charles Escreveu:Flying Turtle Escreveu:charles Escreveu:Outro dia lembrei-me da baixa do IVA quando passei em algumas portagens
Há varios sectores, senão todos, em que quem ganhou com esta medida foram unicamente as empresas

charles, possivelmente esqueces-te de que nos casos em que houve baixa de preços as empresas estão a perder com a mudança. Desde há muito tempo que a norma na alteração dos preços das portagens é fazê-la em saltos de 5 cêntimos, o que se compreende por causa dos trocos. A taxa de alteração é aplicada a todos os preços teóricos, os quais são arredondados para os 5 cêntimos mais próximos. Se todo o processo for transparente e honesto, e acredito que o será porque seria extremamente difícil evitar que fosse descoberta uma eventual marosca, então não temos de que nos queixar.
Como nos combustíveis, tendemos a só ver uma face da moeda...
Abraço,
FT
Custa-me um pouco aceitar esses arredondamentos só se efectivarem a partir dos 0,05 cêntimos, imagina que num dia gastas 40 euros em portagens e tens a via verde essa teoria passa a ser relativa e nos 40 € deverias pagar menos 1% de IVA que seriam 40 cêntimos, aparentemente é pouco mas seja como fôr a tranparência só será total quando as regras forem aplicadas rigorosamente por todas as entidades.
Como afirmei anteriormente, considero que o arredondamento dos preços das portagens faz todo o sentido para evitar filas intermináveis nas portagens por causa dos trocos e, muito provavelmente, inúmeras situações de falta de trocos que, na maioria das vezes, acabariam por resultar em arredondamentos prejudiciais aos consumidores e, quem sabe mesmo, abusivos (por exemplo, se um portageiro resolvesse dizer sistematicamente que não tinha trocos e fosse guardando todos os centimozinhos que lhe fossem entregando - como iriam controlar essa situação? E como conseguiriam impedir que um portageiro dissesse que apenas tinha moedas de 10 cêntimos, levando a arredondamentos ainda maiores?).
Mas independentemente da minha opinião, que não faz força de lei, trata-se de um sistema aprovado oficialmente e que, ao que julgo saber, constará dos termos dos contratos de concessão feitos entre o Estado e as diversas concessionárias. Claro que tu estás no pleno direito de não concordar com a regra, mas não te tenho visto reclamar quando todos os anos a mesma regra é aplicada às actualizações dos preços das portagens e alguns troços ficam com o valor inalterado...
A regra do arredondamento dos preços das portagens aos 5 cêntimos é aplicada por troço, pelo que a tendência matemática é para que, quanto maior for o percurso, mais reduzido seja o efeito acumulado desses arredondamentos uma vez que, por aplicação de regras probabilísticas, tantos serão os arredondamentos para cima como para baixo e, em cada um dos casos, os valores absolutos desses arredondamentos tenderão para a igualdade. Não vejo portanto de que te queixas e acho que o teu exemplo não vence.
Por último, a tua expressão
"seja como fôr a tranparência só será total quando as regras forem aplicadas rigorosamente por todas as entidades" é para mim incompreensível no contexto em que a colocas. Até porque esta regra é aplicadas por todas as concessionárias de portagens em Portugal.
charles Escreveu:Queres mais um exemplo, ainda a proposito do tema e-escola e portateis a 150€ à pouco quando intervi neste tópico lembrei-me que aqui tambem não foi aplicada a taxa de iva de 20%, pois se o pc dantes com o iva a 21% custava 150€ neste momento manteve-se nos 150€ que está incorrecto a diferença é mais de 1€, neste caso a TMN e o ESTADO são as entidades que vendem, se calhar no parlamento ninguem da oposição se lembrou deste exemplo.
Explica-me no exemplo que dei do pc de 150€ antes e depois da baixa do IVA os 150€ mantiveram-se
inalterados, e já agora qual é a tua explicação para o exemplo (mais um) flagrante que o Dilson nos deixou, o preço do Gáz manteve-se

, achas mesmo que é ver só uma face da moeda
Não conheço o exemplo em concreto e portanto não posso pronunciar-me sobre ele. Tendo apenas a afirmar que o Governo tem
TODO o interesse político-eleitoral em tirar o máximo efeito possível do abaixamento da taxa normal do IVA. Custa-me a aceitar que tenha dado de barato a oportunidade de fazer baixar os preços dos PCs caso estivesse em condições para o obrigar. Pelo que consigo entender, as condições estabelecidas entre as operadoras e o Estado estabelecem um preço de venda final de 150€ para os PCs, sem indicar que o mesmo deverá ser corrigido em função da taxa de IVA aplicável (isto é, não estabelecem um preço concreto antes da aplicação do IVA). Pode ter havido aqui uma falha contratual por parte do Estado mas, não sendo obrigadas a baixar o preço, as operadoras terão possivelmente decidido, em plena liberdade comercial, manter o preço e, assim, aumentar a sua margem ou, mais provavelmente, reduzir as suas perdas. É conveniente notar que o projecto e-escolas
"É financiado fundamentalmente pelos operadores móveis (Optimus, TMN e Vodafone) ao abrigo das obrigações para o desenvolvimento da Sociedade de Informação, como contrapartida pela atribuição das licenças das comunicações da terceira geração." (cf.
http://www.eescola.pt/default.aspx?guid=857f07db-b15f-4c8e-be14-6f7469f0cb00). Havendo liberdade comercial, naturalmente só compra quem quer e considera que a proposta comercial é vantajosa. Assim como eu não posso reclamar por ter comprado um telemóvel numa determinada altura a um certo preço e ver poucos dias depois o mesmo aparelho vendido pela mesma operadora a metade do preço. Já me aconteceu...
À questão do gás já respondi em post anterior. Tratou-se evidentemente de um engano ou de um abuso, devidamente reconhecido. Concordo naturalmentecom um adequado apuramento de responsabilidades e com a indemnização de todos os clientes prejudicados.
charles Escreveu:Já agora sobre os combustiveis eu hoje riu-me com a descida de 1/2 cêntimo na sem chumbo .mas ainda tenho de ir cruzar dados novamente para ver se bate certo:!:
Quanto a este ponto, subscrevo inteiramente (e aplaudo) todas as intervenções feitas pelo Marco ao longo dos últimos meses. Esta histeria contra os demónios e os papões já cansa...
Abraço,
FT