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Políticas para Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 18/6/2021 13:50

PMP69 Escreveu:
E o "Gabinete de apoio à presidência" vai passar a chamar-se "Divisão de expediente", logo, problema resolvido, siga a festa.
E o concurso para a escolha do novo "porteiro" é feito desta maneira totalmente independente :twisted:

Concursos ‘viciados’ em 69% das nomeações para cargos de topo no Estado

Análise às nomeações do Governo desde 2019 mostra que sete em cada dez dos escolhidos já ocupavam o cargo em regime de substituição. Na maioria dos casos, há mais de um ano

Dar primazia ao mérito e despolitizar os cargos de topo na Administração Pública, através da seleção por concursos independentes. Foram estes os objetivos que nortearam a criação da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap), no final de 2011. Propósitos que podem estar em causa. A grande maioria dos dirigentes de topo nomeados pelo Governo, após passar o crivo da Cresap, já ocupava o cargo em regime de substituição. Um regime através do qual o Executivo pode nomear diretamente e que, apesar de ter natureza temporária, muitas vezes se prolonga por mais de um ano.

O Expresso analisou os 68 procedimentos concursais para dirigente superior da Administração Pública lançados pela Cresap, desde o início de 2019 e já concluídos com nomeação pelo Governo. Este período de dois anos e meio abrange a reta final da primeira legislatura do Governo PS de António Costa já que muitas vezes os concursos se prolongam e, embora abertos na anterior legislatura, parte das nomeações foram feitas já na atual. Os resultados indicam que em 69,1% dos casos o dirigente que acabou por ser nomeado pelo Governo tinha estado a ocupar a função para que se candidatou em regime de substituição. Mais ainda, destes, em 83% dos casos os dirigentes estiveram em regime de substituição durante mais de um ano, contando até à data da publicação da nomeação em “Diário da República”.

https://expresso.pt/economia/2021-06-17 ... o-b971f0b2
 
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Re: Políticas para Portugal

por PMP69 » 18/6/2021 13:43

Caramelo Escreveu:Agora que o "porteiro" já foi demitido, já nos podemos voltar a concentrar no que é importante... a bola :mrgreen:

O país onde a responsabilidade morreu

A ignorância, nesta matéria, não é desculpa para um responsável político. Porque a ignorância é já, ela própria, uma falta grave, uma vez que sugere o exercício deficiente do cargo.

Quase no mesmo momento em que Fernando Medina trespassava todas as responsabilidades aos funcionários camarários, o cardeal Reinhard Marx demitia-se por causa do escândalo da pedofilia na igreja católica. O Cardeal não esteve envolvido em qualquer caso. Mas entendeu que a hierarquia da igreja tinha de “partilhar a responsabilidade” dos abusos e do encobrimento. Porquê? Porque não derivavam de um lapso ou de um erro ocasional, mas haviam sido “sistemáticos”. Tinham, portanto, uma dimensão institucional.

Não vou, como é óbvio, supor que o Cardeal possa servir de exemplo a Fernando Medina. O Cardeal vive num mundo em que a responsabilidade existe. Não é o caso de Fernando Medina, cujo partido, ao longo de vinte e cinco anos, se alguma coisa inovou na cultura política portuguesa, foi abolir, em benefício próprio, a noção de responsabilidade política. Há um rosário de situações – Pedrógão-Grande, Tancos, ou o descontrole sanitário que fez de Portugal, em termos relativos, um dos maiores cemitérios de Covid do mundo – para ilustrar a nova regra.

De cada vez, os ministros negaram sempre responsabilidades e agarraram-se aos cargos para além de toda a decência. A recusa da responsabilidade está no cerne deste poder socialista.

https://observador.pt/opiniao/o-pais-on ... de-morreu/



E o "Gabinete de apoio à presidência" vai passar a chamar-se "Divisão de expediente", logo, problema resolvido, siga a festa.

