E se em 2013 Portugal crescer?
E já agora para 2014:
Economia pode crescer apenas 0,3% em 2014 incluindo cortes de despesa já anunciados
O Banco de Portugal (BdP) espera que a economia cresça apenas 0,3% em 2014 se for considerado um cenário que inclui os cortes na despesa pública já anunciados pelo Governo.
No Boletim Económico da Primavera, hoje revelado, o Banco de Portugal desenvolveu um cenário com pressupostos orçamentais alternativos para o próximo ano, estimando uma redução da despesa pública de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), que será feita em 50% pelo lado das despesas com pessoal e os restantes 50% pelo lado das pensões.
Nas projeções que o banco central faz são utilizadas as regras do Eurosistema, ou seja, só podem ser consideradas medidas aprovadas e detalhadas com elevada probabilidade de aprovação, mas decidiu construir um cenário alternativo para dar uma ideia do impacto das medidas de corte na despesa que o Governo deverá aplicar.
No documento hoje divulgado, o BdP explica que o cenário calculado “inclui medidas adicionais de consolidação orçamental, em particular para 2014, dada a intenção do Governo português de adotar um programa abrangente de redução da despesa pública”.
De acordo com esta estimativa, o PIB deverá crescer 0,3% em 2014 (e não os 1,1% previstos, tendo em conta as medidas orçamentais já anunciadas), ou seja, a materialização deste cenário terá um impacto negativo de 0,8% no PIB.
Este cenário é mais negativo que o esperado pelo Governo e pela ‘troika’, que a 15 de março e já contando com estes efeitos, previam um crescimento de 0,6% no próximo ano, ou seja, o dobro do que espera agora o Banco de Portugal.
À luz deste cenário, a procura interna deverá contrair 1,0% (que compara com uma previsão de +1%, considerando as medidas já anunciadas), ao passo que as exportações deverão aumentar 4,5% e a formação bruta de capital fixo deverá crescer 1,4%.
“As medidas de redução da despesa pública consideradas assumem uma virtual estabilização do volume de consumo público em 2014 (ao invés do crescimento de 1,5%)”, lê-se no Boletim Económico da Primavera.
No que diz respeito às componentes da procura interna privada, “o impacto mais significativo das medidas incide sobre as despesas de consumo das famílias, num contexto de redução mais acentuada do rendimento disponível que implica ainda uma recuperação mais lenta do investimento privado, em particular no que respeita à componente residencial”, refere ainda o documento.
Tendo em conta o cenário alternativo, o consumo privado poderá cair 2,0% em 2014 (e não apenas 0,4%), o consumo público poderá subir 0,2% (e não 1,5%) e a formação bruta de capital fixo poderá ser de 1,4% (e não de 1,9%).
Em relação às exportações, o BdP conclui que “o impacto das medidas de redução da despesa pública determina uma ligeira melhoria das condições de competitividade, com impacto limitado no volume de exportações”, que, de acordo com o cenário realizado, poderão crescer 4,5% (contra 4,3% nas previsões atuais).
Já em relação às importações, estas poderão apresentar um crescimento de 1,4% (que compara com 2,7%), contribuindo para um aumento do excedente da balança de bens e serviços de 0,7% do PIB.
http://www.ionline.pt/dinheiro/economia ... anunciados
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
K. Escreveu:Não são realidades, mas sim projecções sobre cenários futuros, esses números do Banco de Portugal.
São baseados em numeros do INE e já incorporam dados de Janeiro e Fevereiro deste ano.
O futuro sim, são projecções, mas parece-me que isso é obivio....

K. Escreveu: O único interesse de quem trabalha no BP é não perder o emprego, por sinal muito bem pago. Logo não tem o mínimo interesse em correr riscos ao apresentar previsões que não acompanhem o mainstream.
Não discordando de ti (sobre a parte de manter o emprego) não posso deixar de lembrar-te que aparentemente toda a gente quer manter o emprego, seja OCDE, FMI, CE, Eurostat, etc....
K. Escreveu:Eu gostaria de ver uma previsão com algum valor estatístico.
Presumo que a tua opinião seja baseada numa analise estatistica da sondagem efctuada pelo INE.

"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Não são realidades, mas sim projecções sobre cenários futuros, esses números do Banco de Portugal.
