Outros sites Medialivre
Caldeirão da Bolsa

O gajo está mesmo metido, não está?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por alexandre7ias » 24/10/2012 2:21

"Tem todo o aspeto de ser um sinal, uma ameaça que a corporação judiciária dirige ao primeiro-ministro, num momento em que o Governo está a tomar medidas muito desagradáveis", sustentou Marinho Pinto, à entrada para uma conferência em Pombal, citado pela agência Lusa.

"É bom que o poder judicial se reduza apenas às suas funções institucionais e deixe a política para quem é político e para quem se submete ao veredito popular", aconselhou o bastonário.

Na segunda-feira, a ministra da Justiça disse compreender que o primeiro-ministro tenha pedido a divulgação das gravações em que foi escutado no caso Monte Branco, para provar a sua inocência.

Paula Teixeira da Cruz lamentou a violação do segredo de justiça no caso Monte Branco e referiu a necessidade de rever a legislação em vigor.

"Eu lamento é que, ao fim de mais de um ano de Governo, só agora a senhora ministra da Justiça tenha falado nisso, quando o fogo chegou ao líder do seu partido, ao líder do Governo", criticou Marinho Pinto.

O bastonário expressou-se ainda pouco convicto de que o inquérito à violação do segredo de justiça instaurado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) tenha resultados práticos, uma vez que "quem vai investigar são os próprios magistrados e os próprios polícias que são os principais suspeitos de praticar o crime".

A PGR esclareceu, também na segunda-feira, que não existem quaisquer suspeitas de ilícitos criminais nos autos relativos às escutas do processo Monte Branco, nas conversas em que participa o primeiro-ministro.

"Relativamente ao senhor primeiro-ministro, doutor Pedro Passos Coelho, não existem nos autos quaisquer suspeitas da prática de ilícitos de natureza criminal", pode ler-se num comunicado assinado pela Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal.

Na opinião de Marinho Pinto, "a pressa em desmentir, por parte do responsável do Ministério Público, cheira a excesso de zelo".

Apesar de "nada indiciar que haja qualquer envolvimento por parte do primeiro-ministro", o bastonário lembrou que pertence a uma geração que pensa que não se deve acreditar em nada até ser oficialmente desmentido.

"Portanto, como se veio desmentir (...), é sinal de que, se calhar, é mais preocupante do que à primeira vista parecia ser e, se calhar, devemos ter dúvidas", defendeu.
.

Antes fosse! :mrgreen: :mrgreen:
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
Android Mobile
Imagem
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3732
Registado: 24/2/2005 19:41
Localização: Maia

por alexandre7ias » 23/10/2012 4:10

Nuno Morais Sarmento revela que, quando era ministro da Presidência, foi seguido por agentes da Polícia Judiciária, mas sem o conhecimento da direcção da Judiciária.

“Era ministro do Governo e andava a ser seguido pela Polícia Judiciária. Fiquei de boca aberta”, disse o antigo dirigente social-democrata, em declarações ao programa “Falar Claro” da Renascença.

Morais Sarmento explica que pediu esclarecimentos a quem de direito. “A conclusão, mais ou menos, a que cheguei é que a direcção da Polícia Judiciária não tinha conhecimento de operações de escuta e de seguimento que andavam a ser feitas no seio da Polícia Judiciária”, sublinha.

Acrescenta ainda que "há um lado psicótico que cria medo e condicionamento de comportamentos e que leva a chantagem". Morais Sarmento considera que "o sistema fica pervertido e as pessoas passam a estar vulneráveis".

Para o social-democrata, a declaração do antigo procurador-geral da República, Pinto Monteiro, que afirmou existirem escutas ilegais em Portugal, representa o reconhecimento que não há garantia de justiça e legalidade na investigação.

"Fugas do segredo de justiça são um cancro clássico"
A violação do segredo de justiça no âmbito da divulgação de uma escuta onde surge o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, no âmbito do processo “Monte Branco”, foi o mote para o “Falar Claro” desta segunda-feira.

O ex-ministro da Justiça socialista, Vera Jardim, considera que a actual ministra não deve falar sobre casos em concreto. Paula Teixeira da Cruz já lamentou esta violação do segredo de Justiça e prometeu actuar “do ponto de vista legislativo”.

Vera Jardim não concorda e considera que “o problema não é da lei, mas sim da cultura judiciária instalada".

Para o antigo ministro e deputado socialista, "as fugas do segredo de justiça são um cancro clássico da justiça portuguesa". Na sua opinião, "as relações entre os operadores judiciais e os jornalistas não se baseiam em regras saudáveis".

O social-democrata Nuno Morais Sarmento considera que cabe à Procuradoria-Geral da República e também à ministra da Justiça inverter a situação e levar as constantes violações de segredo de justiça como um caso muito sério.

O programa "Falar Claro" é um espaço de debate da Renascença para ouvir todas as segundas-feiras às 23h30.
.
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
Android Mobile
Imagem
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3732
Registado: 24/2/2005 19:41
Localização: Maia

por alexandre7ias » 22/10/2012 17:33

PGR abre inquérito a violação do segredo de justiça no caso Monte Branco

22.10.2012 - 15:15 PÚBLICO

Foto: Miguel Manso

Procuradora-Geral, Joana Marques Vidal, afasta ideia de que haja suspeitas sobre Passos Coelho

A procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, anunciou nesta segunda-feira a abertura de um inquérito, "tendo em vista a investigação do crime de violação do segredo de justiça" no caso Monte Branco. Em causa está a divulgação de escutas que incluem uma conversa em que participa o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

Num comunicado emitido nesta tarde, a PGR começa por esclarecer que "não existem nos autos quaisquer suspeitas da prática de ilícitos de natureza criminal" por parte do líder do Governo. Mais acrescenta que "o processo encontra-se em segredo de justiça (...) pelo que não é possível prestar mais informações" sobre o caso.

O processo Monte Branco envolve quatro banqueiros portugueses e suíços e um cambista, detidos em Maio por suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais. Passos Coelho terá participado numa conversa telefónica escutada durante a investigação.

Como o PÚBLICO noticiou na semana passada, no quadro das averiguações ao caso, a Polícia Judiciária “tropeçou” em conversas telefónicas que envolveram José Maria Ricciardi, do Banco Espírito Santo Investimento (BESI), e o ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, e assessores financeiros nas privatizações da EDP e da REN.

Um dos contactos versou sobre a decisão do Ministério das Finanças de entregar, por ajuste directo, à norte-americana Perella Weinberg, a consultoria financeira das duas operações, decisão que gerou polémica. Outro tema abordado prendeu-se com a proposta alemã que disputou a final com a chinesa.

O Ministério Público tem na sua posse gravações de conversas entre Miguel Relvas e José Maria Ricciardi, escutado entre Setembro de 2011 e Fevereiro deste ano, no quadro da recolha de informações (e não de recolha de provas) para ajudar a "desmantelar" o caso Monte Branco.

Trata-se da maior rede de sempre de fuga ao fisco e de branqueamento de capitais a operar em Portugal, com ligações ao banco suíço de investimento UBS. Desmantelada em Maio, pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), a operação levou a várias detenções, incluindo a do cabecilha Michel Canals. Ricciardi diz que não conhece Canals e garante que não foi constituído arguido nem chamado a prestar declarações. Fontes policiais asseguraram ao PÚBLICO que o nome de Relvas não aparece ligado ao caso Canals.