Pedro
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Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 18/6/2021 13:35

Agora que o "porteiro" já foi demitido, já nos podemos voltar a concentrar no que é importante... a bola :mrgreen:

O país onde a responsabilidade morreu

A ignorância, nesta matéria, não é desculpa para um responsável político. Porque a ignorância é já, ela própria, uma falta grave, uma vez que sugere o exercício deficiente do cargo.

Quase no mesmo momento em que Fernando Medina trespassava todas as responsabilidades aos funcionários camarários, o cardeal Reinhard Marx demitia-se por causa do escândalo da pedofilia na igreja católica. O Cardeal não esteve envolvido em qualquer caso. Mas entendeu que a hierarquia da igreja tinha de “partilhar a responsabilidade” dos abusos e do encobrimento. Porquê? Porque não derivavam de um lapso ou de um erro ocasional, mas haviam sido “sistemáticos”. Tinham, portanto, uma dimensão institucional.

Não vou, como é óbvio, supor que o Cardeal possa servir de exemplo a Fernando Medina. O Cardeal vive num mundo em que a responsabilidade existe. Não é o caso de Fernando Medina, cujo partido, ao longo de vinte e cinco anos, se alguma coisa inovou na cultura política portuguesa, foi abolir, em benefício próprio, a noção de responsabilidade política. Há um rosário de situações – Pedrógão-Grande, Tancos, ou o descontrole sanitário que fez de Portugal, em termos relativos, um dos maiores cemitérios de Covid do mundo – para ilustrar a nova regra.

De cada vez, os ministros negaram sempre responsabilidades e agarraram-se aos cargos para além de toda a decência. A recusa da responsabilidade está no cerne deste poder socialista.

https://observador.pt/opiniao/o-pais-on ... de-morreu/
 
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard » 18/6/2021 13:11

Num dia que está a ser negro fui a ver a entrevista de um filósofo grande muito mais que 100 livros escritos uma homem de esquerda continuar ser , diz que a esquerda ê que mudou :

« Con­ti­nu­as a re­pe­tir que a nos­sa ci­vi­li­za­ção es­tá con­de­na­da. En­tão, por que es­cre­ver es­te li­vro de trans­mis­são di­ri­gi­do a jo­vens com 20 anos ?

Par­ce que no Ti­ta­nic, qu­an­do foi anun­ci­a­do pe­lo ca­pi­tão que o na­vio iria afun­dar, era tu­do o mes­mo ne­ces­sá­rio pa­ra vi­ver o nau­frá­gio. En­tão não va­lia a pena guin­char... O que nos res­ta nes­tes ca­sos é afun­dar ele­gan­te­men­te. O bar­co afun­da a cer­ta al­tu­ra, ti­ra - nos tu­do, mas, pe­lo me­nos, mor­re­mos vi­vos. Qu­e­ro mor­rer vi­vo en­qu­an­to o bar­co se afun­da nas on­das. Es­pe­ro que aque­les que vi­ve­rão mais do que eu es­te flu­xo dan­tes­co da nos­sa ci­vi­li­za­ção te­nham as­sim um cor­di­al útil. »
 
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Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 17/6/2021 21:10

Porta Medina

Quando olhamos para trás percebemos que Fernando Medina pode bem estar de saída, desde logo porque nunca entrou muito. Com casos desta gravidade, a porta está aberta...

Fernando Medina tem sido um presidente da Câmara discreto, com pouco desgaste e beneficiando de muito embalo das circunstâncias. Passou a presidente-titular, saltando do banco, depois de António Costa ter saído para assumir a liderança do Partido Socialista. Nas primeiras eleições que travou em 2017, Medina perdeu a larga maioria que o PS tinha em Lisboa (dos 11 mandatos de António Costa em 17 possíveis, Fernando Medina passou para 8). Numa altura em que enfrenta uma forte contestação, vale a pena olhar para o seu trajeto, para responder à pergunta sobre o seu futuro.

A carreira política de Medina emergiu sempre da sombra e nunca como protagonista primeiro.

