Mota Engil - Tópico Geral
Relatório de contas de 2024 publicado
Bom dia a todos,
Não sei se se aperceberam mas o relatório de contas da Mota Engil, referente ao exercício de 2024, foi divulgado no passado dia 25 de março.
Apesar de já não fazer aqui posts com regularidade, não podia deixar de partilhar convosco as minhas conclusões (não entendam que isto como um regresso a posts regulares).
Vou citar algumas passagens do relatório de contas de 2024 que achei relevantes, tecendo algumas considerações posteriores.
Começo pela mensagem do CEO que, como de costume, serve de prólogo ao relatório de contas:
Interessante verificar que efetivamente o crescimento do segmento do Ambiente está a acompanhar a evolução do volume de negócios do setor de Engenharia e Construção e com uma margem EBITDA de 25% (que é superior ao obtido no segmento "core").
Notem que o investimento no segmento do Ambiente vai permitir à Mota melhorar o nível de risco ESG, ou seja a sua sustentabilidade ambiental, dado que a empresa está no fim da tabela da sustentabilidade das ações do PSI.
Isto poderá abrir portas no futuro para cotar em índices de sustentabilidade ou quiçá emitir greenbonds (mas muito caminho terá de ser feito até lá chegar).
Também o segmento Mext (criado em 2023) teve um crescimento expressivo em volume de negócios (+12.2%), tendo obtido um lucro EBT 113% acima do ano passado com uma impressionante margem EBT de 19%.
É importante referir que a diversificação do negócio da Mota é essencial para não ficar "refém" dos ciclos económicos que influenciam o setor da construção.
E a dívida líquida? Afinal que se passou para aumentar 47%?
Bem, o relatório de contas é lacónico na prosa, pelo que as conclusões têm de ser feitas analisandos os números (já lá vamos).
Saliento, no entanto, as seguintes passagens referentes à dívida:
Vou tentar explicar, de forma simplificada, o aumento da dívida líquida mas, antes de tudo, nunca é demais fazer a ressalva que a dívida total da empresa é a dívida bruta e esta aumentou "apenas" 10,2% face ao reportado no exercício anterior (2023), ou seja qualquer coisa como 286M€, o que até nem foi muito face aos avultados investimentos de 511M€ que a Mota-Engil fez em 2024 (citados na página 59 do RC).
Então que raio é a dívida líquida afinal de contas? (perguntam-se alguns concerteza).
Bem, fazendo o paralelo com as nossas dívidas ao banco, a dívida bruta representa tudo o que devemos ao banco, e a dívida líquida é a bruta menos todo o dinheiro que temos disponível para a cobrir (nem que sejam uns míseros trocos que tenhamos na carteira).
Imaginem que em 2023 deviam 100 mil euros ao banco (dívida bruta) mas tinham "em caixa" 10 mil euros da venda de um carro usado, então a vossa dívida líquida era de 90 mil euros. Imaginem agora que em 2024 compram um carro de 20 mil euros, pedem mais 10 mil, passam a dever 110 mil euros ao banco, ou seja a vossa dívida bruta aumenta 10%, mas a vossa dívida líquida passou de 90 mil euros para 110 mil euros, ou seja aumentou 22,22% simplesmente porque gastaram dinheiro que antes tinham "em caixa".
Foi mais ou menos isto que se passou com a Mota-Engil.
Na página 294 do RC, na "Demonstração Consolidada da Posição Financeira", podemos verificar que os empréstimos inscritos no passivo (corrente e não corrente), aumentaram "apenas" 267M€, ou seja a Mota-Engil aumentou o endividamento, via empréstimos, em "apenas" mais 13% (e não 47%).
E o resto? Bem o resto são alguns dos tais "trocos" que a Mota-Engil tinha o ano passado "em caixa", mas que entretanto gastou via investimento (não esquecer que a mota investiu 511M€ em 2024).
Na prática o investimento levou cerca de 197M€ do valor em caixa (um decréscimo de 30% do "cash and equivalents" que a Mota tinha disponível em 2023) e o restante veio dos títulos da Costa do Marfim e de Angola, que finalmente atingiram a sua maturidade e foram reembolsados na totalidade gerando um saldo positivo de cerca de 104M€, que foi também canalizado para o investimento.
Fechando o capítulo da dívida líquida, não parece existir aqui nada de grave:
Então e o lucro? Foi influenciado por rubricas não recorrentes?
Sim, mas isso era esperado. Faz parte da estratégia da rotação de ativos da Mota Engil.
E para o ano já estão alinhadas mais vendas (isto promete).
Na página 385 do RC, estão listados ativos não correntes detidos para venda no valor de 122M€, nomeadamente:
E isto tudo será para vender para o ano e por este valor?
Segundo a definição de "Ativos não correntes detidos para venda", constante na página 314 do RC, diria que sim:
Não fossem os itens extraordinários, o lucro da Mota-Engil seria inferior em 2024 do que foi em 2023?
