EDP !!!!
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EDP dispara quase 3% e acordo com Eni poderá despoletar subida adicional (act.)
A EDP disparava 2,93%, depois de notícias que davam conta de um acordo iminente com a Eni para a transferência dos activos de gás da Galp Energia para a empresa. Os analistas dizem que após firmar o acordo, as acções poderão valorizar um máximo de 9%.
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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt
(Acrescenta reacção de mais analistas, actualiza cotação e volume)
A EDP disparava 2,93%, depois de notícias que davam conta de um acordo iminente com a Eni para a transferência dos activos de gás da Galp Energia para a empresa. Os analistas dizem que após firmar o acordo, as acções poderão valorizar um máximo de 9%. O final dos contratos PPA e a apresentação dos resultados anuais poderão ser catalisadores para os próximos dois meses.
De acordo com a edição de hoje do “Diário Económico”, citando fonte da eléctrica nacional, o processo jurídico de transferência dos activos gasistas da Galp Energia para a Electricidade de Portugal (EDP) [Cot] avança na próxima segunda-feira.
O mesmo órgão de informação avança que o italianos da Eni deverão ficar com 49% da nova empresa que reunirá os activos gasistas, a EDP Gás, ficando a eléctrica nacional com os restantes 51%.
Neste cenário, a Eni sairia do capital da Galp Energia, que passaria assim a ser uma empresa virada somente par o negócio do petróleo. Os angolanos da Sonagol e os brasileiros da Petrobrás são os potenciais candidatos a ficar com os actuais 33% detidos pela Eni.
Em reacção a estas notícias, as acções da EDP negociavam com uma subida máxima de 2,93% para 2,11 euros, anulando a totalidade das perdas acumuladas em Janeiro. A EDP era o papel mais negociado da bolsa nacional, com mais de 11 milhões de títulos movimentados, o dobro da média diária de negociação dos últimos 12 meses.
Final dos PPA e a apresentação de resultados ajudam
De acordo com os analistas do Espírito Santo Research (ESR), o adiamento do processo de reestruturação de energia em Portugal é um dos motivos que tem penalizado as acções da EDP nos últimos três meses.
Miguel Viana refere que este processo de integração, a curto prazo, não terá influência no seu preço alvo de 2,45 euros. No entanto, o mesmo analista defende que o fosso de 7% a 9% cavado, desde Dezembro de 2003, entre a EDP e as restantes congéneres (Iberdrola, Endesa e o índice das “utilities” na Europa) poderá ser eliminado, caso este eventual cenário de integração se concretize.
A resolução do final dos contratos de aquisição de energia (PPA), que garantem à EDP, “a priori”, a venda de energia à REN, e a apresentação dos resultados anuais, nas primeiras semanas de Março, serão, segundo o ESR, factores que poderão ajudar a eléctrica nacional a ter um desempenho acima do sector, nos próximos dois meses. O ESR tem uma recomendação de “comprar” para as acções da EDP.
O BPI, numa nota a clientes, refere que estas “são muito boas notícias para a EDP”, que poderá assim assistir a uma solução “favorável” para uma das maiores barreiras à integração da EDP Gás. O banco de investimento tem uma recomendação de “comprar” para as acções da eléctrica nacional, com um preço alvo de 2,60 euros.
Hoje, numa entrevista aos jornais “Expansión”/“Diário Económico”, Rafael Miranda, CEO da Endesa, admitiu que a eléctrica espanhola poderá estar interessada em trocar as posições detidas na Portgás e na Setgás por outros activos em Portugal.
Os analistas do BPI referem que “é interessante” saber que a Endesa não se opõe a uma troca de activos com a eléctrica nacional, e que não corrobora as críticas da Iberdrola sobre o processo de liberalização energética em Portugal.
As acções da EDP negociavam em subida de 2,44% para 2,10 euros
A EDP disparava 2,93%, depois de notícias que davam conta de um acordo iminente com a Eni para a transferência dos activos de gás da Galp Energia para a empresa. Os analistas dizem que após firmar o acordo, as acções poderão valorizar um máximo de 9%.
