Divida publica portuguesa - resultado dos leilões
Tridion Escreveu:mais_um Escreveu:AutoMech Escreveu:Os bancos já devem estar a fazer pressão para que as taxas não sejam elevadas, senão é uma sangria de depósitos.
Pois, eu substitui os DP a 3 meses por certificados de Aforro.
Os certificados de Aforro Série B?
Obrigado.
A serie B já não está disponivel, é serie C:
http://www.igcp.pt/fotos/editor2/2013/C ... al_CPP.pdf
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
- Mensagens: 2386
- Registado: 29/11/2007 2:35
- Localização: Coimbra
AutoMech Escreveu:Os bancos já devem estar a fazer pressão para que as taxas não sejam elevadas, senão é uma sangria de depósitos.
Pois, eu substitui os DP a 3 meses por certificados de Aforro.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
manchini Escreveu:Boas,
É impressão minha ou Portugal pagou menos que a Espanha para 12 meses?
Manchini
Não é impressão tua, Portugal pagou menos para 12 meses, mas esse leilão espanhol já tem 8 dias, para 3 meses a Espanha pagou ontem 0,445.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Resultado dos leilões de hoje:
BT a 3 meses:
0,737
BT a 12 meses:
1,277
Fonte:
http://www.igcp.pt/fotos/editor2/2013/R ... T_2013.xls
A de 3 meses subiu, a de 12 meses desceu, comparando com os leilões anteriores.
BT a 3 meses:
0,737
BT a 12 meses:
1,277
Fonte:
http://www.igcp.pt/fotos/editor2/2013/R ... T_2013.xls
A de 3 meses subiu, a de 12 meses desceu, comparando com os leilões anteriores.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Estado conta emitir dívida para o retalho dentro de três meses
Rui Barroso e António Costa
20/02/13 10:11
O presidente do IGCP, João Moreira Rato, quer seguir os passos das empresas portuguesas que fizeram emissões de dívida para o retalho.
O IGCP quer aumentar o peso dos investidores de retalho no financiamento do Estado e considera que há uma falta de oferta de poupança que o Estado pode aproveitar. "O IGCP tenciona explorar o segmento" de poupança acima de um ano, revelou o presidente da agência que gere o crédito público, João Moreira Rato, no II Fórum de Crédito e Educação Financeira organizado pelo Diário Económico. Os novos instrumentos de poupança do Estado para o retalho deverão ser conhecidos nos próximos três a quatro meses.
O responsável considera que a prazos acima de um ano há uma oferta limitada a nível de depósitos, um dos instrumentos de poupança predilecto dos portugueses. "Houve no ano passado uma tendência das empresas em aproveitarem esta falta de oferta e o IGCP tenciona explorar esse segmento", revelou João Moreira Rato.
O presidente do IGCP considera que na estratégia de regresso aos mercados é "muito importante diversificar as fontes de financiamento e captar vários tipos de poupança". Além do financiamento através de obrigações e bilhetes do tesouro e de colocações privadas de dívida que poderão vir a acontecer, o IGCP conta com os investidores de retalho. "O peso do retalho na dívida directa do Estado em vindo a diminuir desde 2007 e julgo que isso não faz sentido. Tem de ter um papel mais importante", defendeu João Moreira Rato.
O IGCP ainda está a estudar que tipo de instrumento para o retalho poderá lançar, colocando a hipótese de lançar produtos com taxa fixa, juros crescentes ou, baseado no caso irlandês, lançar obrigações em que serão feitos sorteios para atribuir prémios aos seus detentores.
Rui Barroso e António Costa
20/02/13 10:11
O presidente do IGCP, João Moreira Rato, quer seguir os passos das empresas portuguesas que fizeram emissões de dívida para o retalho.
O IGCP quer aumentar o peso dos investidores de retalho no financiamento do Estado e considera que há uma falta de oferta de poupança que o Estado pode aproveitar. "O IGCP tenciona explorar o segmento" de poupança acima de um ano, revelou o presidente da agência que gere o crédito público, João Moreira Rato, no II Fórum de Crédito e Educação Financeira organizado pelo Diário Económico. Os novos instrumentos de poupança do Estado para o retalho deverão ser conhecidos nos próximos três a quatro meses.