A resposta a esta questão não é linear dado que as contas exigem ajustes/normalizações que eu não estou capacitado a fazer.
Fazendo contas de merceeiro e subtraíndo ao EBT (lucro antes de impostos), de 2023 e 2024, as rubricas
A resposta seria "Sim", o EBT de 2024 teria sido quase 10% inferior ao de 2023, mas as contas não podem ser feitas desta maneira simplista.
Fazendo "outsorcing" destas contas, se consultarmos a Demonstração de resultados da Mota Engil constante no site Investing.com, que se baseia na informação "comprada" a analistas financeiros profissionais, o site apresenta um cálculo do EBT, excluíndo itens extraordinários de 353M€ em 2024, face a 301,92M€ em 2023, um aumento de 16%.
E perspetivas para 2025?
Nada melhor que simplesmente citar apenas o que está escrito na página 268 do relatório de contas (pese embora seja importante dar atenção ao disclaimer que o acompanha)
Efetivamente se estas prespetivas para 2025 se mantiverem e todos os objetivos do guidance forem cumpridos, a apresentação do novo plano estratégico em 2026 (que delineará o guidance até 2030), poderá gerar uma nova onda eufórica de compras, levando a cotação bem acima do anterior máximo dos 5,90€ (na minha opinião).
Bons negócios a todos.
Não sei se se aperceberam mas o relatório de contas da Mota Engil, referente ao exercício de 2024, foi divulgado no passado dia 25 de março.
Apesar de já não fazer aqui posts com regularidade, não podia deixar de partilhar convosco as minhas conclusões (não entendam que isto como um regresso a posts regulares).
Vou citar algumas passagens do relatório de contas de 2024 que achei relevantes, tecendo algumas considerações posteriores.
Começo pela mensagem do CEO que, como de costume, serve de prólogo ao relatório de contas:
In relatório Contas Consolidado 2024 da Mota Engil, página 9
Mensagem do Presidente
(...) o Grupo alcançou um patamar inédito na sua história de 78 anos, com crescimento em todas as áreas de negócio e melhoria da rentabilidade, mantendo o foco no controlo dos níveis de endividamento que se mantiveram em linha com o definido no Plano Estratégico.
Nessa medida, concretizámos o compromisso que estabelecemos com os senhores acionistas no início deste ano no âmbito do crescimento sustentável e centrado nos mercados de atuação prioritária (Core Markets), na melhoria da rentabilidade e promoção da rotação de ativos com geração de valor acrescentado para o Grupo, reforçando assim, e de forma significativa, o nosso balanço.
A nível comercial concretizámos o maior volume de angariação comercial alguma vez alcançado, ao celebrar em 2024 um conjunto de novos contratos no valor de 8 mil milhões de euros, o que permitiu, apenas em três anos, mais do que duplicar a Carteira de Encomendas, atualmente em 15,6 mil milhões de euros, e assim assegurar níveis de produção nos próximos anos a níveis históricos no Grupo, e sobretudo com uma carteira de elevada qualidade que permitirá manter a Mota-Engil com uma das melhores margens operacionais na Industria de Infraestruturas a nível europeu.
Para suportar o crescimento, o Grupo realizou um conjunto de investimentos no valor de 511 milhões de euros, em linha com o ano anterior, sendo de destacar que 76% do total do investimento foi direcionado para áreas de negócio como o Ambiente e a Engenharia Industrial, segmentos com as margens mais elevadas entre o portfolio do Grupo, ou em investimento de expansão, o que demonstra a seletividade de investimento com foco na rentabilidade de médio e longo prazo, e a que estou certo daremos continuidade nos próximos anos.
Interessante verificar que efetivamente o crescimento do segmento do Ambiente está a acompanhar a evolução do volume de negócios do setor de Engenharia e Construção e com uma margem EBITDA de 25% (que é superior ao obtido no segmento "core").
Notem que o investimento no segmento do Ambiente vai permitir à Mota melhorar o nível de risco ESG, ou seja a sua sustentabilidade ambiental, dado que a empresa está no fim da tabela da sustentabilidade das ações do PSI.
Isto poderá abrir portas no futuro para cotar em índices de sustentabilidade ou quiçá emitir greenbonds (mas muito caminho terá de ser feito até lá chegar).
Também o segmento Mext (criado em 2023) teve um crescimento expressivo em volume de negócios (+12.2%), tendo obtido um lucro EBT 113% acima do ano passado com uma impressionante margem EBT de 19%.
É importante referir que a diversificação do negócio da Mota é essencial para não ficar "refém" dos ciclos económicos que influenciam o setor da construção.
E a dívida líquida? Afinal que se passou para aumentar 47%?
Bem, o relatório de contas é lacónico na prosa, pelo que as conclusões têm de ser feitas analisandos os números (já lá vamos).
Saliento, no entanto, as seguintes passagens referentes à dívida:
In relatório Contas Consolidado 2024 da Mota Engil, página 60
Em 31 de dezembro de 2024, a dívida líquida atingiu os 1.732 milhões de euros, um aumento de 557 milhões de euros face a 31 de dezembro de 2023, justificado, essencialmente, pelo forte investimento efetuado em equipamentos e em concessões e pelo agravamento do fundo de maneio.
Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2024, o Grupo mantinha linhas de crédito contratadas e não utilizadas de cerca de 570 milhões de euros, traduzindo-se o montante total de liquidez em 1.142 milhões de euros, um montante superior às responsabilidades não renováveis a vencer nos próximos 3 anos.
Não obstante o crescimento relevante da atividade verificado em 2024, a dívida líquida foi gerida e controlada cuidadosamente, o que em conjunto com o desempenho operacional do exercício permitiu que o rácio que compara a dívida líquida com o EBITDA dos últimos 12 meses tenha atingido as 1,8x (1,4x em 31 de dezembro de 2023), em linha com o objetivo definido no Plano estratégico do Grupo (abaixo de 2,0x).
Vou tentar explicar, de forma simplificada, o aumento da dívida líquida mas, antes de tudo, nunca é demais fazer a ressalva que a dívida total da empresa é a dívida bruta e esta aumentou "apenas" 10,2% face ao reportado no exercício anterior (2023), ou seja qualquer coisa como 286M€, o que até nem foi muito face aos avultados investimentos de 511M€ que a Mota-Engil fez em 2024 (citados na página 59 do RC).
Então que raio é a dívida líquida afinal de contas? (perguntam-se alguns concerteza).
Bem, fazendo o paralelo com as nossas dívidas ao banco, a dívida bruta representa tudo o que devemos ao banco, e a dívida líquida é a bruta menos todo o dinheiro que temos disponível para a cobrir (nem que sejam uns míseros trocos que tenhamos na carteira).
Imaginem que em 2023 deviam 100 mil euros ao banco (dívida bruta) mas tinham "em caixa" 10 mil euros da venda de um carro usado, então a vossa dívida líquida era de 90 mil euros. Imaginem agora que em 2024 compram um carro de 20 mil euros, pedem mais 10 mil, passam a dever 110 mil euros ao banco, ou seja a vossa dívida bruta aumenta 10%, mas a vossa dívida líquida passou de 90 mil euros para 110 mil euros, ou seja aumentou 22,22% simplesmente porque gastaram dinheiro que antes tinham "em caixa".
Foi mais ou menos isto que se passou com a Mota-Engil.
Na página 294 do RC, na "Demonstração Consolidada da Posição Financeira", podemos verificar que os empréstimos inscritos no passivo (corrente e não corrente), aumentaram "apenas" 267M€, ou seja a Mota-Engil aumentou o endividamento, via empréstimos, em "apenas" mais 13% (e não 47%).
E o resto? Bem o resto são alguns dos tais "trocos" que a Mota-Engil tinha o ano passado "em caixa", mas que entretanto gastou via investimento (não esquecer que a mota investiu 511M€ em 2024).
Na prática o investimento levou cerca de 197M€ do valor em caixa (um decréscimo de 30% do "cash and equivalents" que a Mota tinha disponível em 2023) e o restante veio dos títulos da Costa do Marfim e de Angola, que finalmente atingiram a sua maturidade e foram reembolsados na totalidade gerando um saldo positivo de cerca de 104M€, que foi também canalizado para o investimento.
Fechando o capítulo da dívida líquida, não parece existir aqui nada de grave:





Então e o lucro? Foi influenciado por rubricas não recorrentes?
Sim, mas isso era esperado. Faz parte da estratégia da rotação de ativos da Mota Engil.
In relatório Contas Consolidado 2024 da Mota Engil, página 63
No exercício findo em 31 de dezembro de 2024, a rubrica de Ganhos / (perdas) na aquisição e alienação de empresas subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas (...), atingiu os 80 milhões de euros (40 milhões de euros no exercício de 2023), influenciada, maioritariamente, pela mais-valia gerada com a alienação em 2024 de duas empresas concessionárias de auto-estradas no México (Concessionária Cardel Poza Rica e Concessionária Tuxpan-Tampico), no seguimento da política de rotação de ativos definida pelo Grupo.
No exercício findo em 31 de dezembro de 2024, a rubrica de Ganhos / (perdas) em empresas associadas e em empreendimentos conjuntos (MEP) contribuiu com 8 milhões de euros para o resultado líquido (15 milhões de euros no exercício de 2023), uma diminuição de cerca de 7 milhões de euros, justificada, maioritariamente, pela manutenção da performance da Líneas e da Martifer, mas afetada negativamente pelo arranque das operações de algumas concessionárias em África e na América Latina.
E para o ano já estão alinhadas mais vendas (isto promete).
Na página 385 do RC, estão listados ativos não correntes detidos para venda no valor de 122M€, nomeadamente:



E isto tudo será para vender para o ano e por este valor?
