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Caldeirão da Bolsa

off-topic: aumento de ordenado de 125% é pouco? muito?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Ulisses Pereira » 16/1/2004 16:56

Em relação aos espanhóis, tem toda a razão no que diz, mas se compararmos à generalidade dos congéneres europeus, a conclusão é exactamente a oposta.

Mas sobre este tema, não vou tecer mais comentários pois já tivemos, há alguns meses atrás, uma longa discussão aqui no Caldeirão a esse respeito, onde deixei bem clara a minha politicamente incorrecta opinião.

Para aqueles que não a leram na altura, transcrevo-a outra vez, sendo certo que é uma opinião discordante da esmagadora maioria dos portugueses e membros deste fórum.

"Não sou político, nem tenho ambição a ter qualquer carreira política. Talvez por isso, esteja à vontade para escrever sobre isso sem medo de não alinhar pelo que é politicamente correcto. Compreendo que quem vá a votos tenha que ter esse género de preocupação, mas a minha relação com as urnas de voto é só mesmo para eu ir lá colocar a cruzinha no papel.

Não vou aqui falar da forma como a maioria das pessoas sobe na carreira política. A maior parte dos leitores deste espaço conhece bem o interior dos partidos e sabe bem como o jogo de influências, o favor aqui retribuído ali, a vingança - entre outros “fantásticos” motivos – são decisivos para a ascensão a lugares de relevo na política a pessoas cuja competência é pouco mais do que medíocre.

O que quero falar é sobre os ordenados dos políticos. Pode parecer criminoso, em tempo de depressão (fujo a sete pés da palavra “recessão”) económica, dizer que os políticos deviam ser melhor remunerados. Mas a verdade é que enquanto os políticos não forem melhor pagos, continuaremos a não ter os melhores nos lugares de decisão política.

Perdoem-me os vários políticos que lêem este espaço (o meu pai incluído) mas, na minha opinião, os mais competentes Homens (leia-se “homens e mulheres”) não estão na política e deveriam estar.

Face à medíocre qualidade de alguns dos políticos actuais, diria que muitos deles são até demasiado bem pagos! Contudo, isso não invalida que eu ache que a elite da classe política tenha que ser muito bem paga (ao nível dos gestores de topo das maiores empresas nacionais), sob pena de continuarmos a não termos à frente dos mais importantes órgãos legislativos e executivos do nosso país, as mais competentes pessoas.

Sei que muitos daqueles que estão a ler estas linhas, estarão já cheios de vontades de dizer que a política é muito mais do que uma mera forma de ganhar uns tostões e é, sobretudo, um serviço prestado ao país. Concordo completamente, mas hoje em dia não podemos estar apenas a contar com o espírito altruísta de alguns. É imperioso que se consigam reunir um elevado número de argumentos que aliciem as “grandes cabeças” deste país a abraçarem a actividade política.

Recordo-me, por exemplo, da vontade que o Dr. Durão Barroso tinha em ter o Dr. António Carrapatoso, administrador da Vodafone Telecel, no seu Governo. Quando fiz as contas, verifiquei que, caso aceitasse o convite, o Dr. António Carrapatoso ia ganhar num ano aquilo que ganha, actualmente, num mês. Surpreendeu alguém que ele tivesse declinado o convite? A mim não...

Olhem para a nossa Assembleia da República e analisem a qualidade dos deputados que a constituem. É claro que há vários deputados com muito nível, mas confesso conhecer alguns que não têm qualidade para pertencerem àquela casa. Se lá estão é pela forma como a ascensão na carreira política é feita e pelo facto de lá faltarem dezenas de potenciais deputados que não estão interessados em lá estar, devido ao facto de não ser aliciante economicamente.

Muitos rejeitam o aumento das remunerações da classe política pelas dificuldades económicas do país, mas eu pergunto: Quantos milhões, no médio/longo prazo, produziria a mais o nosso país caso estivessem à frente dos seus destinos as pessoas mais competentes? Seria o aumento dos ordenados dos membros do Governos que iria fazer aumentar a crise? E, em relação aos deputados, porque não aumentar os seus vencimentos e reduzir o número de deputados, tornando esta medida viável e sem custos adicionais?

Claro que, aqueles que pertencem aos partidos e lidam diariamente com a “guerra dos lugares” começa logo a argumentar contra esta última hipótese, sob pena do Parlamento ser desvirtuado. É facilmente compreensível o “nervoso miudinho” que deles se apodera quando se toca neste assunto, pois passaria a ser cada vez mais complicado o degradante jogo de bastidores para colocar na AR alguns frutos de favores.

