Sérgio Figueiredo (Jornal de Negócios)
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Habituei-me ao longo dos anos a ver na sociedade algumas profissões e personalidades que estavam acima de tudo.
Aí estavam os juízes e os generais.
Quando vejo o general comandante da GNR investigado pela policia judiciária M e suspeito,também, de ter enfiado a enteada na GNR, um tenente-general que esteve para ser comandante da brigada de trânsito e só não o foi porque estava a ser investigado pela PJM, para mim está tudo esclarecido.
Só me falta ver o Santana LOpes ou o mais novo de el-rei D. Soares, tal príncipe herdeiro, na presidência da República?
Vamos fechar para obras porque isto assim não dá.
Aí estavam os juízes e os generais.
Quando vejo o general comandante da GNR investigado pela policia judiciária M e suspeito,também, de ter enfiado a enteada na GNR, um tenente-general que esteve para ser comandante da brigada de trânsito e só não o foi porque estava a ser investigado pela PJM, para mim está tudo esclarecido.
Só me falta ver o Santana LOpes ou o mais novo de el-rei D. Soares, tal príncipe herdeiro, na presidência da República?
Vamos fechar para obras porque isto assim não dá.
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PIKAS
Sérgio Figueiredo (Jornal de Negócios)
Ricardo dá crédito
"O líder do BES quer Cavaco a correr para Belém. Sabe-se por quê. O que será este país no dia em que tiver de optar entre Santana Lopes e João Soares. Ou seja, no dia em que o PR deixe de inspirar confiança.
Ricardo Salgado Espírito Santo quer Aníbal Cavaco Silva na Presidência da República. E, como é normal num homem de negócios, manifestou esse seu desejo da forma mais discreta e reservada possível: em sua casa.
Foi lá que promoveu discretamente um jantar, com três discretos figurões da nossa política e suas discretas esposas. Mas desse circunspecto ambiente acabou por saltar cá pra fora o essencial. O "Expresso" noticiava, este sábado, que o banqueiro, acompanhado pela maioria dos presentes, pressionou Cavaco a candidatar-se às próximas eleições presidenciais.
Confesso que há duas coisas que, nesta história, me fazem uma enorme confusão.
A primeira vem de há muito tempo e chega a ser absolutamente incompreensível: qual o interesse, sobretudo qual a necessidade, de discutir a esta distância das eleições a sucessão presidencial?
Sinceramente, com os problemas graves que o país tem para resolver, com a absoluta ausência de um sentido que nos obrigue a caminhar para as soluções urgentes, nunca entendi o alcance desta "prioridade nacional", este verdadeiro jogo de apostas, em que se tenta adivinhar quem será o próximo Presidente.
Esta frivolidade só pode ser alimentada pelos únicos interessados no tema. Em primeiro lugar, os proto-candidatos. Os que se horrorizam com a ideia de uma reforma antecipada na vida política (Freitas do Amaral). Os que se enfiaram no deserto e desesperam pelo fim da travessia (António Guterres). Os que se divertem agora a queimar nomes possíveis e depois logo se vê (Marcelo Rebelo de Sousa).
E, de forma menos subtil, os ambiciosos de sempre, de Pedro Santana Lopes ao filho Soares.
Em segundo lugar, este debate bizantino não encontraria espaço se, como é óbvio, jornalistas, editorialistas, analistas, cronistas e outros croniqueiros não lhe dessem tanto relevo. Aliás, entre esta malta que se entusiasma com as sombras chinesas provocadas pelas personagens da nossa política, acontece um fenómeno curioso: a três/quatro anos da eleição surge um frenesim para ver quem se candidata a Presidente; no momento imediato à eleição, toda a gente acha que o cargo é desinteressantíssimo e vazio de poderes.
O doutor Ricardo Salgado não é candidato, nem é jornalista. Mas acaba de se envolver na discussão. E esta é a segunda coisa que, neste jantar, eu não entendo. O que leva alguém tão prudente, um homem que preza a discrição: primeiro interessar-se agora pelas presidenciais; segundo, correr o risco de isso saltar para a praça pública; terceiro, criar "anti-corpos", como certamente criou, na Praça do Município.