Segundo a definição de "Ativos não correntes detidos para venda", constante na página 314 do RC, diria que sim:
In relatório Contas Consolidado 2024 da Mota Engil, página 314
h) Ativos não correntes detidos para venda
Os ativos não correntes são classificados como detidos para venda se é expectável que o seu valor contabilístico venha a ser recuperado principalmente através de uma alienação ou através de uma distribuição aos acionistas e não através do seu uso continuado. Para que tais ativos sejam objeto daquela classificação, os mesmos têm de estar disponíveis para venda imediata nas suas condições atuais, a venda tem de ser altamente provável, o Conselho de Administração tem de estar comprometido a executar tal venda e a alienação ocorrer previsivelmente num período de 12 meses.
Os ativos não correntes classificados como detidos para venda são registados pelo mais baixo entre a sua quantia escriturada e o seu justo valor deduzido dos custos estimados com a venda. A sua eventual amortização cessa a partir do momento da classificação como ativos não correntes detidos para venda.
Para efeitos de apuramento do justo valor dos ativos não correntes detidos para venda, foram consideradas, nomeadamente, as propostas de compra recebidas para os ativos a alienar e avaliações realizadas internamente.
Não fossem os itens extraordinários, o lucro da Mota-Engil seria inferior em 2024 do que foi em 2023?
A resposta a esta questão não é linear dado que as contas exigem ajustes/normalizações que eu não estou capacitado a fazer.
Fazendo contas de merceeiro e subtraíndo ao EBT (lucro antes de impostos), de 2023 e 2024, as rubricas



A resposta seria "Sim", o EBT de 2024 teria sido quase 10% inferior ao de 2023, mas as contas não podem ser feitas desta maneira simplista.
Fazendo "outsorcing" destas contas, se consultarmos a Demonstração de resultados da Mota Engil constante no site Investing.com, que se baseia na informação "comprada" a analistas financeiros profissionais, o site apresenta um cálculo do EBT, excluíndo itens extraordinários de 353M€ em 2024, face a 301,92M€ em 2023, um aumento de 16%.
E perspetivas para 2025?
Nada melhor que simplesmente citar apenas o que está escrito na página 268 do relatório de contas (pese embora seja importante dar atenção ao disclaimer que o acompanha)
In relatório Contas Consolidado 2024 da Mota Engil, página 268
Perspetivas para 2025
As perspetivas do Grupo Mota-Engil para 2025, são as seguintes:1 - Crescimento do volume de negócios em um dígito, com África a ser o principal motor de rendibilidade nos próximos anos;
2 - Margem EBITDA forte em 16%, a contribuir para a melhoria da margem líquida;
3 - Manutenção de uma carteira de encomendas de grande qualidade e a níveis históricos, focada nos nossos mercados core e em projetos de grande dimensão que suportem a nossa estratégia de rendibilidade;
4 - Reforço durante 2025 do programa de eficiência do Grupo (Programa OPEX 50);
5 - Rácio de investimento / volume de negócios < 7%;
6 - Foco na geração de free cash flow;
7 - Compromisso em manter os rácios Dívida líquida / EBITDA <2x e Dívida bruta / EBITDA <4x;
8 - Continuidade do reforço da estrutura de capitais próprios com o objetivo de se atingir um rácio capital próprio / ativo > 15%;
9 - Manutenção da política em curso de rotação de ativos, de modo a extrair consistentemente valor das concessões e a impactar positivamente o resultado líquido;
10 - Compromisso com um crescimento sustentável.
Salienta-se que estas perspetivas não correspondem a um compromisso quanto ao desempenho futuro do Grupo, mas tão somente à melhor capacidade de previsão, nesta data, quanto à atividade das suas empresas
Efetivamente se estas prespetivas para 2025 se mantiverem e todos os objetivos do guidance forem cumpridos, a apresentação do novo plano estratégico em 2026 (que delineará o guidance até 2030), poderá gerar uma nova onda eufórica de compras, levando a cotação bem acima do anterior máximo dos 5,90€ (na minha opinião).
Bons negócios a todos.
Re: Mota Engil - Tópico Geral
Estou em sintonia com os vossos pontos de vista
Neste momento estou um pouco apreensivo atendendo o fundo abrute na ultima sexta feira ter passado a posiç
ao a descoberto para 1.68
Neste momento estou um pouco apreensivo atendendo o fundo abrute na ultima sexta feira ter passado a posiç
ao a descoberto para 1.68
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Re: Mota Engil - Tópico Geral
serdom Escreveu:eu já tive a postura do vale noutras cotadas (BCP) e essa estratégia rendeu-me bons resultados.
tenho menos tempo agora (e paciência) para acompanhar gráficos diariamente, então neste momento sigo mais a avenida do jf vieira.
dito isto, também me parece que os 3,40 que se provaram uma resistência forte podem revelar-se um suporte igualmente forte.
acresce que, ao contrario das ultimas marés mais recentes, depois de tocar no topo do canal ascendente não se verificou uma queda acentuada. pelo contrario, tem-se aguentado entre o percentil 50 e 75 do canal, o que me leva a crer que pode ser um movimento diferente desta vez (circulo verde no boneco).
o que importa é seguir a bom rumo, e nesse acho que estamos juntos.
