A escola e a qualidade da educação
artista Escreveu:dfviegas Escreveu:Voltando ao escandalo dos murais e serviço de almoços, acho que os trabalhadores do estado são os unicos que se queixam por fazerem funções para os quais não foram contratados.
Por um lado acho normal que se queixem de ter de efetuar tantos trabalhos fora daquilo que seriam as suas competências, sobretudo porque isso revela que a escola tem falta de pessoal auxiliar e administrativo. Parece-me que foi neste sentido que as queixas surgem na reportagem, pelo menos é o meu entendimento.
Seja como for, parece-me claramente que isto será o menos importante da reportagem, certamente que apenas por isto ninguém se daria ao trabalho de perder tempo com o caso... o problema está no resto, naqueles contratos completamente ilegais e, como disse o rmachado, no "conluio do privado/público" com os partidos do poder no meio!
Tens razão em relação ao que é mais importante, parece-me que já há investigação, no publico.
"As auditorias da Inspecção-Geral de Educação e Ciência a colégios do grupo GPS que têm contratos de associação com o Estado foram solicitadas pelo secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, Casanova de Almeida, durante as férias de Verão, "na sequência de denúncias recebidas de professores e de sindicatos", indicou ontem ao PÚBLICO o gabinete de comunicação do Ministério da Educação e Ciência (MEC).
A primeira destas auditorias iniciou-se a 29 de Setembro, estando agora em fase de conclusão, acrescentou o MEC. Não foram indicadas quais as escolas alvo de inspecção. Dos 24 colégios do grupo GPS, 13 são financiados pelo Estado. Em 2010/2011 o grupo recebeu cerca de 30 milhões de euros.
Em Setembro passado dezenas de professores que leccionavam nestes colégios foram despedidos. Segundo informação recolhida então pela TVI, e confirmada na reportagem transmitida segunda-feira, os professores que ficaram estão a ser obrigados a trabalhar mais horas do que as permitidas pela lei. Em Janeiro de 2011, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) já tinha denunciado a existência de um “clima insuportável que se abate sobre os docentes, através da ameaça e da prática de ilegalidades diversas”, como despedimentos, alteração de horários e transferências entre escolas do grupo GPS.
Segundo a Fenprof, estas práticas estavam a ocorrer, entre outros, nos colégios Miramar, Santo André, São Mamede, São Cristóvão, Infante Santo, D. João V, Monte Redondo e Quiaios, todos do grupo GPS. Na altura o MEC anunciou que estava a realizar uma acção inspectiva na sequência de uma queixa de um professor. Não foram conhecidos resultados.
O Grupo GPS, criado em 2003, é liderado pelo ex-deputado socialista António Calvete e tem contado com a colaboração de figuras de destaque tanto do PS, como do PSD: Foram seus consultores o deputado socialista e antigo secretário de Estado da Administração Local, José Junqueiro; o deputado do PSD e ex-secretário de Estado da Educação, José Canavarro; Paulo Pereira Coelho, ex-secretário de Estado da Administração Local do PSD. Também trabalham para o grupo os ex-directores regionais de Educação de Lisboa e do Centros, respectivamente José Almeida e Linhares de Castro.
No desempenho dos seus cargos oficiais, José Canavarro e José Almeida tiveram um papel central na aprovação, em 2005, de contratos de financiamento público a quatro colégios do grupo – Rainha Dona Leonor e Frei Cristóvão, no concelho das Caldas da Rainha, e Miramar e Santo André, em Mafra. Nas Caldas da Rainha aqueles colégios continuam a ter financiamento do Estado apesar das escolas públicas existentes terem muitas vagas para oferecer, uma situação que tem sido contestada por professores e directores destes estabelecimentos."
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dfviegas Escreveu:Voltando ao escandalo dos murais e serviço de almoços, acho que os trabalhadores do estado são os unicos que se queixam por fazerem funções para os quais não foram contratados.
Por um lado acho normal que se queixem de ter de efetuar tantos trabalhos fora daquilo que seriam as suas competências, sobretudo porque isso revela que a escola tem falta de pessoal auxiliar e administrativo. Parece-me que foi neste sentido que as queixas surgem na reportagem, pelo menos é o meu entendimento.
