Conheça as propostas do FMI para cortar 4 mil milhões na des
Eldred Escreveu:Não estou dentro do ramo, mas por conversas com familiares fiquei com ideia que no ensino secundário os professores vão tendo horário reduzido com antiguidade.
também pode ser um factor para dimunuir o racio.
Acho isso injusto dentro da propria classe dos professores, já que significa que os mais velhos poem os mais novos a trablahar para eles (ou sistema de reformas antes da idade).
Essas coisas é que seria interessante discutir e chamar o ministro ou secretario da educação que aprovou esse regulamento ao explicar isso.
Dizer que se vai despedir 30 ou 40 mil, sem analisar a situação, não vai reduzir as injustiças antes pelo contrário. De certeza que os despedidos serão os mais novos que tem horarios completos, e ficam os mais velhos com os seus horarios reduzidos.
Actualmente existe esse sistema.
- Aos 50 anos os professores têm 2 horas de redução da componente lectiva, aos 55 têm mais 2 e aos 60 anos têm mais 4 (num maximo de 8).
Mas essas horas não são retiradas do horario, são horas que os professores utilizam para outras actividades, por exemplo cargos (delegados de grupo, diretores de departamento, diretores de curso, acessor do diretor, etc etc) ou para apoios a alunos, (quer em sala de aulas, quer na biblioteca, ...) ou para projetos na escola.
Normalmento as horas que o professor ocupa são muito superiores às atribuidas pela escola. Pessoalmente prefiro as aulas a estes cargos.
Por isso, como vês, não há a injustiça que pensas, antes pelo contrário.
Nota que as Direções de Turma e os Grupos/Equipa do Desporto Escolar são exceção, pois englobam-se nas componente letiva, podendo ser atribuido a qualquer horário.
Mas numa coisa tens razão: estas horas fazem o rácio alunos/professor diminuir.
Nalguns países, os cargos são atribuidos extra-horário (e pagos como suplemento). Como em Portugal essas horas reduzem à componente lectiva, originam mais professores.
Imagina uma escoal com 73 turmas. Só para a direcção de turma são atribuidas a 110 horas (1,5*73), o que
equivale a 5 horários. Em Espanha (por exemplo) essa escola teria menos 5 professores do que em Portugal pois essas 110 horas seriam atribuidas (e melhor pagas) a professores já existentes.
A bolsa é um mundo cheio de oportunidades...
... de perder dinheiro
... de perder dinheiro
Mais_um, claro que entendo isso e claro que isso é uma ressalva. Mas o relatório comenta que nem por isso os resultados são melhores. Se essa é a razão (e já vimos que a razão tem a ver com as diminuições de cargas horárias com a antiguidade), então mude-se.
Artista, a comparação é feita em função do que o país tem, per capita. E uma coisa são os gastos totais, outra os gastos em professores que é o item em questão quando se discute o número de alunos por professor. Quem tem descrito a sua situação és tu. Tornaste público o teu exemplo que por sua vez explica a cegueira na defesa de um sistema que consome loucuras de recursos e que não produz resultados. Toda a gente constata isso com excepção dos interessados: os alunos e os pais dos mesmos (que preferem ir para o privado sempre que podem), quem analisa os resultados do nosso sistema de educação e agora o próprio FMI.
Artista, a comparação é feita em função do que o país tem, per capita. E uma coisa são os gastos totais, outra os gastos em professores que é o item em questão quando se discute o número de alunos por professor. Quem tem descrito a sua situação és tu. Tornaste público o teu exemplo que por sua vez explica a cegueira na defesa de um sistema que consome loucuras de recursos e que não produz resultados. Toda a gente constata isso com excepção dos interessados: os alunos e os pais dos mesmos (que preferem ir para o privado sempre que podem), quem analisa os resultados do nosso sistema de educação e agora o próprio FMI.
Não estou dentro do ramo, mas por conversas com familiares fiquei com ideia que no ensino secundário os professores vão tendo horário reduzido com antiguidade.
também pode ser um factor para dimunuir o racio.
Acho isso injusto dentro da propria classe dos professores, já que significa que os mais velhos poem os mais novos a trablahar para eles (ou sistema de reformas antes da idade).
Essas coisas é que seria interessante discutir e chamar o ministro ou secretario da educação que aprovou esse regulamento ao explicar isso.
Dizer que se vai despedir 30 ou 40 mil, sem analisar a situação, não vai reduzir as injustiças antes pelo contrário. De certeza que os despedidos serão os mais novos que tem horarios completos, e ficam os mais velhos com os seus horarios reduzidos.
também pode ser um factor para dimunuir o racio.
Acho isso injusto dentro da propria classe dos professores, já que significa que os mais velhos poem os mais novos a trablahar para eles (ou sistema de reformas antes da idade).
Essas coisas é que seria interessante discutir e chamar o ministro ou secretario da educação que aprovou esse regulamento ao explicar isso.
Dizer que se vai despedir 30 ou 40 mil, sem analisar a situação, não vai reduzir as injustiças antes pelo contrário. De certeza que os despedidos serão os mais novos que tem horarios completos, e ficam os mais velhos com os seus horarios reduzidos.
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- Registado: 19/2/2012 18:38
mais_um Escreveu:O facto de haver um determinado nº médio de alunos por professor não tem nada a ver com a dimensão das turmas!!!!! Grande confusão!!
O rácio alunos por professor é um numero meramente estatístico que não tem nada a ver com a dimensão das turmas. Por exemplo, se no 1º ciclo do básico tivéssemos um professor para português e outro para matemática tínhamos o dobro de professores para o mesmo nº de alunos mas as turmas não alteravam de tamanho.
Vejam a tabela 6.3 na pagina 66:
http://economico.sapo.pt/public/uploads/PRT_FAD.pdf
Temos muitos professores no secundário em relação a outros países, alem dos factores que já referi, se por hipótese o nosso secundário tiver mais disciplinas diferentes implica mais professores para o mesmo nº de alunos.
