Conheça as propostas do FMI para cortar 4 mil milhões na des
Storgoff Escreveu:O Artista é que normalmente participava nestas discussões com conhecimento de causa mas ultimamente não o tenho visto por cá.
Como assíduo frequentador até estranho a sua ausencia..
Sera que se cansou destas discussões?
Destas e do CdB, presumo que esteja a tirar umas férias e que esteja tudo bem com ele.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
mais_um Escreveu:Li a parte da educação com algum cuidado e em relação ao diagnostico não encontrei "erros" relevantes, encontrei referencia a "detalhes" que normalmente não são referidos nos debates sobre o tema, o que mostra que fizerem um estudo aprofundado e não é algo superficial.
Chegam à mesma conclusão que eu já cheguei, não é pelo facto de os professores ganharem mais que os alunos tiram melhores notas, só que no relatório é demonstrado de forma "cientifica" (pag. 68, fig 6.4). E que as escolas privadas com associação tem custos mais baixos devido a pagarem menos aos professores:The change would inevitably imply a reduction in teacher numbers and
salaries down to the levels in effect at charter schools
Como eu também já tinha referido aqui no CdB.
Exacto. Em todas as partes que li (fui lendo ao longo do dia e li com curiosidade a parte dos professores, as conclusões eram muito semelhantes/iguais às nossas e algumas delas baseadas nos mesmos dados... tristes, mas verdadeiras.
Li a parte da educação com algum cuidado e em relação ao diagnostico não encontrei "erros" relevantes, encontrei referencia a "detalhes" que normalmente não são referidos nos debates sobre o tema, o que mostra que fizerem um estudo aprofundado e não é algo superficial.
Chegam à mesma conclusão que eu já cheguei, não é pelo facto de os professores ganharem mais que os alunos tiram melhores notas, só que no relatório é demonstrado de forma "cientifica" (pag. 68, fig 6.4). E que as escolas privadas com associação tem custos mais baixos devido a pagarem menos aos professores:
Como eu também já tinha referido aqui no CdB.
Chegam à mesma conclusão que eu já cheguei, não é pelo facto de os professores ganharem mais que os alunos tiram melhores notas, só que no relatório é demonstrado de forma "cientifica" (pag. 68, fig 6.4). E que as escolas privadas com associação tem custos mais baixos devido a pagarem menos aos professores:
The change would inevitably imply a reduction in teacher numbers and
salaries down to the levels in effect at charter schools
Como eu também já tinha referido aqui no CdB.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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elreidom Escreveu:Pata-Hari Escreveu:elreidom Escreveu:
Já li uns excertos.
Acho espantosa a defesa (pág. 52) de que os incentivos à natalidade (abono de família) não têm resultado prático e devem ser abolidos, usando como meio de prova estudos científicos sobre a ineficácia destes incentivos... na Suécia e na França.
Achas? eu não acho nada! leste o que lá está?
"persistent focus on gender equality is a better strategy".
É incomparavelmente mais importante garantirem-me que a minha carreira não é prejudicada pelo facto de ser mulher e poder ter filhos do que receber 100 euros por mês de alocação. E em Portugal onde a discriminação é escandalosa, ainda mais pertinente a questão é e maiorimpacto teria. Eu não poderia estar mais de acordo com o comentário feito.
Eu estava a falar de alhos e não de bugalhos. Se os senhores que escreveram aquilo, e aqueles que o lêem, souberem alguma coisa sobre método científico, sabem que não podem pegar em estudos conduzidos em determinado contexto e extrapolar as suas conclusões para contextos completamente diferentes. Podiam era sugerir que se replicasse o estudo, o que até era muito interessante. Só que as conclusões podiam já não ser tão interessantes, há sempre esse risco.
Queres realidades mais distintas que frança e a suécia? e olha que os franceses são o povo da europa mais semelhante ao nosso, na minha opinião.
Pata-Hari Escreveu:elreidom Escreveu:
Já li uns excertos.
Acho espantosa a defesa (pág. 52) de que os incentivos à natalidade (abono de família) não têm resultado prático e devem ser abolidos, usando como meio de prova estudos científicos sobre a ineficácia destes incentivos... na Suécia e na França.
Achas? eu não acho nada! leste o que lá está?
"persistent focus on gender equality is a better strategy".
