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Caldeirão da Bolsa

Orçamento de Estado de 2012

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por mais_um » 26/7/2012 14:21

A-330 Escreveu:
JMHP Escreveu:
Por isso eu digo... Austeridade SIM, Troika SIM e por longos anos, caso contrário ESTE povo jamais mudará de vida nem mesmo para sair da miséria intelectual e moral em que vive enterrado há décadas.


Nem mais...

Quanto aos juros que alguns dizem que é alto:

1.Tivesse havido juizinho e não nos teríamos que sujeitar a isto.

2. Assinamos o acordo e concordamos com os juros , não foi???

A330


Os juros que estamos apagar pelo empréstimo da troika não são altos, o valor de +/- 4,5% para a maturidade em questão é bom.
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por A330-300 » 26/7/2012 13:24

JMHP Escreveu:
Por isso eu digo... Austeridade SIM, Troika SIM e por longos anos, caso contrário ESTE povo jamais mudará de vida nem mesmo para sair da miséria intelectual e moral em que vive enterrado há décadas.


Nem mais...

Quanto aos juros que alguns dizem que é alto:

1.Tivesse havido juizinho e não nos teríamos que sujeitar a isto.

2. Assinamos o acordo e concordamos com os juros , não foi???

A330
 
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por mais_um » 26/7/2012 13:05

gorgol,

Para o caso de estares de boa fé, tenta enquadrar a realidade (da emissão), na noticia do Expresso:

G5 – What are the details of the first issue made for Portugal?

The first issue made by EFSF in support of the Portuguese programme was placed on 15 June 2011.

Details are as follows:
Amount issued: €5 billion
Maturity 05/07/2021
Issuance spread: Mid swap +17 bp
Coupon: 3.375%
Reoffer yield: 3.493%
Reoffer price: 99.013%
Settlement date: 22 June 2011
Effective lending cost to Portugal 6.08%
Amount transferred to Portugal €3.7 billion

http://www.efsf.europa.eu/attachments/faq_en.pdf



Na noticia do Expresso, esta emissão é considerada a 3ª desta entidade para Portugal e nem conseguiram acertar com valor que Portugal recebeu.

Já percebeste porque eu não considero credível o que o Expresso publica?

E eu não fiz, nem faço ataques pessoais, como já referi, se não estás preparado para o contraditório não escrevas no forum.
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por mais_um » 26/7/2012 10:39

gorgol Escreveu:Recortes sobre as taxas, de fontes credíveis na minha opinião. E Viva a troika, muitos anos por cá, com muita saúde.


Credíveis? :lol: :lol: :lol:

Essa tabela do Expresso é um disparate! E a tua interpretação idem!

Não temos empréstimos da troika a 5 ou a 6 meses, como essa tabela sugere, nem as taxas a que os empréstimos são conseguidos pelas 3 instituições da troika são as que pagamos.

http://ec.europa.eu/economy_finance/eu_ ... dex_en.htm



Sobre a outra noticia também é outro disparate! Também tenho para a troca:

http://www.ptjornal.com/201207109478/ge ... cento.html



E o nosso ministério das finanças serve-te ou nem por isso?
Quase metade do empréstimo da troika é para juros e comissões

Publicado em 2011-11-25


Portugal vai pagar um total de 34400 milhões de euros em juros pelo empréstimo de 78 mil milhões do programa de ajuda da "troika". Segundo dados do Governo, quase metade do que é emprestado pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional é para pagar à "troika".

O total do crédito oferecido a Portugal no âmbito do programa de assistência da "troika" é 78 mil milhões de euros. Deste valor, quase metade, 34400 mil milhões são para pagar juros e comissões à troika, segundo o valor apresentado pelo Ministério das Finanças em resposta a uma questão de Honório Novo, deputado do PCP.

