A história e o declínio da Parmalat
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Parmalat fez dupla facturação a centenas de supermercados para conseguir empréstimos
A italiana Parmalat, fabricante de produtos alimentares que abriu falência após a descoberta de uma fraude contabilística, conseguiu cerca de 4 mil milhões de euros em empréstimos fazendo facturação dupla aos seus clientes.
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Ruben Bicho
rbicho@mediafin.pt
A italiana Parmalat, fabricante de produtos alimentares que abriu falência após a descoberta de uma fraude contabilística, conseguiu cerca de 4 mil milhões de euros em empréstimos fazendo facturação dupla aos seus clientes.
Documentos do tribunal e declarações de fontes ligadas à empresa mostram que a Parmalat realizou facturação dupla a pelo menos 33 distribuidores e centenas de supermercados em Itália, utilizando depois os valores das facturas para conseguir crédito junto de 40 bancos italianos
.
Esta situação levantou algumas suspeitas em relação a outros agentes que possam estar ligados ao "caso Parmalat", já que a facturação dupla em empresas como a Parmalat é algo que dificilmente passa despercebido, segundo afirmou Niccolo Pini, gestor de fundos da Banca Ifigest Spa, citado pela Bloomberg.
"Facturação dupla é uma prática que é regularmente utilizada por empresas pequenas e desconhecidas, que têm pouca fiscalização e conseguem assim mais crédito. Não se percebe como é que uma empresa tão grande como a Parmalat conseguiu fazer isto durante tanto tempo sem que os seus auditores ou bancos o descobrissem," acrescentou.
Os procuradores encarregues do caso estão por isso a planear juntar outros 22 arguidos ao processo, dos quais a maioria está ligada a bancos, segundo informa o jornal italiano Il Giornale.
A lista dos novos arguidos estará dividida em três segmentos – o dos que sabiam da falta de dinheiro da Parlmalat, o dos que sabiam o valor real da dívida da empresa e o dos que sabiam da fraude contabilística. "
A novela ainda agora começou... Esperemos pelas cenas dos próximos capitulos...
JCS
A italiana Parmalat, fabricante de produtos alimentares que abriu falência após a descoberta de uma fraude contabilística, conseguiu cerca de 4 mil milhões de euros em empréstimos fazendo facturação dupla aos seus clientes.
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Ruben Bicho
rbicho@mediafin.pt
A italiana Parmalat, fabricante de produtos alimentares que abriu falência após a descoberta de uma fraude contabilística, conseguiu cerca de 4 mil milhões de euros em empréstimos fazendo facturação dupla aos seus clientes.
Documentos do tribunal e declarações de fontes ligadas à empresa mostram que a Parmalat realizou facturação dupla a pelo menos 33 distribuidores e centenas de supermercados em Itália, utilizando depois os valores das facturas para conseguir crédito junto de 40 bancos italianos

Esta situação levantou algumas suspeitas em relação a outros agentes que possam estar ligados ao "caso Parmalat", já que a facturação dupla em empresas como a Parmalat é algo que dificilmente passa despercebido, segundo afirmou Niccolo Pini, gestor de fundos da Banca Ifigest Spa, citado pela Bloomberg.
"Facturação dupla é uma prática que é regularmente utilizada por empresas pequenas e desconhecidas, que têm pouca fiscalização e conseguem assim mais crédito. Não se percebe como é que uma empresa tão grande como a Parmalat conseguiu fazer isto durante tanto tempo sem que os seus auditores ou bancos o descobrissem," acrescentou.
Os procuradores encarregues do caso estão por isso a planear juntar outros 22 arguidos ao processo, dos quais a maioria está ligada a bancos, segundo informa o jornal italiano Il Giornale.
A lista dos novos arguidos estará dividida em três segmentos – o dos que sabiam da falta de dinheiro da Parlmalat, o dos que sabiam o valor real da dívida da empresa e o dos que sabiam da fraude contabilística. "
A novela ainda agora começou... Esperemos pelas cenas dos próximos capitulos...
JCS
---Tudo o que for por mim escrito expressa apenas a minha opinião pessoal e não é uma recomendação de investimento de qualquer tipo---
https://twitter.com/JCSTrendTrading
"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
"Price is the aggregation of everyone's expectations"
"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
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Dívida da Parmalat ficou oito vezes acima do divulgado
Dívida da Parmalat ficou oito vezes acima do divulgado
A dívida da Parmalat atingiu, em Setembro passado, 14,3 mil milhões de euros, quase oito vezes acima do divulgado pela companhia antes da abertura de falência.
