Outros sites Medialivre
Caldeirão da Bolsa

EUR/USD - o desafio em Boca Raton

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

O pessoal está todo com o dedo no gatilho

por jportela » 4/2/2004 23:34

Boa Noite

O eur/usa algum tempo que não está para brincadeira(principalmente para mim que foi queimado neste marasmo faz de conta), foi pena não ter mudado para o gbp/usa mais cedo.

Ultimamente (pelo menos na minha corretora)quando sai alguma noticia os crosses "tremem" quer para cima ou para baixo(anda tudo muito nervoso), logo eu que ando a procura de um comboio isto esta cada vez mais dificel.

Mas, melhores dias....


Mike
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 106
Registado: 19/10/2003 0:19
Localização: Linda-a-Velha

Djovarius

por Forextrader » 4/2/2004 23:31

o que será de esperar caso os ingleses amanhã subam a sua taxa de referência em 25 pt???
Qual será a reacção esperada no cross GDP/USD e no EUR/GDP???
Obrigado pela opinião.
Forextrader
 

por djovarius » 4/2/2004 22:53

Boa noite a todos !!

Pouco há a dizer... mas são estes dias sem definição que nos mostram nervoso miudinho no mercado cambial.
Bom, pelo menos dá para aproveitar o dia e analisar o mercado com mais calma...

Ninguém quer tomar posições. Os próximos movimentos poderão ser mais especulativos, tomando-se aqui nota das decisões dos BC sobre taxas de juro.
Hoje, a Austrália manteve, amanhã a zona Euro deverá manter e a incógnita virá do Reino Unido que poderá manter ou subir os juros 25 pontos base, situação com a qual o mercado já conta.

Também teremos os dados semanais do desemprego nos EUA antecedendo os dados mensais na sexta-feira, dia do início da cimeira do G-7, que vem sendo esvaziada por declarações a favor da flexibilidade dos mercados, mais um aviso à postura dos Asiáticos.

Hoje, o range do EUR/USD foi menor, cerca de 70 pips e tudo isso para terminar o dia aos níveis de ontem.

Mas o resto da semana será mais interessante, seguramente !!

Um abraço

djovarius
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 9145
Registado: 10/11/2002 19:32
Localização: Planeta Algarve

por djovarius » 4/2/2004 10:48

Bom dia a todos !!
O EUR/USD está de momento aos níveis de fecho de ontem, após ter sido muito bem suportado na sessão da Ásia acima de 1.25 !!
1.2550 continua ainda a ser uma força centrípeta do par.

Mais uma indicação: o sector de serviços na zona Euro continua em expansão, superando expectativas.

Se as subidas recentes do Euro podem prejudicar o sector exportador, também é verdade que de alguma forma beneficiam outros sectores, devido à diminuição dos custos das matérias-primas importadas.

Destaque para as Companhias Aéreas, que viram o seus gastos com o combustível serem reduzidos, permitindo um regresso aos lucros.

Esta calma de hoje pode permanecer, mas a partir de amanhã, teremos mais emoção. Em relação a taxas de juro, o BCE não tem agora motivos para mexer.

Sobre a reunião do G-7, há uma tentativa de esvaziamento do seu significado. Segundo rumores de mercado, a declaração final (sábado) não deverá introduzir alterações importantes ao texto aprovado em Setembro no que diz respeito aos mercados financeiros, leia-se taxas de câmbio.

Um abraço

djovarius
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 9145
Registado: 10/11/2002 19:32
Localização: Planeta Algarve

por djovarius » 3/2/2004 22:22

Boa noite !!

E mais um dia cambial a chegar ao fim.
Exceptuando o caso do dia de ontem, voltou a volatilidade, seguida de retracção e calmaria. Um padrão complicado.
Hoje, tivemos 200 pips de amplitude no USD/CHF e cerca de 180 pips de amplitude no Cable e no EUR/USD.
No último destes pares, um pequno teste à resistência de 1.26 não vingou, talvez devido à rapidez e extensão do movimento, tendo par regressado a 1.2560 e finalmente a 1.2530 !!
Apesar do terrorismo e do aumento da percepção de risco, há que referir que o Ouro não confirmou subidas e que Wally teve mais um dia de sono.