Durante o debate parlamentar do Orçamento Retificativo para 2011, no final de Outubro, o deputado comunista pelo Porto perguntou: "Quanto é que serão os juros globais desta ajuda? Quanto é que Portugal pagará só em juros para nos levarem pelo mesmo caminho que a Grécia, ao empobrecimento generalizado do país?".

A resposta do Ministério das Finanças, 34400 milhões de euros, corresponde ao valor total a pagar ao longo do prazo dos empréstimos.

Isto presumindo que Portugal recorre integralmente ao crédito disponível. Ou seja, que "é utilizado na totalidade" o montante destinado às empresas do sector financeiro - os 12 mil milhões de euros reservados para a recapitalização da banca.


Na resposta do Ministério das Finanças a Honório Novo nota-se ainda que as condições dos empréstimos concedidos por instituições europeias são bastante mais favoráveis que as dos créditos do FMI.

Os empréstimos do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) ou do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) têm uma maturidade (duração) média de 12 anos, a uma taxa de juro média de 4%.

Já os empréstimos do FMI têm uma maturidade média de sete anos e três meses, e uma taxa de juro média de 5% - mas neste caso "a taxa de juro é variável, à qual acresce um "spread" [diferencial] que depende do montante em dívida e pode chegar a perto de 400 [pontos base] depois dos três primeiros anos", lê-se no documento das Finanças.


http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia ... 76&page=-1



Humm...deixa-me adivinhar, para ti o ministério das finanças também não é uma fonte credível...??
:roll: :roll: :roll:

Tens aqui mais fontes (provavelmente para ti não são credíveis....) sobre o assunto:

http://www.consilium.europa.eu/uedocs/c ... 122047.pdf
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por gorgo » 26/7/2012 9:57

MiamiBlueHeart Escreveu:Uma pergunta:

É falso ou verdadeiro que nas receitas apresentadas nas contas do 1º semestre foram contabilizados 3 mil milhões de euros provenientes do fundos de pensão da banca?

Se alguém souber, agradecia.


Em termos de caixa (DGO) foram contabilizados cerca de € 2600 milhões, todavia também são contabilizados os valores dos pagamentos em atraso dos hospitais. A análise tem de se feita excluindo esses items.

Em termos de contas nacionais (INE), que é o que interessa, esses valores foram contabilizados em 2011 e anos anteriores no caso das despesas.

Cada vez mais é no momento que se contrata que se devem contabilizar as responsabilidades.
 
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por mais_um » 26/7/2012 9:45

gorgol Escreveu:mais um,

E tu o que andas a vender? Como está a tua credibilidade? A tua argumentação está muito ao nível do bota abaixo o carater das pessoas.

Não vou par aí.


Eu não ando a vender nada, se não gostas de ser confrontado com o que escreves não escrevas num fórum.

Continuas a insistir em algo que é mentira, eu apenas não percebi se o fazes intencionalmente ou não.

Já tivemos esta discussão no principio de Julho no topico OT - Deficit em 7,9%

mais_um Escreveu:
A taxa média inicial do nosso empréstimo da troika era ligeiramente acima dos 5%, depois com a renegociação do programa grego passou para os valores que referi.

Não tenho conhecimento que após a reestruturação da divida grega tenha existido uma redução da nossa taxa, até porque não é possível fazer muito sobre isso já que a taxa de juro que nos é aplicada pelo FEEF/UE tem por base a taxa de juro que se consegue nessas emissões com um spread mínimo, só para pagar as despesas administrativas.

Sobre provas, até agora eu sou o único que coloca as fontes que todos podem ler e criticar.

Não leio o Expresso há muitos anos porque deixei de reconhecer-lhe credibilidade.

algumas noticias sobre o tema:

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/eco ... -1730.html

http://economico.sapo.pt/noticias/o-emp ... 18094.html
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por artista_ » 25/7/2012 22:53

MiamiBlueHeart Escreveu:Uma pergunta:

É falso ou verdadeiro que nas receitas apresentadas nas contas do 1º semestre foram contabilizados 3 mil milhões de euros provenientes do fundos de pensão da banca?