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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt
(Acrescenta reacção de mais analistas, actualiza cotação e volume)
A EDP disparava 2,93%, depois de notícias que davam conta de um acordo iminente com a Eni para a transferência dos activos de gás da Galp Energia para a empresa. Os analistas dizem que após firmar o acordo, as acções poderão valorizar um máximo de 9%. O final dos contratos PPA e a apresentação dos resultados anuais poderão ser catalisadores para os próximos dois meses.
De acordo com a edição de hoje do “Diário Económico”, citando fonte da eléctrica nacional, o processo jurídico de transferência dos activos gasistas da Galp Energia para a Electricidade de Portugal (EDP) [Cot] avança na próxima segunda-feira.
O mesmo órgão de informação avança que o italianos da Eni deverão ficar com 49% da nova empresa que reunirá os activos gasistas, a EDP Gás, ficando a eléctrica nacional com os restantes 51%.
Neste cenário, a Eni sairia do capital da Galp Energia, que passaria assim a ser uma empresa virada somente par o negócio do petróleo. Os angolanos da Sonagol e os brasileiros da Petrobrás são os potenciais candidatos a ficar com os actuais 33% detidos pela Eni.
Em reacção a estas notícias, as acções da EDP negociavam com uma subida máxima de 2,93% para 2,11 euros, anulando a totalidade das perdas acumuladas em Janeiro. A EDP era o papel mais negociado da bolsa nacional, com mais de 11 milhões de títulos movimentados, o dobro da média diária de negociação dos últimos 12 meses.
Final dos PPA e a apresentação de resultados ajudam
De acordo com os analistas do Espírito Santo Research (ESR), o adiamento do processo de reestruturação de energia em Portugal é um dos motivos que tem penalizado as acções da EDP nos últimos três meses.
Miguel Viana refere que este processo de integração, a curto prazo, não terá influência no seu preço alvo de 2,45 euros. No entanto, o mesmo analista defende que o fosso de 7% a 9% cavado, desde Dezembro de 2003, entre a EDP e as restantes congéneres (Iberdrola, Endesa e o índice das “utilities” na Europa) poderá ser eliminado, caso este eventual cenário de integração se concretize.
A resolução do final dos contratos de aquisição de energia (PPA), que garantem à EDP, “a priori”, a venda de energia à REN, e a apresentação dos resultados anuais, nas primeiras semanas de Março, serão, segundo o ESR, factores que poderão ajudar a eléctrica nacional a ter um desempenho acima do sector, nos próximos dois meses. O ESR tem uma recomendação de “comprar” para as acções da EDP.
O BPI, numa nota a clientes, refere que estas “são muito boas notícias para a EDP”, que poderá assim assistir a uma solução “favorável” para uma das maiores barreiras à integração da EDP Gás. O banco de investimento tem uma recomendação de “comprar” para as acções da eléctrica nacional, com um preço alvo de 2,60 euros.
Hoje, numa entrevista aos jornais “Expansión”/“Diário Económico”, Rafael Miranda, CEO da Endesa, admitiu que a eléctrica espanhola poderá estar interessada em trocar as posições detidas na Portgás e na Setgás por outros activos em Portugal.
Os analistas do BPI referem que “é interessante” saber que a Endesa não se opõe a uma troca de activos com a eléctrica nacional, e que não corrobora as críticas da Iberdrola sobre o processo de liberalização energética em Portugal.
As acções da EDP negociavam em subida de 2,44% para 2,10 euros
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yes indeed...
in Semanário Económico de hoje...
Acordo Galp/ENI passa pela saida dos italianos dos petróleos
João Talone não quer ceder presidência da EDP Gás aos italianos da ENI
30-01-2004, Lígia Simões e Maria Teixeira Alves
O entendimento foi alcançado durante esta semana, mas ainda não existe um documento final. A sua assinatura passará muito provavelmente para a próxima semana. A Eni sai do petróleo e fica no gás com 49% mas quer a presidência da empresa. João Talone não quer ceder e as negociações giram à volta do equilíbrio de poder na empresa de gás.
