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Caldeirão da Bolsa

Estado social

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re:

por Opcard33 » 1/6/2025 7:04

Os países nórdicos vêem sempre primeiro nas pensões e na imigração Portugal abre fronteiras quando eles já tinha fechado vendo as consequências.

Eu vi e escrevi em 2012 sobre pensões - Bruxelas consegue ver agora .

“ Porque é que os portugueses não haveriam de querer nível de pensões dos dinamarqueses?"
A comissária europeia Maria Luís Albuquerque revela que Bruxelas vai recomendar aos países, no âmbito do programa da União da Poupança e dos Investimentos, que desenvolvam o pilar II e III das pensões.”

Bom para os mercados um pouco de capitalização nas pensões na Europa , algo anedótico os funcionários públicos em França tem uma componente de capitalização que é proibida no privado .


Opcard Escreveu:O povo que esta mais tranquilo na Europa com a sua pensão e dorme tranquilo sobre o estado social são estes , repito o que escrevi :

Colocada: 17/11/2012 11:06 Assunto: Pensoes há solução sem levar o estado a falência
Falava a dias com um dinamarquês, dizia ele que os países do sul eram ricos pois pagavam pensões impossíveis no seu pais, ele aos 67 anos iria receber do seu estado menos de 700 euros mês , ganhando 5 000 euros como funcionário publico segundo ele num pais do sul teria sempre entre 3 000 a 4000 euros de pensao .

Amavelmente la me foi dado informaçao dobre o sistema de pensoes da Dinamarca

Que o novo sistema foi introduzido nos anos 90 tem 4 pilares :

- A pensão universal. recebe todo aquele que tenha vivido no país 40 anos, entre 15 e 65 anos 8 500 euros ano . Pode haver um complemento de pensão dependendo das circunstancias individuais , como viver só , ou um pensionistas com uma fortuna pessoal inferior a 9930 €
A pensão do Estado ainda é a principal fonte de renda para um número significativo de aposentados


- Pensão complementar financiado 2/3 por contribuições do empregador, limitado a 300 euros por ano, 1/3 pelo empregado a tempo inteiro O benefício anual desta na pensão pode ir até 3.100 euros. 90% dos dinamarqueses recebem


- Pensão complementar profissional 2/3 trabalhador 1/3 o patrão isto varia entre os 12% e os 18% do salário total ,isto não é considerando como encargo sociail é mais um prémio da empresa eles metem 100 euros e o trabalhador 200 .

- Pensão privada subscritos nas instituições financeiras.

O estranho é que 73% dos dinamarqueses tem uma sensação de segurança sobre as sua futuras pensões , contra 39% em média na UE
Editado pela última vez por Opcard33 em 1/6/2025 7:40, num total de 2 vezes.
 
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por artista_ » 11/3/2013 2:43

Atomez Escreveu:
artista Escreveu:Gostaria apenas de salientar, mais uma vez, os dados da educação.

De 1980 até 2010 reforçamos o investimento na educação passando de gastos de 4,25% para 5% do PIB... no orçamento para 2013 a estimativa é de gastos de 3,8% do PIB! Nos próximos anos já se falou em que é preciso cortar mais mil milhões na educação, ou seja, passarmos a gastar na educação cerca de 3,4% do PIB...


A % da população em idade escolar está a diminuir.


Atomez, essa é uma daquelas falácias que repetida não sei quantas vezes passa a verdade universal, toda a gente a repete e ninguém se importa em verificar a realidade... e o que nos diz a realidade? Que o número de alunos não está a cair!

Tu, e quase todos, esquecem-se que a escolaridade obrigatória em 1980 eram o 6 anos (se calhar ainda eram só 4?!), na década de 90 passou para 9 anos, neste momento estamos a alterar para os 12 anos. Em 1980 não havia alunos no pré-escolar, em 2011 já havia perto de 150 mil!

Aliás, já o escrevi aqui, esta situação é uma que me faz uma confusão daquelas. Como é que pode haver tanta gente enganada em relação a isto?! Não és só tu, todos os comentadores, analistas, pseudo-especialistas, etc, que não são da área da educação, quando falam disso, dizem exatamente o mesmo que tu... mas a realidade é uma coisa que não tem nada a ver com isso!