É incomparavelmente mais importante garantirem-me que a minha carreira não é prejudicada pelo facto de ser mulher e poder ter filhos do que receber 100 euros por mês de alocação. E em Portugal onde a discriminação é escandalosa, ainda mais pertinente a questão é e maiorimpacto teria. Eu não poderia estar mais de acordo com o comentário feito.
Olha... talvez mais infantários fosse ainda melhor...
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Se num primeiro olhar os cortes parecem ser mais do mesmo, nomeadamente relativamente aos cortes salariais, existe um aspecto em que diferem na verdade de forma muito substancial do que tem sido feito: o relatório aponta disparidades e discute diferenças salariais entre diferentes classes profissionais bem como a questão do pagamento em função da antiguidade versus formação profissional.
Note-se que de uma forma geral, cegos têm sido os cortes que os dois governos mais recentes realizaram onde o parâmetro que entrava era a apenas o nível salarial. Não atacava as disparidades anteriores pelo que basicamente "levavam todos pela mesma tabela" na hora do corte, desde que o vencimento salarial fosse o mesmo. Quem estava mal, ficava pior, quem estava bem ficava menos bem. Mas as disparidades subsistiam.
Em Portugal existe uma certa dificuldade em corrigir injustiças, basicamente passa por duas questões: a falta de coragem/capacidade política (há uma mão cheia de classes profissionais onde o poder político tem "medo" de mexer devido à "força" dessas classes profissionais) e uma certa tendência para a manutenção de direitos adquiridos (por qualquer razão, parece existir em Portugal uma forte noção de que é justo manter os direitos de quem os adquiriu e negá-los a quem nunca teve a oportunidade de "adquirir" os mesmíssimos direitos).
Se o Estado fosse um pai, dava mesada a um filho porque calhou de lha ter começado a dar e negaria a mesada ao outro porque teve a "sorte" de nunca lha ter começado a dar. Na hora da crise, este pai corte aos dois de forma proporcional mas mantém as distinções arbitrárias. Isto é, mantém a injustiça de dar a um algo que não dá a outro quando potencialmente esse algo é uma das causas de toda a situação!
Isto sempre me fez enorme confusão, enfim...

Note-se que de uma forma geral, cegos têm sido os cortes que os dois governos mais recentes realizaram onde o parâmetro que entrava era a apenas o nível salarial. Não atacava as disparidades anteriores pelo que basicamente "levavam todos pela mesma tabela" na hora do corte, desde que o vencimento salarial fosse o mesmo. Quem estava mal, ficava pior, quem estava bem ficava menos bem. Mas as disparidades subsistiam.
Em Portugal existe uma certa dificuldade em corrigir injustiças, basicamente passa por duas questões: a falta de coragem/capacidade política (há uma mão cheia de classes profissionais onde o poder político tem "medo" de mexer devido à "força" dessas classes profissionais) e uma certa tendência para a manutenção de direitos adquiridos (por qualquer razão, parece existir em Portugal uma forte noção de que é justo manter os direitos de quem os adquiriu e negá-los a quem nunca teve a oportunidade de "adquirir" os mesmíssimos direitos).
Se o Estado fosse um pai, dava mesada a um filho porque calhou de lha ter começado a dar e negaria a mesada ao outro porque teve a "sorte" de nunca lha ter começado a dar. Na hora da crise, este pai corte aos dois de forma proporcional mas mantém as distinções arbitrárias. Isto é, mantém a injustiça de dar a um algo que não dá a outro quando potencialmente esse algo é uma das causas de toda a situação!
Isto sempre me fez enorme confusão, enfim...

FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Pata-Hari Escreveu:elreidom Escreveu:
Já li uns excertos.
Acho espantosa a defesa (pág. 52) de que os incentivos à natalidade (abono de família) não têm resultado prático e devem ser abolidos, usando como meio de prova estudos científicos sobre a ineficácia destes incentivos... na Suécia e na França.
Achas? eu não acho nada! leste o que lá está?
"persistent focus on gender equality is a better strategy".
É incomparavelmente mais importante garantirem-me que a minha carreira não é prejudicada pelo facto de ser mulher e poder ter filhos do que receber 100 euros por mês de alocação. E em Portugal onde a discriminação é escandalosa, ainda mais pertinente a questão é e maiorimpacto teria. Eu não poderia estar mais de acordo com o comentário feito.
