Dividendo do BCP escala no “ranking” dos mais atrativos da banca europeia

[Cem pt]

Hoje no BCP o rating emocional de curto prazo voltou a baixar, entrando em terreno pessimista; em paralelo a volatilidade baixou pela primeira vez desde 19 de Fevereiro…o quê?!

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“Cem, tás bom da cabeça? Vives noutro mundo? Já viste em que data a última pessoa interveio aqui no teu tópico? Então vai ver… puxa, foi o amigo Skblz em 1 de Março! Que conclusões tiras? Pois, ninguém te liga!”

“Eh pá, ouve lá, mas quem é que se vai importar com indicadores esquisitos a que resolveste chamar de “emocionais”? Baza daí, vive a vida, cai na real, hoje podes tirar uma folga…”

Obrigadinho.

“Calma, querias o record do post mais longo, não era? Pois tens aqui uma boa oportunidade de o bater, atira-te a ele.”


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América Latina, Venezuela.

Caracas, 6 horas da tarde:


Vislumbro a avenida em baixo pela janela do edifício onde se encontra o meu escritório.

Já não se veem pessoas na rua, com a insegurança que reina por estes lados a cidade fica completamente deserta a partir do anoitecer que ocorre sempre a partir desta hora.

Esta cidade está pior que Bagdad, as estatísticas do ano passado só na grande Caracas indicavam em média 54 mortos por dia assassinados a tiro por motivos de roubo, assalto e sequestro!

As lojas já fecharam há muito, a partir das 3h ou 4h da tarde o pessoal venezuelano dá o seu dia por terminado sob o pretexto de ter de regressar a casa em segurança, há que fechar um pouco os olhos a este hábito local, a tradição conservadora nesta sociedade tem mais valor que o novo socialismo do século XXI.

A partir desta hora no nosso escritório contam-se pelos dedos duma mão os nacionais que, apesar da sua dedicação, ficam a trabalhar com os portugueses que estão habituados a dar o litro e que só regressam a suas casas em hora noturna bem adiantada.


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Caracas, 9 horas da noite:


Mais um dia de cão terminado, parte dos meus contactos com alguma influência ligada a fontes oficiais pouco progrediu em assuntos pendentes que avançam aos solavancos e outra parte nem sequer ligou às chamadas insistentes de telemóvel. Um dia pouco produtivo, tenho de reconhecer!

Paciência, este é um país em que temos de nos adaptar ao ritmo quente e lento do Caribe e não aos nossos desejos, diria que estamos mais perto de uma África nos métodos e na forma de ser, sem menosprezar os seus habitantes, do que numa Europa disciplinada e com regras. Mas enfim, os tugas são um povo que se adapta bem a qualquer forma de vida, nesse aspeto até os próprios locais reconhecem nos portugueses uns tipos que se evidenciam pela forma habilidosa de se desenrascarem!

Os serviços públicos venezuelanos trabalham agora a 10% ou 20% do seu ritmo normal, mesmo que não haja motivos para uma produtividade pública tão baixa os tumultos, as barricadas de rua, a necessidade de se abastecerem de bens básicos de alimentação e a turbulência da situação escaldante na “calle” são razões suficientes para justificar ausências ao trabalho que não podemos deixar de levar em conta.

Baixo à cave do estacionamento dentro do prédio do escritório, pego no Cherokee blindado e de vidros fumados, para preservar que alguém de fora identifique quem vai na viatura, e pratico o ritual diário que aqui é regra básica de segurança: trancar todas as portas e fechar todos os vidros. Pé no travão, mudança automática no “park”, que por estas bandas os carros de mudanças sincrónicas quase não existem, é quase tudo de mudanças automáticas e pela primeira vez na vida tive de me habituar a conduzir nesta modalidade, e dar à chave. Motor a trabalhar, passar mudança para “drive” e aí vou eu a subir a rampa que dá acesso para a rua.

O carro que a empresa me distribuiu é “sui generis”, na altura ainda perguntei porque motivo tinha de ser um jeep e a resposta foi a de que por estes lados quase 50% das viaturas que por aqui circulam têm de ser compactas e seguras, para isso nada melhor que um todo-o-terreno. Além do mais os gastos exagerados destas viaturas em combustível nada representam em custos neste país: encher o depósito completo do Cherokee não custa mais que 5 cêntimos de Euro (!!!) à cotação do Bolívar paralelo ou cerca de 0,50 Euros à cotação do Bolívar oficial, em qualquer dos casos a gasolina por aqui pode-se considerar um produto quase oferecido, à borla. Sempre que abasteço nem sequer tenho coragem de pedir fatura de gasolina para apresentar na empresa porque pago mais de gorja ao gasolineiro que pelo depósito cheio, até se iam rir se tal fizesse!

Felizmente que o bairro da casa onde habito é relativamente próximo do escritório, em geral não demoro mais de 10 minutos no percurso.

Claro que para conseguir fazer o percurso neste tempo tenho quase sempre de transgredir: circular em velocidade acima da média permitida e passar nos vermelhos das diversas ruas e avenidas que tenho de percorrer como se tais sinais não existissem. Parar no tráfego noturno é ser inconsciente, podem estar sempre uns tipos escondidos à coca em motorizadas prontos a assaltar, para isso é bom saber que os vidros do jeep em caso de assalto aguentam pelo menos 4 ou 5 impactos de bala de pistola calibre 32 antes de estilhaçarem, do mal o menos.

Antes de sair tive de recorrer ao telemóvel para consultar uma App importante no Twitter que permite saber em tempo real os obstáculos existentes de ruas encerradas ou com impedimentos no município de Chacao por onde circulo.

Esta é a zona da cidade onde vivem os estrangeiros e a classe alta e média alta venezuelana, onde existe também a maior densidade de clubes privados exclusivos onde se vive num país diferente dentro doutro país aos fins de semana.

É obviamente o local onde a oposição ganha eleições com maiorias confortáveis e por isso não admira que seja aqui a zona quente onde os oposicionistas se concentram nas suas marchas, manifestações e iniciativas contra o governo. Paradoxalmente é a zona mais segura de Caracas, por ser vigiada por câmaras de segurança todo o dia e por possuir a melhor e mais bem paga polícia municipal da cidade, a “Polichacao”, mas quando toca a enfrentar os populares que se manifestam esta polícia afasta-se, não só por ter apenas armas de fogo para dissuadir eventuais assaltantes mas porque iria reprimir os elementos da oposição que lhes pagam no seu município para atuar. Para fazer frente aos opositores o Governo usa uma entidade diferente, a GNB / Guardia Nacional Bolivariana, que está organizada a nível nacional e que se supõe ser o maior sustentáculo policial de proteção do “chavismo”.

Pois, deixem-me rever mentalmente, Altamira e Palos Altos estavam interditos, são as zonas quentes dos confrontos noturnos, juntamente com o bairro vizinho da Castellana, onde a Guardia e estudantada treinam ao cair da noite a pontaria num ritual quase diário de correrias, pedradas, “molotovs”, “perdigonazos” e bombas lacrimogéneas.

Tal como suspeitava, a GNB tinha trancado todos os acessos principais da grande avenida Francisco de Miranda que davam ligação ao bairro onde resido. Paciência, havia que dar a volta por Las Mercedes.

Para mim já não era novidade deixar de passar nessa zona chique, e gira também, porque Altamira detém muitos dos bares e restaurantes da moda da cidade que tiveram de encerrar à força nesta época “quente” da turbulência dos “trancazos”, agora parece uma zona de guerra urbana de caos total pejada de pedras e obstáculos de restos de barricadas feitos com os objetos mais estranhos que possam imaginar, que a Guardia a muito custo procura libertar nas manhãs seguintes através de pequenos corredores que deixam uma via estreita de passagem de fila única e vagarosa para os carros que se atrevem a circular por essas zonas de batalhas campais de véspera: ruas e avenidas com barricadas recentes de quase 100 em 100 metros cheias de sacos de lixo, carros abandonados, frigoríficos estragados, arame farpado, montes de terra e pedras, troncos de árvores, até piscinas de plástico, vale tudo!

Tive de dar uma volta maior e mesmo assim ainda apanhei uma zona imprevista de barricadas da oposição que o App não me sinalizou, o que me obrigou a voltar por outro caminho e a dar de caras com um controlo da GNB que me deixou passar sem problema.

Para isso tive de circular em baixa velocidade a 5 km/h quando passei junto à Guardia, vestida de verde e negra, fiel ao Governo de esquerda e sempre pronta para atuar em nome da defesa da revolução. Os guardas antimotim nestas alturas dos tumultos andam sempre equipados com armas de fogo, escudos, viseiras, capacetes e proteções de corpo inteiro anti-bala. Ao passar pelo controlo tive de entreabrir a janela para identificarem se quem ia ao volante era alguém da oposição procurado com mandato de detenção. Quem tenta passar sem baixar o vidro arrisca-se a levar um balázio. Tudo bem, siga!