No Governo de Sócrates foi secretário de Estado em duas áreas pela mão do mesmo ministro. Começou no Emprego, numa altura em que o desemprego teve um enorme crescimento (entre 2005 e 2009 o desemprego cresceu quase 25%). Mais tarde, continuaria a ser conduzido por José Vieira da Silva – o seu ministro-padrinho –, e assumiria a pasta dos fundos europeus, onde por exemplo autorizou o polémico empreendimento ZMAR de Odemira: um parque de campismo numa zona de reserva agrícola, que já falido e depois de ter absorvido dezenas de milhões de euros do financiamento europeu e nacional, viria a chocar o país.

Quando o PS entrava em declínio e procurava protagonistas para o seu futuro, foi escolhido para suceder a João Tiago Silveira como porta-voz. Fez a defesa de Sócrates quanto pode até à perda das eleições. Em 2017, pediu ao mesmo Sócrates para entrar na campanha em Lisboa a seu favor. Viria a dizer mais tarde que o seu primeiro-ministro (de quem foi porta-voz) e o seu apoiante (a quem pediu para fazer campanha), José Sócrates envergonhava a democracia.

Na Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina herda a equipa de António Costa. Daquilo que herdou pouco resta. Uns porque foram para o Governo – caso do Duarte Cordeiro –, outros por razões pouco esclarecidas – como é o caso de Manuel Salgado (que saiu de vereador, mas que continua a trabalhar com Fernando Medina). A equipa que permanece é pouco mais do que um pano velho remendado. Entre saídas e entradas já vai nos suplentes da lista e áreas há que não estão sequer atribuídas. Por exemplo a do Desporto, num ano em que Lisboa é a capital europeia do desporto (alguém sabia?). Fernando Medina não fez equipa. Não se lhe conhece um número dois, não se sabe em quem se apoia para além da TVI e de Manuel Salgado (este em segredo).

Em termos políticos, Fernando Medina não suscita grandes emoções nem a favor nem contra. Como não suscitam habitualmente as sombras. Era considerado o mais que provável candidato vencedor nas próximas eleições de Lisboa, porque sim. Como sucede com aqueles sonos prolongados que nos arrastam sem que saibamos porque não lhes queremos resistir.

Os sobressaltos recentes, porém, podem ter o efeito de nos acordar desta preguiça.

Sim, o caso da gestão da festa do Sporting foi paradigmático. Antes Medina fazia a festa. A coisa correu mal e Medina não existe, nem tinha de existir. A falta de planeamento elementar – claro que seria possível e desejável festejar, mas com ordem e organização – teve e está a ter consequências desastrosas, ao nível da saúde e da economia, para a cidade e para o país. Medina, sim, é responsável e, sim, temos em Portugal de nos habituar a exigir responsabilidades a quem as tem.

O caso da informação dos manifestantes russos é também revelador. Em 24 horas, o presidente da Câmara tem três intervenções e tenta ‘matar’ o assunto. Primeiro, diz em comunicado escrito que os procedimentos foram alterados em Abril. No dia seguinte, à hora de almoço, Medina diz que deu ordem nesse dia (’hoje mesmo’) para alterar o procedimento (deixariam de ser notificadas outras entidades para além da PSP e do MAI), à noite anuncia uma auditoria para avaliar o passado. Sabemos já que pelo meio não disse toda a verdade (a Câmara comunicou com as embaixadas mesmo quando não eram o local das manifestações). Aqui como no caso Sporting, a técnica de adormecimento é sempre a mesma e chama-se auditoria.

O que aconteceu nestes dois casos é muito grave e coloca em perigo de vida de pessoas e a imagem da cidade e de Portugal no mundo. Muitos outros houve e há, mas não tínhamos disponibilidade para os ouvir. Mas ao determo-nos nestes perguntamos: e Medina?

