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Caldeirão da Bolsa

Finanças & Fundos de Investimento

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Fundos de Investimento (baixo risco)

por VirtuaGod » 11/10/2013 17:50

Sim é mesmo isso file 112. Não sei pk seria ilegal mas duvido, não me parece que o Best corresse esse risco completamente desnecessário!
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Re: Fundos de Investimento (baixo risco)

por Outlier » 11/10/2013 12:50

file 112 Escreveu:
Amiais Escreveu:Obrigado pelo aviso sobre o FIFO, mas já sabia.
VirtuaGod Escreveu:Pessoas preguiçosas que não fazem diferentes dossiers de fundos olha acabas literalmente por pagar essa preguiça em impostos :twisted:

Mas fazes um dossier diferente por cada vez que reforças um fundo?
Eu tenho dossieres diferentes para cada objectivo/duração, onde se acabam por juntar a subscrição original e os reforços.


Não é quando adicionas 500 euros a um fundo que faz grande diferença mas quando o reforço ultrapassa por exemplo 30% do montante investido concordo com dossier novo.

Separares em vários dossiers os fundos, principalmente quando não tens a carteira feita completamente e vais andar a resgatar e comprar para fazer novos pesos ou quando precisas de liquidez daqui a um ano etc é mais eficaz fiscalmente fazeres vários dossiers.

Como em tudo acabo por gerir as coisas mais com senso comum do que com regras rígidas...

@VirtuaGod: Quando tiveres algum tempo, agradecia que especificasses mais esta temática, que é de grande importância dado que o fator IRS é um aspirador de alta potência das nossas mais-valias, pois não fiquei com a certeza absoluta da tua estratégia.
Obrigado.

Um abraço,
file 112[/quote]


@VirtuaGod, Desculpa estar a insistir com este assunto, nesta altura que estás a remodelar a 1ª página deste tópico, mas preciso de ser esclarecido. Vou de seguida expor o meu ponto de vista:
Por aquilo que deduzi da estratégia, deve-se constituir vários dossiers para o mesmo fundo com o objetivo de minimizar o efeito da regra do “First in First Out” aquando do resgate parcial do fundo, de modo a se pagar menos das mais-valias aonde é aplicada a taxa de 28% (IRS), escolhendo o dossier de resgate onde a cotação de subscrição da UP fosse mais alta e assim gerava menos das mais-valias e consequentemente pagava menos imposto. Dou um exemplo: Suponhamos que em vez de fazer duas subscrições no fundo A eu constituía um dossier y do fundo A, em que a cotação de subscrição da UP é de 90.00 €, e um dossier z do mesmo fundo A com o valor da UP de subscrição igual a 100.00 €; posteriormente se quisesse resgatar parcialmente o fundo A, resgataria o dossier z.
O meu banco nunca permitiu constituir esses dossiers de fundos e, não sendo fiscalista, tenho sérias dúvidas sobre a legalidade de tal medida, tal como a exemplifiquei atrás, porque isso, na minha opinião, vai contra o espírito da lei e, sendo assim, tal procedimento seria ilegal.
Deixo este assunto à consideração de todos os foristas e, desde já, agradeço a quem me possa esclarecer
 
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Re: Fundos de Investimento (baixo risco)

por Azul10 » 10/10/2013 12:43

Excelente post VG, mas já agora fica uma pergunta, porque não utilizar como fundo de acção um fundo global geral em vez de um fundo global do sector de consumo em específico? Calculo que seja por o sector de consumo ser talvez o sector com menos risco na parte das acções mas numa carteira assim mais simplificada penso que um fundo, ou ETF, sem ser sectorial seria mais adequado.
 
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Re: Fundos de Investimento (baixo risco)

por chico_laranja » 10/10/2013 12:37

VG

Uma coisa que era interessante acrescentar seria a relação EFT-Fundo.

No fundo algo como o que fizeste no post anterior:
"BND: Pimco Total Return
LQD: Pimco Investment Grade
EMB: Pimco Emerging Market
JNK: Pimco High Yield
VDC: Fidelity Consumer Staples"

Sabendo que vários fundos têm o mesmo ETF/Benchmarck, como por exemplo o VDC poder ser visto como benchmarck para o Fidelity Consumer Staples mas também para o EEF.

Há que ter em conta que isto é sempre uma aproximação e tem um enviesamento que pode ser grande e alguns fundos não podem ser comparados apenas a um ETF, quanto muito uma relação 50-50, 60-40 ou 1/3-1/3-1/3 de ETFs.
Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
Um abraço e bons investimentos.
 
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Re: Fundos de Investimento (baixo risco)

por VirtuaGod » 9/10/2013 19:19

Benchmark e como fazer um portfolio usando o ETFReplay

A ideia de fazer um benchmark (com as vantagens e desvantagens inerentes a isso) era algo em que eu penso recorrentemente. Resolvi definitivamente fazer o benchmark pois serve dois propósitos. Responde simultaneamente a "A minha carteira está-se a portar bem?" e a "Qual tem sido a rentabilidade de investir em fundos?". O engraçado é que responde estas questões ao mesmo tempo que continua a permitir a flexibilidade inerente ao fundos. Ou seja, a pessoa pode ver "em tempo real" o efeito passado de alterar as alocações e com isso "ver" melhor o tipo de alocações que prefere tendo em consideração a maximização do retorno dada a sua predisposição para risco.

Com isto vou introduzir um Benchmark simples que ajudará cada um a responder estas questões. Optei por usar um benchmark com ETFs, sendo que normalmente os benchmark são com indíces acho que faz sentido. Posteriormente irei falar sobre a aplicabilidade no mundo dos fundos, com uma carteira exemplo.

Vamos começar com o benchmark. Para isso usei o site ETFReplay na secção de backtesting. A primeira questão quando se faz uma carteira (e bem antes de se pensar em qual fundos usar) deverá ser: Qual o tipo de alocação de activos vou usar? Esta é uma questão crucial pois será a maior responsável pela volatilidade e retornos da vossa carteira.