O que eu estou aqui a escrever não é original. Já vários políticos se manifestaram no sentido do aumento do vencimento dos deputados. O que é certo é que, na altura da verdade (leia-se “na hora de alterar a lei”), começam a pensar nos votos, a temer a reacção popular e – como é seu apanágio – abandonam a ideia, receando a perda de popularidade.

Quero ver à frente do meu país, as mais competentes pessoas. Quero que as pessoas não deixem de ser deputados ou ministros porque não são bem pagas. Quero que as mais competentes pessoas do meu país o liderem. Gostava que, um
dia, as pessoas percebessem que pagar mais aos políticos, em vez de custar dinheiro ao país, no longo prazo, daria muito dinheiro a Portugal.
Eu sei que é politicamente incorrecto dizer isto. Eu sei que muitos políticos não dizem isto porque são políticos. Eu sei que não sou político e, por isso, posso dizer à vontade o que acho sem medo de nada. E o que eu acho é que os políticos deviam ser mais bem pagos. Mesmo que isso não bastasse para resolver os problemas da nossa classe política. Mas tenho a certeza que, caso sentissem os seus lugares ameaçados, muitos dos nossos políticos fariam muito melhor do que o que fazem hoje."

Um abraço,
Ulisses
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Para JCS e para Ulisses

por » 16/1/2004 16:47

Caro JCS,
a produtividade no sector privado deixa realmente muito a desejar.
Já tive experiências que não lembram ao diabo: estou a lembrar-me de exemplos flagarantes em seguradoras e bancos privados onde os funcionários sabem menos que os próprios clientes. Onde a incompetência reina. Onde o vestir da camisola (que a maioria ostenta com tanto orgulho) passa por lavagens ao cérebro (expressamente aceites e exibidas) onde aprendem a dizer a complexa frase "nós somos os melhores", sempre que os argumentos se esgotam. Sabe qual é a técnica que eu uso para essa gente? Vou a quatro ou cinco balcões diferentes até encontrar um funcionário competente sobre determinada matéria. Quando o encontro assento na minha agenda e esqueço os restantes 80% de incompetentes. No entanto ninguém me paga o tempo que perco com estes supostos funcionários privados de elevado gabarito!! Quando estou bem disposto e tenho tempo (este segundo é raro), ofereço-lhes ums acção de formação de borla.
A privatização de certos serviços públicos, ou da sua gestão, tem também deixado muito a desejar. Veja-se, por exemplo, o caso dos hospitais empresa e do caos em que a sua "gestão privada" os tem deixado. Em que casos os serviços aos utentes melhoraram? Nenhum. Em que casos pioraram? Em todos. Quando entrevistados, os tais gestores privados afirmam que se tratam de situações perfeitamente naturais e compreensíveis. Os tais gestores que sempre criticaram a gestão pública que, anteriormente, produzia melhores níveis de serviço do que eles produzem agora!! E as poupanças que daí decorreram para o estado, para nós? Nenhumas, muito pelo contrário. Isto é um atêntico gozo.

Caro Ulisses,
as palavras do Marco têm toda a razão de ser.
Ou poderá explicar porque é que os deputados obtêm uma reforma vitalícia ao fim de oito anos de AR enquanto a generalidade dos trabalhadores necessita de trinta e seis?
Ou poderá explicar porque é que os deputados podem acumular a dita reforma com uma vida activa enquanto trabalhador, mesmo que seja funcionário público(independentemente dessa reforma ser conseguida aos trinta ou aos quarenta anos)?
Ou poderá explicar que tem o parlamento e o governo nacional de tão especial que justifique ganhos salariais médios superiores aos seus homólogos espanhois, quando se conhecem as difrenças colossais existentes entre o os salários médio e mínimo do país vizinho face aos portugueses?

Um abraço,
 

Trabalhar ou não trabalhar

por Thomas Hobbes » 16/1/2004 16:39

POis é, mas na função pública premeia-se a incompetência e penaliza-se a competência.

Já que para subir basta ter Q.I. (quem indique)

Quanto aos sindicatos, sei de muitos cujo desporto favorito é "coçar a barriga" e gozar autênticamente com quem desconta para lá, porque no fim das negociações abrem sempre as perninhas ao governo...