Se alguém souber, agradecia.


Não faço a mínima ideia mas tenho quase a certeza que essas artimanhas já não são possíveis este ano!
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por MiamiBlue » 25/7/2012 21:45

Uma pergunta:

É falso ou verdadeiro que nas receitas apresentadas nas contas do 1º semestre foram contabilizados 3 mil milhões de euros provenientes do fundos de pensão da banca?

Se alguém souber, agradecia.
 
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por gorgo » 25/7/2012 10:47

Recortes sobre as taxas, de fontes credíveis na minha opinião. E Viva a troika, muitos anos por cá, com muita saúde.
Anexos
recortes.pdf
(187.33 KiB) Transferido 177 Vezes
 
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por gorgo » 24/7/2012 17:05

mais um,

E tu o que andas a vender? Como está a tua credibilidade? A tua argumentação está muito ao nível do bota abaixo o carater das pessoas.

Não vou par aí.
 
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por mais_um » 24/7/2012 15:52

gorgol Escreveu:
mais_um Escreveu:
gorgol Escreveu:
Hoje o económico refere que as taxas da Troika andam entre 2,5 a 3% pagas pela Irlanda, Portugal e grécia, para 10 anos.


No mesmo Económico....(acho! porque não colocaste qualquer fonte..) :roll: :roll:


O deputado do CDS Ribeiro e Castro defendeu hoje a redução da taxa de juro no empréstimo concedido a Portugal pela 'troika'.

A redução da taxa "seria uma forma de premiar o desempenho positivo de Portugal, que os relatórios de avaliação da 'troika' sempre têm reconhecido", disse o parlamentar, em declarações à Lusa, acrescentando que se Portugal se estivesse a financiar no mercado, o seu desempenho "também seria premiado com uma baixa de juros".

Ribeiro e Castro assinalou que os juros pagos por Portugal "estão acima dos 4%" e disse ser de "pôr em cima da mesa" uma proposta para que baixem aos 2%, "tendo em conta também que a taxa de referência do Banco Central Europeu caiu recentemente para os 0,65%".

http://economico.sapo.pt/noticias/deput ... 48918.html



As contas são simples:

A dívida total do Estado estará perto de € 200 mil milhões: 115% do PIB. O financiamento é de 78 mil milhões, mais as emissões de bilhetes baixas. Para dar 1% seria necessário uma ponderação entre todas as emissões. Pode ser ambicioso podemos falar em 1%, todavia se vierem mais 30 mil milhões com um segundo plano de apoio por mais 2 anos, estaremos perto. É essa a minha abordagem.

Se leste o Económico em papel está lá o que refiro.

Que informação tem o deputado referido? Ques mostre os valores das emissões e depois acredito. Concordo que faça pressão para se clarificar este tema das taxas.

O IGCP é que poderia dar mais informação credivel sobre o tema.

Alguém aceita que se diga que vão financiar a Espanha a 2% e não passem esses mesmos valores para os outros. Eu não.


Gorgol,

As tuas contas não tem pés nem cabeça. Obviamente que para o ano vamos pagar mais de juros do que pagamos este ano, mais que não fosse pelo facto de a divida ter aumentado bastante em valor absoluto.

Sobre o resto tu escreves muito mas nunca colocas fontes.... eu já coloquei no forum várias vezes links para documentos com a referencia das taxas mas tu insistes em vender algo que não existe em lado nenhum! Não sei o que pretendes com a tua postura, mas só perdes credibilidade.
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por gorgo » 24/7/2012 10:48

mais_um Escreveu:
gorgol Escreveu:
Hoje o económico refere que as taxas da Troika andam entre 2,5 a 3% pagas pela Irlanda, Portugal e grécia, para 10 anos.


No mesmo Económico....(acho! porque não colocaste qualquer fonte..) :roll: :roll:


O deputado do CDS Ribeiro e Castro defendeu hoje a redução da taxa de juro no empréstimo concedido a Portugal pela 'troika'.

