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Caldeirão da Bolsa

PT - Compra de acções próprias (2004)

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: A VERDADEIRA RAZÃO DAS SUBIDAS NÃO É A COMPRA ACÇÕESPRÓP

por Profitaker » 11/1/2004 8:31

TimeOut Escreveu:
Profitaker Escreveu:Concluindo, a verdadeira razão para a manutenção destas subidas, não é o anúncio nem a prática de compra de acções próprias, mas sim, o ciclo técnico favorável e internacional de que a PT está também a beneficiar e que foi bem identificado e escolhido pela administração da PT para anunciar o seu plano, e fazendo assim parecer, de um modo aparente, mas erróneo, que a causa da sua subida é quase exclusivamente atribuível à operação de compra de acções próprias. Quando essa operação em curso, tem um peso ínfimo na verdadeira causa das subidas da PT.


Óptimo

Só falta agora explicar para que anda a PT a comprar acções se a cotação subia na mesma só em resultado da AT e da conjuntura :roll:

Não terá nada melhor para fazer com o capital disponível? Podia abater na dívida.

Note-se que comprar acções próprias para anular equivale, em termos de Empresa, a queimar dinheiro



Mas essa é a verdade timeout... Devido à boa conjuntura internacional, mais tarde ou mais cedo, as acções da PT iriam subir mesmo sem o anúncio da compra de acções próprias.

O anúncio da PT apenas veio dar um empurrãozinho à PT que a ajudou a "desbloquear-se" mais cedo de um padrão técnico ainda indefinido em que a PT se encontrava, para um outro claramente definido de subida no médio-prazo. Mas se o ciclo técnico-financeiro internacional se mantivésse saudável, os seus efeitos na PT acabariam por se manifestar mesmo sem o anúncio ou a prática da compra dessas acções próprias por parte da PT.

Portanto, respondendo à tua pergunta... não tenho uma explicação simples e com toda a certeza para explicar a atitude da PT porque não estou dentro da cabeça da administração, mas está provado que não foi uma atitude inútil: a acção explodiu no dia do anúncio e apartir daí desbloqueou o seu padrão indefinido para entrar em claro "bull-mode", mas como o Marco muito bem diz, apartir daí, depois de consumado o efeito-noticia, a compra efectiva das acções por parte da PT não a fez subir em linha recta... De facto, apesar do efeito benéfico da notícia inicial, isso não a poupou de acompanhar o ritmo dos outros mercados, fazendo máximos relativos e mínimos relativos em sintonia com as outras acções congéneres (e estas também têm feito o mesmo entre si). E isto é uma certeza histórica, que tem acontecido muito para além da pequena amostragem histórica nos gráficos que têm aparecido aqui.

Mas discordo contigo quando dizes que: "eles não tinham mais nada para fazer com o dinheiro disponível, podiam abater na dívida". De facto, com as taxas de juro baixas e em risco de descerem ainda mais, não há urgência em abater a dívida. Além disso, a compra de acções próprias é um excelente meio da empresa aumentar o seu cash-flow operacional, isto porque, ao recolher acções do mercado, a empresa não terá que distribuir os dividendos dessas acções, podendo guardá-los para si, para utilizar nos seus projectos de expansão (ou até abater na dívida, como propões).

Mas dizer que a PT compra acções próprias para fazer subir o preço da acção de um modo sustentável é uma ingenuidade. Até eles próprios sabem, por experiências no passado, que não conseguem combater sistemáticamente o mercado com a compra de acções próprias, principalmente quando ele está adverso e a descrença e pessimismo reinam entre os investidores.

Quanto a pensar que esta subida está a ser alimentada principalmente através dessas compras da própria PT, também é uma ilusão. Digo e repito, o efeito dessas compras deu-se apenas no dia do seu anúncio, e agora o efeito é mínimo no actual movimento de subida... A subida é outrossim, alimentada principalmente pelo optimismo geral que (ainda) se vive nos mercados accionistas mundiais, e na psique conjunta de todos os investidores mundiais. É isso que realmente manda nos preços de acções líquidas e internacionais como a PT.

Ou vocês acham que 200 mil acções diárias (a acreditar nas contas do JAS), mesmo que compradas ao mercado "ao melhor" preço de venda do momento, tem alguma influência significativa num papel que sofre vários milhões de compras e vendas de titulos "ao melhor", todos os dias. É ridículo.