Eles nem sequer dão qualquer indicação sobre os métodos que utilizam, utilizam o "valor mais provável" sem dizer como essa probabilidade é calculada, e dizem que o mesmo é "condicional ao conjunto de hipóteses consideradas". Ou seja, eles podem bem lá por o que lhes apetecer. O único interesse de quem trabalha no BP é não perder o emprego, por sinal muito bem pago. Logo não tem o mínimo interesse em correr riscos ao apresentar previsões que não acompanhem o mainstream.
Eu gostaria de ver uma previsão com algum valor estatístico.
Eles nem sequer dão qualquer indicação sobre os métodos que utilizam, utilizam o "valor mais provável" sem dizer como essa probabilidade é calculada, e dizem que o mesmo é "condicional ao conjunto de hipóteses consideradas". Ou seja, eles podem bem lá por o que lhes apetecer. O único interesse de quem trabalha no BP é não perder o emprego, por sinal muito bem pago. Logo não tem o mínimo interesse em correr riscos ao apresentar previsões que não acompanhem o mainstream.
Eu gostaria de ver uma previsão com algum valor estatístico.
- Mensagens: 692
- Registado: 28/5/2008 1:17
K. Escreveu:Tenho acompanhado os indicadores e ainda não percebi como chegam a previsões tão negativas.
Se os indicadores **avançados** já estão a subir há quase um ano, começam a aparecer sinais no indicador de clima económico lançado hoje pelo INE, que é **coincidente**, que mostram que de facto houve uma melhoria geral no primeiro trimestre. Os valores continuam baixos, especialmente em tudo o que tem a ver com o consumo, mas mesmo aqui houve uma ligeira melhoria na confiança dos consumidores. Ainda não é suficiente para fazer a economia crescer, mas a manter-se assim até ao fim do ano, as coisas vão mudar bastante.
http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=IN ... QUESmodo=2
Uma coisa são os indicadores de confiança (suportados em inqueritos), outra é a realidade dos numeros.
http://www.bportugal.pt/pt-PT/OBancoeoE ... 30326.aspx
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Tenho acompanhado os indicadores e ainda não percebi como chegam a previsões tão negativas.
Se os indicadores **avançados** já estão a subir há quase um ano, começam a aparecer sinais no indicador de clima económico lançado hoje pelo INE, que é **coincidente**, que mostram que de facto houve uma melhoria geral no primeiro trimestre. Os valores continuam baixos, especialmente em tudo o que tem a ver com o consumo, mas mesmo aqui houve uma ligeira melhoria na confiança dos consumidores. Ainda não é suficiente para fazer a economia crescer, mas a manter-se assim até ao fim do ano, as coisas vão mudar bastante.
http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=IN ... QUESmodo=2
Se os indicadores **avançados** já estão a subir há quase um ano, começam a aparecer sinais no indicador de clima económico lançado hoje pelo INE, que é **coincidente**, que mostram que de facto houve uma melhoria geral no primeiro trimestre. Os valores continuam baixos, especialmente em tudo o que tem a ver com o consumo, mas mesmo aqui houve uma ligeira melhoria na confiança dos consumidores. Ainda não é suficiente para fazer a economia crescer, mas a manter-se assim até ao fim do ano, as coisas vão mudar bastante.
http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=IN ... QUESmodo=2
- Mensagens: 692
- Registado: 28/5/2008 1:17
Bom dia,
Pois é Ulisses !!! Todos nós gostaríamos do inverso, mas começo a sentir que os mercados estavam a "antever" algo que não era viável.
Cada vez mais gosto da teoria de que a extrema cedência de liquidez por parte dos "majors" consegue apenas ter reflexos positivos na esfera financeira global, mas não na Economia real.
Nós até podemos ir construindo algumas bases para um futuro melhor cá pelo burgo, mas para já o que se nota é um regresso do "stress" à Europa do sul, uma paralisia perante os factos negativos e um poder político virtualmente dissolvido e à espera que as coisas não piorem.
Neste quadro, eu (que votei no outro tópico numa queda em torno de 2%), eu diria que o mais provável é uma queda entre 2 e 3%.
É um grande intervalo, sim, mas é mais realista.
E talvez, se as coisas não piorarem no cenário europeu e mundial, tenhamos já um último trimestre sem queda significativa de PIB.