É preciso analisar os nº com cuidado e perceber de onde vem o desvio.
Mas claramente a qualidade (leia-se resultados) está mais dependente da "matéria prima" do que do resto, como podem verificar na figura 6.4 (pag. 68), a "matéria prima" (alunos) é muito importante no resultado final, a maior parte dos alunos acima de 0 (metade da escala) no factor socio económico está na metade superior dos resultados, o inverso acontece com a metade inferior do factor socio-económico.
Sem querer entrar em discussão, até porque toda a gente é especialista no assunto e os únicos que estão errados são os professores...
Há 6 ou 7 anos tive um colega que fez um estudo para uma pós graduação, sobre a carga horária dos cursos não superiores e chegou à conclusão que os alunos portugueses passam muito mais horas nas salas de aulas dos que os restantes alunos europeus, nalguns casos era quase o dobro.
Se uma turma tem mais carga horária, precisa de mais professores (admitindo que o nº de horas lectivas destes se mantém mais ou menos constantes no vários paises).
Só este facto justifica que o número de alunos por professor seja MUITO menor em Portugal.
Um abraço
PS: desafio a encontrarem um país na Europa onde os alunos tenham 45 horas semanais de aulas, como tem a minha turma de CEF 5, ou menos que os profissionais, que apenas têm 40 horas.
PS2: se se considera que os professores têm menos horas lectivas e turmas menores, e que a média na Europa é 10 alunos por professor, nesse caso a média em Portugal não era 8 alunos por professor, mas muito menos
PS3: Outro esclarecimento: neste momento, nas escolas, apenas o Diretor não tem componente lectiva. Tem 2 ou 3 adjuntos com um determinado crédito e pode ter os acessores que quizerem, mas estes não têm redução alguma (ZERO).
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Pata-Hari Escreveu:artista Escreveu:Pata-Hari Escreveu:Artista, Portugal tem 8 alunos por professor. I rest my case.
Muito gostas tu de viver no passado...
Com dados de 2010 e com uma série de ineficiências que o mais_um já apontou... O problema é que estamos em 2013 e nestes últimos anos muitos cortes foram feitos!
Ainda assim, que resposta é essa depois da segurança da afirmação anterior?! Afinal a coisa não foi assim tão discutida e não é tão certa como o que quiseste fazer passar...
Artista, ou desapareceram miraculosamente 2/3 dos professores (para dar turmas de tamanho normal) ou continuamos a ter um número ridículo. Passei horas e mostrei-te dezenas de estatísticas que demonstram o que afirmei em vários tópicos. Em gráfico, em quadro, em texto corrido. Passei eu e passaram outros participantes. Demos-te números, contrariámos as tuas "ideias" que nunca se materializaram em números, mostrando que estás enganado por muito que queiras que a realidade seja diferente. Tu ignoras tudo e todos e em cada tópico tens laivos de esquecimento e afirmas que os números e as estatísticas são erróneas, são antigas. Mas não mostras novos números ou os que mostras são mal interpretados ou mal usados. São-te explicados os erros em que cais quando fazes afirmações. Eu tenho pena por ti, mas a realidade é esta, crua e dura.
Acho que o texto te descreve a ti própria... esta última troca de mensagens é mais um exemplo disto mesmo!
És tu quem apenas apresenta dados de 2008/2010... és tu quem faz interpretações descabidas, como por exemplo quando passaste imenso tempo a dizer que a Finlândia gastava menos que nós em Educação... e houve muitos mais foristas a dizer mais ou menos o mesmo que eu e não o contrário...
E, pior de tudo, chegas ao ponto de fazer uma enorme confusão com o dado do número de alunos por professor que, como o mais_um já explicou é apenas um dado estatístico, não tem nada a ver com o número de alunos por turma, pelo menos de uma forma direta. Nem sequer te deste ao trabalho de verificar que os números que os outros países apresentam estão em linha com os que atualmente Portugal tem 11/14 alunos por professor... enfim, mais do mesmo!
Fico-me por aqui...
EDIT: Se há coisa que eu não quero é que, nem tu nem ninguém tenha pena de mim (poupa-me à tua condescendência!


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http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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O facto de haver um determinado nº médio de alunos por professor não tem nada a ver com a dimensão das turmas!!!!! Grande confusão!!
O rácio alunos por professor é um numero meramente estatístico que não tem nada a ver com a dimensão das turmas. Por exemplo, se no 1º ciclo do básico tivéssemos um professor para português e outro para matemática tínhamos o dobro de professores para o mesmo nº de alunos mas as turmas não alteravam de tamanho.
Vejam a tabela 6.3 na pagina 66:
http://economico.sapo.pt/public/uploads/PRT_FAD.pdf
Temos muitos professores no secundário em relação a outros países, alem dos factores que já referi, se por hipótese o nosso secundário tiver mais disciplinas diferentes implica mais professores para o mesmo nº de alunos.
É preciso analisar os nº com cuidado e perceber de onde vem o desvio.
Mas claramente a qualidade (leia-se resultados) está mais dependente da "matéria prima" do que do resto, como podem verificar na figura 6.4 (pag. 68), a "matéria prima" (alunos) é muito importante no resultado final, a maior parte dos alunos acima de 0 (metade da escala) no factor socio económico está na metade superior dos resultados, o inverso acontece com a metade inferior do factor socio-económico.
O rácio alunos por professor é um numero meramente estatístico que não tem nada a ver com a dimensão das turmas. Por exemplo, se no 1º ciclo do básico tivéssemos um professor para português e outro para matemática tínhamos o dobro de professores para o mesmo nº de alunos mas as turmas não alteravam de tamanho.
Vejam a tabela 6.3 na pagina 66:
http://economico.sapo.pt/public/uploads/PRT_FAD.pdf
Temos muitos professores no secundário em relação a outros países, alem dos factores que já referi, se por hipótese o nosso secundário tiver mais disciplinas diferentes implica mais professores para o mesmo nº de alunos.