O Ministério Público tem, ainda, em cima da mesa outra investigação, esta associada à conduta de assessores financeiros do Estado, nas privatizações da REN e EDP, o que deu origens a buscas policiais ao BESI, à Caixa BI e à Parpública SGPS.

No último sábado, o semanário Expresso noticiou que também Pedro Passos Coelho foi escutado num telefonema com Ricciardi. Este admitiu a possibilidade de o Governo de Passos Coelho poder ceder a pressões políticas da União Europeia e acabar por vender a posição que o Estado detinha na EDP à proposta alemã, ainda que esta não apresentasse o melhor preço e as condições mais favoráveis. O primeiro-ministro foi abordado pela chanceler Angela Merkel para que vendesse 21,35% da EDP à alemã E.ON.

Numa carta ao PÚBLICO, em resposta a uma notícia deste jornal sobre conversas entre o presidente do BESI e Miguel Relvas, que foi enviada a outros órgãos de comunicação social, Ricciardi reconhece ter falado sobre o tema da privatização da EDP com vários membros do Governo, cujos nomes não especifica.

O banqueiro defende que tal "não traduz ilicitude, irregularidade ou sequer censura que se questione eventualmente um membro do Governo sobre se há intenção de ceder a pressões políticas promovidas pelas lideranças europeias, amplamente divulgadas na imprensa de então". Entre os governantes, sabe o PÚBLICO, estão o primeiro-ministro e o ministro adjunto dos Assuntos Parlamentares.

Passo Coelho, por seu lado, reagiu com críticas à violação do segredo de justiça em relação a essa escuta e com serenidade sobre o conteúdo da mesma. “É preciso saber o que se passou para essa ilegalidade ter acontecido, quem é responsável por esse segredo de justiça ter sido quebrado. O jornal parece ter mais informação do que eu”, afirmou aos jornalistas, à saída do Conselho Nacional do PSD, em Lisboa, no sábado.

Na mesma altura, o primeiro-ministro disse estar “muito consciente” das suas conversas ao telefone e garantiu “não ter nenhum receio de que venham ao conhecimento público”. “Se a notícia tem fundamento, qualquer que seja a conversa tenho todo o prazer que essas escutas sejam tornadas públicas”, acrescentou.
© Público Comunicação Social SA
.

Vamos ver as diferenças...
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
Android Mobile
Imagem
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3732
Registado: 24/2/2005 19:41
Localização: Maia

por alexandre7ias » 21/10/2012 21:37

_urbanista_ Escreveu:Isto surge assim neste momento, não parece inocente...
Até parece que atiraram com isto para os jornais para desviar as atenções e fazer ver que o coelho até é bom rapaz... :lol:


Isto é para o pessoal ver que são todos maus rapazes...Não há bons acredite!
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
Android Mobile
Imagem
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3732
Registado: 24/2/2005 19:41
Localização: Maia

por _urbanista_ » 21/10/2012 21:24

Isto surge assim neste momento, não parece inocente...
Até parece que atiraram com isto para os jornais para desviar as atenções e fazer ver que o coelho até é bom rapaz... :lol:
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 488
Registado: 29/6/2009 12:38
Localização: 20

por alexandre7ias » 21/10/2012 21:16

Privatização da EDP: Nos bastidores de um grande negócio
21.10.2012 - 16:02 Por Cristina Ferreira

A saída do Estado da EDP não foi consensual: trata-se da maior empresa portuguesa associada à ideia das reservas nacionais de energia

Dá-se como certo que nas grandes operações financeiras, em particular quando envolvem autorizações estatais, há sempre uma forte componente de lobbying com os assuntos a serem tratados entre os gabinetes ministeriais e os dos assessores financeiros e jurídicos. Pelo meio circulam os comissionistas. O interesse aumenta quando os negócios têm relevância internacional. Foi o caso da privatização da EDP, classificada pela consultora PWC como a nona maior transacção realizada em 2011 a nível mundial no sector.

O executivo liderado por Pedro Passos Coelho esperava que a primeira privatização do seu mandato, considerada pela troika a mais volumosa das que estão previstas, fosse um sucesso. E foi. A venda à China Three Gorges Corporation de 21,35% do capital da EDP gerou um encaixe de 2,7 mil milhões de euros, mais do que o expectável.

Aparentemente, a operação tinha tudo para correr bem. Mas a saída do Estado da EDP não foi consensual: trata-se da maior empresa portuguesa associada à ideia das reservas nacionais de energia. Porém, a discussão não se esgotaria entre adeptos e opositores da privatização. A venda do controlo da operadora a uma empresa chinesa em detrimento de uma europeia, a decisão tomada a favor de um outro Estado, ainda por cima não democrático, e os termos em que se concretizou o negócio estatal, sem os critérios seguidos em anteriores privatizações, sujeitas a um júri e a uma Comissão de Acompanhamento das Reprivatizações (extinta assim que o Governo tomou posse), geraram controvérsias.

A 30 de Agosto de 2011 os mercados foram confrontados com uma decisão ministerial cuja legitimidade alguns juristas consideraram duvidosa. Vítor Gaspar anunciou a contratação, por ajuste directo, da Perella Weinberg Partners para assessorar o Estado nas privatizações da EDP (21,35%), da REN (40%) e da Galp (10%). Decisão que arredou do negócio de 16 milhões as instituições que constavam da short list que manifestara interesse na operação, onde não estava a Perella. Gaspar justificou-se com a falta de tempo para lançar um concurso público.

O jurista Bacelar Gouveia veio, então, suscitar a questão: "Se a empresa não está pré-qualificada, é óbvio que o contrato é ilegal e qualquer um dos outros interessados pode impugnar a decisão do Governo. E qualquer cidadão pode pedir ao Ministério Público para investigar."

Os bancos preteridos lembraram que a escolha dos assessores do Estado na privatização da Galp foi feita com base num concurso limitado, cujo vencedor foi anunciado ao fim de uma semana. A Procuradoria-Geral da República admitiu, até, avançar com averiguações. Para esvaziar a discussão, as Finanças impuseram à Caixa BI a subcontratação da Perella, o que desencadeou os protestos de dois gestores da CGD, Nogueira Leite e Nuno Fernandes Thomaz.

Por vezes, as grandes surpresas surgem quando menos se espera. A 16 de Julho, seis meses depois do desfecho da privatização, a Caixa Banco Investimento (BI), o Espírito Santo Investment Bank (BESI) e a Parpública, que gere as participações do Estado, foram alvo de buscas policiais sustentadas em tráfico de influências e abuso de informação. O Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) explicou, em comunicado, que actuava no âmbito do processo Monte Branco, para "esclarecer e investigar a intervenção e conduta de alguns dos assessores financeiros do Estado" nas privatizações da REN e EDP. O DCIAP afastou dúvidas: "Não está em causa o sentido da decisão final assumida naquelas privatizações [venda aos grupos chineses]."

As grandes transacções geram sempre múltiplos interesses. Vários grupos mostraram vontade de estudar o dossier EDP: a alemã E.ON, as chinesas Three Gorges e China Power, as brasileiras Eletrobras e Cemig, a EDF e a Gas Natural Fenosa.

É nessa altura que os candidatos começam a seleccionar os assessores financeiros, jurídicos e de comunicação, na expectativa de que possam, de algum modo, influenciar o decisor. A dimensão do negócio EDP e a sua relevância internacional, não podiam, portanto, deixar de animar o mercado nacional das fusões e aquisições.

