Impresa - Tópico Geral
Re: Impresa - Tópico Geral
Estranho esta saída e hoje ter algum movimento , apesar de não sair da cepa torta.
https://www.cmjornal.pt/tv-media/detalh ... a-ao-cargo
https://www.cmjornal.pt/tv-media/detalh ... a-ao-cargo
Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
Artur Cintra
- Mensagens: 3127
- Registado: 17/7/2006 16:09
- Localização: Cascais
Re: Impresa - Tópico Geral
Vão despachar o grupo veremos quem compra e quanto vão pagar senão fecham ponto final para quem está dentro boa sorte se for 0.35 é um bom negocio para todos melhor isso do que zero
- Mensagens: 334
- Registado: 28/11/2018 9:20
Re: Impresa - Tópico Geral
16 milhões de mkt cap... Mais valia o Balsemão Júnior adquirir o resto das ações e tirá-la da bolsa.
Re: Impresa - Tópico Geral
Burbano Escreveu:Posso estar errado, mas algo vai acontecer na Impresa nos próximos tempos. Tenho enviado e-mails para o gabinete de relacionamento com os mercados, as respostas que me dão são muito vagas.
No entanto quem acompanha a cotação da Impresa, vê que têm existido movimentos muito estranhos nos últimos meses, com que finalidade... Qual o interesse de transações de meia dúzia de ações sempre com quedas !!!
Sei que está a haver funcionários a serem contactados para rescisão de contratos, há movimentações no setor.
Talvez muito breve um comunicado nos esclareça das razões.
Desde fim de Janeiro que já se sabe que vai haver cortes, demorar tanto tempo é que não augura nada de bom. Estou dentro, a 0,102€, apenas por achar que vai ter de sair alguma coisa. Se é boa ou má não sei, espero que seja uma fusão ou compra de uma parte. Assim não se aguentam....
https://www.meiosepublicidade.pt/2025/0 ... -auditoria
Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
Artur Cintra
- Mensagens: 3127
- Registado: 17/7/2006 16:09
- Localização: Cascais
Re: Impresa - Tópico Geral
Posso estar errado, mas algo vai acontecer na Impresa nos próximos tempos. Tenho enviado e-mails para o gabinete de relacionamento com os mercados, as respostas que me dão são muito vagas.
No entanto quem acompanha a cotação da Impresa, vê que têm existido movimentos muito estranhos nos últimos meses, com que finalidade... Qual o interesse de transações de meia dúzia de ações sempre com quedas !!!
Sei que está a haver funcionários a serem contactados para rescisão de contratos, há movimentações no setor.
Talvez muito breve um comunicado nos esclareça das razões.
No entanto quem acompanha a cotação da Impresa, vê que têm existido movimentos muito estranhos nos últimos meses, com que finalidade... Qual o interesse de transações de meia dúzia de ações sempre com quedas !!!
Sei que está a haver funcionários a serem contactados para rescisão de contratos, há movimentações no setor.
Talvez muito breve um comunicado nos esclareça das razões.
- Mensagens: 3
- Registado: 26/1/2014 18:58
Re: Impresa - Tópico Geral
Será que alguém sabe o que ninguém deveria saber , bom tudo é possivel
- Mensagens: 334
- Registado: 28/11/2018 9:20
Re: Impresa - Tópico Geral
Bem Morinni era bom era que chega se aos 0,35€ vendia as minhas sem pestanejar, mas não deixa de ser algo estranho uma ordem dessa amplitude a esse valor.
Re: Impresa - Tópico Geral
Entretanto, é curioso este "estacionamento de pesados" nos 0,35...
Bons negócios,
morinni

Bons negócios,
morinni
- Mensagens: 105
- Registado: 27/12/2006 9:44
- Localização: CEC 2012
Re: Impresa - Tópico Geral
Boas!
Nada de novo por estas bandas, a não ser a única negociação, já em fecho, de 2 acções...
Gráfico semanal, onde esta última vela, com um mínimo nos 0,085, foi feita com recurso a 7.720 acções.
Nada de novo por estas bandas, a não ser a única negociação, já em fecho, de 2 acções...