Como o objectivo do tópico vai continuar a ser carteiras conservadoras estive a analisar e a ler qual seria o montante de acções recomendável mínimo numa carteira deste tipo. Com bse no que li, e tenho um gráfico abaixo, e mesmo com base nos backtests um montante mínimo de 20% de acções é o recomendável. Pode parecer muito mas devido à correlação, às vezes até negativa, entre vários activos na realidade uma carteira com 20% de acções tem menos risco (medido por desvio padrão) que uma carteira 100% obrigacionista ao mesmo tempo que permite maiores retornos. Embora os testes não sejam de muito longo prazo pois só desde 2007/2008 é que temops os ETFs que uso na carteira temos anos excelentes para testes a começar com o de 2008 e este ano (e provávelmente os 2 próximos) vão tb ser muito bons para analisarmos com o potencial fim do Bull Market das obrigações.

Imagem

O Benchmark deste início de 2008 até agora:

Imagem

Imagem

Ao fazer uma análise de backtest deve-se ter em consideração obviamente o retorno mas também o risco. Analisarmos o desvio padrão é uma boa forma de vermos o risco potêncial. Outra forma é vermos o Drawdown. O drawdown é a diferença entre o pico máximo e o mínimo da carteira. Ou seja, mesmo que o ano de 2008 o benchmark só tenha perdido 6.8% a realidade é que o que sentimos foi uma queda de 20.24% que representou a diferença entre o mínimo e o máximo. Temos que ter em atenção estes pormenores pois olhando para as rentabilidades anuais temos uma falsa sensação de segurança.

Outro promenor que devemos ter atenção é o rácio de Sharpe. O rácio de sharpe mostra quanto do risco é transformado em retorno. Quanto maior o rácio de sharpe melhor (mas cuidado com a sobre optimização de histórico que depois não se vai reflectir na realidade).

Ao fazer estas carteira e sabendo que é muito complicado obter altos retornos com pouco risco o que tento fazer é que a rentabilidade anualizada (medida pelo CGAR) seja o mais parecida (superior se possivel) ao desvio padrão.

Este é um benchmark simples para uma carteira conservadora e penso ser um bom guia para as rentabilidades que podem esperar para este tipo de carteira. Podem, e devem brincar para ver qual o tipo de risco e qual o retorno que teriam se optassem por alocações diferentes.

Como passar o benchmark para a realidade dos fundos?

Estes ETFs seguem indíces. Estes indíces por serem bastante famosos/grandes têm uma série de fundos de gestão activa que tentam batê-los numa lógica retorno/risco. Assim e tendo em consideração muitos fundos no Top ou fundos falamos recorrentemente facilmente transformamos este benchmark com ETFs num benchmark com fundos usando fundos de investimento com o objectivo de "bater" os respectivos indíces/ETFs

Assim:

BND: Pimco Total Return
LQD: Pimco Investment Grade
EMB: Pimco Emerging Market
JNK: Pimco High Yield
VDC: Fidelity Consumer Staples

Usei propositadamente os Pimco para não cair na tentação de escolher outros fundos que podem ter tido melhor performance que os Pimco no passado. Gosto da homogeneidade e simplifica as coisas. O Benchmark em fundos fica assim: CB Benchmark (Conservador)

Se repararem os fundos escolhidos não conseguiram bater o benchmark em ETFs. Essa razão prende-se maioritariamente com o facto de o Fidelity Consumer Staples não bater o ETF correspondente (VDC), tendo tido até um 2008 muito diferente com uma queda de 28% para o fidelity e de 16.6% para VDC. 2011 também foi bastante diferente com VDC a ter 13.6% de rentabilidade face a -0.1% do Fidelity CS. Por sua vez 2009 e 2010 foi muito melhor para o Fidelity CS apresentando mesmo um retorno a 5 anos superior a VDC (14.3% do Fidelity CS vs 11.54% do VDC).

De uma forma geral esta carteira de fundos já tem uma performance semelhante (mesmo que inferior ao benchmark) mas claro que podem e devem "apimentar" com outros fundos para melhorar a performance mantendo a mesma alocação. Na actualização da primeira página vão ser colocados vários fundos com especial atenção ao tipo de activos que cada um dele tem. Entre esse tipo de activos podem mais ou menos mudar entre os fundos sem grandes problemas. Umas pequenas alterações e a carteira de fundos bate o benchmark. Porque em vez de Pimco TR não usar 50% do capital alocado a "All Bond Market" a Pimco GB por exemplo, da mesma forma podem diversificar o Pimco emerging Market com o F&C EMB por exemplo, o Pimco High Yield com o Axa HY e o Fidelity CS com o ING (L) Invest Consumer Goods HX. Todos os fundos, mesmo não estando na primeira página (vão ser incluidos) já foram extensamente debatidos ao longo do tópico. Não devem também escolher sempre o que se tem portado melhor no passado recente. Ao diversificar 50% em cada estamos a incluir dois fundos por cada activo e não ficamos tristes por ter comprado o que teve pior performance.

P.S. Esta é a primeira alteração. Em breve avançarei com a alteração na primeira página colocando fundos diferenciados em tipo de activos!

P.S. 2 - Uma das vantagens da Unience é que dá para seleccionar periodos se assim o quiserem!
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Re: Fundos de Investimento (baixo risco)

por VirtuaGod » 9/10/2013 18:35

file 112 Escreveu:VG, Como este tópico já vai em mais de 2 centenas de páginas, acho que a 1ª página deveria ter uns links referentes aos assuntos técnicamente mais relevantes deste tópico


Está a ser tratado, seja por mim seja uma das funcionalidades que vai haver na primeira página acho que vai haver links para todos os gostos LOL

file 112 Escreveu:VG, proponho para a secção de livros da biblioteca financeira da 1ª página deste tópico, a inclusão dos seguintes livros:

- Portfolio Risk Analysis, de Gregory Conner, Lisa Goldberg e Robert Korajazyk, editado pela Princeton University Press (de Princeton e Oxford) em 2010;
- Risk and Asset Allocation, de Attilio Meucci, editado pela Springer Finance em 2005;
- CliffsNotes Investing in Mutual Funds, de Juliette Fairley, editado pela IDG Books Worldwide, Inc. em 1999.