Quando olhamos para trás – para a carreira, para o mandato, para a personalidade política – percebemos que Fernando Medina pode bem estar de saída, desde logo porque nunca entrou muito. E quem não entra muito, está sempre um pouco de fora. Com casos desta gravidade, a porta está aberta.

https://sol.sapo.pt/artigo/737661/porta-medina
 
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 17/6/2021 16:52

...
Editado pela última vez por BearManBull em 25/6/2021 0:49, num total de 1 vez.
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 17/6/2021 12:12

...
Editado pela última vez por BearManBull em 25/6/2021 0:49, num total de 1 vez.
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 17/6/2021 10:19

...
Editado pela última vez por BearManBull em 25/6/2021 0:49, num total de 1 vez.
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
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Re: Políticas para Portugal

por PXYC » 16/6/2021 18:40

Opcard Escreveu:A O Global Corruption Barometer, divulga uma sondagem perante outras sondagem da votação dos portugueses algo não bate certo , ou para os portugueses ser corrupto é uma qualidade .


« Quase 90% dos portugueses acredita que há corrupção no Governo e mais de 50% considera que o Governo está a falhar na luta contra a corrupção

https://transparencia.pt/quase-90-dos-p ... corrupcao/


Não significa que seja uma qualidade, mas significa que qualquer partido é corrupto, ou que a corrupção não é punível, e por tal não vale como critério. 8-)
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard » 16/6/2021 11:14

A O Global Corruption Barometer, divulga uma sondagem perante outras sondagem da votação dos portugueses algo não bate certo , ou para os portugueses ser corrupto é uma qualidade .


« Quase 90% dos portugueses acredita que há corrupção no Governo e mais de 50% considera que o Governo está a falhar na luta contra a corrupção

https://transparencia.pt/quase-90-dos-p ... corrupcao/
 
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Re: Políticas para Portugal

por djovarius » 15/6/2021 23:41

Fazendo aqui um pouco de comédia, a propósito do Euro 2020:

É uma bazuka, ye, é uma bazuka, ye, é uma bazuka que ninguém pode parar…

Na verdade, com estes juros de 0,1%, podem fazer bazukas ilimitadas.

Só vai parar com grande inflação, é assim !!!

Abraço

dj
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Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 15/6/2021 23:00

Afinal… estava enganado, dá mais uns quantos tachos, há que aproveitar a basuka enquanto durar :-k

https://www.jn.pt/nacional/marcelo-prom ... 39812.html
 
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Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 15/6/2021 21:17

É isto, durante os próximos dias não dá mais :cry:
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Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 12/6/2021 14:40

Medina e os russos: é assim Portugal, e ninguém leva a mal

“No dia 24 de Junho de 2019 – ou seja, há dois anos –, os jornais Sol e i e a RTP publicaram uma notícia intitulada “Activistas acusam Câmara de Lisboa de estar ‘de cócoras perante Israel’”.

Nesses artigos, membros do Comité de Solidariedade com a Palestina acusavam, em comunicado, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) de reenviar para a embaixada israelita o aviso de que iriam levar a cabo uma manifestação no dia 26.

Os activistas pró-Palestina afirmavam, preto no branco, que se tratava de “uma atitude de autêntica delação da CML”, e que se ocorresse “qualquer atentado” contra participantes provocado pelos “esbirros da Mossad”, o presidente da autarquia, Fernando Medina, seria “pessoalmente” responsabilizado.

Repito: isto foi há dois anos. (…)

É preciso uma dose cavalar de irrelevância auto-infligida para tratar este assunto como um erro infeliz ou um procedimento burocrático, que depois se sana com um pedido de desculpas e uma auditoria interna.

O problema da não demissão de Medina não está apenas na incapacidade de ele assumir a responsabilidade política por um caso gravíssimo.

O problema está em que a não demissão demonstra a pouca importância que atribuímos ao país, aos seus princípios e aos seus valores. (…)

Se um caso destes tivesse acontecido em Inglaterra ou na Alemanha, no dia seguinte não haveria apenas gente demitida – possivelmente, haveria gente presa.

Mas nós assimilámos a nossa própria menoridade. (…)

Isto é John le Carré na Mouraria, após emborcar uma dúzia de ginjinhas de penalty.

Há manifestações contra Israel? Entregamos a lista dos organizadores palestinianos.

Contra a China? Aqui vão as moradas dos imigrantes chineses.

