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Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Rantamplan » 20/2/2013 11:41

ppbogos Escreveu:[Desde o 25 de Abril que temos única e exclusivamente socialistas. PS ou PSD são ambos socialistas, uns com vestes vermelhas e outros com vestes alaranjo-avermelhadas.

Mas o meu pensamento vai mais profundo do que a treta da "partidarite" que tanto jeito dá a este "centrão".

O que aqui está em causa é um modelo económico que neste momento esta a tentar perpetuar-se "ad eternum", numa mentira de todo o tamanho, com consequências que só o futuro o dirá.

Antes de 2008, assistimos aquilo que chamo de "expoente máximo" do keynesianismo, com dinheiro com fartura, deficit's grandes, pleno emprego económico, uma sociedade dita perfeita, onde o mercado parecia funcionar. Imperava o tal intervencionismo, os gastos publicos que teriam trazido o climax do bem estar.

Neste momento estamos a assistir à maior fraude de sempre, ao ultra-keynesianismo, à perpetuação de uma teoria económica falida, que muitos pensam ser no entanto o expoente máximo da perfeição.

Este sistema serve os propósitos dos políticos para perpetuarem poder, servem os grupos económicos da alta finança, das sociedades financeiras e de bancos. Estou a referir à verdadeira armadilha da liquidez.

Estamos a falar de um sistema de distorção de benefícios para uns poucos e a subjugação do todo colectivo, que pretensamente pensam que tinham adquirido o bem estar social. Pura Mentira.
Vivemos na completa ilusão e quem não aceitar esta realidade é meramente ingénuo.

O mercado livre não funciona e é esse é o maior dos males sociais.

Voltando à "Tugalândia", o que temos é um Keynesianismo exacerbado nos ultimos 25 anos, tentando fazes híbridas com politicas da escola de Chicago, pensando dosear o mercado.

Aqui nesta encruzilhada surge uma coisa que nunca ninguém pensou que pudesse funcionar com todos os defeitos que possa ter. O EURO. É ele que nos levará à correcção essencial necessária ao desmontar deste Ponzi gigantesco.

Se tivéssemos o Escudo nesta altura já há muito tínhamos feito o que os EUA faz às descaradas. Imprimir dinheiro fácil.
No entanto o "paper shit" (dolar) ainda vai tentando manter a palavra chave que deve servir uma sociedade " A CONFIANÇA".
No entanto, o escudo não é o dólar e com tais desvalorizações estaríamos seguramente muito pior, bem mais pobres e com mais sacrifícios para implementar no futuro, pois a desvalorização não são mais que almoços grátis.

Precisamos de um mercado livre, da verdadeira concorrência económica, da responsabilização de cada um dos indivíduos, de ausência de intervencionismos intencionados, de uma nova corrente de pensamento social, de juventude com ideias progressistas que nos façam criar relações de valor acrescentado.

Não nos podemos esquecer de quem nos trouxe até aqui.
Certamente não deve ter sido os defensores da austeridade, da Troika, do rigor, do mercado.

Simplesmente foram os keynesianistas.

Cumprimentos

[/u]


Da mesma forma que é simplista apontar um responsável político pela situação económica e financeira atual do país, é redutor afirmares que a teoria keynesiana nos conduziu até aqui.

Se não vejamos:

1) Coexistem atualmente exemplos de sucesso de países que consistentemente conduziram políticas keynesianas e outros que conduziram políticas monetaristas, vulgo liberais.

2) O grande impacto para as economias keynesianas começou quando, governantes ineptos e técnicamente débeis, começaram a tentar fazer coexistir medidas sectoriais liberais com medidas de expansão orçamental. E isso não começou em 2008, começou bem antes, quando se começou a desregular o setor financeiro e que curiosamente (ou não) coincidiu com a criação do EURO.

3) Progressimente foi-se liberalizando as políticas noutras áreas sectoriais na crença dogmática que o mercado se auto-regula, mantendo contudo alguma preponderância do consumo público nalguns setores na expectativa de que induzisse crescimento económico. Está bom de ver qual seria o resultado dessa política mesmo sem o EURO.

4) Agora junte-se à equação um projeto de união monetária que ficou inacabado (falta a união orçamental) e que teve sempre por orientação sacrossanta o controle da inflação, com políticas monetárias muito pouco expansivas que conduziram a juros baixos e moeda forte.
Resultado: As economias periféricas não aguentaram porque o seu tecido produtivo não estava preparado. O endividamento era inevitável e, pasme-se, ainda por cima barato. Os estímulos para a tragédia dos países periféricos estavam todos criados.

E isto não sou eu a fazer prognósticos no fim do jogo. Basta ver os trabalhos de Mundell e Fleming da década de 1960. Está lá tudo escarrapachado, tim-tim por tim-tim. E tudo se confirmou.

Cumprimentos,


Disclaimer: Com isto não quero defender o keynesianismo ou o monetarismo/liberalismo. Apenas constatar que misturar tudo dá mau resultado...
"Caminante, no hay camino, se hace camino al andar", Antonio Machado
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por bogos » 19/2/2013 23:06

mais_um Escreveu:
ppbogos Escreveu:Os senhores do 25 de Abril construíram uma sociedade pretensamente próspera, onde todos beneficiariam dos incentivos levados a cabo pelo Estado, com a criação de regalias sociais colectivas, aplicando as teorias Keynesianas, ( injecções de liquidez sem fim produzida numa primeira fase quando se tem na mão o poder da impressão) e depois emanada de empréstimos numa segunda fase, onde tudo caminharia para o pleno emprego e para a satisfação colectiva (mais de uns do que de outros), pois os socialistas são mesmo isso (dar satisfação efémeras a uns) e ficar para eles a satisfação duradoura criada pela ilusão chamada liquidez.