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Bárbara Leite
bl@mediafin.pt
A dívida da Parmalat atingiu, em Setembro passado, 14,3 mil milhões de euros, quase oito vezes acima do divulgado pela companhia antes da abertura de falência.
Esta informação foi relatada pela PricewaterhouseCoopers, os novos auditores da companhia.
O valor do volume de negócios, por seu lado, foi empolado pela empresa. Em Setembro, a vendas da Parmalat cifraram-se nos quatro mil milhões de euros e não nos 5,4 mil milhões de euros conforme foi divulgado nos resultados do primeiros nove meses do ano.
A empresa entrou em colapso, no mês passado, depois de admitir que uma conta com 4,9 mil milhões de dólares (4,1 mil milhões de euros) no Bank of America não existia na realidade.
O fundador da empresa, Calisto Tanzi foi, entretanto, preso com outras 11 pessoas, e admitiu que estariam contabilizados activos falsos no valor de até oito mil milhões de euros e escondido o valor real da dívida da companhia de lacticínios italiana.
A companhia, diz-se, no entanto, capacitada para honrar os compromissos com os seus fornecedores, apesar de ter havido algumas excepções em alguns países, como Brasil e Estados Unidos.
Nestes dois países, estão já, no local, grupos de trabalho para auxiliar a gestão local para chegar a acordo com os bancos que financiavam as respectivas operações, afirmou a mesma fonte.
A Parmalat pediu falência recentemente, sendo um dos maiores escândalos contabilísticos da história empresarial europeia e que está a abalar a Itália."
JCS
A dívida da Parmalat atingiu, em Setembro passado, 14,3 mil milhões de euros, quase oito vezes acima do divulgado pela companhia antes da abertura de falência.
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Bárbara Leite
bl@mediafin.pt
A dívida da Parmalat atingiu, em Setembro passado, 14,3 mil milhões de euros, quase oito vezes acima do divulgado pela companhia antes da abertura de falência.
Esta informação foi relatada pela PricewaterhouseCoopers, os novos auditores da companhia.
O valor do volume de negócios, por seu lado, foi empolado pela empresa. Em Setembro, a vendas da Parmalat cifraram-se nos quatro mil milhões de euros e não nos 5,4 mil milhões de euros conforme foi divulgado nos resultados do primeiros nove meses do ano.
A empresa entrou em colapso, no mês passado, depois de admitir que uma conta com 4,9 mil milhões de dólares (4,1 mil milhões de euros) no Bank of America não existia na realidade.
O fundador da empresa, Calisto Tanzi foi, entretanto, preso com outras 11 pessoas, e admitiu que estariam contabilizados activos falsos no valor de até oito mil milhões de euros e escondido o valor real da dívida da companhia de lacticínios italiana.
A companhia, diz-se, no entanto, capacitada para honrar os compromissos com os seus fornecedores, apesar de ter havido algumas excepções em alguns países, como Brasil e Estados Unidos.
Nestes dois países, estão já, no local, grupos de trabalho para auxiliar a gestão local para chegar a acordo com os bancos que financiavam as respectivas operações, afirmou a mesma fonte.
A Parmalat pediu falência recentemente, sendo um dos maiores escândalos contabilísticos da história empresarial europeia e que está a abalar a Itália."

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Bank of America diz que conta com fundos da Parmalat nunca existiu
DE
"O Bank of America disse hoje que uma conta contendo, aparentemente, 7,7 mil milhões de dólares em fundos da Parmalat nunca existiu.
Recorde-se que no começo deste mês, Carlo Zauli, adovogado de um grupo de credores da Parmalat, disse que tinha descoberto o paradeiro de 7,7 mil milhões de dólares de fundos da Parmalat numa conta da delegação do Bank of America em Nova Iorque, mas que não tinha uma prova documental dessa conta.
«Demos por terminada a nossa busca de contas de depósito e essa conta não existe, nem nunca existiu no Bank of America», disse um porta-voz daquela instituição financeira em Londres. "
Isto vai de mal a pior...
DE
"O Bank of America disse hoje que uma conta contendo, aparentemente, 7,7 mil milhões de dólares em fundos da Parmalat nunca existiu.
