Warrants- Artigo interessante de João Dinis de Sousa de 2001
Olá. Primeiro quero agradecer-vos de terem lido os meus posts e respondendo de forma tão positiva. Fico contente de saber que pude ajudar em esclarecer algumas dúvidos deste negócio tão "obscuro"!
Agora sim, parece que já é mais fácil de vos explicar certas "atitudes" dos MM ou mesmo o porque de alguns warrants serem menos competitivos que outros, penso que os que leram os meus posts anteriores tem uma noção dos ricos nas carteiras dos MM. E agora sobre a situação de subjacentes portugueses, ou chamos-lhes subjacentes sem liquidez.
- é bastante fácil para o MM de fazer a cobertura Delta nos principais activos portugueses (PT, EDP, BCP).
- o risco da variacao do Delta (risco Gamma) também pode ser coberto com o subjacente. Por exemplo um Warrant com um Gamma de 0,5% indica que o delta do warrant sobe 0,5% se o subjacente subir 1%. Quer dizer se o subjacente subir 2% neste caso o delta sobe 1% e o MM tem que comprar/vender mais 1% do delta para ficar com a posicao sem risco. O problema é se o subjacente subir de uma forma muito brusca, como aconteuceu ontem no Nokia. Aí o MM com uma posicao Gamma negativa perderia muito dinheiro, embora pudesse fazer a cobertura com accoes da Nokia...mas seria tarde demais. Só serviria para remediar o mal. Para evitar perder dinheiro em tais situacoes e necessário cobrir o risco Gamma. Para cobrir o risco Gamma sobre warrants portugueses o MM tem que comprar/vender opções OTC (over the counter) com entidades (corretoras) Portuguesas, que muitas vezes oferecem um bid/ask spread de 5% a 7%. É por estas razões que a vol implicita nos warrants sobre activos portugueses tem que ser substancialmente mais elevado se for comparado a subjacentes com um mercado mais liquido. É mais uma vez o preço inerente do risco. Mas mesmo assim não quer dizer que comprando um warrant sobre a PT seja um mau negócio. Quanto mais alta a vol implicita, mais elasticidade tem o warrant (o que é positivo) mas mais alto é o valor temporal (que é negativo). Se a PT ter uma volatilidade de 20% durante o próximo ano e o warrant estar a vender com 50%, o mau negócio seria comprar hoje o warrant e esperar até a maturidade....o cliente perde todo o valor temporal. Mas se comprar hoje e a PT subir 2% e o investidor vender o warrants dentro de um, dois ou mesmo alguns dias mais ele pode ter um rendimento de 8 ou 10%...é sempre melhor que o subjacente.
O Ming disse que com afinal alguém tem que perder neste negócio. Claro, alguém perde sempre. Umas vezes é o investidor, outras o MM e outras vezes os outros MM que tb tem posições de derivados num subjacente. Normalmente um banco compra volatilidade em negócios que faz com clientes institucionais. Por exemplo fundos compram Reverse Convertibles (é o mesmo que vender uma put) ou vendem opções para ganharem o prémio e assim melhorarem a performance do fundo. Assim os bancos tem uma posição natural longo em muitos subjacentes. Como há muitos fundos portugueses os bancos internacionais tb tem muitas posicoes em accoes portuguesas. Quer dizer que o cliente que ganhe num warrant até pode perder ao mesmo tempo porque tem um fundo no qual se encontra a mesma accao. Mesmo que o fundo suba, ele pode ter perdido relativamento as opcoes dentro do fundo que desvalorizaram em termos de volatilidade. A resposta de que ganha e perde num só sector de produto é dificil de visionar. Existem demasiados factores, demasiadas indústrias e não existe um forma linear de explicar uma coisa que parecia tão lógico no inicio deste forum: o cliente ganha e o MM perde e vice verso!
Agora sim, parece que já é mais fácil de vos explicar certas "atitudes" dos MM ou mesmo o porque de alguns warrants serem menos competitivos que outros, penso que os que leram os meus posts anteriores tem uma noção dos ricos nas carteiras dos MM. E agora sobre a situação de subjacentes portugueses, ou chamos-lhes subjacentes sem liquidez.
- é bastante fácil para o MM de fazer a cobertura Delta nos principais activos portugueses (PT, EDP, BCP).
- o risco da variacao do Delta (risco Gamma) também pode ser coberto com o subjacente. Por exemplo um Warrant com um Gamma de 0,5% indica que o delta do warrant sobe 0,5% se o subjacente subir 1%. Quer dizer se o subjacente subir 2% neste caso o delta sobe 1% e o MM tem que comprar/vender mais 1% do delta para ficar com a posicao sem risco. O problema é se o subjacente subir de uma forma muito brusca, como aconteuceu ontem no Nokia. Aí o MM com uma posicao Gamma negativa perderia muito dinheiro, embora pudesse fazer a cobertura com accoes da Nokia...mas seria tarde demais. Só serviria para remediar o mal. Para evitar perder dinheiro em tais situacoes e necessário cobrir o risco Gamma. Para cobrir o risco Gamma sobre warrants portugueses o MM tem que comprar/vender opções OTC (over the counter) com entidades (corretoras) Portuguesas, que muitas vezes oferecem um bid/ask spread de 5% a 7%. É por estas razões que a vol implicita nos warrants sobre activos portugueses tem que ser substancialmente mais elevado se for comparado a subjacentes com um mercado mais liquido. É mais uma vez o preço inerente do risco. Mas mesmo assim não quer dizer que comprando um warrant sobre a PT seja um mau negócio. Quanto mais alta a vol implicita, mais elasticidade tem o warrant (o que é positivo) mas mais alto é o valor temporal (que é negativo). Se a PT ter uma volatilidade de 20% durante o próximo ano e o warrant estar a vender com 50%, o mau negócio seria comprar hoje o warrant e esperar até a maturidade....o cliente perde todo o valor temporal. Mas se comprar hoje e a PT subir 2% e o investidor vender o warrants dentro de um, dois ou mesmo alguns dias mais ele pode ter um rendimento de 8 ou 10%...é sempre melhor que o subjacente.
O Ming disse que com afinal alguém tem que perder neste negócio. Claro, alguém perde sempre. Umas vezes é o investidor, outras o MM e outras vezes os outros MM que tb tem posições de derivados num subjacente. Normalmente um banco compra volatilidade em negócios que faz com clientes institucionais. Por exemplo fundos compram Reverse Convertibles (é o mesmo que vender uma put) ou vendem opções para ganharem o prémio e assim melhorarem a performance do fundo. Assim os bancos tem uma posição natural longo em muitos subjacentes. Como há muitos fundos portugueses os bancos internacionais tb tem muitas posicoes em accoes portuguesas. Quer dizer que o cliente que ganhe num warrant até pode perder ao mesmo tempo porque tem um fundo no qual se encontra a mesma accao. Mesmo que o fundo suba, ele pode ter perdido relativamento as opcoes dentro do fundo que desvalorizaram em termos de volatilidade. A resposta de que ganha e perde num só sector de produto é dificil de visionar. Existem demasiados factores, demasiadas indústrias e não existe um forma linear de explicar uma coisa que parecia tão lógico no inicio deste forum: o cliente ganha e o MM perde e vice verso!