Só para rematar, a própria OCDE já afirmou que o número de alunos deverá aumentar cerca de 10% nos próximos 2/3 anos no ensino secundário, devido ao alargamento da escolaridade obrigatória para os 12 anos: http://www.publico.pt/educacao/noticia/ ... o--1562526

Ou seja, até pode ser que o número de alunos venha a cair, mas ficará sempre muito longe da dimensão da queda do investimento em função do PIB. Este ano estamos já a falar de um corte a rondar os 25%, de 5% para 3,8%... o número de alunos nunca cairá 25%, ou melhor se calhar cairá, que a malta nova vai-se toda embora! Ficam cá os políticos e o reformados! :mrgreen:
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por atomez » 11/3/2013 2:08

artista Escreveu:Gostaria apenas de salientar, mais uma vez, os dados da educação.

De 1980 até 2010 reforçamos o investimento na educação passando de gastos de 4,25% para 5% do PIB... no orçamento para 2013 a estimativa é de gastos de 3,8% do PIB! Nos próximos anos já se falou em que é preciso cortar mais mil milhões na educação, ou seja, passarmos a gastar na educação cerca de 3,4% do PIB...


A % da população em idade escolar está a diminuir.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por artista_ » 11/3/2013 1:47

alexandre7ias Escreveu:
-Evolução entre 1980/2010 da despesa do estado com as diferentes componentes sociais em percentagem do PIB:
-A saúde passou de 4% para 5,7% do PIB
-A educação passou de 4,25 para 5% do PIB
-Os subsídios da Segurança social (desemprego, rendimento mínimo, morte, casamento, abonos, etc)passaram de 5% para6,5% do PIB
-As despesas com pensões passaram neste período de 5,2% do PIB para 13%!!!!


Gostaria apenas de salientar, mais uma vez, os dados da educação.

De 1980 até 2010 reforçamos o investimento na educação passando de gastos de 4,25% para 5% do PIB... no orçamento para 2013 a estimativa é de gastos de 3,8% do PIB! Nos próximos anos já se falou em que é preciso cortar mais mil milhões na educação, ou seja, passarmos a gastar na educação cerca de 3,4% do PIB... menos de metado do que gastam, por exemplo, os filandeses!

Devo ser só eu que acha que isto é um péssimo sinal, independentemente da maior ou menor racionalidade que se consiga obter na aplicação do dinheiro investido!

O que a mim mais me intriga é facilidade, indiferença, com que parece que os portugueses aceitam isto! :| Mas também me faz perceber melhor porque é que chegámos aqui e porque é que dificilmente sairemos disto muito diferentes!
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por alexandre7ias » 11/3/2013 1:24

'Ninguém deixa de ser pobre por receber o RSI' - Economia - Sol


Carlos Farinha Rodrigues, economista e investigador do ISEG, considera que o Rendimento Social de Inserção é «extremamente eficaz» no seu objectivo: reduzir a intensidade da pobreza.
O número de beneficiários de RSI tem diminuído, mesmo com o aumento do desemprego. Porquê?

As alterações nas condições de elegibilidade expulsaram da medida muitos beneficiários. O maior paradoxo destes tempos é o enfraquecimento da política social num período de crise, quando ela é mais necessária. Estamos a deixar milhares de portugueses ao abandono, quanto muito apenas com o apoio das instituições de solidariedade social. Todos os indicadores mostram que há um aumento do número de cidadãos em dificuldade.

Tem havido também mais rigor na fiscalização.

Concordo com o controlo de recursos e o rigor na atribuição, mas a verdade é que o RSI sempre foi a medida mais vigiada na Segurança Social. Certamente que há fraudes, mas acredito que menos do que noutras medidas com intervenção do Estado, porque o controlo tem sido muito grande. Há opções que são inócuas em termos de efeitos práticos e apenas servem para desprestigiar a medida. Ainda estou para saber quantas pessoas foram excluídas do RSI por terem mais de 25 mil euros no banco, por exemplo. Foi uma medida inócua na concretização, mas passou a imagem que há uns bandidos com fortunas no banco que estão a viver à custa do Estado.

Há preconceitos em relação ao RSI?

Penso que sim. Há muitos dados que não são evidenciados. A nossa taxa de pobreza tem andado à volta de 19%, mas o número de beneficiários de RSI nunca passou os 4% da população. Isto significa que é uma medida dirigida aos mais pobres entre os pobres. Outra questão interessante é que o RSI nunca foi concebido para tirar pessoas da pobreza, porque o montante deste apoio fica abaixo da linha de pobreza. Em sentido estrito, ninguém deixa de ser pobre por estar no RSI. Se tivermos um indivíduo com 400 euros por mês e outro com 100 euros, ambos são pobres, mas o segundo vive pior do que o primeiro. O RSI é uma medida para combater a intensidade da pobreza. A redução do número de beneficiários é razão para nos sentirmos envergonhados. Significa que estamos a falhar no nosso dever de cidadãos, de promover o mínimo de condições aos indivíduos mais desfavorecidos na sociedade.