Recorde-se que no começo deste mês, Carlo Zauli, adovogado de um grupo de credores da Parmalat, disse que tinha descoberto o paradeiro de 7,7 mil milhões de dólares de fundos da Parmalat numa conta da delegação do Bank of America em Nova Iorque, mas que não tinha uma prova documental dessa conta.
«Demos por terminada a nossa busca de contas de depósito e essa conta não existe, nem nunca existiu no Bank of America», disse um porta-voz daquela instituição financeira em Londres. "
Isto vai de mal a pior...
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Caso Parmalat: ex-presidente do Banca Monte di Parma detido
Caso Parmalat: ex-presidente do Banca Monte di Parma detido
"O ex-presidente do Banca Monte di Parma, Franco Gorreri, foi esta segunda-feira detido pela polícia italiana, acrescentando assim mais um nome à extensa lista de pessoas implicadas no caso Parmalat.
Gorreri, que demitiu-se há alguns dias do cargo de presidente da entidade bancária, era membro do Conselho de Administração do grupo agroalimentar e director financeiro da principal filial, a Parmalat SPA.
Sobre o ex-presidente do Banca Monte di Parma recaem acusações de bancarrota fraudulenta, associação com malfeitores, falsear balanços, entre outros delitos económicos.
Segundo a polícia, Gorreri tentou «contaminar provas» ao transferir certas quantidades de dinheiro da Parmalat para outras contas sem relação com o grupo, até ao passado dia 13 de Janeiro. "
"O ex-presidente do Banca Monte di Parma, Franco Gorreri, foi esta segunda-feira detido pela polícia italiana, acrescentando assim mais um nome à extensa lista de pessoas implicadas no caso Parmalat.
Gorreri, que demitiu-se há alguns dias do cargo de presidente da entidade bancária, era membro do Conselho de Administração do grupo agroalimentar e director financeiro da principal filial, a Parmalat SPA.
Sobre o ex-presidente do Banca Monte di Parma recaem acusações de bancarrota fraudulenta, associação com malfeitores, falsear balanços, entre outros delitos económicos.
Segundo a polícia, Gorreri tentou «contaminar provas» ao transferir certas quantidades de dinheiro da Parmalat para outras contas sem relação com o grupo, até ao passado dia 13 de Janeiro. "
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"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
"Price is the aggregation of everyone's expectations"
"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
Caro JCS,
Parece que os números são algo mais elevados. Cá vai:
Parmalat justified its nomination as "Europe's Enron": the italian dairy-goods firm was declared insolvent; Calisto Tanzi, its founder and former boss, was held; and its shares were suspended. A judicial inquiry began into a non-existent €4 billion ($5 billion) bank account; the size of the hole in Parmalat's books is put at over €10 billion.
Fonte: The Economist
Um abraço,
MozHawk
Parece que os números são algo mais elevados. Cá vai:
Parmalat justified its nomination as "Europe's Enron": the italian dairy-goods firm was declared insolvent; Calisto Tanzi, its founder and former boss, was held; and its shares were suspended. A judicial inquiry began into a non-existent €4 billion ($5 billion) bank account; the size of the hole in Parmalat's books is put at over €10 billion.
Fonte: The Economist
Um abraço,
MozHawk
Polícia investiga escritórios do Bank of America em Milão
Polícia italiana investiga escritórios do Bank of America em Milão
"A polícia que investiga a fraude no falido grupo Parmalat fez hoje uma busca aos escritórios do Bank of America na capital financeira italiana, disse um correspondente da Reuters naquela cidade.
O Bank of America em Londres disse que não tinha qualquer comentário a fazer àquela busca.
Os esforços dos investigadores que estão a analisar o escândalo contabilístico nas contas da Parmalat, centram-se agora nas instituições de crédito que, alegadamente, terão ajudado o gigante agro-alimentar italiano a manter o sistema que lhe permitiu, durante anos, ocultar a sua verdadeira situação económico-financeira.
O Bank of America geriu a venda das obrigações da Parmalat e reestruturou outros negócios da empresa.
Recorde-se que a Parmalat foi declarada falida o mês passado. "
"A polícia que investiga a fraude no falido grupo Parmalat fez hoje uma busca aos escritórios do Bank of America na capital financeira italiana, disse um correspondente da Reuters naquela cidade.
O Bank of America em Londres disse que não tinha qualquer comentário a fazer àquela busca.
Os esforços dos investigadores que estão a analisar o escândalo contabilístico nas contas da Parmalat, centram-se agora nas instituições de crédito que, alegadamente, terão ajudado o gigante agro-alimentar italiano a manter o sistema que lhe permitiu, durante anos, ocultar a sua verdadeira situação económico-financeira.