A redução da taxa "seria uma forma de premiar o desempenho positivo de Portugal, que os relatórios de avaliação da 'troika' sempre têm reconhecido", disse o parlamentar, em declarações à Lusa, acrescentando que se Portugal se estivesse a financiar no mercado, o seu desempenho "também seria premiado com uma baixa de juros".

Ribeiro e Castro assinalou que os juros pagos por Portugal "estão acima dos 4%" e disse ser de "pôr em cima da mesa" uma proposta para que baixem aos 2%, "tendo em conta também que a taxa de referência do Banco Central Europeu caiu recentemente para os 0,65%".

http://economico.sapo.pt/noticias/deput ... 48918.html



As contas são simples:

A dívida total do Estado estará perto de € 200 mil milhões: 115% do PIB. O financiamento é de 78 mil milhões, mais as emissões de bilhetes baixas. Para dar 1% seria necessário uma ponderação entre todas as emissões. Pode ser ambicioso podemos falar em 1%, todavia se vierem mais 30 mil milhões com um segundo plano de apoio por mais 2 anos, estaremos perto. É essa a minha abordagem.

Se leste o Económico em papel está lá o que refiro.

Que informação tem o deputado referido? Ques mostre os valores das emissões e depois acredito. Concordo que faça pressão para se clarificar este tema das taxas.

O IGCP é que poderia dar mais informação credivel sobre o tema.

Alguém aceita que se diga que vão financiar a Espanha a 2% e não passem esses mesmos valores para os outros. Eu não.
 
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por mais_um » 23/7/2012 23:43

gorgol Escreveu:
Hoje o económico refere que as taxas da Troika andam entre 2,5 a 3% pagas pela Irlanda, Portugal e grécia, para 10 anos.


No mesmo Económico....(acho! porque não colocaste qualquer fonte..) :roll: :roll:


O deputado do CDS Ribeiro e Castro defendeu hoje a redução da taxa de juro no empréstimo concedido a Portugal pela 'troika'.

A redução da taxa "seria uma forma de premiar o desempenho positivo de Portugal, que os relatórios de avaliação da 'troika' sempre têm reconhecido", disse o parlamentar, em declarações à Lusa, acrescentando que se Portugal se estivesse a financiar no mercado, o seu desempenho "também seria premiado com uma baixa de juros".

Ribeiro e Castro assinalou que os juros pagos por Portugal "estão acima dos 4%" e disse ser de "pôr em cima da mesa" uma proposta para que baixem aos 2%, "tendo em conta também que a taxa de referência do Banco Central Europeu caiu recentemente para os 0,65%".

http://economico.sapo.pt/noticias/deput ... 48918.html

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por mais_um » 23/7/2012 22:25

gorgol Escreveu:Recuperação dos impostos, nomeadamente do IVA;


estão 5% abaixo do previsto

gorgol Escreveu:Valor do défice ficou abaixo, cerca de 200 milhões, do limite estabelecido com a Troika para o primeiro semestre: 4.400 milhões


É a única coisa positiva mas parece-me cosmética, se já tivessem devolvido o IRS como no ano passado por esta altura, os valores não seriam esses. Eu ainda não recebi o meu reembolso do IRS....

gorgol Escreveu:Parece ser possível conseguir os € 7.500 milhões no final do ano, desde que continue o controlo da despesa e alguma diminuição nos juros pagos.


Hoje o económico refere que as taxas da Troika andam entre 2,5 a 3% pagas pela Irlanda, Portugal e Grécia, para 10 anos.

Ao rodarmos dívida para a troika e baixar a taxa média em 1% equivale a € 2.000 milhões.


Continuo a não conseguir verificar essas taxas que tu referes, mas mesmo que fosse verdade, 1% da nossa divida total em OT seria cerca de 1000 milhões e não 2000 milhões....