E alguém tem a fantasia de pensar que se houver outro 11 de Setembro em 2004, com o crash subsequente dos mercados, a administração da PT vai conseguir impedir o título de crashar também nesse dia e nos dias seguintes?... Sejamos realistas, a cegueira optimista motivada pela excitação dos lucros do momento que se nota em alguns participantes, tem de ter limites na lucidez do raciocínio lógico! :?


Fiquem bem, um abraço para todos, e acalmem esses ânimos exaltados. A vida é muito curta para perdermos tempo com essas inutilidades. :wink:
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por MarcoAntonio » 11/1/2004 5:09

A conclusão é a mesma de sempre, TimeOut...

A PTC ganhou terreno às restantes apenas durante alguns dias mais após o anúncio (o gráfico que eu coloquei já mostrava bem isso). E este não trás nada de novo.

Depois... o efeito foi-se, a PT evolui ao mesmo ritmo da maioria das congéneres.

Pode-se baralhar e voltar a dar, é indiferente porque... TODOS os gráficos mostram o mesmo. Afinal, são as mesmas cotações, não é?

Todos os gráficos mostram o mesmo...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: Comparação dos gráficos

por TimeOut » 11/1/2004 5:01

JAS Escreveu:Pois bem se nos queremos abstrair agora do efeito dos insideres e apenas pretendemos medir o efeito da "compra de acções próprias", de uma forma correcta, o gráfico tem que começar no dia antes de sair a notícia.


Ora e aqui está ele para cada um tirar as suas conclusões :wink:
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Re: A VERDADEIRA RAZÃO DAS SUBIDAS NÃO É A COMPRA ACÇÕESPRÓP

por TimeOut » 11/1/2004 4:38

Profitaker Escreveu:Concluindo, a verdadeira razão para a manutenção destas subidas, não é o anúncio nem a prática de compra de acções próprias, mas sim, o ciclo técnico favorável e internacional de que a PT está também a beneficiar e que foi bem identificado e escolhido pela administração da PT para anunciar o seu plano, e fazendo assim parecer, de um modo aparente, mas erróneo, que a causa da sua subida é quase exclusivamente atribuível à operação de compra de acções próprias. Quando essa operação em curso, tem um peso ínfimo na verdadeira causa das subidas da PT.


Óptimo

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por MarcoAntonio » 11/1/2004 4:03

JAS, não estás naturalmente em ti...

Se se tratasse de um caso de falta de honestidade eu tería (de facto) escolhido um momento que tivesse colocado a PTC ainda em pior situação (meados de Novembro, por exemplo). Nesse caso, a PTC tería sido batida pelas restantes desde então até hoje...

O problema é que não se trata de um caso de falta de honestidade, de excesso de esperteza ou de teimosia da minha parte (bolas, neste tópico deves ter batido o record dos insultos e dos epípetos). Trata-se é de dificuldade de leitura da tua parte...

Eu até estou desconfiado que não terás lido os textos que eu escrevi (passar os olhos não é ler, ler passa por compreender).

Quanto à poeira atirada para os olhos... o Mestre de Cerimónias nisso és tu:

:arrow: Onde é que eu digo que não há efeito?

:arrow: Mais, onde é que eu digo que não há efeito, mesmo depois do anúncio?

Quanto à escolha do dia 1 de Outubro, já te foi explicado por MSN, mas vai para aqui também, podía ter escolhido dias que daríam piores resultados para a PT, escolhi aquele por motivos identicos aos que TU escolhes o dia 1 de Agosto (que também não coincide com a notícia). Não é o dia de 1 de Outubro que me convém (até há dias que me convêm mais). Não te convém é a ti...

Quanto ao dia da notícia, esse está BEM assinalado no gráfico.

Continuamos a falar quando estiveres em ti, ok?

De preferência pelo MSN porque troca de insultos e epípetos não é para o nível do Caldeirão, tá?
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Ainda não respondeste...

por JAS » 11/1/2004 3:53

JAS Escreveu:Pois bem se nos queremos abstrair agora do efeito dos insideres e apenas pretendemos medir o efeito da "compra de acções próprias", de uma forma correcta, o gráfico tem que começar no dia antes de sair a notícia.

Portanto Marquinho desafio-te a tirares as mesmas conclusões nesta base.
(Mas não não faças rectas curvas...)


Marco, isto começa a tornar-se um problema de honestidade.
Eu só te pedi para não FALSIFICARES gráficos traçando rectas a partir de um ponto que anula as quedas das outras.

Tu sabes tão bem como eu que não foi "por acaso" que escolheste a data de 1 Outubro?
Escolhe a data da "véspera da notícia" que é a ÚNICA que interessa para medirmos o efeito.