Eu estava a falar de alhos e não de bugalhos. Se os senhores que escreveram aquilo, e aqueles que o lêem, souberem alguma coisa sobre método científico, sabem que não podem pegar em estudos conduzidos em determinado contexto e extrapolar as suas conclusões para contextos completamente diferentes. Podiam era sugerir que se replicasse o estudo, o que até era muito interessante. Só que as conclusões podiam já não ser tão interessantes, há sempre esse risco.
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richardj Escreveu:mas alguém está a ver ser possível acabar com os regimes especiais para as varias corporações?
isso não passava em tribunal nenhum entao
Até porque quem decide (juizes) faz parte do grupo dos privilegiados....
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
JMHP Escreveu:Ao passar os olhos pelo relatório do FMI de forma sumária e pensar na discussões que aqui assisti e discuti sobre as grandes reformas do Estado... Faz-me exprimir naturalmente um sorriso de orelha-a-orelha.
Queriam um verdadeiro corte na despesa do Estado?!... Ai o tem. O primeiro e verdadeiro relatório como e onde cortar na despesa, sem ligeirezas e demagogias.
Não gostam?!... Apresentem agora uma alternativa credível dado que já existe um relatório de referencia.
Já o afirmei anteriormente e volto a fazê-lo cada vez mais seguro, que não deve faltar muito tempo para ver aparecerem muitas vozes a aclamar por uma revisão da Constituição, de lés-a-lés de quase todo espectro politico e social.
Depois de andar tanto tempo a empurrar com a barriga inchada, está a chegar a hora de muitas gargantas levar com os sapos.... Será que aguentam?!
Há demasiada gente agarrada ao tacho (de todo o espectro politico) para ser assim tão facil. Ainda não batemos contra a parede o suficiente para cederem.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Pensions account for 14 percent of GDP and over 80 percent of social transfers, and
were the main driver behind the growth in government spending over the last decade. Recent
reforms will stabilize pension spending over the long run, but, with the pension system
continuing to mature, pension spending will continue to increase in the current decade in the
absence of further reform. This is unaffordable. Also, the system is inequitable in at least two
dimensions. First, an average pension in the civil service retirement system (CGA) is nearly
three times higher than an average pension in the general contributory regime (GCR), and
CGA retirees also worked fewer hours per week and fewer years before retiring. Second, the
current generation of workers is doubly burdened as they have to pay for the higher pensions
of their parents and grandparents while their own pension will be much lower. In addition,
the system still provides incentives to retire early, which are costly. Merging the CGA and
GCR administrations could provide a strong initial signal toward achieving greater equity.
elreidom Escreveu:
Já li uns excertos.
Acho espantosa a defesa (pág. 52) de que os incentivos à natalidade (abono de família) não têm resultado prático e devem ser abolidos, usando como meio de prova estudos científicos sobre a ineficácia destes incentivos... na Suécia e na França.
Achas? eu não acho nada! leste o que lá está?
"persistent focus on gender equality is a better strategy".
É incomparavelmente mais importante garantirem-me que a minha carreira não é prejudicada pelo facto de ser mulher e poder ter filhos do que receber 100 euros por mês de alocação. E em Portugal onde a discriminação é escandalosa, ainda mais pertinente a questão é e maiorimpacto teria. Eu não poderia estar mais de acordo com o comentário feito.
Ao passar os olhos pelo relatório do FMI de forma sumária e pensar na discussões que aqui assisti e discuti sobre as grandes reformas do Estado... Faz-me exprimir naturalmente um sorriso de orelha-a-orelha.
Queriam um verdadeiro corte na despesa do Estado?!... Ai o tem. O primeiro e verdadeiro relatório como e onde cortar na despesa, sem ligeirezas e demagogias.
Não gostam?!... Apresentem agora uma alternativa credível dado que já existe um relatório de referencia.
Já o afirmei anteriormente e volto a fazê-lo cada vez mais seguro, que não deve faltar muito tempo para ver aparecerem muitas vozes a aclamar por uma revisão da Constituição, de lés-a-lés de quase todo espectro politico e social.
Depois de andar tanto tempo a empurrar com a barriga inchada, está a chegar a hora de muitas gargantas levar com os sapos.... Será que aguentam?!
Queriam um verdadeiro corte na despesa do Estado?!... Ai o tem. O primeiro e verdadeiro relatório como e onde cortar na despesa, sem ligeirezas e demagogias.
Não gostam?!... Apresentem agora uma alternativa credível dado que já existe um relatório de referencia.