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Derivatives:
Sim senhor, compreendo o teu ponto de vista, e acredito totalmente que alguns dos emitentes, sobre alguns dos warrants, façam esse tipo sofisticado de cobertura, e assim acabem por ganhar quase só nos spreads bid-ask e (sempre um pouco) na redução progressiva do valor temporal. Um negócio tipo utility, no fundo.
No entanto gostaria de colocar duas questões: A tí, se (ainda) tiveres paciência, ou a outro participante que queira responder.
1. Parece-me que há um problema "filosófico" de base nesse raciocínio: Partes do princípio que os emitentes de warrants eliminam os riscos de variação dos subjacentes (em termos de 1ª ,2ª e 3ª derivada, mas isso é irrelevante) passando o risco para a contraparte nos negócios de cobertura que realizam. Bom, mas com quem é que realizam esses negócios? Com outros institucionais, não? E esse outro institucional fica então com o risco respectivo nas mãos...
Ou seja: Não há volta a dar ao assunto: Se um investidor final adquire uma posição especulativa que lhe pode dar um ganho de (por exemplo) 100:1, com alguma probabilidade diferente de zero, alguém tem inevitavelmente de acabar por correr o risco simétrico (ou se preferires alguém acaba por ter de lhe pagar os ganhos, se ele ganhar a aposta...). Se é no princípio ou no fim de uma cadeia de intermediários acaba por não fazer muita diferença...
2. E em relação a warrants da PTC, ou PSI20 por exemplo?
Para estes subjacentes não existem todos esses instrumentos de cobertura, pois não?
E estes warrants não devem ter negócios a nível do conjunto da europa para daí resultar uma cobertura automática do risco do emitente através de tendências "de aposta" diferentes em cada mercado...
A gestão de warrants sobre subjacentes portugueses deve ter de ser feita numa óptica exclusivamente nacional (mesmo que seja realizada a partir de uma sede noutro ponto qualquer da europa...).
Assim, imagino que os problemas que refiro na minha nota anterior sejam reais sobre estes warrants nacionais, embora talvez não tanto sobre warrants do DAX, etc..
Sim senhor, compreendo o teu ponto de vista, e acredito totalmente que alguns dos emitentes, sobre alguns dos warrants, façam esse tipo sofisticado de cobertura, e assim acabem por ganhar quase só nos spreads bid-ask e (sempre um pouco) na redução progressiva do valor temporal. Um negócio tipo utility, no fundo.
No entanto gostaria de colocar duas questões: A tí, se (ainda) tiveres paciência, ou a outro participante que queira responder.
1. Parece-me que há um problema "filosófico" de base nesse raciocínio: Partes do princípio que os emitentes de warrants eliminam os riscos de variação dos subjacentes (em termos de 1ª ,2ª e 3ª derivada, mas isso é irrelevante) passando o risco para a contraparte nos negócios de cobertura que realizam. Bom, mas com quem é que realizam esses negócios? Com outros institucionais, não? E esse outro institucional fica então com o risco respectivo nas mãos...
Ou seja: Não há volta a dar ao assunto: Se um investidor final adquire uma posição especulativa que lhe pode dar um ganho de (por exemplo) 100:1, com alguma probabilidade diferente de zero, alguém tem inevitavelmente de acabar por correr o risco simétrico (ou se preferires alguém acaba por ter de lhe pagar os ganhos, se ele ganhar a aposta...). Se é no princípio ou no fim de uma cadeia de intermediários acaba por não fazer muita diferença...
2. E em relação a warrants da PTC, ou PSI20 por exemplo?
Para estes subjacentes não existem todos esses instrumentos de cobertura, pois não?
E estes warrants não devem ter negócios a nível do conjunto da europa para daí resultar uma cobertura automática do risco do emitente através de tendências "de aposta" diferentes em cada mercado...
A gestão de warrants sobre subjacentes portugueses deve ter de ser feita numa óptica exclusivamente nacional (mesmo que seja realizada a partir de uma sede noutro ponto qualquer da europa...).
Assim, imagino que os problemas que refiro na minha nota anterior sejam reais sobre estes warrants nacionais, embora talvez não tanto sobre warrants do DAX, etc..
Earthlings? Bah!
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Certíssimo Marco...!
MarcoAntonio Escreveu:Saliento mais uma vez que os warrants são, nalgumas situações, mais seguros e mais adequados, especialmente para determinadas estratégias ou abordagens.
A maior parte dos problemas que os investidores registam nos warrants derivam da sua má aplicação. Tentam fazer com eles aquilo que não dá (ou é extremamente difícil de fazer).
Só os warrants (e opções) permitem estratégias como o stradle e, ainda, os warrants (e opções) são mais adequados para cobertura de risco cambial (ou hedging) do que o Forex.
Como investimento autonomo (isolado) são de facto actualmente muito pouco atractivos perante a acessibilidade crescente a outros produtos como os CFD's, Forex e Futuros. Ainda assim, estes apresentam algumas desvantagens no sua mecânica de alavancagem (é mais difícil recuperar das perdas na mecânica baseada numa conta margem do que na mecanica de alavancagem dos warrants, além de outros pequenos pormenores como o efeito perverso dos Margin Calls qnd se recorre às alavancagens limite permitidas pelas corretoras, a linearidade das perdas versus a não linearidade nos warrants (cujas perdas se vão atenuando de forma algo semelhante ao que se passa com as acções).
Existe a ideia (errada) de que os Warrants são um jogo perdido à partida e quem se safa em warrants faría então bem melhor em Futuros ou CFD's. Não é verdade, o investimento em Futuros e CFD's está bem armadilhado com obstáculos que nalguns casos nem encontram paralelo nos warrants e nas opções e, no longo prazo, mais de 90% dos investidores em Futuros acaba por ir à falência (o Global Trader foi uma boa amostra do que pode acontecer em apenas algumas semanas, e nalguns casos, em apenas alguns dias ou horas!). É claro que os warrants têm tb as suas (sobejamente conhecidas) desvantagens...
Algumas dessas questões já foram abordadas no meu artigo sobre produtos alavancados mas ainda vou regressar ao tema com uma segunda parte que virá complementar o que já publiquei.
Uma coisa que é mais fácil de fazer nos warrants é o money management porque consigo fazer crescer a minha carteira exponencialmente com menos custo porque os warrants ficam muito mais "baratos" quando o mercado vai contra nós do que nos CFD's ou futuros.
Por exemplo, se comprar agora 10000 puts 3600 do DAX
a 0.3 (investindo 3000 EUR) e o mercado for contra mim 100 pontos (para a casa dos 4150) posso voltar a comprar 20000 a 0.15 (investindo os mesmos 3000 EUR) e, descendo assim o preço de aquisição de toda a carteira para 0.2. Basta agora que o mercado vá ao nosso encontro (por exemplo para a zona dos 4000) para conseguir um trade bem positivo. Isso é no fundo a técnica do preço médio que não deve ser usada nos futuros ou acções mas que, quanto a mim, deve ser usada nos warrants mas apenas a favor da tendência, nunca contra ela!
Excelente explicação, derivative !!
E eis a razão pela qual, os MM têm poucos activos subjacentes portugueses. Não há hipótese de fazer uma boa cobertura e garantia de delta zero.
Temos PTC, EDP, BCP e, novamente PTM. Já tivemos Sonae e já tivemos o índice PSI-20 !! Mas só as 3 primeiras podem dar boas garantias ao MM através do mercado de futuros, ou na compra em cash ou na venda short (eles são institucionais).
Como o índice PSI-20, por exemplo, tem pouco movimento e liquidez em futuros, parece-me que não lhes deve dar muita confiança...
