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Caldeirão da Bolsa

Conheça as propostas do FMI para cortar 4 mil milhões na des

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Fiz confusao... pela idade e coiso atee pensei...

por bboniek33 » 12/1/2013 0:23

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por Pata-Hari » 12/1/2013 0:05

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por assunoadr » 11/1/2013 23:56

Mas os privilégios para alguns continuam o que, em valores acumulados, já deve dar um contributo considerável para a insustentabilidade do sistema:

http://economico.sapo.pt/noticias/autarca-reformase-aos-48-anos-com-2-mil-euros-de-pensao_160082.html

Entretanto, para a generalidade dos contribuintes que descontaram durante uma vida (30-40 anos) diz-se-lhes que o sistema não é sustentável e que vão ficar com reformas substancialmente menores do que as que lhes tinham sido prometidas durante toda a sua vida activa. Depois fazem disto uma guerra de gerações, esquecendo-se que os jovens activos actuais foram educados e sustentados precisamente por aqueles a quem agora se quer confiscar as reformas.... :evil:

Entretanto, vão metendo a mão na massa do fundo de pensões para fins diversos da respectiva redistribuição por quem contribuiu para o mesmo como se de impostos se tratasse...trata-se de um verdadeiro confisco!!!
 
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por Pata-Hari » 11/1/2013 23:33

Não querem cortes? Ok, defendam aumento de impostos
Henrique Raposo
8:00 Quinta feira, 10 de janeiro de 2013
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É a coisa mais cansativa do debate em Portugal: a falta de coerência, a falta de coragem para se assumir as consequências da escolha x ou y. As pessoas, organismos e partidos que estão a berrar contra os cortes propostos pelo FMI também gemem contra o aumento de impostos. Gritam contra tudo, querem tudo, querem uma coisa e o seu contrário, querem manter ou aumentar a despesa, mas, ora essa, são contra mais impostos. Vamos lá ver se nos entendemos: esta boa gente pode criticar à vontadinha os cortes, mas, depois da gritaria, tem de ser consequente. Caso contrário, esta turma indignada entra no terreno do populismo. O que é o populismo? É a aldrabice política que diz às pessoas aquilo que elas querem ouvir. E ainda por aí muita aldrabice travestida de "defesa da Constituição".

Se quiser ter um mínimo de coerência, a tribo do não-me-toques na despesa tem de responder a duas questões. Primeira: se grande parte da despesa do Estado é mantida pela dívida, como é que vamos manter essa despesa num cenário marcado pela escassez ou ausência de crédito para o Estado português? E imaginemos um cenário pós-troika: sem o professor alemão na sala, vamos voltar a emitir dívida como um bulímico? Vamos repetir a receita Sócrates, isto é, aumentar a dívida pública em 93%? E como é que se governa à esquerda sem um aumento da dívida, isto é, sem uma crescente dependência dos mercados? Até hoje ninguém respondeu a isto.

Segunda questão: é possível manter os níveis de despesa (que aumentam automaticamente devido aos direitos adquiridos) sem um aumento de impostos? Não, não é possível. Lamento, mas a matemática limita o livre-arbítrio nestas matérias chatinhas. Se quiser ser honesta intelectualmente, esta boa gente tem de defender um aumento massivo de impostos para a classe média. Sim, para toda a gente. Não me venham com a história dos ricos: se expropriássemos neste momento as maiores fortunas do país, ficaríamos com dinheiro para pagar, sei lá, o buraco das empresas de transportes públicos de Lisboa e Porto. E o resto? Quem pagava? Depardieu? Portanto, se não quer cortes, se acha que o Estado está ótimo, a tribo da gritaria só tem uma opção política respeitável: afirmar que um aumento brutal de impostos é um bem em si mesmo. Na política, o livre-arbítrio tem limites, porque as escolhas que fazemos têm sempre consequências, mesmo quando as pessoas recusam vê-las. Diz que é a vidinha.