................ ................... ..................
O comportamento recente da Mota-Engil é particularmente interessante, sobretudo pela forma como o nível dos 3,40€, que anteriormente funcionou como uma forte resistência, parece agora estar a consolidar-se como suporte. Além disso, ao contrário de movimentos anteriores, não se verificou uma correção acentuada após o toque no topo do canal ascendente. Pelo contrário, a cotação tem-se mantido entre o percentil 50 e 75 desse canal, o que pode indicar uma dinâmica diferente desta vez.
Importa também destacar a relevância da atual capitalização bolsista da Mota-Engil, que ronda os mil milhões de euros. Este patamar não é meramente simbólico, uma vez que tende a atrair maior atenção de investidores institucionais, além de poder influenciar a sua inclusão em determinados índices de referência. Tal pode resultar num aumento da liquidez e numa potencial valorização mais sustentada da empresa a médio prazo.
Naturalmente, o mercado dita sempre as suas próprias regras, mas os indicadores atuais conferem suporte à tese de investimento na Mota-Engil. Continuaremos a acompanhar com atenção.
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Re: Mota Engil - Tópico Geral
eu já tive a postura do vale noutras cotadas (BCP) e essa estratégia rendeu-me bons resultados.
tenho menos tempo agora (e paciência) para acompanhar gráficos diariamente, então neste momento sigo mais a avenida do jf vieira.
dito isto, também me parece que os 3,40 que se provaram uma resistência forte podem revelar-se um suporte igualmente forte.
acresce que, ao contrario das ultimas marés mais recentes, depois de tocar no topo do canal ascendente não se verificou uma queda acentuada. pelo contrario, tem-se aguentado entre o percentil 50 e 75 do canal, o que me leva a crer que pode ser um movimento diferente desta vez (circulo verde no boneco).
o que importa é seguir a bom rumo, e nesse acho que estamos juntos.
tenho menos tempo agora (e paciência) para acompanhar gráficos diariamente, então neste momento sigo mais a avenida do jf vieira.
dito isto, também me parece que os 3,40 que se provaram uma resistência forte podem revelar-se um suporte igualmente forte.
acresce que, ao contrario das ultimas marés mais recentes, depois de tocar no topo do canal ascendente não se verificou uma queda acentuada. pelo contrario, tem-se aguentado entre o percentil 50 e 75 do canal, o que me leva a crer que pode ser um movimento diferente desta vez (circulo verde no boneco).
o que importa é seguir a bom rumo, e nesse acho que estamos juntos.
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Re: Mota Engil - Tópico Geral
Vale, não pões a hipótese de haver um fundo em 3.40? Eu negoceio por aí. 

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Re: Mota Engil - Tópico Geral
nunofrg Escreveu:Tenho feito o mesmo com algum sucesso no ultimo mês, mas hoje entrei "com tudo" a 3.44 e depois fiquei o dia todo a ver se não vendia no vermelho e acabei por não vender... isto está claro que ninguém tem capacidade de adivinhar o que vai acontecer, ainda para mais com a conjetura atual (trump e afins...), mas onde poderá estar a cava da onda?
Pelas minhas contas e de acordo com o respetivo Boneco, estará pelos: 3,166 / 3,144, mas é preciso estar com olho no gado.
Com o vendaval que se aproxima, poderá vir um bocado mais abaixo
CumPrim/
ValeAquilino
Eu não sonho, faço planos. (A. S. V.)
"Se ensinares, ensina ao mesmo tempo a duvidar daquilo que estás a ensinar."
José Ortega Y Gasset
Re: Mota Engil - Tópico Geral
Tenho feito o mesmo com algum sucesso no ultimo mês, mas hoje entrei "com tudo" a 3.44 e depois fiquei o dia todo a ver se não vendia no vermelho e acabei por não vender... isto está claro que ninguém tem capacidade de adivinhar o que vai acontecer, ainda para mais com a conjetura atual (trump e afins...), mas onde poderá estar a cava da onda?
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Re: Mota Engil - Tópico Geral "uma opinião"
Cada um tem a sua estratégia, mas estamos no mesmo barco. A diferença é eu ir aproveitando a Maré.
Saiu na crista da onda, assim que me parece, para depois apanhar a cava da onda.
Normalmente , tenho andado com sorte.
Enquanto for assim , está Buuummm
CumPrim/
ValeAquilino
Saiu na crista da onda, assim que me parece, para depois apanhar a cava da onda.
Normalmente , tenho andado com sorte.
Enquanto for assim , está Buuummm
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Re: Mota Engil - Tópico Geral "uma opinião"
Aqui_Vale Escreveu:A ver vamos...a ver vamos.
Cada negócio, é um negócio.
Atenta no Canal, parece uma linha de Caminho de Ferro![]()
Embrulhar 9 ou 10% em cada rotação, não custa nada e sabe bem
CumPrim/
ValeAquilino
.................. .................... .....................