No campo jurídico, os alemães da E.ON. apareceram com o escritório Linklaters, liderado por Jorge Bleck conotado com o PSD, a Three Gorges contratou o gabinete Serra Lopes, Cortes Martins, a Electrobras a PLMJ, ligada a outro social-democrata, José Miguel Júdice. Já a EDF contratou a Uría Menedez/Proença de Carvalho, bloco central, e a Gás Natural Fenosa, Campos Ferreira-Sá Carneiro, que abandonaram a corrida à partida. Por seu turno, a Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva (MLGTS) manteve-se a apoiar o Estado/EDP.

O BESI surgiu envolvido na concepção da proposta económica e financeira da candidatura que viria a vencer - a Three Gorges. Já a E.ON escolheu o Deutsche Bank.

A temperatura subiu nos bastidores do negócio assim que o conselho geral de supervisão da EDP elegeu a E.ON e a ChinaThree Gorges como as propostas mais interessantes para ficar com a EDP e deixou cair as brasileiras Eletrobras e Cemig. Nos meses que antecederam o anúncio do vencedor o Governo dividiu-se: Gaspar e Passos Coelho inclinavam-se para a oferta alemã (2,54 mil milhões), por ser europeia, e Relvas para a brasileira Eletrobras (2,56 mil milhões).

Foi neste quadro de disputa que se intensificaram os contactos entre banqueiros, advogados e políticos nas vésperas do Conselho de Ministros que ia tomar a decisão final. Por exemplo, o Financial Times revelou que a chanceler alemã Angela Merkel promoveu a oferta da E.ON junto de Passos Coelho.

No universo das grandes operações há outros jogadores que se movem. São os "comissionistas" ou intermediários, na gíria norte-americana conhecidos por lobistas. Em Lisboa, a oferta alemã era dada como bem posicionada. António Moura Santos, cunhado de António Guterres, surgiu a defender a proposta germânica. E foi neste contexto que se deslocou à Alemanha onde se cruzou com o presidente da EDP, António Mexia (ex-presidente da Galp). Os dois conhecem-se desde os anos 1990, quando Moura Santos apresentou Mexia a Pina Moura.

Na comunicação social surgiram informações, não confirmadas, a dar conta de uma denúncia entregue no Ministério Público por suspeitas de que os candidatos à EDP tivessem tido conhecimento prévio da oferta alemã. Mas a proposta estratégica e o valor atirado para cima da mesa pela China Three Gorges, 2,69 mil milhões de euros, retirou importância à queixa.

Lá fora, como cá dentro, as grandes operações, envolvendo privados, alimentam múltiplos contactos com o poder político. Os banqueiros de investimento consideram naturais as ligações, pois numa sociedade livre todos têm o direito de lutar pelos seus interesses.

A Goldman Sachs é um caso paradigmático. Este ano, Marc Roche, que contou a história da Goldman Sachs, responsabilizou o banco pela actual crise da dívida soberana. Foi da GS que saíram o ex-secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson (ex-CEO), Mario Draghi, BCE, o primeiro-ministro italiano, Mário Monti, ou o ex-primeiro-ministro grego Lucas Papademos. António Borges, convidado por Passos Coelho, em Março, para liderar e acompanhar as privatizações, foi um dos vice-presidentes da GS em Londres, antes de ser nomeado director do departamento europeu do FMI.

O dossier Perella não escapa a uma análise mais fina. Criticada pela falta de curriculum no sector da energia, a empresa fundada em 2006 tem ligações relevantes à banca de investimento. Entre os sócios, estão ex-quadros de topo da Goldman Sachs e da Merrill Lynch. O partner português, Paulo Cartucho Pereira, esteve 20 anos na Morgan Stanley.

Usar conhecimentos para atingir certos objectivos pode ser feito de modo legítimo, ou ilegítimo se a influência privada for usada para introduzir opacidade na decisão pública. A fronteira é ténue e a grande questão é a de sempre: em que ponto o diálogo normal entre banqueiros, advogados, lobbistas e o Estado se transforma em troca de favores, tráfico de influências e corrupção?

O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
Android Mobile
Imagem
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3732
Registado: 24/2/2005 19:41
Localização: Maia

por Opcard » 21/10/2012 19:06

Caso das escutas a Passos

Ricciardi diz que falar com Governo “não é irregular”

O presidente do BES Investimento decidiu responder ao caso das escutas a Passos Coelho, com quem terá falado, no âmbito de ‘Monte Branco’.


Num comunicado revelado este domingo, José Maria Ricciardi sublinhou que “não é irregular, ilícito ou censurável” falar com elementos do Governo e reconhece que terá pedido explicações ao Executivo sobre privatizações.

Ricciardi, que lamenta as suspeitas que se criaram sobre as conversas telefónicas, diz ainda, segundo a ‘Rádio Renascença’, que falou com vários elementos do Governo por discordar com a escolha da empresa americana Perella por ajuste directo
 
Mensagens: 4436
Registado: 14/3/2009 0:19
Localização: 16

por LTCM » 21/10/2012 12:10

alexandre7ias Escreveu:
“É preciso saber o que se passou para essa ilegalidade ter acontecido, quem é responsável por esse segredo de justiça ter sido quebrado. O jornal parece ter mais informação do que eu”, afirmou aos jornalistas, à saída do Conselho Nacional do PSD, em Lisboa.

O primeiro-ministro disse estar “muito consciente” das suas conversas ao telefone e privadas e garantiu “não ter nenhum receio de que venham ao conhecimento público”. “Se a notícia tem fundamento, qualquer que seja a conversa tenho todo o prazer que essas escutas sejam tornadas públicas”
.


Quando chega a nossa vez é sempre diferente, não é Pedro?

Que segredo, qual que!



Imagem
Editado pela última vez por LTCM em 24/10/2012 14:12, num total de 1 vez.
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3030
Registado: 28/2/2007 14:18

por latrinaxxl » 21/10/2012 10:41

http://www.youtube.com/watch_popup?v=tJj0H5C-uhc

Não sei se este já passou aqui.
Da direita à esquerda, a política está/ é podre.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 492
Registado: 15/2/2010 20:30
Localização: Norte

por _x_ » 21/10/2012 10:29

Nao era aqui!
_X_

John Maynard Keynes ‏
The capitalist economy is not real, it is simply a delusion that keeps the masses enchained to their social bondage.

É sempre muito falível projetar cenários não acontecidos.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 1904
Registado: 9/1/2008 17:56
Localização: 15

por alexandre7ias » 21/10/2012 0:09


Passos sem "nenhum receio" de que telefonemas sejam tornados públicos

20.10.2012 - 22:46 Sofia Rodrigues



Assumindo que foi “com muita perplexidade” que leu a notícia do semanário Expresso, Passos Coelho considerou ter havido uma quebra do segredo de justiça e sustentou que é preciso saber quem é o responsável.

“É preciso saber o que se passou para essa ilegalidade ter acontecido, quem é responsável por esse segredo de justiça ter sido quebrado. O jornal parece ter mais informação do que eu”, afirmou aos jornalistas, à saída do Conselho Nacional do PSD, em Lisboa.