O responsável considera que a prazos acima de um ano há uma oferta limitada a nível de depósitos, um dos instrumentos de poupança predilecto dos portugueses. "Houve no ano passado uma tendência das empresas em aproveitarem esta falta de oferta e o IGCP tenciona explorar esse segmento", revelou João Moreira Rato.
O presidente do IGCP considera que na estratégia de regresso aos mercados é "muito importante diversificar as fontes de financiamento e captar vários tipos de poupança". Além do financiamento através de obrigações e bilhetes do tesouro e de colocações privadas de dívida que poderão vir a acontecer, o IGCP conta com os investidores de retalho. "O peso do retalho na dívida directa do Estado em vindo a diminuir desde 2007 e julgo que isso não faz sentido. Tem de ter um papel mais importante", defendeu João Moreira Rato.
O IGCP ainda está a estudar que tipo de instrumento para o retalho poderá lançar, colocando a hipótese de lançar produtos com taxa fixa, juros crescentes ou, baseado no caso irlandês, lançar obrigações em que serão feitos sorteios para atribuir prémios aos seus detentores.
- Mensagens: 35428
- Registado: 5/11/2002 12:21
- Localização: Barlavento
Leilão hoje às 10h30m
O IGCP, E.P.E. anuncia dois leilões de Bilhetes do Tesouro para o dia 20 de fevereiro de 2013
O IGCP, E.P.E. vai realizar no próximo dia 20 de fevereiro pelas 10:30 horas dois leilões das linhas de BT com maturidade em maio 2013 (BT17MAI2013) e em fevereiro de 2014 (BT21FEV2014), com um montante indicativo global entre EUR 1250 milhões e EUR 1500 milhões.
IGCP, E.P.E., 14 de fevereiro de 2013
O IGCP, E.P.E. vai realizar no próximo dia 20 de fevereiro pelas 10:30 horas dois leilões das linhas de BT com maturidade em maio 2013 (BT17MAI2013) e em fevereiro de 2014 (BT21FEV2014), com um montante indicativo global entre EUR 1250 milhões e EUR 1500 milhões.
IGCP, E.P.E., 14 de fevereiro de 2013
- Mensagens: 145
- Registado: 27/10/2008 12:15
- Localização: 4
Considero a operação bastante positiva principalmente por isto:
apenas 9% foi comprada por bancos (eventualmente para usar junto do BCE) e o restante foi comprado para investimento, ou seja denota confiança (mais do que eu tenho) na nossa capacidade de gerir a divida.
Vamos ver se esta situação se mantém ou é esporádica.
Maria Luís Albuquerque revelou, em conferência de imprensa, que 93% deste montante foi comprado por investidores estrangeiros. 30% da colocação foi nos EUA, 30% no Reino Unido, 9% na Alemanha, Áustria e Suíça, outros 9% na Ásia, 7% em Portugal e 4% em França. O restante foi distribuído por outros destinos.
Participaram nesta operação 289 investidores, 60% dos quais gestores de fundos e um pouco mais de 20% de hedge funds. Os banco representaram 9% e as seguradoras 4%.
http://www.jornaldenegocios.pt/mercados ... geiro.html
apenas 9% foi comprada por bancos (eventualmente para usar junto do BCE) e o restante foi comprado para investimento, ou seja denota confiança (mais do que eu tenho) na nossa capacidade de gerir a divida.
Vamos ver se esta situação se mantém ou é esporádica.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
rorvalho Escreveu:Dizer que a crise da dívida acabou é ser algo precipitado.
Mete precipitado nisso!

rorvalho Escreveu:Estamos efectivamente em melhores condições para conseguir gerir a dívida, mas ainda temos muitos desafios pela frente.