Abraço
dj
Pois é Ulisses !!! Todos nós gostaríamos do inverso, mas começo a sentir que os mercados estavam a "antever" algo que não era viável.
Cada vez mais gosto da teoria de que a extrema cedência de liquidez por parte dos "majors" consegue apenas ter reflexos positivos na esfera financeira global, mas não na Economia real.
Nós até podemos ir construindo algumas bases para um futuro melhor cá pelo burgo, mas para já o que se nota é um regresso do "stress" à Europa do sul, uma paralisia perante os factos negativos e um poder político virtualmente dissolvido e à espera que as coisas não piorem.
Neste quadro, eu (que votei no outro tópico numa queda em torno de 2%), eu diria que o mais provável é uma queda entre 2 e 3%.
É um grande intervalo, sim, mas é mais realista.
E talvez, se as coisas não piorarem no cenário europeu e mundial, tenhamos já um último trimestre sem queda significativa de PIB.
Abraço
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
PMACS Escreveu:Banco de Portugal agrava previsão de recessão para -2,3% este ano.
Em actualização
O nivel a que o PSI20, Ibex, Cac andam agora projectam um crescimento já no fim deste ano e para 2014. Esse crescimento de 2014 em Portugal eu estimo que seja 1% mais até do que o que a economia crescerá em 2015.
Eu penso mesmo que o pior cenário foi o último trimestre de 2012 e o primeiro trimestre de 2013 em que a economia esteja a contrair mais de -4%
Por exemplo:
1ºT2013 -4%
2ºT2013 -1%
3ºT2013 0,7%
4ºT2013 1,5%
Soma agregada de -2,8% anual para 2013
E em 2014 o caminho prossegue com um crescimento no 1ºT2014 de quase 2% vindo a desacelarar no trimestres seguintes para um minimo de 0,6% ao trimestre.
Mesmo que a economia se projecte como refiro, o desemprego será sempre o último indicador de uma economia em crescimento.
Este país só avança quando perceberem que é preciso produzir alguma coisa! Não vos parece que a infinidade de investimentos realizados sem mínimo de critério é que nos levou várias vezes à bancarrota? Penso que estes momentos serão o virar de página. Não se vislumbra no horizonte o aparecimento de ouro,escravos,especiarias, fundos europeus ou hidrocarbonetos.Agora parece mesmo que temos de trabalhar/produzir/vender e deixar-mos de tretas.Não acreditar em balelas dos políticos. Cobrar, e chamar os bois pelos nomes.Não basta cantar a "nova nau catrineta"
viva a vida k vai passar mt tempo morto
- Mensagens: 137
- Registado: 5/11/2002 0:54
- Localização: Baião
alexandre7ias Escreveu:Renegade Escreveu:MiamiBlueHeart Escreveu:Excelente crónica, de mais um jornalista que se converteu nas últimas semanas..... Só há futuro com crescimento económico
Blah, blah, blah, crescimento económico, combate ao desemprego...
É muito bonito mandar "postas de pescada". Querem que o país cresça como? Por decreto-lei?
Que "alternativa" mágica haverá para atingir tal feito tão "básico" e "evidente"?
O que faria este Sr. se fosse ministro?
O mesmo que fazem estes! Começo a admirar a competência destes super dotados e de todos que os apoiam..Orçamento Governo admite rectificativo devido a novas medidas de austeridade
O secretário de Estado das Finanças, Manuel Rodrigues, admitiu, esta sexta-feira, que o Governo terá de fazer um orçamento rectificativo para incluir as medidas adicionais de corte na despesa cuja aplicação vai ser estudada com a 'troika' na sétima avaliação.
12:29 - 22 de Fevereiro de 2013 | Por Lusa
Share on print Share on email More Sharing Services
"O Governo está atento no decurso da execução orçamental de 2013 e discutirá no sétimo exame regular eventuais poupanças adicionais que tenham de ser conseguidas", afirmou Manuel Rodrigues numa conferência de imprensa onde comentou as projecções da Comissão Europeia, que pioram para quase o dobro a recessão esperada para este ano, e que afirmam que Portugal não conseguirá cumprir a meta do défice orçamental nem em 2013, nem sequer em 2014.