Já o afirmei anteriormente e volto a fazê-lo cada vez mais seguro, que não deve faltar muito tempo para ver aparecerem muitas vozes a aclamar por uma revisão da Constituição, de lés-a-lés de quase todo espectro politico e social.
Depois de andar tanto tempo a empurrar com a barriga inchada, está a chegar a hora de muitas gargantas levar com os sapos.... Será que aguentam?!

Já li uns excertos.
Acho espantosa a defesa (pág. 52) de que os incentivos à natalidade (abono de família) não têm resultado prático e devem ser abolidos, usando como meio de prova estudos científicos sobre a ineficácia destes incentivos... na Suécia e na França.
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mais_um Escreveu:elreidom Escreveu:
Acho que isso é óbvio para toda a gente. Até para o Ministro da Educação, que acaba de alterar as regras para as classificações dos rankings, passando a tomar em conta o contexto envolvente de cada escola. Só os "especialistas" do FMI é que não perceberam isso. Não sei o que andam a ler...
Os rankings não são feito pelo MEC, como é que ele os altera?
Não sei, mas era o que vinha no Público de sexta. Tinha qualquer coisa a ver com estabelecer objectivos para cada escola tendo em conta o tipo de alunos com que têm de lidar, e avaliar os resultados obtidos. Se calhar não é alteração dos rankings, mas antes o estabelecimento de um novo ranking. Não fixei os pormenores.
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ppbogos Escreveu:EBF Escreveu:ppbogos Escreveu:Boa tarde
Eu defendo...
1 - Os meus 11% que vão para o Estado todos os meses, quero ficar com 10% e dar 1% para contributo social. Chegado aos 65 anos, estejam descansados que não vou bater à porta do Estado a pedir dinheiro.
2 - O IRS descontado que deixe de ser cobrado, ou seja, deixo 1% para o contibuto social, e o resto fica do meu lado. Não vou bater à porta do Estado para me pagar nada.
3 - Vou aos serviços públicos e tenho que pagar a taxa dos serviços, não pretendo ter nada de gratuito, mas pago aquilo que é o custo económico dos serviços, e não dos job's dos boys lá metidos.
O mal deste país é que tudo empurra a barriga contra o Estado, tentando retirir de lá a maior vantagem possivel a seu favor. Há classes priveligiadas que se meteram lá pós 25 de Abril e que não querem sair por nada deste mundo.
Nunca ninguem pensa em 1º na sua responsabilidade pessoal. Em primeiro está o Estado, ladrão e vilão para uns e benemérito para outros.
Isto tem que ser pensado com cabeça-tronco e membros, sob pena de qualquer um desses FMI's vir aqui dizer que a partir de amanhã lhes pertencemos definitivamente.
Cumoprimentos
Boas,
Pressumo que os 2% que deixa para o estado são para pagar a iluminação publica.
cumprimentos
Presumo que com o que desconta hoje (e não é pouco) não chegue para pagar o defice tarifário da EDP e tenha ainda que contribuir ainda para pagar também a iluminação pública.
Cumprimentos
Claro que estamos todos de acordo que a Carga fiscal, sobre cidadãos e empresas é muito superior aquilo que devia ser, certamente todos nós entende que geria melhor o dinheiro que o estado. O problema deste país, na minha opinião, são os discurso radicais e populistas que fazem tudo menos consensos, aos deputados, políticos, e outros tantos que vivem do sistemas estas faltas de consensos dão-lhes jeito.
O estado social tem custos, talvez não possa ser com a dimensão que temos hoje, teremos de ajustar aquilo que podemos e queremos pagar. Se queremos pagar 2% então não temos dinheiro para a iluminação publica, e muito menos para ter policia, estradas etc.
cumprimentos
FMI propõe corte de 20% dos funcionários públicos e de 7% nos salários do Estado
Por PÚBLICO
09/01/2013 - 08:49
Documento, entregue ao Governo propõe formas de cortar 4000 milhões de euros e refere que há classes profissionais (polícias, militares, professores, médicos e juízes) que têm “demasiadas regalias”. Fundo sugere ainda cortes nas pensões e dispensa de professores.
Jornal de Negócios afirma que Governo está a analisar propostas do FMI Foto: Rafael Marchante (REUTERS)
No relatório divulgado nesta quarta-feira pelo Jornal de Negócios, o Fundo Monetário Internacional (FMI) propõe uma série de caminhos para que o Governo avance com o corte de 4000 milhões de euros na despesa do Estado a partir de 2014.