Gráfico semanal, onde esta última vela, com um mínimo nos 0,085, foi feita com recurso a 7.720 acções.
- Mensagens: 105
- Registado: 27/12/2006 9:44
- Localização: CEC 2012
Re: Impresa - Tópico Geral
o Salario base do CEO creio que seja de 250,000 Euros. Que tenha reservas no banco (não ações da IPR).
Ele pode não estar preocupado com a cotação mas um dia destes pode ficar sem emprego dos bons.
Ele pode não estar preocupado com a cotação mas um dia destes pode ficar sem emprego dos bons.
Re: Impresa - Tópico Geral
Um mínimo feito com recurso a umas expressivas 7720 acções, cerca de 650 euros!!...
Na IPR, dada a baixíssima liquidez, é muito fácil com uns trocos "brincar" com a cotação.
E desde sexta passada, com todo este tombar dos mercados, tardava em não haver "mexidas" por estas bandas!
E, supostamente, há quem esteja interessado em a manter nestes patamares, mas sem as entregar.
Uma ordem de 1000k esteve pouco tempo como "tampão" nos 0,10€, sendo retirada logo que a cotação subiu!
Nada de novo por aqui e, como refere o Carlosdsousa, o valor da cotação é indiferente para a administração.
A ver vamos, como diria o ceguinho!
Bons negócios!
morinni

Na IPR, dada a baixíssima liquidez, é muito fácil com uns trocos "brincar" com a cotação.
E desde sexta passada, com todo este tombar dos mercados, tardava em não haver "mexidas" por estas bandas!
E, supostamente, há quem esteja interessado em a manter nestes patamares, mas sem as entregar.
Uma ordem de 1000k esteve pouco tempo como "tampão" nos 0,10€, sendo retirada logo que a cotação subiu!
Nada de novo por aqui e, como refere o Carlosdsousa, o valor da cotação é indiferente para a administração.
A ver vamos, como diria o ceguinho!
Bons negócios!
morinni
- Mensagens: 105
- Registado: 27/12/2006 9:44
- Localização: CEC 2012
Re: Impresa - Tópico Geral
Lusitanus Escreveu:Em 14/01/2025:Lusitanus Escreveu:
Suponho que a cotação visitará a casa dos 9 cêntimos, podendo, mesmo, tocar na casa dos oito cêntimos, porque, penso, o mercado tentará instalar o desespero e o pânico na negociação deste título. Abaixo dos 8-9 cêntimos é o abismo. Por isso, a cotação, se tocar a casa dos 8-9 cêntimos, perante o abismo, talvez suba alguma coisa. Quanto? Não faço a mínima ideia!
Hoje novo mínimo histórico: 0,085 euro!!!
Que drama



- Mensagens: 864
- Registado: 15/1/2008 23:45
Re: Impresa - Tópico Geral
Em 14/01/2025:
Hoje novo mínimo histórico: 0,085 euro!!!
Lusitanus Escreveu:
Suponho que a cotação visitará a casa dos 9 cêntimos, podendo, mesmo, tocar na casa dos oito cêntimos, porque, penso, o mercado tentará instalar o desespero e o pânico na negociação deste título. Abaixo dos 8-9 cêntimos é o abismo. Por isso, a cotação, se tocar a casa dos 8-9 cêntimos, perante o abismo, talvez suba alguma coisa. Quanto? Não faço a mínima ideia!
Hoje novo mínimo histórico: 0,085 euro!!!
Re: Impresa - Tópico Geral
Boas
O que está a acontecer á cotação da Impresa, não afeta a administração. Eles tem o ordenado e prêmios deles, e devem ser simpáticos.
Ter a cotação a 5... 10... 30 cêntimos não afeta a administração.
cumprimentos
O que está a acontecer á cotação da Impresa, não afeta a administração. Eles tem o ordenado e prêmios deles, e devem ser simpáticos.
Ter a cotação a 5... 10... 30 cêntimos não afeta a administração.
cumprimentos
Re: Impresa - Tópico Geral
A acontecer que seja rápido, o desfalque já está feito e cada dia que passa contando com a estabilidade atual dos mercados pior é para a IMPRESA, estamos mesmo num precipício sem fundo se nada for feito.