Em qualquer dos mercados, não só no Forex, há uma nítida espera pelo próximo fim de semana. Portanto, a partir de sexta-feira, teremos mais movimento, certamente. Grandes posições não estão a ser tomadas. É uma forma de consolidação e de trading um tanto ou quanto sem uma direcção definida. No Forex, não ficaremos numa posição errática por muito mais tempo.

Veremos o que acontece amanhã...

Um abraço

djovarius
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 9145
Registado: 10/11/2002 19:32
Localização: Planeta Algarve

por djovarius » 3/2/2004 16:32

Olá Tixa,

Se te referes à Análise Global, muito obrigado.

Ainda bem que as pessoas estão a gostar :wink:

jinhos também

dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 9145
Registado: 10/11/2002 19:32
Localização: Planeta Algarve

por djovarius » 3/2/2004 16:28

Olá (parabéns pela mudança de nick, o outro atraía más vibrações)

Cable é o nosso par GBP/USD. Libra / dólar, que também é conhecida nalguns meios por besta, com uma certa razão, devido à sua volatilidade extrema, que não raras vezes destrói stops a torto e a direito.

O nome Cable vem do facto da cotação GBP/USD ser transmitida, já lá vão muitas dezenas de anos, antes da Segunda Guerra Mundial, via telégrafo entre Londres e Nova York.
Nesses gloriosos tempos dos mercados as comunicações eram precárias, como sabemos, mas em termos do Forex da época, o que interessava a nivel internacional era a cotação do par GBP/USD. Essa cotação tinha importância para as negociações entre os Bancos e as empresas de comércio exterior.

Um abraço

djovarius
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 9145
Registado: 10/11/2002 19:32
Localização: Planeta Algarve

por Patrícia M. » 3/2/2004 16:27

Só consegui ler o teu artigo agora Djovarius e acho-o espectacular. Todos os parabéns que eu lhe der serão poucos!

Jinhos
Tixa
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 239
Registado: 25/2/2003 16:43

Cable?

por Fenix (ex-Desgraçado!!) » 3/2/2004 16:17

Caro Djovarius,


o que é isso do cable?


Obrigado. Um abraço,


Fenix
Fenix (ex-Desgraçado!!)
 

por djovarius » 3/2/2004 13:26

Ponto da situação:

Hoje o Ouro e as commodities estão a subir, excepto o petróleo. Este já tinha subido ontem, tendo namorado a casa dos USD 35 / barril.
O mercado de renda fixa tinha caído após conhecer a proposta orçamental dos EUA para 2005 - um défice orçamental de 520 mil milhões de dólares. Um valor que deixa um certo nervosismo nos operadores, trata-se de défice superior a 5% PIB.
Sempre afirmei que um pequeno défice é saudável, mas o tamanho começa a pesar.
Perante isso, o USD caiu um pouco.
Hoje, com o espectro do terrorismo, o mercado fez o USD cair mais.
Fez ainda novos mínimos face ao JPY em 105.30 mas o diligente BOJ apareceu para defender esse valor - eis mais uma barreira.

O Cable chegou a fazer 200 pips de amplitude - a volatilidade continua a fazer-se sentir.

Finalmente, o EUR/USD persiste a ficar acima de 1.2540/50 o que é um sinal de força.
Mas se atingir 1.26 dará mais confiança aos longos.
Os stops dos dollar bulls deverão estar um pouco acima desse valor, o próximo a ter em atenção, se lá chegarmos.
Em relação a quedas, 1.25 deverão suportar o par.


Para já, estamos acima do nosso ponto pivot. Estamos também de regresso acima das MME 5 / 10 / 25 / 50 dias !! Atenção apenas à sobrecompra intraday !!

Um abraço

djovarius
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 9145
Registado: 10/11/2002 19:32
Localização: Planeta Algarve

por djovarius » 3/2/2004 10:12

Muito bom dia a todos !!

Volto agora a poder acompanhar os mercados a par e passo como pensei em fazê-lo. E logo em que dia !!
Ufa !!

O terrorismo voltou. A correspondência enviada ao líder da maioria no Senado dos EUA, Bill Frist, tinha pó de ricino - um veneno perigoso. A informação foi confirmada pela polícia e despertou a preocupação sobre ataques à América numa altura em que vários voos para os States têm sido adiados.

Resultado: o EUR/USD que já recuperava ontem à noite, voltou a subir, da zona de 1.2450 até 1.2560, tendo depois aliviado um pouco.
Curiosamente, parou na nossa linha de fronteira bem demarcadora do terrirório Bull e Bear.

