Edp e acordo com ENI
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in diario economico de dia 31 jan 2004
Acordo Galp/ENI passa pela saida dos italianos dos petróleos
João Talone não quer ceder presidência da EDP Gás aos italianos da ENI
30-01-2004, Lígia Simões e Maria Teixeira Alves
O entendimento foi alcançado durante esta semana, mas ainda não existe um documento final. A sua assinatura passará muito provavelmente para a próxima semana. A Eni sai do petróleo e fica no gás com 49% mas quer a presidência da empresa. João Talone não quer ceder e as negociações giram à volta do equilíbrio de poder na empresa de gás.
O Governo e a Eni estão finalmente próximo de um acordo no processo de reestruturação do sector energético que envolve a integração do gás na EDP. A manter-se o entendimento alcançado, nos últimos dias, entre a Eni e o Estado português, antevê-se a saída dos italianos da área do petróleo (ver caixa) e a aquisição de 49% na actual GDP que será integrada na EDP. A manutenção dos accionistas italianos da Galp na área do gás traduzir-se-á numa repartição de capital de 51% a favor da eléctrica nacional e de 49% para a Eni, numa parceria com a EDP na futura empresa EDP Gás. A formalização do acordo fica, no entanto, remetida para os próximos dias.
As negociações decorrem agora entre a administração da EDP e a da Eni e os pontos de discórdia centram-se na presidência da futura EDP Gás. Os italianos admitem ficar com uma posição minoritária mas querem a presidência da empresa. Por sua vez, João Talone, presidente da EDP, não quer entregar à Eni a liderança definitiva da sua futura participada de gás. Os italianos argumentam que a EDP não tem experiência na gestão de empresas do sector do gás para reclamar o seu direito à escolha do presidente da futura participada da EDP. João Talone não abre mão do desejo que o primeiro presidente terá de ser português, com o argumento da afirmação nacional.
Estão ainda em discussão vários modelos alternativos que ¿podem valer categorias formais variadas¿, refere fonte do processo. Mas qualquer que venha a ser o modelo a adoptar, o consenso entre as empresas lideradas por Vittorio Mincato e João Talone faz-se na alternância de presidências entre representantes da EDP e da Eni e com um equilíbrio na administração executiva da EDP Gás. Assim quem ficar com a presidência cede ao outro accionista o direito à maioria de membros de administração. Caso vença a posição de Talone terá de ser garantido à Eni um modelo de concertação que torne confortável a sua posição no futuro que poderá passar por garantir à Eni a gestão executiva de algumas áreas chave da futura EDP Gás (internacional, aprovisionamento e a tão cobiçada área comercial). O facto de a Eni se manter no sector do gás pode constituir uma vantagem para a EDP pela via da extensão no mercado espanhol, onde a Eni está presente através da Unión Fenosa Gas, com uma posição de 50%.
O contra-ataque espanhol
Outros factores trazem maior complexidade a este processo negocial. Em causa está o posicionamento da Iberdrola - que impugnou a AG da Galp que aprovou a reorganização do sector eléctrico. A eléctrica espanhola, que detém 4% da Galp Energia e 5% da EDP, pretende aumentar o seu poder negocial num eventual processo de troca de activos, com vista a ganhar o controle de activos de gás e electricidade em Portugal - a contraproposta da Iberdrola para dar o seu aval ao projecto previsto para o sector. A Iberdrola aceitaria ficar com uma das distribuidoras de gás. Porém, o presidente da EDP, João Talone, já referiu por diversas vezes que a eléctrica basca ¿entrou pelo mercado, sai por essa via¿. Mas a leitura Portugal/Espanha que estará a ser feita empresarialmente no processo de destaque do gás para a EDP poderá levar a Iberdrola a conseguir valer alguns dos seus intentos (a EDP pretende reforçar a sua posição na Hidrocantábrico, onde detém 40% e, por isso, não deseja resistências de Espanha). ¿Poderá ganhar alguma pressão política por forma a que o Governo português amanhã não tenha condições de dizer que não à instalação da central eléctrica de ciclo combinado a gás natural na Figueira da Foz¿. Recorde-se que a eléctrica basca está também interessada em adquirir uma fatia da Turbogás, onde a EDP detém o direito de preferência sobre os 75% detidos pelos alemães da RWE. A Iberdrola conta também com outro grande trunfo: tem um acordo estratégico com a Galp que sustenta a sua parceria com base no seu interesse do gás. Foi com base neste pressuposto que pagou 118 milhões pelos 4% da Galp.
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João Talone não quer ceder presidência da EDP Gás aos italianos da ENI
Grupo Carlyle na corrida
Iberdrola quer posição na EDP Gás
João Talone não quer ceder presidência da EDP Gás aos italianos da ENI
30-01-2004, Lígia Simões e Maria Teixeira Alves
O entendimento foi alcançado durante esta semana, mas ainda não existe um documento final. A sua assinatura passará muito provavelmente para a próxima semana. A Eni sai do petróleo e fica no gás com 49% mas quer a presidência da empresa. João Talone não quer ceder e as negociações giram à volta do equilíbrio de poder na empresa de gás.