Re: Impresa - Tópico Geral
Será que a Impresa aguenta mais do que esta semana?
Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
Artur Cintra
- Mensagens: 3127
- Registado: 17/7/2006 16:09
- Localização: Cascais
Re: Impresa - Tópico Geral
Tal como venho a dizer um dia destes acordamos e está feito para mim vai acontecer algo parecido com o que aconteceu com a cofina , adivinhar é proibido vamos ver o que acontece
- Mensagens: 334
- Registado: 28/11/2018 9:20
Re: Impresa - Tópico Geral
Esta redução do Goodwill traz água no bico, algo deve estar para acontecer. Não vejo futuro sem ser uma aquisição ou uma fusão e isto pode ser exigência de terceiros.
Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
Artur Cintra
- Mensagens: 3127
- Registado: 17/7/2006 16:09
- Localização: Cascais
Re: Impresa - Tópico Geral
morinni Escreveu:Artigo do Página Um, que se diz reger pelas boas práticas do jornalismo de investigação imparcial, rigoroso e isento, deixa a desejar neste "escrutínio" à Impresa/SIC.
Em lado algum referiu que a grande parte da dívida da Impresa se deve à aquisição total da SIC, a qual já foi reduzindo para metade desde então.
Caso contrário a Impresa não seria dona da totalidade da SIC.
Isto faz parecer que se foi endividando ao longo dos tempos...
Com todos esses gráficos comparativos, falta o principal, o da redução sistemática da dívida desde 2005.
Bons negócios,
morinni
O problema da Impresa não é apenas a dívida (o passivo tem aumentado), é muito mais do que isso ...
Re: Impresa - Tópico Geral
Artigo do Página Um, que se diz reger pelas boas práticas do jornalismo de investigação imparcial, rigoroso e isento, deixa a desejar neste "escrutínio" à Impresa/SIC.
Em lado algum referiu que a grande parte da dívida da Impresa se deve à aquisição total da SIC, a qual já foi reduzindo para metade desde então.
Caso contrário a Impresa não seria dona da totalidade da SIC.
Isto faz parecer que se foi endividando ao longo dos tempos...
Com todos esses gráficos comparativos, falta o principal, o da redução sistemática da dívida desde 2005.
Bons negócios,
morinni
Em lado algum referiu que a grande parte da dívida da Impresa se deve à aquisição total da SIC, a qual já foi reduzindo para metade desde então.
Caso contrário a Impresa não seria dona da totalidade da SIC.
Isto faz parecer que se foi endividando ao longo dos tempos...
Com todos esses gráficos comparativos, falta o principal, o da redução sistemática da dívida desde 2005.
Bons negócios,
morinni
- Mensagens: 105
- Registado: 27/12/2006 9:44
- Localização: CEC 2012
Re: Impresa - Tópico Geral
Impresa à beira do precipício e a arrastar a SIC
Foi a galinha de ovos de ouro, depois passou a ser a vaca que dava leite; agora mostra mais ser uma ***** vampirizada até à última gota de sangue – este pode bem ser um possível retrato alegórico da SIC, a empresa televisiva da Impresa, e a história de uma ‘mãe’ que está a matar a ‘filha’.
Na semana passada, na divulgação dos resultados da Impresa, a holding controlada pela família Balsemão – embora com uma parte distribuída em bolsa – revelou que “face à evolução de determinadas actividades nos segmentos de Televisão e da Infoportugal” tinham revisto os valores dos activos, na componente do ‘goodwill’, implicando uma imparidade da ordem dos 60,7 milhões de euros. O impacte contabilístico foi brutal, adicionado a provisões de 5,3 milhões de euros: um prejuízo anual de 66,2 milhões de euros. De um ano para o outro, os capitais próprios da Impresa terão caído de valor cerca de 40%.
Porém, mais grave do que isso, para além dos sinais para o mercado de uma holding endividada, são os reflexos desta desvalorização. Em abono da verdade, a redução do goodwill da Impresa é uma diminuição de um valor que efectivamente nunca existir; era artificial. Isto porque o goodwill da holding Impresa – que antes desta revisão estava definido como valendo 251 milhões de euros – tinha sido ‘fabricado’.