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Caracas, 9h 20m da noite:


Finalmente, chegada a casa. Novo contratempo, o comando automático da garagem para abertura do portão metálico não funcionou, se calhar as pilhas estão fracas.

Deixar o carro no exterior não é opção, se tal fizesse o mais natural era ter o carro assaltado e sem rodas e jantes no dia seguinte. Além do mais sair do estacionamento exterior até à porta de casa era correr um grande risco, potenciais assaltantes ou sequestradores podiam estar a observar nas imediações, tinha de dar sempre uma corrida de uns 50 metros em 10 segundos para chegar à porta principal e avisar o segurança da cabina de vidro protegida à entrada para abrir a porta principal, uma operação que aqui é um risco permanente, se efetuado à noite, mesmo nas áreas mais protegidas da cidade, como é a zona selecta de Chacao.

Que fazer? Não havia escolha, tive de parar o motor, sair do carro por uns segundos e apontar o comando encostado ao lado de fora da garagem e, ufa, a engrenagem abriu o portão. Nova corrida para o jeep, trancas imediatas, motor a trabalhar e descer pela garagem ao piso -3 do posto reservado de estacionamento.

Mais um dia quase a terminar, felizmente também mais um que acabou sem contratempos à integridade física.

Parece que hoje foi um dia pacífico lá fora, nos confrontos das barricadas só se registaram 12 feridos até agora e os mortos do dia por assaltos registaram-se quase todos nos bairros problemáticos onde ninguém se atreve a entrar: Catia, El Limón e Petare, “business as usual”!

Subo num dos elevadores da garagem para o meu andar, entro em casa e ligo a televisão, pratico o meu ritual diário a ver as notícias dos 2 lados.

Os jornalistas dos canais do Governo anunciavam novas tentativas dos fascistas em querer destruir edifícios e serviços públicos incluindo autocarros e estações de metro. Estavam a entrevistar a presidente da “Fiscalia”, ou o equivalente à nossa Procuradoria da República, a justificar a detenção de mais um grupo de 20 perigosos paramilitares vestidos à civil, acusados de atuar em distúrbios à ordem do grupo direitista radical sob a influência de um dos líderes da oposição “fascista” que dá pelo nome de Leopoldo López. Parece que já vivi estes tempos na altura do PREC em Portugal, adiante!

Mudo de canal para a CNN em espanhol e vejo uma parte da entrevista de uma conhecida deputada da oposição, Corina Machado, a cascar na violência que a GNB exercia de forma desproporcionada sobre estudantes universitários detidos quando exerciam os seus direitos de cidadania de manifestação pacífica contra decisões do Governo, a sua política económica da cotação da moeda local contra o dólar, a escassez de bens nos supermercados e os tempos que se perdem em “colas” ou bichas para tudo, seja no tráfico automóvel, neste caso com a dificuldade em chegar aos locais de trabalho e a outros compromissos exteriores a horas decentes, seja nos serviços públicos ou na compra de comida.

Já vi este filme todos estes dias, não descobri aqui nenhuma novidade nesta troca de acusações permanentes de blocos inconciliáveis. Como vai isto terminar? Não sei e tenho raiva de quem queira saber!

Que pena, um país tão bonito, cheio de potencial e coberto de reservas gigantescas de petróleo e gás natural, nem sabem a sorte que têm!


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Caracas, 9h 45m da noite:


Ligar a esta hora para Portugal era impensável. Em Lisboa seriam umas 2h 15m da manhã e estava tudo a dormir. Para saber notícias da família tive de ligar durante o dia do escritório para saber se estava tudo bem, felizmente que pelo nosso país as notícias eram como sempre calmas e mais ou menos rotineiras.

Estava tudo excelente de saúde e a minha filha tinha acabado de chegar do clima gelado de Varsóvia, depois de terminar a fase do Erasmus do 3º ano de Gestão da Católica. A minha mulher, coitada, tem sido extraordinária em lá continuar de forma estoica em Portugal. Aí tem de gerir a empresa totalmente dela de consultoria em Lisboa, Porto e Coimbra. Não abandonou os seus empregados, no fundo ela sabe ter uma responsabilidade social que não pode deixar de cumprir embora eu saiba que o seu maior desejo era fechar temporariamente o negócio e vir ter comigo para Caracas. Além do mais acabava de montar uma delegação de serviços no setor da qualidade, segurança e ambiente junto de vários serviços públicos em Cabo Verde, arriscou na exportação de serviços quando sentiu que em Portugal o setor estava a ficar com menos clientes e felizmente as coisas correram-lhe bem, em poucos meses acabou por ganhar vários contratos que tornaram a empresa dela líder do mercado no seu ramo na Cidade da Praia.

Família separada = um sacrifício duro que tivemos de assumir. Saudades, muitas obviamente!

As notícias que chegam da política interna tuga não deixam de ser a rotina do costume: mais medidas de austeridade em preparação pelo Governo e o PS a querer desmarcar-se mas sem ter medidas concretas para apresentar como alternativas sérias ao estado quase vexatório como a classe política deixou e vai deixando os portugueses que por lá ficaram no país distante.

Senti-me relaxado e se calhar menos indignado do que na altura em que deixei Portugal há dois anos atrás, talvez estivesse só a olhar de forma injusta para o meu caso pessoal. Pelo menos cá fora no estrangeiro deixei de ser “chulado” pelo fisco português, lá pela santa terrinha mais de metade do que ganhava ficava no Estado, aqui fora no estrangeiro por estas bandas, não será regra geral mas ficará lá próximo, ganham-se quase 3 vezes mais e pagam-se 3 vezes menos impostos. Não me posso queixar, fui bafejado pela sorte na altura própria quando a empresa onde trabalhava me “convidou” em boa hora a sair para outro país.


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Caracas, 10h da noite:


Um banho rápido de chuveiro de água morna e mudança de roupa para um traje mais informal: escolha de uma t-shirt pendurada no armário, vinda do monte de roupa suja que na véspera deixei para a mulher- a-dias agrupar na lavadora-secadora de casa e passar a ferro em seguida; escolhi também umas calças de pijama curtas e umas havaianas brasileiras que para andar aqui à vontade à noite são confortáveis e dão um jeitão.

Saboreei um jantar rápido dos restos de uma lagosta cozida, cortada em medalhões e com molho de maionese, que tinha comprado no restaurante basco de peixe a que fui ao almoço, para levar para casa à noite naquelas caixas de alumínio de comida preparada para o efeito. Hoje já me tinha decidido a não cozinhar o meu jantar. Louça passada por água e máquina de lavar com ela, felizmente que esta semana consegui arranjar pastilhas de lavagem apropriadas numa altura em que só tinha uns restos que me davam para mais 3 aplicações, um pequeno milagre, mas se tivesse de lavar com água da torneira e detergente normal, tudo bem na mesma!


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A minha curiosidade agora residia em saber como tinha terminado o dia dos mercados na Europa e nos States e saber o veredito do sistema de trading.

Apesar de ter muitos anos com rotinas diárias de pôr à noite a correr os programas de computador dos mercados financeiros, continuo a parecer um miúdo a abrir as prendas do pai natal para ver como me vou divertir! Tenho sempre a expetativa de encontrar uma surpresa de sinais inesperados mas acima de tudo continuo apaixonado por este mundo fascinante dos mercados e para onde os seus preços se dirigem, onde corremos riscos medidos mas conscientes, desde que isso possa ser visto como forma de extrair vantagens probabilísticas de aumentar o valor da nossa carteira, enfim, nem sempre se consegue mas a prazo estamos quase sempre lá.

Abri o meu portátil caseiro e felizmente hoje não tive problemas de ligação de banda larga à internet. Ultimamente de vez em quando falta a net, não sei se é do responsável do “provider” ou se é por motivos ligados aos tumultos, também não quero saber.

Hoje tinha rede e por isso estava tudo bem, uau! Fiz o download das cotações dos componentes da minha carteira “Emocional” e agora só me faltava pôr a trabalhar o sistema de trading para saber o que fazer no dia seguinte em cada um dos papéis.

Caramba, o calor dentro de casa estava a ficar insuportável, vou fazer um pequeno intervalo e a seguir logo vejo o que me diz o “Emocional 2014”. Desliguei o computador e guardei-o de novo na maleta do Toshiba.


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Caracas, 10h 30m da noite:


A noite de Caracas estava mais quente que o habitual, pus a funcionar o ar condicionado nos 20º graus e mesmo assim senti que a casa continuava quente. O apartamento deve ter acumulado sol demais durante o dia e o ar ficou quase irrespirável, era bem melhor aproveitar o clima fantástico lá de fora desta cidade bafejada pela primavera permanente durante o ano inteiro.