Já ontem, havia a ideia de que o par poderia não ser autorizado a descer (leia-se entre aspas) por via das intervenções do BOJ que procuram limitar descidas do dólar e do Eurp face ao Yen. O trio do Yen condiciona, pois, os movimentos.
Tudo isto acontece numa semana em que os especuladores não querem levantar ondas, devido à reunião de Boca Raton. No mercado à vista, isso pode ser verdade, mas nos futuros as posições longas continuam a aumentar.

Agora, veremos se o EUR/USD volta a atrair os Bulls, o que acontecerá se voltar acima de 1.2560 !!

A qualquer momento, mais novidades sobre os eventos descritos acima...

Um abraço e cautela com o trading debaixo destas condições

djovarius
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 9145
Registado: 10/11/2002 19:32
Localização: Planeta Algarve

EUR/USD - o desafio em Boca Raton

por djovarius » 1/2/2004 23:26

E ao final do primeiro mês do ano, os mercados financeiros seguiram um rumo semelhante ao dos tempos mais recentes, ensaiando já uma correcção / consolidação às tendências mais recentes. No campo accionista ainda vemos subidas generalizadas mas o princípio de uma possível consolidação. Esta já acontece nas commodities, incluindo-se aqui os metais, facto a que não está alheia a recuperação do dólar norte-americano. De facto, foram os mercados cambiais que atraíram a maior atenção e os holofotes. Com o USD em queda até meados de Janeiro, a preocupação aumentou, sobretudo por parte dos políticos e empresários europeus e, de certa forma também das autoridades monetárias. Para os asiáticos, o problema da queda do dólar não se resolvendo a bem, vai a mal: a China e alguns "tigres" da região mantêm o câmbio fixo. Para outros, a questão resolve-se intervindo no mercado à vista. Eis aqui o paradoxo Japonês que enxuga uma quantidade singular dos seus recursos próprios para aumentar as "reservas" cambiais, única possibilidade de controlar a apreciação da sua moeda local perante a pressão que advém da forte entrada de capitais do exterior.
Como é lógico, a Europa ocidental começou a sentir que a questão poderá tornar-se problemática: as moedas do velho continente eram (quase) as únicas a sofrer com o excesso de liquidez da moeda americana. Daí até aos discursos a que assistimos foi um pequeno passo. Além dos Europeus, os problemas seguem por regiões do mundo anteriormente consideradas de risco, mas que vivem agora uma nova lua de mel com o mercado pois oferecem rendimentos de curto prazo superiores aos da moeda americana.
A batalha da reinflação nos EUA não é descabida de todo. A inflação medida do ponto de vista do consumidor e das despesas pessoais continua historicamente baixa, não acompanhando a inflação dos activos imobiliários e mobiliários. Esta guerra vai continuar ao longo deste ano a não ser que algum choque externo mude os parâmetros actuais.
Para a Europa, esta questão levanta dúvidas. Será prudente entrar num esforço internacional de reinflação ou desvalorização monetária? Com apenas 80 mil milhões de dólares em reservas estrangeiras (contra 135 milhões do Japão), o BCE tem margem para entrar nesta guerra e parar de importar deflação. Mas enquanto esta política monetária serve às mil maravilhas para os EUA e principais parceiros comerciais, nem todos podem (ao mesmo tempo) desvalorizar a sua moeda, ou não haveria desvalorizações de todo. Além disso, um aumento de liquidez causa desiquilibrios estruturais nos mercados - as nossas conhecidas bolhas especulativas.
Se o Banco Central Europeu entrasse neste jogo global, daria mais margem para a monetização do elevado défice externo dos EUA (adquirindo moeda e papéis americanos, ao contrário do que o BCE tem feito ultimamente), continuando um jogo perigoso para a Economia mundial. Não é viável continuar uma situação em que os EUA são responsáveis pela maioria do crescimento global do PIB à conta da maioria do endividamento. Ceder mais liquidez é até um erro num mundo com excesso de capacidade produtiva. O dinheiro não vai afastar a ameaça da deflação de bens e serviços e alimenta as referidas bolhas. O verdadeiro problema para a Europa é só um: arriscar-se a importar deflação, num contexto de uma valorização demasiado rápida do Euro.