De facto, a origem deste goodwill registado no balanço consolidado da Impresa não resultou de aquisições externas, nem de operações de expansão que tivessem trazido valor acrescentado ao grupo. Aquilo que a holding fez, ao longo dos anos, foi reavaliar internamente as suas próprias subsidiárias, em particular a SIC, atribuindo-lhes um valor superior ao seu valor contabilístico líquido e registando essa diferença como goodwill.
Para financiar estas operações internas de reestruturação e ‘compra’ das participadas, a Impresa recorreu a dívida bancária. Ou seja, criou-se um activo intangível assente em expectativas futuras, enquanto se aumentava o passivo financeiro com empréstimos que suportaram esta operação meramente contabilística. Agora, a imparidade de 60 milhões de euros reconhecida sobre esse goodwill revela aquilo que o mercado já pressentia: o grupo vale menos do que anunciava, e a principal fonte de valor, a SIC, está fragilizada, sem margem para sustentar por muito mais tempo uma holding que vive da sua exploração.
Durante anos, este goodwill’ da Impresa – completamente separado do valor dos activos intangíveis da SIC, que são de apenas cerca de 17 milhões – justificava-se pela capacidade dos canais televisivos fazerem dinheiro. E fizeram muito. Considerando os resultados da empresa SIC em 2024, os seus lucros acumulados desde 2019 são bastante expressivos: cerca de 69 milhões de euros. Porém, toda esta verba tem integralmente canalizada, como dividendos para a ‘casa-mãe’ Impresa, limitando a capacidade de novos investimentos ou mesmo a redução da própria dívida da SIC. Pior: apesar deste fluxo lucrativo, em forte queda nos últimos anos (em 2024, os lucros foram apenas de cerca de 25% dos de 2021), tem-se assistido ao aumento do passivo da SIC em mais de 50 milhões de euros, porque a ‘filha’ também empresta dinheiro ‘mãe’ e até lhe serve de ‘fiadora’.
O paradoxo é evidente. A SIC lucra, mas não capitaliza. Os lucros são integralmente drenados pela Impresa e, não restando liquidez na operadora de televisão, recorre-se à dívida bancária para manter a actividade corrente e financiar investimentos e sustentar a holding Impresa. A SIC faz dívida para pagar dividendos e ainda faz dívida para emprestar à sua própria accionista. O que deveria ser um ciclo virtuoso de criação e retenção de valor, transformou-se num círculo vicioso de endividamento crescente e dependência financeira, resultando na fragilização estrutural da SIC.
Esta é a realidade que os números expõem de forma clara e inequívoca. Ao longo dos últimos anos, a SIC foi sucessivamente espoliada dos seus resultados operacionais positivos para garantir a sobrevivência financeira da Impresa. A holding, esvaziada de actividade produtiva própria, não tem tido qualquer capacidade de gerar fluxos de caixa que não resultem da exploração directa da sua subsidiária.
A SIC é o pulmão e o coração financeiro da Impresa. Sem ela, a holding não viveria, até porque as portas dos bancos se fecharam desde 2017 – a partir desse ano praticamente não se registam fluxos de caixa provenientes de empréstimos bancários directos à Impresa. E assim, como qualquer organismo parasitário, a Impresa tem vindo a alimentar-se dos recursos da SIC sem nada devolver que reforce a vitalidade da sua operadora.
Excluindo ainda os lucros de 2024, note-se que os dividendos entregues à Impresa pela SIC – controlada pela família Balsemão – totalizam, entre 2019 e 2023, um total de 64,9 milhões de euros, uma soma considerável num sector pressionado pela quebra da publicidade televisiva tradicional e pela concorrência das plataformas de streaming. Ou seja, em vez de servir para reforçar o capital próprio da SIC, ou para amortizar a dívida bancária que, em Junho de 2024, atingiu 94,5 milhões de euros, esse valor foi integralmente entregue à ‘casa-mãe’, também controlada pela família Balsemão.
Como se não bastasse, uma vez que a própria SIC foi ainda forçada a conceder sucessivos empréstimos à Impresa (85 milhões de euros), com maturidade de dez anos e com reembolso apenas em 2029, isto significa que, no curto e médio prazo, tem imobilizados recursos significativos em favor de uma holding cuja única estratégia parece ser sugar o que resta do activo que detém. Além disso, não existem garantias de que o empréstimo de 85 milhões de euros seja devolvido à SIC.