Como? Ir para o exterior com esta insegurança? Não, simplesmente aproveitar a prisão de luxo do condomínio.

À volta de todo o condomínio há um muro protegido por câmaras de vídeo e rede de arame eletrificado para não deixar que ninguém salte lá para dentro, para além de haver sempre um guarda de segurança privado armado.

No amplo jardim lá de fora existe ginásio com aparelhos e sauna e, melhor ainda, uma piscina ótima, de água mais quente que a temperatura ambiente, rodeada de guarda-sóis e cadeiras de recosto de praia, incluindo toda uma área de banda larga livre onde podemos levar os portáteis e relaxar nas calmas a navegar na net.

Mudança rápida das calças do pijama para fato de banho, toalha de banho aos ombros, pegar na maleta do portátil e ala para a piscina.

O ar cá fora estava quente e sentia-se um leve cheiro esquisito proveniente de algum fumo disperso que era facilmente identificável com restos ténues de gases lacrimogéneos que a GNB tinha lançado nesta noite mais uma vez para dispersar os manifestantes noturnos da oposição. De onde em onde ouviam-se os estampidos dos tiros da Guardia ao longe na guerrilha das barricadas, o hábito desta rotina faz com que a gente que aqui vive já nem ligue, tornamo-nos uns verdadeiros insensíveis a estes tristes acontecimentos que parecem intermináveis e fazem já parte do dia-a-dia.

Tirando isso a temperatura estava nos 27º e era magnífica para um convite irrecusável a umas braçadas relaxadas na piscina deserta iluminada.

Depois de uma seca rápida com a toalha sento-me numa das mesas e abro de novo o computador, corro o sistema de trading e nada de especial a assinalar: manter as eternas posições compradas nos diferentes papéis da carteira, exceto no Banif onde estou neutro; na componente oscilatória reparei que esta correção que hoje se sentiu mais no setor bancário aproximou o programa da possibilidade de a curto prazo poderem ser disparados mais alguns sinais de compras nesta modalidade. Pois se tal acontecer cá estaremos prontos a dar ao “gatilho”, ou como quem diz, a introduzir as respetivas ordens.

Como não tinha nada a reportar ao pessoal, porque tudo continua igual, entretive-me em seguida a atualizar a leitura de outros tópicos imperdíveis do Caldeirão.

Pois claro, deixa cá ver o que vomitou hoje aqui no “PARA TUDO” este impagável do repórter de guerra em que se transformou o Mech, vá lá hoje não falou daquele famoso almoço no Tromba Rija e das figuras tristes que lá fizemos.

Siga, a curiosidade das estratégias e do seguimento de carteiras de outros colegas destas lides: o Zeca continua em grande, tá um mestre nas mudanças de direção; olha-me este “caramelo” do Sniper, como é que ele que não fazia mal a uma mosca e com esta figura de urso de peluche avermelhado só com umas obrigações com maturidades esquisitas bate o meu método? “Cem, disse cá para comigo, cala-te mas é e aprende coisas novas, afinal andamos aqui a espiolhar essencialmente para melhorar o que nós próprios fazemos, não é? Pois, prometo olhar com atenção para este assunto das obrigações, afinal isto é assunto que tá mesmo a bombar.”

Este outro sim, dá-me cabo da cabeça, para já é muita areia este método novo com volumes e “value zones” de negociar o S&P em “intra day” do Arnie, que me anda a espicaçar a curiosidade, será que ele está a ganhar uma pipa de massa? Ele não revela essas coisas mas cá para mim qualquer dia aparece aí com um Ferrari novinho em folha. A propósito de bombas automóveis, por onde andará a estas horas o César Borja e o seu Porsche, bons e saudosos tempos de outro “site” concorrente e de alguns almoços que fizemos nos restaurantes da praia do Guincho.

E dos outros meus amigos, pois, não posso falar em todos mas tenho de referir alguns, a começar pelo Bogos e daquelas viragens de swing doidas contra a tendência, ganda maluco! Um tipo super fixe e muito humilde, do melhor que há; eh pá, Bogos, dá-lhe com força que eu torço a sério para que tudo de bom te aconteça, o que vale é que aquele método tem mesmo muito potencial na vertente oscilatória vista de forma isolada, podia ser melhor se desse mais peso à trend, mas pronto, ele lá ganhou aquela teimosia de não ligar muito à tendência, mas ok, agora estou mais descansado porque ele já me prometeu que vai lá pôr qualquer coisa para 2015, cá estamos para ver!

Agora temos de ver também com atenção o Pitchfork do Alquimista, este malandro que apareceu pelo fórum sabe mais do que aquilo que diz, de certeza que nos conhecemos do passado mas mais do que o canal espero que comece também a dar as suas dicas da “minha bola de cristal diz que …”, como prometeu com o outro nick. Dale duro, compañero!

Olha, temos nova “bond girl” no Caldeirão. As cartas à CIA desta Maria João, que é nova por estas bandas, ainda vão desembocar no James Bond. E já agora, por falar nas raparigas do Caldeirão, onde andam as minhas velhas amigas da Patarocas, já não anda de vassoura em punho a pôr os homens em sentido, e da Reason, essa brasa que qualquer sogra gostaria de ter como nora? Mech, não me enganas, pá! Ver novas mensagens delas neste “site” é como encontrar agulhas num palheiro. Siga!

Bem, deixa-me cá espiolhar umas coisas mais naïfs, pois exato, as intervenções no tópico do comatoso do Banif que me fazem sempre questionar os motivos psicológicos e mais profundos de atração pelos quais as ações super baixas se revelam sempre tão chamativas para quem cá anda há pouco tempo, “Banif só vendo a 0,03 ou 0,04 no mês que vem, só podem subir; e não podem descer? Não, já estão tão baratas que aquilo não pode descer mais. Fogo à peça, pois então!”, onde e quantas vezes já vimos esta mesma história no passado com outros nomes? Quem sabe, se calhar um dia também lá vou molhar a sopa, o melhor é não falar antes de tempo!

Inclusive até fui espreitar se o almoço do Caldeirão poderia ou não coincidir com uma data de ida esporádica a Portugal, saudades do pessoal e de todo o grupo do fórum, estou a ficar demasiado remeloso.

Até que cheguei a uma mensagem do Ulisses onde ele diz que volta a vestir o fato de micha se o PSI-20 vier abaixo dos 6300 / 6400 pontos. Estava eu a pensar cá para comigo “Caramba, eu aqui sem ideias sobre o que escrever, e afinal está aqui uma coisa gira para falar no tópico, porque não pôr o “Emocional” a vomitar os números a que fecharia o nosso índice as posições compradas e compará-los com os do Ulisses? Se calhar era um assunto giro.”

Estava eu embrenhado nestes pensamentos sobre o PSI à beira da piscina quando acaba de chegar aqui e sentar-se, olha quem, mesmo no guarda-sol ao meu lado, uma das minhas vizinhas solteiras, ou divorciadas porque esses detalhes a gente também não pergunta, do prédio. Uma daquelas boazonas sobre quem é difícil não estar sempre a deitar o olho!

Se as venezuelanas são conhecidas por alguma coisa é pela forma como chamam a atenção dos homens, e se chamam! Arranjam-se como ninguém para as noites e obviamente não passam despercebidas.

Esta por acaso até é muito simpática, e não só (!), e já não é a primeira nem a segunda vez que mete conversa comigo. Trazia um biquíni daqueles super reduzidos, é o normal por aqui, e tenho a certeza, esta é daquelas que não enganam ninguém quanto aos implantes da parte superior do corpo que faz gala em deixar bem à vista!

Vaya, como consigo resistir? Logo na altura em que estava a ler a crónica do Ulisses sobre a continuação do “bull market”?! Bem, lá tive de esquecer o “bull” por uns minutos porque a miúda foi-se logo plantar meia deitada na cadeira de espreguiçar num ângulo frente ao sentido para onde eu estava virado!

Amigo Ulisses, sorry, não pude ligar mais à tua crónica do JN porque outros valores mais altos se levantaram!

Estas chicas quando ainda por cima sentem que do outro lado está alguém que é estrangeiro fazem umas deduções rápidas, mais depressa que as loiras, e cheira-lhes logo a cifrões e a outro tipo de histórias que não vou aqui revelar. Há que ter cuidado para não escorregar, refiro-me à esparrela que elas armam e não ao chão da piscina.

Bem, como podem ver abaixo lá tive de ser simpático e dar mais uma nega, custa mas tem de ser. Realmente gosto muito de preservar a minha relação de confiança absoluta familiar, longínqua que seja, mas que ainda assim é um desafio engraçado que tenho um prazer enorme em manter e que nos faz sentir bem connosco próprios, para evitar a todo o custo aventuras que podem acabar mal!

