OT- TAP Não foi vendida
JMHP Escreveu:Elias Escreveu:Ninguém me tira da cabeça que a decisão de não vender ao Efromovich é puramente política - não havendo vontade política de vender ao único interessado, arranja-se uma desculpa qualquer.
Elias... Se o comprador não cumpriu na integra o caderno de encargos.. Onde está a duvida?! Como podemos colar a isso uma decisão politica?!
Eu sou a favor da privatização da TAP, mas desejo que o processo se mantenha transparente como até aqui, logo não percebo quem procure "fantasmas" neste assunto.
Aliás o governo é manifestamente a favor da venda, logo a decisão de hoje é contraria à sua vontade politica, talvez por recear consequências politicas e economias para o país no futuro caso as garantias não sejam reais. Parece bem não?!
JMHP,
Cada um acredita no que quiser.
Depois daquilo que se passou com a TTT, cujo concurso foi anulado quando o concorrente mais bem colocado era o espanhol, ficou para mim claro que o que determina a escolha do vencedor neste tipo de concursos é a vontade política. Se o candidato mais bem posicionado não é desejado pelo poder político, arranja-se uma justificação qualquer para que a coisa não chegue a bom termo. Se o candidato é o desejado, abafa-se o que for preciso abafar para que a coisa role.
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amsfsma Escreveu:Parece-me que a questão se resume ao facto da TAP ter um passivo de c/ de 1200 milhões (dívida) e um activo de c/ de 1500 milhões (aviões, etc) - este número sou eu a tentar advinhar. Se fosse para a desmantelar e vender podia-se dizer que a empresa vale 300 milhões mas o problema é que a empresa é para manter e manter em determinadas codições de exploração (serviço público, regiões autónomas, apoio à diáspora portuguesa, etc). Sabe-se que a maior parte dos anos tem dado prejuízo, razão pela qual tem um passivo de 1200 milhões. Quem a "comprar" terá que continuar a prestar esses serviços económicamente não rentáveis, ir abatendo a dívida, ir adquirindo novos aviões para substituir os que forem sendo abatidos ao serviço, passar do prejuízo sistemático para o lucro de forma a não criar dívida mas abater.
Nestas condições parece que Portugal terá que encontrar um comprador que dê garantias de respeitar as condições enunciadas, mesmo que não rentáveis, e vender a TAP por 1 euro. Mas onde encontrar esse investidor de confiança? Confiar no recurso aos tribunais para fazer cumprir o contrato é ser ingénuo.
Se o Estado não poder injectar dinheiro como definido pela UE ou não o pode fazer por não o ter só resta esperar que o preço dos combustíveis baixe significativamente como forma de salvar a TAP da falência...
http://new.flytap.com/prjdir/flytap/med ... _PT_v3.pdf
Acho que podes usar os números reais de 2011, que são bem diferentes desses:
Situação Financeira
O total do Ativo consolidado da TAP, SGPS, S.A. ascendeu a EUR 1.982 milhões, enquanto o grau de utilização dos Ativos, expresso pelo rácio entre o Volume de Negócios e o total do Ativo
da Empresa, atingiu 1,23.
Em 2011, no âmbito do Grupo TAP, o total da Formação Bruta de Capital Fixo atingiu EUR 10,1 milhões. Este valor reflete, essencialmente, os investimentos com a aquisição de material de reserva, rotáveis e equipamento de reator para as frotas aéreas, bem como
na aquisição de equipamentos de placa, catering, manutenção, e informáticos, hardware e software. De destacar, ainda, naquele montante, o investimento referente à empresa TAP–Manutenção e Engenharia Brasil, relativo a reformas nos prédios em Porto Alegre e, também, no Rio de Janeiro.
A análise dos indicadores económico-financeiros evidencia uma Situação Líquida da Empresa na ordem dos EUR -343,2 milhões, traduzindo um agravamento, face a 2010, de EUR 78,4 milhões. Refira-se, ainda, a existência de interesses não controlados no valor de EUR 7,8 milhões, relativos às empresas LFP–Lojas Francas de Portugal e Cateringpor.
O capital da TAP, SGPS, S.A. é composto por 1.500.000 ações nominativas, com o valor de EUR 10 cada, e é detido, integralmente, pela Parpública–Participações Públicas, SGPS, S.A., empresa detida a 100% pelo Estado Português.