O Bank of America geriu a venda das obrigações da Parmalat e reestruturou outros negócios da empresa.
Recorde-se que a Parmalat foi declarada falida o mês passado. "
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Caso Parmalat com quatro novos implicados
"As investigações ao caso Parmalat, desenvolvidas pelas autoridades italianas, apontam para quatro novos implicados no caso. Entre eles estão os auditores da agência Deloitte & Touche, Adolfo Mamoli e Giuseppe Rovelli, bem como o ex-director do Bank of America, Luca Sala, e o conselheiro do grupo agro-alimentar, Angelo Ugolotti.
Com estes novos dados, aumenta assim para 25 o número de investigados pelas autoridades transalpinas.
A Parmalat Finanziaria já anunciou que vai cessar os seus contratos com a Deloitte and Touche, decisão que também incluirá uma outra empresa de auditoria, a Grant Thornton, responsável pela revisão das contas de algumas filiais do grupo.
A Parmalat, cujo escândalo rebentou no passado mês de Dezembro, tem um buraco financeiro de sete milhões de euros, ocultado pela família do fundador e principal accionista, Calisto Tanzi."
Onde é que já ouvimos isto... (Enron, etc...)? As auditoras teimam em se queimarem...
Cumprimentos
JCS
"As investigações ao caso Parmalat, desenvolvidas pelas autoridades italianas, apontam para quatro novos implicados no caso. Entre eles estão os auditores da agência Deloitte & Touche, Adolfo Mamoli e Giuseppe Rovelli, bem como o ex-director do Bank of America, Luca Sala, e o conselheiro do grupo agro-alimentar, Angelo Ugolotti.
Com estes novos dados, aumenta assim para 25 o número de investigados pelas autoridades transalpinas.
A Parmalat Finanziaria já anunciou que vai cessar os seus contratos com a Deloitte and Touche, decisão que também incluirá uma outra empresa de auditoria, a Grant Thornton, responsável pela revisão das contas de algumas filiais do grupo.
A Parmalat, cujo escândalo rebentou no passado mês de Dezembro, tem um buraco financeiro de sete milhões de euros, ocultado pela família do fundador e principal accionista, Calisto Tanzi."
Onde é que já ouvimos isto... (Enron, etc...)? As auditoras teimam em se queimarem...


Cumprimentos
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Re: Entao é assim... Sobre a especulacao da vinda a Portugal
Viana Escreveu:... Together, Tanzi, his wife and Cattaneo went to Fatima (the famous
Sanctuary, which is not far from Lisbon)...
Neste caso acho que nem Fátima lhe vale

Cumprimentos
JCS
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"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
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Entao é assim... Sobre a especulacao da vinda a Portugal
May I come back to your most interesting message.
Calisto Tanzi flew to Lisboa on December 20th.
His wife ANITA CHIESI was with him.
He (according to what he told the prosecutor) was housed
at the "residence" of PARMALAT PORTUGAL and the
portuguese representative there, CLAUDIO CATTANEO.
He then took a plane (company TAB) from Lisboa to Madrid.
Then he flew to QUITO in Ecuador where he stayed at the
Hotel AKROS (...) He said that he went to Lisbon after leaving Italy
on December 19 (or 20) with a private airplane. Tanzi said that when he and
his wife Anita Chiesi arrived in Lisbon, he spent two nights not in hotel,
but as you have already read in X's e-mail at the residence of Parmalat
Portugal with Claudio Cattaneo, the Italian manager who runs Parmalat in
Portugal. Together, Tanzi, his wife and Cattaneo went to Fatima (the famous
Sanctuary, which is not far from Lisbon). On December 21
the Tanzis left Lisbon for Quito (via Madrid), where they spent four nights. (...) When the Tanzis left Parma for Lisbon (I think on December 19), they used a
private plane operated by a private airline company named Aliparma,
apparently owned by the Tanzi family.
Calisto Tanzi flew to Lisboa on December 20th.
His wife ANITA CHIESI was with him.
He (according to what he told the prosecutor) was housed
at the "residence" of PARMALAT PORTUGAL and the
portuguese representative there, CLAUDIO CATTANEO.
He then took a plane (company TAB) from Lisboa to Madrid.