O primeiro-ministro disse estar “muito consciente” das suas conversas ao telefone e privadas e garantiu “não ter nenhum receio de que venham ao conhecimento público”. “Se a notícia tem fundamento, qualquer que seja a conversa tenho todo o prazer que essas escutas sejam tornadas públicas”, acrescentou.
© Público Comunicação Social SA
.


Quando chega a nossa vez é sempre diferente, não é Pedro?

Que segredo, qual que!
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
Android Mobile
Imagem
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3732
Registado: 24/2/2005 19:41
Localização: Maia

por mcarvalho » 20/10/2012 23:33

Anexos
socrates em paris.jpg
socrates em paris.jpg (32 KiB) Visualizado 8768 vezes
mcarvalho
 
Mensagens: 7051
Registado: 17/2/2004 1:38
Localização: PORTO

por alexandre7ias » 20/10/2012 16:26

Há 47 minutos
Tecnoforma tem empresa gémea
Margarida Davim

Nos últimos cinco anos, a Tecnoforma – empresa onde trabalhou Pedro Passos Coelho – acumulou 30 acções judiciais que continuam pendentes e que ascendem a mais de 600 mil euros. Mas há dois anos, os seus administradores criaram a Tecnoforma II, uma sociedade que tem ganhado contratos por ajuste directo com várias câmaras municipais.

Foi a 18 de Maio de 2010 que Sérgio Manuel Alves Porfírio e Manuel António Nunes Cardoso Castro – administradores da Tecnoforma – assinaram os estatutos da Tecnoforma II, uma empresa por quotas, que é detida também pela Plurimpera SGPS, SA – que por sua vez pertence aos mesmos Sérgio Porfírio e Manuel Castro.

Segundo os estatutos a que o SOL teve acesso, a Tecnoforma II tem um capital social de cinco mil euros e tem como objecto «a prestação de serviços de consultoria e assessoria empresarial e gestão de empresas, gestão e selecção de recursos humanos e prestação de serviços de apoio à educação».

No fundo, objectivos muito semelhantes aos da empresa onde o actual primeiro-ministro trabalhou durante quatro anos e que se dedica, segundo o seu site oficial, à consultoria e formação.

Olhando para os relatórios da Dun and Bradstreet – que avalia o risco das empresas – há grandes diferenças entre a Tecnoforma e a Tecnoforma II: enquanto a primeira apresenta um «nível de risco elevado» e um «limite de crédito não recomendado», a segunda tem um «nível de risco inferior à média».

De resto, alguns dos processos que a Tecnoforma tem pendentes em tribunal dizem respeito a acções executivas, ou seja, a casos de dívidas por cobrar.

Apesar das várias tentativas de contacto do SOL, não foi, no entanto, possível chegar à fala com os sócios Sérgio Porfírio e Manuel Castro para perceber por que motivo decidiram criar a Tecnoforma II, uma vez que a Tecnoforma – constituída em 1984 – continua activa e não há qualquer referência a esta segunda empresa no site da consultora onde Passos Coelho chegou a trabalhar como consultor entre 2000 e 2004.

Autarquias do PSD contrataram Tecnoforma II

Segundo a informação disponível na Base de Contratos Públicos online, entre 2011 e 2012 a Tecnoforma II conseguiu quatro contratos com autarquias. Todas lideradas por executivos do PSD.

A empresa detida pelos administradores da Tecnoforma foi contratada pelas câmaras de Almôdovar, Lagoa e Oleiros – sendo que esta última assinou dois contratos de consultoria para a «implementação e acompanhamento do Sistema Integrado de Avaliação de Desempenho (SIADAP)», alegando «ausência de recursos próprios».

Ao todo e em dois anos, a Tecnoforma II somou contratos no valor de 50 mil euros com estas quatro autarquias.

Contactadas pelo SOL, nem a Câmara de Oleiros nem a de Almodôvar estiveram disponíveis para prestar esclarecimento.

Já José Inácio Marques Eduardo, presidente da Câmara de Lagoa, explicou ao SOL que a adjudicação de serviços de apoio à implementação do SIADAP foi feita à Tecnforma II, depois de a empresa, «como fazem muitas outras», ter enviado um e-mail à autarquia apresentando os seus serviços.

«Não conheço nem nunca vi os sócios dessa empresa», assegura o autarca, explicando que o contrato foi assinado, «depois de uma consulta ao mercado» e que o procedimento foi o de ajuste directo, por se tratar «de um valor inferior a 75 mil euros, tal como está na lei».

A falta de recursos humanos próprios para pôr em funcionamento a avaliação de desempenho dos dirigentes do município foi a razão para contratar, em 2011, a Tecnoforma II por 19.800 euros. Segundo a Câmara de Lagoa, o processo «muito burocrático e que obrigou a tarefas complexas» abrangeu «cerca de cinco centenas de trabalhadores».

«Tal trabalho tinha que ser feito sob pena de penalização para o município, traduzida na retenção de 10% das transferências do Estado se os procedimentos, regras e prazos de implementação e acompanhamento do SIADAP não fossem concretizados», diz a autarquia.

José Inácio Marques Eduardo adianta que «tudo foi pago com receitas próprias do município», por Lagoa não estar abrangida por nenhum programa que pudesse financiar esta contratação. E, este ano, a autarquia optou mesmo por não fazer novo contrato, por questões «contenção financeira», estando o SIADAP a ser implementado por técnicos da Câmara.
.

Siga o roubo II
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
Android Mobile
Imagem
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3732
Registado: 24/2/2005 19:41
Localização: Maia

por alexandre7ias » 20/10/2012 11:04

Passos Coelho participa em conversas escutadas no caso Monte Branco

20.10.2012 - 08:30 PÚBLICO

Foto: Nuno Ferreira Santos

O gabinete do primeiro-ministo recusou comentar o assunto, alegando desconhecer o caso

No penúltimo dia como Procurador-Geral da República (PGR), Pinto Monteiro pediu ao Supremo Tribunal de Justiça para validar escutas em que intervém Passos Coelho. Segundo a edição do Expresso deste sábado, que cita uma fonte judicial, o primeiro-ministro “foi escutado fortuitamente no âmbito do processo Monte Branco".

O caso Monte Branco envolve quatro banqueiros portugueses e suíços e um cambista, detidos em Maio por suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais. Passos Coelho terá participado numa conversa telefónica escutada durante a investigação. O jornal não conseguiu, porém, apurar a identidade da pessoa sob escuta.

O gabinete do primeiro-ministro recusou comentar o assunto, alegando desconhecer o caso.

O CD com a gravação foi entregue na Procuradoria-Geral da República pela directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Cândida Almeida, conta o Expresso na notícia, que faz manchete.

O pedido de validação foi depois dirigido ao presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha de Nascimento. Contactado pelo semanário, o presidente do Supremo não respondeu por se encontrar em viagem ao estrangeiro.

Ainda de acordo com o Expresso, o pedido feito por Pinto Monteiro não foi acompanhado de qualquer participação-crime. O procurador Rosário Teixeira, que lidera a investigação, não especificou no pedido de validação o motivo pelo qual o teor da conversa é considerado suspeito.

Já na passada segunda-feira, o PÚBLICO revelou que o ministro-adjunto de Passos Coelho, Miguel Relvas, foi também escutado numa conversa com José Maria Ricciardi, do BESI (Banco Espírito Santo Investimento), no âmbito do mesmo processo Monte Branco.