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/nao-querem-cort ... z2Hi1NbPJk
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por MERCW125 » 11/1/2013 22:44

Pata-Hari Escreveu:Com 47 anos deve ter no máximo 25 anos de descontos. Como tem uma esperança de vida de mais ou menos 80, temos 32 anos de pensão de reforma para lhe pagar. Ou seja, contas de padeiro, irá receber cerca de 832 000 euros. Se eu dividir esses 832 000 euros pelos 25 anos estimados de descontos, isto daria um valor de desconto mensal para a pensão apenas de 2773 euros. ... ... ...


A não ser que seja inválida, francamente não entendo....

Se calhar o nosso sistema de pensões só deveria pagar pensões a cidadãos ou com incapacidade para trabalhar ou com mais de 67 anos e certamente sem outras actividades profissionais.

Gosto particularmente do detalhe de ter sido eleita pelo PCP. É o tal sentido de justiça social muito apurado. - sim, eu sei, é mais um dos meus ataques de mau feitio. De facto estas "cenas" chateiam-me.


Concordo a 100%, existem centenas deles, na mesma situação, poderia se reformar, mas com o ordenado minino já era muito, assim agora arranja um tachinho, e vão ver quanto nao leva para casa.
Assim não vamos a lado algum..
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por richardj » 11/1/2013 21:17

na verdade pata tem de descontar o dobro dos 2773, porque as reformas são apenas +- 50% dos custos, pelo que dos 11% que desconta só 5,5% é que são efectivamente para a sua reforma.
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por Pata-Hari » 11/1/2013 17:57

Com 47 anos deve ter no máximo 25 anos de descontos. Como tem uma esperança de vida de mais ou menos 80, temos 32 anos de pensão de reforma para lhe pagar. Ou seja, contas de padeiro, irá receber cerca de 832 000 euros. Se eu dividir esses 832 000 euros pelos 25 anos estimados de descontos, isto daria um valor de desconto mensal para a pensão apenas de 2773 euros. ... ... ...


A não ser que seja inválida, francamente não entendo....

Se calhar o nosso sistema de pensões só deveria pagar pensões a cidadãos ou com incapacidade para trabalhar ou com mais de 67 anos e certamente sem outras actividades profissionais.

Gosto particularmente do detalhe de ter sido eleita pelo PCP. É o tal sentido de justiça social muito apurado. - sim, eu sei, é mais um dos meus ataques de mau feitio. De facto estas "cenas" chateiam-me.
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por Pata-Hari » 11/1/2013 17:41

vgasmo Escreveu:Acho que já disse isto aqui no caldeirão.. mas vai outra vez.

Alguém se deu ao trabalho de fazer as contas a:
Gastos em Pensões em % das despesass do Estado
Número de funcionários públicos per capita
Gastos em funcionários públicos em % do PIB
Gastos em educação per capita

Na verdade, uma análise simples diz-vos que em todos estes indicadores estamos abaixo da média Europeia. Estamos a caminhar, em termos relativos, para um Estado bem mais magro do que a maioria dos países Europeus (o que não quer dizer mais eficiente).

O problema do país não é o Estado social, mas sim o não ser suficientemente produtivo (em termos de valor acrescentado) para esse estado social ou a eficiência do seu Estado Social.

O caso da Administração Pública é sintomático. Existem hoje áreas deficitárias em termos de RH, ou onde os RH são de má qualidade e outras áreas com excedente de pessoas.



Estás enganado. As percentagem face ao PIB per capita dos gastos em educação e pensões são superiores. Já discutimos isso em detalhe com as estatistica "na mão". E é reafirmado/confirmado por este relatório. Não o são em valor absoluto porque o pib é pequeno, espante-se. SOMOS POBRES. Produzimos pouco (per capita e em valor absoluto). Logo, o que há a distribuir é pouco e não podes dar tanto á população quanto o que se pode dar num país onde se produz muito.
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por richardj » 11/1/2013 17:03

eh:


Presidente da Câmara de Palmela vai reformar-se aos 47 anos

A presidente da Câmara de Palmela, Ana Teresa Vicente Custódio Sá, eleita pelo PCP, vai reformar-se aos 47 anos, idade que terá em Fevereiro quando entrar em vigor a mais recente lista de dos beneficiários da pensão da Caixa Geral de Aposentações.