É preciso analisar os nº com cuidado e perceber de onde vem o desvio.
Mas claramente a qualidade (leia-se resultados) está mais dependente da "matéria prima" do que do resto, como podem verificar na figura 6.4 (pag. 68), a "matéria prima" (alunos) é muito importante no resultado final, a maior parte dos alunos acima de 0 (metade da escala) no factor socio económico está na metade superior dos resultados, o inverso acontece com a metade inferior do factor socio-económico.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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assunoadr Escreveu:richardj Escreveu:assunoadr Escreveu:O argumento é o de que a maioria dos encargos do Estado (76%) são com prestações sociais (neste caso as prestações contributivas nem deveriam ser incluídas no orçamento porque são suportadas por fundos constituidos para o efeito), educação e saúde para justificarem com a dimensão a necessidade de cortarem aí, vendendo a ideia da inevitabilidade de o fazerem. Mas então os contribuintes deviam perguntar para onde vão os restantes 24% que nem sequer foram objecto do estudo do FMI.
que fundos?
esses 24% podem ser muita coisa:
- juros
- despesas relativas a defesa nacional
- justiça
- custos administrativos
- tapar buracos de transportadoras (porque em vez de as pessoas pagarem os transportes directamente que usam, é mais fácil dizer que os preços são baratinhos e depois ter de carregar no IRS ou IRC para ir buscar o mesmo dinheiro à mesma)
- imvestimentos
Por alguma razão não foram objecto de estudo pelo FMI mas já referi acima o suficiente para se perceber que seria bem mais fácil cortar por aí 3 a 5 mil milhões. Até são nessas rubricas que se incluem as despesas com as mordomias da classe politica e outras similares de origem e necessidade duvidosa. Tal como na generalidade dos países europeus, os transportes públicos prestam serviços públicos à população com grandes vantagens para as zonas urbanas, sendo por isso subsidiados, portanto não percebo onde esteja o escândalo. Já injectar 12 mil milhões nos bancos e 9 mil milhões no BPN é que parece que para alguns não é escândalo, nomeadamente para aqueles que aceitam a corrupção que os favorece como normal, necessária e legitima.
Só é pena não ser serviço publico nos dias em que decidem fazer greve.
E portanto, os homens do porto, através do seu IRS ou IVA devem contribuir para pagar os transportes da malta de Lisboa ou outra cidade qualquer. E vise versa
artista Escreveu:Pata-Hari Escreveu:Artista, Portugal tem 8 alunos por professor. I rest my case.
Muito gostas tu de viver no passado...
Com dados de 2010 e com uma série de ineficiências que o mais_um já apontou... O problema é que estamos em 2013 e nestes últimos anos muitos cortes foram feitos!
Ainda assim, que resposta é essa depois da segurança da afirmação anterior?! Afinal a coisa não foi assim tão discutida e não é tão certa como o que quiseste fazer passar...
Artista, ou desapareceram miraculosamente 2/3 dos professores (para dar turmas de tamanho normal) ou continuamos a ter um número ridículo. Passei horas e mostrei-te dezenas de estatísticas que demonstram o que afirmei em vários tópicos. Em gráfico, em quadro, em texto corrido. Passei eu e passaram outros participantes. Demos-te números, contrariámos as tuas "ideias" que nunca se materializaram em números, mostrando que estás enganado por muito que queiras que a realidade seja diferente. Tu ignoras tudo e todos e em cada tópico tens laivos de esquecimento e afirmas que os números e as estatísticas são erróneas, são antigas. Mas não mostras novos números ou os que mostras são mal interpretados ou mal usados. São-te explicados os erros em que cais quando fazes afirmações. Eu tenho pena por ti, mas a realidade é esta, crua e dura.
Pata-Hari Escreveu:vgasmo Escreveu:Acho que já disse isto aqui no caldeirão.. mas vai outra vez.
Alguém se deu ao trabalho de fazer as contas a:
Gastos em Pensões em % das despesass do Estado
Número de funcionários públicos per capita
Gastos em funcionários públicos em % do PIB
Gastos em educação per capita
Na verdade, uma análise simples diz-vos que em todos estes indicadores estamos abaixo da média Europeia. Estamos a caminhar, em termos relativos, para um Estado bem mais magro do que a maioria dos países Europeus (o que não quer dizer mais eficiente).
O problema do país não é o Estado social, mas sim o não ser suficientemente produtivo (em termos de valor acrescentado) para esse estado social ou a eficiência do seu Estado Social.
O caso da Administração Pública é sintomático. Existem hoje áreas deficitárias em termos de RH, ou onde os RH são de má qualidade e outras áreas com excedente de pessoas.
Estás enganado. As percentagem face ao PIB per capita dos gastos em educação e pensões são superiores. Já discutimos isso em detalhe com as estatistica "na mão". E é reafirmado/confirmado por este relatório. Não o são em valor absoluto porque o pib é pequeno, espante-se. SOMOS POBRES. Produzimos pouco (per capita e em valor absoluto). Logo, o que há a distribuir é pouco e não podes dar tanto á população quanto o que se pode dar num país onde se produz muito.
Peço desculpa pelo atraso... não devo estar enganado, porque temos de fazer as contas a 2012.
A maioria dos valores em termos de de % do PIB, para 2012, colocam-nos abaixo da média.
Em 2012, o custo salarial da FP baixou cerca de 10 a 14%, e estávamos um ponto acima da média da UE, em termos de % do PIB de gastos salariais do Estado (2010). Em % de gastos do próprio Estado estaremos agora abaixo da média.
Os gastos em pensões são, em termos de %PIB, semelhantes à média (ligeiramente acima) mas em % de gastos do próprio Estado, estarão abaixo da média da UE.