Contra a Venezuela? Eis os malvados que não apreciam computadores Magalhães.

Passámos uma semana a falar das celebrações dos 50 anos do 25 de Abril, e vai-se a ver, os mesmos que andaram a encher a boca com a importância da democracia, estão agora a desvalorizar o facto de a CML ter práticas dignas do Estado Novo.

É isto Portugal. E ninguém leva a mal.”

https://www.publico.pt/2021/06/12/opini ... al-1966193

E tudo isto com o alto patrocínio do apurador-mor :-" :shame:
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard » 12/6/2021 12:01

O povo é a parte boa , pode não é ser capaz de pensar pela sua cabeça quando é limitado pelo bombardeamento ideológico do sistema .

Ontem na SIC notícias hoje no expresso Francisco Louçã: “Os pedidos de demissão de Medina são uma espécie de brincadeira ”

Este Louça teria pedido a prisão do presidente da câmara de Lisboa se ele fosse de direita .

A quase globalidade do país da escola a imprensa é dominada por gente deste calibre , pobre povo massacrado e confuso e depois é pobre .

Juntado os que vivem da máquina socialista com que precisam de uma esmola mensal , dá maioria .
 
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Re: Políticas para Portugal

por Minsk » 12/6/2021 11:19

rg7803 Escreveu:Muita gente não entende o sucesso de Costa e restante pandilha. Pata mim é relativamente intuitivo: o governo Passos Coelho, embora muito distante do brilhantismo que agora lhe apregoam, foi de facto diferente, substancialmente diferente dos modelos de governação que lhe antecederam. E foi diferente - aqui a minha opinião pessoal - por vontade imposta, não por vontade própria. De forma imposta ou não, o modelo aplicado obrigou a mudanças sérias no modo de vida de boa parte da população portuguesa, culturalmente conformada, desinformada e pouco dada a mudanças, que dessa vez fruto dos cortes impostos teve "necessariamente de se mexer". O português médio é inerte, letárgico e só se mexe por necessidade ou o coação; daí o sucesso da nossa emigração.

Se uma parte de nós entendeu essa mudança como positiva e necessária, a grande maioria silenciosa dos "estado-dependentes" que descrevi num post umas semanas atrás (cerca de 40% da população que vive da transferência riqueza do Estado para si directamente ou via familiares) ficou perturbada com esses tempos e ansiosa pelo regresso ao velho normal, pobre mas pouco exigente. Para um político hábil como o nosso primeiro, de discurso fácil e resposta pronta, a partir do momento em que ganhou o poder tornou-o permanente. A distribuição de migalhas aos pobres, mantendo essa dependência estrutural entre Estado e população praticamente iliterata irá mantê-lo por muito tempo, salvo se o poder seja perdido por erosão interna (no PS) ou grande cataclismo económico.

Bom fim semana.
RG


É exactamente isso RG, não poderia concordar mais.
Entre verdades incomodas e mentiras reconfortantes, a população portuguesa prefere sem dúvida a segunda. Daí as mudanças, sem dúvida que forçadas, trazidas por Passos Coelho sejam vistas como o degredo. Para uma população iletrada, acomodada e letárgica as migalhas e o sofrível são preferíveis ao risco de algo melhor.
Pessoas como nós, sabemos perfeitamente o resultado a longo prazo, já vimos o filme várias vezes. Os barcos de leste que até há uns anos estavam bem atrás na regata, já passaram à frente e daqui a uns tempos nem de binóculos.
Quando um dia, a ferros e a seco for preciso mudar a sério, muitos hipócritas vão jurar que nunca votaram neste regime de impostocracia e pobreza. Afinal de contas, a desresponsabilização é o verdadeiro desporto nacional!
 
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard » 12/6/2021 7:40

Assim a destruição será mais rápida …Acrescentar ao que escrevi neste novo mundo o que mais traumatiza é castigar os melhores e brilhantes alunos …o lugar é para os últimos em nome do inclusivo .