Seja como for, parece-me claramente que isto será o menos importante da reportagem, certamente que apenas por isto ninguém se daria ao trabalho de perder tempo com o caso... o problema está no resto, naqueles contratos completamente ilegais e, como disse o rmachado, no "conluio do privado/público" com os partidos do poder no meio!
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Pata-Hari Escreveu:O que tem a ver é que no "mundo real" existem abusos perpetuados de forma continuada, provados e ninguém se chateia (o errado é isso mesmo!!! seria bom que não fossem nunca permitidos. Mas como acontecem muito, parece que os abusos sobre as mulheres são "aceitáveis").
Sim há muitos abusos e os que há deviam ser punidos! Alguns são outros não, o que não entendo é o que é que isso tem agora a ver com o assunto em causa?! Lembraste-te disso, podias lembrar-te de mil outras situações de abusos, mas agora estamos a discutir uma situação concreta... espero que não estejas a tentar defender que, por haver outros abusos, estes também sejam aceitáveis?!

Pata-Hari Escreveu:No mundo real as pessoas trabalham sempre mais horas do que as "de lei". No mundo real há uma quantidade de tarefas que todos fazemos apesar de não estarem "previstas" na nossa job description e de sermos obviamente sobre-qualificados para isso. Essa é a normalidade do mercado de trabalho e as pessoas são contratadas e valorizadas pelo facto de serem adaptáveis e estarem disponíveis para fazer coisas necessárias, que aumentam a produtividade mas que não correspondem à sua função. O que não impede que neste caso pareçam haver abusos óbvios..
Quando falas em "mundo real" parece que é algo que ninguém conhece, ou pelo menos que eu não o conheço, mas do qual tu tens uma visão muito clara!
Mais uma vez estás a centrar-te no acessória e a esquecer o essencial...
Uma coisa é executar tarefas extra como tirar umas bicas ou ajudar a servir o almoço, eu também já fiz isso. Outra, muito diferente, é pressionarem professores a assinar um documento em como se sujeitam a dar mais aulas que o previsto na Lei. Mas há algo que tornaa situação ainda mais grave. Já era suficientemente grave que um colégio privado o fizesse, ou faça, mas é muito mais grave ainda que o faça um colégio que é exclusivamente financiado pelo estado, com o dinheiro de todos nós... e os donos ainda são proprietários de desenas de viaturas, daquelas de serviço, Jaguar,~BMW, Porches...

Pata-Hari Escreveu:E é pena que as pinturas da escola não se tenham transformado num projecto de educação cívica com a participação dos alunos e mesmo dos pais dos alunos. Não há mal (há bem) em participarmos todos em algo de que todos beneficiamos ou que beneficia outras pessoas, pelo contrário. É algo que temos que fomentar, ainda mais em alturas dramáticas como as actuais.
Pois, não há nada a fazer, o que te interessa mesmo é o acessório... quem é que não concorda com o que estás a dizer?!
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Vi a reportagem e realmente nota-se muitos abusos e pressões sobre os professores, para alem dos esquemas que levam a esta empresa ser beneficiada na atribuição de mais turmas do que devia, agora outra história é a pintura de murais da escola e até mesmo as contas apresantadas 3 milhoes que o estado dá e a folha salarial fica no 1,1 milhão como se isso quisesse dizer alguma coisa. As contas deveriam ser melhor apresentadas, apesar de não ter dúvidas que o estado anda a pagar mais do que devia, afinal 80 carros é muita carro para um homem só.
Voltando ao escandalo dos murais e serviço de almoços, acho que os trabalhadores do estado são os unicos que se queixam por fazerem funções para os quais não foram contratados.
O Sr. que tinham que meter carimbos no papel já não é necessário foram inventados computadores para fazer isso, quer dizer que esse sr. vai ficar a olhar para uma parede para o resto da sua carreira? porque foi contratado para meter carimbos?
Acho que há direito à indignação, mas nem toda ela é valida, no caso dos murais acho que não é.