Mas como até agora a única coisa que substituíste foi a emissão de OT de Junho de 2012 (8,4 mil milhões) e para o ano vais substituir a OT de 10/2013, cujo o valor ronda os 9,7 mil milhões de €, se por hipótese a taxa de juro fosse mais baixa do que a emissão que vence, esse efeito só se iria sentir em 2014 para as OT de 2013. Em relação à emissão de 2012 como já referi os juros da troika são mais elevados do que estávamos a pagar.
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por gorgo » 23/7/2012 19:55

Resultados da DGO, relativamente à execução a junho estão a melhorar:

Bons cortes na despesa;
Recuperação dos impostos, nomeadamente do IVA;
Valor do défice ficou abaixo, cerca de 200 milhões, do limite estabelecido com a Troika para o primeiro semestre: 4.400 milhões

A recuperação do IVA em Junho pode indicar uma melhoria da economia a partir de Maio.

Parece ser possível conseguir os € 7.500 milhões no final do ano, desde que continue o controlo da despesa e alguma diminuição nos juros pagos.

Hoje o económico refere que as taxas da Troika andam entre 2,5 a 3% pagas pela Irlanda, Portugal e grécia, para 10 anos.

Ao rodarmos dívida para a troika e baixar a taxa média em 1% equivale a € 2.000 milhões.

Pode estar aqui uma parte da solução para 2013.
 
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por Trisquel » 11/7/2012 17:15

Greve
Milhares de médicos à porta do Ministério da Saúde
11 Julho 2012 | 16:01
Marlene Carriço - marlenecarrico@negocios.pt

"Não existem quaisquer dúvidas que estamos perante a maior greve médica jamais realizada no nosso país , disse Mário Jorge Neves, da Federação Nacional dos Médicos.
Mais de dois mil médicos estão esta tarde a manifestar-se à frente do Ministério da Saúde, na Avenida João Crisóstomo. É a "maior manifestação médica de sempre", garantiu há pouco Mário Jorge Neves, da Federação Nacional dos Médicos.

O sindicalista avançou com dados provisórios que apontam para uma adesão à greve superior a 90%.

"Neste momento, sem qualquer demagogia e com todo o rigor, a greve a nível nacional ultrapassa os 100%, perdão, os 95%!", disse o sindicalista, despertando risos.

"Não existem quaisquer dúvidas que estamos perante a maior greve médica jamais realizada no nosso país. Nem no tempo da Leonor Beleza. Temos uma enorme responsabilidade de hoje em diante. Os dirigentes sindicais e da ordem saberão honrar a confiança e participação dos médicos", concluiu.

A João crisóstomo está neste momento cortada por mais de dois mil médicos, muitos deles com bata branca, vindos de todo o País. Quatro autocarros do Porto estiveram presos na Segunda Circular e estão agora a chegar ao centro de Lisboa.

Rosa Ribeiro, chefe de serviço num centro de saúde de Chaves, disse que há mais de 25 anos não se manifestava, mas veio a Lisboa "pela defesa das carreiras" médicas.

Em pano de fundo o cântico: "qualidade sim, precariedade não" e "saúde para todos".

A manifestação é um dos pontos altos da greve dos médicos, que decorre hoje e quinta-feira.
Cumpts.
Trisquel

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por JMHP » 11/7/2012 17:05

artista Escreveu:Falaste em reformas estruturais?! Quais? O que eu tenho visto são sobretudo cortes nos trabalhadores, é daí que tem vindo a grande fatia dos cortes... no resto ainda não vi muito! Pode ser que ainda veja mas tenho algumas dúvidas!


Elas as reformas nem necessitam de chegar ao ponto de ser implementadas para haver "ruído", basta o simplesmente iniciar uma discussão qualquer sobre qualquer reforma estrutural para surgir logo ruído, é desde logo esmagada pela critica nomeadamente por via da imprensa pelos nossos intelectuais que depois é uma questão de tempo para colocar o povo contra.