“ Es­tes ex­ce­len­tes alu­nos que Par­cour­sup dei­xa

Do­ta­dos de ex­ce­len­tes re­gis­tos, os es­tu­dan­tes ter­mi­nais que re­ce­be­ram ape­nas res­pos­tas ne­ga­ti­vas ques­ti­o­nam os mé­to­dos de se­lec­ção.

Le Figaro, França
En­tre os 931.000 can­di­da­tos que aguar­dam atri­bui­ção pa­ra o pró­xi­mo ano, mui­to bons es­tu­dan­tes es­tão de­ses­pe­ra­dos pa­ra ver seus es­for­ços re­com­pen­sa­dos. Ape­sar das ex­ce­len­tes no­tas e críticas, elas atu­al­men­te não são re­ce­bi­das por ne­nhu­ma ins­ti­tui­ção de sua es­co­lha na pla­ta­for­ma de ori­en­ta­ção su­pe­ri­or, cu­ja ope­ra­ção con­ti­nua a des­per­tar raiva e an­gús­tia.

En­si­no su­pe­ri­or " não en­ten­do.Axel­le Fi­net, 17 anos, é a pri­mei­ra em sua clas­se no ter­mi­nal "eli­te" do Ly­cée Car­not, em Pa­ris.
Após anos de sa­cri­fí­ci­os, Axel­le não te­ve ne­nhu­ma das do­ze pre­pas HEC so­li­ci­ta­das. Re­cu­sou-se a Hen­ri IV e Jan­son-de­Sailly, ela pen­sou que es­ta­va "lon­ge de­mais" nas lis­tas de es­pe­ra em Sain­te-Croix ou Pic­pus. "Per­gun­to - me so­bre o meu fu­tu­ro. O que me res­ta ? Pre­pa­ra­ção par­ti­cu­lar ? Mas é mui­to ca­ro", diz ela, de­si­lu­di­do…”



Opcard Escreveu:Eles entretém o povo com o voto mas o verdadeiro poder não está lá o futuro está traçado por tribunais nacionais , europeus e internacionais , tratados e convenções internacionais não ha caminho fora é ilegal ( o estado de direito tem tudo lá dentro e ninguém deve estar contra )

Muitos protestam contra a actual situação sem ver onde vem o poder ,na prática nada pode mudar a governação tem de ser progressista mesmo que ganhe alguém da direita radical ‘

O que decide o futuro da sociedade está na mão de uns poucos há dezenas de exemplos onde conta desde as fronteiras a questões de sociedade .

Mesmo que 80% do povo esteja a favor .
Dou 2 exemplos recente da última semana a ministra educação francesa tentou controlar o extremismo "Islamo-esquerdista" nas universidades terá agora de se explicar ao Conselho de Estado.

Frédérique Vidal ministra do ensino tinha recebido o apoio da grande maioria dos franceses, como demonstrou nossa pesquisa, e dos ministros Gérald Darmanin e Jean-Michel Blanquer, essa proposta logo se transformou em polêmica no meio acadêmico.”
Ler:
https://www.lefigaro.fr/politique/islam ... t-20210611


Outro exemplo nas manifestações há umas centenas de tipos vestidos de negro cara tapada com mochilas com martelos fazem a confusão queima carros …para outras partir montras e roubar

A polícia francesa consegue controlar a situação numa nova técnica , faz parar uma parte da manifestação onde nota uma grande presença desta gentes consegue prender alguns , depois soltos em tribunal , temos decisão :

Conselho de Estado considera a técnica de "armadilha" ilegal durante manifestações

https://www.lci.fr/justice-faits-divers ... 88404.html
 
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Re: Políticas para Portugal

por rg7803 » 12/6/2021 6:51

O aconteceu na CML com a transmissão de dados pessoais foi muito grave como alguém comentou mas invariavelmente não deve produzir resultados prácticos, não haverá assumir de responsabilidade, ficará tudo como está.

Na verdade as pessoas não se interessam, acham interessante o conceito democracia, mas cansativo ter de defender essa mesma democracia. Por teste partilhei numa rede social este tema, sob forma de notícia, a que acrescentei uma ou duas linhas como comentário. As respostas foram incipientes. Ninguém quer saber, aliás o Europeu começou ontem e isso é mais importante.