Um abraço
dj
E eis a razão pela qual, os MM têm poucos activos subjacentes portugueses. Não há hipótese de fazer uma boa cobertura e garantia de delta zero.
Temos PTC, EDP, BCP e, novamente PTM. Já tivemos Sonae e já tivemos o índice PSI-20 !! Mas só as 3 primeiras podem dar boas garantias ao MM através do mercado de futuros, ou na compra em cash ou na venda short (eles são institucionais).
Como o índice PSI-20, por exemplo, tem pouco movimento e liquidez em futuros, parece-me que não lhes deve dar muita confiança...
Um abraço
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
As volatilidades são altas quando não existe mercado de opções com as mesmas características.
Por exemplo o DAX 4000C MAR04 do Commerz tem uma vol implicita de 20.072%/20.219%
A mesma opção tem a vol impl a 20.59%/21.16% Spread de 0.147% no warrant contra um spread 0.57% na opção. O warrant é mais competitivo.
É obvio que o MM tem que cobrir as posições que tem, já que ele é obrigado a comprar se o cliente assim o entender. O mercado portugues é o mais complicado porque quaso só existe day trading que entram e saim de uma posicao é muito pouco tempo. O MM tem que ter atenção com as coberturas se não pode perder dinheiro. Mas como vende warrants de mesmos subjacentes em vários paises tem muitas vezes posições opostas e assim a cobertura é feita automaticamente....a sinergia de ser multinacional é bastante favoravel nese sentido. Por exemplo o MM de um certo subjacente nao sabe se é o investidor portugues a comprar/vender os DAX ou o alemao etc. O MM ve a posicao total de todos os mercados e assim vai fazendo as suas coberturas. Por isso ele nao tem nenhum interesse de estar a manipular precos e ganhar uns tostoes enganando o pequeno investidor. o dinheiro é feito a longo termo com os spreads e quando for possivel com o valor temporal. mas o MM tambem pode perder dinheiro com o valor temporal. Para fazer cobertura do risko de gamma (movimentacao do delta) e do risko de vega (risko de volatilidade) o MM tem que tomar posicoes em outras opcoes ou warrants. Um exemplo:
O MM vende 1,000,000 warrants a 1 EUR com delta 50% sobre o DAX em Portugal. A sua posicao fica a seguinte:
short 50 futuros (=500,000 EUR)
short 10 EUR Gamma (cada movimento para cima ou para baixa do subjacente de 1% faz com que o MM perca 10 EUR)
short 50000 EUR Vega (cada subida de 1% na vol faz com que o MM perca 50,000 EUR ou ganhe 50,000 se a vol do mercado dexe 1%).
Para anular estes riscos de mercado o MM faz as seguintes transaccoes:
1) compra 50 futuros: fica sem risco delta = sem risco de movimentos do subjacente durante um curto periodo, porque se o subjacente movimentar 2% ou mais o delta tambem muda e o MM tem que ajustar o delta hedge (esta convexidade chama-se Gamma)
2) para anular o risco do movimento do delta o MM tem que comprar algumas opcoes ou warrants sobre o DAX no mercado. Ele vai comprar uma quantidade para anular os 10 EUR Gamma e 50,000 EUR Vega. Se nao encontrar exactamente a mesma opcao/warrant como aquele warrant que ele vendeu em Portugal fica com um perfil de risco nao exactamente identico como a posicao criada pela venda dos warrants DAX em Portugal. Neste caso o cliente perde valor temporal e o MM tambem! Sobre uma posicao de 1,000,000 EUR o theta (valor temporal) pode ser a volta de 5,000 EUR (0,5%) por dia. Para um day trader isto nao importa porque ele nao tem risco do valor temporal já que fecha as suas posicoe ao fim do dia. Acho que fica claro que a história de ser MM nao é tao simples como está em mente de muitas pessoas e para terminar a minha posicao digo bem claro:
Os warrants trazem grande vantagem ao mercado portugues. E um investimento alternativo. O investidor tem agora a possibilidade de ajustar os seus investimentos ao seu perfil de risco. O perfil de um investidor que investe tudo nos warrants deve ser uma pessoa que gosta de surfar ondas de 20 metros sobre rocha ou fazer paraquedismo sem paraquedas etc. Uma pessoa que gosta de beber um leitinho quente e ir dormir todos os dias as 9 horas é melhor deixar o dinheirinho na conta bancara (e ai sim, esta a ser roubado...e muito mais que nos negocios dos warrants!!!).
Em Portugal o principal objectivo é de educar os professionais do mercado, os bancarios que estao sentados no balcoes tem que saber explicar ao investidor que risco estes assumen com a compra de warrants. E nada é melhor que partipar neste forum, e ir investindo com pouco no inicio. o dinheiro que se vai perdendo pode ser visto com custos de formacao de investimento. so quando um investido entender o mercado como deve ser é deve assumir posicoes mais corajosas. Mas isto tudo demora alguns anos. Nao se esquecam que o mercado portugues é ainda muito novo. Na Alemanha (primeiro mercado de warrants no mundo) demorou muitos anos para as pessoas entenderem como funciona e hoje a maioria das pessoas ja investe em warrants. Alguns com sucesso outros sem, mas isto é preço do jogo. Alto risco é sempre para os dois lados, por isso: invistam em warrants com stop loss e nao tenham medo de sair da posicao se o mercado nao for para a direccao prevista. Perde-se um pouco neste caso mas se se acertar em 2 ou 3 apostas dentro de 10 negocios o return quase sempre é positivo.
Bons negócios a todos!
Por exemplo o DAX 4000C MAR04 do Commerz tem uma vol implicita de 20.072%/20.219%
A mesma opção tem a vol impl a 20.59%/21.16% Spread de 0.147% no warrant contra um spread 0.57% na opção. O warrant é mais competitivo.
É obvio que o MM tem que cobrir as posições que tem, já que ele é obrigado a comprar se o cliente assim o entender. O mercado portugues é o mais complicado porque quaso só existe day trading que entram e saim de uma posicao é muito pouco tempo. O MM tem que ter atenção com as coberturas se não pode perder dinheiro. Mas como vende warrants de mesmos subjacentes em vários paises tem muitas vezes posições opostas e assim a cobertura é feita automaticamente....a sinergia de ser multinacional é bastante favoravel nese sentido. Por exemplo o MM de um certo subjacente nao sabe se é o investidor portugues a comprar/vender os DAX ou o alemao etc. O MM ve a posicao total de todos os mercados e assim vai fazendo as suas coberturas. Por isso ele nao tem nenhum interesse de estar a manipular precos e ganhar uns tostoes enganando o pequeno investidor. o dinheiro é feito a longo termo com os spreads e quando for possivel com o valor temporal. mas o MM tambem pode perder dinheiro com o valor temporal. Para fazer cobertura do risko de gamma (movimentacao do delta) e do risko de vega (risko de volatilidade) o MM tem que tomar posicoes em outras opcoes ou warrants. Um exemplo:
O MM vende 1,000,000 warrants a 1 EUR com delta 50% sobre o DAX em Portugal. A sua posicao fica a seguinte:
short 50 futuros (=500,000 EUR)
short 10 EUR Gamma (cada movimento para cima ou para baixa do subjacente de 1% faz com que o MM perca 10 EUR)
short 50000 EUR Vega (cada subida de 1% na vol faz com que o MM perca 50,000 EUR ou ganhe 50,000 se a vol do mercado dexe 1%).
