não viveu a sua infância a sonhar que um dia ia ser duplo de cinema. Ele não se transformava num super-herói quando brincava
com os amigos. Ele não fazia guerras de cartuchos, com os canudos que roubávamos nas obras e que depois personalizávamos. Aliás, para ele é inconcebível que se vá a uma obra.
Ele nunca roubou chocolates no Pingo-Doce.
O Bate-pé para ele é marcar o ritmo de uma canção.
Confesso, senti-me velho ...
Esta juventude de hoje está a crescer à frente de um computador. Tudo bem, por mim estão na boa, mas é que se houver uma situação de perigo real, em que tenham de fugir de algum sítio ou de alguma catástrofe, eles vão ficar à toa, à procura do comando da Playstation e a gritar pela Lara Croft. Óbvio, nunca caíram quando eram mais novos. Nunca fizeram feridas, nunca andaram a fazer corridas de bicicleta uns contra os outros.
Hoje, se um miúdo cai, está pelo menos dois dias no hospital, a levar pontos e a fazer exames a possíveis infecções, e depois está dois meses em casa a fazer tratamento a uma doença que lhe descobriram por ter caído. Doenças com nomes tipo > "> Moleculum infanticus> " , que não existiam antigamente.
No meu tempo, se um gajo dava um malho (muitas vezes chamado de > "> terno>) nem via se havia sangue, e se houvesse, não era nada que um bocado de terra espalhada por cima não estancasse. Eu hoje já nem vejo as mães virem à rua buscar os putos pelas orelhas, porque eles estavam a jogar à bola com os ténis novos.
Um gajo na altura aprendia a viver com o perigo. Havia uma hipótese real de se entrar na droga, de se engravidar uma miúda com 14 anos, de apanharmos tétano num prego enferrujado, de se ser raptado quando se apanhava boleia para ir para a praia. E sabíamos viver com isso.
Não estamos cá? Não somos até a geração que possivelmente atinge objectivos aiores com menos idade? E ainda nos chamavam geração " rasca " ... Nós ramos mais a geração " à rasca " , isso sim. Sempre à rasca de dinheiro, empre à rasca para passar de ano, sempre à rasca para entrar na niversidade, sempre à rasca a ver se a namorada estava grávida, sempre à asca para tirar a carta, para o pai emprestar o carro.
Agora não falta nada aos putos.
Eu, para ter um mísero Spectrum 48K, tive que pedir à família toda para se juntar e para servir de prenda de anos e Natal, tudo junto.
Hoje, ele é Playstation, PC, telemóvel, portátil, Gameboy, tudo. Claro, pede-se a um chavalo de 14 anos para dar uma volta de bicicleta e ele pergunta onde é que se mete a moeda, ou quantos bytes de RAM tem aquela versão da bicicleta.
Com tanta protecção que se quis dar à juventude de hoje, só se conseguiu que 8 em cada dez putos sejam cromos.
Antes, só havia um cromo por turma. Era o tóto de óculos, que levava porrada de todos, que não podia jogar à bola e que não tinha namoradas.
É certo que depois veio a ser líder de algum partido, ou gerente de alguma empresa de
computadores, mas não curtiu nada.
Hoje, se um puto é normal, ou seja, não tem óculos, nem aparelho nos dentes, as miúdas andam atrás dele, anda de bicicleta e fica na rua até às dez da noite, os outros são proibidos de se dar com ele.
A juventude de hoje, na faixa que vai até aos 20 anos, está perdida.
E está perdida porque não conhece os grandes valores que orientaram os que
hoje rondam os trinta.
O grande choque, entre outros nessa conversa, foi quando lhe falei no Tom Sawyer
.
"Quem? " , perguntou ele. Quem?! Ele não sabe quem é o Tom Sawyer! Meu
Deus...
Como é que ele consegue viver com ele mesmo? A própria música: " Tu que andas sempre descalço, Tom Sawyer, junto ao rio a passear, Tom Sawyer, mil amigos deixarás, aqui e além... " era para ele como o hino senegalês cantado em mandarim.