Voltando ao escandalo dos murais e serviço de almoços, acho que os trabalhadores do estado são os unicos que se queixam por fazerem funções para os quais não foram contratados.
O Sr. que tinham que meter carimbos no papel já não é necessário foram inventados computadores para fazer isso, quer dizer que esse sr. vai ficar a olhar para uma parede para o resto da sua carreira? porque foi contratado para meter carimbos?
Acho que há direito à indignação, mas nem toda ela é valida, no caso dos murais acho que não é.
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Pata-Hari Escreveu:Artista, claro que é grave haver abusos. É óbvio que é grave. E como diz o MAV, deve haver fiscalização e a denuncia dos casos (e nesse sentido a reportagem parece servir exactamente para expor isso). E sim, ouvi os professores queixarem-se de coisas que me parecem graves e e outras que me parecem fúteis e que eram dispensáveis para manter a entrevista centrada na questão do abuso.
(Curiosamemente, quando se discutiu o abuso da discriminação abusiva das mulheres nos empregos, provadas estatisticamente e dadas como facto adquirido, ninguém pareceu incomodado com a questão. É engraçado. E é um abuso generalizado e que afecta bem mais pessoas).
Não afecta mais as pessoas... afeta mais as mulheres.


Mas olha que na classe em causa não deve ser assim, a não ser que sejas professora de uma destas escolas.
Mas lendo o que escreves fico com a ideia que não viste a reportagem com "olhos de ver" (peço desculpa se estou errado), pq todas as escolas (pelo menos das Caldas) são grátis para os alunos.
Mas e tirando a parte dos abusos (que todos já sofremos de alguma maneira) o problema é mais uma vez o conluio do privado/público onde na prática não tens privado... ou melhor tens, na parte do lucro, pq no resto é público...
Usando o teu exemplo vivido, até diria que parece até que temos um modelo género escandinavo onde existe concorrência entre escolas e que o estado dá x aos pais por aluno e eles que decidam... mas neste caso não é isso.
É o estado a pagar duas vezes por o mesmo serviço com a agravante que uma delas vai para os bolsos de alguns...
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O que tem a ver é que no "mundo real" existem abusos perpetuados de forma continuada, provados e ninguém se chateia (o errado é isso mesmo!!! seria bom que não fossem nunca permitidos. Mas como acontecem muito, parece que os abusos sobre as mulheres são "aceitáveis").
No mundo real as pessoas trabalham sempre mais horas do que as "de lei". No mundo real há uma quantidade de tarefas que todos fazemos apesar de não estarem "previstas" na nossa job description e de sermos obviamente sobre-qualificados para isso. Essa é a normalidade do mercado de trabalho e as pessoas são contratadas e valorizadas pelo facto de serem adaptáveis e estarem disponíveis para fazer coisas necessárias, que aumentam a produtividade mas que não correspondem à sua função. O que não impede que neste caso pareçam haver abusos óbvios.
E é pena que as pinturas da escola não se tenham transformado num projecto de educação cívica com a participação dos alunos e mesmo dos pais dos alunos. Não há mal (há bem) em participarmos todos em algo de que todos beneficiamos ou que beneficia outras pessoas, pelo contrário. É algo que temos que fomentar, ainda mais em alturas dramáticas como as actuais.
No mundo real as pessoas trabalham sempre mais horas do que as "de lei". No mundo real há uma quantidade de tarefas que todos fazemos apesar de não estarem "previstas" na nossa job description e de sermos obviamente sobre-qualificados para isso. Essa é a normalidade do mercado de trabalho e as pessoas são contratadas e valorizadas pelo facto de serem adaptáveis e estarem disponíveis para fazer coisas necessárias, que aumentam a produtividade mas que não correspondem à sua função. O que não impede que neste caso pareçam haver abusos óbvios.
E é pena que as pinturas da escola não se tenham transformado num projecto de educação cívica com a participação dos alunos e mesmo dos pais dos alunos. Não há mal (há bem) em participarmos todos em algo de que todos beneficiamos ou que beneficia outras pessoas, pelo contrário. É algo que temos que fomentar, ainda mais em alturas dramáticas como as actuais.