Eu sou mais goloso, média de compra a 2,35€ neste momento, lucro de 45%, e não vendo… Ainda há muito para andar, e enquanto o canal estiver a subir, deixo-me ir na boleia. Pode corrigir aqui e ali, mas a tendência continua firme. Quem sabe se não vamos ver os 5€ num piscar de olhos?
Cumprimentos e bons trades!
J.f.vieira
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Re: Mota Engil - Tópico Geral "uma opinião"
Aqui_Vale Escreveu:A ver vamos...a ver vamos.
Cada negócio, é um negócio.
Atenta no Canal, parece uma linha de Caminho de Ferro![]()
Embrulhar 9 ou 10% em cada rotação, não custa nada e sabe bem
CumPrim/
ValeAquilino
https://www.marketscreener.com/news/lat ... newsletter
Precaução, caldos de galinha e Água Benta nunca fizeram mal a ninguém.
CumPrim/
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Re: Mota Engil - Tópico Geral "uma opinião"
A ver vamos...a ver vamos.
Cada negócio, é um negócio.
Atenta no Canal, parece uma linha de Caminho de Ferro
Embrulhar 9 ou 10% em cada rotação, não custa nada e sabe bem
CumPrim/
ValeAquilino
Cada negócio, é um negócio.
Atenta no Canal, parece uma linha de Caminho de Ferro

Embrulhar 9 ou 10% em cada rotação, não custa nada e sabe bem
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Re: Mota Engil - Tópico Geral "uma opinião"
Aqui_Vale Escreveu:fosgass2020 Escreveu:Eu diria que hoje é um bom dia para andar às compras... o que é que acham?
É tão bom para comprar, que eu já não tenho mais para vender![]()
CumPrim/
ValeAquilino
Homem de poca fé...

Aqui_Vale...se calhar vais ter que comprar mais a cima

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Re: Mota Engil - Tópico Geral
A Mota Engil parece responder muito bem à média de 15 períodos no gráfico semanal.
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Re: Mota Engil - Tópico Geral "uma opinião"
fosgass2020 Escreveu:Eu diria que hoje é um bom dia para andar às compras... o que é que acham?
É tão bom para comprar, que eu já não tenho mais para vender

CumPrim/
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José Ortega Y Gasset
Re: Mota Engil - Tópico Geral
Eu reentrei a 3,39 ......a ver
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Re: Mota Engil - Tópico Geral
Eu diria que hoje é um bom dia para andar às compras... o que é que acham?
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Re: Mota Engil - Tópico Geral
Com o bom tempo a chegar fica mais agradável andar de mota 

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Re: Mota Engil - Tópico Geral
Atualmente, o preço do cacau no mercado internacional é de aproximadamente 8.042 dólares por tonelada. 

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Re: Mota Engil - Tópico Geral
Saí....mas terei que entrar breve......esta é daquelas que " está tão verde que nem os ursos a podem tragar "...... 

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Re: Mota Engil - Tópico Geral
Nos últimos anos, temos assistido a um movimento estratégico da Mota-Engil na diversificação do seu portefólio, e um dos exemplos mais interessantes é o investimento na produção de cacau em Cabinda, Angola. Este projeto, liderado pela sua subsidiária Mamaland, demonstra a capacidade da empresa de se adaptar a novos mercados e capturar valor em setores com elevado potencial de crescimento.
Principais Pontos do Investimento:
Montante investido: 20 milhões de dólares
Área de cultivo: 6.000 hectares
Objetivo de produção: 15.300 toneladas de cacau até 2030
Emprego gerado: 1.200 postos diretos até 2027
Outras culturas: Mandioca, banana e moringa
O que torna este investimento particularmente interessante é a sua ligação ao mercado global do cacau, que continua a crescer, impulsionado pela crescente procura por produtos sustentáveis. Além disso, o facto de a Mota-Engil estar a investir na transformação agroindustrial pode significar margens mais atrativas e um reforço da sua posição num setor diferente do habitual.
Outro ponto a destacar é o impacto social e ambiental deste projeto. O envolvimento da empresa num setor agrícola sustentável melhora a sua imagem junto de investidores que valorizam critérios ESG (Ambientais, Sociais e de Governação). A parceria com o governo angolano e a criação de emprego local garantem ainda maior estabilidade e aceitação da iniciativa.
A aposta da Mota-Engil na agricultura em Angola parece ser uma jogada bem pensada. Para quem acompanha os investimentos da empresa, esta é uma iniciativa que reforça a sua resiliência e capacidade de adaptação. Será interessante ver como este projeto evolui e qual o impacto que terá nos resultados financeiros da empresa nos próximos anos.
https://jornalf8.net/2025/do-cacau-ao-c ... r-o-cacau/
Principais Pontos do Investimento:
Montante investido: 20 milhões de dólares
Área de cultivo: 6.000 hectares
Objetivo de produção: 15.300 toneladas de cacau até 2030
Emprego gerado: 1.200 postos diretos até 2027
Outras culturas: Mandioca, banana e moringa
O que torna este investimento particularmente interessante é a sua ligação ao mercado global do cacau, que continua a crescer, impulsionado pela crescente procura por produtos sustentáveis. Além disso, o facto de a Mota-Engil estar a investir na transformação agroindustrial pode significar margens mais atrativas e um reforço da sua posição num setor diferente do habitual.