Esse é um erro comum, não foram os senhores do 25 de Abril que na realidade deram as benesses e as mordomias, até porque nessa altura não havia dinheiro. E também não foram os socialistas que iniciaram o processo de distribuição de benesses, outro erro que normalmente as pessoas menos atentas também cometem, relembro que desde 1974 até 1985, os socialistas estiverem no governo cerca de 4 anos e receberam o país sempre com as finanças destruídas, da 1º vez, devido aos excessos revolucionários, da 2º vez devido aos desvarios da AD. Quem na realidade começou o processo foi o Cavaco, 10 anos (os últimos 8 com maioria absoluta) a distribuir os milhões vindos da CEE/CE , processo muito semelhante ao que se passou com as Descobertas, deixamos de produzir e passamos a gastar o dinheiro que nos davam, em vez de desenvolver o país (culpa exclusiva nossa…). A seguir veio o Guterres que adicionou mais umas benesses e direitos ao que já vinha de trás, mas com o consentimento dos restantes partidos já que nunca governou com maioria. Com o Durão acabou a festa (já não havia €), a partir daí começou a descida do monte, agora é sempre a descer.


Desde o 25 de Abril que temos única e exclusivamente socialistas. PS ou PSD são ambos socialistas, uns com vestes vermelhas e outros com vestes alaranjo-avermelhadas.

Mas o meu pensamento vai mais profundo do que a treta da "partidarite" que tanto jeito dá a este "centrão".

O que aqui está em causa é um modelo económico que neste momento esta a tentar perpetuar-se "ad eternum", numa mentira de todo o tamanho, com consequências que só o futuro o dirá.

Antes de 2008, assistimos aquilo que chamo de "expoente máximo" do keynesianismo, com dinheiro com fartura, deficit's grandes, pleno emprego económico, uma sociedade dita perfeita, onde o mercado parecia funcionar. Imperava o tal intervencionismo, os gastos publicos que teriam trazido o climax do bem estar.

Neste momento estamos a assistir à maior fraude de sempre, ao ultra-keynesianismo, à perpetuação de uma teoria económica falida, que muitos pensam ser no entanto o expoente máximo da perfeição.

Este sistema serve os propósitos dos políticos para perpetuarem poder, servem os grupos económicos da alta finança, das sociedades financeiras e de bancos. Estou a referir à verdadeira armadilha da liquidez.

Estamos a falar de um sistema de distorção de benefícios para uns poucos e a subjugação do todo colectivo, que pretensamente pensam que tinham adquirido o bem estar social. Pura Mentira.
Vivemos na completa ilusão e quem não aceitar esta realidade é meramente ingénuo.

O mercado livre não funciona e é esse é o maior dos males sociais.

Voltando à "Tugalândia", o que temos é um Keynesianismo exacerbado nos ultimos 25 anos, tentando fazes híbridas com politicas da escola de Chicago, pensando dosear o mercado.

Aqui nesta encruzilhada surge uma coisa que nunca ninguém pensou que pudesse funcionar com todos os defeitos que possa ter. O EURO. É ele que nos levará à correcção essencial necessária ao desmontar deste Ponzi gigantesco.

Se tivéssemos o Escudo nesta altura já há muito tínhamos feito o que os EUA faz às descaradas. Imprimir dinheiro fácil.
No entanto o "paper shit" (dolar) ainda vai tentando manter a palavra chave que deve servir uma sociedade " A CONFIANÇA".
No entanto, o escudo não é o dólar e com tais desvalorizações estaríamos seguramente muito pior, bem mais pobres e com mais sacrifícios para implementar no futuro, pois a desvalorização não são mais que almoços grátis.

Precisamos de um mercado livre, da verdadeira concorrência económica, da responsabilização de cada um dos indivíduos, de ausência de intervencionismos intencionados, de uma nova corrente de pensamento social, de juventude com ideias progressistas que nos façam criar relações de valor acrescentado.

Não nos podemos esquecer de quem nos trouxe até aqui.
Certamente não deve ter sido os defensores da austeridade, da Troika, do rigor, do mercado.

Simplesmente foram os keynesianistas.

Cumprimentos



[/u]
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Talvez tomar...

por bboniek33 » 19/2/2013 19:59

Las_Vegas Escreveu:
MiamiBlueHeart Escreveu:E sim, eu preocupo-me com as pessoas.

Fica bem


Toda a gente se preocupa com as pessoas, por exemplo o Cavaco agora preocupa-se muito com os reformados, coitadinhos, e os juízes de repente passaram a preocupar-se ainda mais com a inconstitucionalidade dos cortes nos salários dos FP.
Tanta gente preocupada com "as pessoas"... ou será com a pessoa?

És maneta ou perneta? então do que estás à espera? Arranjas um segundo emprego (pode ser das 17h às 23:30) e com esse salário já podes ajudar uma série de pobrezinhos. Ou ajudar as pessoas tem de ser sempre com o guito dos outros?


Nao gosto do seu tom. Auto - modere-se.
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por MiamiBlue » 19/2/2013 18:54

Las_Vegas Escreveu:
MiamiBlueHeart Escreveu:E sim, eu preocupo-me com as pessoas.

Fica bem


Toda a gente se preocupa com as pessoas, por exemplo o Cavaco agora preocupa-se muito com os reformados, coitadinhos, e os juízes de repente passaram a preocupar-se ainda mais com a inconstitucionalidade dos cortes nos salários dos FP.
Tanta gente preocupada com "as pessoas"... ou será com a pessoa?