Pata-Hari Escreveu:Artista, claro que é grave haver abusos. É óbvio que é grave. E como diz o MAV, deve haver fiscalização e a denuncia dos casos (e nesse sentido a reportagem parece servir exactamente para expor isso). E sim, ouvi os professores queixarem-se de coisas que me parecem graves e e outras que me parecem fúteis e que eram dispensáveis para manter a entrevista centrada na questão do abuso.
Quem lê o teu primeiro comentário fica com a idéia que há abusos como em todo o lado... e que os abusos são coisas fúteis!
Ao que parece queixas houve muitas e o ministério não fez nada... ainda ontem à noite, a jornalista que fez a reportagem disse na TV que depois de exibida a mesma só para o e-mail pessoal dela recebeu mais de 200 queixas de pessoas que trabalharam para o grupo GPS. Não sei se eram maioritariamente professores ou não, ela não especificou!
Pata-Hari Escreveu:(Curiosamemente, quando se discutiu o abuso da discriminação abusiva das mulheres nos empregos, provadas estatisticamente e dadas como facto adquirido, ninguém pareceu incomodado com a questão. É engraçado. E é um abuso generalizado e que afecta bem mais pessoas).
E o que é que isto tem a ver com o assunto?!

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RandomWalk Escreveu:Pata-Hari Escreveu:
Quanto aos professores, parecemos só ouvir um lado da história. No entanto, admitindo que há abuso, o facto é que o abuso existe em todo lado e é algo que tem que ser tratado caso a caso (mas também assisto a pruridos de muita gente em fazer tarefas que consideram menos dignas do seu estatuto como fotocópias e tirar cafés. Nas melhores universidades do mundo, os professores catedráticos tiram os seus cafés, tiram as suas fotocópias e ainda fazem a sua dactilografia. Só mesmo no liceu público português é que vi pela primeira vez na vida professores de liceu que assinam os seus documentos com "Dr. qq coisa".)
Quando não há nada para dizer....![]()
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Olha que para quem se acha em condições de comentar conteúdo, não te esmeraste nem produziste grande argumentação.
Artista, claro que é grave haver abusos. É óbvio que é grave. E como diz o MAV, deve haver fiscalização e a denuncia dos casos (e nesse sentido a reportagem parece servir exactamente para expor isso). E sim, ouvi os professores queixarem-se de coisas que me parecem graves e e outras que me parecem fúteis e que eram dispensáveis para manter a entrevista centrada na questão do abuso.
(Curiosamemente, quando se discutiu o abuso da discriminação abusiva das mulheres nos empregos, provadas estatisticamente e dadas como facto adquirido, ninguém pareceu incomodado com a questão. É engraçado. E é um abuso generalizado e que afecta bem mais pessoas).
(Curiosamemente, quando se discutiu o abuso da discriminação abusiva das mulheres nos empregos, provadas estatisticamente e dadas como facto adquirido, ninguém pareceu incomodado com a questão. É engraçado. E é um abuso generalizado e que afecta bem mais pessoas).
mais_um Escreveu:artista Escreveu:mais_um Escreveu:Em relação aos alunos NEE, como existem escolas de referencia na zona, estes são encaminhados para essas escolas que estão preparados para os receberem, poderá ser esse o motivo para o colégio não ter alunos com NEE, segundo a professora.
Que tipo de condições estás a falar? Na maioria dos casos o que é preciso será apenas um professor do ensino especial, se não têm contratem um... pois custa dinheiro!
Não é assim que funciona. Desde que acabaram com as escolas de ensino especial que os alunos deficientes estão integrados com os restantes alunos, não tem docentes só para eles.
Edit: Excepto os surdos-mudos.
O ME dá mais dinheiro e mais pessoal quando as escolas torna-se de referencia para uma determinada área. Por exemplo, uma escola de referencia para alunos invisuais, vai receber todos os alunos com essa deficiência numa determinada área geográfica.