No fundo são uma treta...

Ps. já não falo nos funcionários públicos que estão sempre de baixa devido ao "stress" :evil:
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Re: para JCS

por JCS » 16/1/2004 16:38

Info. Escreveu:JCS,

- quanto aos pontos que colocaste... assino por baixo

- o facto do "não querer ver" tem somente a ver com o conteúdo da notícia... porque a tua 1ª reação colocava de lado a aberração de se aumentarem em 125% só porque o ordenado do juiz não sei de onde ganha Y... é das coisas mais sem vergonha que vejo nos últimos tempos.

- porque é que um colaborador da PT ou da Novis ou Vodafone não chega e diz " bem este ano vou ser aumentado em 100% porque o Horta e Costa ou o Presidente da Nokia ganham X"?
ou porque é qu um funcionário público (aqui não entro em conta com o de merecer ou não, porque nos europedutados tb há os "bons e os maus") chega à Manuela e diz. "olha eu quero aumento de 150% porque tu ganhas Y"?

Cump.


Cump.



Ok, já estou a ver o seu ponto de vista. O que eu queria destacar na intervenção que fiz é que um ordenado "alto" não é necessáriamente "bem pago". E há muita gente que não percebe isto.

Cumprimentos para si

JCS
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por JCS » 16/1/2004 16:31

Caro Abraracourcix, sou promotor imobiliário e posso dizer que não nasci rico (longe disso). Muito trabalho para conseguir estar onde estou. Com os ordenados que pago dou de comer a algumas familias e seus descendentes, faço descontos para a Segurança Social para ajudar a pôr "comida" na mesa de muitos desempregados deste país e pago muitos dos impostos que alimentam esta inoperância (do qual provalvelmente o sr. fará parte visto a "carapuça" lhe ter servido perfeitamente).

Tenho dito e reafirmo que tiro o chapéu aos funcionários públicos que honradamente fazem o seu trabalho.

Cumprimentos

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para JCS

por Info. » 16/1/2004 16:24

JCS,

- quanto aos pontos que colocaste... assino por baixo

- o facto do "não querer ver" tem somente a ver com o conteúdo da notícia... porque a tua 1ª reação colocava de lado a aberração de se aumentarem em 125% só porque o ordenado do juiz não sei de onde ganha Y... é das coisas mais sem vergonha que vejo nos últimos tempos.

- porque é que um colaborador da PT ou da Novis ou Vodafone não chega e diz " bem este ano vou ser aumentado em 100% porque o Horta e Costa ou o Presidente da Nokia ganham X"?
ou porque é qu um funcionário público (aqui não entro em conta com o de merecer ou não, porque nos europedutados tb há os "bons e os maus") chega à Manuela e diz. "olha eu quero aumento de 150% porque tu ganhas Y"?

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jcs

por abraracourcix » 16/1/2004 16:22

Como se não bastasse a total inoperância, são esses mesmos inativos públicos que ainda por cima fazem greves por melhores condições de trabalho (como é possivel!) e que acham que não devem ser despedidos, apresentando-se nas primeiras fileiras das greves gerais.

Gostava de saber o que fazes! Talvez faças menos que os inactivos públicos!

cumprimentos
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por JCS » 16/1/2004 15:58

Na minha opinião acredite que o aumento de 2% para (talvez 50% :?: ) dos que o vão ter é claramente exagerado tendo em conta o que fazem. Conheço (pela minha actividade) muita Câmara Municipal e já entrei dentro de alguns ministérios e acredite que há mais gente do que muitas pessoas pensam que passam os dias a fazer absolutamente nada (chega a ser impressionante!), ralando-se simplesmente no picar do ponto. Acredito que não sou o unico em portugal a conhecer esta realidade.

Caro info, quanto ao não querer ver... 8-) É exactamente por já ter visto muita coisa que tenho esta opinião.


Não quero com isto dizer que não haja muita gente que merecesse de aumentos superiores a 125% :wink: (falo por exemplo das pessoas que atendem ao publico - grande parte delas - ), que têm de levar com muita gente do privado que por vezes andam muito mal dispostas por terem tanto trabalho que nem se conseguem mexer... :wink: . Até porque logicamente existem funcionários públicos brilhantes! (a esses tiro o meu chapéu!).