Os gastos em educação per capita e o número de professores são acima da média [como referiste aqui, temos 8.9 alunos por professor (em 2011 - note-se), para uma média de 12,4 na UE].
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Pata-Hari Escreveu:Artista, Portugal tem 8 alunos por professor. I rest my case.
Muito gostas tu de viver no passado...
Com dados de 2010 e com uma série de ineficiências que o mais_um já apontou... O problema é que estamos em 2013 e nestes últimos anos muitos cortes foram feitos!
Ainda assim, que resposta é essa depois da segurança da afirmação anterior?! Afinal a coisa não foi assim tão discutida e não é tão certa como o que quiseste fazer passar...
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ghorez Escreveu:Pata-Hari Escreveu:Artista, Portugal tem 8 alunos por professor. I rest my case.
Se há estatísticas que "matam" essa é uma delas.
Gostava de perceber porque é que os meus sobrinhos estão colocados em turmas com mais de 30 alunos. Venham visitar a D. João V na Damaia, Amadora e verifiquem com os próprios olhos.
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noquia1 Escreveu:Boa tarde a todos
Antes de partilhar um pouco da minha ideia, respeito a opinião de todos mesmo que sejam totalmente opostas.
Caríssimos;
Nos Portugueses de uma vez por todas temos de deixar de procurar culpados para camuflarmos a nossa responsabilidade pelo estado em que o pais se encontra.
Concentrem se no trabalho e produzir a serio ! Dêem o vosso melhor nos empregos e os empresarios que mostrem que realmente sao homens a serio e realmente empreendedores e nao apenas empresarios de esquemas !
Chegou a hora de pagar o que pedimos durante anos a fio !!
Efectivamente teremos de trabalhar muito mais e ganhar menos... Acreditem e uma realidade nao há volta a dar ...! E nao e por fazermos figura de coitadinhos que alguém nos vai dar seja o que for !!! Só resta uma alternativa ... Trabalhar e trabalhar e mais trabalho, no fundo fazer o que os chineses tem vindo a fazer !!
Acabou o tempo das regalias e direitos adquiridos !!
Juntos vamos dar a volta com trabalho e organização !!
Cumprimentos a todos
É muito tarde para quem já trabalhou durante 35-45 anos para educar e sustentar os seus filhos (que hoje deveriam estar a entrar na vida activa no seu próprio país) e que também descontou o suficiente para ter uma reforma condigna que agora lhe querem tirar com o pretexto de que está a prejudicar o futuro dos filhos.
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richardj Escreveu:assunoadr Escreveu:O argumento é o de que a maioria dos encargos do Estado (76%) são com prestações sociais (neste caso as prestações contributivas nem deveriam ser incluídas no orçamento porque são suportadas por fundos constituidos para o efeito), educação e saúde para justificarem com a dimensão a necessidade de cortarem aí, vendendo a ideia da inevitabilidade de o fazerem. Mas então os contribuintes deviam perguntar para onde vão os restantes 24% que nem sequer foram objecto do estudo do FMI.
que fundos?
esses 24% podem ser muita coisa:
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Por alguma razão não foram objecto de estudo pelo FMI mas já referi acima o suficiente para se perceber que seria bem mais fácil cortar por aí 3 a 5 mil milhões. Até são nessas rubricas que se incluem as despesas com as mordomias da classe politica e outras similares de origem e necessidade duvidosa. Tal como na generalidade dos países europeus, os transportes públicos prestam serviços públicos à população com grandes vantagens para as zonas urbanas, sendo por isso subsidiados, portanto não percebo onde esteja o escândalo. Já injectar 12 mil milhões nos bancos e 9 mil milhões no BPN é que parece que para alguns não é escândalo, nomeadamente para aqueles que aceitam a corrupção que os favorece como normal, necessária e legitima.
Editado pela última vez por assunoadr em 12/1/2013 23:29, num total de 2 vezes.
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Pata-Hari Escreveu:Artista, Portugal tem 8 alunos por professor. I rest my case.
É preciso ter cuidado a analisar esses números, já que a forma como chegaram a ele não é mais correcta, ou seja utilizaram o nº de professores total(mesmo aqueles que não dão aulas)e o nº de alunos do básico e do secundário. A forma correcta daria cerca de 11 alunos por professor.
Mas também é necessário entender o significado real deste nº (independentemente de ser 8 ou 11 ou outro qualquer). Basicamente significa que temos demasiados professores que não dão aulas e/ou que dão poucas horas de aulas já que a dimensão das nossas turmas não é significativamente diferente dos outros países europeus (estamos na media) como podem verificar aqui:
dx.doi.org/10.1787/888932667957
ou aqui:
http://www.oecd.org/edu/educationatagla ... cators.htm
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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Pata-Hari Escreveu:vgasmo Escreveu:Acho que já disse isto aqui no caldeirão.. mas vai outra vez.
Alguém se deu ao trabalho de fazer as contas a:
Gastos em Pensões em % das despesass do Estado
Número de funcionários públicos per capita
Gastos em funcionários públicos em % do PIB
Gastos em educação per capita
Na verdade, uma análise simples diz-vos que em todos estes indicadores estamos abaixo da média Europeia. Estamos a caminhar, em termos relativos, para um Estado bem mais magro do que a maioria dos países Europeus (o que não quer dizer mais eficiente).
O problema do país não é o Estado social, mas sim o não ser suficientemente produtivo (em termos de valor acrescentado) para esse estado social ou a eficiência do seu Estado Social.
O caso da Administração Pública é sintomático. Existem hoje áreas deficitárias em termos de RH, ou onde os RH são de má qualidade e outras áreas com excedente de pessoas.
Estás enganado. As percentagem face ao PIB per capita dos gastos em educação e pensões são superiores. Já discutimos isso em detalhe com as estatistica "na mão". E é reafirmado/confirmado por este relatório. Não o são em valor absoluto porque o pib é pequeno, espante-se. SOMOS POBRES. Produzimos pouco (per capita e em valor absoluto). Logo, o que há a distribuir é pouco e não podes dar tanto á população quanto o que se pode dar num país onde se produz muito.
