Caldeirão da Bolsa

Paulo Portas prepara-se para apresentar demissão

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por ferreira10 » 3/7/2013 18:10

K. Escreveu:Os verdadeiros conservadores que tomem as rédeas do CDs e o Portas que se junte ao Jerónimo de Sousa.

Como diz um velho ditado popular:

"O Azeite vem sempre ao de cima".


Calma; nada se passou! :mrgreen: Houve simplesmente a remodelação de um ministro.

Então, mas a oposição não dizia que o governo já estava mais do que gasto??Ora... ai está; a remodelação de um dos seus dinossauros.Melhor do que isto?É difícil? 8-)
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por K. » 3/7/2013 18:05

Os verdadeiros conservadores que tomem as rédeas do CDs e o Portas que se junte ao Jerónimo de Sousa.


Como dizem dois ditados populares:



"O Azeite vem sempre ao de cima".

e

"Filho de peixe sabe nadar"

!
Editado pela última vez por K. em 3/7/2013 18:10, num total de 1 vez.
 
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por KIMBALA » 3/7/2013 18:02

PAulo68 Escreveu:
MiamiBlueHeart Escreveu:
Be Cool Escreveu:Comissão executiva do CDS mandata um grupo de elementos para negociar com PSD a possibilidade de um acordo de incidência parlamentar que viabilize um governo de coligação (fonte TSF, com base em alguém que esteve na reunião)


Boa decisão..

Aguardemos para ver o comportamento do PSD e especialmente de PPC.

P.S. O PR tem que se meter ao barulho e comprometer o PS- encostar todos à parede. Esperemos que Cavaco Silva se lembre que ainda é PR.


Concordo


Não acho que seja uma boa decisão. Reparem:
uma decisão deste tipo pressupõe que o PSD tenha que ceder aqui e ali. Não acredito que seja um acordo com carta branca para o PSD fazer o que quiser.. haverá negociações dossier a dossier e isso não dá indicações fortes lá para fora de continuar a ser bom aluno custe o que custar. Concordando ou não, o que nos tem aliviado é precisamente o fato de nos considerarem um bom aluno.

No meu entender uma boa solução passará pelo que já escrevi anteriormente, queda de Portas e moção de confiança para seguir com os planos inicias, ou seja, executar o que a troika manda até o dia que decidirem que esse não é o caminho.

Cumps,

MAV
 
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por MiamiBlue » 3/7/2013 18:00

JMHP Escreveu:
MiamiBlueHeart Escreveu:
Be Cool Escreveu:Comissão executiva do CDS mandata um grupo de elementos para negociar com PSD a possibilidade de um acordo de incidência parlamentar que viabilize um governo de coligação (fonte TSF, com base em alguém que esteve na reunião)


Boa decisão..

Aguardemos para ver o comportamento do PSD e especialmente de PPC.

P.S. O PR tem que se meter ao barulho e comprometer o PS- encostar todos à parede. Esperemos que Cavaco Silva se lembre que ainda é PR.


Mas vocês ainda acreditam no Pai Natal?!... Conseguem imaginar um CDS fora do governo a mandar bitaites contra o governo e as politicas de austeridade ao mesmo tempo que aprova documentos no parlamento?! :roll:

Isso é mais uma típica solução entremeada à portuguesa.

Aos poucos começo a dar razão ao K. quando afirma que os comunistas comem estes tipos todos ao pequeno almoço.... Dassss!!


Sem PPC, porque não pode continuar a existir um Governo PSD/CDS?

Paulo Portas e PPC foram e ainda são o foco de conflito deste Governo com a total incapacidade de atingirem pontos de equilíbrios mínimos e elementares. E po riso, foram eles que destruíram este Governo- não foi a oposição, o TC, as greves, etc, foram essas duas personagens.


Sem estas 2 figuras, e tendo em conta o momento do país, não vejo porque motivo não podemos continuar a ter um governo PSD/CDS.

caso os partidos existam para governar os portugueses, é possível e viável. E temos boas hipóteses de termos um muito melhor governo do que tivemos até domingo.

Agora se continuar a luta de egos, a falta de bom-senso e irracionalidade, nada feito.
 