Está a haver um debate em torno da eficácia das medidas de apoio social. Em relação ao RSI, qual a sua opinião?

Todos os estudos feitos indicam que é extremamente eficaz naquilo que é o seu objectivo: reduzir a intensidade da pobreza. Não deixa de ser curioso que o próprio FMI tenha analisado as várias medidas de apoio social e concluído que não se ganha nada com o corte do RSI. Mais: o relatório diz que não há grandes questões sobre a quem se dirige a medida.

Mas não pode haver melhorias?

É sempre possível melhorar. Uma das grandes limitações da política de combate à pobreza tem sido a pobreza infantil, cuja taxa se mantém praticamente inalterada desde o início dos anos 90. Para aumentar a eficácia do combate à pobreza temos de tomar medidas neste campo, seja através do RSI, seja através de outra medida. Talvez devêssemos ter uma política específica para as crianças, semelhante ao Complemento Solidário para Idosos. Mas o que tem sido feito vai no sentido oposto. Um relatório recente da Cáritas mostra que quem está a sofrer mais com a crise são as crianças.

O RSI representa 1,6% da despesa da Segurança Social. Como compara este valor com outros países?

É um dos sistemas mais baratos a nível europeu. Quando se olha para uma família e ela recebe 50% da linha de pobreza, temos noção de como os valores são baixos. E o que geralmente acontece noutros países, em que há uma despesa tão baixa como a nossa, é que há outros programas mais generosos a montante, que não existem em Portugal. No Reino Unido, o valor do equivalente ao RSI até pode ser baixo, mas há uma série de programas sociais antes do RSI que resolvem uma parte significativa dos problemas.

Aproxima-se o plano de redução de 4 mil milhões na despesa pública. Pode haver mais cortes no RSI?

A partir de certa altura, já não há mais onde cortar. Quando falamos no RSI, o valor médio por beneficiário não chega a 100 euros por mês. Não é com isto que se resolve o problema do défice, o contributo é insignificante. O que mais temo, com as novas medidas, é que haja uma redução do acesso a serviços públicos para pessoas que não têm alternativa. Basta pensar nas taxas moderadoras, no acesso aos medicamentos. Receio que possa haver um aumento da pobreza por essa via, pelas restrições no acesso a bens e serviços públicos de primeira necessidade. Já temos muitas pessoas a não ir ao médico porque não têm dinheiro, ou a tomar os medicamentos apenas dia sim, dia não.

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por Laribau » 11/3/2013 0:57

[quote="db7"]Outra das coisas ridículas são as meias reformas. Quando alguém morre devia terminar ali a reforma. Quem tem uma pensão mesmo pequena ainda se podia criar um excepção.[/quote


Não conheces o país em que vives...!

:( :(
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por db7 » 11/3/2013 0:30

Outra das coisas ridículas são as meias reformas. Quando alguém morre devia terminar ali a reforma. Quem tem uma pensão mesmo pequena ainda se podia criar um excepção.
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por Laribau » 10/3/2013 22:38

Um curioso... Escreveu:Alguns números:

-Entre 1990/2000:
-O PIB cresceu em média 3% ao ano
-as despesas sociais cresceram em média 7,8%
-a despesa cm pensões cresceu em média 8,8%

-Entre 2000/2010:
-O PIB cresceu em média 0,6% ao ano
-as despesas sociais cresceram em média 3,5%
-a despesa cm pensões cresceu em média 4,5%

-Entre 1980 e 2010:
-A despesa com a totalidade das despesas sociais passou de 17,5% do PIB para 30,2%

-Evolução entre 1980/2010 da despesa do estado com as diferentes componentes sociais em percentagem do PIB:
-A saúde passou de 4% para 5,7% do PIB
-A educação passou de 4,25 para 5% do PIB
-Os subsídios da Segurança social (desemprego, rendimento mínimo, morte, casamento, abonos, etc)passaram de 5% para6,5% do PIB
-As despesas com pensões passaram neste período de 5,2% do PIB para 13%!!!!

Este último número é incontornável e deve fazer meditar profundamente o governo, a troika e até os "cantantes do Grândola Vila Morena". Os actuais e futuros pensionistas, terão que pensar seriamente na necessidade de complementar as suas reformas com outras formas de financiamento dos seus orçamentos, sob pena de tornar economicamente insustentável o terço final das suas vidas. Com o crescimento anémico (ou mesmo negativo) das economias e a inversão da pirâmide etária, as perspectivas futuras são ainda mais negras :cry:


Antes de mais, quero sublinhar que até "alinho" em parte pela forma frontal e descomprometida com que o Medina Carreira aborda os temas mais sensíveis da actualidade. Frequentou o mesmo colégio que eu ( Pupilos do Exército) e foi mais tarde meu professor de Fiscalidade ( um dos melhores professores que tive - dava aulas suplementares ao sábado e ainda por vezes pagava o almoço aos que apareciam...!). É portanto uma pessoa de quem me sinto próximo.