Perante isso, não se pode estranhar a fraseologia complexa da Reserva Federal Americana. A intenção não seria tanto em inverter o curso actual dos mercados, mas dar uma garantia de estabilidade. Neste campo, a maior estabilidade possível para o USD de modo a não ocorrer um "derretimento" da moeda, agora sob a ameaça de subidas de juros. Ainda assim, a paciência Federal continuará a ser compatível com o aumento da liquidez e a manutenção da expansão económica até se atingirem patamares de sustentação - o ponto de não retorno - que a América ainda não atingiu, sobretudo no mercado de trabalho. Este último processo demorará, pois é necessário tempo para que os desempregados estruturais sejam absorvidos por novos tipos de emprego, muitos deles serão mesmo "reciclados" em novos auto-empregos. Conclusão: apesar dos tremores do mercado, nada de essencial mudou, pelo que os próximos meses ainda serão de facilitismo monetário. Contudo, a extrema desvalorização do dólar, sem ter chegado ao fim, poderá agora proporcionar mais espaço de manobra aos que apostam na sua recuperação de momento.
Neste ponto, é altura de voltar a fazer o apelo à história do mercado cambial onde não raras vezes a história se repete: Em 1985, o então Secretário de Estado de Reagan, James Baker, "cozinhou" o Acordo do Plaza (confirmada pelo Acordo do Louvre) o qual fez o dólar perder valor de uma forma considerada violenta. Em pouco mais de dois anos, a cotação USD/DEM (marco) passava de 3,47 para apenas 1,56 !! Em Janeiro de 1998 começaria, porém, uma significativa recuperação do dólar, também orquestrada pelos EUA com o objectivo de contribuir para a reeleição de Reagan, numa demonstração que serviria para acalmar o mercado ainda traumatizado pelo crash bolsista de 1987. Deu certo, pois o par subiria para 2,05. Passada a confusão, o USD voltaria a cair até 1992, recuperando um pouco e caindo novamente até 1995 onde iniciaria um Bull market.
Tudo isto significa que existem espaços de dois a três onde se podem verificar movimentos superiores a 50%, recuperações de mais de metade do terreno perdido, dando azo ao regresso do movimento inicial. Essa é uma dor de cabeça para a Europa do Euro. Um movimento de valorização do Euro em 3 anos é uma coisa. Mas em 10 anos é uma história diferente, pois os agentes económicos têm margem de manobra para conviver com a nova realidade. No momento actual, mais do que ganhar tempo, o Banco Central Europeu quer evitar ao máximo fragilizar a nova moeda através dos mecanismos de elevada liquidez atrás exemplificados. Para os EUA, é mais uma questão política, pelo que a verdade de hoje pode não o ser amanhã. Também é relevante a capacidade de financiamento do défice, mas esse assunto ainda terá o seu protagonismo um dia mais tarde.
Comemoramos neste fim de semana o segundo aniversário do bear market do USD. Apesar de tudo o que possa ser dito ou do que já foi dito, ele coincide com a queda dos juros reais de curto prazo nos EUA e acelerou com a questão do aumento da liquidez em USD que já leva mais de um ano. Não quer isto dizer que o mercado vai seguir uma linha reta. Ainda que os pressupostos que levam à presente situação nos mercados se mantenham intocáveis, haverá sempre mudanças de percepção em relação aos mesmos que podem alterar o jogo por uns tempos. Mas, feitas as contas, quando uma situação que origina uma tendência se mantém, a tendência terá sempre a última palavra.
Recordo mais uma vez que tem prevalecido no forex um certo efeito Janeiro, mês onde se atingem os mínimos do ano num par ou os máximos do ano. Este ano, como em outros, o mês de Fevereiro pode contar, mas só durante uns dias, a primeira semana, neste caso, é suficiente.