EDIT: fica aqui a legislação sobre o tema:
http://dre.pt/pdf1s/2008/01/00400/0015400164.pdf
mais_um, para ser sincero não conheço essa legislação... a minha dúvida tem a ver com hipótese de eles poderem não querer esses alunos por isso implicar mais custos, e eles baixarem as médias. Para além de alguns serem fonte de problemas de comportamento!
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Pata-Hari Escreveu:Artista, de facto não tenho vontade nem acho apropriado responder a alguém que começa uma argumentação com "é melhor veres outra vez a reportagem". Não perco nem um instante. Usas a agressão como argumento e nem te apercebes que perdes automaticamente toda a razão e todo o interesse nas tuas ideias quando partes para esse estilo.
Sinceramente não estou a perceber o mal de te ter dito para veres outra vez a reportagem, a realidade é que apresentaste uma visão muito desfasada do que é apresentado na reportagem... e que vem em linha com o que costumas defender quando se fala na educação.
Abordas duas questões: A primeira estás completamente desfasada da realidade, não é uma questão de opinião, é um facto. Podes não ter percebido bem, não tem nada de mal...
Na segunda, a tua opinião baseia-se apenas na parte que te parece interessar, esquecendo o mais importante, senhão vejamos:
Pata-Hari Escreveu:Quanto aos professores, parecemos só ouvir um lado da história.
Eu vi o diretor da escola e o presidente do GPS a serem interrogados sobre o assunto.
Pata-Hari Escreveu:No entanto, admitindo que há abuso, o facto é que o abuso existe em todo lado e é algo que tem que ser tratado caso a caso (mas também assisto a pruridos de muita gente em fazer tarefas que consideram menos dignas do seu estatuto como fotocópias e tirar cafés. Nas melhores universidades do mundo, os professores catedráticos tiram os seus cafés, tiram as suas fotocópias e ainda fazem a sua dactilografia. Só mesmo no liceu público português é que vi pela primeira vez na vida professores de liceu que assinam os seus documentos com "Dr. qq coisa".)
O abuso existe em todo o lado então parece que é normal que também ali exista?!
O mais importante da reportagem foram os cafés ou as outras tarefas que eram pressionados ou obrigados a fazer?!

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Pata-Hari Escreveu:Artista, de facto não tenho vontade nem acho apropriado responder a alguém que começa uma argumentação com "é melhor veres outra vez a reportagem". Não perco nem um instante. Usas a agressão como argumento e nem te apercebes que perdes automaticamente toda a razão e todo o interesse nas tuas ideias quando partes para esse estilo.
Peço desculpa Pata mas o artista tem razão quando refere que nos colégios em questão nenhum aluno dos anos de escolaridade em questão paga.
Estas escolas são particulares mas têm contratos de associação com o estado, recebendo determinado valor do estado para prestar um serviço que é da responsabilidade desse mesmo estado. O estado tem o dever de os fiscalizar e avaliar tal como faz nas escolas públicas, estando sujeitos a inspeções, algumas períodicas e outras aleatórias e inesperadas.
Mais uma coisa, os alunos que andam nestes colégios fazem-no por vontade própria terão sempre opção de frequentar as escolas públicas da sua área de residencia. Já o processo inverso pode não ser verdade pois as escolas em sistema de contrato de associação têm quotas máximas de turmas/alunos, sendo financiadas apenas o nº de turmas que o estado não consegue servir. Claro que nesta última parte haverá sempre possibilidade de algum jogo de interesses politicos!
Sendo escolas Privadas em que os alunos pagassem como referes nem se colocava qualquer problema pois a responsabilidade não seria do estado mas sim apenas e só de cada encarregado de educação.
MAV8
Carteira 69
Carteira 69
Trisquel Escreveu:Caro Cliente,
Estamos novamente naquela altura do ano em que as despesas parecem multiplicar-se: depois das compras para o início do ano lectivo, chega agora a nova estação e com ela a preparação para as festas de Natal e de Fim de Ano. Para fazer face a tantos gastos potenciais, há que saber planear com tempo e até adiantar algumas compras para aproveitar os melhores preços e oportunidades.
Por isso, até 31 de Dezembro, o BES coloca à sua disposição um crédito pré-aprovado para fazer face a imprevistos ou despesas extraordinárias.