Claro que depois dessa surpresa, ocorreu-me que provavelmente ele não conhece outros ícones da juventude de outrora. O D'Artacão, esse herói canídeo, que estava apaixonado por uma caniche; Sebastien et le Soleil, combatendo os terríveis Olmecs; Galáctica, que acalentava os sonhos dos
jovens, com as suas naves triangulares; O Automan, com o seu Lamborghini que dava curvas a noventa graus; O mítico Homem da Atlântida, com o Patrick Duffy e as suas membranas no meio dos dedos; A Super-Mulher, heroína que nos prendia à televisão só para a ver mudar de roupa (era às voltas, lembram-se?); O Barco do Amor, que apesar de agora reposto na Sic Gold, não é a mesma coisa. Naquela altura era actual ...
E para acabar a lista, a mais clássica de todas as séries, e que marcou mais gente numa só geração: O Verão Azul.
Ora bem, quem não conhece o Verão Azul merece morrer. Quem não chorou com a morte do velho Shanquete, não merece o ar que respira. Quem, meu Deus, não sabe assobiar a música do genérico, não anda cá a fazer nada.
Depois há toda uma série de situações pelas quais estes jovens não passaram, o que os torna fracos. Ele nunca subiu a uma árvore! E pior, nunca caiu de uma. É um mole. Ele não viveu a sua infância a sonhar que um dia ia ser duplo de cinema. Ele não se transformava num super-herói quando brincava
com os amigos. Ele não fazia guerras de cartuchos, com os canudos que roubávamos nas obras e que depois personalizávamos. Aliás, para ele é inconcebível que se vá a uma obra.
Ele nunca roubou chocolates no Pingo-Doce.
O Bate-pé para ele é marcar o ritmo de uma canção.
Confesso, senti-me velho ...
Esta juventude de hoje está a crescer à frente de um computador. Tudo bem, por mim estão na boa, mas é que se houver uma situação de perigo real, em que tenham de fugir de algum sítio ou de alguma catástrofe, eles vão ficar à toa, à procura do comando da Playstation e a gritar pela Lara Croft. Óbvio, nunca caíram quando eram mais novos. Nunca fizeram feridas, nunca andaram a fazer corridas de bicicleta uns contra os outros.
Hoje, se um miúdo cai, está pelo menos dois dias no hospital, a levar pontos e a fazer exames a possíveis infecções, e depois está dois meses em casa a fazer tratamento a uma doença que lhe descobriram por ter caído. Doenças com nomes tipo > "> Moleculum infanticus> " , que não existiam antigamente.
No meu tempo, se um gajo dava um malho (muitas vezes chamado de > "> terno>) nem via se havia sangue, e se houvesse, não era nada que um bocado de terra espalhada por cima não estancasse. Eu hoje já nem vejo as mães virem à rua buscar os putos pelas orelhas, porque eles estavam a jogar à bola com os ténis novos.
Um gajo na altura aprendia a viver com o perigo. Havia uma hipótese real de se entrar na droga, de se engravidar uma miúda com 14 anos, de apanharmos tétano num prego enferrujado, de se ser raptado quando se apanhava boleia para ir para a praia. E sabíamos viver com isso.
Não estamos cá? Não somos até a geração que possivelmente atinge objectivos aiores com menos idade? E ainda nos chamavam geração " rasca " ... Nós ramos mais a geração " à rasca " , isso sim. Sempre à rasca de dinheiro, empre à rasca para passar de ano, sempre à rasca para entrar na niversidade, sempre à rasca a ver se a namorada estava grávida, sempre à asca para tirar a carta, para o pai emprestar o carro.
Agora não falta nada aos putos.
Eu, para ter um mísero Spectrum 48K, tive que pedir à família toda para se juntar e para servir de prenda de anos e Natal, tudo junto.
Hoje, ele é Playstation, PC, telemóvel, portátil, Gameboy, tudo. Claro, pede-se a um chavalo de 14 anos para dar uma volta de bicicleta e ele pergunta onde é que se mete a moeda, ou quantos bytes de RAM tem aquela versão da bicicleta.
Com tanta protecção que se quis dar à juventude de hoje, só se conseguiu que 8 em cada dez putos sejam cromos.
Antes, só havia um cromo por turma. Era o tóto de óculos, que levava porrada de todos, que não podia jogar à bola e que não tinha namoradas.
É certo que depois veio a ser líder de algum partido, ou gerente de alguma empresa de
computadores, mas não curtiu nada.
Hoje, se um puto é normal, ou seja, não tem óculos, nem aparelho nos dentes, as miúdas andam atrás dele, anda de bicicleta e fica na rua até às dez da noite, os outros são proibidos de se dar com ele.
Todo o Homem tem um preço, nem que seja uma lata de atum
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