Experimentem perguntar aos vossos amigos, colegas, familiares próximos o que significa "holodomor" ou sobre o que trata o livro "arquipélago gulag". Ninguém sabe nada, não fazem puto ideia de nada; pensam que é o novo jogador para o Jesus.

Este é o novo normal. Sou democrata mas não vou votar. Sou ambientalista mas mudo o guarda-roupa a cada trimestre, troco telemóvel tantas vezes como me apetece. Sou patriota porque adoro a selecção de futebol.

Muita gente não entende o sucesso de Costa e restante pandilha. Pata mim é relativamente intuitivo: o governo Passos Coelho, embora muito distante do brilhantismo que agora lhe apregoam, foi de facto diferente, substancialmente diferente dos modelos de governação que lhe antecederam. E foi diferente - aqui a minha opinião pessoal - por vontade imposta, não por vontade própria. De forma imposta ou não, o modelo aplicado obrigou a mudanças sérias no modo de vida de boa parte da população portuguesa, culturalmente conformada, desinformada e pouco dada a mudanças, que dessa vez fruto dos cortes impostos teve "necessariamente de se mexer". O português médio é inerte, letárgico e só se mexe por necessidade ou o coação; daí o sucesso da nossa emigração.

Se uma parte de nós entendeu essa mudança como positiva e necessária, a grande maioria silenciosa dos "estado-dependentes" que descrevi num post umas semanas atrás (cerca de 40% da população que vive da transferência riqueza do Estado para si directamente ou via familiares) ficou perturbada com esses tempos e ansiosa pelo regresso ao velho normal, pobre mas pouco exigente. Para um político hábil como o nosso primeiro, de discurso fácil e resposta pronta, a partir do momento em que ganhou o poder tornou-o permanente. A distribuição de migalhas aos pobres, mantendo essa dependência estrutural entre Estado e população praticamente iliterata irá mantê-lo por muito tempo, salvo se o poder seja perdido por erosão interna (no PS) ou grande cataclismo económico.


Bom fim semana.
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard » 12/6/2021 6:48

Eles entretém o povo com o voto mas o verdadeiro poder não está lá o futuro está traçado por tribunais nacionais , europeus e internacionais , tratados e convenções internacionais não ha caminho fora é ilegal ( o estado de direito tem tudo lá dentro e ninguém deve estar contra )

Muitos protestam contra a actual situação sem ver onde vem o poder ,na prática nada pode mudar a governação tem de ser progressista mesmo que ganhe alguém da direita radical ‘

O que decide o futuro da sociedade está na mão de uns poucos há dezenas de exemplos onde conta desde as fronteiras a questões de sociedade .

Mesmo que 80% do povo esteja a favor .
Dou 2 exemplos recente da última semana a ministra educação francesa tentou controlar o extremismo "Islamo-esquerdista" nas universidades terá agora de se explicar ao Conselho de Estado.

Frédérique Vidal ministra do ensino tinha recebido o apoio da grande maioria dos franceses, como demonstrou nossa pesquisa, e dos ministros Gérald Darmanin e Jean-Michel Blanquer, essa proposta logo se transformou em polêmica no meio acadêmico.”
Ler:
https://www.lefigaro.fr/politique/islam ... t-20210611


Outro exemplo nas manifestações há umas centenas de tipos vestidos de negro cara tapada com mochilas com martelos fazem a confusão queima carros …para outras partir montras e roubar

A polícia francesa consegue controlar a situação numa nova técnica , faz parar uma parte da manifestação onde nota uma grande presença desta gentes consegue prender alguns , depois soltos em tribunal , temos decisão :

Conselho de Estado considera a técnica de "armadilha" ilegal durante manifestações

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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 12/6/2021 1:25