Quando um homem de negócios se mete na política é mau sinal. Quando esse homem de negócios é um banqueiro privado, é porque há borrasca no horizonte. E se esse banqueiro se chama Ricardo Salgado, então ficamos todos preocupados.
Realmente, a esta distância já é possível adivinhar o que será este país no dia em que olhar para o Palácio de Belém e só tiver uma de duas opções: ou Santana Lopes, ou João Soares. E, porque, recordando os últimos anos, é fácil entender o que se pode perder: o Presidente é fonte de estabilidade e de confiança. Não há muitas. O doutor Salgado e nós não gostávamos de perder as que ainda nos restam. A mais importante."

"O líder do BES quer Cavaco a correr para Belém. Sabe-se por quê. O que será este país no dia em que tiver de optar entre Santana Lopes e João Soares. Ou seja, no dia em que o PR deixe de inspirar confiança.
Ricardo Salgado Espírito Santo quer Aníbal Cavaco Silva na Presidência da República. E, como é normal num homem de negócios, manifestou esse seu desejo da forma mais discreta e reservada possível: em sua casa.
Foi lá que promoveu discretamente um jantar, com três discretos figurões da nossa política e suas discretas esposas. Mas desse circunspecto ambiente acabou por saltar cá pra fora o essencial. O "Expresso" noticiava, este sábado, que o banqueiro, acompanhado pela maioria dos presentes, pressionou Cavaco a candidatar-se às próximas eleições presidenciais.
Confesso que há duas coisas que, nesta história, me fazem uma enorme confusão.
A primeira vem de há muito tempo e chega a ser absolutamente incompreensível: qual o interesse, sobretudo qual a necessidade, de discutir a esta distância das eleições a sucessão presidencial?
Sinceramente, com os problemas graves que o país tem para resolver, com a absoluta ausência de um sentido que nos obrigue a caminhar para as soluções urgentes, nunca entendi o alcance desta "prioridade nacional", este verdadeiro jogo de apostas, em que se tenta adivinhar quem será o próximo Presidente.
Esta frivolidade só pode ser alimentada pelos únicos interessados no tema. Em primeiro lugar, os proto-candidatos. Os que se horrorizam com a ideia de uma reforma antecipada na vida política (Freitas do Amaral). Os que se enfiaram no deserto e desesperam pelo fim da travessia (António Guterres). Os que se divertem agora a queimar nomes possíveis e depois logo se vê (Marcelo Rebelo de Sousa).
E, de forma menos subtil, os ambiciosos de sempre, de Pedro Santana Lopes ao filho Soares.
Em segundo lugar, este debate bizantino não encontraria espaço se, como é óbvio, jornalistas, editorialistas, analistas, cronistas e outros croniqueiros não lhe dessem tanto relevo. Aliás, entre esta malta que se entusiasma com as sombras chinesas provocadas pelas personagens da nossa política, acontece um fenómeno curioso: a três/quatro anos da eleição surge um frenesim para ver quem se candidata a Presidente; no momento imediato à eleição, toda a gente acha que o cargo é desinteressantíssimo e vazio de poderes.
O doutor Ricardo Salgado não é candidato, nem é jornalista. Mas acaba de se envolver na discussão. E esta é a segunda coisa que, neste jantar, eu não entendo. O que leva alguém tão prudente, um homem que preza a discrição: primeiro interessar-se agora pelas presidenciais; segundo, correr o risco de isso saltar para a praça pública; terceiro, criar "anti-corpos", como certamente criou, na Praça do Município.
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---Tudo o que for por mim escrito expressa apenas a minha opinião pessoal e não é uma recomendação de investimento de qualquer tipo---
https://twitter.com/JCSTrendTrading
"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
"Price is the aggregation of everyone's expectations"
"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
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