O 3º jã não se encontra em comercialização. Os dois primeiros são para assustar o pessoal. Tens formação matemática? Não desgosto dos livros mas numa óptica simples de alocação de activos não vejo utilidade em complicar o simples (a menos que alguém aqui queira ir trabalhar para a área de gestão de risco de um banco que não é o propósito do tópico).


file 112 Escreveu:VG, Na 1ª página deste tópico, na listagem de livros de nível intermédio, tens a referência a este livro: "Frontiers of Modern Asset Allocation (Wiley Finance) - Laurence B. Siegel)". Eu tenho um livro recente que tem o mesmo nome mas o autor é Paul D. Kaplan e o Laurence B. Siegel não é o autor mas é quem faz o prefácio, sendo editado pela Wiley Finance em 2012. Será que estamos a falar do mesmo livro, ou não?


Sim. Vou alterar na prímeira página. Obrigado pelo aviso.
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Re: Fundos de Investimento (baixo risco)

por VIXIUM » 9/10/2013 9:25

Boas

Notícia de abertura de hoje do FT: Obama to nominate Yellen as Fed chair

Fiquem bem.

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Re: Fundos de Investimento (baixo risco)

por Midas » 9/10/2013 1:09

Gráfico dos retornos em toda a existência do "UBS (Lux) Equity Fund - Infrastructure (EUR) P-acc" desde da data do lançamento em 13-06-2008 até 08-10-2013. Comparando com os 2 fundos de acções Bens de Consumo, ele teve uma maior queda em 2008-2009. Este ano, depois do Ben do Fed falar em 22/Maio, o Eurizon tem estado sempre a cair e ainda não recuperou, o Fidelity está a lateralizar (já chateia, :evil: ), mas o UBS já está perto de recuperar completamente os seus máximos de 52 semanas. Como exemplo, uma carteira com estes 3 fundos, demonstra bem, a vantagem da diversificação, 1 desce, 1 lateraliza e outro sobe.

CS; GCI; Inf.gif
Fonte: Morningstar/Banco Best
CS; GCI; Inf.gif (62.29 KiB) Visualizado 8732 vezes
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Re: Fundos de Investimento (baixo risco)

por Midas » 9/10/2013 0:42

Joao87 Escreveu:
Rick Lusitano Escreveu:
Apesar de ser um bom fundo de acções, com bons retornos e relativamente pouca volatilidade, eu dei-lhe um peso de 2,5% no total da minha carteira EUR, que é o peso standard que eu dou a cada fundo de acções na minha carteira, por comparação, apenas 2 fundos de acções têm pesos superiores, sendo 5% cada em: Fidelity Global Consumer Industries e Eurizon Consumer Staples, (eu sei que estou com peso excessivo em Acções Bens de Consumo, :oops: , é de proposito, é o sector mais defensivo, todas as pessoas precisam de comer e beber, mesmo em recessões ou até mesmo, em guerras).


E apesar de considerares as Acções Bens de Consumo o sector mais defensivo, o UBS (Lux) EF Infrastructure (EUR) P ainda consegue ter um desvio padrão a 3 anos inferior a qualquer um dos fundos que referencias te. 8.94 % contra 9.74 %( Eurizon ) 9.99 % (Fidelity)



É correcto o que tú dizes, o subsector das infra-estructuras na escala das necessidades básicas de uma sociedade vêm depois dos Bens de Consumo, da Saúde e dos Serviços Públicos. Este fundo é mau exemplo ( :lol: ), pois deveria estar a seguir a estes 3 sectores em desempenho, mas na realidade não está, há que aproveitar. :wink:
Mas há também que relembrar que este fundo tem cerca de 5 anos de existência, apanhou a fase de bull market das acções do S&P 500 e de outros mercados, não sabemos como se comportaria numa fase de bear market, daí numa postura mais cautelosa, não quis dar mais peso a ele.

Há um certo consenso sobre os sectores mais defensivos e conservadores, ordenando do mais defensivo até ao menos defensivo, dentro dos sectores defensivos:
1º - Bens de Consumo ("Consumer Staples")
2º - Saúde ("Health Care")
3º - Serviços Públicos ("Utilities")

O subsector de infra-estructuras, está depois destes 3 sectores, ele não é 1 sector por mérito próprio, é um subsector que engloba vários sectores económicos, podes ver isso com mais detalhe no meu artigo.
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Re: Fundos de Investimento (baixo risco)

por Midas » 9/10/2013 0:23

Morningstar España Escreveu:Primera gran lección: nada es permanente. Tendemos a pensar que las grandes firmas de gestión, con sus grandes edificios y su gran cuota de mercado, estarán ahí para siempre. Pero nada más lejos de la realidad, en especial en una industria como esta en la que el talento sale por la puerta para irse a su casa cada día. Si miramos cuales eran las diez mayores gestoras estadounidenses en el año 1986 y las comparamos con las diez mayores compañías hoy en día, llegamos a la conclusión de que pocas han mantenido su liderazgo e incluso más de la mitad han desaparecido. Analizando estas últimas, te das cuenta de que han desaparecido por una razón. La conclusión es que las gestoras que quieran mantener su liderazgo deben esforzarse en esta carrera día a día, y deben estar dispuestas a reinventarse, porque si se quedan quietas hay muchas probabilidades de que acaben cayendo o siendo adelantadas. - See more at:

Imagem

La segunda lección que podemos sacar de lo ocurrido en EEUU a lo largo de estos últimos años es que las predicciones raramente se cumplen. Allá por finales de los años 80 los analistas preveían que los bancos iban a dominar la industria de gestión de activos en Estados Unidos porque controlaban la distribución o que los fondos pasivos iban a desbancar a los fondos de gestión activa. Pero nada de eso ocurrió, y controlar la distribución no llevó al éxito sino todo lo contrario. La conclusión aquí es que es inútil gastar tiempo y tinta haciendo predicciones de este tipo, en lugar de fijarnos en lo realmente importante. Y debemos ser humildes a la hora de hacer predicciones sobre la industria.