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por Paulo68 » 3/7/2013 17:55

MiamiBlueHeart Escreveu:
Be Cool Escreveu:Comissão executiva do CDS mandata um grupo de elementos para negociar com PSD a possibilidade de um acordo de incidência parlamentar que viabilize um governo de coligação (fonte TSF, com base em alguém que esteve na reunião)


Boa decisão..

Aguardemos para ver o comportamento do PSD e especialmente de PPC.

P.S. O PR tem que se meter ao barulho e comprometer o PS- encostar todos à parede. Esperemos que Cavaco Silva se lembre que ainda é PR.


Concordo
 
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por K. » 3/7/2013 17:49

migluso Escreveu:
K. Escreveu:
Há aqui alguma confusão nas datas, o PEC IV foi chumbado em Março de 2011. Uma vez chumbado não havia alternativa ao resgate, pois Portugal não cumpriu a sua parte do acordo.

Com a aprovação do PEC IV o BCE comprometia-se a manter a yields suficientemente baixas de forma a evitar um pedido oficial, o que era mais conveniente para a Merkel. É neste ponto que seria possível evitar o resgate.



Março ou Maio é irrelevante.
A questão é: conseguiria Portugal financiar-se até agosto de 2012 ao preço que o mercado pediu à Itália ou Espanha nesse período?

Eu não creio nisso. E mesmo que conseguisse, seria insustentável.

O PSD tem uma lógica liberal?!? :roll:
Não encontro...
Quando surgir o primeiro governo liberal em Portugal, a primeira medida a apresentar será a criação de um gabinete inter ministerial para a desburocratização, com a principal função de rasgar certas leis, simplificar outras e evitar que as novas sejam a confusão que são as actuais.

Isto se do Raton não declarassem inconstitucional tal ministério... :wink:



Em relação à primeira questão, penso que, com o BCE a intervir de forma a manter as yields aos niveis dos da Espanha e Italia, seria possível emitir dívida com bilhetes de tesouro e Obrigações de prazo inferior a 2 anos com um custo médio final da mesma ordem que o juro oferecido pela Troika.

Quanto ao PSD ter uma lógica liberal, eu **assumo** que o PSD procura aproximar-se de menos estado, e o PS de mais estado.

Equivalentemente (algo muito importante que levou o Ricardo Reis a escrever um artigo no WSJ em 2011, ao qual que ninguém em Portugal ligou), as pessoas quando são chamadas às urnas num cenário de necessidade de redução do défice do estado estão a decidir entre os seguintes pontos:

1)Deverá o corte do défice ser feito do lado da receita?

ou

2)Deverá o corte do défice ser feito do lado da despesa?

Quem vota no PS está tendencialmente a escolher 1), quem vota no PSD está tendencialmente a escolher 2). É esta a diferença essencial entre esquerdas e direitas modernas nos países ocidentais. Claro que os condicionamentos, as pressões políticas, económicas, e sobretudo as alianças com partidos mais radicais (muitas vezes com uma forma de estar populista e demagógica que confunde 1 e 2 de acordo com a caça ao voto) levam a que na prática seja muito difícil de cumprir os programas.

Isto são factos políticos elementares, mas eu aproveitei para deixar isto claro. É importante. Por exemplo, se um partido de centro esquerda aumenta impostos, gasta dinheiro com segurança social, emprego publico, etc, está a fazer aquilo para o qual foi eleito. Se um partido de centro-direita corta salários, reduz emprego público e protecção social, está a fazer aquilo para o qual foi eleito.

O problema é que nem sempre podem fazer o que têm no programa. Por exemplo, o PS de `Socrates foi obrigado a reduzir salários e Gaspar teve de aumentar impostos. Em ambas as situações seguiram políticas contrárias ao que deveriam fazer de acordo com a ideologia dos partidos a que pertencem. Nestes casos as criticas em que o eleitorado se queixa de "traição" são válidas. Quando se trata de um cumprimento do papel ideológico, a responsabilidade é do eleitor, que deveria estar mais bem informado.