És maneta ou perneta? então do que estás à espera? Arranjas um segundo emprego (pode ser das 17h às 23:30) e com esse salário já podes ajudar uma série de pobrezinhos. Ou ajudar as pessoas tem de ser sempre com o guito dos outros?


Obrigado pelo teu comentário - foi esclarecedor.

Fica bem
 
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Re: ...foi o Cavaco...

por mais_um » 19/2/2013 18:46

Dark Escreveu:Atribuir responsabilidades pela situação que o país e nós hoje vivemos a uma só pessoa ou factor, parece-me demasiado simplista.
Poderíamos começar por dizer que Salazar teve muita responsabilidade em não ter apostado mais na formação das gentes do seu povo (formação digo eu e não a balda que é grande parte do ensino de hoje no nosso país !!!) mas sou levado a concordar em parte com o que o anterior post do "mais_um" diz: o Cavaco é um dos grandes responsáveis (basta ver os protegidos do mesmo e lembrar-se do adágio português "diz-me com quem andas e ...") e a cegueira face aos processos de globalização, que levaram a que só se desse valor e procurasse o factor preço final mais reduzido do bem consumível, que nos trouxeram até aqui.
Não nos esqueçamos também que para ajudar a Alemanha a suportar os custos de integração da sua parte Leste, as instituições financeiras europeias forçaram os juros do euro durante cerca de dez anos a valores não de mercado...
Como podemos ver, foi um conjunto de factores múltiplo e complexo que ajudaram a criar a situação que hoje temos.
Além disso o modelo financeiro tal como o conhecemos está esgotado e só por ter sido subsídiado é que ainda está vivo. Seria bom reflectir sobre isso, pois o subsídios acabam...


Quando referi que tinha começado com o Cavaco estava a referir-me à parte das benesses e mordomias.

Obviamente que o Cavaco não é o unico responsavel pela situação a que chegamos, outros antes (e depois)dele tiverem responsabilidades, mas no que toca às benesses e mordomias, foi ele o grande impulsionador. E a parte dos fundos desbaratados também.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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por Las_Vegas » 19/2/2013 18:33

MiamiBlueHeart Escreveu:E sim, eu preocupo-me com as pessoas.

Fica bem


Toda a gente se preocupa com as pessoas, por exemplo o Cavaco agora preocupa-se muito com os reformados, coitadinhos, e os juízes de repente passaram a preocupar-se ainda mais com a inconstitucionalidade dos cortes nos salários dos FP.
Tanta gente preocupada com "as pessoas"... ou será com a pessoa?

És maneta ou perneta? então do que estás à espera? Arranjas um segundo emprego (pode ser das 17h às 23:30) e com esse salário já podes ajudar uma série de pobrezinhos. Ou ajudar as pessoas tem de ser sempre com o guito dos outros?
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...foi o Cavaco...

por Dark » 19/2/2013 18:22

Atribuir responsabilidades pela situação que o país e nós hoje vivemos a uma só pessoa ou factor, parece-me demasiado simplista.
Poderíamos começar por dizer que Salazar teve muita responsabilidade em não ter apostado mais na formação das gentes do seu povo (formação digo eu e não a balda que é grande parte do ensino de hoje no nosso país !!!) mas sou levado a concordar em parte com o que o anterior post do "mais_um" diz: o Cavaco é um dos grandes responsáveis (basta ver os protegidos do mesmo e lembrar-se do adágio português "diz-me com quem andas e ...") e a cegueira face aos processos de globalização, que levaram a que só se desse valor e procurasse o factor preço final mais reduzido do bem consumível, que nos trouxeram até aqui.
Não nos esqueçamos também que para ajudar a Alemanha a suportar os custos de integração da sua parte Leste, as instituições financeiras europeias forçaram os juros do euro durante cerca de dez anos a valores não de mercado...
Como podemos ver, foi um conjunto de factores múltiplo e complexo que ajudaram a criar a situação que hoje temos.
Além disso o modelo financeiro tal como o conhecemos está esgotado e só por ter sido subsídiado é que ainda está vivo. Seria bom reflectir sobre isso, pois o subsídios acabam...
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por mais_um » 19/2/2013 11:56

ppbogos Escreveu:Os senhores do 25 de Abril construíram uma sociedade pretensamente próspera, onde todos beneficiariam dos incentivos levados a cabo pelo Estado, com a criação de regalias sociais colectivas, aplicando as teorias Keynesianas, ( injecções de liquidez sem fim produzida numa primeira fase quando se tem na mão o poder da impressão) e depois emanada de empréstimos numa segunda fase, onde tudo caminharia para o pleno emprego e para a satisfação colectiva (mais de uns do que de outros), pois os socialistas são mesmo isso (dar satisfação efémeras a uns) e ficar para eles a satisfação duradoura criada pela ilusão chamada liquidez.


Esse é um erro comum, não foram os senhores do 25 de Abril que na realidade deram as benesses e as mordomias, até porque nessa altura não havia dinheiro. E também não foram os socialistas que iniciaram o processo de distribuição de benesses, outro erro que normalmente as pessoas menos atentas também cometem, relembro que desde 1974 até 1985, os socialistas estiverem no governo cerca de 4 anos e receberam o país sempre com as finanças destruídas, da 1º vez, devido aos excessos revolucionários, da 2º vez devido aos desvarios da AD. Quem na realidade começou o processo foi o Cavaco, 10 anos (os últimos 8 com maioria absoluta) a distribuir os milhões vindos da CEE/CE , processo muito semelhante ao que se passou com as Descobertas, deixamos de produzir e passamos a gastar o dinheiro que nos davam, em vez de desenvolver o país (culpa exclusiva nossa…). A seguir veio o Guterres que adicionou mais umas benesses e direitos ao que já vinha de trás, mas com o consentimento dos restantes partidos já que nunca governou com maioria. Com o Durão acabou a festa (já não havia €), a partir daí começou a descida do monte, agora é sempre a descer.
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por mais_um » 19/2/2013 11:37

richardj Escreveu:mais_um já viste aqueles cartazes do BE que dizem, " saude, educação, pensões ou juros" :lol:


Essa demagogia não é diferente do que o PPC ou o PP diziam antes das eleições e durante a campanha eleitoral. Tudo vale para ganhar votos e o BE não é diferente dos outros partidos. O Hitler também dizia que a culpa da Alemanha ter sido derrotada na 1ª guerra mundial era dos judeus e ganhou as eleições.