Questionado pelos jornalistas sobre a necessidade de um orçamento rectificativo para acomodar estas alterações, Manuel Rodrigues afirmou: "Tais poupanças terão de ser vertidas num orçamento rectificativo".
Estas medidas já estavam planeadas num plano de contingência com um valor estimado de 0,5% do PIB, para fazer face a eventuais desvios este ano, incluindo um chumbo de medidas do orçamento pelo Tribunal Constitucional.
Atenção que estamos em Fevereiro.
Lá vão os analistas e os comentadores dizer/escrever mais umas coisas para enganar o povo!
é sempre bom recordar o que este mentiroso disse sobre o mentiroso de então.
<iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/gNu5BBAdQec" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
- Mensagens: 2163
- Registado: 29/11/2007 2:05
- Localização: aqui
Vixium, entendo o teu cepticismo. E, na minha análise, tive que fazer um esforço muito grande para atirar para o lado a minha percepção, o sentimento e tudo isso que condicionaria uma análise que se queria muito fria e com base no indicador que os mercados são.
Tu e eu esperamos que eu tenha razão. Mas as dúvidas são mais do que muitas e todas as previsões apontam no sentido oposto.
Um abraço,
Ulisses
Tu e eu esperamos que eu tenha razão. Mas as dúvidas são mais do que muitas e todas as previsões apontam no sentido oposto.
Um abraço,
Ulisses
Renegade Escreveu:MiamiBlueHeart Escreveu:Excelente crónica, de mais um jornalista que se converteu nas últimas semanas..... Só há futuro com crescimento económico
Blah, blah, blah, crescimento económico, combate ao desemprego...
É muito bonito mandar "postas de pescada". Querem que o país cresça como? Por decreto-lei?
Que "alternativa" mágica haverá para atingir tal feito tão "básico" e "evidente"?
O que faria este Sr. se fosse ministro?
diminuía, os fabulo_SOS, ordenados

tirava-lhes os, és carros e motoristas

reduzia, os De_puta_dos


aumentava descontos, para, UI, primeira e certa, vontade, do Governo, se querem ter Reforma, descontem para ela, nós fizemos os nossos descontos, que se foram adpatando, durante 40 anos, por isso os próximos, que paguem o que é devido, para as suas; deles, Reformas.
e ainda os presos, à Americana, com bola de ferro e pulseira, a pintarem e limparem,estradas, limpar monumentos, jardins e ruas, das cidades, pois se comem de graça, têem que o pagar !!!
olá ! não arrisquem, mais de 40% da liquidez, em Bolsa (dá stress)! Pois,
nascemos pobres e nus e morreremos pobres e vestidos!!! sDq
nascemos pobres e nus e morreremos pobres e vestidos!!! sDq
- Mensagens: 308
- Registado: 29/11/2007 2:07
- Localização: ALBUFEIRA /Av. Montechoro ou Lisboa, P. Nações e....
K. Escreveu:Subscrevo o que disse o Ulisses. Mantenho a previsão de -0,5 a +.05.
O que me poderia fazer alterar a previsão seria um significativo condicionamento das estruturas fundamentais de financiamento da Economia. Ou seja, um relatório negativo da Troika, um adiamento de uma tranche, uma crise política. Em suma, algo que gerasse uma reacção em cadeia que afastasse o investimento e o crédito.
Seria muito bom que o governo se engana-se pela primeira vez nas projecções de forma positiva.
Eu voto nos -0,5 a -1,5.
O sinal realmente bom seria o desemprego parar de crescer o que espero que aconteça ainda este ano a partir daí as coisas devem começar a melhorar.
O povo fez a sua decisão (forçada) de pagar mais para manter regalias e parece-me que é isso que os mercados estavam à espera.
Trágico mesmo seria um resgate formal a Espanha que voltaria a colocar caos no mercado de dívida.
Subscrevo o que disse o Ulisses. Mantenho a previsão de -0,5 a +.05.
O que me poderia fazer alterar a previsão seria um significativo condicionamento das estruturas fundamentais de financiamento da Economia. Ou seja, um relatório negativo da Troika, um adiamento de uma tranche, uma crise política. Em suma, algo que gerasse uma reacção em cadeia que afastasse o investimento e o crédito.