(...)


Fonte: Morningstar España - 5 Lecciones aprendidas por Morningstar en 25 Años (08/10/2013)
http://www.morningstar.es/es/news/112587/5-lecciones-aprendidas-por-morningstar-en-25-a%C3%B1os.aspx
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Re: Fundos de Investimento (baixo risco)

por Joao_87 » 9/10/2013 0:16

Rick Lusitano Escreveu:
Apesar de ser um bom fundo de acções, com bons retornos e relativamente pouca volatilidade, eu dei-lhe um peso de 2,5% no total da minha carteira EUR, que é o peso standard que eu dou a cada fundo de acções na minha carteira, por comparação, apenas 2 fundos de acções têm pesos superiores, sendo 5% cada em: Fidelity Global Consumer Industries e Eurizon Consumer Staples, (eu sei que estou com peso excessivo em Acções Bens de Consumo, :oops: , é de proposito, é o sector mais defensivo, todas as pessoas precisam de comer e beber, mesmo em recessões ou até mesmo, em guerras).


E apesar de considerares as Acções Bens de Consumo o sector mais defensivo, o UBS (Lux) EF Infrastructure (EUR) P ainda consegue ter um desvio padrão a 3 anos inferior a qualquer um dos fundos que referencias te. 8.94 % contra 9.74 %( Eurizon ) 9.99 % (Fidelity)
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Re: Fundos de Investimento (baixo risco)

por Midas » 9/10/2013 0:12

A Ben II, é mais acomodativa do que o Ben. 8-)

Bloomberg Escreveu:BREAKING NEWS

Obama to Announce Yellen Nomination as Fed Chief Tomorrow

Oct 08, 2013 6:58 PM EDT
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Re: Fundos de Investimento (baixo risco)

por Midas » 9/10/2013 0:08

Um artigo da Morningstar Espanha sobre o Carmignac Patrimoine, deixo a parte inicial do artigo, poderão ler o resto através do link.

Morningstar España Escreveu:Portfolio Management

¿Qué podemos esperar del Carmignac Patrimoine?

Reflexión sobre cómo encajan los fondos de autor dentro de una cartera de inversión

Fernando Luque 07/10/2013

Hace unos días estuvo en Madrid Frédéric Leroux, gestor global de Carmignac Gestion, para explicar básicamente qué es lo que ha pasado recientemente con el Carmignac Patrimoine (en los últimos 12 meses el fondo ha obtenido cerca de un 4% menos que media de su categoría).

Evolución del Carmignac Patrimoine frente a su categoría

Imagem

A raíz de este comportamiento algunos inversores se preguntan qué hacer con sus participaciones en este fondo. ¿Hay que reducir? ¿Hay que comprar más participaciones? Conviene reflexionar antes de tomar cualquier decisión.

¿Hay que reducir?

Piense en primer lugar por qué compró este fondo.

(...)



http://www.morningstar.es/es/news/112579/%C2%BFqu%C3%A9-podemos-esperar-del-carmignac-patrimoine.aspx
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Re: Fundos de Investimento (baixo risco)

por zaq1 » 8/10/2013 23:10

Rick Lusitano Escreveu:zaq1, é precisamente esse fundo eu mencionei quando eu fiz 1 artigo sobre a temática há meses atrás e voltamos ontem e hoje a falar nele. 8-)
Tomei agora consciência que esse artigo passou ao lado de muita gente, na altura, no meio de tantos comentários...


Eu sou um deles não me tinha apercebido.. mas pronto ainda que relembraste este tema. :)
 
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Re: Fundos de Investimento (baixo risco)

por Midas » 8/10/2013 22:36

O fundo não é um fundo especifico para exposição a Europa, apesar de ter neste momento, uma grande exposição, mas também é na Europa, que poderão encontrar neste momento, as melhores oportunidades.

Desagregação por regiões 31-08-2013
% de acções

United States 22.70
Canada 5.47

Eurozone 44.75
Europe - ex Euro 3.41

Middle East 1.73

Japan 5.37
Australasia 8.84
Asia - Developed 1.71
Asia - Emerging 6.04

Como podem ver, também é fundo multi-sectorial, aumentando a diversificação e reduzindo os riscos que um fundo uni-sectorial tem:

Distribuição por sectores 31-08-2013
% de acções

Consumer Cyclical 4.76

Utilities 26.13

Communication Services 7.90
Energy 4.35
Industrials 52.38
Technology 4.48

Fonte: Morningstar Portugal
http://www.morningstar.pt/pt/funds/snapshot/snapshot.aspx?id=F00000247P&tab=3

Apesar de ser um bom fundo de acções, com bons retornos e relativamente pouca volatilidade, eu dei-lhe um peso de 2,5% no total da minha carteira EUR, que é o peso standard que eu dou a cada fundo de acções na minha carteira, por comparação, apenas 2 fundos de acções têm pesos superiores, sendo 5% cada em: Fidelity Global Consumer Industries e Eurizon Consumer Staples, (eu sei que estou com peso excessivo em Acções Bens de Consumo, :oops: , é de proposito, é o sector mais defensivo, todas as pessoas precisam de comer e beber, mesmo em recessões ou até mesmo, em guerras).
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Re: Fundos de Investimento (baixo risco)

por Midas » 8/10/2013 22:17

zaq1 Escreveu:
Rick Lusitano Escreveu:

Investopedia Escreveu:Both real estate and infrastructure constitute attractive investments for risk-averse investors, especially during bear markets. There are similarities and differences between the two, and you can construct a truly optimal portfolio by fully exploiting them.