O total do Passivo da TAP, SGPS, S.A. situou-se em EUR 2.325,2 milhões, sendo de EUR 1.333,1 milhões o valor relativo ao Passivo Não Corrente, e de EUR 992,1 milhões o valor referente ao Passivo Corrente, que representa, atualmente, 42,7% do total do Passivo, menos 2,0 p.p. que em 2010.
No que refere à estrutura do endividamento, empréstimos bancários e locação financeira, no final de 2011, o total atingiu EUR 1.230,9 milhões. Os compromissos relativos a dívida remunerada corrente, com o valor de EUR 245,2 milhões, representavam
19,9% do total, mais 0,4 p.p. que em 2010.
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amsfsma Escreveu:Se o Estado não poder injectar dinheiro como definido pela UE ou não o pode fazer por não o ter só resta esperar que o preço dos combustíveis baixe significativamente como forma de salvar a TAP da falência...
Isso é como confiar na "virgem" sentado e de braços cruzados... Uma idiotice que a curto-prazo a realidade vai dominar e pressionar a empresa a decisões muitos complicados e radicais.
Faz uma reestruturação profunda recorrendo ao despedimentos (como fazem muitas companhias aéreas internacionais publicas) ou aguenta-se até bater na parede, nessa altura vende-se com uma grande desvalorização ou encerra-se a empresa.
Elias Escreveu:Ninguém me tira da cabeça que a decisão de não vender ao Efromovich é puramente política - não havendo vontade política de vender ao único interessado, arranja-se uma desculpa qualquer.
Elias... Se o comprador não cumpriu na integra o caderno de encargos.. Onde está a duvida?! Como podemos colar a isso uma decisão politica?!
Eu sou a favor da privatização da TAP, mas desejo que o processo se mantenha transparente como até aqui, logo não percebo quem procure "fantasmas" neste assunto.
Aliás o governo é manifestamente a favor da venda, logo a decisão de hoje é contraria à sua vontade politica, talvez por recear consequências politicas e economias para o país no futuro caso as garantias não sejam reais. Parece bem não?!
Parece-me que a questão se resume ao facto da TAP ter um passivo de c/ de 1200 milhões (dívida) e um activo de c/ de 1500 milhões (aviões, etc) - este número sou eu a tentar advinhar. Se fosse para a desmantelar e vender podia-se dizer que a empresa vale 300 milhões mas o problema é que a empresa é para manter e manter em determinadas codições de exploração (serviço público, regiões autónomas, apoio à diáspora portuguesa, etc). Sabe-se que a maior parte dos anos tem dado prejuízo, razão pela qual tem um passivo de 1200 milhões. Quem a "comprar" terá que continuar a prestar esses serviços económicamente não rentáveis, ir abatendo a dívida, ir adquirindo novos aviões para substituir os que forem sendo abatidos ao serviço, passar do prejuízo sistemático para o lucro de forma a não criar dívida mas abater.
Nestas condições parece que Portugal terá que encontrar um comprador que dê garantias de respeitar as condições enunciadas, mesmo que não rentáveis, e vender a TAP por 1 euro. Mas onde encontrar esse investidor de confiança? Confiar no recurso aos tribunais para fazer cumprir o contrato é ser ingénuo.
Se o Estado não poder injectar dinheiro como definido pela UE ou não o pode fazer por não o ter só resta esperar que o preço dos combustíveis baixe significativamente como forma de salvar a TAP da falência...
Nestas condições parece que Portugal terá que encontrar um comprador que dê garantias de respeitar as condições enunciadas, mesmo que não rentáveis, e vender a TAP por 1 euro. Mas onde encontrar esse investidor de confiança? Confiar no recurso aos tribunais para fazer cumprir o contrato é ser ingénuo.
Se o Estado não poder injectar dinheiro como definido pela UE ou não o pode fazer por não o ter só resta esperar que o preço dos combustíveis baixe significativamente como forma de salvar a TAP da falência...
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Efromovich admite voltar a interessar-se pela TAP
20 Dezembro 2012, 15:55 por Jornal de Negócios | jng@negocios.pt
Investidor confessa ter ficado surpreendido com a decisão do Governo de não vender a companhia aérea e diz tratar-se de um equívoco dizer que o negócio não avançou por falta de garantias.