Se quiseres ficar convencido que não há efeito nenhum, paciência.
Mas não procures deitar poeira para os olhos de quem te lê.

JAS
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Re: Ainda não respondeste...

por MarcoAntonio » 11/1/2004 3:09

JAS Escreveu:
JAS Escreveu:Pois bem se nos queremos abstrair agora do efeito dos insideres e apenas pretendemos medir o efeito da "compra de acções próprias", de uma forma correcta, o gráfico tem que começar no dia antes de sair a notícia.

Portanto Marquinho desafio-te a tirares as mesmas conclusões nesta base.
(Mas não não faças rectas curvas...)


O gráfico que tu colocaste começas as rectas no dia 01 de Outubro e, dessa maneira e apenas dessa maneira, tu consegues oter rectas com a mesma inclinação para várias Telecoms.

Eu só te desafiei a fazeres o mesmo estudo iniciando as rectas na véspera do anúncio.

Eu já percebi que não o queres fazer pois não poderias chegar à mesma conclusão.
Acho que toda a gente também já percebeu a ideia pelo que parece indeferente que coloques o gráfico ou não.


Já deu para perceber que hoje estás com problemas de leitura...

Toda a gente também já percebeu que hoje tás um bocado para o baralhado. Olha lê lá bem o que eu escrevi e não continues a fazer perguntas às quais eu já respondi ainda antes de teres sequer feito a pergunta...

Começa a ser ridículo e surrealista.
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por JAOR » 11/1/2004 3:08

Bem....meus meninos :mrgreen: pela minha parte...entrei...na do MA..pela AT...depois vi a parte do Jas...e...........depois vi a minha parte.. :mrgreen: entrei 8.15....e saí a 8.44 :mrgreen: :mrgreen: quem tem razão???...nem quero saber.....eu já cá tenho o meu :P

Cmpts
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Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim...
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Ainda não respondeste...

por JAS » 11/1/2004 3:00

[quote"JAS"]Pois bem se nos queremos abstrair agora do efeito dos insideres e apenas pretendemos medir o efeito da "compra de acções próprias", de uma forma correcta, o gráfico tem que começar no dia antes de sair a notícia.

Portanto Marquinho desafio-te a tirares as mesmas conclusões nesta base.
(Mas não não faças rectas curvas...)[/quote]

O gráfico que tu colocaste começas as rectas no dia 01 de Outubro e, dessa maneira e apenas dessa maneira, tu consegues oter rectas com a mesma inclinação para várias Telecoms.

Eu só te desafiei a fazeres o mesmo estudo iniciando as rectas na véspera do anúncio.

Eu já percebi que não o queres fazer pois não poderias chegar à mesma conclusão.
Acho que toda a gente também já percebeu a ideia pelo que parece indeferente que coloques o gráfico ou não.

JAS
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A VERDADEIRA RAZÃO DAS SUBIDAS NÃO É A COMPRA ACÇÕESPRÓPRIAS

por Profitaker » 11/1/2004 1:38

Devo elogiar a brilhante conclusão do Marco, que revela bem o seu entendimento da real natureza dos mercados. Muito bem Marco, nem mais.

Hão-de reparar que as próprias intervenções dos Bancos Centrais no mercado cambial, têm coincidido com momentos cruciais e favoráveis do ponto de vista técnico dos gráficos dessas moedas, por forma a garantir a eficácia da sua intervenção, ou de, pelo menos, aumentar a sua probablidade de sucesso. Eles, tal como os melhores traders, há muito compreenderam a máxima: "don't fight the trend".

Não tenham dúvidas que AT é cada vez mais seguida por todos, inclusivé pelos Bancos Centrais, como já foi assumido por exemplo, pela FED americana.

A PT escolheu muito bem o timming para o anúncio da sua campanha de compra de acções próprias como o Marco muito bem referiu; e como o anúncio e a subida da PT aconteceram em uníssono, existiu a natural tentação de alguns fazerem uma relação causa-efeito entre esse anúncio e a subida da PT, mas que na verdade, não foi mais do que uma coincidência!...

Porque afinal, a razão da subida da PT esteve muito mais relacionada com o seu posicionamento ou aspecto técnico na altura em que foi feito o anúncio dessa decisão, e a continuação dessa subida também está muito mais dependente da actual conjuntura internacional do que própriamente da compra de acções próprias que está presentemente a ser efectuada pela empresa.