Como se não bastasse a total inoperância, são esses mesmos inativos públicos que ainda por cima fazem greves por melhores condições de trabalho (como é possivel!) e que acham que não devem ser despedidos, apresentando-se nas primeiras fileiras das greves gerais.


O privado, coitado se não produz...

PS:Opinião meramente pessoal (é a minha).

Cumprimentos

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por Ming » 16/1/2004 15:54

Foram os tais 50% do "salário de um juiz" (presumo que seja de um juiz do tribunal europeu, porque os de cá tambem não ganham 18 000 euros/mês).

E quanto a Portugal contribuir para o orçamento comunitário, é claro que contribui (basicamente as contribuições são uma percentagem fixa do PIB).
Duvido muito que Portugal poupe dinheiro com esta alteração (segundo as minhas contas passará a gastar mais uns 50% do que antes com os custos dos deputados).
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Seja como for....

por Thomas Hobbes » 16/1/2004 15:40

Alguém sabe como foi calculada a actualização do salário dos Eurodeputados?

125% porque?, porque não 300%? ou outro nº qualquer?

será que houve alguma cabeça pensante que decidiu que os 125 era um nº porreiro? (125 azul? :mrgreen: )
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por JCS » 16/1/2004 15:37

:wink:
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para JCS

por Info. » 16/1/2004 15:27

JCS... não estás a ver o essencial da questão.. ou não queres ver....

A ti o que te despertou foi o de o orçamento do estado portuguÊs poder deixar de financiar directamente os eurodeputados portugueses....porque indirectamente vão ser "pagos de outro modo"... repito-te que a geração espontânea não existe.

A mim o que me despertou foi eles irem aprovar aumentos de 125% (não são 5 nem 10 nem 15) quando a UE toda está com sinais de "recessão/semi-recessão" e andarem a "impor" aos seus concidadãos aumentos irrisórios ou zero (como em Portugal).. seja sector público ou privados.

Quanto ao irónico...


Cump.
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por Ulisses Pereira » 16/1/2004 15:23

Marco, talvez porque há algum tempo que não há aumento dos salários dos deputados...

Um abraço,
Ulisses
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por MarcoAntonio » 16/1/2004 15:19

Ulisses, o que se passa no seio dos partidos não sei... até porque sou apartidário.

Mas sei como se degladiam entre partidos noutros assuntos e como se calam quando se trata deste assunto.
:wink:
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por JCS » 16/1/2004 15:19

Sempre pensei que Portugal não tivesse capacidade de financiar toda a UE. Afinal geramos mesmo muitas receitas... Se calhar Portugal paga os ordenados de todos e mais alguns que lá exercem as suas funções...


(tom irónico, obviamente)


Cumprimentos

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para JCS

por Info » 16/1/2004 15:14

JCS.. eu não omiti nada... transcrevi a notícia tal e qual como ela estava e apontei de onde a transcrevi... se há outro site com mais dados.. excelente.. é transcrever e dizer de onde veio.

E quanto a criticar, bem aí posso criticar, pois não é por a partir de Junho os ordenados serem suportados 'indirectamente' por Portugal, porque se a UE vai desembolsar mais 80M, gostaria de saber qual o saldo ao fim de 2004 das contas de Portugal com a UE, porque isto de aparecer deum lado tem de desaparecer de outro qualquer... o princípio da geração espontânea nunca me convenceu ;)

Mas quanto a critica.. critico e bem!!! Então a Europa vive em recessão, há mais desemprego, blá blá blá (podes dizer que é a lengalenga do costume) e......
os eurodeputados vão-se aumentar em 125%! quando por toda a europa os governos dão migalhas aos seus empregados?


Cump.
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por PIKAS » 16/1/2004 15:08

Claro que isto já não é um País. É um regabofe.

Aumentos de ordenados em 125% é gozar com todos nós, seja o orçamento nacional que pague ou seja o orçamento comunitário.

No que toca aos aumentos aos funcionários públicos manifesto o meu acordo ao aumento 0. Esta função pública é fraca, improdutiva e imcompetente na sua grande generalidade. Aliás muita desta função pública está a pagar a colagem que fez à política e sobretudo aos partidos.

Desafio os funcionários que não querem aumento 0 a virem trabalhar para a privada e aí verão o que é trabalhar, trabalhar 10 horas diárias, não ser arrogantes, não contar com regalias que não fazem nenhum sentido, e sobretudo sentir o que é descontar pipas de massa para o estado que, depois, nada nos dá.