Ao que o PÚBLICO apurou, o Ministério Público tem na sua posse gravações de conversas entre os dois, no período entre Setembro de 2011 e Fevereiro deste ano, no quadro da recolha de informações (e não de recolha de prova) para ajudar a desmantelar aquela que é a maior rede de sempre de fuga ao fisco e de branqueamento de capitais a operar em Portugal, com ligações ao banco suíço de investimento UBS.


© Público Comunicação Social SA
.
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
Android Mobile
Imagem
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3732
Registado: 24/2/2005 19:41
Localização: Maia

por alexandre7ias » 19/10/2012 1:45

Filho do director-geral de armamento ligado a negócios que o pai vai decidir

18.10.2012 - 23:04 Nuno Sá Lourenço, Lurdes Ferreira


O contrato de manutenção dos EH-101 é a única operação que a DGAIED tem mandato para decidir no próximo ano

O filho do actual director-geral de Armamento e Infra-estruturas de Defesa tem participado num negócio cuja decisão depende da Direcção Geral liderada pelo pai.

O filho do actual director-geral de Armamento e Infra-estruturas de Defesa tem participado na montagem da proposta que a Agusta Westland (AWIL) deverá apresentar ao Governo nos próximos meses, no âmbito do contrato de manutenção dos helicópteros EH-101, ao serviço da Força Aérea. A decisão deste contrato depende da Direcção-Geral liderada pelo pai.

Hugo Chambel, engenheiro industrial e consultor na área da aviação, é filho de Manuel Chambel, o major-general do Exército com funções na Direcção-Geral de Armamento (DGAIED) desde o tempo do Governo de Sócrates, na altura como subdirector-geral.

Desde o ano passado que o militar lidera o departamento do Governo cuja função fundamental é a análise e decisão final das compras de equipamento e serviços de defesa.

Segundo o ministério da Defesa, a revisão do contrato de manutenção dos EH-101 é a única operação que a DGAIED tem mandato para decidir no próximo ano.

Manuel Chambel participou na negociação do anterior contrato de manutenção com a AWIL. E agora, o seu filho Hugo Chambel, está a colaborar com a empresa na preparação do novo contrato a apresentar ao Estado português. Que terá depois de ser decidido pelo pai enquanto director-geral de Armamento e Infra-estruturas de Defesa.

De acordo com uma auditoria feita pelo Tribunal de Contas, o anterior contrato, ainda em vigor, totaliza o pagamento à AWIL um valor próximo dos 45 milhões de euros ao longo dos cinco anos de vigência.

Leia mais na edição impressa do PÚBLICO e na edição online para assinantes desta sexta-feira

© Público Comunicação Social SA
.
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
Android Mobile
Imagem
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3732
Registado: 24/2/2005 19:41
Localização: Maia

por alexandre7ias » 14/10/2012 23:44

Relvas e Ricciardi escutados a conversar sobre privatização da EDP

14.10.2012 - 23:19 Cristina Ferreira

Daniel Rocha

José Maria Ricciardi, do Banco Espírito Santo Investimento

No quadro das averiguações ao caso Monte Branco, a Polícia Judiciária “tropeçou” em conversas telefónicas que envolveram José Maria Ricciardi, do BESI, e o ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas.

Ricciardi, que estava a ser escutado no quadro da recolha de informações para ajudar a “desmantelar” a rede de fuga ao fisco liderada por Michel Canals, era, então, o consultor financeiro da Three Gorges e da China State Grid/ Oman Oil, os grupos chineses que venceram as privatizações da EDP e da REN.

Um dos contactos versou sobre a decisão do Ministério das Finanças de entregar, por ajuste directo, à norte-americana Perella Weinberg, a consultoria financeira das duas operações, decisão que gerou polémica na altura. Outro tema abordado prendeu-se com a proposta alemã.

José Maria Ricciardi, do BESI (Banco Espírito Santo Investimento), quando telefonou a Miguel Relvas estava a ser escutado pelas autoridades policiais no quadro da recolha de informações (e não de recolha de provas) para ajudar a “desmantelar” o caso Monte Branco, a maior rede de sempre de fuga ao Fisco e de branqueamento de capitais a operar em Portugal, com ligações à UBS, na Suíça. As escutas decorreram entre Setembro de 2011 e Fevereiro deste ano.

José Maria Ricciardi não foi constituído arguido e tem garantido que nunca foi chamado a prestar declarações sobre este processo. Fontes policiais asseguraram ao PÚBLICO, que o nome de Relvas não aparece ligado ao caso Canals.

“Não sei o que possa ter dito de errado ao dr. Miguel Relvas”, questionou José Maria Ricciardi quando contactado pelo PÚBLICO. “Provavelmente dei a minha opinião sobre o afastamento do BESI em favor da Perella, pois estava revoltado”. Ricciardi concluiu com o provérbio: “Quem não se sente, não é filho de boa gente.”

A decisão seguida pelas Finanças de entregar à Perella, sem concurso, a assessoria financeira das privatizações das acções do Estado nas duas empresas, 21,35% da EDP e de 40% da REN, gerou polémica com a oposição a questionar o ministro Vítor Gaspar.

Por seu turno, Miguel Relvas, começou por dizer que, entre outras coisas, desconhecia “o assunto a que se reporta a questão suscitada” e informava que "fui ontem [1/10/2012] mesmo notificado, pela Exma. Senhora Directora do DCIAP [Cândida Almeida], no sentido de que não corre referentemente a mim qualquer inquérito criminal, razão pela qual desde já advirto que qualquer notícia difamatória será obviamente tratada no palco judicial”.

Já a PGR recusou comentar as informações do PÚBLICO e declarou que “o processo se encontra em investigação, sob segredo de justiça, pelo que não é possível qualquer esclarecimento sobre o seu conteúdo.”

Fontes policiais defendem que mesmo "não sendo ilícitas" as conversas” entre Ricciardi e Relvas, os contactos revelam a “enorme” informalidade que se estabelece ao mais alto nível, entre banqueiros e entidades oficiais.

Leia mais na edição impressa e na edição online para assinantes desta segunda-feira
© Público Comunicação Social SA
.

É melhor alterar para os Gajos...
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
Android Mobile
Imagem
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3732
Registado: 24/2/2005 19:41
Localização: Maia

por folhaverde » 14/10/2012 3:27

Longe da crise financeira que abala o nosso país e indiferente às constantes manifestações de revolta dos portugueses, José Sócrates, de 55 anos, continua a ter os mesmos hábitos de quando era primeiro-ministro. Em Paris, onde reside, o jogging continua a fazer parte da sua rotina diária, tal como testemunhou o Correio da Manhã.

Na Praça do Trocadero, perto da Torre Eiffel, Sócrates foi surpreendido quando aguardava pela mudança do semáforo para atravessar. Vestido com um fato de treino, o antigo primeiro-ministro mantinha um ar descontraído.

Logo pela manhã, José Sócrates não dispensa o seu jogging diário, ainda que as aulas de Ciência Política lhe tomem algum tempo. No entanto, o culto do exercício físico é sagrado para o socialista, que até nas suas viagens oficiais enquanto primeiro-ministro não prescindia de uma corrida.