Exceptuando casos raros, os mercados livres são ditados pelos ciclos psicológicos alternados entre o pessimismo e o optimismo de todo o conjunto de investidores que o compôem, e estes são a verdadeira força que faz mover os preços de um modo decisivo.

A boa notícia é que esses ciclos são perfeitamente bem visíveis nos gráficos que a AT estuda e analisa.

Concluindo, a verdadeira razão para a manutenção destas subidas, não é o anúncio nem a prática de compra de acções próprias, mas sim, o ciclo técnico favorável e internacional de que a PT está também a beneficiar e que foi bem identificado e escolhido pela administração da PT para anunciar o seu plano, e fazendo assim parecer, de um modo aparente, mas erróneo, que a causa da sua subida é quase exclusivamente atribuível à operação de compra de acções próprias. Quando essa operação em curso, tem um peso ínfimo na verdadeira causa das subidas da PT.

Nada disto vai contra a possível continuação das subidas, apenas não se fiem que a administração da PT conseguirá travar a queda da cotação da PT, quando os ciclos técnico-financeiros inverterem de novo para baixo. O mercado tem muita força!


Abraços a todos.
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por MarcoAntonio » 11/1/2004 0:28

Repara, TimeOut, que eu nunca disse que o EFEITO nunca se fez sentir (bem antes pelo contrário).

Por comparação com os outros títulos similares (com ou sem anúncio de compra de acções próprias), no momento actual a PT segue tão somente a tendência geral e ao ritmo da maioria. Existe no entanto um período em que a PT ganhou claramente em termos de performance face às congeneres: esse período poderá situar-se entre o início de Agosto e o fim de Setembro (várias semanas antes do(a) anúncio/noticia até alguns dias depois do anúncio mediático).

Ou seja, actualmente e de há 3 meses para cá, o andamento da PT é o mesmo andamento das restantes congéneres, mais coisa menos coisa, tenham ou não tenham anunciado a compra de acções próprias.

E mesmo ao período que eu reportei, como referiste houve outras acções da PTC como o tal RoadShow (pelos States, salvo erro). Isso reduz ainda mais o impacto (teorico) da «compra de acções próprias». De qq das formas acredito fortemente que de facto ele existiu ao longo de algumas semanas (e até alguns dias depois).

Não convém mistificar a compra de acções próprias porque reparare-se, se bastasse a compra de acções próprias para suster um título ou fazê-lo subir, nunca teríamos tido Bear Market (existiram compras de acções próprias diversas vezes ao longo do Bear Market, nalguns casos com resultados desastrosos).

Numa das poucas opiniões que dei sobre a compra de acções próprias por parte da PT, lembro de ter referido (e ainda hoje penso o mesmo): a PTC fê-lo numa excelente altura, até do ponto de vista técnico. Fê-lo com uma conjuntura do mercado favorável (tornando a subida mais fácil e com menos obstáculos) e ainda numa altura em que o título lateralizava, o efeito inicial podería ser o catalizador para retirar a PT de uma lateralização profunda e quebrar finalmente uma resistência que lhe estava a dar tanto trabalho (isto terá sido poucos dias depois do anúncio). Ainda hoje penso o mesmo e estive sempre bastante optimista (por razões técnicas) em relação à PT... até há poucas semanas atrás (infelizmente ela passou-me a perna... lol).

Noutra conjuntura de mercado os resultados desta acção da PTC poderíam ter sido completamente diferentes...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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Marco António estou de acordo

por TimeOut » 11/1/2004 0:10

É necessário colocar a base 100 de acordo com o periodo que queremos analisar mas, do meu ponto de vista (que puxa sempre mais para o médio/longo prazo) o efeito "compra de acções próprias ao longo de 2 ANOS" é para observar no médio/longo prazo - é ela própria um projecto/acção de médio/longo prazo da Empresa e pode, se analizado num frame de curto prazo, conduzir a conclusões falseadas.

O meu post anterior a este vai também ao encontro desta linha de raciocínio.
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Re: Escalas logarítmicas

por MarcoAntonio » 10/1/2004 23:58

TimeOut Escreveu:
Permito-me discordar.

Os gráficos de base100 (que não são cotações) traduzem as reais valorizações (em %), seja qual fôr a cotação e seja qual fôr a escala temporal com que se trabalha.


TimeOut, 10% de 20% é muito menos que 10% de 120%... O problema coloca-se tal como nos gráficos de cotação, nem tirar nem por.

A escala logarítmica continua e sempre a ser a solução para se poder avaliar correctamente a performance em termos percentuais em períodos no interior de todo o período em análise.