Eu não queria voltar a escrever, nem neste nem noutro tópico mas não consegui, pelo menos desta vez... acho incrível até que digas que isso já foi descutido detalhadamente!? Talvez tenha sido discutido as conclusões a que chegaste é que são muito diferentes das minhas e, se bem me lembro, das dos outros foristas... mas tu apresentas a coisa como algo definitivo, detalhadamente analisado!?

Em Educação, não só nunca gastámos mais do que os outros, gastámos sempre mais ou menos na média, como atualmente gastamos menos, acho até que menos que todos mesmo! Esta tabela é de 2008, em função do PIB estávamos já um pouco abaixo da média, em 2009 e 2010 devemos ter ficado mais ou menos na média, atualmente estamos claramente muito abaixo da média... se não estou em erro a previsão para 2013 é de que gastemos 3,8% do PIB em educação e a Eslováquia gasta cerca de 4%!
http://observatorio-das-desigualdades.c ... tors&id=69
Fica aqui ainda uma notícia que espelha bem a situação, é do final de 2011 quando ainda só se falava do orçamento de 2012, neste momento a situação é ainda pior:
http://www.publico.pt/educacao/noticia/ ... ia-1517231
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Boa tarde a todos
Antes de partilhar um pouco da minha ideia, respeito a opinião de todos mesmo que sejam totalmente opostas.
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Efectivamente teremos de trabalhar muito mais e ganhar menos... Acreditem e uma realidade nao há volta a dar ...! E nao e por fazermos figura de coitadinhos que alguém nos vai dar seja o que for !!! Só resta uma alternativa ... Trabalhar e trabalhar e mais trabalho, no fundo fazer o que os chineses tem vindo a fazer !!
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Antes de partilhar um pouco da minha ideia, respeito a opinião de todos mesmo que sejam totalmente opostas.
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Depois de ler na diagonal do FMI, algumas considerações que considero fundamentais:
Ponto 1: Em 201, quando Portugal solicitou ajuda à Troika, o Memorando estabeleceu um plano de acções para o período de vigência do Memorando- término em 2014. Em nenhuma lado, vem o presente corte agora em discusão. Então, uma pergunta pertinente é a seguinte: Porque é necessário o corte de 4 mim milhões de euros??
Simples, o Programa da Troika FALHOU redondamente. Falhou em toda a linha e falhou porque apesar de alguns cortes na despesa (salários; gastos intermédios, etc), a queda das receitas do Estado foi muito superior..
Em 2012, apesar da previsão das receitas (com o aumento brutal dos impostos e cortes nos salários), o que aconteceu?? A receita está, até ao final de outubro, 1800 milhões abaixo de 2011.
Resumindo, o Governo tem conseguido destruir mais depressa a economia do que estava projectado. E o problema é que ainda não percebeu porque isso acontece..
Porque A resposta á pergunta: Qual o Estado social que queremos pagar está directamente ligada á pergunta: Qual é a capacidade do atual Governo parar de destruir a Economia..
E por isso, agora temos um Governo completamente encostado à parede para fazer cortes. O Governo FALHOU em toda a linha, especialmente Vitor Gaspar.
Ponto 2: Relativamente ao estudo, eu considero-o um bom trabalho. Foi realizado dentro de cercos princípios, que estão lá enumerados. Estão lá medidas que penso que a maioria dos portugueses aceita perfeitamente e que toda a gente sabe: alinhamento entre as regras do público e privado (saúde, reformas, horas de trabalho), Reduções nas reformas (mas não quem ganha até 2000euros), redução dos FP.
Mas lemos e a pergunta que fica é: mas no final deste processo vamos ter um Estado melhor? Por outras palavras, este corte vai ser feito de forma a melhorar o Estado??
É que pelo que se lê, eu não percebi como se chega a muito daqueles cortes. por outras palavras, que reorganização tem que existir, que permite que o Estado possa dispensar essas pessoas e continuar a funcionar com a mesma qualidade.
Por iso, muito trabalho ainda tem que ser feito..
Ponto 3: relativamente às reformas, atualmente temos os casos escandalosos, de políticos relativamente novos que podem solicitar a sua reforma (Alguém devia explicar como isso ainda é possível nos dias de hoje) e temos tido a entrada para a reforma de milhares de FP, com idade inferior aos 65 anos, mas com os 40 anos de trabalho.
Mas isto, de pessoas abaixo de 60 anos a ir para a reforma, temos no público e privados!! Olhemos para a banca, o procedimento para a saída de pessoas é exactamente igual. Tática: Reforma Antecipada!!! Ou saídas para o desemprego, como tens direito a 2 anos de desemprego, depois reforma..
Muita coisa tem que mudar na SS e CGA.
Ponto 3: É do senso-comum, que por vezes, mais importante do que se faz efectivamente, é a forma como se faz.
Ora, o atual Governo, resolveu utilizar a forma de incendiar tudo à sua volta neste processo.
Era difícil, deixar de ser Marques Mendes a dar as novidades do acção governativa?
Era difícil, ter envolvido os partidos da oposição envolver-se neste processo desde o inicio? Se não quisessem, já era diferente.
Era difícil, comunicar primeiro o conteúdo do relatório aos Partidos e depois Comunicação Social?
Era difícil, explicar à população porque motivos o relatório tem aqueles cortes todos, sendo que o corte que tem que ser inferior??
Não era difícil, era facílimo mas, em vez disso, o Governo, resolveu incendiar..
Era preciso que houvesse vontade política DE TODOS OS PARTIDOS para negociar e serem sérios. Mas como são como crianças a olhar para o seu umbigo, dá nesta histeria ridícula.
Um dos graves problemas do país é a total demência da nossa classe política.
Por isso o meu conselho, haja bom-senso para todos e menos arrogância..