A autarca vai, no entanto, manter-se no cargo até ao final do mandato, disse à Lusa fonte da câmara.

De acordo com o Diário da República publicado no dia 8 de Janeiro último, Ana Teresa Vicente, nascida a 28 de Janeiro de 1966, passa a receber uma pensão da Caixa Geral de Aposentações no valor de 1859,67 euros.

Ana Teresa Vicente é uma das presidentes de câmara do distrito de Setúbal a cumprir o último mandato, a par de Maria Emília de Sousa (Almada), Maria Amélia Antunes (Montijo), Carlos Beato (Grândola), Alfredo Monteiro (Seixal), Vítor Proença (Santiago do Cacém) e Manuel Coelho (Sines).

O PÚBLICO pediu esclarecimentos a Ana Teresa Vicente, mas até ao momento não obteve resposta.


http://www.publico.pt/local/noticia/pre ... os-1580370
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por Storgoff » 11/1/2013 2:26

caraças já tinha detectado a gafe mas tu nem me deste tempo.
Estava eu a corigir e ja estavas tua citar-me.

:lol:
 
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por richardj » 11/1/2013 2:15

Storgoff Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:Essa tabela só mostra o quanto somos pobres porque há muito poucas pessoas nos escalões de topo. E apesar do grosso da coluna estar em pensões baixas, mesmo assim as pessoas não deduziram que chegue para as sponsorizar. É inacreditavelmente triste e dramático que essa seja a realidade.

Actualmente, agregados familiares com rendimentos de 5869 a 8803 euros por ano ainda têm direito a abono de família. Se esta proposta avançar, deixam de ter. O que resultará, na contas do FMI, numa redução de 280 mil beneficiários, o equivalente a 20,5% do total no final de 2011, e numa poupança de 89 milhões de euros.

O FMI não esquece que já foram introduzidas mudanças no abono — que resultaram numa redução de 467 mil beneficiários só entre 2010 e 2011, de acordo com as estatísticas da Segurança Social. Mas os peritos entendem que, como o apoio ainda abrange agregados que ganham mais do que o salário mínimo, “pode justificar-se” reduzir mais a abrangência da medida.

O relatório lembra que o actual Governo não tem previsto até ao momento mudar os critérios de elegibilidade do abono, em parte por causa das baixas taxas de natalidade do país. Mas sustenta que está por provar que os apoios às famílias, em dinheiro, aumentem as taxas de fecundidade. “Têm pouco ou nenhum impacto.” Uma família do 3.º escalão recebe, por um filho, cerca de 26 euros por mês.

Os peritos também propõem que os estudantes universitários deixem de estar abrangidos. Argumentam que já beneficiam de um ensino superior “financiado pelo Governo”.



Pois mas as tabelas em questão dizem respeito as pensões da SS. Quase de certeza.

Se fosse a tabela da CGA a musica já era outra.
Alias é la é que tem estado o crescente e perigoso aumento dos encargos com pensões.
Cada novo que lá cai vale por 5 da SS


e ler legendas? a 1º tabela é a da CGA a segunda da SS.

para mais informações sobre a CGA, recomendo ler, mesmo na diagonal os relatórios de conta dos últimos anos:

http://www.cga.pt/relatoriocontas.asp
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por Storgoff » 11/1/2013 2:12

Pata-Hari Escreveu:Essa tabela só mostra o quanto somos pobres porque há muito poucas pessoas nos escalões de topo. E apesar do grosso da coluna estar em pensões baixas, mesmo assim as pessoas não deduziram que chegue para as sponsorizar. É inacreditavelmente triste e dramático que essa seja a realidade.