Posto de outro forma, ao usarmos um gráfico base 100, a unica coisa que podemos concluir (se o período for grande e a escala linear) é qual dos dois activos mais valorizou...

No entanto, em períodos dentro do período maior (por exemplo, o gráfico é de 3 anos e pretendemos saber o que ocorreu às performances nos últimos 3 meses) o gráfico Base 100 e em escala linear pode ser extremamente enganador.

Exemplo (hipotetico)...

Acção A : Valoriza nos primeiros 2 anos e nove meses 20%... surge nessa data no gráfico com o valor 120.

Acção B : Desvaloriza nos primeiros 2 anos e nove meses 80%... surge no gráfico com o valor 20.

Agora, suponhamos que nos 3 ultimos meses, por qualquer razão, a Acção B teve uma performance muito superior á acção A.

A B valoriza, por exemplo, 40% enquanto a A valoriza apenas 15%...

Neste período, a acção A sobe dos 120 para os 138 (+18pts) e a acção B sobe dos 20 para os 28 (+8pts).

Apesar da Acção A ter valorizado quase o triplo da Acção B, no gráfico parecerá que valorizou menos de metade... precisamente o inverso do que ocorreu. Isto, claro está, num gráfico em escala linear. Num gráfico em escala logarítmica, por seu turno, veremos a ascenção de B claramente superior à ascenção de A (exactamente na medida das performances de cada uma). A inclinação de B será quase 3x superior à inclinação de A.

Quanto ao facto de determindas subidas parecerem desprezaveis, essa é mais uma ilusão dos gráficos em escala linear. Grandes subidas podem parecer desprezáveis quando na realidade não o são. Se a DT prosseguir exactamente ao mesmo ritmo, dentro de algum tempo parecerá que ela está a subir mais depressa (quando não está) e as subidas parecerão tudo menos desprezáveis...

Sejam gráficos de cotações sejam gráficos em Base 100 (na realidade isso não altera nada, a unica coisa que faz é passarmos a ter uma referência face a um determinado momento no tempo e ainda o de compararmos a performance relativa de vários títulos relativamente a esse momento... mas não ao longo do tempo).

Um gráfico em Base 100 é o mesmo que dizer: se todos valessem 100 em determinada data e se tivessem evoluído tal como evoluiram na realidade, quanto valeríam agora?

Quanto ao problema de, depois de divergirem no tempo, a escala linear dar uma percepção errada da performance real, esse problema mantém-se.
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A favor do efeito - Qual a sua intensão?

por TimeOut » 10/1/2004 23:54

A favor da argumentação de uma sempre presente e forte influência da compra de acções próprias nas cotações da Telefonica e PT é o seguinte facto, que não tenho visto ser suficientemente referido nos posts que tenho lido sobre a matéria:

A principal razão para a compra de acções próprias nestas duas Empresas é fazer SUBIR TANTO QUANTO POSSÍVEL as suas cotações, numa dupla óptica de:

1-Remunerar os seus accionistas (não se entenda os investidores de curto prazo neste universo);

2-Proteger a Empresa, por esta via, de aquisições hostis que, no caso da PT face à sua dimensão, seriam extremamente fáceis. As blindagens não podem ser eternas e terão um dia que desapareçer.

Assim, estas Empresas não vão comprar quando o mercado sobe por si (está a subir - então deixa subir ao mesmo ritmo do sector).

Elas vão comprar quando o sector desçe, evitando a correcção ou mantendo mesmo(se lhes fôr possível) uma subida mais moderada.

Estamos perante um insider (a Empresa sabe mais que qualquer insider), fortemente longo (é a Empresa e quer subir a cotação) e sabe melhor que ninguém quando deve comprar para maximizar o efeito que pretende.

Face a tamanho adversário só posso desejar bons "stops" a quem estiver curto.

Nota: Vendi a minha posição longa cedo de mais na manhã de dia 8 porque esperava, e espero, uma ligeira correcção à semelhança do que já se verifica na Telefonica e DT.
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Re: Ainda não respondeste...

por MarcoAntonio » 10/1/2004 23:43

JAS Escreveu:
JAS Escreveu:Pois bem se nos queremos abstrair agora do efeito dos insideres e apenas pretendemos medir o efeito da "compra de acções próprias", de uma forma correcta, o gráfico tem que começar no dia antes de sair a notícia.

Portanto Marquinho desafio-te a tirares as mesmas conclusões nesta base.
(Mas não não faças rectas curvas...)


JAS


Realmente estás atrapalhado, JAS.

O gráfico que eu coloquei começa em 1 de Agosto.