“Qué tal, estás bueno, te gusta Venezuela y las venezolanas?”
“Sí, como non, Venezuela un país maravilloso, lástima la inseguridad, y las mujeres, cautivan cualquier uno, non? Bellísimas ustedes, las chicas más guapas están aquí, verdad?”
“Bueno, sí, aquí tenemos muchas ganas conocer otras culturas, otros costumbres, tienes tu número de celular para charlar un poco?”
“Non, desafortunadamente mi móvil está estropeado, a arreglar en una tienda en el centro comercial, lo siento que no me recuerdo su número.”
“Tranquilo, te gusta un trago? Tengo un whisky en mi apartamento, lo he comprado por una amiga que ha venido de Aruba esta semana.”
“Amiga vecina, imposible hoy, un programa chévere pero mi mujer está acá, un día nos vemos otra vez. Tchau, encantado verte, cuidate.”
“Tchau, hasta luego, nos vemos.”

Enfim, um totó este Cem, pensarão muitos!


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Caracas, meia-noite:


Que seca, então hoje não vou dizer nada outra vez no meu “tópico” do “Emocional”? Parece que não, se não há mudanças nas posições das ações da carteira para quê estar a chatear o pessoal com um texto como este só para encher chouriços?

Pois tomem lá com esta longa exposição que não adianta muito em relação à carteira do “Emocional” mas que a mim me deu muito gozo escrever.

Ah, mas então no PSI-20, para responder ou confirmar a dúvida que me levantaram os 6300 / 6400 do Ulisses, o que diz o “Emocional” sobre o final do “bull”? E na carteira, hoje ganhei ou perdi dinheiro?

Pois eu quero lá saber, no sábado se tiver pachorra logo verei depois do que se passar na última sessão da semana, agora quero é dormir e descansar de mais um dia cheio de stress desta vida intensa de uma cidade sitiada em estado de guerra permanente, mañana es otro día!

Ao fundo ainda ouvia o eco de tiros pela janela entreaberta do quarto, comecei a sonhar e um anjo das tentações pareceu-me segredar ao ouvido: “Cem, Cem, és mesmo um ganda totó!...”

Paciência!

[Cem pt]

Uma das possibilidades ontem aventadas no BES concretizou-se no final da sessão de hoje: o registo de um sinal de disparo de compras de reforço oscilatórias.

Na realidade o indicador de rating emocional de curto prazo, com cor azul bold, continua a navegar em terreno negativo, subiu hoje dos -36,6 aos -9,3 pontos, a passar de regime muito pessimista para neutral, contudo sempre abaixo do seu canal natural de evolução que se encontra nesta altura entre os limites dos +100,3 aos +16,0 pontos, tendo portanto a sua volatilidade baixado cerca de 2% o que pode significar que futuras eventuais valorizações não sejam tão intensas como as que se registaram nos últimos 2 meses.

O indicador de cor verde vertical situado no gráfico dos indicadores regista uma percentagem máxima de compra de 38,36%, em relação ao total do capital alocado à componente destinada aos swings.

Desta forma para amanhã será dada uma ordem de compra, para a quantidade de 2/3 do percentual atrás citado, ao preço limite marcado com a cruz “X” verde a 1,378 e o restante 1/3 ao preço de fecho de hoje aos 1,392.

Já no que respeita ao indicador de rating emocional de médio prazo, que comanda as tendências dominantes do sistema, que pode ser localizado através da linha em branco bold, o seu valor manteve-se quase inalterado da última sessão para a atual dos +11,2 para +11,4 pontos, em terreno otimista, antevendo uma tendência relativamente estabilizada embora pudesse estar melhor se voltar a reentrar no seu canal de evolução natural acima dos +16,0 pontos.

[Cem pt]

Terminada mais uma quinzena, abaixo fica o gráfico com os resultados obtidos até agora na carteira do “Emocional 2014” de acordo com as regras arbitradas, através da sua "equity line".

Obviamente que uma expetativa realista daqui em diante será esperar por uma descida na pendente média da rentabilidade obtida, que nesta altura se encontra nos 10,92%.

O motivo desta descida de expetativas deve-se ao facto do sistema marcar à data presente um rácio de eficiência entre ganhos e perdas muito acima do normal de 18,08 contra um valor esperado de 2,80 e de 21% de retorno anual obtidos em testes de vários anos com o sistema de trading.

[Cem pt]

9ª Componente da carteira: EuroDollar

Temos neste câmbio um canal muito estreito de evolução dos ratings emocionais, entre os +7,4 e os +1,2 pontos, o que significa que a volatilidade no BES é cerca de 13,8 vezes superior à do EurUsd, o que significa que o EuroDollar é um papel do tipo quase “parado”. Mas que tem tendência, pode não parecer mas tem!

Os ratings emocionais comportam-se assim, face a regimes de volatilidade muito baixa, em regimes quase sempre neutrais pelo que os indicadores do tipo tendencial têm de possuir filtros internos a impedir que pequenas inversões de sentido do EuroDollar possam ser interpretados como mudanças tendenciais.

O rating de curto prazo subiu desta forma de +2,2 para +4,3 pontos e o de médio prazo evoluiu de forma quase inalterada de +2,8 para os +2,9 pontos.

Em todo o caso ambas as escalas mantêm-se dentro do seu canal natural pelo que tudo se mantém inalterável: tendência ascendente estável e nenhuns sinais à vista no setor da componente oscilatória.

[Cem pt]

8ª Componente da carteira: futuros de Soybeans / Soja

Temos neste caso um canal de evolução natural os ratings emocionais com limites entre os +33,7 e os +5,4 pontos, cerca de 33% da volatilidade registada no BES.

A Soja encerrou em baixa mas os ratings emocionais evoluíram em sentidos opostos, no curto prazo desceram de -4,0 para -7,6 pontos mas no médio prazo subiram ligeiramente de +5,7 para +5,9 pontos, com um regime emocional neutral em ambas as escalas.

Mantendo-se o indicador de médio prazo dentro do seu canal de evolução natural significa que se pode para já confiar na manutenção da tendência ascendente na Soja.

Por outro lado a evolução do rating de curto prazo abaixo do seu canal natural aponta para a possibilidade de poderem surgir a todo o momento ordens de compra em swing.

[Cem pt]

7ª Componente da carteira: futuros do Crude Oil / Petróleo

Curiosamente disparou um sinal de compra de reforço em swing correspondente a um total de 38,44% da sua componente oscilatória, o que na prática significa que vão ser dadas na próxima 2ª feira 2 compras, uma ao preço de fecho de 6ª feira nos 99,05 Usd/barril e outra, a maioria da ordem, ao preço de 98,13 Usd/barril, conforme mostra o sinal “X” de cor verde no gráfico das cotações.

O seu canal de evolução natural dos ratings emocionais encontra-se nesta altura entre os +35,6 e os +5,7 pontos, com um percentual de 35% da volatilidade que se verifica no BES.

O rating emocional de curto prazo subiu dos -29,7 para os -15,7 pontos, evoluindo num clima pessimista.

No médio prazo o indicador ascendeu dos -4,5 aos -1,3 pontos, a manter-se em regime neutral.

Ambos os prazos mantêm-se abaixo do seu canal natural pelo que se pode concluir que a confiança na manutenção de uma tendência ascendente está posta em causa analisando a leitura dada pelo rating de médio prazo, basta ver igualmente a ascensão significativa da linha preta dos preços de fecho das posições compradas, e por outro lado, ao observar o indicador de curto prazo, podemos continuar a assistir ao disparo de mais sinais de compras na componente oscilatória nas próximas sessões.

[Cem pt]

6ª Ação da carteira: TDSA

Canal de evolução natural dos ratings emocionais nesta altura entre os limites de +39,6 e +6,3 pontos, cerca de 39% menos volátil que o BES.

O rating emocional de curto prazo desceu dos +11,6 para os -3,7 pontos, passando desta forma de um clima otimista para neutral.

No que respeita ao médio prazo o rating manteve-se dentro do seu canal de evolução natural embora o seu valor tenha baixado dos +12,5 para os +8,7 pontos, de otimista para neutral tal como aconteceu com a escala de curto prazo.

Podemos assim estar próximos de um cenário favorável para o aparecimento de compras do tipo oscilatório, enquanto que a tendência ascendente permanece estável à data presente.

[Cem pt]

5ª Ação na carteira: CTT

Esta ação encontra-se apenas comprada em metade das posições tendenciais previstas, pelo facto do seu gráfico semanal possuir um número de sessões insuficiente que possa gerar conclusões fiáveis no que concerne ao longo prazo.

O seu canal de evolução dos ratings emocionais evolui nesta altura entre os +32,4 e os +5,2 pontos, representando uma volatilidade de cerca de 32% em relação à que ocorre no BES.

Para não variar do panorama geral verificou-se que, apesar dos CTT terem encerrado em baixa, os ratings emocionais subiram nos dois prazos que nos interessam.