Em Portugal a politica é má e praticamente ineficaz, não só porque os políticos são maus como o povo que o elege. Basta ser bom pastor e cuidar bem do rebanho que as "ovelhas" cá não são esquisitas.
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por artista_ » 11/7/2012 16:35

JMHP Escreveu:A mim parece-me evidente que para além dos interesses instalados, uma grande maioria dos portugueses são contra medidas de austeridade sejam elas as que forem. A maior prova disso mesmo é o facto que a cada medida de austeridade implementada surgem cada vez mais vozes contra e ameaçar que o povo já não aguenta mais.


Se achas que os portugueses são contra o que dirás dos gregos, dos espanhóis ou de outros povos que não precisam de muito para começarem a partir tudo o que lhes passa pela frente! :roll:

JMHP Escreveu:Ou seja, 2012 é o 1º ano de austeridade com intervenção externa, chegamos a meio e o ruído contra a austeridade é já enorme. Agora que já paira no ar a possibilidade de suavizar a austeridade, parece que o ruído aumenta e ganha ainda mais adeptos.

Portanto, não fico surpreendido com a lentidão das reformas, sobretudo com as estruturais, porque qualquer reforma afecta pessoas e interesses que obviamente implica austeridade ou simplesmente a eliminação de condições que até eram intocáveis e que as pessoas vivem conformadas.

Por isso eu digo... Austeridade SIM, Troika SIM e por longos anos, caso contrário ESTE povo jamais mudará de vida nem mesmo para sair da miséria intelectual e moral em que vive enterrado há décadas.


Falaste em reformas estruturais?! Quais? O que eu tenho visto são sobretudo cortes nos trabalhadores, é daí que tem vindo a grande fatia dos cortes... no resto ainda não vi muito! Pode ser que ainda veja mas tenho algumas dúvidas!
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por JMHP » 11/7/2012 16:29

A-330 Escreveu:
Depois há que ter em conta que, na minha opinião, o pior problema que está criado é o desequilíbrio da austeridade, uns estão muito desfavorecidos em relação a outros... e estou a falar sobretudo dos níveis de pensões/regalias completamente descabidos de muita gente, estou sobretudo a falar dos cortes que foram efetuados nos trabalhadores no ativo e não nos reformados, quando a lógica seria que, a haver distinção, os cortes deveriam ser apenas para os reformados... se querem recuperar os 2 mil milhões dos subsídios, comecem por aí, não sei quanto é que o corte de 5% das pensões superiores a 1500 euros daria de poupança, mas já não faltaria tudo... e o que mais me surpreende é que oficialmente nunca se fale nisto, não se ponha sequer a hipótese, e esta medida até estava no memorando! icon_rolleyes.gif


Estes idiotas do governo já mostraram que não tem balls para ir contra os interesses instalados.

Na verdade , ou estou muito errado ou se houvesse um governo que desse uma volta nisto, ficaria tão popular que nunca mais sairia de lá.

A330


A mim parece-me evidente que para além dos interesses instalados, uma grande maioria dos portugueses são contra medidas de austeridade sejam elas as que forem. A maior prova disso mesmo é o facto que a cada medida de austeridade implementada surgem cada vez mais vozes contra e ameaçar que o povo já não aguenta mais.

Ou seja, 2012 é o 1º ano de austeridade com intervenção externa, chegamos a meio e o ruído contra a austeridade é já enorme. Agora que já paira no ar a possibilidade de suavizar a austeridade, parece que o ruído aumenta e ganha ainda mais adeptos.

Portanto, não fico surpreendido com a lentidão das reformas, sobretudo com as estruturais, porque qualquer reforma afecta pessoas e interesses que obviamente implica austeridade ou simplesmente a eliminação de condições que até agora são intocáveis e que as pessoas vivem confortáveis mesmo estejam na origem dos nossos problemas.