Dito isto, gostaria de comentar os pontos salientados :

1) O crescimento do PIB está em termos reais e o crescimento das despesas está em termos nominais. Faz uma boa diferença.

2) As despesas com a protecção social em 1980 eram incipientes e é natural que tenham aumentado significativamente. Reparem que o crescimento das pensões é sobretudo mais acentuado entre 1990 e 2000 ( e certamente também entre 1980 e 1990).

3) As despesas com protecção social em 2010 eram em Portugal 27 % do PIB Vs. 29,4 % da UE 27 ( Pordata).

Não quero com os meus comentários significar que considero que está tudo bem e que não é preciso mudar nada. Apenas temperar um pouco a informação de base, para que as ideias fluam com maior facilidade e ponderação.

:wink:
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por alexandre7ias » 10/3/2013 20:53

Novas regras do RSI já tiraram apoio a 125 mil pessoas
Publicado Domingo, 10 de Março de 2013
As alterações nas regras de atribuição do Rendimento Social de Inserção (RSI), desde 2010, já provocaram uma redução superior a 30% no número de beneficiários deste apoio, mesmo com o aumento do desemprego...
Carlos Farinha Rodrigues, investigador do Instituto Superior de Economia e Gestão especializado em questões de pobreza, explicou ao SOL que um dos principais motivos para esta redução foi a alteração da chamada escala de equivalências do RSI ? uma fórmula que permite contabilizar as pessoas numa família e o respectivo montante do RSI. «Com a alteração da condição de recursos, em 2010 e em 2011, tornou-se a escala menos generosa. Reduziu-se não só a possibilidade de uma família entrar no RSI, como se tornou os montantes mais baixos».

De acordo com o último relatório da comissão de acompanhamento do RSI, relativo ao primeiro semestre de 2011, o valor médio deste apoio é de 243 euros por agregado familiar e 88 euros por beneficiário.

Farinha Rodrigues sublinha que as mudanças na tabela de equivalências «acabam por penalizar, de forma muito clara, as famílias alargadas com crianças». Pelos cálculos do investigador, o limiar de rendimentos a partir do qual deixa de se ter acesso ao RSI desceu de 569 euros para 398 euros, no caso de um casal com dois filhos. «Este diferencial é preocupante, sobretudo quando se sabe que um terço dos beneficiários de RSI são crianças».

Este foi um dos pontos focados pela Cáritas na semana passada, num relatório sobre os efeitos da austeridade nos países europeus sob programas da troika.

A organização alertou para os efeitos negativos que a população mais carenciada está a sentir, sobretudo as crianças. Segundo o documento, a taxa de pobreza infantil em Portugal ultrapassa há oito anos a média europeia, tendo-se fixado nos 22,4%, em 2011.

E, para o secretário-geral da Cáritas Europa, Jorge Nuño Mayer, «o pior da crise ainda está para chegar», já que os problemas estão a tornar-se estruturais. Há mais de meio milhão de crianças portuguesas em risco de pobreza, pelo que responsável, citado pela TVI, pediu que a União Europeia «tenha consciência» de que as decisões económicas «têm repercussões nas pessoas».

O debate sobre o RSI e a eficácia das medidas de apoio social tem vindo a subir de tom, num momento em que o Governo está a preparar um plano de redução de despesa de quatro mil milhões. No relatório encomendado pelo Governo ao FMI, os técnicos da instituição referiram-se ao RSI como uma das medidas de combate à pobreza «mais bem dirigidas na Europa». Contudo, a versão final do documento sublinha a necessidade de melhorar o controlo desta ajuda, de forma a evitar abusos e uma excessiva dependência do programa.

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por alexandre7ias » 10/3/2013 18:50

Famílias Cada vez mais pais abandonam filhos para emigrar
A emigração em Portugal não só está a aumentar como está a provocar o aumento dos casos de pais que abandonam os seus filhos, em muitos casos menores, rumo ao estrangeiro para procurarem melhores condições de vida e trabalho. A Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco estima que os casos de abandono rondem o meio milhar, revela esta quinta-feira o Diário de Notícias (DN).

“A emigração está a aumentar e com isso o número de crianças deixadas em Portugal também vai aumentar porque os pais não têm dinheiro para levar os filhos”, avisa João Santiago, procurador do Ministério Público, em declarações ao DN.