A maior fatia está no corte de entre 10 e 20% do número de funcionários públicos, afirma o FMI. Só nesta medida, o Estado poderia poupar 2700 milhões de euros, abatendo mais de metade do valor total da revisão das funções do Estado do programa do Governo.
A seguir encontra-se o corte nos salários da Função Pública. Um corte de três a sete por cento na tabela salarial do Estado poderia garantir ao Estado até 760 milhões de euros em poupanças anuais. Já um corte nos suplementos dos trabalhadores da Função Pública, que pode chegar aos 30%, pouparia 300 milhões de euros aos cofres do Estado.
O relatório, datado de Dezembro e entregue ao Governo, contém medidas diversas mas é classificado como consultivo. Foca-se na despesa com os funcionários públicos e pensionistas, área em que o executivo poderá ter mais margem de manobra e um maior volume de poupanças. Participaram neste relatório o Banco Mundial, a Comissão Europeia. O FMI agradece, segundo o Jornal de Negócios, aos dez ministros e a cinco secretários de Estado, pelo contributo na elaboração do documento. A instituição frisa, contudo, que o país deve agora procurar um consenso social em torno das medidas a adoptar.
Algo que, pelas primeiras reacções, vai ser difícil de conseguir. As duas centrais sindicais afirmaram já que não vão aceitar as conclusões do relatório do FMI. O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, disse, na manhã desta quarta-feira, que as medidas propostas vão "condicionar brutalmente o acesso a serviços fundamentais [do Estado]" e condenou o relatório por atingir os serviços de saúde, educação e segurança social. Já a UGT diz que "não aceitável que se ponha em causa a Constituição e que se destrua a vida das pessoas".
Profissões privilegiadas
Segundo o relatório do FMI, elaborado em conjunto com a Comissão Europeia, os salários da Função Pública são “relativamente elevados” e privilegiam “trabalhadores com baixas qualificações”, uma vez que a diferenciação nos salários acontece em função da antiguidade e não do desempenho.
O documento refere que há classes profissionais (polícias, militares, professores, médicos e juízes) que têm “demasiadas regalias”, que os médicos têm salários excessivamente elevados (principalmente devido ao pagamento de horas extraordinárias) e os magistrados beneficiam de um regime especial que aumenta as pensões dos juízes em linha com os salários.
Esta é uma das mudanças propostas pelo relatório que, afirma o Jornal de Negócios, o Governo está a analisar. A progressividade dos salários do Estado deve passar a ser feita em função do desempenho e não da antiguidade, como forma de “atrair profissionais mais motivados e qualificados”, como escreve o jornal.
Mexer nas pensões
Uma segunda área de acção encontra-se nas pensões da Caixa Geral de Aposentações, diz o relatório do FMI. Neste campo, a instituição dirigida por Christine Lagarde propõe dois caminhos: a extensão do corte nos subsídios de férias e de Natal conjugado com um segundo corte de 15% nas pensões acima de um valor mínimo (não determinado). Um segundo caminho passa por alterações nas regras de cálculo das pensões.
Diz o FMI que o Estado pode considerar a extensão da idade de reforma até aos 55 anos e a proibição expressa de reformas antes dos 65 anos. O Governo pode ainda estudar a possibilidade de alterar o cálculo do valor das pensões em função das condições orçamentais e assumir um ajuste periódico nestes valores.
Neste sentido, o Estado pode somar um corte de 20% a todas as pensões da Caixa Geral de Aposentações, além das novas formas de cálculo para os pensionistas.
O FMI chama também a atenção para o sistema de protecção social, que diz ser “demasiado dispendioso, injusto especialmente para os mais jovens”, defendendo que o “subsídio de desemprego continua demasiado longo e elevado”
Milhares de professores dispensados
Uma terceira grande proposta do FMI dirige-se ao sector da educação. O Estado pode colocar entre 30 a 50 mil funcionários da educação em regime de mobilidade especial, o que permitiria uma poupança na ordem dos 430 a 710 milhões de euros por ano.
A juntar-se à entrada na mobilidade especial está ainda a proposta do FMI para que os funcionários do Ministério da Educação passem a trabalhar 40 horas semanais, uma proposta que, a ser aplicada, resultaria num corte de despesa de 150 milhões de euros por ano. Outros 300 milhões de euros de poupança podem ser conseguidos através do alargamento do bloco de aulas dos 45 para os 60 minutos, escreve nesta quarta-feira o Jornal de Negócios.