Observando as demonstrações dos fluxos de caixa dos últimos anos, observa-se que a SIC tem sido o ‘banco’ da Impresa, à medida que os verdadeiros bancos fecham a porta pelo risco de incumprimento. Em 2017, a SIC emprestou à ‘mãe’ quase 10,3 mihõoes de euros em dinheiro vivo; em 2018 foram mais 48,8 milhões; em 2019 mais 45,8 milhões; em 2021 mais 1,1 milhões; e em 2023 quase três milhões. Só uma parte foi devolvida.
Este ciclo de extracção financeira gerou um paradoxo que salta à vista de qualquer análise, mas que parece escapar à gestão da Impresa: uma empresa que lucra, a SIC, não é já uma cadeira de televisões; serve para fazer fluir dinheiro para a holding, custe o que custar, mesmo que se endivide cada vez mais – até porque já ninguém empresta um tostão directamente à Impresa. Na verdade, observando as contas da empresa SIC, constata-se de imediato uma dependência crescente dos financiamentos externos, enquanto sustenta uma holding que nada parece fazer para aliviar a sua carga de dívidas e de custos.
O resultado é uma fragilização estrutural da SIC, que arrisca acabar com a existência tanto da principal subsidiária da família Balsemão como da holding, já condenada. O passivo total da SIC subiu de 123,4 milhões de euros em 2018 para 170,6 milhões de euros em Junho de 2024 – a Impresa não revela ainda o balanço do final do ano da sua subsidiária. Um agravamento de mais de 47,2 milhões de euros, não obstante a geração de lucros anuais e o reconhecimento contabilístico de uma operação que, em si mesma, continua a ser rentável. Esta dicotomia revela aquilo que é hoje a essência da relação entre a Impresa e a SIC: a primeira já não é uma holding no sentido clássico, mas sim um organismo dependente que parasita o seu activo produtivo até à exaustão.
Mas mesmo com a drenagem constante de recursos da SIC, nem a Impresa conseguiu travar o esvaziamento do seu património. O sinal mais visível do esgotamento do modelo parasitário reside na queda abrupta do capital próprio consolidado do grupo. De uma ‘folga patrimonial’ de 156 milhões de euros – se bem que algo ‘maquilhada’ –, a Impresa terá passado agora, com o reconhecimento da imparidade e consequentes prejuízos de 66,2 milhões de euros – para cerca de 96 milhões.
Além da queda abrupta do valor – com sinais forte de que o sector televisivo estará em crise –, a Impresa agravou fortemente os seus principais rácios. Embora não tenha ainda sido divulgado o passivo de 2023, a solvabilidade da Impresa anda pelas ruas da amargura. Além disso, como a maioria dos activos da Impresa são ‘artificiais’ – ou seja, são o tal ‘goodwill’ (que representava 71% do total em 2023) –, a confiança do mercado começa a aproximar do zero.
Aguardando-se ainda o relatório e contas final para o ano de 2024, a autonomia financeira da Impresa deverá agora rondar os 30%, algo que, em muitos sectores, mostra sinais de exposição excessiva à dívida. No caso da Impresa, trata-se de um indicador ainda mais preocupante, porque a holding não possui activos patrimoniais robustos, não gera cash flow operacional próprio e depende quase exclusivamente da SIC para sustentar as suas contas. A composição dos activos – dominada por intangíveis como o goodwill, agora desvalorizado – agrava o risco.
Em 2023, se se excluísse o goodwill, os activos da Impresa situavam-se em apenas em 110 milhões de euros, dos quais 22 milhões do edifício que recompraram em 2022 e que será vendido para dar liquidez. A parte restante distribui-se sobretudo por direitos de transmissão de programas 42,7 milhões de euros), créditos sobre clientes (21,8 milhões de euros) e dinheiros em caixa (13,2 milhões). Esta última parcela pode parecer imensa, mas não é: os custos operacionais em 2023 foram, em média, de quase 14,3 milhões de euros por mês, a que acresceu quase um milhão de euros de pagamentos de juros e outros custos financeiros.