O que me poderia fazer alterar a previsão seria um significativo condicionamento das estruturas fundamentais de financiamento da Economia. Ou seja, um relatório negativo da Troika, um adiamento de uma tranche, uma crise política. Em suma, algo que gerasse uma reacção em cadeia que afastasse o investimento e o crédito.
- Mensagens: 692
- Registado: 28/5/2008 1:17
Ulisses Pereira Escreveu:Não escrevi o artigo com base no que nenhum economista ou Governo previa, por isso, a minha ideia não é alterada.
Um abraço,
Ulisses
Ulisses
Continuo a agradecer o bálsamo das tuas palavras. A esperança, e há muito quem não acredite nisto, é a última a perder-se. Ou devia ser.
A verdade é que uma análise baseada nos mercados poderia, mas não pode (infelizmente), colar-se à realidade.
Portugal, como disse na altura, não vai crescer em 2013 mesmo que na bolsa portuguesa possa haver crescimento. Mesmo nesta última tenho as minhas maiores dúvidas mas disso percebes tu. Eu diria que antes dos 7500/7800 pontos os ursos comandam os destinos do PSI.
Obrigado,
VIXIUM
- Mensagens: 306
- Registado: 21/10/2012 19:07
- Localização: 16
Se calhar mais valia as pessoas convencerem-se que vão ter de contar mais consigo próprias para passar estes tempos.
O termo técnico acho que chama "vergar a mola", fazer mais, melhor e com menos.
Quem ficar à espera que estados do sul da europa de repente se transformem nos paladinos da inovação e da boa gestão é melhor esperar sentado, basta conhecer mais ou menos as pessoas que gerem e trabalham nalgumas CM.
O termo técnico acho que chama "vergar a mola", fazer mais, melhor e com menos.
Quem ficar à espera que estados do sul da europa de repente se transformem nos paladinos da inovação e da boa gestão é melhor esperar sentado, basta conhecer mais ou menos as pessoas que gerem e trabalham nalgumas CM.
Renegade Escreveu:MiamiBlueHeart Escreveu:Excelente crónica, de mais um jornalista que se converteu nas últimas semanas..... Só há futuro com crescimento económico
Blah, blah, blah, crescimento económico, combate ao desemprego...
É muito bonito mandar "postas de pescada". Querem que o país cresça como? Por decreto-lei?
Que "alternativa" mágica haverá para atingir tal feito tão "básico" e "evidente"?
O que faria este Sr. se fosse ministro?
Renegade,
Se calhar podia implementar medidas que possibilita-se a empresas viáveis e com encomendas ter acesso a financiamento a juros inferiores a 8%, que é o que acontece actualmente.. Esse dinheiro podia vir dos 3 mil milhões da Troika que estavam destinados para a economia real..
Se calhar, podia demorar menos tempo no reembolso do IVA às empresas..
Se calhar, a caminho dos 2 anos de governação, já podia ter diminuído a burocracia para as empresas.
Se calhar, já podia ter implementado um imposto de IRC de 10% para novas empresas.
Se calhar, podia podia obrigar os bancos que receberam dinheiro da Troika a emprestar á economia real, em vez de comprar dívida no mercado secundário..
Se calhar, ser o dinamizador de um movimento nacional que apoiado nas maiores empresas portuguesas ajuda-se efectivamente PME com capacidade a exportar.
Se calhar, podia implementar pequenos projectos que permitissem ás empresa aumentar a sua produtividade - permitir o acesso a empresas com potencial o acesso a metodologias como Lean Management, Kaizen, ISO 9001, etc..
Se calhar, podia lutar na Europa por uma outra politica europeia, em vez de andar, a mando literal da Sr.ª Merkel.
Como vês, o que não faltam alternativas.
Mas é muito mais fácil aumentar impostos, cortar salários e pensões e culpar num dia a FP, no outro os reformados, no outro as pessoas com mais anos de trabalho, para justificar os fracassos a que vamos assistindo..
Editado pela última vez por MiamiBlue em 23/2/2013 14:29, num total de 1 vez.
- Mensagens: 1399
- Registado: 17/10/2010 19:32
- Localização: 14
Renegade Escreveu:MiamiBlueHeart Escreveu:Excelente crónica, de mais um jornalista que se converteu nas últimas semanas..... Só há futuro com crescimento económico
Blah, blah, blah, crescimento económico, combate ao desemprego...