Investopedia Escreveu:Portfolio Optimization with Real Estate and Infrastructure
(...)
This is an important finding given that infrastructure is really helpful for risk-averse investors - especially in equity market downturns.



Investopedia Escreveu:Another important finding is that real estate and infrastructure may be more useful in terms of diversification than through actual returns. Given the controversy on effective asset allocation and the turbulence in real estate markets, this is a major issue. The latter highlights the benefits of using not only real estate, but also infrastructure.



A este propósito e quem quiser olhar mais para a Europa deixo aqui este fundo:

LU0366711900 - UBS (Lux) EF Infrastructure (EUR) P
8-)




zaq1, é precisamente esse fundo eu mencionei quando eu fiz 1 artigo sobre a temática há meses atrás e voltamos ontem e hoje a falar nele. 8-)
Tomei agora consciência que esse artigo passou ao lado de muita gente, na altura, no meio de tantos comentários. O meu propósito era mostrar 1 sector conservador e defensivo, muitas vezes negligenciado, e que poderia eventualmente substituir os fundos de investimento do Imobiliário Indirecto, uma vez, que existe pouca oferta de fundos de investimento de Imobiliário Directo, (poderá haver 1 fundo interessante deste sector, mas falarei mais tarde, quando organizar o meu raciocínio).

Não querendo entrar em "guerras" sobre se os fundos de investimento "normais" (de gestão activa) são melhores ou piores que os ETFs de gestão passiva, por curiosidade esse fundo de gestão activa bate o ETF de gestão passiva correspondente, o IGF (Infra-estructura Global) e como falamos dos ETFs REITs também de gestão passiva, ele bate também o RWO (REIT Global), o VNQI (REIT Global ex-EUA) e a categoria Morningstar "Global Real Estate", no VNQ (REIT EUA), eles podem se considerar mais ou menos empatados ao nível de retornos a 5 anos, mas no risco/volatilidade ("Análise Rendibilidade/Risco") tanto em EUR como em USD (uma vez que os ETFs são em USD), o fundo da UBS bate todos estes ETFs em todos os prazos da sua existência. :mrgreen:




Rick Lusitano em 8/10/2013 0:08 Escreveu:
Joao87 Escreveu:Um Fundo que já acompanho a algum tempo e que estou sériamente a ponderar investir dentro em breve é o seguinte:

UBS (Lux) EF Infrastructure (EUR) P
(http://www.morningstar.pt/pt/funds/snapshot/snapshot.aspx?id=F00000247P)

Sector infra estrutura
Ano 12.98
3 anos anualiz. 13.14
5 anos anualiz. 11.0

Desv.Padrão(3a.) 8.94 %
Rentabilidade média 13.27 %

Rácio de Sharpe 1.33

Parece-me qualquer coisa ^^



Eu escrevi 1 artigo sobre o sector das Infra-estruturas e Imobiliário Indirecto na página 186 deste tópico, intitulado "Imobiliário (Indirecto) vs. Infra-estruturas", aonde menciono precisamente este fundo, como sendo a minha escolha para obter exposição a este sector especifico, o Sector Infra-estruturas, em detrimento de um fundo de imobiliário indirecto. Talvez queiras dar uma vista de olhos no artigo.

Rick Lusitano em 6/8/2013 15:21 Escreveu:
Imobiliário (Indirecto) vs. Infra-estruturas

Vou explicar o meu raciocino, em escolher um fundo da categoria “Acções Sector Infra-estrutura” em detrimento de um fundo de “Imobiliário Indirecto Global”.

(...)

O fundo que seleccionei da categoria Acções Sector Infra-estruturas, é:

UBS (Lux) Equity Fund - Infrastructure (EUR) P-acc (LU0366711900)
Categoria Morningstar™ Acções Sector Infra-estrutura
http://www.morningstar.pt/pt/funds/snap ... F00000247P

Trustnet Offshore Escreveu:Fund Objective
Actively managed equity portfolio that invests worldwide in companies in the following areas: construction, construction materials, communication, transportation, airports, motorways and other infrastructure-related sectors. Efficient means of exploiting the potential of companies that may profit from the expansion of infrastructure in the emerging markets. Specialised sector analysts seek out the most attractive stocks in the infrastructure sector. Investment decisions are based on a disciplined investment philosophy and careful fundamental research.



http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?f=3&t=77465&start=4625#p1053288
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Re: Fundos de Investimento (baixo risco)

por zaq1 » 8/10/2013 21:35

Rick Lusitano Escreveu:

Investopedia Escreveu:Both real estate and infrastructure constitute attractive investments for risk-averse investors, especially during bear markets. There are similarities and differences between the two, and you can construct a truly optimal portfolio by fully exploiting them.



Investopedia Escreveu:Portfolio Optimization with Real Estate and Infrastructure
(...)
This is an important finding given that infrastructure is really helpful for risk-averse investors - especially in equity market downturns.



Investopedia Escreveu:Another important finding is that real estate and infrastructure may be more useful in terms of diversification than through actual returns. Given the controversy on effective asset allocation and the turbulence in real estate markets, this is a major issue. The latter highlights the benefits of using not only real estate, but also infrastructure.



A este propósito e quem quiser olhar mais para a Europa deixo aqui este fundo:

LU0366711900 - UBS (Lux) EF Infrastructure (EUR) P
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Re: Fundos de Investimento (baixo risco)

por Midas » 8/10/2013 19:18

@file 112, fazes bem em relembrar esses parâmetros, Racio Sharpe, Alpha e Beta. Há sempre pessoas, que não sabem os significados deles, quando consultam as fichas dos fundos.