Com esta solução de crédito tem: •Prestações mensais competitivas
•Flexibilidade na escolha dos montantes e prazos de pagamento
Para beneficiar desta oportunidade, contacte o seu gestor
ou a Linha BES 360° - 707 300 360.
No caso de não estar interessado, nada terá que fazer, pois este crédito só será activado mediante o seu pedido.
Com os melhores cumprimentos,
Banco Espírito Santo
TAN de 9,958%. Taxa indexada à Euribor 3 meses (0,208% aplicável em Novembro 2012) + spread de 9,750%. TAEG de 11,3% para um pedido de €5.000,00 e montante de financiamento de €5.380,67 a 60 meses. Prestações mensais de €115,27, totalizando €6.916,19. Inclui seguro BES Protecção Mais.
http://www.bes.pt/images/emails/cipa4/360/index.html
MAV8 Escreveu:É por isso que eu comprei BES, , 5 aninhos a pagar as prendas do Natal de 2012 e os respetivos juros Tenho pena de quem contrata este tipo de créditos porque só há uma razão para o fazer - a ignorancia!!! É o resultado de uma politica educativa que não prepara cidadãos mas sim merionetas, saem da escola com umas luzes de literatura mas não sabem escrever, umas luzes de trignometria mas não sabem calcular uma percentagem, umas luzes do sistema linfático mas não sabem equilibrar o seu proprio regime alimentar, quanto a economia, finanças ou contabilidade nem luzes quanto mais saber!
O problema não é o público vs privado/cooperativo mas sim os curriculos e a forma de ver a Educação, esta tem de funcionar como a preparação de cidadãos para vida ativa mas a verdade é que isso não acontece, os curriculos e respetivos programas disciplinares (gestão do ME) estão completamente desajustados da realidade atual e a gestão das escolas na pouca autonomia que têm não saajustam a escola aos interesses das populações que as rodeiam. Isto acontece porque o tecido diretivo das escolas é "velho" e não tem capacidade para se autoregenerar.
MAV8
Carteira 69
Carteira 69
Pata-Hari Escreveu:
Quanto aos professores, parecemos só ouvir um lado da história. No entanto, admitindo que há abuso, o facto é que o abuso existe em todo lado e é algo que tem que ser tratado caso a caso (mas também assisto a pruridos de muita gente em fazer tarefas que consideram menos dignas do seu estatuto como fotocópias e tirar cafés. Nas melhores universidades do mundo, os professores catedráticos tiram os seus cafés, tiram as suas fotocópias e ainda fazem a sua dactilografia. Só mesmo no liceu público português é que vi pela primeira vez na vida professores de liceu que assinam os seus documentos com "Dr. qq coisa".)
Quando não há nada para dizer....



Editado pela última vez por RandomWalk em 6/12/2012 1:37, num total de 1 vez.
artista Escreveu:SirKneighf Escreveu:Link ou nome da reportagem?
Não consigo colocar diretamente o video, fica o link para o mesmo:
http://www.tvi.iol.pt/videos/13754874
Uma vergonha de todo o tamanho.
Parabens á reporter por nos dar a conhecer este lamaçal!
Artista, de facto não tenho vontade nem acho apropriado responder a alguém que começa uma argumentação com "é melhor veres outra vez a reportagem". Não perco nem um instante. Usas a agressão como argumento e nem te apercebes que perdes automaticamente toda a razão e todo o interesse nas tuas ideias quando partes para esse estilo.
artista Escreveu:mais_um Escreveu:Em relação aos alunos NEE, como existem escolas de referencia na zona, estes são encaminhados para essas escolas que estão preparados para os receberem, poderá ser esse o motivo para o colégio não ter alunos com NEE, segundo a professora.
Que tipo de condições estás a falar? Na maioria dos casos o que é preciso será apenas um professor do ensino especial, se não têm contratem um... pois custa dinheiro!
Não é assim que funciona. Desde que acabaram com as escolas de ensino especial que os alunos deficientes estão integrados com os restantes alunos, não tem docentes só para eles.