Quanto à desburocratização do estado, se acreditasse que algum partido fosse capaz de a fazer, votava e apoiava-o incondicionalmente. No entanto, tenho poucas ilusões de que algo do tipo seja possível de fazer em Portugal. A coisa está absolutamente entranhada na sociedade, que na maior parte das situações, nem faz a mínima ideia do que se está a passar, mas concordo que o grande motivo do atraso de Portugal em relação à Europa é de facto o peso da burocracia. Basta dizer que foi por causa da burocracia que decidi sair do país.
 
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por JMHP » 3/7/2013 17:47

MiamiBlueHeart Escreveu:
Be Cool Escreveu:Comissão executiva do CDS mandata um grupo de elementos para negociar com PSD a possibilidade de um acordo de incidência parlamentar que viabilize um governo de coligação (fonte TSF, com base em alguém que esteve na reunião)


Boa decisão..

Aguardemos para ver o comportamento do PSD e especialmente de PPC.

P.S. O PR tem que se meter ao barulho e comprometer o PS- encostar todos à parede. Esperemos que Cavaco Silva se lembre que ainda é PR.


Mas vocês ainda acreditam no Pai Natal?!... Conseguem imaginar um CDS fora do governo a mandar bitaites contra o governo e as politicas de austeridade ao mesmo tempo que aprova documentos no parlamento?! :roll:

Isso é mais uma típica solução entremeada à portuguesa.

Aos poucos começo a dar razão ao K. quando afirma que os comunistas comem estes tipos todos ao pequeno almoço.... Dassss!!
Editado pela última vez por JMHP em 3/7/2013 17:50, num total de 1 vez.
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por mais_um » 3/7/2013 17:43

migluso Escreveu:
K., mais_um,

Primeiro, um aparte, do meu ponto de vista a oligarquia que nos está a tramar mora em Portugal e não na Europa.


Totalmente de acordo, defendo exactamente isso, quando os meus amigos dizem que a culpa é da Troika e da Merkel e eu digo que a culpa é nossa ficam incrédulos com a minha posição.
migluso Escreveu:Agora sim, a questão do PEC IV e do financiamento do país.

Por essa altura, as yields a 10 anos estavam acima 7%.
Só depois de em agosto de 2012 Draghi anunciar o programa OMT é que as referidas yields desceram abaixo da marca dos 7%, que diga-se é absolutamente insustentável.

Mas, então eu pergunto, onde é que vocês viram a almofada do BCE ou da Alemanha? Nas palavras? Também as tiveram aquando dos PECs anteriores.

No entanto, as condições de financiamento vieram sempre a degradar-se.
E isto é que conta.

Era absolutamente insustentável Portugal financiar-se entre maio de 2011 e agosto de 2012 (mês da apresentação do OMT, este sim, a verdadeira almofada, como comprova a evolução das yields espanholas ou italianas) às taxas que os mercados ofereciam.

Que soluções, para além de um resgate de credores oficiais, tinha o país?

Fica a pergunta.



A tua questão é interessante e embora o K já tenho dado a opinião dele, gostava de dar uma resposta bem fundamentada para a qual de momento não tenho tempo mas uma rápida analise aos leilões de BT em 2011 até ao chumbo do PEC 4 mostram que as taxas que estávamos realmente a pagar (e não as taxas do mercado secundário) eram semelhantes ou ligeiramente superiores ao que pagávamos em 2007 antes da crise e após o chumbo do PEC 4 subiram bastante.
Obviamente que não conseguimos voltar atrás e ver o que aconteceria caso o chumbo do PEC 4 não tivesse acontecido, mas se reparares nas frases da época (BCE, Merkel, MF alemão, CE e Eurogrupo) existia um apoio institucional para evitar que Portugal caísse numa situação idêntica à Grécia ou Irlanda e estou convicto que se fosse necessário encontrariam uma solução semelhante ou mesmo idêntica à que foi aplicada a Espanha, um resgate, sem o ónus de ser um resgate.

Um abraço,
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por MiamiBlue » 3/7/2013 17:35

Be Cool Escreveu:Comissão executiva do CDS mandata um grupo de elementos para negociar com PSD a possibilidade de um acordo de incidência parlamentar que viabilize um governo de coligação (fonte TSF, com base em alguém que esteve na reunião)


Boa decisão..