Desta forma o rating emocional de curto prazo melhorou a sua leitura de -7,0 para -3,4 pontos e o rating emocional de médio prazo ascendeu dos -0,3 para os +0,6 pontos, mantendo-se em ambos os casos num clima neutral.

O facto de ambas as escalas emocionais se encontrarem abaixo do seu canal natural de evolução significa que podemos estar próximos de um sinal oscilatório de compra e de estarmos perante uma tendência ascendente nesta altura em regime de alerta, ou seja, pouco confiável.

Neste último caso é significativa a constatação do preço referencial de fecho das posições tendenciais, que pode ser observado através da linha preta que evolui por baixo das cotações e que se assemelham bastante a trailing stops, se ter aproximado dos níveis das cotações de uma forma muito significativa, se compararmos com a situação que se verificava nas duas semanas anteriores.

[Cem pt]

4ª Ação da carteira: Banif

Chamo mais uma vez a atenção que este papel não está comprado na carteira pelo facto da sua tendência semanal continuar com pendor descendente.

Os dados abaixo analisados resultam apenas da leitura do sistema de trading no gráfico diário.

O seu canal de evolução dos ratings emocionais é muito baixo, nesta altura está compreendido entre os +27,0 aos +4,3 pontos, o que significa uma volatilidade que representa cerca de 26% quando comparada com a do BES.

A cotação não sofreu alteração nos fechos de 5ª e 6ª feira, no entanto os ratings emocionais evoluíram no sentido positivo.

Assim, no curto prazo registou-se uma subida de -8,9 para -0,7 pontos, mantendo-se em regime neutral.

No médio prazo o rating emocional subiu de +4,6 para +8,3 pontos, mantendo-se num clima neutral.

Na verificação dos ratings emocionais dentro ou fora do seu canal de evolução podemos concluir que a tendência ascendente continua estável, apenas resultante de uma leitura no seu gráfico diário, e que existe uma pequena possibilidade de podermos estar perante uma oportunidade de reforçar compras em swing, embora o facto do rating emocional de curto prazo se encontrar muito próximo do limite inferior do seu canal de evolução possa evitar que tal sinal de compra venha a ser assinalado pelo programa.

[Cem pt]

3ª Ação da carteira: BES

Temos neste caso um canal de evolução dos ratings emocionais entre os +102,2 e os +16,3 pontos, o que implica uma volatilidade perto de 7% superior à do BPI.

No curto prazo o rating emocional, apesar da cotação ter descido de 5ª para 6ª feira, subiu de -45,1 para -36,6 pontos, num clima muito pessimista.

Da mesma forma o rating emocional de médio prazo subiu igualmente de +7,9 para +11,2 pontos, passando de um clima neutral para otimista.

Face ao comportamento do rating de médio prazo, a evoluir abaixo do seu canal de evolução natural, podemos concluir que o programa desconfia de alguma forma da confiança em manter posições tendenciais compradas no BES, embora o facto de se encontrar ainda em terreno positivo seja também um motivo para não nos preocuparmos para já em pensar num fecho iminente das posições compradas.

Já no que respeita ao rating de curto prazo e ao facto de estar a evoluir longe, e abaixo do seu canal natural, pode-se concluir que se espera a muito curto prazo a possibilidade de reforçar posições longas do BES na sua componente oscilatória.

[Cem pt]

2ª Ação da carteira: BPI

O seu canal de evolução natural dos ratings emocionais encontra-se nesta altura entre os +95,9 aos +15,3 pontos, o que em termos de volatilidade significa que o BPI possui nesta altura uma volatilidade cerca de 49% acima da do BCP.

O rating emocional de curto prazo, linha marcada em azul bold no gráfico das cotações, em relação à véspera desceu de +11,6 para -0,2 pontos, passando de otimista a neutro e o rating emocional de médio prazo, marcado em branco bold, desceu ligeiramente de +22,2 para +18,0 pontos, mantendo neste caso o BPI num clima otimista.

Face à constatação de que o rating emocional de curto prazo evolui nesta altura abaixo do seu canal natural, temos de estar atentos a oportunidades que podem surgir a curto prazo em termos de compras do tipo oscilatório.

No que respeita à estabilidade tendencial o facto do rating emocional de médio prazo permanecer no seu canal natural de evolução permite concluir que não há para já nuvens negras no horizonte que apontem para eventuais fechos das posições tendenciais compradas no BPI.

[Cem pt]

1ª Ação da carteira: BCP

O rating emocional de curto prazo em relação à véspera subiu de +1,1 para +11,6 pontos, passando de neutral para otimista. O mesmo indicador na escala de médio prazo subiu de +12,7 para +19,0 pontos, mantendo-se num plano otimista.

Em seguida irei referir-me pela primeira vez ao canal de evolução natural dos ratings emocionais. Se os indicadores de rating emocional estiverem a desenvolver-se dentro deste canal, isso significa que o papel vai prosseguindo o seu caminho de uma forma saudável dentro da sua tendência natural e quanto mais tempo aqui se mantiver maiores serão os ganhos potenciais provenientes de continuar a manter as respetivas posições tendenciais.

No caso dos ratings emocionais se encontrarem acima desse canal significa que o mercado “puxou” demasiado pelas cotações, sendo natural que possa haver uma correção das cotações em baixa a curto prazo para fazer regressar de novo os ratings ao seu canal natural de comportamento.

Finalmente se os ratings emocionais estiverem abaixo do seu canal de evolução natural, poderemos estar em presença de um comportamento que pode originar oportunidades contraditórias: reforçar compras nas bases de swings ou ficar alerta para um próximo encerramento de uma tendência em regime de um possível breakdown. Nestes cenários os ratings emocionais evoluem em geral numa zona compreendida entre todas as escalas negativas (ex: pânico, pessimista) e o neutral. Assim, poderemos estar por um lado em presença de uma boa oportunidade de efetuar reforços de compras do tipo oscilatório, nessa altura aparecem linhas brancas tracejadas no gráfico dos indicadores, ou poderemos também estar próximos de níveis de encerramento das posições tendenciais compradas.

Em geral este canal de evolução dos ratings é proporcional à volatilidade dos respetivos ratings emocionais.

No caso do BCP o seu canal de evolução natural de ratings emocionais encontra-se nesta altura compreendido entre os +64,6 e os +10,3 pontos (linhas amareladas finas no gráfico dos indicadores), pelo que se pode concluir que os ratings emocionais do BCP regressaram esta 6ª feira ao seu canal de evolução natural.

A tendência ascendente continua aparentemente estável e não está em perigo.

Não se prevê também a curto prazo no BCP qualquer aparecimento de sinais do tipo oscilatório que valham a pena aproveitar.

[Cem pt]

No final destas últimas duas semanas tenho deixado um pequeno resumo de orientação sobre alguns níveis importantes em termos de possíveis sinais de disparo, nomeadamente:

1)- A que nível fechará o programa as atuais posições compradas.

2)- A que nível calcula o programa as resistências de médio prazo para eventuais vendas de alívio, da totalidade da componente oscilatória, para a realização das correspondentes mais-valias.

Para esse efeito gostava de vos deixar estas informações em cada ação numa ótica semanal, infelizmente nem sempre será possível por falta de disponibilidade, marcando os respetivos valores nos gráficos correspondentes.

Assim, em resumo, ficam os valores devidamente atualizados, desde já chamando a atenção que todas as ações e futuros da carteira continuam sem alteração com posições compradas na sua totalidade exceto o Banif, que está neutro na carteira por ter a sua tendência semanal ainda com pendente descendente, e os CTT, com apenas metade das posições compradas porque o gráfico semanal regista um número de sessões insuficiente para o sistema de trading registar as informações necessárias:

1) Atual cotação de fecho das posições compradas (entre parêntesis os valores da semana passada):

BCP – 0,1730 (0,1725)
BPI – 1,281 (1,250)
BES – 1,041 (1,010)
Banif – 0,0110 (0,0106)
CTT – 6,88 (6,62)
TDSA – 0,92 (0,93)
Petróleo – 92,03 (88,88)
Soja – 1268,75 (1256,50)
EuroDollar – 1,3563 (1,3518)

2) Atual resistência de médio prazo (entre parêntesis os valores da semana passada):

BCP – 0,2797 (0,2610)
BPI – 2,151 (2,173)
BES – 1,812 (1,816)
Banif – 0,0152 (0,0148)
CTT – 9,19 (9,35)
TDSA – 1,34 (1,31)
Petróleo – 126,18 (129,46)
Soja – 1782,25 (1772,00)
EuroDollar – 1,7270 (1,7118)

Mais à frente, logo que possa, vou tentar deixar um pequeno resumo de cada uma das ações da carteira em termos dos ratings emocionais de cada uma delas.