"Estou surpreso. Eu não posso pagar por algo antes enquanto do outro lado não disserem que topam", disse ao Gérman Efromovich ao Expresso, adiantando que será um “equívoco” o Governo alegar falta de garantias bancárias para justificar o chumbo ao negócio.
Questionado sobre a possibilidade de voltar a candidatar-se à compra da TAP, diz que se o processo for "dentro do seu tempo" pode voltar a interessar-se, já que quer comprar alguma coisa na Europa para expandir o negócio.
Efromovich tinha viagem marcada para Lisboa, no dia 26, mas já não se deslocará a Portugal, segundo a mesma fonte.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
ul Escreveu:A opniao publica era contra a venda a 90% , os estaditas fazem o que é bom para o país , os politicos fazem o que o povo pede.
90%?? Tenho certeza que esse valor não é correcto. Quem não defende a venda da Tap não faz a mínima ideia do dinheiro que o estado já "ardeu" nessa empresa. A Tap vale zero, a prova é que ninguém a quer.

Um dilema do Camandros.
O meu corac,ao quer uma TAP puublica. Contudo os miolos (aqui representados pela minha conta bancaaria, a carteira e o meu bolso) recusam-se a entrar com os montantes necessaarios para sustentar viicios.
Quanto muito soo apoos uma racionalizac,ao dos custos de operac,ao (e "outros").
Aguardo a publicac,ao da folha de salaarios da TAP antes de dar a minha autorizac,ao para a sua manutenc,ao na dependeencia do eraario puublico. Caso esses elementos nao me sejam fornecidos prossigo com a privatizac,ao dos meus 1/10.000.000 avos.
E nao pec,o quaisquer garantias bancaarias: levam-na de borliuu.
Quanto muito soo apoos uma racionalizac,ao dos custos de operac,ao (e "outros").
Aguardo a publicac,ao da folha de salaarios da TAP antes de dar a minha autorizac,ao para a sua manutenc,ao na dependeencia do eraario puublico. Caso esses elementos nao me sejam fornecidos prossigo com a privatizac,ao dos meus 1/10.000.000 avos.
E nao pec,o quaisquer garantias bancaarias: levam-na de borliuu.

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mais_um Escreveu:JMHP Escreveu:mais_um Escreveu:JMHP Escreveu:
Se assim for, porque existem motivos para desconfiar de todo o processo?!... De onde surgem essas duvidas?!
Politiqueira pura.....
Sim, também me quer parecer que é disso que se trata. Pena é que a nossa imprensa não tenha interesse em fazer esse escrutínio em vez de se ocupar com as suspeições habituais.
Ontem o ministro da economia esteve bem, quando foi acusado pelo Basilio Horta que estavam a favorecer o Efromovich, desafiou-o a dizer o que estava no caderno de encargos que fosse à medida do Efromovich e pelo menos na Radio o Basilio não disse nada.
Eu por acaso vi esse episódio na televisão e achei curioso a careta e encolher de ombros do Basílio Horta... Não pronunciando uma palavra, limitou-se á expressão.
Ficou clara a sua resposta... Um gesto que vale por muitas palavras.
JMHP Escreveu:mais_um Escreveu:JMHP Escreveu:
Se assim for, porque existem motivos para desconfiar de todo o processo?!... De onde surgem essas duvidas?!
Politiqueira pura.....
Sim, também me quer parecer que é disso que se trata. Pena é que a nossa imprensa não tenha interesse em fazer esse escrutínio em vez de se ocupar com as suspeições habituais.
Ontem o ministro da economia esteve bem, quando foi acusado pelo Basilio Horta que estavam a favorecer o Efromovich, desafiou-o a dizer o que estava no caderno de encargos que fosse à medida do Efromovich e pelo menos na Radio o Basilio não disse nada.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
mais_um Escreveu:JMHP Escreveu:
Se assim for, porque existem motivos para desconfiar de todo o processo?!... De onde surgem essas duvidas?!
Politiqueira pura.....
Sim, também me quer parecer que é disso que se trata. Pena é que a nossa imprensa não tenha interesse em fazer esse escrutínio em vez de se ocupar com as suspeições habituais.
Ti Salvador Mano Escreveu:Não posso acreditar que esta anulação se deva aos 25 milhões!