O magistrado judicial António Fialho partilha a mesma opinião, sublinhando porém que “há situações” que não o chocam como no caso, denunciado ontem (quarta-feira) pelo DN, de duas irmãs de Sintra que foram deixadas ao cuidado de um vizinho porque a mãe partiu para Espanha.

Números da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco mostram que trata-se de um fenómeno em crescimento. Em 2010, registaram-se 441 casos de crianças entregues a si próprias e, em 2011, o número subiu para 509 novos processos.


Assim está o estado social, imaginem quando não houver nenhum.
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por Dilson Costa » 10/3/2013 18:14

ul Escreveu:Porque não? Morre de fome! Para mim do rico ao pobre do ladrão ao honesto todos por invalidez ou idade , desde que tenham vivido em Portugal ,deviam receber reforma com o mesmo valor eu afirmo isto ha mais de 25 anos , a Europa de uma certa forma vai-me dar razão , pois esta em estudo um valor limite do PIB , para pensões.

Dilson Costa Escreveu:Um curioso, um belo resumo que fez mas que nem o governo conseguiu fazer. Sempre achei que Passos Coelho e Vitor Gaspar pecam por falhas na sua própria comunicação ao não esclarecer devidamente a população pela atual situação do país.

Sinceramente, nunca consegui entender como é que uma pessoa que nunca na sua vida efectou descontos para a segurança social, tenha direito a uma reforma só por fazer 65 anos.

O mal do povo é que foi habituado ao longo dos ultimos 20 anos a muito mais do que aquilo que produz, crescer artificialmente á base de dinheiro emprestado é empurrar os problemas com a barriga, foi isso que todos os governos fizeram.


Caro ul, respeito a sua opinião mas em tudo na vida é perigoso generalizar, como deve calcular existe imensa gente que foge ao fisco como o diabo da cruz, muitos são aqueles que não fazem quaisquer descontos por opção, porque lhes dá mais jeito, mas como é obvio há a outra face da moeda.

A história de que ninguém deve morrer á fome é algo que todos devemos refletir, mas não posso aceitar que quem ande a vida toda a vigarizar o estado sem nada contribuir tenha o mesmo direito de quem sempre trabalhou, contribuiu, lutou e acima de tudo teve juízo. Era neste ponto que eu referia... é urgente separar o trigo do joio.

As pessoas não querem assumir a realidade, por exemplo como é possivel comprar casa, carro, móveis, festa de casamento sem ter dinheiro? Depois é claro, é fácil vir prá rua cantar Vilas Morenas...

Como é possível falarem tão mal da banca quando sem a banca a esmagadora maioria das pessoas nunca na vida conseguiriam ter uma vida tão boa tal como tiveram? A banca foi imprudente, as pessoas que pediram empréstimos sem condições foram imprudentes, se essas mesmas pessoas erraram, pk se queixam tanto quando elas próprias não fizeram melhor?

Se as pessoas estão insatisfeitas, que se queixem de quem nos pôs nesta situação, não de quem herdou a criança nas mãos só com pele e osso...

Uma coisa é garantida, ninguém está satisfeito com esta situação, vamos todos empobrecer ainda mais, as pessoas que interiorizem de uma vez por todas que em casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão...
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por ghorez » 10/3/2013 17:30

setas Escreveu:Lançamento do livro «Quem Paga o Estado Social em Portugal?»
Data:
12-10-2012 19:00
Apresentação pública, seguida de possível debate aberto, de um livro que onde se expõem dados da maior importância para a compreensão do processo da dívida pública.

O livro assume particular interesse para todos os militantes pela anulação da dívida pública portuguesa, uma vez que demonstra factualmente e sem margem para dúvidas que o Estado social em Portugal é autofinanciado pelos trabalhadores. Ao contrário do que foi afirmado anos a fio pela propaganda neoliberal, na maioria dos anos os trabalhadores pagam mais ao Estado em impostos e contribuições do que recebem em serviços sociais.

Assim caem por terra os assustadores argumentos de que as pensões de reforma esgotariam a breve trecho todos os recursos financeiros do Estado, de que não há dinheiro para pagar aos funcionários públicos (que, ao contrário do que sugere a propaganda oficial, são essenciais ao cumprimento das funções do Estado social), de que é necessário extinguir ou privatizar a maioria desses serviços. Assim se prova, mais uma vez, que o processo de endividamento público mais não é do que um mecanismo de transferência dos recursos dos trabalhadores para as mãos do capital.