Podemos ver, segundo o gráfico, todo o período em que a PT terá beneficiado de um efeito positivo (e portanto em que ganhou, em termos de performance, face às concorrentes). O «meu gráfico» não começa a 1 de Outubro, essa foi apenas uma sugestão porque pareceu-me evidente, logo a partir do primeiro gráfico que a partir dessa data já não se nota qualquer efeito positivo em comparação com as restantes. O efeito... FOI-SE.

Aliás, as primeiras conclusões tirei-as a partir do gráfico do TimeOut que começa muito antes e depois usei o «teu gráfico» que começa a 1 de Agosto para demonstrá-lo de novo). O «teu gráfico» serve-me perfeitamente e foi com ele que demonstrei o que pretendia...

Para o caso de te teres perdido, aqui vai ele novamente:

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Vou gozar o resto do fim-de-semana, JAS...

Entretanto talvez necessites de reler o que eu escrevi e de rever este gráfico para te localizares.
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Escalas logarítmicas

por TimeOut » 10/1/2004 23:14

MarcoAntonio Escreveu:Este gráfico não permite retirar grandes conclusões, TimeOut, devido à escala linear...

Ao analisarmos longos periodos de tempo perdemos a perspectiva sobre a real dimensão das subidas.

Por exemplo, a DT foi o título que mais subiu nos últimos meses embora segundo o gráfico aparente ter sido das que menos subiu. Num período destes sería obrigatorio visualizar o gráfico em escala logarítmica, caso contrário não será válido fazer qualquer comparação visualmente (só mesmo fazendo calculos).


Permito-me discordar.

Os gráficos de base100 (que não são cotações) traduzem as reais valorizações (em %), seja qual fôr a cotação e seja qual fôr a escala temporal com que se trabalha.

Só são fortemente influenciados com a data que se considera base 100.

Uma base 100 suficientemente afastada (como a de 1JAN2000) permite-nos é verificar que a aparente "grande" subida da DT no curto prazo é quase desprezável face aos valores de JAN2000 e que uma Telefonica e uma PT apesar de terem atingido valorizações comparavéis (máximos de 130 e 160) às da DT (máximo de 149), nunca cairam tanto e estão muito mais próximo dos valores 1JAN2000.

Só ainda ninguém fixou a data do anuncio da Telefonica (posterior ao da PT) e que poderá explicar, pelo menos em parte, as duas velocidades de recuperação que são bem patentes no gráfico.
Anexos
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Ainda não respondeste...

por JAS » 10/1/2004 22:31

JAS Escreveu:Pois bem se nos queremos abstrair agora do efeito dos insideres e apenas pretendemos medir o efeito da "compra de acções próprias", de uma forma correcta, o gráfico tem que começar no dia antes de sair a notícia.

Portanto Marquinho desafio-te a tirares as mesmas conclusões nesta base.
(Mas não não faças rectas curvas...)


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por MarcoAntonio » 10/1/2004 21:14

Addendum Importante: JAS, ficou bem patente na tua resposta, por via do formato e dos adjectivos utilizados, a tua irritação que (dado que até ganhas na PTC e nesse capítulo estás muito bem) só pode advir do facto dos gráficos não demonstrarem bem aquilo que pretendias que demonstrassem. É lamentável, JAS...

PS: Tu tb és muito «espertinho» e muito «teimoso» e eu não ando por aí a repeti-lo nos posts, não é?... Não era por dizê-lo que passava a ter razão e não é por pejares os teus posts com considerações dessas face aos outros que passas a ter razão. Vai com calma, JAS. Goza o fim de semana...

PS2: No último post respondi-te «na tua linha»...
:wink:
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: Comparação dos gráficos

por MarcoAntonio » 10/1/2004 21:07

JAS Escreveu:O Marco pretende demonstrar que "a compra de acções próprias" não interessa nada.
Pura teimosia, mas está bem.


JAS, andas a ficar muito distraído. Lê lá bem o que eu escrevi porque eu disse que ACREDITO QUE O EFEITO EXISTE.

Estás a ficar parecido com o Vale e Azevedo...
:wink:

JAS Escreveu:E pediu o gráfico a partir de 1 de Outubro.


Claro que sim, para verificar se o EFEITO perdurou...

Tu sabes isso e sabes o que os gráficos demonstram. Por isso percebo este teu malabarismo...


JAS Escreveu:O Marco é "espertinho" e sabe que a data de 1 de Outubro convém à defesa da sua tese.


Não é o que convém... É a própria Tese.