Fica apenas uma chamada de atenção que o único papel da carteira que na próxima sessão de 2ª feira assinalou uma ordem foi o Petróleo , através de um eventual reforço longo com mais uma compra de reforço em swing.

Nota 1: Nos gráficos abaixo as linhas pretas por baixo das cotações representam as cotações a que o Sistema “Emocional 2014” fecharia as posições tendenciais e oscilatórias compradas e as linhas a vermelho por cima das cotações indicam os níveis das resistências de médio prazo que obrigariam o programa a encerrar (vender) as posições oscilatórias compradas.

Nota 2: Igualmente nos gráficos das cotações os sinais com "X" a verde representam sinais de compra oscilatória e "X" a vermelho assinalam sinais de venda em swing.

[Cem pt]

De facto a previsão no BCP foi um verdadeiro fiasco, ora toma lá para não me armar em bruxo!

A próxima vez o melhor é não ser eu a falar de previsões de cenários tirados da minha cabeça e deixar o programa rolar por si mesmo para indicar o que vai fazer em seguida.

Na realidade os indicadores de rating emocional de curto e médio prazo regressaram aos seus canais normais positivos com valores na casa dos +30 aos +40 pontos, mesmo assim muito otimistas nestes prazos.

Nas restantes ações não se registaram igualmente novidades de relevo, pode-se concluir que tudo continua na mesma, embora nos ratings emocionais de curto prazo, que podem definir pontos de entrada e saída na componente em swing, começam a aparecer alguns sinais de pequenos alertas, o que não significa que se venham a materializar, de possíveis compras a despoletar dentro de poucas sessões no BES e CTT.

[Cem pt]

Amigo Momenta:

Na realidade não consegui reforçar no BPI, nem num preço nem noutro!

Paciência, o mercado certamente propiciará no futuro outras oportunidades, não vale a pena perder mais tempo com estas trades potenciais não executadas, há que partir para outra!


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Entretanto, face à falta de novos sinais na carteira no final da sessão de hoje, creio não estar errado se pensar que a maior curiosidade do pessoal é saber o que poderá este programa dizer o que pode acontecer a curto prazo ao papel mais quente nesta altura da carteira, o BCP, aquele que nesta altura se apresenta em “modo eufórico”.

Para isso fiz aqui alguns exercícios de simulação curiosos.

Assim, para amanhã o programa continua a apontar para a possível continuação de um comportamento eufórico a curto prazo, mais concretamente esperando que um cenário central preveja na sessão do dia 12 de Março um Máximo de 0,2530 e um Fecho próximo dos 0,2505. Bem, adianto que a probabilidade de tal acontecer é evidentemente muito baixa, mas pronto, há que ser também muito otimista!

Se o BCP amanhã efetuar um movimento com a amplitude atrás simulada então, finalmente, o programa conseguirá, ao fim destes dias de boas valorizações, detetar uma resistência interna de curto prazo próxima dos 0,2755. Não me perguntem porquê, não houve necessidade de revisitar antigos suportes reais da cotação, o programa cozinhou-o e pronto, para mim vou ter de “engolir” o novo nível calculado e nem vou discutir mais, será a partir daí que irei ter de negociar futuras vendas em swing.

Insisto, em primeiro lugar será necessário verificar se este cenário se vai ou não concretizar, até pode acontecer que o BCP feche negativo. Aguardemos calmamente!

[Momenta]

Caro Cem
A probabilidade de comprar, hoje, BPI a €1,711 parece ser muito reduzida. Penso que este "pequeno" constrangimento não impede a concretização da ordem ao preço de fecho de ontem, certo?
Belo tópico, parabéns.

[Cem pt]

No final da sessão de hoje o sistema de “trading” fez disparar no BPI um sinal de reforço das posições oscilatórias, através da correspondente barra verde vertical no gráfico dos indicadores, com uma percentagem da componente oscilatória de 11,54%.

O BPI no meio desta euforia da Banca tem passado uma mensagem de papel discreto e pouca gente fala nele, como se pode ver no gráfico quando aparecem as linhas brancas tracejadas que são o terreno propício para reforçar em “swing”. Este tipo de clima discreto ou despercebido pelos “traders” em geral é hoje aproveitado pelo programa para tentar acumular amanhã mais umas ações.

Atendendo a que no dia 24 de Janeiro o sistema comprou no BPI uma percentagem oscilatória de 12,99% da quantidade de capital dedicada à componente dos swings, a valores próximos do suporte de curto prazo calculado na altura pelo programa a 1,462, faz algum sentido acumular ou ignorar a nova ordem, uma vez que entretanto o BPI ainda não se desfez (vendeu) da posição comprada em 24 de Janeiro?

Como resposta à dúvida do parágrafo anterior acrescentarei que este sistema de “trading” segue o conceito da piramidagem oscilatória controlada, tal como expus anteriormente num artigo que aqui publiquei sobre o “Money Management: a Bomba Atómica do Trading”; a resposta é então para acumular e vender apenas quando as regras do sistema estabelecerem o sinal de venda equivalente às percentagens das ordens entretanto compradas.

Assim para amanhã no BPI 2/3 da referida percentagem, de 11,54% do capital destinado aos swings no BPI, deverão ser alvo de uma compra ao preço limite do novo suporte de curto prazo calculado a 1,711 e o restante 1/3 será objeto de compra ao preço do fecho de hoje, ou seja, a 1,747.

Nos restantes papéis da carteira não há registo de quaisquer modificações tendenciais ou oscilatórias.

[Cem pt]

Terminada mais uma sessão de mercados, em que na carteira apenas foi satisfeita uma das ordens de compras oscilatórias previstas no Petróleo, podemos fazer uma comparação com um exercício idêntico realizado na semana passada:

- A que preços fecharia o sistema de “trading” as posições tendenciais compradas nos respetivos gráficos diários? Abaixo ficam as respostas do programa e entre parêntesis os mesmos valores assinalados a semana passada, pelo que podemos concluir que o sistema vai adaptando os valores de saída de uma forma algo semelhante a “trailing stops”, como regra geral há um ajustamento dos valores de saída em alta quando as cotações sobem:

BCP – 0,1725 (0,1601)
BPI – 1,250 (1,172)
BES – 1,010 (0,953)
Banif – 0,0106 (0,0104) [Nota: Esta ação encontra-se neutra na carteira pelo motivo de manter uma tendência semanal descendente]
CTT – 6,62 (6,14)
TDSA – 0,93 (0,93)
Petróleo – 88,88 (88,92)
Soja – 1256,50 (1250,75)
EuroDollar – 1,3518 (1,3433)

Outro exercício curioso é a determinação sobre a que nível de valores o programa venderia a totalidade da sua componente oscilatória.

A curiosidade reside no cálculo das suas resistências de curto prazo em regime de euforia, que obriguem o sistema a desfazer-se de 100% do papel no ciclo atual oscilatório em que se encontra, mantendo no entanto a totalidade do capital respeitante à componente tendencial, chamando desde já a atenção que os valores calculados variam de sessão para sessão consoante a dinâmica dos padrões de curto prazo formados pelas cotações mais recentes:

BCP – 0,2610
BPI – 2,173
BES – 1,816
Banif – 0,0148
CTT – 9,35
TDSA – 1,31
Petróleo – 129,46
Soja – 1.772,00
EuroDollar – 1,7118

Finalmente, uma vez que o sistema mexe com valores de curto e médio prazo que medem o rating emocional dos mercados, creio ser interessante deixar aqui essa referência que, no fundo, é o coração que faz funcionar este sistema de “trading”.

De uma forma básica pode-se dizer que em geral uma tendência ascendente saudável deverá possuir um clima de médio prazo igual ou acima de otimista, embora se admita que de vez em quando possa fazer umas excursões a terrenos neutrais ou mesmo pessimistas e, no plano oposto, uma tendência descendente saudável deverá possuir um clima de médio prazo preferencialmente em zonas iguais ou abaixo de pessimistas, admitindo-se que de vez em quando o rating emocional de médio prazo possa marcar pontualmente valores neutrais ou até otimistas.

Para aquisição de reforço ou tomada de novas posições oscilatórias longas o sistema deverá preferencialmente ter em conta ratings emocionais de curto prazo iguais ou abaixo de neutros, de preferência pessimistas. Da mesma forma, para aquisição de reforço ou tomada de novas posições oscilatórias curtas (ou seja, só para o caso em que se detenham posições tendenciais “shortadas”), o sistema deverá preferencialmente ter em conta ratings emocionais de curto prazo iguais ou acima de neutros, de preferência otimistas.

Caso o programa detenha posições oscilatórias longas as vendas neste regime, para fecho das posições e realização de mais-valias, dever-se-ão desenrolar preferencialmente em regime de clima igual ou acima de euforia. Pelo contrário, se o programa detiver posições oscilatórias curtas as compras neste regime, para fecho das posições e realização de mais-valias, dever-se-ão desenrolar como norma em regime de clima igual ou abaixo de pânico.