@ruicarlov , deixo 1 gráfico e alguma informação sobre o risco dos ETFs, com o horizonte temporal máximo do RWO, IGF e VNQ (apesar de este ETF ser apenas relacionado com os EUA e não global como os outros 2 ETFs):

ETFs - IGF vs. RWO & VNQ.gif
Fonte:Morningstar/Banco Best
ETFs - IGF vs. RWO & VNQ.gif (35.39 KiB) Visualizado 8881 vezes



RWO.gif
Fonte:Morningstar/Banco Best
RWO.gif (13.17 KiB) Visualizado 8881 vezes


VNQ.gif
Fonte:Morningstar/Banco Best
VNQ.gif (12.84 KiB) Visualizado 8881 vezes


IGF.gif
Fonte:Morningstar/Banco Best
IGF.gif (13.28 KiB) Visualizado 8881 vezes


O IGF é claramente menos volátil do que os ETF de REIT, (ver gráfico e imagens seguintes). Na queda de 2008-2009, ele caiu, mas não foi sequer parecido com os outros ETF de REIT, como podes ver no gráfico, aqui a correlação entre eles, foi bem menor. Confesso que também não esmiucei os ETFs destes 2 sectores, apenas os fundos de investimento "normais". Mas já se consegue ver alguma informação nestas imagens deste post. Relembro que nos ETFs, há quem aconselhe o uso dos 2 subsectores, REIT e Infra-estructuras, por ambos se complementarem e não por serem substituíveis um pelo outro.
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Re: Fundos de Investimento (baixo risco)

por Outlier » 8/10/2013 18:41

ghorez Escreveu:
file 112 Escreveu:
Conclusão:
Na relação de retornos ajustado aos riscos incorridos, a competência de um gestor de fundos só começa a partir de um rácio de sharpe e um alfa com valores superiores a zero e um beta inferior a 1.
Abr,

File 112


E essa competência é confirmada após que período com um rácio sharpe/alfa superior a zero? Ou após 15 dias já é bom gestor?


@ghorez, tu já sabes dar resposta que o período de 15 dias é um período de "espirro" e não se ganha uma partida de bilhar com uma única tacada. Relembro um fundamento principal da estatistica: Para os mesmos valores de sharpe/alfa, quanto maior fôr o período a que dizem respeito, maior será o seu nível de confiança estatistica. O mesmo se passa com a amostragem: à medida que vamos aumentando a quantidade de amostra (nº de dias registados) maior será o nível de confiança da probalidade estatistica e finalmente se a amostra fôr a quantidade total do parâmetro em causa (100%), então eu deixo de ter a incerteza relativa da probabilidade e passo a ter a certeza absoluta.

Abr,

file 112
 
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Re: Fundos de Investimento (baixo risco)

por ruicarlov » 8/10/2013 17:22

Rick Lusitano Escreveu: por alguma preguiça minha, falta de tempo e conhecimento, coloquei links para alguns artigos sobre esta temática, em vez de fazer um artigo de continuação, "Parte II - ETFs" e também não sei se existe muito interesse por parte dos participantes na temática dos ETFs. Pelo que li, o ideal é juntar 1 ETF REIT e 1 ETF de Infra-estructuras, pois ambos se complementam. O subsector das infra-estructuras, tem sido no passado, negligenciado mas tem vindo a ter cada vez mais adeptos, por ser 1 subsector diversificado e conservador. Deixo abaixo, informação de um post meu, na página 188, lê também a página 189 deste tópico, vais encontrar informação que eu coloquei sobre estes contextos, que é interessante.


Mais concretamente sobre os ETFs:
O IGF é o ETF mais usado para se ter exposição ao sub-sector de Infra-estructuras global. Para comparar o IGF que tem exposição geográfica global, terias que ter 1 ETF REIT também global, o VNQ de que falas, é 1 ETF REIT com exposição geográfica exclusivamente aos EUA. Terias que comparar o IGF com o RWO. Quem tem a underperformance? :wink:


Interesse penso que há certamente. Sobretudo desde que o tópico dos ETFs dos muitos títulos passou mais a citações de artigos do que propriamente discussões "cara-a-cara" sobre ETFs.
Olhando bem para o VNQ e RWO, nem são assim muito diferentes. O VNQ geralmente valoriza mais mas um segue os movimentos do outro. A questão da underperformance é mesmo só questão do horizonte temporal. A 1 ano IGF é ligeiramente melhor, a 3 e 4 RWO e VNQ são bastante superiores, e no horizonte máximo que vi (+ 5 anos - Maio 2008) o VNQ supera largamente os RWO (-3.02% vs -18.44%), que por sua vez está acima do IGF (-21.25%). Agora não há dúvida que em 2009, o drawdown máximo dos dois ETFs de real state esteve nos 69%, enquanto o IGF foi apenas 56%.
Face a estes dados não sei se há assim tanta vantagem em utilizar infraestruturas através fundos de índice, já que as correlações entre os dois andam habitualmente nos 0.8-0.9.
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Re: Fundos de Investimento (baixo risco)

por ghorez » 8/10/2013 17:16

file 112 Escreveu:
Conclusão:
Na relação de retornos ajustado aos riscos incorridos, a competência de um gestor de fundos só começa a partir de um rácio de sharpe e um alfa com valores superiores a zero e um beta inferior a 1.
Abr,

File 112


E essa competência é confirmada após que período com um rácio sharpe/alfa superior a zero? Ou após 15 dias já é bom gestor?
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Re: Fundos de Investimento (baixo risco)