A residir com o filho mais velho em Paris – uma das cidades mais caras da Europa –, José Sócrates mantém há mais de um ano uma vida de luxo longe das polémicas, gastando uma média de 15 mil euros por mês.
Anexos
sócrates.jpg
sócrates.jpg (32 KiB) Visualizado 9087 vezes
Cumprs,

Folha Verde
 
Mensagens: 171
Registado: 13/10/2010 22:57
Localização: 16

por alexandre7ias » 14/10/2012 1:55


Investigação
Relvas e Passos agiram em simultâneo para angariar contratos para a Tecnoforma

13.10.2012 - 21:20 José António Cerejo

Rui Gaudêncio

Passos tentou vender um projecto de formação idêntico ao que Relvas propôs a Helena Roseta

Registos da Ordem dos Arquitectos, testemunhos dos seus antigos dirigentes e sobretudo declarações de Relvas e de Passos – as do primeiro de 2004 e as do segundo de há dois meses – mostram que ambos trabalharam em simultâneo com o mesmo objectivo.

Helena Roseta afirmou em Junho, na televisão, que Miguel Relvas tentou convencer a Ordem dos Arquitectos (OA), de que ela era presidente, a candidatar-se, entre 2003 e 2004, a um projecto de formação profissional para arquitectos que trabalhassem nas câmaras municipais.

Relvas era então secretário de Estado da Administração Local e responsável pelo Foral, um programa financiado por fundos europeus e destinado a requalificar o pessoal das autarquias. E terá posto uma condição à Ordem: para o seu projecto ser aprovado teria de subcontratar a sua execução a uma empresa ligada a Passos Coelho. Esta parte da história é conhecida, tal como o facto de Roseta ter afirmado que não tinha nenhuma informação que lhe permitisse dizer que Passos Coelho estava ao corrente das diligências do seu amigo Relvas em favor da empresa.

O trabalho que o PÚBLICO publica neste domingo na sua edição impressa e para assinantes, na sequência de outros dois que publicou na semana passada sobre a Tecnoforma, a empresa de que Passos Coelho era consultor e depois for gestor, mostra que, afinal, Passos tentou vender àquela entidade um projecto de formação profissional com contornos muito próximos daquele que Relvas propusera a Roseta.

A reunião entre o secretário de Estado e Helena Roseta ocorreu a meio do mês de Dezembro de 2003. Passos Coelho solicitou uma reunião à então presidente da Ordem menos de um mês depois. E Roseta, que tinha ficado desagradada com a conversa de Relvas – embora não lhe tenha dado uma resposta imediata porque a área da formação profissional dependia das secções regionais da Ordem –, escusou-se a recebê-lo.

Passos Coelho acabou por ser recebido por Leonor Cintra Gomes, também dirigente nacional da Ordem, e apresentou-lhe um projecto de protocolo que visava a colaboração entre a Tecnoforma e a OA, com vista à apresentação de candidaturas ao programa Foral.

Documentos guardados nos arquivos da Ordem, conjugados com testemunhos de alguns dos seus antigos dirigentes e funcionários, e com declarações de Relvas de 2004 e de Passso Coelho de há dois meses, não deixam agora margem para dúvidas. O actual primeiro-ministro e o seu ministro adjunto actuaram em simultâneo, com um objectivo coincidente: levar a Ordem dos Arquitectos a candidatar-se a um projecto de formação de arquitectos, no quadro do Foral, para prepararem planos de emergência e segurança de edifícios públicos.

Roseta diz que Relvas fez depender a viabilização do projecto que lhe foi apresentado da contratação da Tecnoforma. A informação agora reunida mostra que Passos Coelho apresentou à Ordem, pouco depois, um protocolo exactamente com a mesma finalidade do acordo proposto por Relvas a Roseta.

Passos Coelho diz que a Ordem dos Arquitectos recusou tudo, mas não há registos de que o tenha chegado a fazer formalmente.

© Público Comunicação Social SA
.

Deve ser por isto que o Publico esta a sofrer! O Jornal claro!

É o único a escrever e a dar notícias sobre estes artistas!

Mesmo por aqui poucos dizem algo...
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
Android Mobile
Imagem
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3732
Registado: 24/2/2005 19:41
Localização: Maia

por alexandre7ias » 11/10/2012 17:43

Presidente da Conforlimpa detido pela PJ

Polícia Judiciária
O presidente da Conforlimpa, uma das maiores empresas nacionais de limpezas, foi detido pela Polícia Judiciária, avança a edição online do jornal Sol.
Segundo a edição online do Sol, Armando Cardoso foi detido esta manhã, na sequência de buscas domiciliárias e em empresas do grupo Conforlimpa.

As investigações estarão relacionadas com um processo de alegadas fraudes fiscais.

O jornal acrescenta que Armando Cardoso será agora sujeito a interrogatório judicial.

O Sol lembra que a Conforlimpa é atualmente o sétimo empregador nacional, tendo, como principais clientes, diversas empresas e serviços do Estado.

Contactada pela TSF, a Polícia Judiciária disse que não tem, para já, informações a dar sobre este assunto.
.

Maior parte dos clientes, empresas do Estado!

Vamos ver quem esta envolvido e em que desta vez?
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
Android Mobile
Imagem
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3732
Registado: 24/2/2005 19:41
Localização: Maia

por artista_ » 11/10/2012 2:26

Folha_Verde Escreveu:
artista Escreveu:
Folha_Verde Escreveu:
PT_Trader Escreveu:Surreal o Negócios da Semanas de hoje!

Como é que é possível ainda haver pessoas como este Paulo Campos, que anda livremente nas nossas ruas, e ainda por cima continua a tentar enganar as pessoas :wall:


havias de ver a moradia dele em Cascais!!!

Para quem é ex-secretário de estado não está nada mal...

Bom, para não ferir susceptibilidades se calhar foi uma herança ou então ganhou dinheiro na bolsa para a comprar, vamos acreditar que foi isso ou então contraiu um empréstimo naquele banco de vão de escada que não me lembro o nome!!!


O tipo acabou de dizer na TV que ainda está a passar por dificuldades como todos os portugueses, chegou a dizer que está ainda dependente da ajuda dos pais, ajuda mensal, nomeadamente para pagar os estudos do seu filho... estes tipos não têm mesmo noção das dificuldades que os portugueses estão a passar! E o problema é que nem este nem nenhum político... e é sobretudo isto que tem de mudar, o resto virá por acréscimo!


epá fizeste-me lembrar aquela anedota em que um miudo na escola faz a seguinte redação:

Professora,

lá em casa os meus pais são pobres, os meus avós são pobres, o mordomo é pobre, as criadas são pobres, o motorista é pobre...


Acho sinceramente que temos de fazer alguma coisa para acabar com isto, este é tão pouco inteligente que chega ao ponto de se expor numa entrevista naquele tom (vi apenas os últimos 15/20 minutos) e ainda se queixar de que está a passar dificuldades como todos os portugueses?! O episódio do presidente não chegou?! Não têm vergonha nenhuma!
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 17491
Registado: 17/3/2003 22:51
Localização: Almada

Porca Miséria!

por L.S.S » 11/10/2012 1:33

mais_um Escreveu:
E aposto 1 cêntimo em como o gajo andou a dar umas cambalhotas com esta "menina"... 8-)

http://www.sabado.pt/Multimedia/FOTOS/D ... 81%29.aspx


Melhor do que ser Primeira Ministra!

(...)com um salário bruto mensal de 10.800 euros (151.200 por ano), mais viatura de serviço, combustível e telemóvel.(...)