Com a saída dos quadros, o Estado consegue assim não só poupar com a factura da educação como também, defende o FMI, incentivar o “desempenho” dos professores “que querem ficar de fora das listas de mobilidade”.
Aumentar taxas moderadoras
Os preços do Serviço Nacional de Saúde têm também margem para subir, afirma o Fundo Monetário internacional. O FMI afirma que, para além da poupança que surge com “uma maior partilha de custos”, o Estado deve conseguir ainda evitar “preocupações em torno do consumo excessivo [de cuidados de saúde]”.
A par das subidas nas taxas moderadoras devem estar ainda mudanças nas isenções e a introdução de uma categoria de pagamentos mais altos nos cuidados de saúde “não essenciais”, escreve o Jornal de Negócios.
Em relação às negociações que o Governo tem mantido com o Ministério da Saúde para a redução do leque de cuidados de saúde ao decidir um pacote de cuidados essenciais assegurados pelo Estado, o FMI alerta que o Estado não deve pôr em causa o acesso da população aos cuidados.
Aumento de propinas e apostar no privado
O relatório do FMI realça o facto de apenas um quinto do financiamento do ensino superior partir das propinas. O Estado gastou 1500 milhões de euros em 2011 nesta área. O relatório que está a ser analisado pelo Governo tem uma direcção clara: o aumento de propinas para os estudantes universitários como forma de reduzir a despesa.
“Para alcançar poupanças significantes e duradouras e reduzir o subfinanciamento, Portugal precisa de reduzir a despesa pública com o Ensino Superior e aumentar as propinas”, lê-se no relatório do FMI, segundo o Jornal de Negócios.
As sugestões para a poupança passam também por uma reorganização no ensino obrigatório. Pelas contas do FMI, o Estado consegue poupar cerca de 400 euros por aluno numa escola privada com contrato de associação. Alargando o cálculo aos 1,5 milhões de estudantes do ensino primário e secundário, o Estado tem diante si um caminho de 580 milhões de euros em poupança anual se apostar nos contratos de associação.
Redução nos activos policiais
À semelhança da argumentação utilizada para o caso dos funcionários no ensino, o FMI afirma que existem polícias em excesso e que uma correcção nos números pode facilitar a vida ao Estado, sem contudo avançar números para os cortes.
No relatório entregue ao Governo, o FMI destaca que “a densidade das forças policiais está entre as mais altas da Europa" e que “as forças de segurança representam cerca de 17% do emprego público”. A reforma no sector da segurança, afirma o FMI, não deve passar tanto pelos salários excessivos mas sim pelo número de forças activas.
Já o sistema de regalias para militares pode ser alvo de alterações pelo Governo, nomeadamente através da migração dos membros e familiares das Forças Armadas para o Serviço Nacional de Saúde e da abertura das instalações de cuidados de saúde exclusivas aos militares para os utentes do sistema nacional.
Para além das regalias na saúde, o FMI destaca também a utilização da reserva como "um mecanismo de reforma antecipada" e propõe ao Governo que elimine os créditos extra nas contribuições sociais dos militares.
existe um problema de gestão, mas é inegável que existe um factor de redistribuição em que uns serão mais prejudicados do que outros para manter a coesão social.
pois, antigamente o velhote morria de constipação, as pessoas nasciam em casa e morriam em casa porque não tinham dinheiro para serem vistos pelo medico ou irem ao hospital. hoje, apesar de tudo ainda existe alguma coesão social, as pessoas é que viveram os últimos 30 anos com determinadas expectativas, que não são sustentáveis. Mas nem 8 nem 80 não é.
Se analisares as reformas, a mesma coisa, a maioria das pessoas que recebe hoje reforma, não descontou para aquilo que recebe e vai receber até à esperança media de vida.
pois, antigamente o velhote morria de constipação, as pessoas nasciam em casa e morriam em casa porque não tinham dinheiro para serem vistos pelo medico ou irem ao hospital. hoje, apesar de tudo ainda existe alguma coesão social, as pessoas é que viveram os últimos 30 anos com determinadas expectativas, que não são sustentáveis. Mas nem 8 nem 80 não é.
Se analisares as reformas, a mesma coisa, a maioria das pessoas que recebe hoje reforma, não descontou para aquilo que recebe e vai receber até à esperança media de vida.