Actualmente, agregados familiares com rendimentos de 5869 a 8803 euros por ano ainda têm direito a abono de família. Se esta proposta avançar, deixam de ter. O que resultará, na contas do FMI, numa redução de 280 mil beneficiários, o equivalente a 20,5% do total no final de 2011, e numa poupança de 89 milhões de euros.

O FMI não esquece que já foram introduzidas mudanças no abono — que resultaram numa redução de 467 mil beneficiários só entre 2010 e 2011, de acordo com as estatísticas da Segurança Social. Mas os peritos entendem que, como o apoio ainda abrange agregados que ganham mais do que o salário mínimo, “pode justificar-se” reduzir mais a abrangência da medida.

O relatório lembra que o actual Governo não tem previsto até ao momento mudar os critérios de elegibilidade do abono, em parte por causa das baixas taxas de natalidade do país. Mas sustenta que está por provar que os apoios às famílias, em dinheiro, aumentem as taxas de fecundidade. “Têm pouco ou nenhum impacto.” Uma família do 3.º escalão recebe, por um filho, cerca de 26 euros por mês.

Os peritos também propõem que os estudantes universitários deixem de estar abrangidos. Argumentam que já beneficiam de um ensino superior “financiado pelo Governo”.


Há ai muita reforma acima dos 1500€
Também não sejamos assim tão miserabilistas


Se víssemos as da SS se calhar é que caímos para o lado. Quando cerca de 80% dos pensionistas recebem menos de 600€
Editado pela última vez por Storgoff em 11/1/2013 2:22, num total de 2 vezes.
 
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por richardj » 11/1/2013 2:01

a maioria das tuas questões talvez tenham resposta aqui:

http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... mento+zero

na verdade é difícil de contabilizar os custos com os FP porque existe muita desorçamentação. Tanto ao nível de hoje como no passado.

quanto ao peso das pensões em % do PIB encontrei na pordata, escolhi a UE27 e alguns paises que tem +- a mesma população que portugal:

EDIT:
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despessa pensao % p.jpg
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por richardj » 11/1/2013 1:41

vgasmo Escreveu:Acho que já disse isto aqui no caldeirão.. mas vai outra vez.

Alguém se deu ao trabalho de fazer as contas a:
Gastos em Pensões em % das despesass do Estado
Número de funcionários públicos per capita
Gastos em funcionários públicos em % do PIB
Gastos em educação per capita

Na verdade, uma análise simples diz-vos que em todos estes indicadores estamos abaixo da média Europeia. Estamos a caminhar, em termos relativos, para um Estado bem mais magro do que a maioria dos países Europeus (o que não quer dizer mais eficiente).

O problema do país não é o Estado social, mas sim o não ser suficientemente produtivo (em termos de valor acrescentado) para esse estado social ou a eficiência do seu Estado Social.

O caso da Administração Pública é sintomático. Existem hoje áreas deficitárias em termos de RH, ou onde os RH são de má qualidade e outras áreas com excedente de pessoas.



diz-me só com que países queres comparar e eu dou-te os dados
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por richardj » 11/1/2013 1:35

mas esses são da SS.

Por outro lado na CGA são muito mais em termos brutos, mesmo num universo mais pequeno.


Pata, na verdade a situação é muito pior, porque no quadro da CGA e da SS que apresentei não está incluindo as pessoas que ganham a pensão agricula/sobrevivência que é em geral inferior a 250 euros mes. E esses são cerca de 700 mil pessoas. Mais 280 mil de pensão de invadez.

links:

http://www.pordata.pt/Portugal/Pensioni ... velhice-96

http://www.pordata.pt/Portugal/Pensioni ... tacoes-851

o problema das reformas está no segundo link. não é possível um pais de 10,5 Milhões de habitantes ter 3,5 Milhões de reformados.