O Económico confirmou que o empresário não apresentou hoje garantias bancárias no valor de 25 milhões de euros, o que levou o Executivo a recuar no negócio.
Gérman Efromovich, candidato único à privatização, já foi informado da decisão do Governo de não vender a TAP.
O Económico confirmou que o empresário não apresentou hoje garantias bancárias no valor de 25 milhões de euros, o que levou o Executivo a recuar no negócio.
Apesar de o Governo estar disponível para alienar a TAP no curto médio prazo, Gérman Efromovich dá o negócio como ‘morto', apurou o Económico, até porque a decisão do Executivo deverá obrigar ao lançamento de um novo concurso de privatização
Aumento de capital + refinciamento da empresa + os 25 milhões não tinham garantias bancárias... assim é a NOTICIA dada pela secretária de estado do Tesouro
Aumento de capital + refinanciamento da empresa + os 25 milhões não tinham garantias bancárias... assim é a NOTICIA dada pela secretária de estado do Tesouro
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Não posso acreditar que esta anulação se deva aos 25 milhões!
O Económico confirmou que o empresário não apresentou hoje garantias bancárias no valor de 25 milhões de euros, o que levou o Executivo a recuar no negócio.
Gérman Efromovich, candidato único à privatização, já foi informado da decisão do Governo de não vender a TAP.
O Económico confirmou que o empresário não apresentou hoje garantias bancárias no valor de 25 milhões de euros, o que levou o Executivo a recuar no negócio.
Apesar de o Governo estar disponível para alienar a TAP no curto médio prazo, Gérman Efromovich dá o negócio como ‘morto', apurou o Económico, até porque a decisão do Executivo deverá obrigar ao lançamento de um novo concurso de privatização
Aumento de capital + refinciamento da empresa + os 25 milhões não tinham garantias bancárias... assim é a NOTICIA dada pela secretária de estado do Tesouro
O Económico confirmou que o empresário não apresentou hoje garantias bancárias no valor de 25 milhões de euros, o que levou o Executivo a recuar no negócio.
Gérman Efromovich, candidato único à privatização, já foi informado da decisão do Governo de não vender a TAP.
O Económico confirmou que o empresário não apresentou hoje garantias bancárias no valor de 25 milhões de euros, o que levou o Executivo a recuar no negócio.
Apesar de o Governo estar disponível para alienar a TAP no curto médio prazo, Gérman Efromovich dá o negócio como ‘morto', apurou o Económico, até porque a decisão do Executivo deverá obrigar ao lançamento de um novo concurso de privatização
Aumento de capital + refinciamento da empresa + os 25 milhões não tinham garantias bancárias... assim é a NOTICIA dada pela secretária de estado do Tesouro
Editado pela última vez por Visitante em 20/12/2012 16:30, num total de 1 vez.
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JMHP Escreveu:
Se assim for, porque existem motivos para desconfiar de todo o processo?!... De onde surgem essas duvidas?!
Politiqueira pura.....
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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djovarius Escreveu:Elias,
Num processo de privatização, pode e deve haver uma comissão que possa auditar todo a realidade da empresa. Num caderno de encargos sério, elaborado com a ajuda de entidades independentes, atinge-se um "fair value". Isso é normal em processos de privatização de empresas públicas.
Parece-me que é publico que existem duas comissões independentes acompanhar todo o processo de privatizações, para além que toda a documentação está a ser enviada para o Tribunal de Contas de modo a que este acompanhe o mais possível o desenrolar das negociações.
Tudo isto já foi explicado publicamente e não foi desmentido por ninguém.... Estarei equivocado?!
Se assim for, porque existem motivos para desconfiar de todo o processo?!... De onde surgem essas duvidas?!
Espero que na próxima greve que houver da TAP, os que estão contra a privatização se lembrem do dia de hoje: da recusa do Governo em vender a empresa e continuar a suportar os prejuízos acumulados.
E quem achar que o Governo actual não está a lutar pelo melhor negócio possível, esta foi a resposta mais cabal que poderia ter sido entregue.
Enfim, os trabalhadores da TAP que se preparem para uma vaga de despedimentos durante 2013.
E quem achar que o Governo actual não está a lutar pelo melhor negócio possível, esta foi a resposta mais cabal que poderia ter sido entregue.
Enfim, os trabalhadores da TAP que se preparem para uma vaga de despedimentos durante 2013.
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