Edit: Excepto os surdos-mudos.
O ME dá mais dinheiro e mais pessoal quando as escolas torna-se de referencia para uma determinada área. Por exemplo, uma escola de referencia para alunos invisuais, vai receber todos os alunos com essa deficiência numa determinada área geográfica.
EDIT: fica aqui a legislação sobre o tema:
http://dre.pt/pdf1s/2008/01/00400/0015400164.pdf
Editado pela última vez por mais_um em 5/12/2012 23:43, num total de 1 vez.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
mais_um Escreveu:Em relação aos alunos NEE, como existem escolas de referencia na zona, estes são encaminhados para essas escolas que estão preparados para os receberem, poderá ser esse o motivo para o colégio não ter alunos com NEE, segundo a professora.
Que tipo de condições estás a falar? Na maioria dos casos o que é preciso será apenas um professor do ensino especial, se não têm contratem um... pois custa dinheiro!
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Pata-Hari Escreveu:O que acho estranho é que os alunos continuem a escolher e a pagar para estar numa escola onde não há impressoras, onde há temperaturas negativas, onde as portas de segurança estão trancadas podendo estar numa pública de graça Não faz muito sentido, pois não?
É melhor voltares a ver a reportagem... as escolas são privadas mas financiadas pelo estado, nenhum aluno paga para estar lá, quem paga é o estado!
Pata-Hari Escreveu:Quanto aos professores, parecemos só ouvir um lado da história. No entanto, admitindo que há abuso, o facto é que o abuso existe em todo lado e é algo que tem que ser tratado caso a caso (mas também assisto a pruridos de muita gente em fazer tarefas que consideram menos dignas do seu estatuto como fotocópias e tirar cafés. Nas melhores universidades do mundo, os professores catedráticos tiram os seus cafés, tiram as suas fotocópias e ainda fazem a sua dactilografia. Só mesmo no liceu público português é que vi pela primeira vez na vida professores de liceu que assinam os seus documentos com "Dr. qq coisa".)
Eu bem digo que é melhor ires ver outra vez a reportagem... achas que entregar aos docentes um documento para assinarem em que se sujeitam a trabalhar mais do que está previsto na Lei algo normal ou aceitável?! Isso é incompreesível em qualquer caso, pior ainda quando, quando a escola é sustentada pelo estado!
Eu já estive em mais de 10 escolas públicas, nunca vi a dseignação "Dr" em lado nenhum... o meu sobrinho anda num colégio privado onde aí sim já vi! Mas para que é que isto interessa?!

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Pata-Hari Escreveu:O que acho estranho é que os alunos continuem a escolher e a pagar para estar numa escola onde não há impressoras, onde há temperaturas negativas, onde as portas de segurança estão trancadas podendo estar numa pública de graça Não faz muito sentido, pois não?
Faz porque é a única escola que tem disponível. E não pagam já que são escolas com contrato com o ME.
E eu também passei pelo mesmo (dei aulas de sobretudo) numa escola publica, mais precisamente na escola secundária do Bombarral em 2003/2004 ou 2004/2005, se não estou em erro.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
O que acho estranho é que os alunos continuem a escolher e a pagar para estar numa escola onde não há impressoras, onde há temperaturas negativas, onde as portas de segurança estão trancadas podendo estar numa pública de graça Não faz muito sentido, pois não?
Quanto aos professores, parecemos só ouvir um lado da história. No entanto, admitindo que há abuso, o facto é que o abuso existe em todo lado e é algo que tem que ser tratado caso a caso (mas também assisto a pruridos de muita gente em fazer tarefas que consideram menos dignas do seu estatuto como fotocópias e tirar cafés. Nas melhores universidades do mundo, os professores catedráticos tiram os seus cafés, tiram as suas fotocópias e ainda fazem a sua dactilografia. Só mesmo no liceu público português é que vi pela primeira vez na vida professores de liceu que assinam os seus documentos com "Dr. qq coisa".)