Ainda para mais para uma força de trabalho de 5 Milhões de habitantes, dos quais só estão a trabalhar (e descontar) 4,2 Milhões (+-)
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por vgasmo » 11/1/2013 1:26

Acho que já disse isto aqui no caldeirão.. mas vai outra vez.

Alguém se deu ao trabalho de fazer as contas a:
Gastos em Pensões em % das despesass do Estado
Número de funcionários públicos per capita
Gastos em funcionários públicos em % do PIB
Gastos em educação per capita

Na verdade, uma análise simples diz-vos que em todos estes indicadores estamos abaixo da média Europeia. Estamos a caminhar, em termos relativos, para um Estado bem mais magro do que a maioria dos países Europeus (o que não quer dizer mais eficiente).

O problema do país não é o Estado social, mas sim o não ser suficientemente produtivo (em termos de valor acrescentado) para esse estado social ou a eficiência do seu Estado Social.

O caso da Administração Pública é sintomático. Existem hoje áreas deficitárias em termos de RH, ou onde os RH são de má qualidade e outras áreas com excedente de pessoas.

 
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por Afonso80 » 11/1/2013 0:57

Eu sabia, eu sabia, são aqueles 907 sacanas que têm reformas superiores a €5000 os responsáveis pela crise!! :roll:
"Too much of a good thing is wonderful" Mae West
 
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por Pata-Hari » 11/1/2013 0:37

Esquizofrenia FMI
Henrique Monteiro
9:35 Quinta feira, 10 de janeiro de 2013
80 20
76
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Basta ouvir os comentários dos diversos lóbis e corporações ao relatório do FMI para perceber que, afinal, em Portugal, está tudo bem. Não pagamos excessivos impostos, os défices que se acumulam têm origens em causas mágicas ou talvez na licenciatura do senhor Relvas. As comparações abissais entre o que ganham os aposentados da Função Pública e os aposentados em geral são abstrações, os polícias, magistrados e militares não têm regalias, apenas direitos, os professores trabalham imenso e os médicos não têm descanso.

Onde está a origem, então, do gasto excessivo do Estado? Dizem que nas PPP. Mas ouvem-se os comentários dos lobistas das PPP e também não é aí. As PPP desenvolveram o país e, no limite, pagam-se a si próprias com externalidades formidáveis. Pode ser que a origem esteja nas mordomias dos políticos e na contratação de boys. Mas também não! Ouçam o que dizem os políticos - que são dos mais mal pagos da Europa e os nossos boys não passam de um conjunto de santinhos, se compararmos com o que se passa nos outros países.

Qual o quê! Portugal vai bem assim! Desde que os outros paguem, claro. Porque o défice é isso mesmo - equivale à quantidade de dinheiro que todos os anos temos de pedir emprestado para continuarmos nesta vida.

Assim sendo, permitimo-nos - todos! (dos sindicatos, às ordens profissionais; passando por ministros e políticos da oposição; seguindo pelo nosso vizinho até à nossa mãezinha) - indignarmo-nos com estas propostas. Que é lá isso? Nós sabemos que o país tem de mudar, mas jamais admitiremos que ele mude!



Ler mais: http://expresso.sapo.pt/esquizofrenia-f ... z2HcQsZHnP
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por Pata-Hari » 11/1/2013 0:28

Essa tabela só mostra o quanto somos pobres porque há muito poucas pessoas nos escalões de topo. E apesar do grosso da coluna estar em pensões baixas, mesmo assim as pessoas não deduziram que chegue para as sponsorizar. É inacreditavelmente triste e dramático que essa seja a realidade.

Actualmente, agregados familiares com rendimentos de 5869 a 8803 euros por ano ainda têm direito a abono de família. Se esta proposta avançar, deixam de ter. O que resultará, na contas do FMI, numa redução de 280 mil beneficiários, o equivalente a 20,5% do total no final de 2011, e numa poupança de 89 milhões de euros.