por Outlier » 8/10/2013 16:41

Rácio de Sharpe, Alfa e Beta

Rácio de Sharpe:
Como é sabido, o índice de sharpe de um fundo/carteira é igual a um quociente em que o numerador corresponde à diferença entre a esperada rentabilidade anualizada do fundo/carteira e a taxa média de juro sem risco no período analisado (excesso de ganhos em relação a um depósito a prazo, por exemplo); e o denominador corresponde ao desvio padrão anualizado (volatilidade/risco) das taxas de rentabilidade.
A principal vantagem do rácio de sharpe é o facto de permitir comparar ativos pertencentes a categorias/classes diferentes, dado que utiliza um “benchmark universal” que é a taxa de juro sem risco. Curiosamente, a desvantagem deste rácio é não assegurar o seu bom funcionamento para toda a gama da “universalidade numérica”, uma vez que o mesmo apresenta 2 problemas principais: Um, como o desvio padrão está no denominador do quociente, se o mesmo estiver próximo de zero, o rácio tornasse excessivamente elevado que não se traduz na realidade (num quociente com um numerador qualquer, diferente de zero, mas em que o denominador é zero, o resultado do mesmo é infinito); o outro paradoxo é quando se comparam duas carteiras negativas, o rácio de sharpe será menos negativo no fundo com maior volatilidade/desvio padrão , apontando-o assim como o mais eficiente, quando na realidade é ao contrário (ex. -1/4 é maior que -1/2). Não é por acaso que os especialistas da Morningstar adotam o rácio de sharpe de 3 anos e não de um período inferior (por ex. 1 ano), pois só desse modo garantem um nível aceitável de confiança estatística, pois o aumento do período de tempo amortece as oscilações bruscas do curto prazo e os valores atípicos (outliers).


Alfa:
Em finanças assume-se, geralmente, que as taxas de rentabilidade de um determinado ativo têm uma relação linear com outro ou outros ativos ou benchmarks de performance. Assim, num gráfico em que no eixo do “Y” representamos as rentabilidades de um fundo e no eixo do “X” as rentabilidades do respetivo benchmark, na equação de uma reta de regressão linear simples, o alfa corresponde ao valor da interseção dessa reta com o eixo do “Y” (valor da ordenada na origem) e o declive dessa reta corresponde ao valor do beta (risco/volatilidade), que abaixo vou referir. Assim, o alfa mede o valor adicional (outperformance) dos retornos obtidos pela gestão ativa do fundo relativamente ao seu benchmark (referência, de gestão passiva), sob a mesma quantidade de risco (beta), pelo que o alfa mede o grau de competência dos gestores dos fundos. Em termos relativos, assume-se que o beta do benchmark é 1, então o alfa deve ser superior a (1- beta). Se o alfa é um valor negativo, quer dizer que o risco assumido não compensou o retorno. Se o alfa é positivo, significa que o retorno obtido foi além do risco assumido. Se o alfa é zero, quer dizer que o desempenho do gestor do fundo é igual ao do benchmark.


Beta:
O beta determina o risco ou volatilidade de um investimento e como se relaciona com o valor de referência do benchmark. De repente pode ser parecido com o alfa, mas não, lembre-se que o beta está associado com o risco e o alfa com o retorno com base no risco específico. Se o beta de um fundo é 1, quer dizer que o fundo tem a mesma volatilidade que o respetivo benchmark. Se o beta de um fundo é maior ou menor que 1, significa que a volatilidade é maior ou menor que o benchmark, respetivamente. Por exemplo, se um fundo tem um beta de 1.5, isto significa que o mesmo é esperado aumentar 1.5 vezes mais do que o índice que corresponde ao fundo. Neste caso, se o índice aumentar 10%, então o fundo iria aumentar 15%. Ao contrário, se o índice diminui 10%, então o fundo iria perder 15%. É de salientar que a análise de um fundo nunca pode ser feita apenas pelo parâmetro beta, mas sim associado ao alfa e a outros parâmetros estatísticos.



Conclusão:
Na relação de retornos ajustado aos riscos incorridos, a competência de um gestor de fundos só começa a partir de um rácio de sharpe e um alfa com valores superiores a zero e um beta inferior a 1.


Abr,

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Re: Fundos de Investimento (baixo risco)

por Midas » 8/10/2013 16:07

ruicarlov Escreveu:
Rick Lusitano Escreveu:Eu escrevi 1 artigo sobre o sector das Infra-estruturas e Imobiliário Indirecto na página 186 deste tópico, intitulado "Imobiliário (Indirecto) vs. Infra-estruturas", aonde menciono precisamente este fundo, como sendo a minha escolha para obter exposição a este sector especifico, o Sector Infra-estruturas, em detrimento de um fundo de imobiliário indirecto. Talvez queiras dar uma vista de olhos no artigo.


Já estive a ler o artigo e foi bastante interessante. Por curiosidade fui ver o que havia a nível de índices de infraestruturas e respectivos ETFs. Econtrei umd e infraestruturas globais da iShares (IGF), mas que tinha uma clara underperformance face ao REIT da Vanguard (VNQ). Penso que seja caso para dizer que é mesmo esse fundo de gestão activa que é uma oportunidade, e não tanto o sector em si.



Foi precisamente, por existir, uma clara decisão entre os vários subsectores, sendo o UBS, claro vencedor, é que escrevi o artigo exclusivamente sobre os fundos de investimento e não sobre os ETFs. Se reparares, os fundos de investimento não são verdadeiramente REITs, são Imobiliário Indirecto, ou seja, investem em acções e obrigações de empresas ligadas ao Imobiliário e não no imobiliário em si. Daí, já que os fundos investem indirectamente no sector do Imobiliário, pensei, por não, comparar também, um fundo que tem exposição indirecta ao mesmo sector, neste caso, o "Pictet Timber". Se continuares a ler o tópico desde a página do artigo que escrevi, encontras mais informação sobre os REIT e as infra-estructuras, por alguma preguiça minha, falta de tempo e conhecimento, coloquei links para alguns artigos sobre esta temática, em vez de fazer um artigo de continuação, "Parte II - ETFs" e também não sei se existe muito interesse por parte dos participantes na temática dos ETFs. Pelo que li, o ideal é juntar 1 ETF REIT e 1 ETF de Infra-estructuras, pois ambos se complementam. O subsector das infra-estructuras, tem sido no passado, negligenciado mas tem vindo a ter cada vez mais adeptos, por ser 1 subsector diversificado e conservador. Deixo abaixo, informação de um post meu, na página 188, lê também a página 189 deste tópico, vais encontrar informação que eu coloquei sobre estes contextos, que é interessante.