Na verdade, se observamos as contas individuais da Impresa, antes da consolidação das contas das suas subsidiárias, a holding controlada pela família Balsemão é hoje financeiramente estéril, dependendo integralmente da liquidez gerada pela SIC para pagar os seus compromissos correntes, incluindo o serviço da sua própria dívida. A Impresa vive do que a SIC lhe transfere, não gera valor, nem contribui para a resiliência do grupo. Ou seja, reiterando o que se expôs, estamos perante um modelo de exploração financeira em que a Impresa actua como um parasita, retirando tudo o que pode da SIC sem garantir o seu futuro. E o futuro está a acabar.
https://www.paginaum.pt/2025/03/18/impr ... star-a-sic
Depois não se queixem!!!
Foi a galinha de ovos de ouro, depois passou a ser a vaca que dava leite; agora mostra mais ser uma ***** vampirizada até à última gota de sangue – este pode bem ser um possível retrato alegórico da SIC, a empresa televisiva da Impresa, e a história de uma ‘mãe’ que está a matar a ‘filha’.
Na semana passada, na divulgação dos resultados da Impresa, a holding controlada pela família Balsemão – embora com uma parte distribuída em bolsa – revelou que “face à evolução de determinadas actividades nos segmentos de Televisão e da Infoportugal” tinham revisto os valores dos activos, na componente do ‘goodwill’, implicando uma imparidade da ordem dos 60,7 milhões de euros. O impacte contabilístico foi brutal, adicionado a provisões de 5,3 milhões de euros: um prejuízo anual de 66,2 milhões de euros. De um ano para o outro, os capitais próprios da Impresa terão caído de valor cerca de 40%.
Porém, mais grave do que isso, para além dos sinais para o mercado de uma holding endividada, são os reflexos desta desvalorização. Em abono da verdade, a redução do goodwill da Impresa é uma diminuição de um valor que efectivamente nunca existir; era artificial. Isto porque o goodwill da holding Impresa – que antes desta revisão estava definido como valendo 251 milhões de euros – tinha sido ‘fabricado’.
De facto, a origem deste goodwill registado no balanço consolidado da Impresa não resultou de aquisições externas, nem de operações de expansão que tivessem trazido valor acrescentado ao grupo. Aquilo que a holding fez, ao longo dos anos, foi reavaliar internamente as suas próprias subsidiárias, em particular a SIC, atribuindo-lhes um valor superior ao seu valor contabilístico líquido e registando essa diferença como goodwill.
Para financiar estas operações internas de reestruturação e ‘compra’ das participadas, a Impresa recorreu a dívida bancária. Ou seja, criou-se um activo intangível assente em expectativas futuras, enquanto se aumentava o passivo financeiro com empréstimos que suportaram esta operação meramente contabilística. Agora, a imparidade de 60 milhões de euros reconhecida sobre esse goodwill revela aquilo que o mercado já pressentia: o grupo vale menos do que anunciava, e a principal fonte de valor, a SIC, está fragilizada, sem margem para sustentar por muito mais tempo uma holding que vive da sua exploração.
Durante anos, este goodwill’ da Impresa – completamente separado do valor dos activos intangíveis da SIC, que são de apenas cerca de 17 milhões – justificava-se pela capacidade dos canais televisivos fazerem dinheiro. E fizeram muito. Considerando os resultados da empresa SIC em 2024, os seus lucros acumulados desde 2019 são bastante expressivos: cerca de 69 milhões de euros. Porém, toda esta verba tem integralmente canalizada, como dividendos para a ‘casa-mãe’ Impresa, limitando a capacidade de novos investimentos ou mesmo a redução da própria dívida da SIC. Pior: apesar deste fluxo lucrativo, em forte queda nos últimos anos (em 2024, os lucros foram apenas de cerca de 25% dos de 2021), tem-se assistido ao aumento do passivo da SIC em mais de 50 milhões de euros, porque a ‘filha’ também empresta dinheiro ‘mãe’ e até lhe serve de ‘fiadora’.