O Governo e a Eni estão finalmente próximo de um acordo no processo de reestruturação do sector energético que envolve a integração do gás na EDP. A manter-se o entendimento alcançado, nos últimos dias, entre a Eni e o Estado português, antevê-se a saída dos italianos da área do petróleo (ver caixa) e a aquisição de 49% na actual GDP que será integrada na EDP. A manutenção dos accionistas italianos da Galp na área do gás traduzir-se-á numa repartição de capital de 51% a favor da eléctrica nacional e de 49% para a Eni, numa parceria com a EDP na futura empresa EDP Gás. A formalização do acordo fica, no entanto, remetida para os próximos dias.
As negociações decorrem agora entre a administração da EDP e a da Eni e os pontos de discórdia centram-se na presidência da futura EDP Gás. Os italianos admitem ficar com uma posição minoritária mas querem a presidência da empresa. Por sua vez, João Talone, presidente da EDP, não quer entregar à Eni a liderança definitiva da sua futura participada de gás. Os italianos argumentam que a EDP não tem experiência na gestão de empresas do sector do gás para reclamar o seu direito à escolha do presidente da futura participada da EDP. João Talone não abre mão do desejo que o primeiro presidente terá de ser português, com o argumento da afirmação nacional.
Estão ainda em discussão vários modelos alternativos que ¿podem valer categorias formais variadas¿, refere fonte do processo. Mas qualquer que venha a ser o modelo a adoptar, o consenso entre as empresas lideradas por Vittorio Mincato e João Talone faz-se na alternância de presidências entre representantes da EDP e da Eni e com um equilíbrio na administração executiva da EDP Gás. Assim quem ficar com a presidência cede ao outro accionista o direito à maioria de membros de administração. Caso vença a posição de Talone terá de ser garantido à Eni um modelo de concertação que torne confortável a sua posição no futuro que poderá passar por garantir à Eni a gestão executiva de algumas áreas chave da futura EDP Gás (internacional, aprovisionamento e a tão cobiçada área comercial). O facto de a Eni se manter no sector do gás pode constituir uma vantagem para a EDP pela via da extensão no mercado espanhol, onde a Eni está presente através da Unión Fenosa Gas, com uma posição de 50%.
O contra-ataque espanhol
Outros factores trazem maior complexidade a este processo negocial. Em causa está o posicionamento da Iberdrola - que impugnou a AG da Galp que aprovou a reorganização do sector eléctrico. A eléctrica espanhola, que detém 4% da Galp Energia e 5% da EDP, pretende aumentar o seu poder negocial num eventual processo de troca de activos, com vista a ganhar o controle de activos de gás e electricidade em Portugal - a contraproposta da Iberdrola para dar o seu aval ao projecto previsto para o sector. A Iberdrola aceitaria ficar com uma das distribuidoras de gás. Porém, o presidente da EDP, João Talone, já referiu por diversas vezes que a eléctrica basca ¿entrou pelo mercado, sai por essa via¿. Mas a leitura Portugal/Espanha que estará a ser feita empresarialmente no processo de destaque do gás para a EDP poderá levar a Iberdrola a conseguir valer alguns dos seus intentos (a EDP pretende reforçar a sua posição na Hidrocantábrico, onde detém 40% e, por isso, não deseja resistências de Espanha). ¿Poderá ganhar alguma pressão política por forma a que o Governo português amanhã não tenha condições de dizer que não à instalação da central eléctrica de ciclo combinado a gás natural na Figueira da Foz¿. Recorde-se que a eléctrica basca está também interessada em adquirir uma fatia da Turbogás, onde a EDP detém o direito de preferência sobre os 75% detidos pelos alemães da RWE. A Iberdrola conta também com outro grande trunfo: tem um acordo estratégico com a Galp que sustenta a sua parceria com base no seu interesse do gás. Foi com base neste pressuposto que pagou 118 milhões pelos 4% da Galp.
Acordo Galp/ENI passa pela saida dos italianos dos petróleos
João Talone não quer ceder presidência da EDP Gás aos italianos da ENI
30-01-2004, Lígia Simões e Maria Teixeira Alves
O entendimento foi alcançado durante esta semana, mas ainda não existe um documento final. A sua assinatura passará muito provavelmente para a próxima semana. A Eni sai do petróleo e fica no gás com 49% mas quer a presidência da empresa. João Talone não quer ceder e as negociações giram à volta do equilíbrio de poder na empresa de gás.