Para anular estes riscos de mercado o MM faz as seguintes transaccoes:
1) compra 50 futuros: fica sem risco delta = sem risco de movimentos do subjacente durante um curto periodo, porque se o subjacente movimentar 2% ou mais o delta tambem muda e o MM tem que ajustar o delta hedge (esta convexidade chama-se Gamma)
2) para anular o risco do movimento do delta o MM tem que comprar algumas opcoes ou warrants sobre o DAX no mercado. Ele vai comprar uma quantidade para anular os 10 EUR Gamma e 50,000 EUR Vega. Se nao encontrar exactamente a mesma opcao/warrant como aquele warrant que ele vendeu em Portugal fica com um perfil de risco nao exactamente identico como a posicao criada pela venda dos warrants DAX em Portugal. Neste caso o cliente perde valor temporal e o MM tambem! Sobre uma posicao de 1,000,000 EUR o theta (valor temporal) pode ser a volta de 5,000 EUR (0,5%) por dia. Para um day trader isto nao importa porque ele nao tem risco do valor temporal já que fecha as suas posicoe ao fim do dia. Acho que fica claro que a história de ser MM nao é tao simples como está em mente de muitas pessoas e para terminar a minha posicao digo bem claro:
Os warrants trazem grande vantagem ao mercado portugues. E um investimento alternativo. O investidor tem agora a possibilidade de ajustar os seus investimentos ao seu perfil de risco. O perfil de um investidor que investe tudo nos warrants deve ser uma pessoa que gosta de surfar ondas de 20 metros sobre rocha ou fazer paraquedismo sem paraquedas etc. Uma pessoa que gosta de beber um leitinho quente e ir dormir todos os dias as 9 horas é melhor deixar o dinheirinho na conta bancara (e ai sim, esta a ser roubado...e muito mais que nos negocios dos warrants!!!).
Em Portugal o principal objectivo é de educar os professionais do mercado, os bancarios que estao sentados no balcoes tem que saber explicar ao investidor que risco estes assumen com a compra de warrants. E nada é melhor que partipar neste forum, e ir investindo com pouco no inicio. o dinheiro que se vai perdendo pode ser visto com custos de formacao de investimento. so quando um investido entender o mercado como deve ser é deve assumir posicoes mais corajosas. Mas isto tudo demora alguns anos. Nao se esquecam que o mercado portugues é ainda muito novo. Na Alemanha (primeiro mercado de warrants no mundo) demorou muitos anos para as pessoas entenderem como funciona e hoje a maioria das pessoas ja investe em warrants. Alguns com sucesso outros sem, mas isto é preço do jogo. Alto risco é sempre para os dois lados, por isso: invistam em warrants com stop loss e nao tenham medo de sair da posicao se o mercado nao for para a direccao prevista. Perde-se um pouco neste caso mas se se acertar em 2 ou 3 apostas dentro de 10 negocios o return quase sempre é positivo.
Bons negócios a todos!
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Ovos:
Precisamente, e assim chupam quem investe nos warrants.
Acho que estamos quase a chegar a um consenso
:
Só falta convertermos aquilo a que tu chamas "grande conforto dos MM" para o ponto de vista de quem compra os warrants
,
e responder às falhas (ausências estratégicas...
) com que os MM brindam muitas vezes quem que negociar,
e às escolhas estratégicas (ou serão tácticas
) das volatilidades implícitas que vão fazendo variar como querem ao longo da vida do warrant,
e ao facto de tentarem vender os warrants autónomos como produtos de massas que são seguros "porque nunca se pode perder mais do que se investiu" (ao contrário dos futuros, etc.), quando na verdade estamos a falar de opções que são um produto bem mais sofisticado e difícil de perceber do que os futuros...
Precisamente, e assim chupam quem investe nos warrants.
Acho que estamos quase a chegar a um consenso

Só falta convertermos aquilo a que tu chamas "grande conforto dos MM" para o ponto de vista de quem compra os warrants

e responder às falhas (ausências estratégicas...

e às escolhas estratégicas (ou serão tácticas


e ao facto de tentarem vender os warrants autónomos como produtos de massas que são seguros "porque nunca se pode perder mais do que se investiu" (ao contrário dos futuros, etc.), quando na verdade estamos a falar de opções que são um produto bem mais sofisticado e difícil de perceber do que os futuros...
Earthlings? Bah!
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Ming é obvio que a volatilidade com que os MM cotam tem de ser mais elevada que o valor a que cotam a vol das opções com as mesmas caracteristicas do warrants senão abria possibilidades de arbitragem entre opções e warrants. A impossibilidade de se ter posições curtas em warrants é o grande conforto dos MM para puxarem a vol para os valores que quiserem.
ovos
ovos
"Quem comprou, comprou. Quem não comprou, comprasse."
E, claro, a questão da exagerada volatilida implícita colocada pela Pata é e será sempre a principal desvantagem dos warrants autónomos face às opções verdadeiras.
Os emitentes nunca tem a concorrência de que ache que eles estão a atribuir ao warrant um valor temporal exagerado e decida oferecer a mesma opção por um preço mais baixo...
Claro:
Quando muito podem não ter compradores de warrants ao preço a que estão a tentar vendê-los, mas isso é contrabalançado pela publicidade e pelo desconhecimento de muitos (maioria?) dos clientes...
Os emitentes nunca tem a concorrência de que ache que eles estão a atribuir ao warrant um valor temporal exagerado e decida oferecer a mesma opção por um preço mais baixo...
Claro:
Quando muito podem não ter compradores de warrants ao preço a que estão a tentar vendê-los, mas isso é contrabalançado pela publicidade e pelo desconhecimento de muitos (maioria?) dos clientes...
Earthlings? Bah!
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Esqueci-me de respoder à outra questão do Ovos Moles:
Então achas que os emitentes de warrants autónomos tem tão pouca confiança na formula de BS (e nas margens exageradas de volatilidade que utilizam, e nos spreads bid-ask, e na eficiência dos mercados), que tem de combrir a 100% (ou perto disso) todas as posições abertas pelos adquirentes de warrants?
Custa-me a acreditar.
Acho (imagino?) que em grande medida assumem o risco de serem uma contraparte efectiva (como qualquer vendedor de opções que acredita no que está a fazer).
Tanto mais que colocam no mercado warrants PUT e CALL sobre os mesmos subjacentes, que se contrabalançam e acabam por lhes permitir fazer cobertura (parcial) automática das posições abertas...
Então achas que os emitentes de warrants autónomos tem tão pouca confiança na formula de BS (e nas margens exageradas de volatilidade que utilizam, e nos spreads bid-ask, e na eficiência dos mercados), que tem de combrir a 100% (ou perto disso) todas as posições abertas pelos adquirentes de warrants?
Custa-me a acreditar.
Acho (imagino?) que em grande medida assumem o risco de serem uma contraparte efectiva (como qualquer vendedor de opções que acredita no que está a fazer).
Tanto mais que colocam no mercado warrants PUT e CALL sobre os mesmos subjacentes, que se contrabalançam e acabam por lhes permitir fazer cobertura (parcial) automática das posições abertas...
Earthlings? Bah!
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Derivatives Man..