O paradoxo é evidente. A SIC lucra, mas não capitaliza. Os lucros são integralmente drenados pela Impresa e, não restando liquidez na operadora de televisão, recorre-se à dívida bancária para manter a actividade corrente e financiar investimentos e sustentar a holding Impresa. A SIC faz dívida para pagar dividendos e ainda faz dívida para emprestar à sua própria accionista. O que deveria ser um ciclo virtuoso de criação e retenção de valor, transformou-se num círculo vicioso de endividamento crescente e dependência financeira, resultando na fragilização estrutural da SIC.
Esta é a realidade que os números expõem de forma clara e inequívoca. Ao longo dos últimos anos, a SIC foi sucessivamente espoliada dos seus resultados operacionais positivos para garantir a sobrevivência financeira da Impresa. A holding, esvaziada de actividade produtiva própria, não tem tido qualquer capacidade de gerar fluxos de caixa que não resultem da exploração directa da sua subsidiária.
A SIC é o pulmão e o coração financeiro da Impresa. Sem ela, a holding não viveria, até porque as portas dos bancos se fecharam desde 2017 – a partir desse ano praticamente não se registam fluxos de caixa provenientes de empréstimos bancários directos à Impresa. E assim, como qualquer organismo parasitário, a Impresa tem vindo a alimentar-se dos recursos da SIC sem nada devolver que reforce a vitalidade da sua operadora.
Excluindo ainda os lucros de 2024, note-se que os dividendos entregues à Impresa pela SIC – controlada pela família Balsemão – totalizam, entre 2019 e 2023, um total de 64,9 milhões de euros, uma soma considerável num sector pressionado pela quebra da publicidade televisiva tradicional e pela concorrência das plataformas de streaming. Ou seja, em vez de servir para reforçar o capital próprio da SIC, ou para amortizar a dívida bancária que, em Junho de 2024, atingiu 94,5 milhões de euros, esse valor foi integralmente entregue à ‘casa-mãe’, também controlada pela família Balsemão.
Como se não bastasse, uma vez que a própria SIC foi ainda forçada a conceder sucessivos empréstimos à Impresa (85 milhões de euros), com maturidade de dez anos e com reembolso apenas em 2029, isto significa que, no curto e médio prazo, tem imobilizados recursos significativos em favor de uma holding cuja única estratégia parece ser sugar o que resta do activo que detém. Além disso, não existem garantias de que o empréstimo de 85 milhões de euros seja devolvido à SIC.
Observando as demonstrações dos fluxos de caixa dos últimos anos, observa-se que a SIC tem sido o ‘banco’ da Impresa, à medida que os verdadeiros bancos fecham a porta pelo risco de incumprimento. Em 2017, a SIC emprestou à ‘mãe’ quase 10,3 mihõoes de euros em dinheiro vivo; em 2018 foram mais 48,8 milhões; em 2019 mais 45,8 milhões; em 2021 mais 1,1 milhões; e em 2023 quase três milhões. Só uma parte foi devolvida.
Este ciclo de extracção financeira gerou um paradoxo que salta à vista de qualquer análise, mas que parece escapar à gestão da Impresa: uma empresa que lucra, a SIC, não é já uma cadeira de televisões; serve para fazer fluir dinheiro para a holding, custe o que custar, mesmo que se endivide cada vez mais – até porque já ninguém empresta um tostão directamente à Impresa. Na verdade, observando as contas da empresa SIC, constata-se de imediato uma dependência crescente dos financiamentos externos, enquanto sustenta uma holding que nada parece fazer para aliviar a sua carga de dívidas e de custos.
O resultado é uma fragilização estrutural da SIC, que arrisca acabar com a existência tanto da principal subsidiária da família Balsemão como da holding, já condenada. O passivo total da SIC subiu de 123,4 milhões de euros em 2018 para 170,6 milhões de euros em Junho de 2024 – a Impresa não revela ainda o balanço do final do ano da sua subsidiária. Um agravamento de mais de 47,2 milhões de euros, não obstante a geração de lucros anuais e o reconhecimento contabilístico de uma operação que, em si mesma, continua a ser rentável. Esta dicotomia revela aquilo que é hoje a essência da relação entre a Impresa e a SIC: a primeira já não é uma holding no sentido clássico, mas sim um organismo dependente que parasita o seu activo produtivo até à exaustão.