Then he flew to QUITO in Ecuador where he stayed at the
Hotel AKROS (...) He said that he went to Lisbon after leaving Italy
on December 19 (or 20) with a private airplane. Tanzi said that when he and
his wife Anita Chiesi arrived in Lisbon, he spent two nights not in hotel,
but as you have already read in X's e-mail at the residence of Parmalat
Portugal with Claudio Cattaneo, the Italian manager who runs Parmalat in
Portugal. Together, Tanzi, his wife and Cattaneo went to Fatima (the famous
Sanctuary, which is not far from Lisbon). On December 21
the Tanzis left Lisbon for Quito (via Madrid), where they spent four nights. (...) When the Tanzis left Parma for Lisbon (I think on December 19), they used a
private plane operated by a private airline company named Aliparma,
apparently owned by the Tanzi family.
-
Viana
E Sempre o mesmo problema.
Todas as empresas familiares que crescem muito depressa, (caso JM em Portugal), têm que reconhecer que a partir de determinada altura é necessãrio um distanciarem-se da gestão efectiva da empresa e entrega-la a profissionais a altamente qualificados a quem é exigido resultados aos accionistas.
O caso da Parmalat vem provar que a promiscuidade entre gestão e detenção da empresa normalmente torna a primeira menos credivel, já que os mecanismos de controle de gestão se tornão mais ténues e brandos.
Podemos ver que quase todas as empresas com excelência de gestão, os CEO não têm qualquer ligação à familia detentora da empresa.
Penso que este caso da Parmalat, deveria servir de reflexão futura para alguns perigos que certos grupos portugueses correm.
O caso da Parmalat vem provar que a promiscuidade entre gestão e detenção da empresa normalmente torna a primeira menos credivel, já que os mecanismos de controle de gestão se tornão mais ténues e brandos.
Podemos ver que quase todas as empresas com excelência de gestão, os CEO não têm qualquer ligação à familia detentora da empresa.
Penso que este caso da Parmalat, deveria servir de reflexão futura para alguns perigos que certos grupos portugueses correm.
Todo o Homem tem um preço, nem que seja uma lata de atum
A história e o declínio da Parmalat
O declínio do império Tanzi
"O homem que transformou a Parmalat – uma empresa familiar – numa das maiores empresas de Itália foi sempre mais discreto do que muitos dos seus homólogos industriais. Porém, o escândalo que envolve o gigante da indústria alimentar colocou-o no centro das atenções.
Na véspera de Ano Novo, um advogado de Calisto Tanzi, o antigo director executivo da Parmalat agora detido, apresentou-se à porta do tribunal de Milão e resumiu o envolvimento do seu cliente no escândalo em torno da falência da empresa do sector alimentar.
"O problema pode ser explicado da seguinte forma - produtos bons, finanças más", afirmou o advogado Fabio Belloni. "Tanzi não tinha conhecimento da situação financeira da empresa. Ele é um empreendedor. Há muitas coisas que ele desconhecia".
Todavia, nem tudo é assim tão simples. Embora Tanzi não tenha sido ainda formalmente acusado de nenhum crime, declarou ao Ministério Público italiano - ao longo de quase 20 horas de interrogatório desde a sua detenção em 27 de Dezembro de 2003 -, que se tinha apropriado ilegalmente de cerca de 500 milhões de euros de fundos da Parmalat durante sete ou oito anos.
Na sua cela da prisão de San Vittore em Milão, Tanzi confirmou que tinha conhecimento, em termos gerais, das irregularidades contabilísticas que, segundo uma estimativa sua, provocaram um "buraco" financeiro de 8 mil milhões de euros nas contas da Parmalat e empurraram a empresa para a falência. Segundo uma transcrição do seu interrogatório de 29 de Dezembro, Tanzi afirmou: "Estava de acordo com os objectivos, isto é, com a necessidade de demonstrar que a empresa aparentava estar em boa situação do ponto de vista do balancete".
Porém, acrescentou: "Os instrumentos utilizados para atingir estes fins eram imaginados pelos meus colegas". Mencionou, em particular, os nomes de Fausto Tonna e Luciano Del Soldato, dois antigos directores financeiros da Parmalat e ambos detidos.
No decurso da sua longa carreira, Tanzi (65 anos) cultivou o modelo do empresário familiar "self-made", muito trabalhador e prático, características típicas dos naturais de Parma, a sua cidade natal, no centro-norte de Itália.
De acordo com a edição de 1995 de Who's Who in Italy, Tanzi tem um curso de contabilidade, tendo recebido em 1992 o grau honoris causa em economia pela Universidade de Parma.