Paga Povo Burro...
Bull And Bear Markets
O jogo da especulação é o mais fascinante do mundo. Mas não é um jogo para os estúpidos, para os mentalmente preguiçosos, para aqueles com fraco balanço emocional e nem para os que querem ficar ricos rapidamente. Esses vão morrer pobres. Jesse Livermore
 
Mensagens: 2805
Registado: 29/11/2007 13:03
Localização: 10

por alexandre7ias » 11/10/2012 1:18

Uma vez que o outro já fechou (Arquivado) temos aqui um novo:

Relvas ajudou empresa ligada a Passos a ter monopólio de formação em aeródromos do Centro

10.10.2012 - 22:20 José António Cerejo

Daniel Rocha

O programa Foral era tutelado por Miguel Relvas, então secretário de Estado da Administração Local

O projecto aprovado em 2004, no valor de 1,2 milhões de euros, destinava-se a formar centenas de técnicos municipais para trabalharem em sete pistas de aviação, parte delas fechadas, e em dois heliportos da região Centro. No total, estas pistas tinham dez funcionários, agora têm sete.

A Tecnoforma, empresa de que Passos Coelho foi consultor e depois gestor, conseguiu fazer aprovar na Comissão de Coordenação Regional do Centro (CCDRC), em 2004, um projecto financiado pelo programa Foral para formar centenas de funcionários municipais para funções em aeródromos daquela região que não existiam e nada previa que viessem a existir. Nas restantes quatro regiões do país a empresa apresentou projectos com o mesmo objectivo, mas foram todos rejeitados por não cumprirem os requisitos legais. As cinco candidaturas tinham como justificação principal as acrescidas exigências de segurança resultantes dos ataques às torres gémeas de Setembro de 2001.

O programa Foral era tutelado por Miguel Relvas, então secretário de Estado da Administração Local, e na região Centro o gestor do programa Foral (e presidente da CCDRC) era o antigo deputado do PSD Paulo Pereira Coelho, que foi contemporâneo de Passos Coelho e de Relvas na direcção da Juventude Social Democrata (ver PÚBLICO de segunda-feira).

O projecto da Tecnoforma destinado a formar técnicos para os aeródromos e heliportos municipais espalhados pelo país começou a ser preparado no início de 2003, deparando-se desde logo com dificuldades várias ao nível da aprovação dos cursos pelo Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), a única entidade que os podia homologar, e da possibilidade de ser financiado pelos fundos europeus do programa Foral.

No Verão desse ano, a administração da Tecnoforma negociou o assunto com a secretaria de Estado da Administração Local e a 31 de Julho escreveu ao seu titular, Miguel Relvas, ao cuidado da sua então secretário pessoal (Helena Belmar), que agora ocupa as mesmas funções no gabinete de Passos Coelho. “Na sequência das reuniões que têm vindo a ser realizadas com a área dos Transportes e com a Secretaria de Estado da Administração Local fomos incumbidos de apresentar um projecto nacional” de formação de técnicos de aeródromos e heliportos municipais, lê-se no ofício.

Seis meses depois, a 23 de Janeiro de 2003, Miguel Relvas e Jorge Costa, então secretário de Estado das Obras Públicas (com a tutela do INAC) assinaram um protocolo que visava criar as condições para que o INAC aprovasse um conjunto de cursos para técnicos de aeródromos e heliportos municipais, que eram, palavra por palavra, os anteriormente propostos pelas Tecnoforma; e arranjar maneira de o programa Foral os pagar.

O documento estipulava também que o gabinete de Miguel Relvas deveria sensibilizar as empresas privadas de formação profissional, para se envolverem na formação desses técnicos, e autarquias que possuíam aeródromos e helipistas, para inscreverem os seus funcionários nos cursos.

Dezassete dias depois, a 9 de Fevereiro, a Tecnoforma, invocando aquele protocolo, candidatou-se, com dossiers de centenas de páginas, a financiamentos do Foral para realizar aqueles mesmos cursos nas cinco regiões do país. A candidatura maior, que previa 1063 formandos (correspondentes a um total entre 300 e 400 pessoas distintas, porque algumas poderiam frequentar vários cursos) foi entregue na região Centro e apontava para um custo global de 1,2 milhões de euros. E foi a única, que foi aprovada.

Foi aliás a mais cara de todas as que foram financiadas no quadro do programa Foral nos seis anos que este durou (2002-2008). O protocolo patrocinado por Miguel Relvas não foi objecto de qualquer espécie de divulgação e nenhuma empresa, além da Tecnoforma, se candidatou formar os tão necessários técnicos de aeródromos e heliportos municipais.

A execução do projecto da Tecnoforma, cujas contas finais foram assinadas por Pedro Passos Coelho em Março de 2007 (já com o PS no Governo), acabou por não ver aprovada a última das várias prorrogações solicitadas e revelou-se um fracasso. Dos 1063 formandos, a empresa acabou por formar apenas 425 (embora a esmagadora maioria deles tenha participado apenas em sessões de apresentação dos cursos) e em vez dos 1,2 milhões de euros recebeu cerca de 311 mil euros. Nenhum dos cursos que foram ministrados foi concluído e os 36 funcionários que municipais que os frequentaram nunca foram certificados pelo INAC.

Leia mais na edição impressa de quinta-feira e na edição online para assinantes


© Público Comunicação Social SA
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
Android Mobile
Imagem
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3732
Registado: 24/2/2005 19:41
Localização: Maia

por folhaverde » 11/10/2012 0:33

artista Escreveu:
Folha_Verde Escreveu:
PT_Trader Escreveu:Surreal o Negócios da Semanas de hoje!

Como é que é possível ainda haver pessoas como este Paulo Campos, que anda livremente nas nossas ruas, e ainda por cima continua a tentar enganar as pessoas :wall:


havias de ver a moradia dele em Cascais!!!

Para quem é ex-secretário de estado não está nada mal...

Bom, para não ferir susceptibilidades se calhar foi uma herança ou então ganhou dinheiro na bolsa para a comprar, vamos acreditar que foi isso ou então contraiu um empréstimo naquele banco de vão de escada que não me lembro o nome!!!


O tipo acabou de dizer na TV que ainda está a passar por dificuldades como todos os portugueses, chegou a dizer que está ainda dependente da ajuda dos pais, ajuda mensal, nomeadamente para pagar os estudos do seu filho... estes tipos não têm mesmo noção das dificuldades que os portugueses estão a passar! E o problema é que nem este nem nenhum político... e é sobretudo isto que tem de mudar, o resto virá por acréscimo!


epá fizeste-me lembrar aquela anedota em que um miudo na escola faz a seguinte redação:

Professora,

lá em casa os meus pais são pobres, os meus avós são pobres, o mordomo é pobre, as criadas são pobres, o motorista é pobre...
Cumprs,

Folha Verde
 
Mensagens: 171
Registado: 13/10/2010 22:57
Localização: 16

por artista_ » 11/10/2012 0:09

Folha_Verde Escreveu:
PT_Trader Escreveu:Surreal o Negócios da Semanas de hoje!

Como é que é possível ainda haver pessoas como este Paulo Campos, que anda livremente nas nossas ruas, e ainda por cima continua a tentar enganar as pessoas :wall:


havias de ver a moradia dele em Cascais!!!

Para quem é ex-secretário de estado não está nada mal...

Bom, para não ferir susceptibilidades se calhar foi uma herança ou então ganhou dinheiro na bolsa para a comprar, vamos acreditar que foi isso ou então contraiu um empréstimo naquele banco de vão de escada que não me lembro o nome!!!