Mas mesmo com a drenagem constante de recursos da SIC, nem a Impresa conseguiu travar o esvaziamento do seu património. O sinal mais visível do esgotamento do modelo parasitário reside na queda abrupta do capital próprio consolidado do grupo. De uma ‘folga patrimonial’ de 156 milhões de euros – se bem que algo ‘maquilhada’ –, a Impresa terá passado agora, com o reconhecimento da imparidade e consequentes prejuízos de 66,2 milhões de euros – para cerca de 96 milhões.
Além da queda abrupta do valor – com sinais forte de que o sector televisivo estará em crise –, a Impresa agravou fortemente os seus principais rácios. Embora não tenha ainda sido divulgado o passivo de 2023, a solvabilidade da Impresa anda pelas ruas da amargura. Além disso, como a maioria dos activos da Impresa são ‘artificiais’ – ou seja, são o tal ‘goodwill’ (que representava 71% do total em 2023) –, a confiança do mercado começa a aproximar do zero.
Aguardando-se ainda o relatório e contas final para o ano de 2024, a autonomia financeira da Impresa deverá agora rondar os 30%, algo que, em muitos sectores, mostra sinais de exposição excessiva à dívida. No caso da Impresa, trata-se de um indicador ainda mais preocupante, porque a holding não possui activos patrimoniais robustos, não gera cash flow operacional próprio e depende quase exclusivamente da SIC para sustentar as suas contas. A composição dos activos – dominada por intangíveis como o goodwill, agora desvalorizado – agrava o risco.
Em 2023, se se excluísse o goodwill, os activos da Impresa situavam-se em apenas em 110 milhões de euros, dos quais 22 milhões do edifício que recompraram em 2022 e que será vendido para dar liquidez. A parte restante distribui-se sobretudo por direitos de transmissão de programas 42,7 milhões de euros), créditos sobre clientes (21,8 milhões de euros) e dinheiros em caixa (13,2 milhões). Esta última parcela pode parecer imensa, mas não é: os custos operacionais em 2023 foram, em média, de quase 14,3 milhões de euros por mês, a que acresceu quase um milhão de euros de pagamentos de juros e outros custos financeiros.
Na verdade, se observamos as contas individuais da Impresa, antes da consolidação das contas das suas subsidiárias, a holding controlada pela família Balsemão é hoje financeiramente estéril, dependendo integralmente da liquidez gerada pela SIC para pagar os seus compromissos correntes, incluindo o serviço da sua própria dívida. A Impresa vive do que a SIC lhe transfere, não gera valor, nem contribui para a resiliência do grupo. Ou seja, reiterando o que se expôs, estamos perante um modelo de exploração financeira em que a Impresa actua como um parasita, retirando tudo o que pode da SIC sem garantir o seu futuro. E o futuro está a acabar.
https://www.paginaum.pt/2025/03/18/impr ... star-a-sic
Depois não se queixem!!!
Re: Impresa - Tópico Geral
novato Escreveu:https://eco.sapo.pt/2025/03/17/impresa-comercializa-em-exclusivo-samsung-ads-em-portugal/?fbclid=IwZXh0bgNhZW0CMTEAAR2eaM2QzQWe6GSAlNwTpjakf6qDDcGhr_rs87pOrTzsQwpNMjGgxZZcyq4_aem_URMjEGpRSyc5EaooSP4N3Ai
https://eco.sapo.pt/2025/03/18/impresa- ... ato-lider/
Mais dois factores positivos, para alguem olhar para ela de fora e querer "agarrar"...
DENTRO E SEM PRESSAS

- Mensagens: 478
- Registado: 30/3/2003 22:07
- Mensagens: 478
- Registado: 30/3/2003 22:07
Re: Impresa - Tópico Geral
Edifício-sede da Impresa vai servir pela terceira vez como "activo especulativo"
https://www.paginaum.pt/2025/03/13/edif ... peculativo
Mais um balão de oxigénio para a Impresa ...
https://www.paginaum.pt/2025/03/13/edif ... peculativo
Mais um balão de oxigénio para a Impresa ...