Em 1961, com 22 anos, Tanzi abandonou a universidade depois da morte do pai, Melchiorre, para assumir a gestão do modesto negócio familiar dedicado ao comércio de presunto e polpa de tomate.
Nessa época, a economia italiana estava no auge do 'boom' do pós-guerra e o mundo abraçava entusiasticamente as imagens da elegância italiana, simbolizadas acima de tudo por Giovanni Agnelli da dinastia industrial da Fiat.
Tanzi também tinha ambições. Como se pode ler no site da Parmalat: "Por vezes, o sucesso de uma empresa surge a partir de uma única intuição, criando os alicerces que suportam vários anos de crescimento e lucros… No caso da Parmalat, o ponto de partida, ou a pedra angular do projecto que principiou há 40 anos, foi o leite - tão genuíno e puro quanto o projecto de Calisto Tanzi que … transformou um negócio familiar numa das maiores empresas alimentares do mundo".
Tanzi encontrava-se no local certo de Itália para concretizar as suas ambições. Parma - transformada em ducado, no séc. XVI, pelo Papa Paulo III para benefício de Pier Luigi Farnese, o seu filho ilegítimo - é famosa, desde longa data, pela massa, queijo e presunto. Aproveitando a reputação de Parma nos anos 60, Tanzi adoptou um procedimento revolucionário sueco que permitia obter leite de longa duração e embalá-lo em pacotes de cartão. Por volta de 1980, o leite de longa duração representava 55% do leite consumido em Itália.
A Parmalat, cujo nome combina as palavras Parma e latte (leite em italiano), rapidamente se tornou no maior produtor de leite de longa duração do mundo. À medida que se expandia no ramo dos iogurtes, sumos de fruta, molhos de legumes e bolachas, a empresa tornava-se também num símbolo de Parma, tal como a Fiat em relação a Turim.
Tanzi prestava extrema atenção às actividades da sua empresa, levantando-se cedo para inspeccionar as entregas de produtos. Além disso, financiou projectos comunitários locais, como centros de reabilitação de toxicodependentes e o restauro dos frescos da catedral de Parma.
Enquanto os líderes empresariais como Carlo De Benedetti, Luciano Benetton e Sílvio Berlusconi, o futuro primeiro-ministro, eram tratados como estrelas de cinema pela comunicação social italiana, nos anos 70 e 80, Tanzi mantinha um 'low profile'.
Contudo, num país em que a política, o meio empresarial privado e a Igreja Católica formam redes homogéneas - senão mesmo obscuras - de ligações de amizade e assistência mútua, Tanzi cultivou algumas ligações ao mais alto nível.
O "helicóptero de Deus" era a alcunha do helicóptero da Parmalat, que transportou altos dignitários eclesiásticos em território italiano, com a bênção de Tanzi.
A expansão internacional da Parmalat - iniciada em 1974 no Brasil e coroada pela admissão na Bolsa de valores de Milão em 1990 - pautou-se igualmente por alguma extravagância. Os investigadores afirmam mesmo que, quando havia um negócio "na calha", Tanzi se deslocava com a família no avião da empresa.
A família de Tanzi tinha uma representação importante na hierarquia da Parmalat. O irmão Giovanni, o filho Stefano, a filha Francesca e a sobrinha Paola Visconti eram todos membros do conselho de administração ou detinham cargos executivos noutras empresas do grupo. Stefano Tanzi é presidente do Parma (clube de futebol), que venceu duas vezes a Taça UEFA nos anos 90.
Porém, segundo os seus testemunhos, dispunham de poucas informações sobre as actividades de Tanzi e dos seus directores financeiros. Em relação ao tio e a Tonna, Paola Visconti afirmou: "A empresa estava concentrada nas suas mãos e era gerida de uma forma totalmente patriarcal". Stefano Tanzi declarou aos investigadores que já não via o pai "há bastante tempo" e que a sua relação se tornara "algo fria".
Esta afirmação parecia confirmar uma citação de Calisto Tanzi, pouco depois da sua detenção em Milão. "O meu filho deixou de me falar", afirmou na presença de Enriço Bondi, o empresário nomeado pelo governo italiano para preparar a reestruturação da Parmalat.