JAS Escreveu:Mas como "o que ele sabe já eu me esqueci" apenas digo que basta olhar para o gráfico para vermos que retirando o período de 01 de Agosto a 30 de Setembro:
- Estamos a anular a queda de 3 delas
- Estamos a anular a lateralização da 4ª
Tudo factores favoráveis à tese do Marco...


Ainda bem que é favorável. Confirma o que eu defendi...

Se a performance tivesse sido identica ficava posto em causa qualquer EFEITO em qualquer período.

Mas como se vê, podemos ACREDITAR NO EFEITO porque de facto a PT naquele período bateu as concorrentes.

JAS Escreveu:No post seguinte o Marco continua "espertinho".
Vocês conhecem aquela do "comprar no rumor e vender na notícia", não é verdade?
Eu também conheço.
Neste caso devia dar queda mas não deu...
Pois bem se nos queremos abstrair agora do efeito dos insideres e apenas pretendemos medir o efeito da "compra de acções próprias", de uma forma correcta, o gráfico tem que começar no dia antes de sair a notícia.

Portanto Marquinho desafio-te a tirares as mesmas conclusões nesta base.
(Mas não não faças rectas curvas...)


Quem falou em quedas, JAS?

Eu não defendi nada disso. Tu dizes que tem de cair mas eu não digo (nem disse em lado nenhum) que tinha de cair depois da notícia.

Se o efeito existe, a PT poderá continuar a bater a performance da generalidade. Se o efeito deixou de exisir, a PT deverá evoluir como as restantes (tenham elas anunciado ou não compra de acções próprias).

Acontece que a PT evoluiu tal e qual as restantes tenham ou não tenham anunciado compra de acções próprias. Conclusão: o efeito foi-se...

Ou não consegues encontrar outras razões para a subida da PT (como por exemplo a tendência do mercado, entre outras) ou então estás a defender que as restantes subiram porque a compra de acções próprias da PT afecta-a tanto a ela quanto às restantes. A PT ao anunciar a compra de acções próprias provoca subidas identicas na DT e na VOD, por exemplo.
:mrgreen:


JAS Escreveu:Posto isto, e deixando o Marco entretido na próxima meia-hora, vamos ao que realmente interessa.


JAS, todos sabemos que tu só vês o que entendes que deves ver.

Os gráficos (e os valores das subidas) estão aí para quem os quiser ver, faças os malabarismos que faças. A PT, a partir de 1 de Outubro, subiu o mesmo que a maioria das restantes, tenham ou não tenham anunciado compra de acções próprias. Onde está o efeito desde aí, então?

JAS Escreveu:E sendo assim, o Marco continuará a acertar sempre que a sua AT der subidas e continuará a falhar quando apontar para quedas.


E tu continuarás a acertar sempre com o argumento da compra das acções próprias enquanto as outras (com ou sem compra de acções próprias) subirem...

O que se estava aqui a discutir neste tópico (como eu sei que tu muito bem sabes) não era se a PT tinha subido ou não (isso todos sabemos que subiu). Mas qual o impacto do anuncio de compra de acções próprias: em quanto e quando beneficiou a PT do anúncio de acções próprias e como evoluiram os restantes títulos de carácter identico no mesmo período, tenham ou não tenham anunciado a compra de acções próprias.

O que disse está bem sustentado pelos gráficos. Tudo o que disse é para manter, obviamente, e não vejo a mínima razão para corrigir o que quer que seja (admito que as conclusões não são as que desejavas ouvir... mas os gráficos são claros).
:wink:
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por MarcoAntonio » 10/1/2004 20:47

Este gráfico não permite retirar grandes conclusões, TimeOut, devido à escala linear...

Ao analisarmos longos periodos de tempo perdemos a perspectiva sobre a real dimensão das subidas.

Por exemplo, a DT foi o título que mais subiu nos últimos meses embora segundo o gráfico aparente ter sido das que menos subiu. Num período destes sería obrigatorio visualizar o gráfico em escala logarítmica, caso contrário não será válido fazer qualquer comparação visualmente (só mesmo fazendo calculos).
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Comparação dos gráficos

por JAS » 10/1/2004 20:44

Eu disse, há muito tempo atrás, que era muito provavel que a inversão da PTC, ocorrida por volta do inicio de Agosto, se devesse à acção antecipada de insiders.
Nesse pressuposto pedi o gráfico com início em 01 Agosto...
Por ele vemos que a PTC bateu todas as congéneres o que, para mim, demonstra que o efeito "compra de acções próprias" é uma realidade.
E faço notar que seria mais natural, não tendo a nossa economia recuperado tanto como o resto da Europa, que a PTC fosse a menos valorizada.