Um exemplo concreto : A tranferência dos fundos de pensões da banca para a Segurança Social que este governo fez em 2012 ....Que depois serviu para pagar dividas da Madeira e hospitais


Não foi a Madeira que entretanto já reduziu o défice para 2%...quando o acordado era reduzir para 3%?
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por Opcard » 10/3/2013 17:18

Porque não? Morre de fome! Para mim do rico ao pobre do ladrão ao honesto todos por invalidez ou idade , desde que tenham vivido em Portugal ,deviam receber reforma com o mesmo valor eu afirmo isto ha mais de 25 anos , a Europa de uma certa forma vai-me dar razão , pois esta em estudo um valor limite do PIB , para pensões.

Dilson Costa Escreveu:Um curioso, um belo resumo que fez mas que nem o governo conseguiu fazer. Sempre achei que Passos Coelho e Vitor Gaspar pecam por falhas na sua própria comunicação ao não esclarecer devidamente a população pela atual situação do país.

Sinceramente, nunca consegui entender como é que uma pessoa que nunca na sua vida efectou descontos para a segurança social, tenha direito a uma reforma só por fazer 65 anos.

O mal do povo é que foi habituado ao longo dos ultimos 20 anos a muito mais do que aquilo que produz, crescer artificialmente á base de dinheiro emprestado é empurrar os problemas com a barriga, foi isso que todos os governos fizeram.
 
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por setas » 10/3/2013 17:11

Lançamento do livro «Quem Paga o Estado Social em Portugal?»
Data:
12-10-2012 19:00
Apresentação pública, seguida de possível debate aberto, de um livro que onde se expõem dados da maior importância para a compreensão do processo da dívida pública.

O livro assume particular interesse para todos os militantes pela anulação da dívida pública portuguesa, uma vez que demonstra factualmente e sem margem para dúvidas que o Estado social em Portugal é autofinanciado pelos trabalhadores. Ao contrário do que foi afirmado anos a fio pela propaganda neoliberal, na maioria dos anos os trabalhadores pagam mais ao Estado em impostos e contribuições do que recebem em serviços sociais.

Assim caem por terra os assustadores argumentos de que as pensões de reforma esgotariam a breve trecho todos os recursos financeiros do Estado, de que não há dinheiro para pagar aos funcionários públicos (que, ao contrário do que sugere a propaganda oficial, são essenciais ao cumprimento das funções do Estado social), de que é necessário extinguir ou privatizar a maioria desses serviços. Assim se prova, mais uma vez, que o processo de endividamento público mais não é do que um mecanismo de transferência dos recursos dos trabalhadores para as mãos do capital.




Um exemplo concreto : A tranferência dos fundos de pensões da banca para a Segurança Social que este governo fez em 2012 ....Que depois serviu para pagar dividas da Madeira e hospitais
 
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por Dilson Costa » 10/3/2013 17:09

Um curioso, um belo resumo que fez mas que nem o governo conseguiu fazer. Sempre achei que Passos Coelho e Vitor Gaspar pecam por falhas na sua própria comunicação ao não esclarecer devidamente a população pela atual situação do país.

Sinceramente, nunca consegui entender como é que uma pessoa que nunca na sua vida efectou descontos para a segurança social, tenha direito a uma reforma só por fazer 65 anos.

O mal do povo é que foi habituado ao longo dos ultimos 20 anos a muito mais do que aquilo que produz, crescer artificialmente á base de dinheiro emprestado é empurrar os problemas com a barriga, foi isso que todos os governos fizeram.
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por Opcard » 10/3/2013 17:07

O povo que esta mais tranquilo na Europa com a sua pensão e dorme tranquilo sobre o estado social são estes , repito o que escrevi :

Colocada: 17/11/2012 11:06 Assunto: Pensoes há solução sem levar o estado a falência
Falava a dias com um dinamarquês, dizia ele que os países do sul eram ricos pois pagavam pensões impossíveis no seu pais, ele aos 67 anos iria receber do seu estado menos de 700 euros mês , ganhando 5 000 euros como funcionário publico segundo ele num pais do sul teria sempre entre 3 000 a 4000 euros de pensao .

Amavelmente la me foi dado informaçao dobre o sistema de pensoes da Dinamarca

Que o novo sistema foi introduzido nos anos 90 tem 4 pilares :

- A pensão universal. recebe todo aquele que tenha vivido no país 40 anos, entre 15 e 65 anos 8 500 euros ano . Pode haver um complemento de pensão dependendo das circunstancias individuais , como viver só , ou um pensionistas com uma fortuna pessoal inferior a 9930 €
A pensão do Estado ainda é a principal fonte de renda para um número significativo de aposentados


- Pensão complementar financiado 2/3 por contribuições do empregador, limitado a 300 euros por ano, 1/3 pelo empregado a tempo inteiro O benefício anual desta na pensão pode ir até 3.100 euros. 90% dos dinamarqueses recebem


- Pensão complementar profissional 2/3 trabalhador 1/3 o patrão isto varia entre os 12% e os 18% do salário total ,isto não é considerando como encargo sociail é mais um prémio da empresa eles metem 100 euros e o trabalhador 200 .