Embora o escândalo se centre na utilização, por parte da Parmalat, de empresas fictícias off-shore nas Caraíbas, para inventar activos e encobrir perdas - para além de detalhes sobre transacções fictícias na América Latina -, o ministério público não está ainda satisfeito com as explicações de Tanzi em relação a uma viagem ao estrangeiro, que fez durante uma semana, no Natal.
Partiu no dia 19 de Dezembro, dia em que o Bank of America anunciou que o documento comprovativo da posse de 3,95 mil milhões de euros pela Bonlat, uma subsidiária da Parmalat nas Ilhas Caimão, era falso.
Segundo o seu depoimento, depois de passar por Portugal, esteve entre os dias 22 e 25 de Dezembro no Equador, hospedado no Hotel Akros de Quito, onde planeava levar a mulher às ilhas Galápagos para celebrar o seu aniversário.
O ministério público suspeita que estivesse a tentar ocultar algumas provas dos crimes da Parmalat. Contudo, Tanzi afirmou: "Nem tinha o meu telemóvel. A minha mulher tinha um, mas era impossível fazer chamadas do Equador".
Entretanto, os investigadores esperam confirmar a descrição de Tanzi em relação a uma fraude, da qual tinha um conhecimento muito geral, com as versões dos acontecimentos dadas pelos seus subordinados. Del Soldato, por exemplo, declarou que Tanzi lhe "dissera para continuar a falsificar as contas da Bonlat".
Porém, com a empresa de rastos e a sua reputação arruinada, poucos duvidam da justeza do comentário do advogado em relação ao estado de espírito de Tanzi. "É um homem destroçado", afirmou Belloni."
"O homem que transformou a Parmalat – uma empresa familiar – numa das maiores empresas de Itália foi sempre mais discreto do que muitos dos seus homólogos industriais. Porém, o escândalo que envolve o gigante da indústria alimentar colocou-o no centro das atenções.
Na véspera de Ano Novo, um advogado de Calisto Tanzi, o antigo director executivo da Parmalat agora detido, apresentou-se à porta do tribunal de Milão e resumiu o envolvimento do seu cliente no escândalo em torno da falência da empresa do sector alimentar.
"O problema pode ser explicado da seguinte forma - produtos bons, finanças más", afirmou o advogado Fabio Belloni. "Tanzi não tinha conhecimento da situação financeira da empresa. Ele é um empreendedor. Há muitas coisas que ele desconhecia".
Todavia, nem tudo é assim tão simples. Embora Tanzi não tenha sido ainda formalmente acusado de nenhum crime, declarou ao Ministério Público italiano - ao longo de quase 20 horas de interrogatório desde a sua detenção em 27 de Dezembro de 2003 -, que se tinha apropriado ilegalmente de cerca de 500 milhões de euros de fundos da Parmalat durante sete ou oito anos.
Na sua cela da prisão de San Vittore em Milão, Tanzi confirmou que tinha conhecimento, em termos gerais, das irregularidades contabilísticas que, segundo uma estimativa sua, provocaram um "buraco" financeiro de 8 mil milhões de euros nas contas da Parmalat e empurraram a empresa para a falência. Segundo uma transcrição do seu interrogatório de 29 de Dezembro, Tanzi afirmou: "Estava de acordo com os objectivos, isto é, com a necessidade de demonstrar que a empresa aparentava estar em boa situação do ponto de vista do balancete".
Porém, acrescentou: "Os instrumentos utilizados para atingir estes fins eram imaginados pelos meus colegas". Mencionou, em particular, os nomes de Fausto Tonna e Luciano Del Soldato, dois antigos directores financeiros da Parmalat e ambos detidos.
No decurso da sua longa carreira, Tanzi (65 anos) cultivou o modelo do empresário familiar "self-made", muito trabalhador e prático, características típicas dos naturais de Parma, a sua cidade natal, no centro-norte de Itália.
De acordo com a edição de 1995 de Who's Who in Italy, Tanzi tem um curso de contabilidade, tendo recebido em 1992 o grau honoris causa em economia pela Universidade de Parma.
Em 1961, com 22 anos, Tanzi abandonou a universidade depois da morte do pai, Melchiorre, para assumir a gestão do modesto negócio familiar dedicado ao comércio de presunto e polpa de tomate.
Nessa época, a economia italiana estava no auge do 'boom' do pós-guerra e o mundo abraçava entusiasticamente as imagens da elegância italiana, simbolizadas acima de tudo por Giovanni Agnelli da dinastia industrial da Fiat.