Ponto 1: Em 201, quando Portugal solicitou ajuda à Troika, o Memorando estabeleceu um plano de acções para o período de vigência do Memorando- término em 2014. Em nenhuma lado, vem o presente corte agora em discusão. Então, uma pergunta pertinente é a seguinte: Porque é necessário o corte de 4 mim milhões de euros??
Simples, o Programa da Troika FALHOU redondamente. Falhou em toda a linha e falhou porque apesar de alguns cortes na despesa (salários; gastos intermédios, etc), a queda das receitas do Estado foi muito superior..
Em 2012, apesar da previsão das receitas (com o aumento brutal dos impostos e cortes nos salários), o que aconteceu?? A receita está, até ao final de outubro, 1800 milhões abaixo de 2011.
Resumindo, o Governo tem conseguido destruir mais depressa a economia do que estava projectado. E o problema é que ainda não percebeu porque isso acontece..
Porque A resposta á pergunta: Qual o Estado social que queremos pagar está directamente ligada á pergunta: Qual é a capacidade do atual Governo parar de destruir a Economia..
E por isso, agora temos um Governo completamente encostado à parede para fazer cortes. O Governo FALHOU em toda a linha, especialmente Vitor Gaspar.
Ponto 2: Relativamente ao estudo, eu considero-o um bom trabalho. Foi realizado dentro de cercos princípios, que estão lá enumerados. Estão lá medidas que penso que a maioria dos portugueses aceita perfeitamente e que toda a gente sabe: alinhamento entre as regras do público e privado (saúde, reformas, horas de trabalho), Reduções nas reformas (mas não quem ganha até 2000euros), redução dos FP.
Mas lemos e a pergunta que fica é: mas no final deste processo vamos ter um Estado melhor? Por outras palavras, este corte vai ser feito de forma a melhorar o Estado??
É que pelo que se lê, eu não percebi como se chega a muito daqueles cortes. por outras palavras, que reorganização tem que existir, que permite que o Estado possa dispensar essas pessoas e continuar a funcionar com a mesma qualidade.
Por iso, muito trabalho ainda tem que ser feito..
Ponto 3: relativamente às reformas, atualmente temos os casos escandalosos, de políticos relativamente novos que podem solicitar a sua reforma (Alguém devia explicar como isso ainda é possível nos dias de hoje) e temos tido a entrada para a reforma de milhares de FP, com idade inferior aos 65 anos, mas com os 40 anos de trabalho.
Mas isto, de pessoas abaixo de 60 anos a ir para a reforma, temos no público e privados!! Olhemos para a banca, o procedimento para a saída de pessoas é exactamente igual. Tática: Reforma Antecipada!!! Ou saídas para o desemprego, como tens direito a 2 anos de desemprego, depois reforma..
Muita coisa tem que mudar na SS e CGA.
Ponto 3: É do senso-comum, que por vezes, mais importante do que se faz efectivamente, é a forma como se faz.
Ora, o atual Governo, resolveu utilizar a forma de incendiar tudo à sua volta neste processo.
Era difícil, deixar de ser Marques Mendes a dar as novidades do acção governativa?
Era difícil, ter envolvido os partidos da oposição envolver-se neste processo desde o inicio? Se não quisessem, já era diferente.
Era difícil, comunicar primeiro o conteúdo do relatório aos Partidos e depois Comunicação Social?
Era difícil, explicar à população porque motivos o relatório tem aqueles cortes todos, sendo que o corte que tem que ser inferior??
Não era difícil, era facílimo mas, em vez disso, o Governo, resolveu incendiar..
Era preciso que houvesse vontade política DE TODOS OS PARTIDOS para negociar e serem sérios. Mas como são como crianças a olhar para o seu umbigo, dá nesta histeria ridícula.
Um dos graves problemas do país é a total demência da nossa classe política.
Por isso o meu conselho, haja bom-senso para todos e menos arrogância..
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assunoadr Escreveu:O argumento é o de que a maioria dos encargos do Estado (76%) são com prestações sociais (neste caso as prestações contributivas nem deveriam ser incluídas no orçamento porque são suportadas por fundos constituidos para o efeito), educação e saúde para justificarem com a dimensão a necessidade de cortarem aí, vendendo a ideia da inevitabilidade de o fazerem. Mas então os contribuintes deviam perguntar para onde vão os restantes 24% que nem sequer foram objecto do estudo do FMI.
que fundos?
esses 24% podem ser muita coisa:
- juros
- despesas relativas a defesa nacional
- justiça
- custos administrativos
- tapar buracos de transportadoras (porque em vez de as pessoas pagarem os transportes directamente que usam, é mais fácil dizer que os preços são baratinhos e depois ter de carregar no IRS ou IRC para ir buscar o mesmo dinheiro à mesma)
- imvestimentos
O pior que um governo de Portugal pode fazer e privatizar a RTP ou mexer nas grandes reformas , pois e mortal será derrubado sem contemplações , pois e atacar o sagrado.
"Pensões altas são 40% da despesa
Em Portugal, 40 por cento dos gastos com pensões de velhice servem para pagar as reformas mais altas. Os cálculos constam do relatório dos técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a refundação do Estado Social, para criticar o que consideram ser um sistema público de reformas "desigual" e que "não protege de forma adequada" os que menos
Segundo o relatório do FMI, que recorreu aos cálculos do Banco Mundial, "os gastos com as pensões de velhice são ineficazes", apontando o dedo ao facto de o Estado em Portugal gastar muito em pensões e mesmo assim a taxa de risco de pobreza dos mais idosos ser bastante elevada. Para comprovar estas desigualdades, o FMI afirma que, "reflexo de um sistema pouco equitativo, 40 por cento dos gastos com pensões é recebido pelos 20% de reformados com pensões mais altas". Isto implica que são gastos 9,8 mil milhões de euros para pagar as pensões milionárias.