Para se compreender o significado quantitativo destes ratings emocionais, que podem ser vistos nos gráficos dos indicadores através das linhas “bold” de cor azul (curto prazo) e branca (médio prazo), ficam já agora algumas referências básicas correspondentes do sistema, para que se perceba melhor o contexto do seu significado:

Rating < -100 pontos: clima de pânico extremo.
-100 pontos < Rating < -60 pontos: clima de pânico.
-60 pontos < Rating < -30 pontos: clima muito pessimista.
-30 pontos < Rating < -10 pontos: clima pessimista.
-10 pontos < Rating < +10 pontos: clima neutral.
+10 pontos < Rating < +30 pontos: clima otimista.
+30 pontos < Rating < +60 pontos: clima muito otimista.
+60 pontos < Rating < +100 pontos: clima de euforia.
Rating > +100 pontos clima de euforia extrema.

Como regra de equilíbrio geral os ratings variam em mais de 90% do tempo, em particular os de médio prazo, nas zonas intermédias que vão dos climas pessimistas (-30 pontos) aos otimistas (+30 pontos).

Quando os seus valores absolutos sobem acima os 30 pontos o mercado fica desequilibrado por um período curto de algumas sessões. No entanto é a ocorrência destes desequilíbrios que ditará quase sempre a acumulação dos lucros, se uma determinada aceleração se registar a favor da tendência prevista pelo programa, ou dos prejuízos se estivermos perante uma aceleração em sentido contrário à tendência calculada no sistema de “trading”.

Em função dos climas emocionais calculados o programa espera acertar mais vezes nas acelerações do mercado a favor do que contra a tendência prevista para garantir a longo prazo uma evolução do capital da carteira com uma pendente crescente.

Aqui ficam então os ratings emocionais à data atual, no curto e médio prazo de cada ativo da carteira (RCP – Rating de curto prazo; RMP – Rating de médio prazo), retirados dos respetivos gráficos na escala diária, colocando entre parêntesis os mesmos valores à data da sessão anterior:

BCP: RCP = +30,7 muito otimista (+50,1 muito otimista) ; RMP = +22,2 otimista (+31,4 muito otimista)
BPI: RCP = +5,1 neutral (+26,9 otimista) ; RMP = +26,4 otimista (+34,2 muito otimista)
BES: RCP = -5,9 neutral (+17,3 otimista) ; RMP = +33,3 muito otimista (+48,4 muito otimista)
Banif: RCP = +15,8 otimista (+55,6 muito otimista) ; RMP = +12,5 otimista (+24,6 otimista)
CTT: RCP = -14,2 pessimista (-17,0 pessimista) ; RMP = -1,3 neutral (+3,7 neutral)
TDSA: RCP = +10,5 otimista (+6,5 neutral) ; RMP = +21,6 otimista (+26,6 otimista)
Petróleo: RCP = +5,2 neutral (-3,1 neutral) ; RMP = +14,0 otimista (+11,2 otimista)
Soja: RCP = +26,3 otimista (+18,6 otimista) ; RMP = +21,7 otimista (+18,0 otimista)
EuroDollar: RCP = +6,4 neutral (+7,5 neutral) ; RMP = +4,2 neutral (+5,1 neutral)

Abaixo deixo-vos ficar o gráfico da Soja com os indicadores do “Emocional”, uma vez que será a primeira vez que o publico, numa fase aliás particularmente “bullish”.

O facto dos seus ratings de curto e médio prazo se encontrarem otimistas geram alguma sensação de conforto no que respeita à manutenção das posições compradas, podendo-se visualizar através dos referidos indicadores com linha grossa em cor azul (curto prazo) e branca (médio prazo) os ratings emocionais atrás referidos.

[Cem pt]

Enquanto as ações da Bolsa portuguesa da carteira “Emocional 2014” continuam a evoluir sem que haja para já qualquer rasto de sinais de compras e vendas, sejam elas em regime tendencial ou oscilatório apesar de termos alguns papéis bastante quentes que deixam adivinhar a curto prazo o eventual aparecimento de algumas vendas para realização de mais-valias na componente cíclica dos “swings”, na parte da carteira correspondente às “commodities” registou-se para amanhã no Petróleo um sinal de reforço de compras na componente oscilatória.

Como podem observar trata-se de um sinal dado com pouca confiança pelo programa, porque a extensão da barra verde vertical do gráfico dos indicadores foi de 17,36 pontos percentuais num máximo possível de 100.

A percentagem indicada deverá corresponder ao número proporcional de contratos de futuros na quantidade a acumular na carteira às posições tendenciais anteriormente compradas.

O preço de compra será de 100,50 USD/barril, válido apenas para amanhã para 2/3 dos contratos a acumular em “swing”, e para o restante 1/3 das quantidades, para perfazer a totalidade dos 17,36% de contratos em relação ao capital total previsto para a componente oscilatória, o preço de compra será dado pelo fecho da sessão de 6 de março, ou seja, a 101,96 USD/barril.

O valor dos 100,50 está assinalado no suporte de curto prazo, calculado pelo programa, no gráfico de baixo das cotações.

[Cem pt]

Amigo Skblz:

Pois, isso é muito bonito e o teu raciocínio está totalmente correto mas traçar retas programadas no Metastock, “a la manápula” é fácil, é mais difícil que programar indicadores! Enfim, provavelmente estou a precisar de fazer um curso de aprendizagem para essas funções mais básicas!

Abraço.

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Na minha última mensagem assinalei que o BPI era o papel da carteira que estava mais próximo de disparar um sinal de reforço de compras na componente oscilatória, esse detalhe podia-se observar através do facto das cotações dos últimos dias se desenrolarem na zona da ocorrência das linhas brancas sombreadas, como se pode detectar no gráfico de cima dos indicadores.

Hoje essa zona desapareceu, colocando de novo o BPI num nível mais próximo da ocorrência de vendas de alívio oscilatório.

Uma vez que não se registou novo sinal de compras e vendas em “swing trading”, para o programa continua a ser válida a resistência de curto prazo calculada na sessão do passado dia 18 de Fevereiro nos 1,789 €, sendo bastante provável que ao ser atingido esse nível o programa possa actualizar um novo valor de resistência para efeitos de venda oscilatória.

Também no gráfico dos indicadores de cima podem observar um detalhe que anteriormente ainda não referi: existe uma linha amarelada de traço fino que continua a subir. Isto significa que as cotações se estão a desenvolver num contexto de volatilidade crescente. Se os valores das cotações continuam num movimento ascendente e este movimento é acompanhado por um clima de volatilidade crescente eu daria o conselho de preferencialmente evitarem vendas neste contexto, porque são as melhores alturas de acumulação de lucros na carteira e estes cenários ocorrem somente em menos de 25% do tempo em que o papel se encontra cotado em Bolsa. No caso particular do BPI podem apreciar que este fenómeno se iniciou sensivelmente desde o início do ano para cá, a partir da linha azul vertical do gráfico, numa altura em que o BPI cotava nos 1,187, tendo portanto subido cerca de 44% em cerca de 2 meses neste clima ultra-favorável.

Até ao presente não se registam novas movimentações nas posições anteriormente assumidas na restante carteira, continua tudo numa verdadeira pasmaceira!

[BearManBull]

Por hoje termino, esperando não aparecer no "Guiness" dos posts mais longos alguma vez publicados no Caldeirão.

Ainda vais editar o primeiro livro de algoritmos de trading em português

Eu gostava de ver um algorítmo para calcular e assinalar linhas de tendencia e não deve ser tarefa fácil.

Para além que deve precisar deve exigir alguma capacidade de processamento, dependendo do intervalo em causa.

Uma abordagem será o recursos a heuristicas mas acredito que é possível obter o resultado com métodos deterministicos.

Para LTAs seria qualquer coisa do tipo.

Avançando da esquerda para a direita:

1. Encontrar um ponto pivot mínimo absoluto no intervalo em causa

2. Encontrar o primeiro mínimo relativo seguinte

3. Traçar uma recta, ou em código identificar o m e o q na equação de recta y= mx + q

3.a) varrer as velas restantes e verificar se alguma é interceptada pela recta ou está acima da mesma

3.b) Se existir pelo menos mais uma vela com toque no mínimo/fecho (seria uma definição) e nenhuma abaixo da recta terminar senão voltar a 2.

Claro que isto seria apenas uma ideia inicial e é preciso definir uma sério de funções de suporte como encontrar mínimo, calcular/validar recta, etc...

Provalvemente será melhor abrir um tópico específico para o assunto, fica a sugestão.