Aguardemos para ver o comportamento do PSD e especialmente de PPC.

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por migluso » 3/7/2013 17:31

gfrmartins Escreveu:O Gaspar não deixou nada na gaveta? Ele próprio reconhece que falhou, que não atingiu os objectivos, que não tem credibilidade devido aos sucessivos desvios em relação aos objectivos, Sai antes de terminar o periodo "Troika". Não deixou nada na gaveta?


Provavelmente não fui claro, nem mesmo com os exemplos que dei.
Eu estava a referir-me a deixar na gaveta um dossier urgente, como por exemplo ter-se demitido a meio da sétima avaliação da troika ou demitir-se em setembro ou outubro pouco antes da apresentação do orçamento de estado.
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por Be Cool » 3/7/2013 17:26

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por Tridion » 3/7/2013 17:24

SP500 está a reagir bem às notícias vindas de Portugal e já negoceia no verde! Iuuuupi....





















PS - Brincadeirinha...só para descontrair o pessoal! :mrgreen:
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por Be Cool » 3/7/2013 17:22

Comissão executiva do CDS mandata um grupo de elementos para negociar com PSD a possibilidade de um acordo de incidência parlamentar que viabilize um governo de coligação (fonte TSF, com base em alguém que esteve na reunião)
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por MiamiBlue » 3/7/2013 17:21

db7 Escreveu:
MiamiBlueHeart Escreveu:
PAulo68 Escreveu:
MiamiBlueHeart Escreveu:Depois da saída de Vitor Gaspar e Paulo Portas, fica a faltar a saída de uma pessoa, PPC.

E neste caso, existirá todas as condições para se organizar rapidamente um novo Governo.

O PSD e o CDS e os seus principais responsáveis, vão ter um sério teste (mais um, quando já falharam em tantos) para demonstrar aos portugueses se existem para governar os portugueses, ou governarem-se a eles próprios.

Se estes dois partidos efectivamente existirem para governarem os portugueses, com a escolha de pessoas apropriadas, como por exemplo Paulo Macedo, Rui Rio e outros, podemos sair desta situação muito melhor do que estávamos até à semana passada.

É altura do Presidente da Republica assumir as suas responsabilidades, que olhe o que se passou em Itália até à pouco tempo.


Organizar rapidamente um governo? O que isso quer dizer? Não nos esqueçamos o que diz a constituição relativamente a esta matéria e aos poderes do PR. Em caso de eleições a melhor das hipóteses seria Setembro, e até lá era perder dinheiro e inevitavelmente o 2º regaste. E depois das eleições? é o António José Seguro a opção, sem maioria. Coligação à esquerda com BE e PCP? valha-nos Deus. CDS/PP nem pensar. Com o PSD o Sócrates e o Mário Soares não deixa. Portanto o quadro é demasiado negro e tudo advém do sentido de irresponsabilidade da nossa classe política.


Quem falou em eleições?

É totalmente possível nomear um novo Governo, se este tiver o apoiou de uma maioria no Parlamento. E neste momento, isso só será possível sem Paulo Portas e PPC.

Por isso, tudo depende dos partidos e da força do PR.

Mas agora a questão é simples: os partidos existem para governarem o país ou para se governarem-se a eles próprios?

E até que ponto certas pessoas estão agarradas ao poder?

Aguardemos as próximas horas..


Mas tens alguma duvida do que se passou nos últimos 25 anos em Portugal? Parlamento, câmaras municipais, juntas de freguesia?!? Isso devia bastar para responder á tua pergunta. :shock:


Estou ciente disso, por isso escrevi:

O PSD e o CDS e os seus principais responsáveis, vão ter um sério teste (mais um, quando já falharam em tantos) para demonstrar aos portugueses se existem para governar os portugueses, ou governarem-se a eles próprios.

Aguardemos as próximas horas..
 