O FMI não esquece que já foram introduzidas mudanças no abono — que resultaram numa redução de 467 mil beneficiários só entre 2010 e 2011, de acordo com as estatísticas da Segurança Social. Mas os peritos entendem que, como o apoio ainda abrange agregados que ganham mais do que o salário mínimo, “pode justificar-se” reduzir mais a abrangência da medida.

O relatório lembra que o actual Governo não tem previsto até ao momento mudar os critérios de elegibilidade do abono, em parte por causa das baixas taxas de natalidade do país. Mas sustenta que está por provar que os apoios às famílias, em dinheiro, aumentem as taxas de fecundidade. “Têm pouco ou nenhum impacto.” Uma família do 3.º escalão recebe, por um filho, cerca de 26 euros por mês.

Os peritos também propõem que os estudantes universitários deixem de estar abrangidos. Argumentam que já beneficiam de um ensino superior “financiado pelo Governo”.
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por richardj » 11/1/2013 0:12

ora:

fonte, pordata
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cga escaloes (1).PNG
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pensoes por escalao SS.PNG
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por bogos » 10/1/2013 23:19

Storgoff Escreveu:O ensino publico deve ser uma area de forte aposta deste pais pois só dai poderão sair gerações futuras capaz de por este país na linha da frente.

Quando se olha para esta area com uma visão puramente financeira, onde só se procura como cortar sem perceber minimamente as consequencias graves que dái poderão advir, é no minimo um crime de lesa pátria.

Ou será que o objectivo destes Talibans é o desmantelamento do ensino publico para abrirem o negocio aos privados e assim voltarmos ao tempo em que estudar era só para as elites já que para o povo bastava a 4ª classe.

Este neo-liberalismo desenfreado consegue ser mais perigoso do que o fanatismo islamico.

Uma area onde eu apostava forte e drasticamente nos cortes é em tudo o que são pensoes da CGA acima dos 1500/ 2000 € e já agora também no regime geral apesar de serem mais raras.
É uma indecencia que um estado dito social que ainda por cima se encontra falido se disponiblize a suportar vidas de luxo.
Será que um reformado não vive bem com uma reforma até aos 1500/2000€.
Ou tem o estado de pagar ferias nas Caraibas ou pes de meia para deixar de herança?.
Isto sim são para mim previlégios.
Plafonamento já.

Então um desempregado não tem também um plafonamento no subsídio.
E este em regra tem encargos familiares que um reformado à partida não tem


Desculpa lá uma coisa...

Então o Ensino depois do 25 de Abril (na sua maioria) foi privado?
O Ensino está assim porque foi culpa do privado?

O custo médio por aluno fica mais barato no privado que no publico E AINDA POR CIMA COM O ESTADO A LÁ METER DINHEIRO!!!!!!!!

O Ensino em Portugal não é publico nem privado. É a républica das bananas da coutada de classes interessadas.

Quanto à segunda parte da tua observação, concordo em 95%. Vou-te dar um exemplo de uma Creche com contrato com o estado e uma IPSS.
O estado paga por cada utente 242 €. Os pais das crianças pagam pela orientação normativa 3 da Segurança Social. As educadoras ganham 850 €. Prestação de Serviços de alta qualidade, com 12 horas de funcionamento dia incluido alimentação, cuidados básicos, etc, etc. Custo médio operacional por utente 385,00 €.
A educadora reforma-se...fica a ganhar 550 €

Questionário de satisfação dos pais e encarregados de educação.....irrepreensiveis.

Mesmo equipamento aos cuidados do Estado. Fecharam. Andam a tentar empacotar a gestão e custos de obras em edifícios para as IPSS. Porque? Desinvestimento no equipamento, não apostam na qualidade, salários altíssimos. Custo médio por utente....ESTA NA ESTRATOSFERA......FECHARAM...FECHARAM.
A educadora reforma-se fica a ganhar 2500 €.