Os técnicos do FMI apontam ainda para o facto de Portugal ser dos países da OCDE que mais gastam em pensões mas que a gestão desse dinheiro é ineficaz. O Estado gastou em 2012 cerca de 24,5 mil milhões de euros com o sistema de pensões. A instituição liderada por Christine Lagarde sugere, por isso, um corte até 20% nas pensões.
As ideias defendidas pelo relatório têm sido muito criticadas, mas Pedro Passos Coelho considerou ontem o trabalho "importante", garantindo, no entanto, que o estudo do FMI não é "a Bíblia do Governo". O primeiro-ministro diz que o trabalho do FMI aponta o "diagnóstico da situação" e "recomenda soluções", sendo que "algumas terão viabilidade, outras não irão ter", apelando ainda ao debate sobre a refundação do Estado.
"Pensões altas são 40% da despesa
Em Portugal, 40 por cento dos gastos com pensões de velhice servem para pagar as reformas mais altas. Os cálculos constam do relatório dos técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a refundação do Estado Social, para criticar o que consideram ser um sistema público de reformas "desigual" e que "não protege de forma adequada" os que menos
Segundo o relatório do FMI, que recorreu aos cálculos do Banco Mundial, "os gastos com as pensões de velhice são ineficazes", apontando o dedo ao facto de o Estado em Portugal gastar muito em pensões e mesmo assim a taxa de risco de pobreza dos mais idosos ser bastante elevada. Para comprovar estas desigualdades, o FMI afirma que, "reflexo de um sistema pouco equitativo, 40 por cento dos gastos com pensões é recebido pelos 20% de reformados com pensões mais altas". Isto implica que são gastos 9,8 mil milhões de euros para pagar as pensões milionárias.
Os técnicos do FMI apontam ainda para o facto de Portugal ser dos países da OCDE que mais gastam em pensões mas que a gestão desse dinheiro é ineficaz. O Estado gastou em 2012 cerca de 24,5 mil milhões de euros com o sistema de pensões. A instituição liderada por Christine Lagarde sugere, por isso, um corte até 20% nas pensões.
As ideias defendidas pelo relatório têm sido muito criticadas, mas Pedro Passos Coelho considerou ontem o trabalho "importante", garantindo, no entanto, que o estudo do FMI não é "a Bíblia do Governo". O primeiro-ministro diz que o trabalho do FMI aponta o "diagnóstico da situação" e "recomenda soluções", sendo que "algumas terão viabilidade, outras não irão ter", apelando ainda ao debate sobre a refundação do Estado.
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As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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A verdade é que há cortes ns despesas que se podem fazer sem prejudicar ainda mais o mexilhão. O problema é acharem que o pessoal tem que pagar para suportar encargos da própria máquina do Estado e não para ter contrapartidas em serviços públicos. O argumento é o de que a maioria dos encargos do Estado (76%) são com prestações sociais (neste caso as prestações contributivas nem deveriam ser incluídas no orçamento porque são suportadas por fundos constituidos para o efeito), educação e saúde para justificarem com a dimensão a necessidade de cortarem aí, vendendo a ideia da inevitabilidade de o fazerem. Mas então os contribuintes deviam perguntar para onde vão os restantes 24% que nem sequer foram objecto do estudo do FMI.
Se as necessidades básicas em minha casa correspondessem a 76% do orçamento, de certeza que não seria pelas mesmas que iria começar a cortar na orçamento.
A verdade é que o relatório é tão tendencioso que nem sequer aborda as verdadeiras gorduras do Estado. Então e os Gastos intermédios superiores a 7 mil milhões (onde seria muito mais fácil e ético tirar 2 ou 3 mil milhões)? O que dizer das isenções fiscais superiores a 8 mil milhões?
Os Gastos Intermédios ultrapassam incluem rendas, gastos administrativos, estudos, gabinetes de advogados, mordomias, material, etc. e muitos dos gastos em que, segundo o tribunal de contas, o governo não tem tido nenhuma contenção. Tem sido um fartar de vilanagem.
A maioria dos incentivos e das insenções fiscais não trás qualquer beneficio para o país porque a forma como têm sido atribuidas só têm prejudicado a iniciativa privada nacional. Por exemplo, as benesses que são concedidas a estrangeiros para investirem em Portugal dá-lhes vantagens competitivas injustificadas em relação aos portugueses. Distorcem as leis do mercado, prejudicando sobretudo as pequenas empresas nacionais que ficam em desvantagem competitiva mas que deveriam ser o principal sustentáculo de crescimento da economia nacional.
A verdade é que nas reformas também foram concedidos previlégios tal como no acesso a outros serviços públicos que contribuiram para que o sistema ficasse fragilizado.
As reformas têm sido objecto de fórmulas de cálculo e de bases de cálculo diferenciadas de forma a beneficiar alguns em relação à maioria (especialmente os profissionais da politica, militares, FP durante anos, magistrados, etc.), violando o principio constitucional da igualdade de tratamento com que ninguém se preocupou muito até hoje, nem o PM e nem o PR que só acha inconstitucionais as medidas que afectam a reforma dele. A verdade é que o governo tem seguido uma politica que vai contra os direitos legitimos conquistados pelos cidadãos (prevendo-se que vá ser ainda pior com a proposta do FMI a ser implementada) e em violação dos compromissos do estado para com os mesmos mas não contra os os privilégios de uns quantos.
Se as necessidades básicas em minha casa correspondessem a 76% do orçamento, de certeza que não seria pelas mesmas que iria começar a cortar na orçamento.
A verdade é que o relatório é tão tendencioso que nem sequer aborda as verdadeiras gorduras do Estado. Então e os Gastos intermédios superiores a 7 mil milhões (onde seria muito mais fácil e ético tirar 2 ou 3 mil milhões)? O que dizer das isenções fiscais superiores a 8 mil milhões?