"ai sim, a volatilidade intrinseca é bastante mais alta. Mas isto é absolutamente normal. O MM está a garantir liquidez num mercado que não tem liquidez e por isso ele tem que calcular os seus preços com atenção a este factor. Liquidez baixa = risko mais elevado e risko custa dinheiro....é por isso que pagamos por seguros e não recebemos dinheiro. "
Sim, foi disso exactamente que eu falei ontem à noite. A questão tem a ver com o facto exactamente dessa volatilidade implicita estar sempre muito acima da volatilidade histórica, descontando um prémio de risco exagerado, mas que naturalmente que do ponto de vista do MM é justo, lol, claroo!
Há alguma investigação académica feita acerca desta questão especificamente e com essa mesma conclusão (Manhout, insead)
"ai sim, a volatilidade intrinseca é bastante mais alta. Mas isto é absolutamente normal. O MM está a garantir liquidez num mercado que não tem liquidez e por isso ele tem que calcular os seus preços com atenção a este factor. Liquidez baixa = risko mais elevado e risko custa dinheiro....é por isso que pagamos por seguros e não recebemos dinheiro. "
Sim, foi disso exactamente que eu falei ontem à noite. A questão tem a ver com o facto exactamente dessa volatilidade implicita estar sempre muito acima da volatilidade histórica, descontando um prémio de risco exagerado, mas que naturalmente que do ponto de vista do MM é justo, lol, claroo!
Há alguma investigação académica feita acerca desta questão especificamente e com essa mesma conclusão (Manhout, insead)
Bom, isto está sempre a evoluir...
Derivatives:
Isso são boas informações, que eu não conhecia. Não sabia que os MM dos warrants autónomos iam ajustando (em permanência) as volatilidades implícitas ao longo da duração do warrant. Isso constitui uma boa desculpa (até talvez uma justificação algo plausível
) para reajustes súbitos e muito fortes do valor temporal.
No entanto a ideia de base mantem-se: É o MM que forma o preço. Só ele.
Isso é fundamentalmente diferente do que se passa com as opções. Mesmo que nas opções haja intervenientes que possam (por vezes) assumir as funções de MM, estão regulados pelas participações de todos os outros intervenientes no mercado (particulares, outros institucionais, etc.) que entram dos dois lados das opções e podem ter opiniões diferentes e conduzir os preços para outros valores.
Nos warrants isso depende exclusivamente do emitente (ok, a menos que houvesse tantos adquirentes que esgotassem a possibilidade do emitente fazer cobertura e obrigassem a seguir uma determida tendência a partir da própria pressão dos adquirentes de warrants, mas até isso me parece ilegítimo por parte do MM de um warrant autónomo...)
Ovos:
Basta o facto de a fórmula utilizar uma componente fundamental (com um peso enorme na formação do valor total) que é inteiramente incalculável (e portanto corresponde a uma opinião casuística de cada utilizador da formula) para que não tenha valor...
(Na minha opinião claro...)

Derivatives:
Isso são boas informações, que eu não conhecia. Não sabia que os MM dos warrants autónomos iam ajustando (em permanência) as volatilidades implícitas ao longo da duração do warrant. Isso constitui uma boa desculpa (até talvez uma justificação algo plausível

No entanto a ideia de base mantem-se: É o MM que forma o preço. Só ele.
Isso é fundamentalmente diferente do que se passa com as opções. Mesmo que nas opções haja intervenientes que possam (por vezes) assumir as funções de MM, estão regulados pelas participações de todos os outros intervenientes no mercado (particulares, outros institucionais, etc.) que entram dos dois lados das opções e podem ter opiniões diferentes e conduzir os preços para outros valores.
Nos warrants isso depende exclusivamente do emitente (ok, a menos que houvesse tantos adquirentes que esgotassem a possibilidade do emitente fazer cobertura e obrigassem a seguir uma determida tendência a partir da própria pressão dos adquirentes de warrants, mas até isso me parece ilegítimo por parte do MM de um warrant autónomo...)
Ovos:
Basta o facto de a fórmula utilizar uma componente fundamental (com um peso enorme na formação do valor total) que é inteiramente incalculável (e portanto corresponde a uma opinião casuística de cada utilizador da formula) para que não tenha valor...
(Na minha opinião claro...)
Earthlings? Bah!
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Ming, já vi que não gostas de warrants e que preferes opções, ai eu tb concordo (apesar de gostar tb dos warrants) agora dizer que a formula de B&S não tem valor, gostava que me traduzisses a vol implicita de uma opção sem teres a informação que foi prestada por estes prestigiados premios nobel. Já agora, achas mesmo que os MM ganham dinheiro com a perda ou ganho de um investidor? Desculpa la mas isso é tremendamente erroneo. Dessa forma o risco do emitente era brutal, quebrava por completo todas as expectativas de VAR. Vou dar o exemplo de um warrant da PTC, com a paridade 1/1 e um delta de 0.95. Um investidor que compre 1.000 call Warrants da PTC, o emitente vende os warrants e fica em risco com 950 PTC como tal vai ao mercado e compra essas 950. Quando o investidor vender os 1.000 warrants, não duvides que o MM vai vender as 950. Ok, agora perguntas qual o negocio do MM. O negocio vai-se retratar no spread a que vende o warrant, no VT e na volatilidade com que cota, nem mais nem menos.
Um abraço
Ovos Moles
Um abraço
Ovos Moles
"Quem comprou, comprou. Quem não comprou, comprasse."
A formula BS é a maneira oficial de calcular os preços de warrants plain vanilla. Se um preço de um warrant por um emitente não corresponder ao preço de uma opção com as mesmas características, então aí o MM está a utilizar ou uma volatilidade implicita diferente, ou um dividend yield diferente...ou estas duas ao mesmo tempo. Aliás, sao estes os dois únicos factores desconhecidos que tem influencia sobre o valor de um warrant.
Se formos ver warrants sobre subjacentes sobre quais existe um mercado de opções com liquidez verificarão que os valores são bastante parecidos. Se não existir um mercado de opções com liquidez ou sem profundidade em ofertas de maturidades e strikes, ai sim, a volatilidade intrinseca é bastante mais alta. Mas isto é absolutamente normal. O MM está a garantir liquidez num mercado que não tem liquidez e por isso ele tem que calcular os seus preços com atenção a este factor. Liquidez baixa = risko mais elevado e risko custa dinheiro....é por isso que pagamos por seguros e não recebemos dinheiro.
E não se esquessam que o mercado de opções só tem liquidez porque há bancos a comprarem e venderem posições. Quer dizer que para o mercado de opções tb existem market makers.... e eses trabalham bastante perto dos MM para o mercado de warrants. Por exemplos quando o MM dos warrants baixa a volatilidade dos warrants é porque alguém dos mercados das opções lhe diz que já não lhe pode vender cobertura ao preço que ele vende os warrants.