É muito bonito mandar "postas de pescada". Querem que o país cresça como? Por decreto-lei?
Que "alternativa" mágica haverá para atingir tal feito tão "básico" e "evidente"?
O que faria este Sr. se fosse ministro?
O mesmo que fazem estes! Começo a admirar a competência destes super dotados e de todos que os apoiam.
.Orçamento Governo admite rectificativo devido a novas medidas de austeridade
O secretário de Estado das Finanças, Manuel Rodrigues, admitiu, esta sexta-feira, que o Governo terá de fazer um orçamento rectificativo para incluir as medidas adicionais de corte na despesa cuja aplicação vai ser estudada com a 'troika' na sétima avaliação.
12:29 - 22 de Fevereiro de 2013 | Por Lusa
Share on print Share on email More Sharing Services
"O Governo está atento no decurso da execução orçamental de 2013 e discutirá no sétimo exame regular eventuais poupanças adicionais que tenham de ser conseguidas", afirmou Manuel Rodrigues numa conferência de imprensa onde comentou as projecções da Comissão Europeia, que pioram para quase o dobro a recessão esperada para este ano, e que afirmam que Portugal não conseguirá cumprir a meta do défice orçamental nem em 2013, nem sequer em 2014.
Questionado pelos jornalistas sobre a necessidade de um orçamento rectificativo para acomodar estas alterações, Manuel Rodrigues afirmou: "Tais poupanças terão de ser vertidas num orçamento rectificativo".
Estas medidas já estavam planeadas num plano de contingência com um valor estimado de 0,5% do PIB, para fazer face a eventuais desvios este ano, incluindo um chumbo de medidas do orçamento pelo Tribunal Constitucional.
Atenção que estamos em Fevereiro.
Lá vão os analistas e os comentadores dizer/escrever mais umas coisas para enganar o povo!
MiamiBlueHeart Escreveu:Excelente crónica, de mais um jornalista que se converteu nas últimas semanas..... Só há futuro com crescimento económico
Blah, blah, blah, crescimento económico, combate ao desemprego...
É muito bonito mandar "postas de pescada". Querem que o país cresça como? Por decreto-lei?
Que "alternativa" mágica haverá para atingir tal feito tão "básico" e "evidente"?
O que faria este Sr. se fosse ministro?
Excelente crónica, de mais um jornalista que se converteu nas últimas semanas..
Vitor Gaspar não pode acusar ninguém de destruir a sua credibilidade, além de si próprio.
Vítor Gaspar bateu com a cabeça na parede
22/02/13 00:31 | Bruno Proença
Se alguém bater com a cabeça várias vezes na parede, provavelmente a parede fica no mesmo sítio e a pessoa com um grande galo.
Se alguém bater com a cabeça várias vezes na parede, provavelmente a parede fica no mesmo sítio e a pessoa com um grande galo. O ministro das Finanças aprendeu esta verdade às suas custas. Vítor Gaspar andou meses a negar a realidade, até que chocou contra ela. Na quarta-feira no Parlamento, o ministro reconheceu aquilo que todos já tínhamos percebido. Os dados da economia nacional indicam que a recessão deste ano será pior do que previsto. O Banco de Portugal já tinha colocado a contracção em 1,9% e Gaspar colou--se a esta previsão. Fala agora numa recessão de 2%, depois da quebra no PIB de 3,2% em 2012 e acima de 1% em 2011. Não há dúvida que é a pior crise económica desde o 25 de Abril.
Consequências? Vítor Gaspar anunciou também que espera que a Comissão Europeia dê mais um ano a Portugal para colocar o défice abaixo dos 3%. Como? Importa-se de repetir? Este é o mesmo ministro das Finanças que andou meses a recusar esta possibilidade que tem sido defendida por vários economistas, pelo líder do PS, António José Seguro, e até por pessoas do PSD. A realidade impôs-se ao ministro das Finanças. E não é a primeira vez que isso acontece. Em menos de dois anos de Governo, Gaspar tem acertado muito pouco.