...
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Re: Políticas para Portugal

por Lusitanus » 11/6/2021 23:21

Dado a comunicação, pela Câmara Municipal de Lisboa (CML), de dados respeitantes à promoção de manifestações públicas em Lisboa a embaixadas de países estrangeiros ter sido uma prática continuada ao longo do tempo e, ao contrário do que foi dado a entender, a legislação obrigar à recolha desses dados pela Câmara Municipal de Lisboa mas não à sua comunicação é evidente que o senhor Medina tem responsabilidade política no caso, pois essa prática de comunicação era política da Câmara Municipal de Lisboa não ditada por qualquer legislação. Como tal, deveria demitir-se.
O que aconteceu foi muito grave. A avaliação da gravidade da atuação da Câmara Municipal de Lisboa não deve ser efetuada com base no que aconteceu em resultado da sua atuação mas no que poderia ter acontecido em resultado do procedimento da Câmara Municipal de Lisboa. Se nos pusermos na pele dos cidadãos estrangeiros cujos dados foram transmitidos a embaixadas estrangeiras perceberemos melhor a gravidade do caso.
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Re: Políticas para Portugal

por caganixo7 » 11/6/2021 22:48

djovarius Escreveu:Parece que a tal partilha de dados até já foi há algum tempo!! :shock:

Isso nas mãos da FSB, pode ser uma sentença de morte.

A esta hora as vítimas já queimaram os telefones e os cartões SIM, pelo menos espero eu que sim. :shock:

Numa empresa privada, o responsável já tinha sido processado e demitido. Aqui no setor público não sei, não !!

Onde está a política da "culpa que não morre solteira" ??

Abr.

dj


Mas o FSB está à espera do CML? Por favor...
É uma situação deplorável, mas na prática foi como ensinar o Pai Nosso ao vigário.
 
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Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 11/6/2021 21:10

Vamos ao que interessa: o Medina comentador político vai pedir a demissão do Medina presidente da CML? Ou vice versa?

«Medina considera “delírio desesperado” e “aproveitamento político” pedido de demissão de Moedas. Medina afirmou que viu este pedido de demissão como “uma tentativa de aproveitamento político absolutamente evidente”.»

Portanto o dr Medina que vive de aproveitar politicamente tudo o que pode, considera-se agora objecto de uma “tentativa de aproveitamente político”. Vá lá, repita estas frases lindinhas que espalhou por Lisboa aquando da “Web Summit” de 2016, (época em que não havia medinazinha neste mundo que não se achasse na necessidade de criticar o muro que o Trump ia construir na fronteira com o México que por sinal até já estava construído.)

https://blasfemias.net/2021/06/11/vamos ... ice-versa/
 
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Re: Políticas para Portugal

por Lusitanus » 11/6/2021 15:40

Não, não somos um povo masoquista.
Somos é um povinho de esquerda, que não concebe outra coisa melhor que não seja o "xuxialismo".
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Re: Políticas para Portugal

por josecloud » 11/6/2021 15:22

ok, mas não é porque tenha votado no passos que concordei com tudo.

Comemorar data importantes vai esmorecendo com o tempo, passado uns anos é mais um feriado, e isso acho bem. MAs deixa de representar de fundo algo.


Isso é algo qu enão se entende, sei que o maior problema é o rio, parece que não tem iniciativa para nada, por cada asneira que o costa e ps faz o psd ainda fica pior.

Seremos nos um povo masoquista ?

será que houve uma lavagem cerebral e eu faltei a essa aula ?

Se nem o caso socas fez mexer a balança algo vai mal, das duas uma ou o psd vai passar aa partido irrelevante, ou o chega e o IL vão superar o PSD, qe quem sabe juntamente com o CDS formar uma aliança e um único partido, cheira-me que vai por ai....e o PSD vai esvaziar-se de notaveis que vão simplesmente abandonar o barco, visto estar a ir ao fundo....um barco que navaga no RIO..:)

Portanto penso qu as proximas eleições vão ser brutais, muito renhidas, muito jogo sujo, e não me admirava nada que houvesse uma acçõ aviolenta a tentar matar ou ferir alguem.

Existe muita crispação no ar.

na Venezuela, o chaves foi eleito, é verdade.
 
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