Em dia de reunião da Fed, Trump volta à carga e pede juros nos 2%

[artista_]

artista, sabes que eu sou um defensor dos professores, mas em relação à avaliação acho que ela deve ser feita desde que contem para a avaliação final, repara que se dos 100 que estão à tua frente tu com mais esta avaliação podesses passar à frente de uns quantos não seria justo?

Mesmo que isso acontecesse não acharia justo. Um percurso de anos não pode ser alterado numa prova de 120 minutos. Além do que penso que isso nem sequer se coloque, acho que a nota desta prova não vai interferir na nota da qualificação profissional. Até porque aqueles que estão colocados não fazem prova.... então para que é que isto serve? Obviamente para reduzir drasticamente o número de professores desempregados, porque o número os envergonha!

E não hão-de haver outros professores que sairam com melhores notas da universidade simplesmente porque na universidade deles o ensino era mais facilatado e por isso estão à tua frente?

Já falei nisso lá atrás, a prova não vai servir para alterar a graduação, é apenas para excluir alguns... milhares!

Em minha opinião deve haver uma valiação final igual para todos para poder identificar mesmo os melhores não só em termos de notas mas de aptidão para o ensino, quantas vezes não vimos brilhantes alunos numa determinada área mas depois não consegue transmitir esse conhecimento, simplesmente porque não tem jeito.

Eu concordo contigo, e a avaliação existe, parece-me é que é um modelo que não serve de muito. De qualquer forma, será sempre complicado encontrar um modelo que consiga ser minimamente justo para todos, mas obviamente que devemos ter sempre avaliação e devemos ir melhorando o sistema.

[Heisenberg]

Eu percebo que os professores se sintam incomodados com a obrigação de fazer uma prova.
O problema é que durante muitos anos não se sentiram nada incomodados com a proliferação de cursos e cursinhos, escolas superiores de educação públicas e privadas, com licenciaturas em ensino nas quais qualquer um entra e pouco se aprende da área científica em questão para além das pedagogices. O resultado está à vista, e não pode ser negado: há demasiados professores mal formados, sem conhecimentos suficientes; professores de português que não sabem escrever; professores de matemática que não sabem fazer contas de cabeça; professores de música que têm ouvido duro. Esta é a verdade.
E agora? Como resolver o que não se preveniu? Deixar andar? Deixar os maus professores lá ficarem até à reforma?

Os médicos, classe que eu até abomino pelas suas atitudes demasiado corporativistas, estão sempre atentos e prontos a condenar e até impedir a abertura de cursos de medicina sem garantias de qualidade (claro que têm outros motivos, mas para o caso não são relevantes).

Os advogados não conseguiram impedir a abertura de demasiados cursos, pelo que acabaram também por criar uma prova para acesso à profissão, procurando corrigir os erros dos outros e até o ridículo de se permitir que "licenciados" em 3 anos exerçam a profissão.

O que têm feito os professores desde a criação das escolas superiores de educação, dos piagets e afins? Nada. E neste caso o processo de abandalhamento começou há muito mais tempo, nos anos 80!

A prova de acesso é uma menorização dos professores? É, claro, principalmente dos bons professores. Mas é preciso fazer alguma coisa para tirar os maus do sistema. E cheira-me que isto não é suficiente. Até porque as tais escolas superiores continuam a funcionar da maneira que entendem, concentradas em pedagogices e pouco se importando com a formação científica específica dos futuros professores - para quem não sabe, há cursos destes em que os alunos não aprendem mais do que as matérias que terão de ensinar! Ou seja, o seu conhecimento na área termina praticamente no mesmo ponto que o dos alunos a quem vão ensinar.

Quando eu estudava, lembro-me que tinha professores de português, inglês ou francês com cursos de faculdade de letras, de matemática, física ou química com cursos de faculdade de ciências, e que tiravam as especializações em ensino após os cursos. Depois começaram a aparecer os licenciados em educação...

[dfviegas]

artista, sabes que eu sou um defensor dos professores, mas em relação à avaliação acho que ela deve ser feita desde que contem para a avaliação final, repara que se dos 100 que estão à tua frente tu com mais esta avaliação podesses passar à frente de uns quantos não seria justo?

E não hão-de haver outros professores que sairam com melhores notas da universidade simplesmente porque na universidade deles o ensino era mais facilatado e por isso estão à tua frente?

Em minha opinião deve haver uma valiação final igual para todos para poder identificar mesmo os melhores não só em termos de notas mas de aptidão para o ensino, quantas vezes não vimos brilhantes alunos numa determinada área mas depois não consegue transmitir esse conhecimento, simplesmente porque não tem jeito.

[MiamiBlue]

Não concordo com o título! Eu chamava-lhe antes " A vergonha da classe politica".

Discordo.

O título deveria ser "Método de Humilhação de uma Classe profissional"

Crato está ao nível de PPC, do pior que esta país teve como governantes.

[artista_]

Mais uma vergonha...

http://expresso.sapo.pt/prova-de-avalia ... ro=f839517

Prova de avaliação docente realiza-se a 18 de dezembro
A inscrição da prova de ingresso na carreira custa 20 euros. O valor aumenta se os professores decidirem prestar provas em mais do que uma componente específica.

Por cada componente específica extra em que os docentes queiram prestar provas terão que pagar 15 euros Tiago Miranda Por cada componente específica extra em que os docentes queiram prestar provas terão que pagar 15 euros

Os docentes vão ser chamados para ser avaliados já a 18 de dezembro, tendo de pagar 20 euros pela inscrição na prova, de acordo com um despacho do ministro da Educação, Nuno Crato, assinado e publicado hoje.