[Cem pt]

Um exercício curioso a simular neste sistema de “trading” é uma verificação do tipo descalabro em “crash”, colocando uma pergunta simples:

- A partir da atual situação dos mercados, em que cotação fecharia o programa as posições tendenciais compradas?

Pois teríamos de introduzir nesse caso uma vela do tipo “marubozu” de baixa num cenário de abertura idêntica ao fecho da última sessão, como máximo da sessão, e um mínimo idêntico ao fecho nos mínimos, com um corpo de vela superior à média da volatilidade recente verificada.

Resta acrescentar que este exercício contém sempre conclusões dinâmicas com valores sempre diferentes, consoante a evolução real dos mercados. Se estes continuarem a evoluir num contexto ascendente também os fechos de posições compradas terão de ser ajustados em alta em conformidade.

Aqui ficam então as conclusões deste exercício teórico.

Valor atual do sistema de trading “Emocional” para o fecho das posições compradas à data presente, colocando entre parêntesis o percentual que a ação teria de baixar até que disparasse o sinal de venda (nota: no caso do Banif e CTT a venda implicaria a passagem a posições curtas e nas restantes ações uma adoção de posições neutras):

BCP – 0,1601 (-18,8%)
BPI – 1,172 (-31,5%)
BES – 0,953 (-32,7%)
Banif – 0,0104 (-9,6%)
CTT – 6,14 (-15,9%)
TDSA – 0,93 (-14,7%)
EuroDollar – 1,3433 (-2,6%)
Soja – 1250,75 (-11,6%)
Petróleo – 88,92 (-13,2%)

Como conclusão, face às potenciais cotações de fecho, pode-se acrescentar que o programa é muito “teimoso” na atual opção pelas posições compradas, daí uma parte da justificação para o não uso de stops neste sistema de “trading”, como estratégia adotada internamente nestes últimos anos na construção destes bichos.

Fica abaixo a simulação do “crash” feita no BCP, esperemos que tal não se verifique!

[Cem pt]

Amigo Eurogold: não.


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Terminado o mês de fevereiro, como vai a carteira deste sistema de trading?

Pois a resposta não podia ser mais otimista, vai bem melhor que o imaginado nos testes.

Para já continua tudo sem qualquer alteração: comprado no capital máximo permitido no BCP, BPI, BES, TDSA, Petróleo, Soja e EuroDollar, meio comprado nos CTT (ainda não há sessões suficientes para reproduzir o sistema “Emocional” no seu gráfico semanal) e neutro no Banif (positivo na escala diária e negativo na semanal).

Curiosamente, de todos os papéis atualmente comprados, nesta altura do campeonato apenas o BPI se encontra na zona de possíveis compras oscilatórias e todos os outros nas de vendas oscilatórias. O certo é que desde 14 de fevereiro nunca mais se registou qualquer movimento de reforço ou alívio da carteira, apenas umas quantas tentativas de vendas parciais no BES que não resultaram porque os preços indicados pelo programa estiveram sempre para além dos máximos efetuados nas sessões respetivas.

De acordo com as regras que indiquei, sem qualquer alavancagem, a rentabilidade desde o início do ano (YTD) segue nesta altura nos 11,17%.

Até agora, conforme se pode observar no quadro de controlo abaixo, registou-se a abertura de 12 trades tendenciais e 13 oscilatórias.

Dos negócios tendenciais fecharam-se 4, todos eles a registar prejuízos e com o mais negativo a marcar -1,48% do capital total atribuído à Soja. No entanto as restantes 8 trades ainda em aberto contêm o núcleo essencial dos lucros da carteira, em que o negócio mais proveitoso de 2014 tem sido até agora o BPI com uma rentabilidade de 26,95% do capital total (tendencial + oscilatório) reservado para a ação.

Considerando a totalidade dos negócios tendenciais abertos e fechados, pode-se acrescentar que a componente tendencial representa até agora 87,9% dos lucros totais da carteira e vai mantendo um rácio de eficiência de Lucros / Perdas = 10,33% / 0,51% = 20,3.

Por seu lado as trades oscilatórias totais efetuadas na carteira foram 13 no seu total, estando concluídas ou fechadas 5 delas incluindo 4 com prejuízo, sendo o maior deles de -0,20% num negócio efetuado no Petróleo. Os restantes 8 negócios oscilatórios que se encontram em aberto registam todos resultados positivos, sendo até agora o de melhor resultado o que se vai obtendo no BCP com +4,32%.

Apesar da componente oscilatória só ter contribuído para a carteira com 12,1% do total dos lucros da carteira, com um total de 1,35% de retorno total, há que chamar a atenção que desde o início arbitrámos para a componente oscilatória uma média de 16,67% (variando entre 0 a 33,33%) do capital total dedicado a cada papel, em contraponto aos 66,67% da componente tendencial.

Isto significa que em média alocámos a cada papel à partida 4 vezes mais capital à componente tendencial do que em relação à oscilatória.

Assim, se igualássemos o capital das 2 componentes, multiplicando por 4 os resultados da componente oscilatória, poderíamos concluir que nessa eventualidade os lucros da componente tendencial se manteriam nos 9,82% contra 5,40% da oscilatória, o que na minha opinião comprova que é muito mais difícil obter melhores performances num sistema em “swing trading” do que noutro em “trend following”.

Esta conclusão sobre a maior eficiência dum sistema do tipo tendencial na obtenção dos lucros, pode no entanto ser ainda um tanto prematura porque decorreu pouco tempo de “trading”, é ainda mais reforçada se levarmos em conta que os rácios de Lucros / Perdas até agora obtidos em ambas as componentes da carteira revelam que estamos num cenário em que a componente oscilatória (Profit/Loss = 1,39% / 0,04% = 34,8) leva vantagem sobre a tendencial (Profit/Loss = 10,33% / 0,51% = 20,3).

Destes resultados dos rácios de eficiência de ambas as componentes talvez se possa também concluir que o risco das posições oscilatórias é mais seguro que o das tendenciais, o que, a manter-se esta confirmação no futuro, nos pode permitir concluir que o sistema pode abarcar alavancagens mais acentuadas precisamente na componente cíclica dos “swings”, quando ampliarmos estas conclusões ao campo do “money management”.

Os 11,17% gerais de retorno obtidos até agora resultam de um total de rentabilidades médias dos negócios positivos de 11,72% (10,33% na parte tendencial e 1,39% na oscilatória) e de -0,55% de média nos negócios negativos (-0,51% na área tendencial e -0,04% na componente oscilatória), donde se extrai o rácio total obtido até agora pelo conjunto do sistema com um Profit/Loss = 11,72% / 0,55% = 21,3. Uma vez que os testes históricos do sistema de “trading” apontam para uma expetativa a longo prazo de 2,8 neste rácio, a expetativa lógica será a de esperar uma degradação futura nos bons resultados obtidos até agora, o que significa na prática que haverá que esperar por uma velocidade de cruzeiro da rentabilidade inferior à ocorrida até agora, com uma rentabilidade média anualizada de 11,17% x 12 meses / 2 meses = 67,02%, um valor totalmente irrealista.

Já agora devo adiantar que a rentabilidade média anualizada obtida nos testes na globalidade dos papéis, sem qualquer alavancagem, foi de cerca de 21%, sendo portanto expetável a obtenção de um incremento mensal médio da rentabilidade a rondar os 1,75%, ou seja, se tudo correr normalmente o retorno realista expetável no final deste ano nesta carteira será de 11,17% + 1,75%/mês x 10 meses = 28,67%.

Por cada papel as rentabilidades YTD entretanto obtidas até agora são as seguintes (em parêntesis os negócios com lucro e prejuízo):

BCP = +18,29% (+3,-0)
BPI = +27,65% (+3,-0)
BES = +26,45% (+2,-0)
TDSA = +18,19% (+4,-0)
CTT = +7,22% (+1,-0)
Banif = 0,00% (+0,-0)
EuroDollar = -0,76% (+1,-2)
Soja = +3,26% (+2,-3)
Petróleo = +0,22% (+1,-3)

TOTAL = +100,52% / 9 papéis = +11,17% (+17,-8)

Abaixo fica o respetivo quadro de controlo das “trades”.

[Eurouro]

Olá Cem,
não conseguiu vender BES a 1,38 pois não? thanks

[Cem pt]

Já agora que falo do PSI-20 deixo-vos também ficar uma análise técnica de longo prazo do índice, de 2003 a 2011, na altura feita com outro sistema de "trading" diferente do que trata o presente tópico.

Ao método em causa reconheço que fui lá buscar algumas das ideias que hoje estão incorporadas no "Emocional 2014".

Um detalhe com algum significado: a tendência dominante para efeitos de trading, antes de reverter, aguenta-se por um período médio com duração de 9 meses.

Para efeitos de curiosidade aqui fica, pelo menos era mais colorido e dava mais gosto de olhar para quem tenha uma veia mais artística!