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Caldeirão da Bolsa

Edp e acordo com ENI

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por Visitante » 2/2/2004 9:44

se ainda não saiu nada, para quando está previsto noticia de acordo ou não?
Visitante
 

in diario economico de dia 31 jan 2004

por homemdoswarrants » 1/2/2004 0:57

Acordo Galp/ENI passa pela saida dos italianos dos petróleos
João Talone não quer ceder presidência da EDP Gás aos italianos da ENI


30-01-2004, Lígia Simões e Maria Teixeira Alves

O entendimento foi alcançado durante esta semana, mas ainda não existe um documento final. A sua assinatura passará muito provavelmente para a próxima semana. A Eni sai do petróleo e fica no gás com 49% mas quer a presidência da empresa. João Talone não quer ceder e as negociações giram à volta do equilíbrio de poder na empresa de gás.

O Governo e a Eni estão finalmente próximo de um acordo no processo de reestruturação do sector energético que envolve a integração do gás na EDP. A manter-se o entendimento alcançado, nos últimos dias, entre a Eni e o Estado português, antevê-se a saída dos italianos da área do petróleo (ver caixa) e a aquisição de 49% na actual GDP que será integrada na EDP. A manutenção dos accionistas italianos da Galp na área do gás traduzir-se-á numa repartição de capital de 51% a favor da eléctrica nacional e de 49% para a Eni, numa parceria com a EDP na futura empresa EDP Gás. A formalização do acordo fica, no entanto, remetida para os próximos dias.
As negociações decorrem agora entre a administração da EDP e a da Eni e os pontos de discórdia centram-se na presidência da futura EDP Gás. Os italianos admitem ficar com uma posição minoritária mas querem a presidência da empresa. Por sua vez, João Talone, presidente da EDP, não quer entregar à Eni a liderança definitiva da sua futura participada de gás. Os italianos argumentam que a EDP não tem experiência na gestão de empresas do sector do gás para reclamar o seu direito à escolha do presidente da futura participada da EDP. João Talone não abre mão do desejo que o primeiro presidente terá de ser português, com o argumento da afirmação nacional.
Estão ainda em discussão vários modelos alternativos que ¿podem valer categorias formais variadas¿, refere fonte do processo. Mas qualquer que venha a ser o modelo a adoptar, o consenso entre as empresas lideradas por Vittorio Mincato e João Talone faz-se na alternância de presidências entre representantes da EDP e da Eni e com um equilíbrio na administração executiva da EDP Gás. Assim quem ficar com a presidência cede ao outro accionista o direito à maioria de membros de administração. Caso vença a posição de Talone terá de ser garantido à Eni um modelo de concertação que torne confortável a sua posição no futuro que poderá passar por garantir à Eni a gestão executiva de algumas áreas chave da futura EDP Gás (internacional, aprovisionamento e a tão cobiçada área comercial). O facto de a Eni se manter no sector do gás pode constituir uma vantagem para a EDP pela via da extensão no mercado espanhol, onde a Eni está presente através da Unión Fenosa Gas, com uma posição de 50%.



O contra-ataque espanhol
Outros factores trazem maior complexidade a este processo negocial. Em causa está o posicionamento da Iberdrola - que impugnou a AG da Galp que aprovou a reorganização do sector eléctrico. A eléctrica espanhola, que detém 4% da Galp Energia e 5% da EDP, pretende aumentar o seu poder negocial num eventual processo de troca de activos, com vista a ganhar o controle de activos de gás e electricidade em Portugal - a contraproposta da Iberdrola para dar o seu aval ao projecto previsto para o sector. A Iberdrola aceitaria ficar com uma das distribuidoras de gás. Porém, o presidente da EDP, João Talone, já referiu por diversas vezes que a eléctrica basca ¿entrou pelo mercado, sai por essa via¿. Mas a leitura Portugal/Espanha que estará a ser feita empresarialmente no processo de destaque do gás para a EDP poderá levar a Iberdrola a conseguir valer alguns dos seus intentos (a EDP pretende reforçar a sua posição na Hidrocantábrico, onde detém 40% e, por isso, não deseja resistências de Espanha). ¿Poderá ganhar alguma pressão política por forma a que o Governo português amanhã não tenha condições de dizer que não à instalação da central eléctrica de ciclo combinado a gás natural na Figueira da Foz¿. Recorde-se que a eléctrica basca está também interessada em adquirir uma fatia da Turbogás, onde a EDP detém o direito de preferência sobre os 75% detidos pelos alemães da RWE. A Iberdrola conta também com outro grande trunfo: tem um acordo estratégico com a Galp que sustenta a sua parceria com base no seu interesse do gás. Foi com base neste pressuposto que pagou 118 milhões pelos 4% da Galp.



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Edp e acordo com ENI

por Visitante » 1/2/2004 0:45

pelo que sei a data limite seria 31-1-2004(sab) para chegarem a acordo, ou 2 fev seria remetido para decisão de tribunal.
mas não encontro qualquer noticia sobre situação, se acordo ou não.
quem explica?
agradecido
Visitante
 


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