Tanzi também tinha ambições. Como se pode ler no site da Parmalat: "Por vezes, o sucesso de uma empresa surge a partir de uma única intuição, criando os alicerces que suportam vários anos de crescimento e lucros… No caso da Parmalat, o ponto de partida, ou a pedra angular do projecto que principiou há 40 anos, foi o leite - tão genuíno e puro quanto o projecto de Calisto Tanzi que … transformou um negócio familiar numa das maiores empresas alimentares do mundo".
Tanzi encontrava-se no local certo de Itália para concretizar as suas ambições. Parma - transformada em ducado, no séc. XVI, pelo Papa Paulo III para benefício de Pier Luigi Farnese, o seu filho ilegítimo - é famosa, desde longa data, pela massa, queijo e presunto. Aproveitando a reputação de Parma nos anos 60, Tanzi adoptou um procedimento revolucionário sueco que permitia obter leite de longa duração e embalá-lo em pacotes de cartão. Por volta de 1980, o leite de longa duração representava 55% do leite consumido em Itália.
A Parmalat, cujo nome combina as palavras Parma e latte (leite em italiano), rapidamente se tornou no maior produtor de leite de longa duração do mundo. À medida que se expandia no ramo dos iogurtes, sumos de fruta, molhos de legumes e bolachas, a empresa tornava-se também num símbolo de Parma, tal como a Fiat em relação a Turim.
Tanzi prestava extrema atenção às actividades da sua empresa, levantando-se cedo para inspeccionar as entregas de produtos. Além disso, financiou projectos comunitários locais, como centros de reabilitação de toxicodependentes e o restauro dos frescos da catedral de Parma.
Enquanto os líderes empresariais como Carlo De Benedetti, Luciano Benetton e Sílvio Berlusconi, o futuro primeiro-ministro, eram tratados como estrelas de cinema pela comunicação social italiana, nos anos 70 e 80, Tanzi mantinha um 'low profile'.
Contudo, num país em que a política, o meio empresarial privado e a Igreja Católica formam redes homogéneas - senão mesmo obscuras - de ligações de amizade e assistência mútua, Tanzi cultivou algumas ligações ao mais alto nível.
O "helicóptero de Deus" era a alcunha do helicóptero da Parmalat, que transportou altos dignitários eclesiásticos em território italiano, com a bênção de Tanzi.
A expansão internacional da Parmalat - iniciada em 1974 no Brasil e coroada pela admissão na Bolsa de valores de Milão em 1990 - pautou-se igualmente por alguma extravagância. Os investigadores afirmam mesmo que, quando havia um negócio "na calha", Tanzi se deslocava com a família no avião da empresa.
A família de Tanzi tinha uma representação importante na hierarquia da Parmalat. O irmão Giovanni, o filho Stefano, a filha Francesca e a sobrinha Paola Visconti eram todos membros do conselho de administração ou detinham cargos executivos noutras empresas do grupo. Stefano Tanzi é presidente do Parma (clube de futebol), que venceu duas vezes a Taça UEFA nos anos 90.
Porém, segundo os seus testemunhos, dispunham de poucas informações sobre as actividades de Tanzi e dos seus directores financeiros. Em relação ao tio e a Tonna, Paola Visconti afirmou: "A empresa estava concentrada nas suas mãos e era gerida de uma forma totalmente patriarcal". Stefano Tanzi declarou aos investigadores que já não via o pai "há bastante tempo" e que a sua relação se tornara "algo fria".
Esta afirmação parecia confirmar uma citação de Calisto Tanzi, pouco depois da sua detenção em Milão. "O meu filho deixou de me falar", afirmou na presença de Enriço Bondi, o empresário nomeado pelo governo italiano para preparar a reestruturação da Parmalat.
Embora o escândalo se centre na utilização, por parte da Parmalat, de empresas fictícias off-shore nas Caraíbas, para inventar activos e encobrir perdas - para além de detalhes sobre transacções fictícias na América Latina -, o ministério público não está ainda satisfeito com as explicações de Tanzi em relação a uma viagem ao estrangeiro, que fez durante uma semana, no Natal.
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Segundo o seu depoimento, depois de passar por Portugal, esteve entre os dias 22 e 25 de Dezembro no Equador, hospedado no Hotel Akros de Quito, onde planeava levar a mulher às ilhas Galápagos para celebrar o seu aniversário.
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---Tudo o que for por mim escrito expressa apenas a minha opinião pessoal e não é uma recomendação de investimento de qualquer tipo---
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"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
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