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CoronaVirus, panico justificado...?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por Carrancho_ » 26/6/2020 17:37

Continuo na política mas relacionada com o virus.

Fiquei admirado com esta notícia que até me custou acreditar que fosse verdade...


O primeiro-ministro, António Costa, mostrou-se irritado com a ministra da saúde, Marta Temido, durante a reunião no Infarmed quando esta afirmou que o Norte do País tinha estado em confinamento.


O episódio terá ocorrido durante a reunião desta quarta-feira na sede do Infarmed, que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, assim como dos vários representantes dos diversos partidos, parceiros sociais e especialistas em saúde pública.

"É mentira", acusou António Costa quando Marta Temido referiu que a região Norte tinha estado em confinamento para prevenir a propagação da Covid-19. António Costa não terá gostado da expressão "confinamento", afirmando que a atividade económica nunca esteve completamente parada.

A mesma publicação avança ainda que a reunião terminou com Marcelo "incrédulo" perante o momento.


É mentira sim que só o norte tenha estado em confinamento, não foi absoluto/total, nem podia nunca ser, mas que estivemos confinados lá isso estivemos.

Vamos ver se não temos de voltar a confinar, o que seria terrível...


Lusa
26 de junho de 2020 às 15:23
"Estamos a ter dificuldade em quebrar as cadeias de transmissão, estão a manter-se relativamente persistentes e, portanto, pusemos no terreno um conjunto de instrumentos adicionais", afirmou Marta Temido numa conferência de imprensa de acompanhamento da pandemia da covid-19.

Questionada sobre uma alegada intervenção irritada do primeiro-ministro para lhe tirar a palavra numa reunião do Governo e do Presidente da República com especialistas, Marta Temido afirmou em tom irónico que, "se o primeiro-ministro 'puxou as orelhas' à ministra da Saúde, teria certamente razão, embora os castigos corporais sejam pouco da nossa forma de trabalhar".


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"Todos começamos a ficar bastante cansados e gostaríamos de poder voltar a página da covid-19. É natural que se perca alguma da tranquilidade e possamos perguntar-nos se as coisas estão a evoluir no melhor sentido", declarou.

Segundo a revista Visão, na reunião de quarta-feira realizada no Infarmed, António Costa "tirou a palavra à ministra da Saúde quando esta falava de confinamento e disse que o tipo de linguagem e a falta de clareza dos dados que lhe têm chegado impedem o Governo de montar uma estratégia eficaz para travar os contágios".

Hoje, Marta Temido disse na conferência de imprensa no Ministério que tutela que as medidas aprovadas na quinta-feira em Conselho de Ministros para a região de Lisboa e Vale do Tejo, onde se concentra a maioria dos novos casos diários de contágio, visam levar os cidadãos a "absterem-se de comportamentos supérfluos que podem ser evitados", sobretudo numa região marcada por mais movimentos e contactos entre pessoas.

O sentido das medidas, que se aplicam sobretudo a 19 freguesias onde os contágios têm sido maiores onde se recomenda aos cidadãos a "permanência no domicílio", é "estancar o mais possível" a transmissão do novo coronavírus.

Marta Temido indicou que o trabalho da saúde pública "tem sido reforçado" nas últimas semanas, com o envio para o terreno de profissionais de outros serviços, como o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge para apoiar unidades de saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

"A única resposta que temos é uma resposta transparente e de verdade", afirmou, frisando que "não vale desistir" de conter a disseminação do novo coronavírus.

SNS tem capacidade para responder às necessidades
A ministra da Saúde afirmou hoje que a rede do Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem capacidade para garantir o que dela se precisar, mas isso não pode, nem deve, fazer "baixar a guarda".

A governante deixou uma mensagem de tranquilidade quanto ao sistema de saúde que dá e continuará a dar resposta às necessidades assistenciais.

"Mesmo que todos estejam cansados, os profissionais do SNS continuam a estar lá, a saúde pública está a fazer o seu trabalho, os hospitais estão a fazer o seu trabalho e os cuidados de saúde primários estão a fazer o seu trabalho", reforçou.