Li mais um comentário sobre a volatilidade histórica e a implicita. Não tem nada a ver. A vol histórica é passado. Existe um vol historica dos últimos 10 dias, 20 dias, 1 mes, 6 meses, 1 ano etc. E que é que isto nos diz? A mesma coisa que nos diz que a Deutsche Bank cotava a 40 Eur ha alguma tempo atras e agora está a 64 EUR....mas a quanto vai estar de aqui a um ano?? Se soubesse não estava no sitio onde estou mas sim a apanhar sol o ano inteiro
A volatilidade é um valor negociável. Há pessoas que passam o dia inteiro a comprar e vender vol. Tentam comprar vol quando acham que está baixa e vender quando acham que está cara. A vol é um valor 3-dimensional. 1) volatilidade tem um valor em %, 2) varia com o strike em relação ao preço do subjacente (p.ex strike 90% = a um strike de 90 sobre um subjacente que cota 100) e 3) a maturidade. Com cada variação destes factores o preço da vol muda. Por exemplo o gráfico da volatilidade de uma opção/warrant de vários strikes sobre o mesmo subjacente chama-se volatility smile. A volatilidade está a mudar com cada segundo que passa. Por isso se os MM só mudam a vol tão poucas vezes é porque querem dar estabilidade ao mercado...mas tem que mudar-la, se não o fizessem seriam maos MM. Os preços tem que ser corretos. Se a vol baixa, os MM DEVEM baixar a vol implicita nos warrants como tb devem subir a vol implicita quando a vol sobe no mercado. Neste momento estamos com um nível de vols implicitas bastante baixas comparando as vol historicas. Assim quem acredita que as vols vao subir no futuro deve comprar um warrant e vender o delta (long gamma position) o comprar um put e um call sobe o mesmo subjacente com os mesmos strikes e maturidade (long straddle)...assime nao se tem que importar com o movimento do subjacente mas ganha sempre no caso que a vol implicita suba de valor (ambos os puts e calls aumentam de valor com a subida da vol).
Enquanto a opções exóticas. São basicamente um conjunto de opcoes plain vanilla num só contrato... o payoff na maturidade é que é diferente do habitual (strike-subjacente numa putou subjacente-strike num call). Os exóticos sao muito dificil de entender e muito mais dificil de calcular o preco. Enquanto um banco calcula o preco de um plain vanilla em segundos pode necessitar horas ou dias para calcular o preco de um exótico. Os exóticos muitas vezes incluem cestos de accoes como subjacentes e é necessario calcular a correlacao entre todos os casos. O preco final é calculado usando a analise Monte Carlo. Em Portugal existem produtos exóticos. Só que os investidore não sabem que estao comprando uma opcao Himalaya quando compram uma pariticapação num fundo do BPI ou BES ou qualquer outro banco.
Espero que pude esclarecer algumas coisas e já estou curioso de ver a resposta do nosso amigo Ming
Se formos ver warrants sobre subjacentes sobre quais existe um mercado de opções com liquidez verificarão que os valores são bastante parecidos. Se não existir um mercado de opções com liquidez ou sem profundidade em ofertas de maturidades e strikes, ai sim, a volatilidade intrinseca é bastante mais alta. Mas isto é absolutamente normal. O MM está a garantir liquidez num mercado que não tem liquidez e por isso ele tem que calcular os seus preços com atenção a este factor. Liquidez baixa = risko mais elevado e risko custa dinheiro....é por isso que pagamos por seguros e não recebemos dinheiro.
E não se esquessam que o mercado de opções só tem liquidez porque há bancos a comprarem e venderem posições. Quer dizer que para o mercado de opções tb existem market makers.... e eses trabalham bastante perto dos MM para o mercado de warrants. Por exemplos quando o MM dos warrants baixa a volatilidade dos warrants é porque alguém dos mercados das opções lhe diz que já não lhe pode vender cobertura ao preço que ele vende os warrants.
Li mais um comentário sobre a volatilidade histórica e a implicita. Não tem nada a ver. A vol histórica é passado. Existe um vol historica dos últimos 10 dias, 20 dias, 1 mes, 6 meses, 1 ano etc. E que é que isto nos diz? A mesma coisa que nos diz que a Deutsche Bank cotava a 40 Eur ha alguma tempo atras e agora está a 64 EUR....mas a quanto vai estar de aqui a um ano?? Se soubesse não estava no sitio onde estou mas sim a apanhar sol o ano inteiro

A volatilidade é um valor negociável. Há pessoas que passam o dia inteiro a comprar e vender vol. Tentam comprar vol quando acham que está baixa e vender quando acham que está cara. A vol é um valor 3-dimensional. 1) volatilidade tem um valor em %, 2) varia com o strike em relação ao preço do subjacente (p.ex strike 90% = a um strike de 90 sobre um subjacente que cota 100) e 3) a maturidade. Com cada variação destes factores o preço da vol muda. Por exemplo o gráfico da volatilidade de uma opção/warrant de vários strikes sobre o mesmo subjacente chama-se volatility smile. A volatilidade está a mudar com cada segundo que passa. Por isso se os MM só mudam a vol tão poucas vezes é porque querem dar estabilidade ao mercado...mas tem que mudar-la, se não o fizessem seriam maos MM. Os preços tem que ser corretos. Se a vol baixa, os MM DEVEM baixar a vol implicita nos warrants como tb devem subir a vol implicita quando a vol sobe no mercado. Neste momento estamos com um nível de vols implicitas bastante baixas comparando as vol historicas. Assim quem acredita que as vols vao subir no futuro deve comprar um warrant e vender o delta (long gamma position) o comprar um put e um call sobe o mesmo subjacente com os mesmos strikes e maturidade (long straddle)...assime nao se tem que importar com o movimento do subjacente mas ganha sempre no caso que a vol implicita suba de valor (ambos os puts e calls aumentam de valor com a subida da vol).
Enquanto a opções exóticas. São basicamente um conjunto de opcoes plain vanilla num só contrato... o payoff na maturidade é que é diferente do habitual (strike-subjacente numa putou subjacente-strike num call). Os exóticos sao muito dificil de entender e muito mais dificil de calcular o preco. Enquanto um banco calcula o preco de um plain vanilla em segundos pode necessitar horas ou dias para calcular o preco de um exótico. Os exóticos muitas vezes incluem cestos de accoes como subjacentes e é necessario calcular a correlacao entre todos os casos. O preco final é calculado usando a analise Monte Carlo. Em Portugal existem produtos exóticos. Só que os investidore não sabem que estao comprando uma opcao Himalaya quando compram uma pariticapação num fundo do BPI ou BES ou qualquer outro banco.
Espero que pude esclarecer algumas coisas e já estou curioso de ver a resposta do nosso amigo Ming

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Bom, ainda não tinha lido a explicação do (novo participante registado
) DerivativesMan sobre a tal questão do valor temporal negativo: resumia-se tudo a ter de converter o preço para euros e o valor temporal afinal era positivo...
Nessa questão limitei-me a aceitar o facto, não directamente observado por mim. É menos uma (potencial) falha dos MM dos warrats autónomos! (Um ponto para os defensores dos warrants...
)
Mas a questão do ajuste (entre dois dias adjacentes) do valor temporal para menos uns 20% observei-a directamente (tinha uma posições virtual nesse warrant, no jogo que estava a jogar) e não tenho dúvidas dela... (Tenho pena de neste momento já não ter dados para dizer quando, qual o emissor, qual o warrant concreto.) E acho que esse caso me chega para não estar interessado em os utilizar.
(Mas estou menos convencido do que inicialmente, reconheço.)


Nessa questão limitei-me a aceitar o facto, não directamente observado por mim. É menos uma (potencial) falha dos MM dos warrats autónomos! (Um ponto para os defensores dos warrants...

Mas a questão do ajuste (entre dois dias adjacentes) do valor temporal para menos uns 20% observei-a directamente (tinha uma posições virtual nesse warrant, no jogo que estava a jogar) e não tenho dúvidas dela... (Tenho pena de neste momento já não ter dados para dizer quando, qual o emissor, qual o warrant concreto.) E acho que esse caso me chega para não estar interessado em os utilizar.