Outro ponto a destacar é o impacto social e ambiental deste projeto. O envolvimento da empresa num setor agrícola sustentável melhora a sua imagem junto de investidores que valorizam critérios ESG (Ambientais, Sociais e de Governação). A parceria com o governo angolano e a criação de emprego local garantem ainda maior estabilidade e aceitação da iniciativa.
A aposta da Mota-Engil na agricultura em Angola parece ser uma jogada bem pensada. Para quem acompanha os investimentos da empresa, esta é uma iniciativa que reforça a sua resiliência e capacidade de adaptação. Será interessante ver como este projeto evolui e qual o impacto que terá nos resultados financeiros da empresa nos próximos anos.
https://jornalf8.net/2025/do-cacau-ao-c ... r-o-cacau/
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Re: Mota Engil - Tópico Geral "uma opinião"
Mais um boneco colorido, e assim se foi outra semana.
CumPrim/
valeAquilino


CumPrim/
valeAquilino
Eu não sonho, faço planos. (A. S. V.)
"Se ensinares, ensina ao mesmo tempo a duvidar daquilo que estás a ensinar."
José Ortega Y Gasset
Re: Mota Engil - Tópico Geral
Fecho da semana (o indicador de volume encerrou em novo máximo relativo).

FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Re: Mota Engil - Tópico Geral
Talvez ver não seja apenas uma questão de visão, mas de perceção. Há quem tenha olhos perfeitos e, ainda assim, não veja a beleza nos pormenores, a verdade nas entrelinhas ou a luz na escuridão. Ver é mais do que captar imagens; é sentir, interpretar e compreender. E, por vezes, aquele que pouco vê é quem mais enxerga.
J.f.vieira
J.f.vieira
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Re: Mota Engil - Tópico Geral
Uma pequena reflexão de um ceguinho que pouco vê...
Mota-Engil: Potencial de Crescimento num Mundo em Reconstrução
A Mota-Engil, um dos maiores grupos de construção e infraestrutura de Portugal e uma referência internacional no setor, encontra-se numa posição estratégica para consolidar e expandir a sua presença global nos próximos anos. Num contexto mundial marcado por fenómenos naturais devastadores, como sismos e catástrofes climáticas, e por conflitos armados que resultam na destruição de infraestruturas essenciais, a necessidade de reconstrução tem vindo a crescer de forma significativa. Esta realidade impulsiona a procura por empresas com capacidade técnica, financeira e operacional para executar projetos de grande escala, tornando a Mota-Engil num player atrativo e competitivo.
Os sismos têm sido uma ameaça constante em diversas regiões do mundo, destruindo cidades inteiras e criando uma procura urgente por reabilitação de infraestruturas críticas, como estradas, pontes, habitações, hospitais e redes de abastecimento de água e energia. O mesmo acontece com os impactos crescentes das alterações climáticas, que têm levado a catástrofes naturais mais frequentes, como cheias, ciclones e incêndios florestais, exigindo investimentos massivos em infraestruturas resilientes e sustentáveis.
Por outro lado, a guerra continua a ser um fator de destruição em várias partes do mundo. Conflitos como os que se verificam na Ucrânia, no Médio Oriente e em algumas regiões de África resultam na ruína de cidades e na necessidade de reconstrução a longo prazo. Governos, instituições internacionais e fundos de reconstrução procuram empresas experientes e de confiança para liderar esses projetos, uma oportunidade que empresas como a Mota-Engil, com presença consolidada em vários continentes.
A Mota-Engil tem um forte posicionamento internacional, com operações na Europa, África e América Latina. A sua experiência na gestão de projetos complexos em ambientes desafiantes, combinada com a capacidade de mobilizar recursos rapidamente, confere-lhe uma vantagem competitiva no setor.
Além disso, a empresa tem investido na sustentabilidade e inovação, preparando-se para um futuro onde a construção será cada vez mais pautada por práticas ecológicas, materiais sustentáveis e soluções de engenharia adaptadas às mudanças climáticas. A sua aposta em parcerias estratégicas e diversificação de mercados permite-lhe posicionar-se como um dos principais grupos europeus preparados para responder aos desafios da reconstrução global.
Dada a crescente importância da reconstrução global e a posição estratégica da Mota-Engil, o interesse de grupos económicos, fundos de investimento e grandes players do setor da construção e engenharia tem vindo a aumentar. A presença da China Communications Construction Company (CCCC) como acionista de referência reforça a solidez financeira da empresa e abre portas para novas oportunidades em mercados emergentes, nomeadamente na Ásia e em África.