O Governo e a Eni estão finalmente próximo de um acordo no processo de reestruturação do sector energético que envolve a integração do gás na EDP. A manter-se o entendimento alcançado, nos últimos dias, entre a Eni e o Estado português, antevê-se a saída dos italianos da área do petróleo (ver caixa) e a aquisição de 49% na actual GDP que será integrada na EDP. A manutenção dos accionistas italianos da Galp na área do gás traduzir-se-á numa repartição de capital de 51% a favor da eléctrica nacional e de 49% para a Eni, numa parceria com a EDP na futura empresa EDP Gás. A formalização do acordo fica, no entanto, remetida para os próximos dias.
As negociações decorrem agora entre a administração da EDP e a da Eni e os pontos de discórdia centram-se na presidência da futura EDP Gás. Os italianos admitem ficar com uma posição minoritária mas querem a presidência da empresa. Por sua vez, João Talone, presidente da EDP, não quer entregar à Eni a liderança definitiva da sua futura participada de gás. Os italianos argumentam que a EDP não tem experiência na gestão de empresas do sector do gás para reclamar o seu direito à escolha do presidente da futura participada da EDP. João Talone não abre mão do desejo que o primeiro presidente terá de ser português, com o argumento da afirmação nacional.
Estão ainda em discussão vários modelos alternativos que ¿podem valer categorias formais variadas¿, refere fonte do processo. Mas qualquer que venha a ser o modelo a adoptar, o consenso entre as empresas lideradas por Vittorio Mincato e João Talone faz-se na alternância de presidências entre representantes da EDP e da Eni e com um equilíbrio na administração executiva da EDP Gás. Assim quem ficar com a presidência cede ao outro accionista o direito à maioria de membros de administração. Caso vença a posição de Talone terá de ser garantido à Eni um modelo de concertação que torne confortável a sua posição no futuro que poderá passar por garantir à Eni a gestão executiva de algumas áreas chave da futura EDP Gás (internacional, aprovisionamento e a tão cobiçada área comercial). O facto de a Eni se manter no sector do gás pode constituir uma vantagem para a EDP pela via da extensão no mercado espanhol, onde a Eni está presente através da Unión Fenosa Gas, com uma posição de 50%.
O contra-ataque espanhol
Outros factores trazem maior complexidade a este processo negocial. Em causa está o posicionamento da Iberdrola - que impugnou a AG da Galp que aprovou a reorganização do sector eléctrico. A eléctrica espanhola, que detém 4% da Galp Energia e 5% da EDP, pretende aumentar o seu poder negocial num eventual processo de troca de activos, com vista a ganhar o controle de activos de gás e electricidade em Portugal - a contraproposta da Iberdrola para dar o seu aval ao projecto previsto para o sector. A Iberdrola aceitaria ficar com uma das distribuidoras de gás. Porém, o presidente da EDP, João Talone, já referiu por diversas vezes que a eléctrica basca ¿entrou pelo mercado, sai por essa via¿. Mas a leitura Portugal/Espanha que estará a ser feita empresarialmente no processo de destaque do gás para a EDP poderá levar a Iberdrola a conseguir valer alguns dos seus intentos (a EDP pretende reforçar a sua posição na Hidrocantábrico, onde detém 40% e, por isso, não deseja resistências de Espanha). ¿Poderá ganhar alguma pressão política por forma a que o Governo português amanhã não tenha condições de dizer que não à instalação da central eléctrica de ciclo combinado a gás natural na Figueira da Foz¿. Recorde-se que a eléctrica basca está também interessada em adquirir uma fatia da Turbogás, onde a EDP detém o direito de preferência sobre os 75% detidos pelos alemães da RWE. A Iberdrola conta também com outro grande trunfo: tem um acordo estratégico com a Galp que sustenta a sua parceria com base no seu interesse do gás. Foi com base neste pressuposto que pagou 118 milhões pelos 4% da Galp.
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João Talone não quer ceder presidência da EDP Gás aos italianos da ENI
Grupo Carlyle na corrida
Iberdrola quer posição na EDP Gás
Naquele dia ,todo o joelho se dobrará e toda a lingua confessará:
- Que Jesus Cristo é o Senhor!
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- Registado: 5/9/2003 21:18
Edp e acordo com ENI
pelo que sei a data limite seria 31-1-2004(sab) para chegarem a acordo, ou 2 fev seria remetido para decisão de tribunal.
mas não encontro qualquer noticia sobre situação, se acordo ou não.
quem explica?
agradecido
mas não encontro qualquer noticia sobre situação, se acordo ou não.
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