(Mas estou menos convencido do que inicialmente, reconheço.)
-
Visitante
JAS:
Esse parece-me um bom argumento.
No entanto, há detalhes que complicam as coisas, como a questão bem conhecida de colocarem à partida o valor temporal num patamar demasiado alto. A diminuição progressiva desse valor temporal beneficia sempre o lado deles ou o facto de em alturas chave poderem sair do mercado por uns tempos.
Além disso eles sabem quantas posições estão abertas em cada contrato, e podem "jogar" com isso.
Imagina:
Se há muitas posições abertas diminuem o valor temporal fazendo com as posições de todos os detentores percam valor. Se depois alguns detentores fecham posições, aproveitam para não descer (ou até subir!) o valor temporal, o que com menos posições abertas lhes custa menos, e faz com que quem entrar depois volte a ter de pagar mais por cada posição que abra...
Claro que num mundo perfeito isto nunca ocorreria, e os warrants autónomos até seriam um instrumento interessante (com o único senão de serem vendidos como uma coisa simples, acessível e segura a pessoas que não sabem bem em que tipo de instrumento é que se estão a meter - mas isso será um problema de responsabilidade pessoal de cada investidor).
Acontece que o mundo é altamente imperfeito, e os nossos emitentes e reguladores do mercado ainda são mais:
Viste o post de ontem sobre warrants autónomos com valor temporal negativo? Como é possível ter um valor temporal negativo se o preço deveria ser formado com base na formula de BS? E isso ocorre de facto...
E eu já acompanhei (durante um jogo de bolsa) valores de warrants que entre o fecho de um dia e a abertura do dia seguinte, sem variação do subjacente e a meses do exercício, sofreram uma perda de 20% do valor temporal. Como é que isso é possível?
Portanto:
Ok, os warrants autónomos não são talvez tão mauzinhos como alguns (incluindo eu
) os estavamos "a pintar", mas tem tantas deficiências (conceptuais e principalmente práticas) que só devem ser usados por quem realmente sabe no que se está a meter (o que os invalidam totalmente como produto de massas) e, mesmo para esses raros especialistas, só devem ser usados com os maiores cuidados...
Esse parece-me um bom argumento.
No entanto, há detalhes que complicam as coisas, como a questão bem conhecida de colocarem à partida o valor temporal num patamar demasiado alto. A diminuição progressiva desse valor temporal beneficia sempre o lado deles ou o facto de em alturas chave poderem sair do mercado por uns tempos.
Além disso eles sabem quantas posições estão abertas em cada contrato, e podem "jogar" com isso.
Imagina:
Se há muitas posições abertas diminuem o valor temporal fazendo com as posições de todos os detentores percam valor. Se depois alguns detentores fecham posições, aproveitam para não descer (ou até subir!) o valor temporal, o que com menos posições abertas lhes custa menos, e faz com que quem entrar depois volte a ter de pagar mais por cada posição que abra...
Claro que num mundo perfeito isto nunca ocorreria, e os warrants autónomos até seriam um instrumento interessante (com o único senão de serem vendidos como uma coisa simples, acessível e segura a pessoas que não sabem bem em que tipo de instrumento é que se estão a meter - mas isso será um problema de responsabilidade pessoal de cada investidor).
Acontece que o mundo é altamente imperfeito, e os nossos emitentes e reguladores do mercado ainda são mais:
Viste o post de ontem sobre warrants autónomos com valor temporal negativo? Como é possível ter um valor temporal negativo se o preço deveria ser formado com base na formula de BS? E isso ocorre de facto...
E eu já acompanhei (durante um jogo de bolsa) valores de warrants que entre o fecho de um dia e a abertura do dia seguinte, sem variação do subjacente e a meses do exercício, sofreram uma perda de 20% do valor temporal. Como é que isso é possível?
Portanto:
Ok, os warrants autónomos não são talvez tão mauzinhos como alguns (incluindo eu

-
Visitante
warrants
Ming Escreveu:Assim, continua a ser verdade que:
As opções são honestas porque o mercado se encarrega de formar os seus preços dos dois lados da barricada.
Os warrants autónomos não são, pois são opções unilaterais em que o emitente é sempre o vendedor da opção, é sempre a contraparte do comprador em qualquer negócio subsequente, e SIMULTANEAMENTE, decide o preço a que esses negócios podem ir sendo realizados (até ao momento final do exercício em que, aí sim, existe uma forma insofismável de calcular o preço justo do warrant...).
eheheh... entretanto tu respondes sem eu ter visto e o meu post anterior até parece deslocado...
Ora bem, voltemos à fixação dos preços pelo MM e admitamos que ele tem uma "certa liberdade" em fixar os preços.
Sendo assim suponhamos que ele desloca a sua compra para valores abaixo do normal.
Está a enganar-nos dizes tu.
Pois bem eu digo que não e a razão é simples: O diferencial entre o bid/ask está tabelado e isso obriga-lo-ia a também vender mais barato. Tu comprarias mais barato...
Numa situação extrema se ele vendesse barato demais, e com alguns milhões, até poderias esgotar a venda e esperar pela maturidade. Acabavas com o negócio dos spreads pois não haveria mais negociação e deixarias o MM em muito maus lençois se acertasses na direcção do movimento e a subida do valor intrinseco compensasse a perda do valor temporal.
(O contrário é idênticamente verdade pois toda a gente venderia e ninguém lhe comprava o produto)
JAS
Depois do jantar e já meio grogue, queria concordar com o que disse o djovarius no sentido de que "o truque" que efectivamente é utilizado pelos market makers de warrants ter a ver sempre com o facto da volatilidade implicita usada no princing ser sempre significativamente superior à volatilidade histórica. Significa isto que o prémio de risco é portanto exagerado. Num mercado em que os warrants fossem shortaveis, tenderia a haver uma maior aproximação dos dois valores. No nosso isso não é possivel e há, tem havido, um bias de pricing que favorece o market maker. Concordarei que o MM nao tem interesse em que o cliente perca, mas o facto é que existe um spread considerado por muitos como extremamente exagerado relativamente á volatilidade histórica. O cem tem escrito inúmeras vezes acerca desta questão...
warrants
djovarius Escreveu:O grande problema é a volatilidade implícita, pelo que devemos procurar os produtos que estejam com ela baixa, pois hoje o mercado está com a vols muito baixa em termos históricos.
Bom parece que há mais adeptos de warrants que já responderam ao Ming.
Por isso pego na frase do Djovarius para falar um pouco da volatilidade.
É um facto que os warrants emitidos pelo BCP são caros quando comparados com os do CB ou CZ e é por isso que tenho preferido estes últimos.
Agora que passei a utilizar o ab7 verifico que o site é dos melhores para obtermos informações sobre warrants. Muito melhor que o millennium que também utilizo. Inclusivamente permite obter rapidamente um quadro resumo com todos os warrants sobre determinado activo subjacente e as respectivas volatilidades.
Outro quadro giro é o "grid" que nos dá cotações e volatilidades para variações do activo e variações temporais.
JAS
Muito bem, é sempre um prazer responder a uma resposta séria. (Já agora, porque não te registas?)
Indo ao conteúdo da tua resposta, dizes que:
Só que essa questão da formula ainda não tinha sido discutida, e eu nunca lhe tinha feito qualquer referência...