Quanto aos professores, parecemos só ouvir um lado da história. No entanto, admitindo que há abuso, o facto é que o abuso existe em todo lado e é algo que tem que ser tratado caso a caso (mas também assisto a pruridos de muita gente em fazer tarefas que consideram menos dignas do seu estatuto como fotocópias e tirar cafés. Nas melhores universidades do mundo, os professores catedráticos tiram os seus cafés, tiram as suas fotocópias e ainda fazem a sua dactilografia. Só mesmo no liceu público português é que vi pela primeira vez na vida professores de liceu que assinam os seus documentos com "Dr. qq coisa".)
Editado pela última vez por Pata-Hari em 5/12/2012 22:43, num total de 2 vezes.
artista Escreveu:
Sinceramente já estive em mais de uma dezena de escolas, já fui diretor de turma algumas vezes, nunca tive pressão nenhuma para alterar notas, nem nunca me apercebi de pressões para o fazer a outros professores... estou a falar de pressões da direção, pressões que não se confinem apenas ao conselho de turma de avaliação, ai pode haver algumas dos colegas, e parece-me normal, já que todos conhecem bem os alunos e têm o direito de manifestar a sua posição sobre cada assunto. Ainda assim, todas as enúmeras situações de que me lembro (e são muitas), a pressão foi sempre para que os alunos transitassem de ano, e não para ficarem retidos!
Não me expliquei bem, no caso da Raul Proença a pressão é (ou era)feita sobre os alunos do 12º ano menos bons para anularem a matricula e proporem-se a exame, assim não entravam nos rankings.
Soube desta situação por várias fontes diferentes.
Ainda em relação à reportagem, há ali manipulação por parte da TVI. A questão das turmas não está explicada correctamente, assim como a questão do aluno do colégio que foi transferido para outra escola, não referem que foi pelo facto de o ME ter RETIRADO uma turma do 10º ano ao colégio e transferido essa turma para a Bordalo Pinheiro. A escola teve que transferir os alunos em excesso e como provavelmente todas (publicas e privadas) fazem transferem os piores alunos.
http://www.gazetacaldas.com/25683/obvia ... is-fracos/
A reportagem tem muitas pontas soltas, ignora os motivos que levaram a ser necessário mais duas escolas no concelho (falta de vagas no 2º ciclo), o facto de existir professores com horário zero este ano é fruto das recentes alterações curriculares, ignora que até ao 9º ano os alunos tem que ficar na escola da sua área de residência, etc...
Em relação aos alunos NEE, como existem escolas de referencia na zona, estes são encaminhados para essas escolas que estão preparados para os receberem, poderá ser esse o motivo para o colégio não ter alunos com NEE, segundo a professora.
Para mim a reportagem vale por mostrar como é que os privados conseguem custos mais baixos (à custa dos docentes) e o aproveitamento dos cargos públicos por parte dos ex-politicos.
Em relação ao resto é muito pobre. Podia ter explorado como é que a GPS é escolhida, houve concurso publico ou não?
Não estou a defender o colégio, estou apenas a chamar à atenção das pontas soltas da reportagem e que induzem em erro as pessoas.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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ref. off-topic "Propinas no Secundario"
Andar aas cavalitas,
expr. pop: montar nos costados ou sela, colocar-se sobre (um cavalo ou qualquer outro animal); viver aa custa de,servir-se abusivamente de outreem com ou sem o seu consentimento e/ou conhecimento
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?t=81171&start=25
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Não vi a reportagem mas quero ver assim que tiver tempo. Há umas semanas largas atrás coloquei um link acerca do modo como as escolas finaldesas estão organizadas. As dificuldades escolares são parte integrante do sistema educativo. É assumido que num momento ou noutro todos os alunos precisam de ajuda e a escola está organizada de modo a que isso aconteça assim que as dificuldades são detectadas e de modo a que o problema não se agrave. Os professores são formados para lidar com essa questão com naturalidade e de modo eficiente (é impressionante a formação de cada um deles e o modo como as questões de pedagogia são a parte crucial da formação dos professores que avançam na carreira consoante adquitem maiores qualificações a esse nível). Bolas... porque não copiamos o modelo? afinal de contas não temos menos professores por aluno que eles e os custos não são superiores lá ao que são aqui.
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