Acho é que boa parte dos funcionários públicos não têm lugar nas empresas privadas.

Cumprimentos,
PIKAS
 

por JCS » 16/1/2004 15:05

Convém colocar a noticia toda. Não basta só criticar, omitindo certos factos:

Diz:

"Eurodeputados vão ver salários aumentados em 125%

Os eurodeputados poderão vir a ter um novo estatuto e um novo salário, que se vai reflectir num aumento de 125%,já a partir de Julho deste ano. De acordo com a edição desta sexta-feira do Semanário Económico, a classe política de Estrasburgo deverá passar a receber 50%do ordenado de um juiz, ou seja, 9.053 euros. Um valor 15 vezes superior ao rendimento médio nacional e superior, inclusivamente, ao do Presidente da República (6.898 euros).

O novo estatuto dos eurodeputados vai a votos no próximo dia 26 de Janeiro no Conselho, com o apoio de Portugal, até porque a ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite, irá poupar milhares de euros nos vencimentos dos 24 eurodeputados.

Até agora, este era pago pelo erário público, mas o novo estatuto transfere o pagamento de todos os vencimentos para a União. O orçamento europeu vai ter de desembolsar mais 80 milhões de euros, segundo cálculos preliminares.

Se for aprovado, o novo estatuto entrará em vigor a 20 de Julho, logos após as eleições para o Parlamento Europeu, marcadas para 13 de Julho."



Pessoalmente acho importantissimo as partes que assinalei a "bold".


Cumprimentos

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por Ulisses Pereira » 16/1/2004 15:05

Por acaso isso nem é verdade, Marco. Não quero entrar aqui nessas guerras, mas das maiores batalhas nos seios dos partidos tem a ver com os vencimentos, em que uns os defendem e outros, por ser impopular, se opõem frontalmente.

Um abraço,
Ulisses
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por MarcoAntonio » 16/1/2004 14:58

Há um ponto em que todos os quadrantes políticos estão sempre em sintonia e nunca dá discussão no parlamento: quando se tratam dos seus vencimentos!
:wink:
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
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off-topic: aumento de ordenado de 125% é pouco? muito?

por Info » 16/1/2004 14:54

ora vamos ver se isto é para pessoas do mesmo país.. tentem descubrir as diferenças.. coff..coff

Notícia 1 in agenciafinanceira.iol.pt:

Salário dos Eurodeputados vai aumentar 125%

O salário dos eurodeputados vai registar um aumento de 125%. Assim sendo, 9.053 euros por mês será o novo salário dos deputados portugueses ao Parlamento Europeu, revela o Semanário Económico.

O valor, acrescenta o jornal, supera inclusive o ordenado do Presidente da república.


Notícia 2 in público.pt:

Governo Só Quer Aumentar Metade dos Funcionários em Dois por Cento

Mais cedo do que o esperado, Manuela Ferreira Leite enviou ontem aos sindicatos que representam os trabalhadores da função pública a sua proposta formal de aumentos salariais para 2004: dois por cento para os trabalhadores que ganhem menos de mil euros por mês; e - tal como em 2003 - vencimento congelado para os que ganharem mais.

Há uma semana, quando recebeu pela primeira vez os dirigentes sindicais, a ministra das Finanças, tinha-lhes colocado à escolha uma alternativa semelhante à do ano passado: um pequeno aumento para todos os funcionários, muito inferior aos 2,5 por cento de inflação prevista, ou então um aumento um pouco melhor para apenas uma parte dos trabalhadores. Como os sindicatos se mostraram indisponíveis para escolher entre quem tinha e não tinha aumento, a ministra informou então secamente que enviaria "por correio, em princípio antes do final de Janeiro", a sua proposta concreta.

Fê-lo ontem, e já sem alternativas. Quem ganha mais de mil euros fica, pelo segundo ano consecutivo, a perder poder de compra, a não ser que se encontre num momento de progressão na carreira e passe para um escalão superior. E quem ganha menos irá ser contemplado com um aumento que se situa no intervalo médio de inflação prevista pelo Governo, entre os 1,5 e os 2,5 por cento (note-se que o Banco de Portugal admite que em 2004 a inflação possa ir até três por cento). É, em qualquer caso, uma situação melhor do que a de 2003, em que o mesmo grupo de trabalhadores foi aumentado 1,5 por cento mas defrontou-se com uma inflação de 3,3 por cento


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