O que disseste na tua primeira nota foi:
Ou seja, referías-te a coisas inteiramente corretas que eu disse na nota imediatamente anterior. Certo?
Quanto à questão da formula, nunca fiz afirmações sobre ela, apenas perguntas. E, volto a referir, essa foi uma questão que apareceu depois.
Pois bem: Em relação a isso, conheço a formula de Black & Scholes, que lhes deu o prémio nobel. No entanto atribuo-lhe um valor muito reduzido.
(By the way: Tambem atribuo um valor MUITO reduzido aos prémios nobel em sí mesmos, sejam de que área forem...)
Em qualquer caso, se essa formula é usada por eles e divulgada pela CMVM como sendo a base do cálculo do valor dos warrants em causa (não vou verificar, mas acredito), isso continua a deixar a formação do preço funcionar de forma discrecionária (nas mãos da vontade dos MM), quanto mais não seja pelo valor de volatilidade esperada, que referes, ser decidido, basicamente, à vontade do MM.
Além disso, como eu já observei, há variações de valor que não podem ser explicadas por uma aplicação honesta da formula de BS. (A não ser que a recalculem quando lhes apetece, mudando os parâmetros para os valores que lhes interessam, para ajustarem quando querem os valores dos warrants.)
PORTANTO, independentemente de existir uma fórmula publicada ou não, isso torna-se na prática irrelevante.
Assim, continua a ser verdade que:
As opções são honestas porque o mercado se encarrega de formar os seus preços dos dois lados da barricada.
Os warrants autónomos não são, pois são opções unilaterais em que o emitente é sempre o vendedor da opção, é sempre a contraparte do comprador em qualquer negócio subsequente, e SIMULTANEAMENTE, decide o preço a que esses negócios podem ir sendo realizados (até ao momento final do exercício em que, aí sim, existe uma forma insofismável de calcular o preço justo do warrant...).
Indo ao conteúdo da tua resposta, dizes que:
Quando eu disse que estava tudo errado o que dizias referia-me sobre a formula dos emitentes no negócio dos warrants.
Só que essa questão da formula ainda não tinha sido discutida, e eu nunca lhe tinha feito qualquer referência...
O que disseste na tua primeira nota foi:
Ming, desculpa, mas está tudo mal o que dizes. Se os Market Makers perdessem quando o investidor ganha e vice verse, porque é que ...
Ou seja, referías-te a coisas inteiramente corretas que eu disse na nota imediatamente anterior. Certo?
Quanto à questão da formula, nunca fiz afirmações sobre ela, apenas perguntas. E, volto a referir, essa foi uma questão que apareceu depois.
Pois bem: Em relação a isso, conheço a formula de Black & Scholes, que lhes deu o prémio nobel. No entanto atribuo-lhe um valor muito reduzido.
(By the way: Tambem atribuo um valor MUITO reduzido aos prémios nobel em sí mesmos, sejam de que área forem...)
Em qualquer caso, se essa formula é usada por eles e divulgada pela CMVM como sendo a base do cálculo do valor dos warrants em causa (não vou verificar, mas acredito), isso continua a deixar a formação do preço funcionar de forma discrecionária (nas mãos da vontade dos MM), quanto mais não seja pelo valor de volatilidade esperada, que referes, ser decidido, basicamente, à vontade do MM.
Além disso, como eu já observei, há variações de valor que não podem ser explicadas por uma aplicação honesta da formula de BS. (A não ser que a recalculem quando lhes apetece, mudando os parâmetros para os valores que lhes interessam, para ajustarem quando querem os valores dos warrants.)
PORTANTO, independentemente de existir uma fórmula publicada ou não, isso torna-se na prática irrelevante.
Assim, continua a ser verdade que:
As opções são honestas porque o mercado se encarrega de formar os seus preços dos dois lados da barricada.
Os warrants autónomos não são, pois são opções unilaterais em que o emitente é sempre o vendedor da opção, é sempre a contraparte do comprador em qualquer negócio subsequente, e SIMULTANEAMENTE, decide o preço a que esses negócios podem ir sendo realizados (até ao momento final do exercício em que, aí sim, existe uma forma insofismável de calcular o preço justo do warrant...).
Earthlings? Bah!
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Eu decidi participar para apoiar o que disse agora o derivative man.
O MM nada tem a ganhar com as nossas perdas. Acabava-se o negócio.
O negócio do MM é o spread e o valor temporal, mais nada. São opções perfeitamente normais, iguais às que existem em todo o mundo.
Se pesquisarem um trabalho meu nas Colheradas, verão que existem coisas ainda mais estranhas, chamadas warrants exóticos, mas ainda não as há em Portugal.
Na Alemanha, França, África do Sul, Austrália, etc, os warrants vanilla ou exóticos têm muito sucesso.
O MM emite Calls e Puts sobre um activo porque tem um tipo de cobertura, quer através do mesmo, quer através de outros derivados ou futuros que lhe permite manter um delta zero sobre cada warrant.
De uma forma tosca, poderia dizer que se o pessoal comprar Calls, ele "compra" o activo e vice-versa para os Puts. É tudo feito electronicamente e é automático. Quando nós compramos Calls DAX e ele, activo, se valoriza em 10 minutos, nós ganhamos. E o MM também pelo spread de compra e venda. Tão simples quanto isto. E ganha a Euronext e a corretora.
Se o MM estiver fora do mercado, deixa de ganhar, ele também é prejudicado se vendermos um warrant nosso a outro comprador que esteja lá sem ser o MM, pois não vai enbolsar o spread. Será que é difícil de entender o funcionamento das opções??
O grande problema é a volatilidade implícita, pelo que devemos procurar os produtos que estejam com ela baixa, pois hoje o mercado está com a vols muito baixa em termos históricos.
Nesse aspecto, gosto dos warrants sobre divisas pois mantêm-na muito constante.
Um abraço
djovarius
O MM nada tem a ganhar com as nossas perdas. Acabava-se o negócio.
O negócio do MM é o spread e o valor temporal, mais nada. São opções perfeitamente normais, iguais às que existem em todo o mundo.
Se pesquisarem um trabalho meu nas Colheradas, verão que existem coisas ainda mais estranhas, chamadas warrants exóticos, mas ainda não as há em Portugal.
Na Alemanha, França, África do Sul, Austrália, etc, os warrants vanilla ou exóticos têm muito sucesso.
O MM emite Calls e Puts sobre um activo porque tem um tipo de cobertura, quer através do mesmo, quer através de outros derivados ou futuros que lhe permite manter um delta zero sobre cada warrant.
De uma forma tosca, poderia dizer que se o pessoal comprar Calls, ele "compra" o activo e vice-versa para os Puts. É tudo feito electronicamente e é automático. Quando nós compramos Calls DAX e ele, activo, se valoriza em 10 minutos, nós ganhamos. E o MM também pelo spread de compra e venda. Tão simples quanto isto. E ganha a Euronext e a corretora.
Se o MM estiver fora do mercado, deixa de ganhar, ele também é prejudicado se vendermos um warrant nosso a outro comprador que esteja lá sem ser o MM, pois não vai enbolsar o spread. Será que é difícil de entender o funcionamento das opções??
O grande problema é a volatilidade implícita, pelo que devemos procurar os produtos que estejam com ela baixa, pois hoje o mercado está com a vols muito baixa em termos históricos.
Nesse aspecto, gosto dos warrants sobre divisas pois mantêm-na muito constante.
Um abraço
djovarius
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