Melhores? só se for do ponto de vista politico porque do ponto de vista estritamente financeiro, o empréstimo da troika é mais barato do que o pagamos nesta emissão (ao contrario do que aconteceu com os irlandeses).
rorvalho Escreveu:Vamos continuar com recessão, e ainda temos de fazer muitas reformas neste país. Mas a partir do momento que o dinheiro começar a circular e as instituições financeiras portuguesas conseguirem aceder ao crédito lá fora, podemos pensar em crescimento da economia.
Os bancos já tem dinheiro para emprestar há algum tempo, o problema é as taxas que cobram (e as garantias que pedem), o Santander ToTTa já contactou-me a perguntar se eu não precisava de dinheiro a uma fabulosa taxa de 9, qualquer coisa...
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Dizer que a crise da dívida acabou é ser algo precipitado.
Estamos efectivamente em melhores condições para conseguir gerir a dívida, mas ainda temos muitos desafios pela frente.
Vamos continuar com recessão, e ainda temos de fazer muitas reformas neste país. Mas a partir do momento que o dinheiro começar a circular e as instituições financeiras portuguesas conseguirem aceder ao crédito lá fora, podemos pensar em crescimento da economia.
Agora é aguentar esta fase negra e trabalhar para sair desta tormenta. Os resultados virão de seguida.
Estamos efectivamente em melhores condições para conseguir gerir a dívida, mas ainda temos muitos desafios pela frente.
Vamos continuar com recessão, e ainda temos de fazer muitas reformas neste país. Mas a partir do momento que o dinheiro começar a circular e as instituições financeiras portuguesas conseguirem aceder ao crédito lá fora, podemos pensar em crescimento da economia.
Agora é aguentar esta fase negra e trabalhar para sair desta tormenta. Os resultados virão de seguida.
- Mensagens: 42
- Registado: 14/3/2010 22:53
- Localização: 16
Tosh5457 Escreveu:Storgoff Escreveu:Tosh5457 Escreveu:A crise de dívida pública acabou, agora é aguentar com o resto da recessão...
Achas mesmo que já acbou???
Sim, penso que já não vão haver problemas em pagar a dívida, porque já está com juros relativamente baixos. Ainda por cima estão a renegociar a dívida com a Troika...
mas o problema é aquela divida entre 2010 e 2012 de curto prazo (ate 5 anos) a altas taxas. Vamos precisar de muito gito na próxima década para pagar estes anos.
Storgoff Escreveu:Tosh5457 Escreveu:A crise de dívida pública acabou, agora é aguentar com o resto da recessão...
Achas mesmo que já acbou???
Sim, penso que já não vão haver problemas em pagar a dívida, porque já está com juros relativamente baixos. Ainda por cima estão a renegociar a dívida com a Troika...
First rule of central banking: When the ship starts to sink, central bankers must bail like hell.
Portugal regressa ao mercado com juro de 4,891%
Oficial
Portugal regressa ao mercado com juro de 4,891%
Pedro Latoeiro
23/01/13 18:33
Investidores estrangeiros absorveram 93% da emissão.
Dois anos depois, Portugal regressou assim hoje oficialmente aos mercados primários de dívida de médio e longo prazo, um dos objectivos fundamentais do memorando da ‘troika' previsto para Setembro, com uma colocação de 2,5 mil milhões de euros de obrigações a cinco anos protegida por um sindicato bancário formado pelo BES, Barclays, Deutsche Bank e Morgan Stanley.
A procura rasgou a barreira dos 12 mil milhões de euros. E perante tanto apetite dos investidores o montante da operação foi revisto em alta - a intenção inicial era colocar dois mil milhões de euros -, e o ‘pricing' emagreceu pelo menos duas vezes até se fixar em 4,891%. Na abertura dos livros o ‘guidance' era de 410 pontos base acima da taxa ‘mid swap', valor que foi encolhendo até aos 395 pontos.
Os resultados foram anunciados esta tarde por Maria Luís Albuquerque, secretária de Estado do Tesouro, e por João Moreira Rato, presidente do IGCP, em conferência de imprensa no Ministério das Finanças. Os responsáveis adiantaram que os investidores estrangeiros ficaram com 93% da emissão.