Certamente que uma grande maioria de professores vai deixar de fazer a prova para não pagarem os 20 euros. Para o ano que vem já podem dizer que afinal só há 5 ou 10 mil professores desempregados!! Este país é definitivamente uma vergonha...

no minimo nao serão 35€? As gerais e a especifica para o grupo?

Se queres que te diga não tenho a certeza absoluta, mas penso que os 20 euros incluem a prova geral mais uma específica. Os docentes que concorrerem a mais do que um grupo de recrutamento (são uma parte significativa do todo) é que têm de pagar mais 15 por cada prova específica suplementar que tiverem de fazer. Agora repara, muitos docentes sabem que não têm hipóteses de ser colocados, iriam fazer a prova, a custo e contrariados, apenas por descargo de consciência. Este elemento novo, a cobrar da prova é mesmo para que milhares desistam de vez de a ir fazer. Só para veres, eu tenho poucas hipóteses de ser colocado mas, no meu grupo de recrutamento, tenho muito mais gente atrás de mim do que à frente, são cerca de 100 à frente e uns 500 atrás.

Visto de outra perspetiva, eu tirei um curso superior numa faculdade pública, por acaso numa das que todos os anos é das que tem médias de acesso mais elevadas. Acabei a licenciatura com 14 valores. Como o meu grupo de recrutamento não tem professores formados especificamente para o ensino, comecei a dar aulas com habilitação própria, ganhava sginificativamente menos. Ao fim de 6/7 anos de docência, o ministério chamou-me (eu não me inscrevi em nada, foram eles que o fizeram) para fazer um estágio integrado, foram dois anos a dar aulas e a malhar no estágio, para ficar profissionalizado. Acabei essa profissionalização com média de 15 valores. Como sempre fui contratado, todos os anos fui avaliado, nunca tive uma nova inferior a "Bom". Lecionei em 16 anos letivos diferentes, tenho cerca de 10 anos de tempo de serviço... e ao fim disto tudo vou ter de pagar para fazer uma prova de 120 minutos para eles aferirem se eu tenho ou não condições para ser professor!.... Digam-me que estou a ver alguam coisa mal, que isto não é uma estupidez completa.... ah, é verdade, todos os que foram colocados, mesmo que estejam em último nas listas, mesmo que tenham sido colocados num horário de 2 tempos semanais em Montalegre, esses estão dispensados de fazer a prova!

Sinceramente ainda tenho alguma esperança que alguém neste país pare com esta estupidez! Ainda me custa a acreditar que vivo num país tão estúpido, ou tão mafioso, ou tão ignorante, ou tão parvo, ou tão estas coisas todas juntas.

[moppie85]

Mais uma vergonha...

http://expresso.sapo.pt/prova-de-avalia ... ro=f839517

Prova de avaliação docente realiza-se a 18 de dezembro
A inscrição da prova de ingresso na carreira custa 20 euros. O valor aumenta se os professores decidirem prestar provas em mais do que uma componente específica.

Por cada componente específica extra em que os docentes queiram prestar provas terão que pagar 15 euros Tiago Miranda Por cada componente específica extra em que os docentes queiram prestar provas terão que pagar 15 euros

Os docentes vão ser chamados para ser avaliados já a 18 de dezembro, tendo de pagar 20 euros pela inscrição na prova, de acordo com um despacho do ministro da Educação, Nuno Crato, assinado e publicado hoje.

Certamente que uma grande maioria de professores vai deixar de fazer a prova para não pagarem os 20 euros. Para o ano que vem já podem dizer que afinal só há 5 ou 10 mil professores desempregados!! Este país é definitivamente uma vergonha...

no minimo nao serão 35€? As gerais e a especifica para o grupo?

[artista_]

Mais uma vergonha...

http://expresso.sapo.pt/prova-de-avalia ... ro=f839517

Prova de avaliação docente realiza-se a 18 de dezembro
A inscrição da prova de ingresso na carreira custa 20 euros. O valor aumenta se os professores decidirem prestar provas em mais do que uma componente específica.

Por cada componente específica extra em que os docentes queiram prestar provas terão que pagar 15 euros Tiago Miranda Por cada componente específica extra em que os docentes queiram prestar provas terão que pagar 15 euros

Os docentes vão ser chamados para ser avaliados já a 18 de dezembro, tendo de pagar 20 euros pela inscrição na prova, de acordo com um despacho do ministro da Educação, Nuno Crato, assinado e publicado hoje.

Certamente que uma grande maioria de professores vai deixar de fazer a prova para não pagarem os 20 euros. Para o ano que vem já podem dizer que afinal só há 5 ou 10 mil professores desempregados!! Este país é definitivamente uma vergonha...

[albarrã]

Não concordo com o título! Eu chamava-lhe antes " A vergonha da classe politica".

[IzNouGuud]

A minha grande dúvida é saber se o cheque ensino vai substituir o actual financiamento do estado (e a escola privada vai continuar a ser para quem tem dinheiro) ou se vai substituir opagamento dos alunos (e o estado continuar com o financiamento).

Não percebo como é que as turmas do público têm que ter 30 alunos e no privado se financie as turmas com menos de 20 alunos.
Não percebo porque é que se limita o número de turmas das escolas públicas. Se há alunos e capacidade para os receber devia ser decisão da escola.

Um abraço

[Pulka]

O problema nunca foi a existência do ensino privado, mas sim a transferência de fundos públicos para o ensino privado. Que o Estado comparticipe numa escola privada que providencia um serviço que não existe na zona, ou que o Estado não consegue fornecer, tem toda a lógica. Fora essa situação, para mim é uma estupidez e um contra-senso.

[SERRA LAPA]

Sou favorável ao ensino privado, a liberdade de escolha é essencial, mas isto.....

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/repor ... -4071.html