Marta Temido disse que nem sempre têm explicações evidentes para a evolução das doenças, mas aos serviços de saúde e ao sistema de saúde, mais do que todo o resto, incumbe dar resposta às necessidades assistenciais e, isso, está a ser feito e continuará a ser feito.

Portugal tem, nesta data, 402 camas de enfermaria ocupadas com doentes com covid-19 e 67 de cuidados intensivos, disse.

Nesta sequência, a ministra vincou que o país tem 21.500 camas hospitalares no SNS e 534 de cuidados intensivos polivalentes de adultos.

"A rede de SNS tem capacidade de garantir o que dela se precisar neste momento, mas isso não nos deve e não nos pode fazer baixar a guarda. Podem estar certos que não a baixaremos", concluiu.

A pandemia de covid-19 já provocou quase 487 mil mortos e infetou mais de 9,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.555 pessoas das 40.866 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
Um abraço,

Carrancho
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por Ulisses Pereira » 26/6/2020 17:09

Houve aqui um comentário a misturar política num tópico que não tem nada disso, pedia-vos que passassem por cima disso e nos centremos no verdadeiramente importante.

Abraço,
Ulisses
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por Carrancho_ » 26/6/2020 17:07

artista_ Escreveu:
BearManBull Escreveu:
pepe7 Escreveu:Gostava de estar optimista! Ainda querem intitular uma Pandemia como sendo uma "simples gripe"...

"Nunca houve tantos novos casos diários de covid-19 nos EUA"



Normal depois das manifestações...

Mas não estão contentes ainda querem mais morte e ódio. Isto votar esquerda é condenar gente a morrer...

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Acho que meter politiquices numa coisa destas, enfim...


Pior, falar em esquerda nos EUA quando o que têm mais à "esquerda" fica mesmo assim à direita do nosso CDS lol
Um abraço,

Carrancho
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por GaioAzul » 26/6/2020 17:04

Ulisses Pereira Escreveu:Exacto, Marco. O CDC tinha estabelecido normas orientadoras para a reabertura dos Estados. Apenas 2 respeitavam os pressupostos para a abertura (dimunição de número de novos casos durante 14 dias etc...). Ou seja, o que se podia esperar quando se abre a economia em alguns estados cujo número de novos casos estava a crescer?

Abraço,
Ulisses


Sim, mas cada estado decidiu das suas próprias medidas de reabertura. A pressão das necessidades económicas foi decisiva dentro de muitos estados.. Os EU é um país com prioridades económicas. Pelo menos é esse o espírito intrínseco americano. Muito diferente da Europa.
[b]"A wise man makes his own decisions but an ignorant man follows the public opinion."

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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por Qualnhick » 26/6/2020 17:00

E agora? Como é que se descalça esta pedra do sapato?
Virus detectados em amostras de águas residuiais recolhidas em Março de 2019 em Barcelona. Não só é uma infecção endémica há muito, como matou por causa do medo e das medias tomadas.

https://www.medrxiv.org/content/10.1101 ... 20129627v1

https://www.ub.edu/web/ub/ca/menu_eines ... 6/042.html
 
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por artista_ » 26/6/2020 16:29

BearManBull Escreveu:
pepe7 Escreveu:Gostava de estar optimista! Ainda querem intitular uma Pandemia como sendo uma "simples gripe"...

"Nunca houve tantos novos casos diários de covid-19 nos EUA"



Normal depois das manifestações...

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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por Ulisses Pereira » 26/6/2020 15:20

Exacto, Marco. O CDC tinha estabelecido normas orientadoras para a reabertura dos Estados. Apenas 2 respeitavam os pressupostos para a abertura (dimunição de número de novos casos durante 14 dias etc...). Ou seja, o que se podia esperar quando se abre a economia em alguns estados cujo número de novos casos estava a crescer?

Abraço,
Ulisses
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por MarcoAntonio » 26/6/2020 15:17

As manifestações certamente tiveram um efeito, mas está longe de explicar o que se está a passar (nada como não ter cor política para se conseguir analisar as coisas objectivamente). Há estados em que está claramente a descer e entre eles está, por exemplo, o Minnesota ou até mesmo New York (ambos centro de enormes manifestações).