Os objectivos orçamentais têm sido conseguidos à custa do ‘doping' das receitas extraordinárias e, por isso, a consolidação das contas públicas está longe do esperado. A dívida pública mantém-se numa trajectória de subida e já passou a barreira dos 120% do PIB. Resultado, poderá ser a segunda vez que Portugal beneficiará de mais tempo para controlar o défice orçamental. Recorde-se que inicialmente, o objectivo era ter um défice de 2,3% em 2014. Em Setembro do ano passado, o objectivo para o saldo negativo deste ano saltou de 3% para 4,5%. Menos de seis meses depois, Gaspar pede mais um ano.
O ‘timing' do anúncio do ministro revela um certo descontrolo que reina nas Finanças. Ainda não são conhecidos os primeiros dados da execução orçamental deste ano e já está tudo em causa. A estratégia é para mudar perante uma recessão mais grave e o desemprego a subir. Confirmaram-se os prognósticos de que o Orçamento do Estado para este ano estava mal feito.
E qual é a solução para convencer a Comissão Europeia a dar mais tempo? Vítor Gaspar quer avançar com o famoso plano B que prevê novos cortes de 800 milhões de euros. A factura será paga sempre pelos mesmos. Esta é a lição que o ministro ainda não aprendeu. Os portugueses e a economia nacional não aguentam mais austeridade. A corda já rebentou. O país está numa espiral recessiva. Mais cortes garantem apenas mais recessão, desemprego, pobreza e emigração. A redução do défice e da dívida continuará uma miragem. É altura de mudar de receita. É altura de apostar no crescimento económico e no combate ao desemprego, que está a destruir a sociedade portuguesa.
Os ortodoxos dizem que só é possível fazer o ajustamento financeiro com recessão. Pois é o contrário. Este nível brutal de ajustamento só é possível com a criação de riqueza. A questão é como? Essa é o debate que o país necessita de fazer. Duas sugestões: um Estado mais eficiente e um corte brutal nos impostos sobre as empresas por forma a captar investimento estrangeiro. Depois das medidas do BCE, os mercados abriram a porta aos países periféricos. Não se desperdice a oportunidade com teimosias. É necessário outro caminho para tirar Portugal da crise. Cortar por cortar não resolve nada. Só há futuro com crescimento económico
Vitor Gaspar não pode acusar ninguém de destruir a sua credibilidade, além de si próprio.
- Mensagens: 1399
- Registado: 17/10/2010 19:32
- Localização: 14
Nesta altura do campeonato (ainda mal ele começou) (o bull market) parece-me que o PSI20 e Ibex e Cac têm um enorme potêncial.
Quando se canta "Grandola Vila Morena" para os ministros (que estão a receber ordens superiores) e quando se faz publicidade nos jornais ao dramatismo, e quando o povo leva a última talhada no corte dos ordenados, é provável que os mercados se aguentem e não queiram mais antecipar a desgraça da perda de poder de compra.
É provável, se as coisas por parte das autoridades monetárias, forem bem feitas, continuarmos o bull market sobretudo no PSI e Ibex, mesmo com 2013 em recessão.
Uma coisa é a economia. Outra é o mercado. E o principio que eu sempre tenho defendido aqui, ao contrário de demasiados traders e economistas entendidos, ou que simplesmente gostam de me contrariar, é que o mercado é que provoca e desprovoca as recessões, e sobretudo são eles a principal causa do crescimento economico sustentavel e também o factor número 1 de bolhas financeiras.
Não é a economia que comanda os mercados, mas sim os mercados que comandam a economia.
Quando se canta "Grandola Vila Morena" para os ministros (que estão a receber ordens superiores) e quando se faz publicidade nos jornais ao dramatismo, e quando o povo leva a última talhada no corte dos ordenados, é provável que os mercados se aguentem e não queiram mais antecipar a desgraça da perda de poder de compra.
É provável, se as coisas por parte das autoridades monetárias, forem bem feitas, continuarmos o bull market sobretudo no PSI e Ibex, mesmo com 2013 em recessão.
Uma coisa é a economia. Outra é o mercado. E o principio que eu sempre tenho defendido aqui, ao contrário de demasiados traders e economistas entendidos, ou que simplesmente gostam de me contrariar, é que o mercado é que provoca e desprovoca as recessões, e sobretudo são eles a principal causa do crescimento economico sustentavel e também o factor número 1 de bolhas financeiras.
Não é a economia que comanda os mercados, mas sim os mercados que comandam a economia.