EBF Escreveu:ppbogos Escreveu:Boa tarde
Eu defendo...
1 - Os meus 11% que vão para o Estado todos os meses, quero ficar com 10% e dar 1% para contributo social. Chegado aos 65 anos, estejam descansados que não vou bater à porta do Estado a pedir dinheiro.
2 - O IRS descontado que deixe de ser cobrado, ou seja, deixo 1% para o contibuto social, e o resto fica do meu lado. Não vou bater à porta do Estado para me pagar nada.
3 - Vou aos serviços públicos e tenho que pagar a taxa dos serviços, não pretendo ter nada de gratuito, mas pago aquilo que é o custo económico dos serviços, e não dos job's dos boys lá metidos.
O mal deste país é que tudo empurra a barriga contra o Estado, tentando retirir de lá a maior vantagem possivel a seu favor. Há classes priveligiadas que se meteram lá pós 25 de Abril e que não querem sair por nada deste mundo.
Nunca ninguem pensa em 1º na sua responsabilidade pessoal. Em primeiro está o Estado, ladrão e vilão para uns e benemérito para outros.
Isto tem que ser pensado com cabeça-tronco e membros, sob pena de qualquer um desses FMI's vir aqui dizer que a partir de amanhã lhes pertencemos definitivamente.
Cumoprimentos
Boas,
Pressumo que os 2% que deixa para o estado são para pagar a iluminação publica.
cumprimentos
Presumo que com o que desconta hoje (e não é pouco) não chegue para pagar o defice tarifário da EDP e tenha ainda que contribuir ainda para pagar também a iluminação pública.
Cumprimentos
Quico Escreveu:EBF Escreveu:ppbogos Escreveu:Boa tarde
Eu defendo...
1 - Os meus 11% que vão para o Estado todos os meses, quero ficar com 10% e dar 1% para contributo social. Chegado aos 65 anos, estejam descansados que não vou bater à porta do Estado a pedir dinheiro.
2 - O IRS descontado que deixe de ser cobrado, ou seja, deixo 1% para o contibuto social, e o resto fica do meu lado. Não vou bater à porta do Estado para me pagar nada.
3 - Vou aos serviços públicos e tenho que pagar a taxa dos serviços, não pretendo ter nada de gratuito, mas pago aquilo que é o custo económico dos serviços, e não dos job's dos boys lá metidos.
O mal deste país é que tudo empurra a barriga contra o Estado, tentando retirir de lá a maior vantagem possivel a seu favor. Há classes priveligiadas que se meteram lá pós 25 de Abril e que não querem sair por nada deste mundo.
Nunca ninguem pensa em 1º na sua responsabilidade pessoal. Em primeiro está o Estado, ladrão e vilão para uns e benemérito para outros.
Isto tem que ser pensado com cabeça-tronco e membros, sob pena de qualquer um desses FMI's vir aqui dizer que a partir de amanhã lhes pertencemos definitivamente.
Cumoprimentos
Boas,
Pressumo que os 2% que deixa para o estado são para pagar a iluminação publica.
cumprimentos
Cada euro que sai do teu bolso para o bolso do estado é poder de decisão que estás a tirar a ti próprio e a colocar nas mãos de outros (para decidir por ti).
P.S. - Não quero com isto dizer que o estado não tem que ter funções que têm que ser financiadas. Pelo contrário: temos que escolher que poder de decisão queremos passar para o estado.
As elites e classes dominantes pos 25 de Abril encontraram no Estado um modo de sobrevivênvia. Eles não estão importados com o crescimento económico.
Ninguem está preocupado de quanto custa um determinado serviço, estão preocupados sim em receber ao final do mês.
Experimentem ir à luta, cativar clientes para um negócio, chegar ao final do mês e pagar a todos e rersponder com os impostos ao dia.
Cumprimentos
richardj Escreveu:ppbogos Escreveu:Boa tarde
Eu defendo...
1 - Os meus 11% que vão para o Estado todos os meses, quero ficar com 10% e dar 1% para contributo social. Chegado aos 65 anos, estejam descansados que não vou bater à porta do Estado a pedir dinheiro.
2 - O IRS descontado que deixe de ser cobrado, ou seja, deixo 1% para o contibuto social, e o resto fica do meu lado. Não vou bater à porta do Estado para me pagar nada.