O tipo acabou de dizer na TV que ainda está a passar por dificuldades como todos os portugueses, chegou a dizer que está ainda dependente da ajuda dos pais, ajuda mensal, nomeadamente para pagar os estudos do seu filho... estes tipos não têm mesmo noção das dificuldades que os portugueses estão a passar! E o problema é que nem este nem nenhum político... e é sobretudo isto que tem de mudar, o resto virá por acréscimo!
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 17491
Registado: 17/3/2003 22:51
Localização: Almada

por mais_um » 10/10/2012 23:52

Folha_Verde Escreveu:
PT_Trader Escreveu:Surreal o Negócios da Semanas de hoje!

Como é que é possível ainda haver pessoas como este Paulo Campos, que anda livremente nas nossas ruas, e ainda por cima continua a tentar enganar as pessoas :wall:


havias de ver a moradia dele em Cascais!!!

Para quem é ex-secretário de estado não está nada mal...

Bom, para não ferir susceptibilidades se calhar foi uma herança ou então ganhou dinheiro na bolsa para a comprar, vamos acreditar que foi isso ou então contraiu um empréstimo naquele banco de vão de escada que não me lembro o nome!!!


Às tantas ganhou dinheiro na Bolsa, frequentando o Caldeirão..... :twisted:

Há sensivelmente um ano, num jantar tive um procurador adjunto como "vizinho", conversamos sobre alguns casos quentes da nossa justiça, Isaltino, Freeport, etc.. nada que não fosse publico. Uma das coisas que ele relatou foi o facto de um dos suspeitos ter quadros muito valiosos, como ele referiu, custaram mais do que todo o dinheiro que ele haveria de ganhar a trabalhar. Eu apenas disse que não devia ser difícil relacionar com o caso do Freeport, bastava verificar a data de aquisição para conferir se podiam estar relacionados ou não. Ele calou-se e não voltamos mais a falar mais sobre casos da justiça.

Entretanto saiu esta noticia:


"Realizado o inquérito não foi carreado para os autos quaisquer elementos que nos permita concluir que os documentos em apreço nos autos são elementos de prova indiciadores da prática de ilícitos criminalmente punidos, nomeadamente dos crimes de corrupção ou de branqueamento de capitais", refere o despacho de arquivamento do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), a que a Agência Lusa teve acesso.

A decisão do DCIAP apoiou-se na informação elaborada pelo Núcleo de Assessoria Técnica (NAT) da Procuradoria-Geral da República (PGR) que concluiu que os "documentos elencados não revelam, só por sim, factos suscetíveis de configurar ilícitos criminais praticados pelos intervenientes".

Segundo o DCIAP, dos documentos resulta apenas a comprovação da constituição da offshores Medes Holding LLC, da identidade dos seus beneficiários (incluindo familiares de José Sócrates) e da realização de inúmeras transações bolsistas por Celestino Monteiro, bem como da realização de diversos negócios pelo mesmo, nomeadamente a aquisição de um veículo automóvel", da marca Maserati modelo 320 GT.

O despacho, assinado pela procuradora Maria João Almeida Costa, refere que "não foram apurados indícios de que as quantias identificadas nos diversos documentos junto aos autos tivessem origem ilícita e que a sua movimentação, nomeadamente as transferência para as suas contas bancárias, se destinasse a dissimular a sua origem ilícita".

Assim, os elementos colhidos para a investigação não permitem, de acordo com o DCIAP, concluir que as quantias monetárias resultantes dos documentos tivessem sido obtidas por Celestino Monteiro ou terceiros, de forma ilícita e que foi utilizada pela Medes Holding LLC para ocultar tais quantias monetárias.

O DCIAP lembra que os documentos foram colocados online no site do Fórum Nacional, do líder de extrema-direita Mário Machado, porquanto eram titulados por um tio do então primeiro-ministro José Sócrates, mas "sem que houvesse uma suspeita alicerçada em factos concretos de que eram prova de factos ilícitos".

O DCIAP sublinha ainda que todas as pessoas inquiridas - Mário Machado, o economista Rui Manuel Teixeira Santos Dias, as jornalistas da TVI Alexandra Borges e Manuela Moura Guedes - "não foram capazes de fornecer factos concretos de que Celestino Monteiro ou terceiros tivessem praticado atos ilícitos criminalmente punidos".

Ao ser inquirido, Mário Machado (atualmente preso), justificou que encontrou na sua caixa de correio uma pasta contendo documentos de empresas offshores detidas por familiares de José Sócrates, tratando-se de depósitos bancários em offshores, transação de ações e aquisição de um veículo Maserati. Referiu desconhecer como os documentos foram obtidos e por quem, tendo os mesmos sido mais tarde entregues a jornalistas da TVI.

Ao ser inquirido na investigação, o tio de Sócrates declarou que os documentos lhe pertenciam e se tratavam de documentos antigos que guardava no escritório da sua residência na Avenida Almirante Reis, em Lisboa.

Explicou que, em 2007, voltou a casar e passou a residir em Vila Real, tendo os seus dois filhos (Carlos e Diana) ficado a habitar aquela casa.

Segundo disse, terá sido o seu filho Carlos que guardou os documentos na casa da sua namorada Vera e terá sido na residência desta que um outro homem, de quem aquela tinha um filho e que conhecia Mário Machado, subtraiu a papelada.

Relatou que, na altura, não apresentou queixa à polícia, porquanto o seu filho lhe pediu para não o fazer, pois teria recebido um SMS com ameaças, o que o deixou "muito assustado". justificou ainda que os documentos eram muito antigos e "sem relevância".

O tio de Sócrates esclareceu que tem "fortuna própria já há vários anos" e que tentaram "ligar o dinheiro por si ganho a José Sócrates, sendo que a mãe deste é a+penas sua irmã consanguínea e nunca foram próximos, tendo, aliás, visto pessoalmente o seu sobrinho (Sócrates) apenas seis vezes".

Quanto à Medes Holding LLC disse tratar-se de uma empresa detida por si, pela mulher e filhos, alegando esta já fora extinta há anos.

A única atividade da empresa era a compra e venda de ações que era por si realizada diariamente, fazendo-o numa sala do Banco Nacional de Crédito (adquirido pelo Banco Popular), sendo os extratos junto aos autos comprovativos dessas transações bolsistas.


Agora percebo a cara de gozo do homem , quando os jornalistas da TVI o entrevistaram....

Um gajo já não pode ganhar dinheiro na bolsa.....
:lol: :lol: :lol:

EDIT: Sobre o Paulo Campos, eu não apostava 1 cêntimo em como ele está isento de responsabilidades nas negociações das ex-SCUTS e afins...

E aposto 1 cêntimo em como o gajo andou a dar umas cambalhotas com esta "menina"... 8-)

http://www.sabado.pt/Multimedia/FOTOS/D ... 81%29.aspx
Editado pela última vez por mais_um em 11/10/2012 0:11, num total de 1 vez.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 8114
Registado: 14/11/2008 0:48
Localização: Lisboa

AnteriorPróximo

Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: AAA_, bpcolaco, dm222, Google [Bot], JoeP, KAWA, latbal, luislobs, m-m, malakas, MR32, nfaz, OCTAMA, Olhar Leonino, PAULO 1986, PAULOJOAO, peterteam2, Phil2014, xabregas da calçada, ç e 212 visitantes