- Pensão privada subscritos nas instituições financeiras.

O estranho é que 73% dos dinamarqueses tem uma sensação de segurança sobre as sua futuras pensões , contra 39% em média na UE
 
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por Um curioso... » 10/3/2013 16:53

alexandre7ias Escreveu:

Como é que os futuros pensionistas vão conseguir complementar as suas reformas a ganhar o salário mínimo. Existiu uma ou duas gerações que além de ganhar bem no activo continua a ganhar 4/5 vezes mais ( outros ainda ganham muito mais) agora que estão aposentados. Foram essas gerações que de uma forma egoísta destruíram o estado social.

As gerações mais novas que estão no activo já estão a sofrer o corte nos salários para pagar o estado social dessas gerações e agora ainda querem que durante a sua vida activa complementem a sua reforma...


As reformas para quem ganha o salário mínimo deverão estar asseguradas... A questão não se põe(?) previsivelmente para quem tem o salário mínimo, mas para as pensões intermédias que são as que estão a ter um peso mais alto na despesa. As muito altas, ainda que socialmente imorais, têm um peso residual no valor total da despesa, o que não quer dizer que não tenham que ser drasticamente reduzidas, quer seja por redução do valor absoluto (põe-se a questão das regras constitucionais), quer pela aplicação de taxas extraordinárias.
A complementação das reformas será necessária para quem quer manter um determinado nível de vida a que está habituado. A maior parte dificimente o irá conseguir! A poupança autónoma e a manutenção duma actividade laboral em part-time após a reforma, só será conseguida por alguns. Os que já estão reformados, com pensões mais altas e que não tenham essas alternativas, certamente irão ter um downgrade dos seus rendimentos. O mito dos direitos adquiridos e de as geraçõs no activo terem que assegurar a manutenção dos valores auferidos pelos actuais e futuros pensionistas, vai forçosamente ter que cair por ser económica e socialmente inviável.
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por alexandre7ias » 10/3/2013 16:12

Um curioso... Escreveu:Alguns números:

-Entre 1990/2000:
-O PIB cresceu em média 3% ao ano
-as despesas sociais cresceram em média 7,8%
-a despesa cm pensões cresceu em média 8,8%

-Entre 2000/2010:
-O PIB cresceu em média 0,6% ao ano
-as despesas sociais cresceram em média 3,5%
-a despesa cm pensões cresceu em média 4,5%

-Entre 1980 e 2010:
-A despesa com a totalidade das despesas sociais passou de 17,5% do PIB para 30,2%

-Evolução entre 1980/2010 da despesa do estado com as diferentes componentes sociais em percentagem do PIB:
-A saúde passou de 4% para 5,7% do PIB
-A educação passou de 4,25 para 5% do PIB
-Os subsídios da Segurança social (desemprego, rendimento mínimo, morte, casamento, abonos, etc)passaram de 5% para6,5% do PIB
-As despesas com pensões passaram neste período de 5,2% do PIB para 13%!!!!

Este último número é incontornável e deve fazer meditar profundamente o governo, a troika e até os "cantantes do Grândola Vila Morena". Os actuais e futuros pensionistas, terão que pensar seriamente na necessidade de complementar as suas reformas com outras formas de financiamento dos seus orçamentos, sob pena de tornar economicamente insustentável o terço final das suas vidas. Com o crescimento anémico (ou mesmo negativo) das economias e a inversão da pirâmide etária, as perspectivas futuras são ainda mais negras :cry:


Como é que os futuros pensionistas vão conseguir complementar as suas reformas a ganhar o salário mínimo. Existiu uma ou duas gerações que além de ganhar bem no activo continua a ganhar 4/5 vezes mais ( outros ainda ganham muito mais) agora que estão aposentados. Foram essas gerações que de uma forma egoísta destruíram o estado social.

As gerações mais novas que estão no activo já estão a sofrer o corte nos salários para pagar o estado social dessas gerações e agora ainda querem que durante a sua vida activa complementem a sua reforma...
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discussão

por Clinico » 10/3/2013 15:45

Caro Curioso, obrigado pela oportunidade de ouvir este senhor, que tenho o prazer de conhecer pessoalmente há muitos anos e de ter conversas com ele interessantissimas tipo "ele fala e eu aprendo".