O Marco pretende demonstrar que "a compra de acções próprias" não interessa nada.
Pura teimosia, mas está bem.
E pediu o gráfico a partir de 1 de Outubro.

O Marco é "espertinho" e sabe que a data de 1 de Outubro convém à defesa da sua tese.
Mas como "o que ele sabe já eu me esqueci" apenas digo que basta olhar para o gráfico para vermos que retirando o período de 01 de Agosto a 30 de Setembro:
- Estamos a anular a queda de 3 delas
- Estamos a anular a lateralização da 4ª
Tudo factores favoráveis à tese do Marco...

No post seguinte o Marco continua "espertinho".
Vocês conhecem aquela do "comprar no rumor e vender na notícia", não é verdade?
Eu também conheço.
Neste caso devia dar queda mas não deu...
Pois bem se nos queremos abstrair agora do efeito dos insideres e apenas pretendemos medir o efeito da "compra de acções próprias", de uma forma correcta, o gráfico tem que começar no dia antes de sair a notícia.

Portanto Marquinho desafio-te a tirares as mesmas conclusões nesta base.
(Mas não não faças rectas curvas...)


Posto isto, e deixando o Marco entretido na próxima meia-hora, vamos ao que realmente interessa.
Em 2004, se a PT mantiver a ameaça de comprar "até 10%", a sua pressão compradora será o DOBRO da que foi em 2003 e que deu estes gráficos comparativos.

E sendo assim, o Marco continuará a acertar sempre que a sua AT der subidas e continuará a falhar quando apontar para quedas.
E quanto menor for o volume na subida maior esta será pois mais se farão sentir as compras da PT...

JAS
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Vamos recuar o zoom da lente

por TimeOut » 10/1/2004 20:36

MarcoAntonio Escreveu: Dado que ganhou terreno (à generalidade) entre Agosto e Setembro, poderemos defender com base nesse facto que as «acções próprias» ajudaram positivamente a PT nessa altura.

Se esse ganho de terreno se mantém a partir de 1 de Outubro, o efeito continua a fazer-se sentir, segundo o mesmo pressuposto. Se deixou de ganhar terreno então é porque o efeito «foi-se» e a PT passou a evoluir de forma identica às restantes.


Não conheço as datas precisas mas a administração da PT realizou, ainda antes do anúncio da compra de acções próprias, um roadshow onde se realizaram palestras junto de assembleias de investidores em vários (muitos) países.

Esta situação de visibilidade acrescida, se verificada a partir das datas certas, poderá ter influenciado um arranque antecipado em relação ao sector.

Ainda, como estes gráficos são traiçoeiros, começei a pensar qual seria o panorama usando uma grande ângular, digamos a partir de 01JAN2000, ainda antes do final das subidas:

Mais uma vez o aspecto dos gráficos alteram-se radicalmente mas aparenta, quer a Telefonica, quer a PT, terem iniciado uma recuperação (apesar de terem caído muito menos) enquanto as restantes se mantêm práticamente inalteradas perto do fundo.

Estou a ignorar a Vodafone neste meu raciocínio que, penso não ter um negócio 100% comparável com as restantes empresas do gráfico.
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por MarcoAntonio » 10/1/2004 19:58

Já vi que o TimeOut já colocou o gráfico que eu sugeri mas eu preparei um com base no segundo dele onde se vê o que eu defendi, mesmo sem necessidade de recorrer a terceiro gráfico do TimeOut.
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por JCS » 10/1/2004 19:50

MarcoAntonio Escreveu:Estive a fazer uma estimativa e temos assim desde Outubro até agora (isto foi feito a olho olhando para o gráfico):

DT + 24%
TEL + 22%
PT + 21%
VOD + 20%
FT + 13%
BT + 1%

Ou seja, as 4 primeiras evoluiram de forma semelhante e a PT nem foi a que subiu mais. Depois a FT subiu um pouco menos e BT manteve-se neutra, tal como tinha colocado no primeiro post. As conclusões mantêm-se totalmente...



Concordo. Nota-se relativamente pela inclinação (a partir de Outubro) das cotações de cada uma das empresas (excluindo a BT com ûm dempenho claramente inferior).

Cumprimentos

JCS
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"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
"Price is the aggregation of everyone's expectations"
"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
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Marco António

por TimeOut » 10/1/2004 19:48

Aqui vai com bade 100 a 1OUT03
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