Para evitar a subida ao poder de demagogos, é importante que os partidos que normalmente governam encontrem soluções credíveis para as dificuldades da população e serem coerentes de modo a evitar que a demagogia ganhe. Neste aspecto considero que o povo português até tem sido bastante paciente e compreende a situação, MAS e este MAS é muito importante, para não aparecerem problemas graves é preciso que os políticos que nos governam dêem o exemplo, na austeridade e na seriedade, o que convenhamos não tem acontecido.


E por falar em cartazes, para quem viva em Lisboa ou nos arredores, aconselho uma visita ao Museu do Oriente, além da exposição permanente que é muito interessante, está presente uma exposição temporária de 100 cartazes de propaganda chinesa, “CARTAZES DE PROPAGANDA CHINESA - A ARTE AO SERVIÇO DA POLÍTICA”, desde 1959 a 1981 (tem cartazes engraçados do nosso periodo revolucionário). Para quem tem cartão de crédito e/ou debito do BES, tem um desconto de 25% no bilhete, fica a 3,75€. Duas a três horas são suficientes para ver com calma as duas exposições. Eu fui ver sábado passado.


http://www.museudooriente.pt/1536/carta ... hinesa.htm
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por MiamiBlue » 19/2/2013 11:10

Las_Vegas Escreveu:Mas tu queres convencer alguém que estás preocupado com as criancinhas, com os velhinhos e com os coitadinhos?

E quais pessoas? As pessoas normais quando passam por dificuldades mexem-se, não passam os dias a tentar cravar os outros para manter a boa vida.


Deixa-me ver se eu percebi, tu que não me conheces de lado nenhum, não sabes quem eu sou, não conheces os meus valores e princípios advogas ter a capacidade para dizer com quem eu me preocupo ou não.

Confesso que admiro a tua capacidade superior de avaliar as pessoas.

Conforme referi anteriormente, a tua opinião sobre a minha pessoa é-me completamente indiferente. E sim, eu preocupo-me com as pessoas.

Fica bem
 
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por Las_Vegas » 19/2/2013 10:58

MiamiBlueHeart Escreveu:
Las_Vegas Escreveu:
MiamiBlueHeart Escreveu:
Contudo um país é feito por ser humanos que podem ser crianças, jovens, idosos carenciados mas que todos juntos são constituem efectivamente o país. Porque em última análise, se não é para defender as pessoas, para que existimos enquanto nação??

E por isso, a Troika não é a solução porque o seu objectivo é recuperar o dinheiro que emprestou e nada mais. E quando uma entidade não tem as pessoas como uma das suas primeiras prioridades e defende o interesse de alguns, essa entidade não serve.


Essa conversa tipicamente xuxa do coitadinho que não sabe fazer mais nada a não ser queixar-se e andar de mão estendida a mim já me mete nojo.



Percebo a tua teoria, para ti as pessoas não interessam minimamente, são insignificantes, um ponto ao qual és totalmente indiferente.. É uma teoria como todas as outras..

Eu não concordo minimamente, mas por mim estás na boa...

De resto, se a minha conversa te mete nojo ou não, é-me completamente indiferente - dou a mesma importância á tua opinião que tu dás às pessoas.


Mas tu queres convencer alguém que estás preocupado com as criancinhas, com os velhinhos e com os coitadinhos?

E quais pessoas? As pessoas normais quando passam por dificuldades mexem-se, não passam os dias a tentar cravar os outros para manter a boa vida.
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por MiamiBlue » 19/2/2013 10:51

Las_Vegas Escreveu:
MiamiBlueHeart Escreveu:
Contudo um país é feito por ser humanos que podem ser crianças, jovens, idosos carenciados mas que todos juntos são constituem efectivamente o país. Porque em última análise, se não é para defender as pessoas, para que existimos enquanto nação??

E por isso, a Troika não é a solução porque o seu objectivo é recuperar o dinheiro que emprestou e nada mais. E quando uma entidade não tem as pessoas como uma das suas primeiras prioridades e defende o interesse de alguns, essa entidade não serve.


Essa conversa tipicamente xuxa do coitadinho que não sabe fazer mais nada a não ser queixar-se e andar de mão estendida a mim já me mete nojo.



Percebo a tua teoria, para ti as pessoas não interessam minimamente, são insignificantes, um ponto ao qual és totalmente indiferente.. É uma teoria como todas as outras..

Eu não concordo minimamente, mas por mim estás na boa...

De resto, se a minha conversa te mete nojo ou não, é-me completamente indiferente - dou a mesma importância á tua opinião que tu dás às pessoas.
 
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por Las_Vegas » 19/2/2013 10:42

MiamiBlueHeart Escreveu:
Contudo um país é feito por ser humanos que podem ser crianças, jovens, idosos carenciados mas que todos juntos são constituem efectivamente o país. Porque em última análise, se não é para defender as pessoas, para que existimos enquanto nação??