O Governo e a Eni estão finalmente próximo de um acordo no processo de reestruturação do sector energético que envolve a integração do gás na EDP. A manter-se o entendimento alcançado, nos últimos dias, entre a Eni e o Estado português, antevê-se a saída dos italianos da área do petróleo (ver caixa) e a aquisição de 49% na actual GDP que será integrada na EDP. A manutenção dos accionistas italianos da Galp na área do gás traduzir-se-á numa repartição de capital de 51% a favor da eléctrica nacional e de 49% para a Eni, numa parceria com a EDP na futura empresa EDP Gás. A formalização do acordo fica, no entanto, remetida para os próximos dias.
As negociações decorrem agora entre a administração da EDP e a da Eni e os pontos de discórdia centram-se na presidência da futura EDP Gás. Os italianos admitem ficar com uma posição minoritária mas querem a presidência da empresa. Por sua vez, João Talone, presidente da EDP, não quer entregar à Eni a liderança definitiva da sua futura participada de gás. Os italianos argumentam que a EDP não tem experiência na gestão de empresas do sector do gás para reclamar o seu direito à escolha do presidente da futura participada da EDP. João Talone não abre mão do desejo que o primeiro presidente terá de ser português, com o argumento da afirmação nacional.
Estão ainda em discussão vários modelos alternativos que ¿podem valer categorias formais variadas¿, refere fonte do processo. Mas qualquer que venha a ser o modelo a adoptar, o consenso entre as empresas lideradas por Vittorio Mincato e João Talone faz-se na alternância de presidências entre representantes da EDP e da Eni e com um equilíbrio na administração executiva da EDP Gás. Assim quem ficar com a presidência cede ao outro accionista o direito à maioria de membros de administração. Caso vença a posição de Talone terá de ser garantido à Eni um modelo de concertação que torne confortável a sua posição no futuro que poderá passar por garantir à Eni a gestão executiva de algumas áreas chave da futura EDP Gás (internacional, aprovisionamento e a tão cobiçada área comercial). O facto de a Eni se manter no sector do gás pode constituir uma vantagem para a EDP pela via da extensão no mercado espanhol, onde a Eni está presente através da Unión Fenosa Gas, com uma posição de 50%.
O contra-ataque espanhol
Outros factores trazem maior complexidade a este processo negocial. Em causa está o posicionamento da Iberdrola - que impugnou a AG da Galp que aprovou a reorganização do sector eléctrico. A eléctrica espanhola, que detém 4% da Galp Energia e 5% da EDP, pretende aumentar o seu poder negocial num eventual processo de troca de activos, com vista a ganhar o controle de activos de gás e electricidade em Portugal - a contraproposta da Iberdrola para dar o seu aval ao projecto previsto para o sector. A Iberdrola aceitaria ficar com uma das distribuidoras de gás. Porém, o presidente da EDP, João Talone, já referiu por diversas vezes que a eléctrica basca ¿entrou pelo mercado, sai por essa via¿. Mas a leitura Portugal/Espanha que estará a ser feita empresarialmente no processo de destaque do gás para a EDP poderá levar a Iberdrola a conseguir valer alguns dos seus intentos (a EDP pretende reforçar a sua posição na Hidrocantábrico, onde detém 40% e, por isso, não deseja resistências de Espanha). ¿Poderá ganhar alguma pressão política por forma a que o Governo português amanhã não tenha condições de dizer que não à instalação da central eléctrica de ciclo combinado a gás natural na Figueira da Foz¿. Recorde-se que a eléctrica basca está também interessada em adquirir uma fatia da Turbogás, onde a EDP detém o direito de preferência sobre os 75% detidos pelos alemães da RWE. A Iberdrola conta também com outro grande trunfo: tem um acordo estratégico com a Galp que sustenta a sua parceria com base no seu interesse do gás. Foi com base neste pressuposto que pagou 118 milhões pelos 4% da Galp.
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