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por Tridion » 3/7/2013 17:20

Maria Costa ‏@miudaaa Escreveu:"Portas deixa o Executivo e o partido, abrindo caminho a Nuno Melo, atual vice-presidente" Jornal de Noticias
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por gabrielfrmartins » 3/7/2013 17:18

migluso Escreveu:
JMHP Escreveu:Acho que ninguém duvida que a reforma do Estado era um fardo demasiado pesado para a capacidade do Portas, um politico hábil e profissional a fazer politica que se resuma ao jogo das palavras. Agora que tinha chegado a hora de mostrar o que vale.... Sumiu-se!


Ao menos o Gaspar não deixou nada na gaveta.
O que o Portas fez equivale ao Gaspar demitir-se a meio da sétima avaliação ou 15 dias antes da apresentação do orçamento de estado para 2014.

Só aqui já dá para ver o sentido de estado de cada um.

Eu, não tenho dúvidas que o homem do excel deu uma lição ao homem das feiras, no que a sentido de estado e responsabilidade diz respeito.


Mas tentou, já se tinha tentado demitir antes, a primeira vez à cerca de 8 meses, Só que o PPC não deixou. (mas durante este tempo todo não acautelou a sucessão)

O Gaspar não deixou nada na gaveta? Ele próprio reconhece que falhou, que não atingiu os objectivos, que não tem credibilidade devido aos sucessivos desvios em relação aos objectivos, Sai antes de terminar o periodo "Troika". Não deixou nada na gaveta?
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por db7 » 3/7/2013 17:09

MiamiBlueHeart Escreveu:
PAulo68 Escreveu:
MiamiBlueHeart Escreveu:Depois da saída de Vitor Gaspar e Paulo Portas, fica a faltar a saída de uma pessoa, PPC.

E neste caso, existirá todas as condições para se organizar rapidamente um novo Governo.

O PSD e o CDS e os seus principais responsáveis, vão ter um sério teste (mais um, quando já falharam em tantos) para demonstrar aos portugueses se existem para governar os portugueses, ou governarem-se a eles próprios.

Se estes dois partidos efectivamente existirem para governarem os portugueses, com a escolha de pessoas apropriadas, como por exemplo Paulo Macedo, Rui Rio e outros, podemos sair desta situação muito melhor do que estávamos até à semana passada.

É altura do Presidente da Republica assumir as suas responsabilidades, que olhe o que se passou em Itália até à pouco tempo.


Organizar rapidamente um governo? O que isso quer dizer? Não nos esqueçamos o que diz a constituição relativamente a esta matéria e aos poderes do PR. Em caso de eleições a melhor das hipóteses seria Setembro, e até lá era perder dinheiro e inevitavelmente o 2º regaste. E depois das eleições? é o António José Seguro a opção, sem maioria. Coligação à esquerda com BE e PCP? valha-nos Deus. CDS/PP nem pensar. Com o PSD o Sócrates e o Mário Soares não deixa. Portanto o quadro é demasiado negro e tudo advém do sentido de irresponsabilidade da nossa classe política.


Quem falou em eleições?

É totalmente possível nomear um novo Governo, se este tiver o apoiou de uma maioria no Parlamento. E neste momento, isso só será possível sem Paulo Portas e PPC.

Por isso, tudo depende dos partidos e da força do PR.

Mas agora a questão é simples: os partidos existem para governarem o país ou para se governarem-se a eles próprios?

E até que ponto certas pessoas estão agarradas ao poder?

Aguardemos as próximas horas..


Mas tens alguma duvida do que se passou nos últimos 25 anos em Portugal? Parlamento, câmaras municipais, juntas de freguesia?!? Isso devia bastar para responder á tua pergunta. :shock:
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por migluso » 3/7/2013 17:07

PT_Trader Escreveu:A esses 3 ministros que mencionaste, não juntarias também o Crato?


Foi uma pena ter cedido aos sindicatos no passado recente.
De resto, honestamente, não tenho opinião formada, mas admito que estivesse à frente de um dos ministérios mais difíceis de governar.
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por migluso » 3/7/2013 17:04

JMHP Escreveu:Acho que ninguém duvida que a reforma do Estado era um fardo demasiado pesado para a capacidade do Portas, um politico hábil e profissional a fazer politica que se resuma ao jogo das palavras. Agora que tinha chegado a hora de mostrar o que vale.... Sumiu-se!