POR AMOR DE DEUS....ACABEM COM A TETA DA VACA E DEIXEM DE VIVER ÀS CUSTAS DE QUEM TRABALHA.

Isto é um exemplo deste sector.

Cumprimentos
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por Opcard » 10/1/2013 15:58

Quem escreve assim , esta a falar de Portugal , pais com uma constituição magnifica , próxima de um texto,sagrado onde e prometido aos crentes rios de leite e montanhas de mel .
Devemos convencer os europeus em especial a chanceler alemã ,a respeitaram a nossa constituição .

Ppbogos parabéns pelas verdades .
Cumprimentos


ppbogos Escreveu:O nosso país tornou-se uma pirâmide universalista de caracter social, comandada por coutadas particulares, altamente corporativistas.
Falo de politicos, militares, juizes, médicos, professores, enfermeiros, camaras municipais.
Depois existe outro sector priveligiado, dentro do sector produtivo (privado), as grandes empresas privadas que necessitam como do pão para a boca dos privilégios emanados via legislativa pelos senhores politicos.

Esta é a sociedade que temos.
Temos os que até esta crise tinham tudo certo, e depois tinhamos o resto.
Andou-se a empurrar este Estado Social à custa de uma entrada na CEE/UE, viveu-se de Fundos Europeus, viveu-se de Crédito em abundância, e agora tudo ruiu.

NUNCA NINGUEM SE PREOCUPOU QUANDO AS TETAS DA VACA JORRAVAM LEITE.

Depois temos gente governente estupida (miope social), interessada em ter do lado do Estado Social a massas que os elege, as corporações que os sustentam, enfim tudo aquilo que lhes faz perpetuar o poder e o seu bem estar.

Já alguem se perguntou e fez contas (por exemplo) daquilo que descontou ao longo da sua vida e de quanto recebeu já de reforma?

Alguem já reparou que a pirâmide etária está totalmente invertida e que não há gente para financiar toda esta gente?

Façam um esforço simples.

Sentem-se em casa hoje à noite. Façam o vosso orçamento Familiar. Esqueçam que é o Estado que vos paga o Ordenado e vejam o quanto tem que trabalhar para pagar as vossa vidas.

Eu estou farto de andar a descontar para quando quero um serviço ter novamente que o pagar.
Eu não quero saber do Estado, mas ele tem todo o interesse em governar o meu dinheiro, ganho à minha custa e ter que andar a financiar todas estas vigarices. Estou farto de estar alienado a esta gente.

Há muitos negócios no Estado que deviam pura e simplesmente passar para o mercado.

E não me venham falar no coitadinho, no desgraçado. Esses são aqueles que descontam, que se levantam às 5h30 da matina para entrar na fabrica de embalar sardinhas às 6h30, ganhar 500,00€ e alimentar estas classes corporativas.

Cumprimentos
 
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por Storgoff » 10/1/2013 15:43

O ensino publico deve ser uma area de forte aposta deste pais pois só dai poderão sair gerações futuras capaz de por este país na linha da frente.

Quando se olha para esta area com uma visão puramente financeira, onde só se procura como cortar sem perceber minimamente as consequencias graves que dái poderão advir, é no minimo um crime de lesa pátria.

Ou será que o objectivo destes Talibans é o desmantelamento do ensino publico para abrirem o negocio aos privados e assim voltarmos ao tempo em que estudar era só para as elites já que para o povo bastava a 4ª classe.

Este neo-liberalismo desenfreado consegue ser mais perigoso do que o fanatismo islamico.

Uma area onde eu apostava forte e drasticamente nos cortes é em tudo o que são pensoes da CGA acima dos 1500/ 2000 € e já agora também no regime geral apesar de serem mais raras.
É uma indecencia que um estado dito social que ainda por cima se encontra falido se disponiblize a suportar vidas de luxo.
Será que um reformado não vive bem com uma reforma até aos 1500/2000€.
Ou tem o estado de pagar ferias nas Caraibas ou pes de meia para deixar de herança?.
Isto sim são para mim previlégios.
Plafonamento já.