É neste contexto que vamos chegar ao fim de semana de Boca Raton, Florida, local do encontro do G-7 - a reunião dos ministros das Finanças dos 7 países mais industrializados. A problemática cambial virá ao de cima. Os especuladores andam claramente nervosos não querendo fazer apostas decisivas antes da reunião. Para os Americanos, haverá uma ideia a estabelecer: a Ásia terá de flexibilizar as taxas de câmbio deixando o mercado definir livremente as mesmas. Para a Europa, é uma boa ideia desde que todos a cumpram. Para os Asiáticos, a interpretação é dúbia: será uma mensagem para a China ou também para o Japão, que continua a intervir em larga escala no mercado!?
Mas há outra análise a reter: os EUA devem ter cuidado com o que desejam. Se a China deixasse o câmbio livre, a sua moeda subiria, enquanto o Yen Japonês descansaria. Nesse caso, como não haveria necessidade de intervir tanto no mercado, quem ía alimentar o défice externo dos EUA?
Para a Europa, uma armadilha está ao virar da esquina: se o Euro voltasse a cair, como poderia ser controlada a inflação (mandato único do BCE) sem subir os juros? Hoje, a Europa, apesar do problema do sector exportador, tira alguns dividendos de um Euro forte. Inflação e juros baixos são o principal, mas há que destacar a atracção de capitais de fora da região, sejam especulativos ou não e, como já se fala em Wall Street, poderemos assistir nos próximos tempos a fortes compras americanas na Europa, nomeadamente de empresas cotadas. A subida do Euro, além de ter credibilizado a experiência de moeda comum, voltou a colocar o velho contimente no mapa dos grandes investimentos internacionais, algo que trará benefícios directos e indirectos aos países da região. Daí que o cenário favorito para Boca Raton será o dos "paninhos quentes" tentando amainar a tempestade nos mercados, mas sem reverter o seu curso. Afinal, estamos no meio de alterações estruturais no sistema global que não podem ser revertidas sem dor. É possível que seja mais uma reunião de boas intenções, mas teremos sempre de estar preparados para surpresas.

Com tantas perturbações, a semana que passou foi volátil. Mexeu, mexeu, mas no fim pouco significou. As mãos fracas foram trucidadas, como acontece em momentos especiais.
Na semana que vem, véspera da cimeira, o mesmo poderá acontecer, pelo que há que ter cuidado com as aventuras. Vem aí a reunião, mas antes os últimos dados do desemprego nos EUA. Será uma sexta-feira nervosa. Os tubarões aguardam os desenvolvimentos como quem persegue um peixe num charco. Quando a altura certa chegar, saberemos que posição tomar e como. Na semana que vem, talvez tenhamos um mercado menos volátil. Mas o seu andamento ao longo da semana será interessante de acompanhar.

Perante isto, aconselham-se cautelas: o bias do EUR/USD está agora entre o neutro e o negativo, enquanto se espera para ver se os mínimos de 1.233x seguram mesmo a retracção. Caso contrário, teremos que considerar a visita a 1.20 !! Por outro lado, um regresso a 1.27 abre portas para o desafio a 1.29 - os máximos que seguraram as subidas. Não o fazendo, temos então a porta aberta para o desafio aos níveis "dolorosos" do BCE... está tudo em aberto, prognósticos só no fim do jogo...

Enquanto isso, o nosso ciclo semanal normal fica em:
1.23 - 1.27, sendo o ponto pivot 1.2550
O ciclo alargado está em:
1.22 - 1.28 (mais volátil)


Atenção a esta pequena actualização:
Resistências: 1.25 / 1.2560 (fundamental) / 1.26 / 1.2650 / 1.2720 / 1.2775 / 1.28

Suportes: 1.2470 / 1.2410 / 1.2350 / 1.2330 / 1.2280 / 1.22 / 1.2130 (suporte segunda feira pós-Saddam)

Quanto às posições abertas do Euro no IMM, contratos de futuros em Chicago, temos que referir o seguinte: os especuladores, grandes e pequenos, aumentaram as posições longas em Euro, talvez protegendo-se de curtos no mercado spot ou mesmo apostando no regresso à subida do Euro, daqui a algum tempo.

Longos Curtos
Large Speculators 28% 3%
Small Speculators 38% 25%
Industry Hedgers 33% 71%

Excelente semana a todos !! Óptimos negócios! A partir de terça-feira, espero poder acompanhar junto com vocês os movimentos da semana.

Um grande abraço

djovarius
Anexos
eurodolarhist.png
eurodolarhist.png (41.19 KiB) Visualizado 4928 vezes
eurodolar.png
eurodolar.png (38.14 KiB) Visualizado 4920 vezes
eurodolarhor.png
eurodolarhor.png (49.16 KiB) Visualizado 4897 vezes
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 9145
Registado: 10/11/2002 19:32
Localização: Planeta Algarve

Anterior

Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: acintra, IX Hispana, macau5m, OCTAMA, PAULOJOAO, Shimazaki_2, silva_39, trend=friend, trilhos2006 e 328 visitantes