Ao menos o Gaspar não deixou nada na gaveta.
O que o Portas fez equivale ao Gaspar demitir-se a meio da sétima avaliação ou 15 dias antes da apresentação do orçamento de estado para 2014.

Só aqui já dá para ver o sentido de estado de cada um.

Eu, não tenho dúvidas que o homem do excel deu uma lição ao homem das feiras, no que a sentido de estado e responsabilidade diz respeito.
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por Paulo68 » 3/7/2013 17:03

MiamiBlueHeart Escreveu:
PAulo68 Escreveu:
MiamiBlueHeart Escreveu:Depois da saída de Vitor Gaspar e Paulo Portas, fica a faltar a saída de uma pessoa, PPC.

E neste caso, existirá todas as condições para se organizar rapidamente um novo Governo.

O PSD e o CDS e os seus principais responsáveis, vão ter um sério teste (mais um, quando já falharam em tantos) para demonstrar aos portugueses se existem para governar os portugueses, ou governarem-se a eles próprios.

Se estes dois partidos efectivamente existirem para governarem os portugueses, com a escolha de pessoas apropriadas, como por exemplo Paulo Macedo, Rui Rio e outros, podemos sair desta situação muito melhor do que estávamos até à semana passada.

É altura do Presidente da Republica assumir as suas responsabilidades, que olhe o que se passou em Itália até à pouco tempo.


Organizar rapidamente um governo? O que isso quer dizer? Não nos esqueçamos o que diz a constituição relativamente a esta matéria e aos poderes do PR. Em caso de eleições a melhor das hipóteses seria Setembro, e até lá era perder dinheiro e inevitavelmente o 2º regaste. E depois das eleições? é o António José Seguro a opção, sem maioria. Coligação à esquerda com BE e PCP? valha-nos Deus. CDS/PP nem pensar. Com o PSD o Sócrates e o Mário Soares não deixa. Portanto o quadro é demasiado negro e tudo advém do sentido de irresponsabilidade da nossa classe política.


Quem falou em eleições?

É totalmente possível nomear um novo Governo, se este tiver o apoiou de uma maioria no Parlamento. E neste momento, isso só será possível sem Paulo Portas e PPC.

Por isso, tudo depende dos partidos e da força do PR.

Mas agora a questão é simples: os partidos existem para governarem o país ou para se governarem-se a eles próprios?

E até que ponto certas pessoas estão agarradas ao poder?

Aguardemos as próximas horas..


É na realidade uma hipótese que creio parte de dois pressupostos que não existem: responsabilidade política e força do PR.
 
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por PT_Trader » 3/7/2013 17:03

migluso Escreveu:
K. Escreveu:Confesso que fiquei surpreendido pela positiva com este governo (e devo ser dos poucos aqui que não votei nele, devido aos meus princípios Keynesianos). Dentro da sua função, conseguiu reajustar tudo muito rapidamente, em grande parte devido a um trabalho exemplar de um ministro das finanças que estava invulgarmente bem preparado para o cargo: Vitor Gaspar.


Antes de tudo, é um prazer trocar posts contigo. A mim nunca me ofendeste.

Eu por acaso fiquei surpreendido pela negativa com este governo. 2 anos no poder e a reforma do Estado na gaveta.
O ministro das finanças teve alguma responsabilidade.
Mas a força política, para por exemplo levar a cabo fusão de autarquias, não tinha que vir do MdF.
Os políticos deste governo voltaram a falhar (ao contrário de Gaspar, Macedo, Santos Pereira) e o Tribunal Constitucional anulou as tentativas de redução de despesa que o Gaspar desenhou.

O Portas, se for homem, que apresente o dossier da reforma do Estado que deixou na gaveta.


A esses 3 ministros que mencionaste, não juntarias também o Crato?
 
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por JMHP » 3/7/2013 16:58

Acho que ninguém duvida que a reforma do Estado era um fardo demasiado pesado para a capacidade do Portas, um politico hábil e profissional a fazer politica que se resuma ao jogo das palavras. Agora que tinha chegado a hora de mostrar o que vale.... Sumiu-se!