Então um desempregado não tem também um plafonamento no subsídio.
E este em regra tem encargos familiares que um reformado à partida não tem
 
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por artista_ » 10/1/2013 15:03

mais_um Escreveu:
artista Escreveu:Eu compreendo isso, eu próprio tenho defendido isso mesmo. Mas há uma coisa que me custa muito a encaixar, se a educação representa neste momento menos de 10% das despesas do estado, se somos já dos países da UE que gastam menos com educação em percentagem do PIB (penso até que somos o que me nos vai gastar em 2013) porque é que é este setor que aparece em primeiro desde logo em primeiro plano quando se fala em cortes?! :roll:



Não é o sector com mais cortes, as pensões e outras prestações sociais é que contribuiem com a maior fatia dos cortes.


Mais_um, não foi isso que quis dizer, obviamente que seria difícil poupar mais onde se gasta muito menos. O que quis dizer é que tem sendo um dos setores onde se tem cortado mais, onde se gasta relativamente menos que outros países (em percentagem do PIB ou despesas do país), que seja das áreas mais faladas assim que se fala em cortes, ou serei eu que acho isso?! Mas, por exemplo, as autarquias, é algo que me parece de que pouco se fala, e há outros setores que também levam muito dinheiro, os outros mais de 90% de despesa têm de estar em algum lado :) ... sinceramente parece-me que a generalidade das pessoas em Portugal dá pouca importância à educação e parece-me que é também por isso que tem sido das mais afetadas!
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por bogos » 10/1/2013 14:44

O nosso país tornou-se uma pirâmide universalista de caracter social, comandada por coutadas particulares, altamente corporativistas.
Falo de politicos, militares, juizes, médicos, professores, enfermeiros, camaras municipais.
Depois existe outro sector priveligiado, dentro do sector produtivo (privado), as grandes empresas privadas que necessitam como do pão para a boca dos privilégios emanados via legislativa pelos senhores politicos.

Esta é a sociedade que temos.
Temos os que até esta crise tinham tudo certo, e depois tinhamos o resto.
Andou-se a empurrar este Estado Social à custa de uma entrada na CEE/UE, viveu-se de Fundos Europeus, viveu-se de Crédito em abundância, e agora tudo ruiu.

NUNCA NINGUEM SE PREOCUPOU QUANDO AS TETAS DA VACA JORRAVAM LEITE.

Depois temos gente governente estupida (miope social), interessada em ter do lado do Estado Social a massas que os elege, as corporações que os sustentam, enfim tudo aquilo que lhes faz perpetuar o poder e o seu bem estar.

Já alguem se perguntou e fez contas (por exemplo) daquilo que descontou ao longo da sua vida e de quanto recebeu já de reforma?

Alguem já reparou que a pirâmide etária está totalmente invertida e que não há gente para financiar toda esta gente?

Façam um esforço simples.

Sentem-se em casa hoje à noite. Façam o vosso orçamento Familiar. Esqueçam que é o Estado que vos paga o Ordenado e vejam o quanto tem que trabalhar para pagar as vossa vidas.

Eu estou farto de andar a descontar para quando quero um serviço ter novamente que o pagar.
Eu não quero saber do Estado, mas ele tem todo o interesse em governar o meu dinheiro, ganho à minha custa e ter que andar a financiar todas estas vigarices. Estou farto de estar alienado a esta gente.

Há muitos negócios no Estado que deviam pura e simplesmente passar para o mercado.

E não me venham falar no coitadinho, no desgraçado. Esses são aqueles que descontam, que se levantam às 5h30 da matina para entrar na fabrica de embalar sardinhas às 6h30, ganhar 500,00€ e alimentar estas classes corporativas.

Cumprimentos
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