Por isso eu digo... Austeridade SIM, Troika SIM e por longos anos, caso contrário ESTE povo jamais mudará de vida nem mesmo para sair da miséria intelectual e moral em que vive enterrado há décadas.
Editado pela última vez por JMHP em 11/7/2012 16:38, num total de 1 vez.
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por A330-300 » 11/7/2012 15:40

Aparentemente, estes idiotas do governo SÃO os interesses instalados.


Ou isso...
 
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por Hramos3 » 11/7/2012 15:36

A-330 Escreveu:
Depois há que ter em conta que, na minha opinião, o pior problema que está criado é o desequilíbrio da austeridade, uns estão muito desfavorecidos em relação a outros... e estou a falar sobretudo dos níveis de pensões/regalias completamente descabidos de muita gente, estou sobretudo a falar dos cortes que foram efetuados nos trabalhadores no ativo e não nos reformados, quando a lógica seria que, a haver distinção, os cortes deveriam ser apenas para os reformados... se querem recuperar os 2 mil milhões dos subsídios, comecem por aí, não sei quanto é que o corte de 5% das pensões superiores a 1500 euros daria de poupança, mas já não faltaria tudo... e o que mais me surpreende é que oficialmente nunca se fale nisto, não se ponha sequer a hipótese, e esta medida até estava no memorando! icon_rolleyes.gif


Estes idiotas do governo já mostraram que não tem balls para ir contra os interesses instalados.

Na verdade , ou estou muito errado ou se houvesse um governo que desse uma volta nisto, ficaria tão popular que nunca mais sairia de lá.

A330


Aparentemente, estes idiotas do governo SÃO os interesses instalados.

Sinceramente desconheço o que se passou em 1984, não sei se as razões eram as mesmas. O que me parece é que atualmente os salários não estão altos. Se não tivéssemos de pagar PPP's, BPN's, juros elevados da dívida, etc...


Pagar tanto pelo serviço da dívida como pela saúde não tem pés nem cabeça.
 
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por altrio » 11/7/2012 15:13

artista Escreveu:o pior problema que está criado é o desequilíbrio da austeridade


Pois, na minha opinião a factura deve ser repartida por todos, respeitando a proporcionalidade.

E quando digo todos, digo todos. Mesmo quem recebe salário mínimo deveria pagar qualquer coisa (por muito pouco que fosse), e participar na resolução do problema, que também lhes diz respeito.

No outro extremo, as grandes fortunas também deveria ser taxadas de alguma forma - a simples desvalorização bolsista não é justificação para se dizer que já se está a pagar (também nenhum pequeno accionista que tenha perdido parte das suas poupanças tem sido isentado da sua responsabilidade por este motivo).
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por A330-300 » 11/7/2012 11:40

Depois há que ter em conta que, na minha opinião, o pior problema que está criado é o desequilíbrio da austeridade, uns estão muito desfavorecidos em relação a outros... e estou a falar sobretudo dos níveis de pensões/regalias completamente descabidos de muita gente, estou sobretudo a falar dos cortes que foram efetuados nos trabalhadores no ativo e não nos reformados, quando a lógica seria que, a haver distinção, os cortes deveriam ser apenas para os reformados... se querem recuperar os 2 mil milhões dos subsídios, comecem por aí, não sei quanto é que o corte de 5% das pensões superiores a 1500 euros daria de poupança, mas já não faltaria tudo... e o que mais me surpreende é que oficialmente nunca se fale nisto, não se ponha sequer a hipótese, e esta medida até estava no memorando! icon_rolleyes.gif


Estes idiotas do governo já mostraram que não tem balls para ir contra os interesses instalados.

Na verdade , ou estou muito errado ou se houvesse um governo que desse uma volta nisto, ficaria tão popular que nunca mais sairia de lá.