A taxa de juro ficou assim um pouco acima da ‘yield' de 4,743% com que negoceia, no mercado secundário, a linha de obrigações que Portugal emitiu hoje, mas muito abaixo da última operação comparável: a última emissão sindicada a cinco anos aconteceu em Fevereiro de 2011, na era pré-‘troika', no montante de 3,5 mil milhões a uma taxa de 6,4%.
Aproveitando uma janela de oportunidade criada pela descida do risco soberano no mercado secundário, os dividendos de um ‘roadshow' realizado nos EUA, o cumprimento do défice acordado para 2012 e as condições mais favoráveis para pagar os empréstimos europeus, Portugal seguiu os passos da Irlanda - colocou 2,5 mil milhões a cinco anos com um juro de 3,35% no seu regresso ao mercado -, e concretizou uma emissão de dívida que poderá abrir as portas ao novo programa de compras do Banco Central Europeu (BCE).
C0rr3i4
"Compound interest is the 8th wonder of the world."
(Albert Einstein)
"Compound interest is the 8th wonder of the world."
(Albert Einstein)
70% das ordens na emissão vieram do estrangeiro e procura superou 12 mil milhões
23 Janeiro 2013, 16:28
Condições finais da operação estão definidas. Operação recebeu mais de 12 mil milhões de euros em ordens de compra dos investidores. Serão colocados 2,5 mil milhões com uma taxa implícita abaixo dos 5%.
O Tesouro vai conseguir colocar pelo menos 70% das obrigações a cinco anos em investidores estrangeiros, apurou o Negócios junto de fonte ligada à operação. Este é um dado importante para atestar a recuperação do acesso de Portugal ao mercado de financiamento internacional.
A procura total para a emissão, que tem maturidade em Outubro de 2017, excedeu os 12 mil milhões de euros, ultrapassando em mais de 4,8 vezes os 2,5 mil milhões que serão colocados junto dos investidores. O “spread” final da operação é de 395 pontos base acima da taxa de referência para o prazo da operação, o que aponta para uma taxa implícita entre os 4,85% e os 4,95%.
Ao que Negócios apurou o elevado montante da procura reflecte o interesse de fundos de investimento, seguradoras, bancos e fundos de pensões. São os chamados “real money investors”, entidades que investem numa perspectiva de longo prazo com fundos próprios, por oposição aos “hedge funds”, que investem recorrendo a dívida e numa perspectiva mais especulativa.
A forte procura permitiu também baixar o “spread” com que a emissão foi colocada. De um valor original de 410 pontos base, a margem sobre a taxa de referência (“mid swap”) baixou para 395 pontos base. O apetite dos investidores deu ainda margem para que o montante emitido aumentasse de dois para 2,5 mil milhões de euros.
O Tesouro consegue com a operação de hoje regressar à emissão de dívida de médio e longo prazo no mercado internacional, após um interregno de 22 meses. A última emissão datava de Fevereiro de 2011, antes do pedido de assistência financeira.
O sucesso da operação reforçou o apetite dos investidores pelos títulos de dívida portuguesa já emitidos e que são transaccionados no mercado secundário. As taxas implícitas desceram em todos os prazos, mas com maior amplitude nas maturidades mais curtos.
A linha a 10 anos recuou 6,9 pontos base para os 5,819%, tendo chegado ao novo mínimo de 5,804% durante a sessão. A “yield” dos títulos a cinco anos, os mesmos sobre os quais foi realizada a emissão de hoje, aliviou 4,6 pontos base para 4,894%. Já a taxa das obrigações a três anos desceu 13,8% para os 3,688%.
A secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, faz às 18h00 uma avaliação dos resultados da emissão.
http://www.jornaldenegocios.pt/mercados ... geiro.html
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Portugal deverá pagar “spread” de 410 pontos base no regresso aos mercados
23 Janeiro 2013, 09:05 por Jornal de Negócios
“Yield” da emissão de obrigações a cinco anos, a confirmar-se este “spread”, deverá ficar acima dos 5%, ou seja, acima da taxa de juro que se verifica no mercado secundário.