E por isso, a Troika não é a solução porque o seu objectivo é recuperar o dinheiro que emprestou e nada mais. E quando uma entidade não tem as pessoas como uma das suas primeiras prioridades e defende o interesse de alguns, essa entidade não serve.


Essa conversa tipicamente xuxa do coitadinho que não sabe fazer mais nada a não ser queixar-se e andar de mão estendida a mim já me mete nojo.
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por MiamiBlue » 19/2/2013 10:21

REAN Escreveu:
ppbogos Escreveu:Os senhores do 25 de Abril construíram uma sociedade pretensamente próspera, onde todos beneficiariam dos incentivos levados a cabo pelo Estado, com a criação de regalias sociais colectivas, aplicando as teorias Keynesianas, ( injecções de liquidez sem fim produzida numa primeira fase quando se tem na mão o poder da impressão) e depois emanada de empréstimos numa segunda fase, onde tudo caminharia para o pleno emprego e para a satisfação colectiva (mais de uns do que de outros), pois os socialistas são mesmo isso (dar satisfação efémeras a uns) e ficar para eles a satisfação duradoura criada pela ilusão chamada liquidez.

Uma sociedade não funciona assim, por muitas décadas. A perpetuação da orgia da liquidez acaba um dia, e Portugal teve aquilo que mereceu, ou está a merecer. E mesmo nós agentes secundários com poder primário (pois somos nós os votantes da democracia instituída) perpetuamos nestes últimos 38 anos esta orgia.

Este governo sem solução para o pais, sem plano estratégico de longo-prazo, ao sabor de "disse dali", "vai antes por aqui", corta ali, mas volta atrás, tem no entanto uma virtude que a longo-prazo pode " E DIGO PODE" coleccionar um trunfo: A criação de confiança nos terceiros (que serão o alimento inicial de uma recuperação) seja ela daqui a 2 anos ou a 10 anos.

Numa doença crónica, em que se encontra este país, e ainda podendo escolher em quem votar nas próximas eleições, votaria indiscutivelmente na Troika, pois é o caminho mais rápido para a solução do problema, por muito que isso nos possa doer.

Não se esqueçam do inicio da conversa e de quem nos trouxe até aqui. É um aviso a todos.... O prazer dado e arregaçado, os almoços que vos deram grátis e as facilidades obtidas, terão algures um dia o reverso da medalha.

Neste pais colocaram-nos o peixe na mesa, mas nunca nos deram a cana para saber pescar.
Essa cana ficou na mão de quem trai a confiança da sociedade, e sem esse valor fundamental, Portugal está irremediavelmente perdido.

Cumprimentos


:clap: :clap: :clap: :clap:


Num país com assento parlamentar possuem pouca ou nula credibilidade percebo que para muitos o mal menor seja um Governo liderado pela troika, confesso que até eu já tive esta preferência.

Contudo um país é feito por ser humanos que podem ser crianças, jovens, idosos carenciados mas que todos juntos são constituem efectivamente o país. Porque em última análise, se não é para defender as pessoas, para que existimos enquanto nação??

E por isso, a Troika não é a solução porque o seu objectivo é recuperar o dinheiro que emprestou e nada mais. E quando uma entidade não tem as pessoas como uma das suas primeiras prioridades e defende o interesse de alguns, essa entidade não serve.

Atualmente estamos a ser vitimas do nosso despesismo, sem dúvida, mas também da falta de soluções para atacar o presente problema. A existência de uma moeda única fez colapsar as estratégias à muito seguidas pelas instituições internacionais. E até hoje, essas mesmas instituições têm mostrado completamente incapaz para identificar soluções alternativas.

Porque a realidade é uma, havia um memorando de entendimento inicial, agora já nem interessa discutir se era bom ou mau, esse memorando obrigava á implementação de um conjunto de ações que visavam o o cumprimento de determinados objectivos.

E passado 2 anos de implementação, qual o resultado? Um falhanço brutal em toda a linha - défice mais alto que o previsto, recessão mais profunda, desemprego em valores recorde.. nada foi concretizado..

E obviamente que o partido socialista tem gravíssimas culpa no que aconteceu, mas face ao sucedido em 2008, grave crise internacional, e as directrizes da UE - injectar dinheiro para aguentar a banca e a economia - alguém dúvida que o PSD tinha feito algo similar? Eu não..

A pergunta, apesar de triste é a seguinte: Portugal tem condições para estar numa UE, com a mesma moeda como países como a Alemanha e a Holanda??

Numa Europa que andou a patrocinar, com o apoio de TODOS os partidos do poder, a destruição da nossa agricultura e industria, podemos continuar a existir segundo as mesmas políticas?

E pro último, a Europa está quase na sua totalidade mergulhada numa recessão. A própria Alemanha, a e sua economia mais sólida, tem um crescimento positivo de poucas décimas, por isso é inavegável que existe um problema estrutural que infelizmente até ao momento ninguém se preocupa.
 
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por SIRS » 19/2/2013 9:00

ppbogos Escreveu:Os senhores do 25 de Abril construíram uma sociedade pretensamente próspera, onde todos beneficiariam dos incentivos levados a cabo pelo Estado, com a criação de regalias sociais colectivas, aplicando as teorias Keynesianas, ( injecções de liquidez sem fim produzida numa primeira fase quando se tem na mão o poder da impressão) e depois emanada de empréstimos numa segunda fase, onde tudo caminharia para o pleno emprego e para a satisfação colectiva (mais de uns do que de outros), pois os socialistas são mesmo isso (dar satisfação efémeras a uns) e ficar para eles a satisfação duradoura criada pela ilusão chamada liquidez.