Este homem, que já via nos 80 com uma clareza de e spírito invejável, advogado e economista, é para mim umas das mentes mais brilhantes que nós temos e tem o condão de pôr os pontos nos "is".

Tudo o que ele afirma é lógico, com gráficos simples para "as donas de casa" como eu, que acumulo com as de "doutor".

Não entendo como o Bloco de Esquerda, o PCP e os Verdes não entendem estes factos simples, como tambem junto-me á critica feita de que o Governo não explica coisa nenhuma á população.

No entanto, não somos tão parvos assim. Num desses surveys feitos sobre intenções de voto, não me lembro se no Expresso, a queda desta coligação não era tão expressiva como esperava e não há dúvidas que o Seguro continua a querer o poder sem defenir um programa.

Seja como fôr, esta é uma entrevista para ver e rever

Abraços
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por goldentrader » 10/3/2013 15:24

Caro Curioso,

Tem toda a razão na análise que fez, mas discordo num ponto fundamental.

Quando diz que actuais e futuros pensionistas, terão que pensar seriamente na necessidade de complementar as suas reformas com outras formas de financiamento dos seus orçamentos, eu discordo em parte.

De facto concordo consigo quando diz que os futuros pensionistas, terão que pensar seriamente na necessidade de complementar as suas reformas com outras formas de financiamento dos seus orçamentos, mas discordo totalmente quando refere os actuais pensionistas. Tem que explicar onde é que os actuais pensionistas vão encontrar outras formas de complementar as suas reformas...para além do facto de que compete à população activa sustentar os actuais pensionistas, tal como estes tiveram que sustentar os pensionistas na altura em que eram activos, uma vez que é assim que o sistema funciona e sempre funcionou.

Mas deixe que lhe diga que defendendo o que referi no último parágrafo, defendo também que devem ser tomadas medidas para alterar alguns pressupostos das actuais pensões, nomeadamente no que se refere ao plafonamento/tecto nas pensões (defendo que esse tecto máximo deveria ser de 5000,00 € brutos, valor mais ou menos equivalente ao salário de presidente da república), que acho ser urgente implementar, assim como o fim dos subsídios de Férias e Natal para os pensionistas, que em parte já foi implementado, mas que defendo deveria passar a ser implementado de forma permanente, uma vez que não acho admissível que uma pessoa que não seja activa, tenha direito a receber subsídios de Férias e Natal.

Para além das medidas que referi no parágrafo anterior, que defendo que deveriam ser implementadas de imediato, com um consenso alargado dos principais partidos, com um pacto de regime, com alteração na constituição se necessário for, defendo também, de forma inequívoca, que mais nenhuma medida de corte nas actuais pensões é admissível e compete à população activa suportar o impacto das mesmas.
 
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por Um curioso... » 10/3/2013 14:18

Alguns números:

-Entre 1990/2000:
-O PIB cresceu em média 3% ao ano
-as despesas sociais cresceram em média 7,8%
-a despesa cm pensões cresceu em média 8,8%

-Entre 2000/2010:
-O PIB cresceu em média 0,6% ao ano
-as despesas sociais cresceram em média 3,5%
-a despesa cm pensões cresceu em média 4,5%

-Entre 1980 e 2010:
-A despesa com a totalidade das despesas sociais passou de 17,5% do PIB para 30,2%

-Evolução entre 1980/2010 da despesa do estado com as diferentes componentes sociais em percentagem do PIB:
-A saúde passou de 4% para 5,7% do PIB
-A educação passou de 4,25 para 5% do PIB
-Os subsídios da Segurança social (desemprego, rendimento mínimo, morte, casamento, abonos, etc)passaram de 5% para6,5% do PIB
-As despesas com pensões passaram neste período de 5,2% do PIB para 13%!!!!

Este último número é incontornável e deve fazer meditar profundamente o governo, a troika e até os "cantantes do Grândola Vila Morena". Os actuais e futuros pensionistas, terão que pensar seriamente na necessidade de complementar as suas reformas com outras formas de financiamento dos seus orçamentos, sob pena de tornar economicamente insustentável o terço final das suas vidas. Com o crescimento anémico (ou mesmo negativo) das economias e a inversão da pirâmide etária, as perspectivas futuras são ainda mais negras :cry:
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Estado social

por Um curioso... » 10/3/2013 0:04

A grande discussão em Portugal deveria ser esta!
O resto são "faits divers"...

http://www.tvi24.iol.pt/programa/4407/57
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