3 - Vou aos serviços públicos e tenho que pagar a taxa dos serviços, não pretendo ter nada de gratuito, mas pago aquilo que é o custo económico dos serviços, e não dos job's dos boys lá metidos.
O mal deste país é que tudo empurra a barriga contra o Estado, tentando retirir de lá a maior vantagem possivel a seu favor. Há classes priveligiadas que se meteram lá pós 25 de Abril e que não querem sair por nada deste mundo.
Nunca ninguem pensa em 1º na sua responsabilidade pessoal. Em primeiro está o Estado, ladrão e vilão para uns e benemérito para outros.
Isto tem que ser pensado com cabeça-tronco e membros, sob pena de qualquer um desses FMI's vir aqui dizer que a partir de amanhã lhes pertencemos definitivamente.
Cumoprimentos
o problemas dessas medidas é que só funcionam para aqueles que contribuem (directa ou indirectamente (IRS IRC IVA)) para o estado mais do que aquilo que recebem do estado (entre serviços, saudes, educação justiça segurança etc)
Como esses sã uma minoria da população, a maioria das pessoas (as mais pobres)teria de viver com menos para sobreviver. E não é preciso ganhar assim tão pouco para ficares deste lado.
Mais, o que propões é o fim do modelo social democrático em que os que ganham mais contribuem mais para o bolo do que tiram do bolo, para cobrir os que ganham menos que tiram do bolo mais do que dão. Para muitos futuros reformados seria voltar à agricultura de sobrevivência e a terem de construir a suas próprias casa, como antigamente.
Só te posso referir uma coisa....
Estamos aqui, neste momento, nesta altura, 2013, de calças na mão por causa deste Estado Social, não por causa de qualquer outro modelo económico.
Aqui não se trata de ganhar mais ou menos, trata-se de ser mais produtivo, coisa que o Estado definitivamente não é.
Sobrevivênvia? Antigamente?
Se calhar antes tinham a casa e agricultura de sobrevivência. Hoje tem meia dúzia de tostões, sem casa e a viver do banco alimentar.
Os impostos que fazem sentido neste país são aqueles que devem afectar directamente o património, mobiliário e imiobiliário.
IRS, IVA, IRC, Derramas, ISP's é tudo para alimentar as elites de Estado e suas classes dominantes.
Sabes o que sinto?
Ganho o meu salário e levam-me a maior parte em impostos. Vou a um serviço publico e pago como um animal.
Prefiro que me dêem os descontos e pagar como um animal. Eu sei gerir bem melhor o meu dinheiro que o Estado.
Cumprimentos.
EBF Escreveu:ppbogos Escreveu:Boa tarde
Eu defendo...
1 - Os meus 11% que vão para o Estado todos os meses, quero ficar com 10% e dar 1% para contributo social. Chegado aos 65 anos, estejam descansados que não vou bater à porta do Estado a pedir dinheiro.
2 - O IRS descontado que deixe de ser cobrado, ou seja, deixo 1% para o contibuto social, e o resto fica do meu lado. Não vou bater à porta do Estado para me pagar nada.
3 - Vou aos serviços públicos e tenho que pagar a taxa dos serviços, não pretendo ter nada de gratuito, mas pago aquilo que é o custo económico dos serviços, e não dos job's dos boys lá metidos.
O mal deste país é que tudo empurra a barriga contra o Estado, tentando retirir de lá a maior vantagem possivel a seu favor. Há classes priveligiadas que se meteram lá pós 25 de Abril e que não querem sair por nada deste mundo.
Nunca ninguem pensa em 1º na sua responsabilidade pessoal. Em primeiro está o Estado, ladrão e vilão para uns e benemérito para outros.
Isto tem que ser pensado com cabeça-tronco e membros, sob pena de qualquer um desses FMI's vir aqui dizer que a partir de amanhã lhes pertencemos definitivamente.
Cumoprimentos
Boas,
Pressumo que os 2% que deixa para o estado são para pagar a iluminação publica.
cumprimentos
Cada euro que sai do teu bolso para o bolso do estado é poder de decisão que estás a tirar a ti próprio e a colocar nas mãos de outros (para decidir por ti).
P.S. - Não quero com isto dizer que o estado não tem que ter funções que têm que ser financiadas. Pelo contrário: temos que escolher que poder de decisão queremos passar para o estado.
Editado pela última vez por Quico em 9/1/2013 14:53, num total de 2 vezes.
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