Uma sociedade não funciona assim, por muitas décadas. A perpetuação da orgia da liquidez acaba um dia, e Portugal teve aquilo que mereceu, ou está a merecer. E mesmo nós agentes secundários com poder primário (pois somos nós os votantes da democracia instituída) perpetuamos nestes últimos 38 anos esta orgia.

Este governo sem solução para o pais, sem plano estratégico de longo-prazo, ao sabor de "disse dali", "vai antes por aqui", corta ali, mas volta atrás, tem no entanto uma virtude que a longo-prazo pode " E DIGO PODE" coleccionar um trunfo: A criação de confiança nos terceiros (que serão o alimento inicial de uma recuperação) seja ela daqui a 2 anos ou a 10 anos.

Numa doença crónica, em que se encontra este país, e ainda podendo escolher em quem votar nas próximas eleições, votaria indiscutivelmente na Troika, pois é o caminho mais rápido para a solução do problema, por muito que isso nos possa doer.

Não se esqueçam do inicio da conversa e de quem nos trouxe até aqui. É um aviso a todos.... O prazer dado e arregaçado, os almoços que vos deram grátis e as facilidades obtidas, terão algures um dia o reverso da medalha.

Neste pais colocaram-nos o peixe na mesa, mas nunca nos deram a cana para saber pescar.
Essa cana ficou na mão de quem trai a confiança da sociedade, e sem esse valor fundamental, Portugal está irremediavelmente perdido.

Cumprimentos


:clap: :clap: :clap: :clap:
 
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por Las_Vegas » 19/2/2013 8:38

ppbogos Escreveu:Os senhores do 25 de Abril construíram uma sociedade pretensamente próspera, onde todos beneficiariam dos incentivos levados a cabo pelo Estado, com a criação de regalias sociais colectivas, aplicando as teorias Keynesianas, ( injecções de liquidez sem fim produzida numa primeira fase quando se tem na mão o poder da impressão) e depois emanada de empréstimos numa segunda fase, onde tudo caminharia para o pleno emprego e para a satisfação colectiva (mais de uns do que de outros), pois os socialistas são mesmo isso (dar satisfação efémeras a uns) e ficar para eles a satisfação duradoura criada pela ilusão chamada liquidez.

Uma sociedade não funciona assim, por muitas décadas. A perpetuação da orgia da liquidez acaba um dia, e Portugal teve aquilo que mereceu, ou está a merecer. E mesmo nós agentes secundários com poder primário (pois somos nós os votantes da democracia instituída) perpetuamos nestes últimos 38 anos esta orgia.

Este governo sem solução para o pais, sem plano estratégico de longo-prazo, ao sabor de "disse dali", "vai antes por aqui", corta ali, mas volta atrás, tem no entanto uma virtude que a longo-prazo pode " E DIGO PODE" coleccionar um trunfo: A criação de confiança nos terceiros (que serão o alimento inicial de uma recuperação) seja ela daqui a 2 anos ou a 10 anos.

Numa doença crónica, em que se encontra este país, e ainda podendo escolher em quem votar nas próximas eleições, votaria indiscutivelmente na Troika, pois é o caminho mais rápido para a solução do problema, por muito que isso nos possa doer.

Não se esqueçam do inicio da conversa e de quem nos trouxe até aqui. É um aviso a todos.... O prazer dado e arregaçado, os almoços que vos deram grátis e as facilidades obtidas, terão algures um dia o reverso da medalha.

Neste pais colocaram-nos o peixe na mesa, mas nunca nos deram a cana para saber pescar.
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por bogos » 19/2/2013 1:05

Os senhores do 25 de Abril construíram uma sociedade pretensamente próspera, onde todos beneficiariam dos incentivos levados a cabo pelo Estado, com a criação de regalias sociais colectivas, aplicando as teorias Keynesianas, ( injecções de liquidez sem fim produzida numa primeira fase quando se tem na mão o poder da impressão) e depois emanada de empréstimos numa segunda fase, onde tudo caminharia para o pleno emprego e para a satisfação colectiva (mais de uns do que de outros), pois os socialistas são mesmo isso (dar satisfação efémeras a uns) e ficar para eles a satisfação duradoura criada pela ilusão chamada liquidez.

Uma sociedade não funciona assim, por muitas décadas. A perpetuação da orgia da liquidez acaba um dia, e Portugal teve aquilo que mereceu, ou está a merecer. E mesmo nós agentes secundários com poder primário (pois somos nós os votantes da democracia instituída) perpetuamos nestes últimos 38 anos esta orgia.

Este governo sem solução para o pais, sem plano estratégico de longo-prazo, ao sabor de "disse dali", "vai antes por aqui", corta ali, mas volta atrás, tem no entanto uma virtude que a longo-prazo pode " E DIGO PODE" coleccionar um trunfo: A criação de confiança nos terceiros (que serão o alimento inicial de uma recuperação) seja ela daqui a 2 anos ou a 10 anos.

Numa doença crónica, em que se encontra este país, e ainda podendo escolher em quem votar nas próximas eleições, votaria indiscutivelmente na Troika, pois é o caminho mais rápido para a solução do problema, por muito que isso nos possa doer.

Não se esqueçam do inicio da conversa e de quem nos trouxe até aqui. É um aviso a todos.... O prazer dado e arregaçado, os almoços que vos deram grátis e as facilidades obtidas, terão algures um dia o reverso da medalha.