Rick Lusitano Escreveu:
Investopedia Escreveu:Both real estate and infrastructure constitute attractive investments for risk-averse investors, especially during bear markets. There are similarities and differences between the two, and you can construct a truly optimal portfolio by fully exploiting them.


Investopedia Escreveu:Portfolio Optimization with Real Estate and Infrastructure
(...)
This is an important finding given that infrastructure is really helpful for risk-averse investors - especially in equity market downturns.


Investopedia Escreveu:Another important finding is that real estate and infrastructure may be more useful in terms of diversification than through actual returns. Given the controversy on effective asset allocation and the turbulence in real estate markets, this is a major issue. The latter highlights the benefits of using not only real estate, but also infrastructure.


Fonte: Diversifying Your Portfolio With Real Estate And Infrastructure
http://www.investopedia.com/articles/stocks/11/real-estate-infrastructure-asset-allocation.asp


Página 188 - http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?f=3&t=77465&start=4675#p1054052
Página 189 - http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?f=3&t=77465&start=4700#p1054057



Mais concretamente sobre os ETFs:
O IGF é o ETF mais usado para se ter exposição ao sub-sector de Infra-estructuras global. Para comparar o IGF que tem exposição geográfica global, terias que ter 1 ETF REIT também global, o VNQ de que falas, é 1 ETF REIT com exposição geográfica exclusivamente aos EUA. Terias que comparar o IGF com o RWO. Quem tem a underperformance? :wink:

Infrastructure
IGF - iShares S&P Global Infrastructure Index Fund


Real Estate
RWO - SPDR Dow Jones Wilshire Global Real Estate ETF

VNQI - Vanguard Global ex-U.S. Real Estate ETF

VNQ - Vanguard REIT ETF


E com isso, acabei por falar em ETFs, ainda que muito superficial. :lol:
Este contexto de fundos de investimentos e talvez ETFs, sobre Infra-estructuras, REIT, REIT Indirectos e outros temas de investimento, são algumas das ideias que tenho, que estou amadurecer para no futuro, possivelmente desenvolver. A disponibilidade de tempo é um factor a considerar.
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Re: Fundos de Investimento (baixo risco)

por Midas » 8/10/2013 14:53

Amiais Escreveu:
Rick Lusitano Escreveu:Eu escrevi 1 artigo sobre o sector das Infra-estruturas e Imobiliário Indirecto na página 186 deste tópico, intitulado "Imobiliário (Indirecto) vs. Infra-estruturas", aonde menciono precisamente este fundo, como sendo a minha escolha para obter exposição a este sector especifico, o Sector Infra-estruturas, em detrimento de um fundo de imobiliário indirecto. Talvez queiras dar uma vista de olhos no artigo.

http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?f=3&t=77465&start=4625#p1053288


Bom artigo, deverias colocar isto noutro lado, ou num tópico novo ou num blog, aqui no meio destas mais de 200 páginas acabam por se perder com o ruído dos comentários.

Irei analisar se substituo os fundos de REITs por este de infraestruturas, tenho o Invesco q falaste e outro da Nordea-1, ambos a perder na ordem dos 10% :shock:


Amiais, andas a ler-me o pensamento? :shock: :mrgreen:

Os REITs tal como outros tipos de activos, tem as suas vantagens e as suas desvantagens. Os REITs terão alguma correlação com as obrigações, ambos são considerados activos conservadores e de refúgio, contra momentos de incerteza e volatilidade nos mercados, sendo os REITs também considerados como um activo contra a inflação. Num clima de subida de taxas de juro, tanto as obrigações como os REITs são afectados. O imobiliário cresce mais quando é mais barato, o crédito. Os REITs tinham vindo a melhorar, precisamente devido a taxas de juro baixas e a melhoria das condições económicas. Nos EUA, as taxas de juro estão na iminência de subir, no Reino Unido (RU) também. A Europa continental e Japão continuam a injectar medidas facilitadoras a economia, com taxas de juro baixas e liquidez nos mercados. Ou seja, os EUA ou RU poderão ser os primeiros a subir as taxas de juro e com isso, irá afectar os seus mercados imobiliários, alias uma das razões principais, para a Reserva Federal dos EUA (Fed), não reduzir as compras de obrigações e divida hipotecária, foi precisamente para não afectar o crescimento do imobiliário. O Fed preferia reduzir inicialmente a compra de obrigações (US Treasuries) em vez de reduzir as compras das dividas hipotecárias (mortgages) que estão ligadas ao imobiliário, mas mesmo, estas eventualmente terão de ser reduzidas.

Nota: Os Real Estate Investment Trusts (REITs) são fundos de investimento que investem directamente em imobiliário. Existem várias sub-classes dentro dos REITs e também existe os mortgages REITs (mREIT).


Off-topic: Nos ETFs americanos, eles tem soluções para quase tudo, conseguem fazer hedges (protecção contra determinadas situações), ás vezes, sinto 1 bocado de mãos atadas por não ter este tipo de alternativas, que eles têm, por não existir fundos de investimento que possam ser usados como substituto. :wall:
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Re: Fundos de Investimento (baixo risco)

por ruicarlov » 8/10/2013 14:51

Rick Lusitano Escreveu:Eu escrevi 1 artigo sobre o sector das Infra-estruturas e Imobiliário Indirecto na página 186 deste tópico, intitulado "Imobiliário (Indirecto) vs. Infra-estruturas", aonde menciono precisamente este fundo, como sendo a minha escolha para obter exposição a este sector especifico, o Sector Infra-estruturas, em detrimento de um fundo de imobiliário indirecto. Talvez queiras dar uma vista de olhos no artigo.


Já estive a ler o artigo e foi bastante interessante. Por curiosidade fui ver o que havia a nível de índices de infraestruturas e respectivos ETFs. Econtrei umd e infraestruturas globais da iShares (IGF), mas que tinha uma clara underperformance face ao REIT da Vanguard (VNQ). Penso que seja caso para dizer que é mesmo esse fundo de gestão activa que é uma oportunidade, e não tanto o sector em si.
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