A tendência para fusões, aquisições e parcerias estratégicas poderá intensificar-se, à medida que os grandes conglomerados do setor procuram consolidar posições em mercados-chave. O envolvimento de fundos soberanos, instituições financeiras internacionais e entidades multilaterais poderá proporcionar novos investimentos e linhas de financiamento, permitindo à Mota-Engil alavancar projetos de grande escala em países que necessitam urgentemente de reconstrução e desenvolvimento de infraestruturas.
Num cenário global cada vez mais dinâmico e exigente, a Mota-Engil está bem posicionada para crescer e reforçar a sua presença nos mercados internacionais, beneficiando da forte procura por reconstrução e infraestrutura resiliente. A combinação da sua experiência global, capacidade financeira, aposta na inovação e no desenvolvimento sustentável, e o interesse de grandes grupos económicos, tornam a empresa num dos principais atores do setor da construção a nível mundial.
O futuro da Mota-Engil será, sem dúvida, marcado por desafios, mas também por grandes oportunidades de crescimento e liderança no mercado da reconstrução global.
J.f.vieira
Mota-Engil: Potencial de Crescimento num Mundo em Reconstrução
A Mota-Engil, um dos maiores grupos de construção e infraestrutura de Portugal e uma referência internacional no setor, encontra-se numa posição estratégica para consolidar e expandir a sua presença global nos próximos anos. Num contexto mundial marcado por fenómenos naturais devastadores, como sismos e catástrofes climáticas, e por conflitos armados que resultam na destruição de infraestruturas essenciais, a necessidade de reconstrução tem vindo a crescer de forma significativa. Esta realidade impulsiona a procura por empresas com capacidade técnica, financeira e operacional para executar projetos de grande escala, tornando a Mota-Engil num player atrativo e competitivo.
Os sismos têm sido uma ameaça constante em diversas regiões do mundo, destruindo cidades inteiras e criando uma procura urgente por reabilitação de infraestruturas críticas, como estradas, pontes, habitações, hospitais e redes de abastecimento de água e energia. O mesmo acontece com os impactos crescentes das alterações climáticas, que têm levado a catástrofes naturais mais frequentes, como cheias, ciclones e incêndios florestais, exigindo investimentos massivos em infraestruturas resilientes e sustentáveis.
Por outro lado, a guerra continua a ser um fator de destruição em várias partes do mundo. Conflitos como os que se verificam na Ucrânia, no Médio Oriente e em algumas regiões de África resultam na ruína de cidades e na necessidade de reconstrução a longo prazo. Governos, instituições internacionais e fundos de reconstrução procuram empresas experientes e de confiança para liderar esses projetos, uma oportunidade que empresas como a Mota-Engil, com presença consolidada em vários continentes.
A Mota-Engil tem um forte posicionamento internacional, com operações na Europa, África e América Latina. A sua experiência na gestão de projetos complexos em ambientes desafiantes, combinada com a capacidade de mobilizar recursos rapidamente, confere-lhe uma vantagem competitiva no setor.
Além disso, a empresa tem investido na sustentabilidade e inovação, preparando-se para um futuro onde a construção será cada vez mais pautada por práticas ecológicas, materiais sustentáveis e soluções de engenharia adaptadas às mudanças climáticas. A sua aposta em parcerias estratégicas e diversificação de mercados permite-lhe posicionar-se como um dos principais grupos europeus preparados para responder aos desafios da reconstrução global.
Dada a crescente importância da reconstrução global e a posição estratégica da Mota-Engil, o interesse de grupos económicos, fundos de investimento e grandes players do setor da construção e engenharia tem vindo a aumentar. A presença da China Communications Construction Company (CCCC) como acionista de referência reforça a solidez financeira da empresa e abre portas para novas oportunidades em mercados emergentes, nomeadamente na Ásia e em África.
A tendência para fusões, aquisições e parcerias estratégicas poderá intensificar-se, à medida que os grandes conglomerados do setor procuram consolidar posições em mercados-chave. O envolvimento de fundos soberanos, instituições financeiras internacionais e entidades multilaterais poderá proporcionar novos investimentos e linhas de financiamento, permitindo à Mota-Engil alavancar projetos de grande escala em países que necessitam urgentemente de reconstrução e desenvolvimento de infraestruturas.
Num cenário global cada vez mais dinâmico e exigente, a Mota-Engil está bem posicionada para crescer e reforçar a sua presença nos mercados internacionais, beneficiando da forte procura por reconstrução e infraestrutura resiliente. A combinação da sua experiência global, capacidade financeira, aposta na inovação e no desenvolvimento sustentável, e o interesse de grandes grupos económicos, tornam a empresa num dos principais atores do setor da construção a nível mundial.
O futuro da Mota-Engil será, sem dúvida, marcado por desafios, mas também por grandes oportunidades de crescimento e liderança no mercado da reconstrução global.
J.f.vieira
Editado pela última vez por J.f.vieira em 28/3/2025 20:22, num total de 2 vezes.
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