Neste pais colocaram-nos o peixe na mesa, mas nunca nos deram a cana para saber pescar.
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por richardj » 19/2/2013 0:37

mais_um já viste aqueles cartazes do BE que dizem, " saude, educação, pensões ou juros" :lol:

no final não interessa se temos de ser caloteiros ou não, toda a gente tem de viver um pouco melhor, se mandassem, aumentava-se aqui e ali por decreto lol. e quando no final do mês não houvesse dinheiro, mandava-se imprimir, como dizia o soares. E assim vivíamos felizes, contentes e aparentemente rico :)

é como o homem que pede um empréstimo para a casa e depois faz a sua vida normal e chega à conclusão que não consegue pagar tudo e decide chegar ao banco e, por decreto, diz que só vai pagar metade porque para viver o seu nível de vida não consegue pagar o empréstimo eh.


já pensaram que, se os políticos dessem à população apenas aquilo que o dinheiro permitia, poderiam, em comparação com agora, dar +- mais 7 mil milhões em estado social (que tem de ser pagos para os juros).
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por MarcoAntonio » 18/2/2013 22:42

Não costumo ser (demasiado) picuinhas nestas coisas mas não consigo deixar de reparar que a carta está cheia de más construções de frases, algumas palavras parecem inclusivamente trocadas.

:shock:
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por MiamiBlue » 18/2/2013 21:55

Exmo Sr. Presidente



Não é a primeira vez que lhe dirijo formalmente uma carta sobre as consequências para os portugueses do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro de Portugal. Anteriormente fi-lo para dar conta da posição do Partido Socialista nas reuniões com os representantes da troika, reafirmando o nosso compromisso com os objectivos de consolidação orçamental mas alertando para a necessidade do Programa ser credível e ter em linha de conta com os impactos económicos e sociais da austeridade. Recordo que na carta remetida em Setembro de 2012 chamava a atenção para o fracasso da tese da austeridade expansionista e referia uma situação de pré-ruptura social que aconselhava fortemente a uma reavaliação do modo de ajustamento.



Infelizmente a situação económica e social agravou-se fortemente.



Segundo os dados mais recentes, a taxa de desemprego atingiu os 16,9%, isto é a maior taxa de todos os tempos em Portugal. Hoje temos 923 mil desempregados registados e 40% dos jovens não têm emprego. A situação torna-se ainda mais dramática quando é sabido que mais de metade destes portugueses não tem acesso a qualquer mecanismo de proteção social, encontrando-se na miséria ou a viver do apoio da família que, por sua vez, também é fustigada com cortes de salários e pensões a aumento de impostos. Ainda no final da passada semana foi publicado um relatório internacional a denunciar que mais de um quarto das crianças portuguesas estava em situação de pobreza ou exclusão.



Por outro lado, os dados do Eurostat da passada quinta feira comprovam que no quarto trimestre de 2012 a economia portuguesa retraiu-se 3,8% em termos homólogos, com a maior queda trimestral registada em toda a União Europeia e uma recessão mais profunda do que a esperada porque qualquer entidade nacional ou internacional. A recessão não só persiste como está a agravar-se.



A balança externa, que nos últimos meses era o último argumento do Governo e da Troika para tentar indiciar algum aspeto do ajustamento com impacto positivo, dá mostras de degradação. Todos sabíamos que as importações estão a retrair-se pela forte redução da procura interna, nomeadamente do investimento. O que é reconhecido pelas recenes estatísticas do INE é que as exportações estão em desaceleração há um ano e em Dezembro de 2012 caíram 3,2% em termos homólogos.



Mais desemprego, menos economia, mais falências e insolvências, mais pobreza, mais emigração de portugueses qualificados, em particular os jovens. Este é o retrato trágico da politica da austeridade do custe o que custar.



Uma política – a da austeridade expansionista – que não atingiu os objetivos propostos. O défice orçamental em 2012 ficou acima do inicialmente previsto e com recurso a receitas extraordinárias. A divida publica não para de aumentar. E, mesmo com os fundos oriundos das privatizações, a dívida pública aumentou 7 p. p. em 2012.



O Memorando previa para 2012 um défice de 4,5% do PIB, uma taxa de desemprego de 13,4%, uma recessão de 1,8%, um stock de dívida de 189 mil milões de euros. O programa não permitiu atingir nenhum destes objetivos.



Há muitos sinais de que a austeridade excessiva tem sido contraproducente, um fator de recessão e de desagregação social. Só para dar três exemplos: o aumento de desemprego levou a uma quebra de 700 milhões de euros nas contribuições para a Segurança Social e de um aumento de 550 milhões de euros na despesa dos subsídios de desemprego; aumentaram-se as taxas do IVA para cobrar mais 12% e afinal a receita caiu 2%; a falência de muitas empresas, a insolvência de muitas famílias e as imparidades obriga a um esforço acrescido na capitalização da banca.



Em síntese, os portugueses estão a passar por enormes dificuldades, a fazer sacrifícios para além dos limites admissíveis, sem que se vejam os resultados (défice orçamental e divida pública)que o Governo e a Troika prometeram; com consequências dramáticas no desemprego e na destruição do aparelho produtivo.



Os portugueses não aguentam mais!



Estamos à beira de uma tragédia social. Chegou o momento de dizer basta!



Chegou o momento de procedermos, Portugal e a Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional, a uma avaliação politica do processo de ajustamento do meu país.



Não está em causa, como nunca esteve o cumprimento das nossas obrigações externas. Honramos os nossos compromissos e queremos cumpri-los.



Não está em causa a necessidade do rigor e da disciplina orçamental. O Tratado Fiscal Europeu foi aprovado pelo PS, bem como a inclusão da regra de ouro na Lei de Enquadramento Orçamental.



O que está em causa é a politica escolhida, a da austeridade expansionista, que não atinge os objetivos a que se propôs e está a criar problemas sociais e económicos de uma enorme gravidade.