Os Gastos Intermédios ultrapassam incluem rendas, gastos administrativos, estudos, gabinetes de advogados, mordomias, material, etc. e muitos dos gastos em que, segundo o tribunal de contas, o governo não tem tido nenhuma contenção. Tem sido um fartar de vilanagem.
A maioria dos incentivos e das insenções fiscais não trás qualquer beneficio para o país porque a forma como têm sido atribuidas só têm prejudicado a iniciativa privada nacional. Por exemplo, as benesses que são concedidas a estrangeiros para investirem em Portugal dá-lhes vantagens competitivas injustificadas em relação aos portugueses. Distorcem as leis do mercado, prejudicando sobretudo as pequenas empresas nacionais que ficam em desvantagem competitiva mas que deveriam ser o principal sustentáculo de crescimento da economia nacional.
A verdade é que nas reformas também foram concedidos previlégios tal como no acesso a outros serviços públicos que contribuiram para que o sistema ficasse fragilizado.
As reformas têm sido objecto de fórmulas de cálculo e de bases de cálculo diferenciadas de forma a beneficiar alguns em relação à maioria (especialmente os profissionais da politica, militares, FP durante anos, magistrados, etc.), violando o principio constitucional da igualdade de tratamento com que ninguém se preocupou muito até hoje, nem o PM e nem o PR que só acha inconstitucionais as medidas que afectam a reforma dele. A verdade é que o governo tem seguido uma politica que vai contra os direitos legitimos conquistados pelos cidadãos (prevendo-se que vá ser ainda pior com a proposta do FMI a ser implementada) e em violação dos compromissos do estado para com os mesmos mas não contra os os privilégios de uns quantos.
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Citação:
Não querem cortes? Ok, defendam aumento de impostos
Henrique Raposo
8:00 Quinta feira, 10 de janeiro de 2013
36 13
126
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É a coisa mais cansativa do debate em Portugal: a falta de coerência, a falta de coragem para se assumir as consequências da escolha x ou y. As pessoas, organismos e partidos que estão a berrar contra os cortes propostos pelo FMI também gemem contra o aumento de impostos. Gritam contra tudo, querem tudo, querem uma coisa e o seu contrário, querem manter ou aumentar a despesa, mas, ora essa, são contra mais impostos. Vamos lá ver se nos entendemos: esta boa gente pode criticar à vontadinha os cortes, mas, depois da gritaria, tem de ser consequente. Caso contrário, esta turma indignada entra no terreno do populismo. O que é o populismo? É a aldrabice política que diz às pessoas aquilo que elas querem ouvir. E ainda por aí muita aldrabice travestida de "defesa da Constituição".
Se quiser ter um mínimo de coerência, a tribo do não-me-toques na despesa tem de responder a duas questões. Primeira: se grande parte da despesa do Estado é mantida pela dívida, como é que vamos manter essa despesa num cenário marcado pela escassez ou ausência de crédito para o Estado português? E imaginemos um cenário pós-troika: sem o professor alemão na sala, vamos voltar a emitir dívida como um bulímico? Vamos repetir a receita Sócrates, isto é, aumentar a dívida pública em 93%? E como é que se governa à esquerda sem um aumento da dívida, isto é, sem uma crescente dependência dos mercados? Até hoje ninguém respondeu a isto.
Segunda questão: é possível manter os níveis de despesa (que aumentam automaticamente devido aos direitos adquiridos) sem um aumento de impostos? Não, não é possível. Lamento, mas a matemática limita o livre-arbítrio nestas matérias chatinhas. Se quiser ser honesta intelectualmente, esta boa gente tem de defender um aumento massivo de impostos para a classe média. Sim, para toda a gente. Não me venham com a história dos ricos: se expropriássemos neste momento as maiores fortunas do país, ficaríamos com dinheiro para pagar, sei lá, o buraco das empresas de transportes públicos de Lisboa e Porto. E o resto? Quem pagava? Depardieu? Portanto, se não quer cortes, se acha que o Estado está ótimo, a tribo da gritaria só tem uma opção política respeitável: afirmar que um aumento brutal de impostos é um bem em si mesmo. Na política, o livre-arbítrio tem limites, porque as escolhas que fazemos têm sempre consequências, mesmo quando as pessoas recusam vê-las. Diz que é a vidinha.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/nao-querem-cort ... z2Hi1NbPJk
Este tipo de conversa não colhe e parte, a meu ver, de um erro básico. O de que o problema do défice se resolve com mais cortes na despesa. Ora, tal como se tem visto, este tipo de cortes na despesa apenas serve para alimentar uma espiral recessiva.
Na verdade, mais uma vez a meu ver, nesta altura o grande problema de portugal não é a despesa pública (que, aliás, segundo dados da OCDE, já é inferior à média europeia e tem vindo a decrescecr fortemente ao longo de 2011 e 2012 - o que este tipo de conversa esquece ou ignora), mas antes a falta de crescimento da economia que leva a uma forte diminuição da receita.
De facto, é consabido que a diminuição do défice só se atingirá com o crescimento económico sustentável. Deste modo, o governo devia concentar-se em tomar medidas para tornar esse crescimento possível (insuflando confiança nos agentes económicos, protegendo as empresas exportadoras, pugnando por um ensino rigoroso, e credível, baixando os custos da energia para as empresas, reformando o sector público empresarial do estado deficitário, reduzindo a burocracia, melhorando o sistema de justiça, criando incentivos à instalação de empresas estrangeiras em Portugal, combatendo ferozmente a evasão fiscal, etc, etc.
Relativamente ao problema da despesa reconheço, contudo, que se terá de reformar o sistema de pensões, uma vez que a trajectoria da natalidade e da esperança de vida não permitem sustentar o sistema actual.
De resto, e para concluir, direi que nesta altura o FMI padece efectivamente de esquizofrenia, mas tal deve-se ao facto de, por um lado, referir que se tem de apostar mais em medidas que promovam o crescimento económico e, por outro, defender cortes deste tipo.
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