As obrigações com maturidade de cinco anos que Portugal deverá emitir hoje deverão pagar um “spread” de 410 pontos base, ou 4,1 pontos percentuais, noticia hoje a Bloomberg, citando a "indicação inicial" fornecida por uma das pessoas envolvidas na operação.
Tendo em conta este “spread”, que tem que ser somado à taxa de juro de mercado (a “mid swap” a cinco anos está hoje em 1%), a “yield” média da obrigação deverá ficar em redor dos 5,1%.
Um juro que se situa acima das expectativas dos analistas e também da “yield” da dívida a cinco anos no mercado secundário, que já esteve hoje em 4,8%. Depois de publicada a notícia da Bloomberg, os juros subiram e estão nesta altura em 4,955%.
(notícia em actualização)
http://www.jornaldenegocios.pt/mercados ... cados.html
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
A dívida pública portuguesa detida pela banca atingiu máximos históricos em novembro de 2012, um recorde que os analistas atribuem ao financiamento barato do BCE, que os bancos aproveitam para aplicarem em dívida com elevada rentabilidade.
Os bancos a operar em território nacional tinham, em novembro do ano passado, 32.499 milhões de euros de títulos soberanos de Portugal. Este é o valor mais alto desde 1997, primeiro ano de que há registos do Banco de Portugal, e ultrapassa em 39% o valor de em abril de 2011, quando os presidentes dos maiores bancos privados portugueses sugeriram que Portugal devia pedir ajuda externa e alertaram que o setor não podia continuar a financiar o Estado através da compra de títulos de dívida.
Após esse mês, a dívida soberana nas mãos dos bancos ainda subiria ligeiramente, mas na segunda metade do ano iria descer e chegaria aos 22.847 milhões de euros no final de dezembro de 2011. Desde então, a tendência é de subida.
Segundo um analista contactado pela Lusa, que preferiu não ser identificado, o aumento da dívida nas carteiras dos bancos é o resultado de dois fatores. Por um lado, da perceção de que a dívida portuguesa estava subvalorizada no mercado e, por outro, da capacidade financeira dada pelas operações de financiamento a três anos do Banco Central Europeu (BCE), que permitiram aos bancos ter capital para investirem em títulos soberanos e realizarem mais-valias.
Nas duas operações de financiamento do BCE (em dezembro e março, à taxa de 1%) os bancos portugueses ficaram, no total, com 40 mil milhões de euros do bilião de euros concedido à banca da zona euro.
"Os bancos acharam que para maturidades na casa de três, quatro ou cinco anos 1/8comprar dívida pública portuguesa 3/8 poderia ser um negócio interessante e revelou-se de facto, com valorizações de 30 ou 40%", afirmou o mesmo analista.
Em setembro, segundo os últimos dados dos principais bancos privados, 16% dos ativos do BPI eram títulos de dívida soberana, os quais ascendiam a 7.462 milhões de euros. Destes, mais de 80% era dívida de Portugal (6.073 milhões de euros).
No BCP e no BES a dívida soberana era de cerca de 5% dos ativos em balanço. No entanto, em termos do total de títulos soberanos, os números são ainda mais significativos: 95% do total no banco liderado por Nuno Amado (4.788 milhões de euros) e 98% no banco presidido por Ricardo Salgado (4.204 milhões de euros).
Já a Caixa Geral de Depósitos (CGD), segundo a imprensa, tinha no final do primeiro semestre do ano passado 8,1 mil milhões de euros em dívida soberana de Portugal, isto em termos consolidados.
Francisco Almeida, gestor de ativos da corretora Orey Financial, considera que, além das remunerações elevadas, os títulos de dívida portuguesa são atrativos para os bancos porque têm a vantagem de "servirem como colateral para entregar ao BCE por empréstimos".
Mas não é só o financiamento do BCE que os bancos estão a utilizar para comprar dívida portuguesa.