É esta a imagem que Paulo Portas deixa na cabeça dos portugueses. O CDS que se cuide.....
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por MiamiBlue » 3/7/2013 16:55

PAulo68 Escreveu:
MiamiBlueHeart Escreveu:Depois da saída de Vitor Gaspar e Paulo Portas, fica a faltar a saída de uma pessoa, PPC.

E neste caso, existirá todas as condições para se organizar rapidamente um novo Governo.

O PSD e o CDS e os seus principais responsáveis, vão ter um sério teste (mais um, quando já falharam em tantos) para demonstrar aos portugueses se existem para governar os portugueses, ou governarem-se a eles próprios.

Se estes dois partidos efectivamente existirem para governarem os portugueses, com a escolha de pessoas apropriadas, como por exemplo Paulo Macedo, Rui Rio e outros, podemos sair desta situação muito melhor do que estávamos até à semana passada.

É altura do Presidente da Republica assumir as suas responsabilidades, que olhe o que se passou em Itália até à pouco tempo.


Organizar rapidamente um governo? O que isso quer dizer? Não nos esqueçamos o que diz a constituição relativamente a esta matéria e aos poderes do PR. Em caso de eleições a melhor das hipóteses seria Setembro, e até lá era perder dinheiro e inevitavelmente o 2º regaste. E depois das eleições? é o António José Seguro a opção, sem maioria. Coligação à esquerda com BE e PCP? valha-nos Deus. CDS/PP nem pensar. Com o PSD o Sócrates e o Mário Soares não deixa. Portanto o quadro é demasiado negro e tudo advém do sentido de irresponsabilidade da nossa classe política.


Quem falou em eleições?

É totalmente possível nomear um novo Governo, se este tiver o apoiou de uma maioria no Parlamento. E neste momento, isso só será possível sem Paulo Portas e PPC.

Por isso, tudo depende dos partidos e da força do PR.

Mas agora a questão é simples: os partidos existem para governarem o país ou para se governarem-se a eles próprios?

E até que ponto certas pessoas estão agarradas ao poder?

Aguardemos as próximas horas..
 
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por Valete » 3/7/2013 16:47

O Portas, fugiu, porque não quis tomar a medida impopular de reformar o Estado.


Aliás, é muito curioso, que quem mais lutou contra este governo (FP e pensionistas), é quem menos perdeu com as suas politicas e mais terá a perder se isto der o estoiro e não houver dinheiro para pagar salários e pensões.

Numa análise fria, para lá de um subsidio ou outro e cortes relativamente pequenos nos salários e pensões mais elevadas, que drama adviu para essas classes?

Nada de relevante. Quem sentiu mais a crise foram os jovens e os que ficaram sem emprego. E a esses, que tiraram tudo, para manterem o status quo dessas classes, já nada há para tirar.

Não se fez a reforma a bem, será feita a mal, não há como fugir a isso. Ninguém a quis fazer, nem ninguém a quererá fazer, mas a força dos acontecimentos irá encarregar-se de a fazer. Disso não tenho duvidas.
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por migluso » 3/7/2013 16:46

K. Escreveu:Confesso que fiquei surpreendido pela positiva com este governo (e devo ser dos poucos aqui que não votei nele, devido aos meus princípios Keynesianos). Dentro da sua função, conseguiu reajustar tudo muito rapidamente, em grande parte devido a um trabalho exemplar de um ministro das finanças que estava invulgarmente bem preparado para o cargo: Vitor Gaspar.


Antes de tudo, é um prazer trocar posts contigo. A mim nunca me ofendeste.

Eu por acaso fiquei surpreendido pela negativa com este governo. 2 anos no poder e a reforma do Estado na gaveta.
O ministro das finanças teve alguma responsabilidade.
Mas a força política, para por exemplo levar a cabo fusão de autarquias, não tinha que vir do MdF.
Os políticos deste governo voltaram a falhar (ao contrário de Gaspar, Macedo, Santos Pereira) e o Tribunal Constitucional anulou as tentativas de redução de despesa que o Gaspar desenhou.

O Portas, se for homem, que apresente o dossier da reforma do Estado que deixou na gaveta.
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