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por artista_ » 11/7/2012 11:34

altrio Escreveu:
artista Escreveu:O problema é que a herança que temos deixou-nos faturas demasiado altas que possam ser pagas em pouco tempo... Uma coisa é corrigir um défice a que chamaria de "corrente" (não sei se é correta a expressão) outra é corrigir esse mesmo défice que tem uma série de encargos que provêm da tal má gestão do passado... no limite, para que se fizesse tudo de uma vez, o estado poderia ter de deixar de oferecer saúde e educação durante um ano ou dois! A alternativa penso que seja o que basicamente se está a fazer, embora com muitos erros na minha opinião, que é descer a qualidade dos serviços oferecidos, explorar ao máximo os trabalhadores e pedir mais aos contribuintes! O problema é fazer as coisas de uma forma equilibrada, o que me parece estar longe de ser o que está a acontecer!


Em 1984 as remunerações reais dos portugueses caíram tanto como em 2011, 2012 e 2013 juntos, e na altura os salários eram mais baixos.

Um corte de uma vez seria doloroso, claro, mas logo a seguir poderias pensar "pronto já passou". Deste modo, ficas sempre sem saber quando é que isto vai acabar o que tem um efeito negativo sobre a economia, adiando decisões de aquisição e de investimento.

Por alguma razão os pensos arrancam-se logo de uma vez e não muito lentamente.


Sinceramente desconheço o que se passou em 1984, não sei se as razões eram as mesmas. O que me parece é que atualmente os salários não estão altos. Se não tivéssemos de pagar PPP's, BPN's, juros elevados da dívida, etc...

Compreendo o teu raciocínio, "sejam quais forem as razões que levaram à criação da dívida o melhor será pagá-la o mais depressa possível". O problema é que ao fazê-lo estamos a destruir uma boa parte do tecido económico, muitas empresas perfeitamente viáveis não aguentarão, muita gente passará fome, muitos morrerão por falta/atraso nos cuidados de saúde. Assim, salvo qualquer fundamentação mais convincente, continuo a acreditar que seria melhor uma aterragem mais leve que consiga reduzir ao mínimos os danos colaterais!

Depois há que ter em conta que, na minha opinião, o pior problema que está criado é o desequilíbrio da austeridade, uns estão muito desfavorecidos em relação a outros... e estou a falar sobretudo dos níveis de pensões/regalias completamente descabidos de muita gente, estou sobretudo a falar dos cortes que foram efetuados nos trabalhadores no ativo e não nos reformados, quando a lógica seria que, a haver distinção, os cortes deveriam ser apenas para os reformados... se querem recuperar os 2 mil milhões dos subsídios, comecem por aí, não sei quanto é que o corte de 5% das pensões superiores a 1500 euros daria de poupança, mas já não faltaria tudo... e o que mais me surpreende é que oficialmente nunca se fale nisto, não se ponha sequer a hipótese, e esta medida até estava no memorando! :roll:
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por altrio » 11/7/2012 9:55

artista Escreveu:O problema é que a herança que temos deixou-nos faturas demasiado altas que possam ser pagas em pouco tempo... Uma coisa é corrigir um défice a que chamaria de "corrente" (não sei se é correta a expressão) outra é corrigir esse mesmo défice que tem uma série de encargos que provêm da tal má gestão do passado... no limite, para que se fizesse tudo de uma vez, o estado poderia ter de deixar de oferecer saúde e educação durante um ano ou dois! A alternativa penso que seja o que basicamente se está a fazer, embora com muitos erros na minha opinião, que é descer a qualidade dos serviços oferecidos, explorar ao máximo os trabalhadores e pedir mais aos contribuintes! O problema é fazer as coisas de uma forma equilibrada, o que me parece estar longe de ser o que está a acontecer!


Em 1984 as remunerações reais dos portugueses caíram tanto como em 2011, 2012 e 2013 juntos, e na altura os salários eram mais baixos.

Um corte de uma vez seria doloroso, claro, mas logo a seguir poderias pensar "pronto já passou". Deste modo, ficas sempre sem saber quando é que isto vai acabar o que tem um efeito negativo sobre a economia, adiando decisões de aquisição e de investimento.

Por alguma razão os pensos arrancam-se logo de uma vez e não muito lentamente.
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