Paulo Soares Pinho, professor da Universidade Nova de Lisboa, refere também que parte importante do capital público que o Estado português tem injetado nos bancos é canalizada para dívida pública. Isto porque, explicou, o facto de os instrumentos de capital convertíveis em ações (as chamadas 'CoCo bonds') serem "onerosos" (com taxas a partir de 8,5%) leva os bancos a utilizarem "esses montantes para comprar dívida pública de longo prazo, cujas 'yields' 1/8rendimentos 3/8 elevadas permitem compensar o custo dos CoCos".
Depois dos 4.500 milhões de euros injetados no BCP e no BPI em 2012 para os recapitalizar, até final deste mês o Estado vai pôr 1.100 milhões de euros no Banif, onde ficará como acionista. O Estado investiu ainda 1.650 milhões de euros na CGD, neste caso enquanto seu único acionista.
Os analistas encontram neste processo quase que um círculo vicioso que está, pelo menos de momento, a financiar tanto os bancos como o Estado.
"Os bancos estão a ir buscar fundos ao Estado em parte por força de terem exposição a divida soberana e com esse capital vão comprar mais dívida soberana. É um ciclo estranho, resolver apagar o fogo com mais lenha", afirmou o analista que prefere não ser identificado.
Já segundo Soares Pinho, o "Estado encontra, via banca, uma fonte de financiamento estável", ao mesmo tempo que assiste a uma queda das taxas de juros da dívida pública através dessas compras. Já os bancos têm melhorado "bastante" a sua liquidez, o que lhes permite baixar as taxas de juro agressivas que chegaram a oferecer pelos depósitos a prazo, enquanto o BCE se mantém como uma fonte fundamental de financiamento.
http://sicnoticias.sapo.pt/economia/201 ... ro-de-2012
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Diário Económico Escreveu:Portugal prepara regresso aos mercados nos próximos dias
Governo pondera lançar uma emissão de Obrigações do Tesouro a cinco anos, garantida por sindicato bancário.
O Governo está a preparar o regresso aos mercados de dívida de médio e longo prazo mais cedo do que o previsto. Após o sucesso do de ontem do leilão de Bilhetes do Tesouro (BT), e com a recuperação dos mercados de dívida na periferia da zona euro nos últimos meses, o Estado está a preparar uma emissão sindicada de Obrigações do Tesouro (OT) a cinco anos, que poderá decorrer já nos próximos dias, segundo fontes de mercado contactadas pelo Diário Económico que pediram o anonimato.
Pedro Passos Coelho e Vítor Gaspar ainda não tomaram a decisão final, dependente do ‘road-show' que o Governo está a realizar esta semana nos EUA, da reunião do Eurogrupo da próxima segunda-feira e da execução orçamental de 2012, que será conhecida no dia 23. Mas o Governo já terá decidido regressar aos mercados antes do dia 25 de Fevereiro, data de início da sétima avaliação da ‘troika', a decisiva, com uma emissão de valor, ainda, indeterminado. Até ao fecho da edição não foi possível obter esclarecimentos do Ministério das Finanças sobre o assunto.
http://economico.sapo.pt/noticias/portu ... 60438.html
richardj Escreveu:PMACS Escreveu:Muffin Escreveu:
Não esquecendo a mala da Pêpa...que tem muito mais interesse...
Isso é o quê?
Já vi comentários a isso mas não consegui descobrir do que se trata!
PMACS pelo que percebi, era uma rapariga "fútil" que queria como prenda de natal uma mala que custava 3000 euros xD o video anda em todo o lado um pouco de pesquisa e encontras no youtube![]()
basicamente resume-se a isso
<iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/ibGZjB1-4G0" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Digam-me lá uma coisa: porque é que a miuda é desde logo catalogada como futil só por desejar comprar uma mala CC que custa 2000 euros, e nos nao somos futis qd pensamos em comprar o ultimo iphone ou ipad???
ok a pronuncia dela nao ajuda muito, mas quanto ao resto acho que tem toda a legitimidade para o fazer. Ganha o seu dinheiro e pode muito bem fazer dele o que bem lhe apetecer.

Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: Bing [Bot], breakout_bull, Dragon56, Google Adsense [Bot], icemetal, Karra, PAULOJOAO, Shimazaki_2 e 156 visitantes