A avaliação politica que propomos deve desenhar uma estratégia credível de consolidação das contas publicas, dando prioridade ao crescimento económico e à criação de emprego. Já não é só uma opção ideológica, como o PS tem defendido, trata-se de realismo. É uma obrigação moral, olharem para a situação de Portugal e terem, Governo e a Troika, a humildade de reconhecerem que a vossa receita falhou.



Portugal necessita, por razões que temos vindo a apontar e que são do conhecimento da Troika desde Novembro de 2011, de mais tempo para a consolidação das contas públicas, para o pagamento da divida, de juros mais baixos e de um adiamento do pagamento de juros. Estas quatro condições são essenciais para a criação de um ambiente amigo do crescimento económico e são a melhor garantia de que os portugueses cumpriram os seus compromissos de acordo com as suas possibilidades.



Portugal quer sair da atual situação. Portugal quer eliminar os seus desequilíbrios estruturais e iniciar um ciclo virtuoso de crescimento, competitividade e finanças públicas sãs. Para que tal aconteça é necessário que se recupere o forte apoio político e social ao programa de ajustamento, o que passa por se perspetivar um programa credível e equitativo.



Há, em Portugal, um vasto consenso social de que é necessário uma estratégia credível de consolidação que tenha em conta as consequências sociais e a evolução da economia nacional.

A próxima avaliação do PAEF, a sétima, que vai ocorrer este mês de Fevereiro não pode ser um exercício técnico de verificação se o que está no memorando está a ser aplicado. Muito menos propor ou aceitar novas medidas de austeridade como aconteceu em Setembro ultimo.



A próxima avaliação é crucial para a vida dos portugueses. Exige-se que seja uma avaliação politica tendo em conta a grave situação económica e social. A Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional devem enviar a Portugal responsáveis políticos com capacidade de decisão.



Dirijo-lhe esta carta, sensibilizando-o para a situação gravíssima que os portugueses estão a viver e para a necessidade de a próxima delegação da Troika ser constituída por responsáveis políticos da instituição que dirige.



Com a expressão dos meus melhores cumprimentos

António José Seguro

Secretario Geral


http://www.jornaldenegocios.pt/economia/ajuda_externa/detalhe/carta_de_seguro_aos_lideres_da_troika.html

O homem é um banana e o PS o principal coveiro de Portugal mas nesta carta tem mais verdades juntas que o discurso do Governo nos últimos 6 meses.

Precisamos de um Governo que defenda Portugal e não um Governo completamente submisso ás vontades do exterior.

P.S. : Que falta faz a este país um partido sério. Infelizmente o atual estado dos partidos com assento parlamentar é em tudo idêntico ao estado do país..
 
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por mais_um » 14/2/2013 18:09

Mcmad Escreveu:
Para 2013 qual o valor do défice primário esperado?


Em 2013 o défice orçamental irá situar-se em 7,5 mil milhões de euros. Este valor corresponde a 4.5% do PIB, i.e. ao limite para o défice para 2013 aprovado na reunião do Eurogrupo e ECOFIN de 8 e 9 de Outubro passados.

Em 2013, o saldo primário (que exclui o pagamento de juros) ficará próximo do equilíbrio, em -0.2% do PIB. Já o saldo estrutural primário (que exclui os juros da dívida pública e é corrigido do ciclo económico e de fatores temporários) verificará um excedente de 1,9% do PIB.

http://www.portugal.gov.pt/media/736473 ... oe2013.pdf



Já agora, não sei porque estão tão preocupados com o defice primário, os juros da divida não são para pagar?... :roll: :roll:
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por Krupper » 14/2/2013 17:16

Mcmad Escreveu:
Krupper Escreveu:
Mcmad Escreveu:
Krupper Escreveu:
Mcmad Escreveu:4 mil milhões :?:

Deixem-me pensar :oh: :-k

Que tal um corte de metade do montante de juros pagos( 9 mil milhões) ?

que vos parece?


É esse o corte estrutural que propões?


Não.
O estrutural é um "haircut" da dívida.


E onde é que vais buscar dinheiro para financiar os défices sucessivos?


Para 2013 qual o valor do défice primário esperado?


Sinceramente não sei. Qual é?
 
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por Mcmad » 14/2/2013 16:31

Krupper Escreveu:
Mcmad Escreveu:
Krupper Escreveu:
Mcmad Escreveu:4 mil milhões :?:

Deixem-me pensar :oh: :-k

Que tal um corte de metade do montante de juros pagos( 9 mil milhões) ?

que vos parece?


É esse o corte estrutural que propões?


Não.
O estrutural é um "haircut" da dívida.


E onde é que vais buscar dinheiro para financiar os défices sucessivos?


Para 2013 qual o valor do défice primário esperado?
Confira as minhas opiniões

http://markoeconomico.blogspot.com/
 
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por Krupper » 14/2/2013 16:25

Mcmad Escreveu:
Krupper Escreveu:
Mcmad Escreveu:4 mil milhões :?:

Deixem-me pensar :oh: :-k

Que tal um corte de metade do montante de juros pagos( 9 mil milhões) ?

que vos parece?


É esse o corte estrutural que propões?


Não.
O estrutural é um "haircut" da dívida.


E onde é que vais buscar dinheiro para financiar os défices sucessivos?
 
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por Mcmad » 14/2/2013 16:20

Krupper Escreveu:
Mcmad Escreveu:4 mil milhões :?:

Deixem-me pensar :oh: :-k

Que tal um corte de metade do montante de juros pagos( 9 mil milhões) ?

que vos parece?


É esse o corte estrutural que propões?


Não.
O estrutural é um "haircut" da dívida.
Confira as minhas opiniões

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