Parece mais ou menos evidente que o principal factor é a reabertura prematura em diversos estados (ou medidas muito soft, em que a pandemia nunca chegou a ser suficientemente controlada) e, possivelmente, o desincentivo ao uso de máscaras em diversos estados (exemplo, Florida, precisamente um dos estados que está a ter um dos mais fortes disparos).

A diferença entre a evolução nos Estados Unidos e a Europa é tremenda.


Como disse num post anterior, não creio que venhamos a ter o que tivemos em Abril porque entretanto há uma série de evoluções positivas/favoráveis e alguns destes estados têm também uma densidade populacional mais baixa. Mas, expectavelmente, as coisas vão voltar a piorar nas próximas semanas nos Estados Unidos, infelizmente.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por BearManBull » 26/6/2020 14:56

pepe7 Escreveu:Gostava de estar optimista! Ainda querem intitular uma Pandemia como sendo uma "simples gripe"...

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Mas não estão contentes ainda querem mais morte e ódio. Isto votar esquerda é condenar gente a morrer...

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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por artista_ » 26/6/2020 12:38

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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por MCMAD1977 » 25/6/2020 23:58

Uma coisa é certa, com a pressa de retomar a atividade económica e bem, a comunicação aos Portugueses foi feita de forma errada, sendo que agora estamos a pagar a fatura.

Desconfinar sim, mas alertando todos para os perigos deste virus. Cantou-se vitória muito cedo. Bem sei que o nº de casos está estabilizado, no entanto a nossa imagem na Europa já está prejudicada.
 
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por pepe7 » 25/6/2020 23:39

AmigosdaBolsa Escreveu:Este estudo parece que mais uma vez o contágio foi de adulto para criança (e depois pode ser de criança para criança) e mais uma vez demonstra o baixo impacto nas mesmas.
Pode haver algum risco, mas ele parece-me tão diminuto como outros riscos que existem e que não fecho as minhas crianças por causa disso.


AmigosdaBolsa Escreveu:Já agora no seguimento desta noticia temos isto ". O vírus, para se ligar ao nosso aparelho respiratório, tem de se ligar a uns receptores que são em número muito menor nas crianças do que nos adultos. Por isso é que a quantidade de vírus que uma criança pode ter é menor, no geral, com o mesmo tipo de contacto de um adulto."


Olá AmigosdaBolsa,

Estudos apontam nesse sentido, outros não, pelo que li, subsistem dúvidas, tal como quanto à reabertura das creches e escolas.E quem aponta nesse sentido, deixa incertezas no "ar"! Teremos que aguardar por estudos mais conclusivos ...
Como é óbvio, ter as crianças em "casa" não é saudável, tem diversas implicações, aliás tal como nos adultos.Aqui o problema é o vírus e as dúvidas que ainda permanecem...As creches entretanto abriram, certamente fundamentada em bases para tal, em março o vírus era algo desconhecido, optaram por encerrar. Foi uma boa opção? Eis a dúvida!
Pelos artigos que cito de maio, persistem dúvidas, incertezas e pelos vistos sem consenso científico...São poucas, mas crianças a passar na Unidade de Cuidados Intensivos.
Da minha parte o importante é que cheguem a um consenso no sentido de optarem pela melhor solução.Se se comprovar que implica um risco muito reduzido, como referes, óptimo.    


Qual o papel das crianças na transmissão do novo coronavírus?: https://www.publico.pt/2020/05/07/cienc ... us-1915559

Vários estudos têm vindo a revelar conclusões diferentes no que diz respeito à capacidade das crianças de transmitir o novo coronavírus. Uma pediatra infecciologista explica o que se sabe até agora. “O papel das crianças na transmissão do vírus está entre as questões que requerem atenção urgente”, nota o ECDC ao PÚBLICO.



Afinal, devem ou não as crianças estar com os avós? Podem ou não abraçá-los? As crianças espalham o novo coronavírus da mesma forma do que os adultos? Devem as escolas reabrir? O debate sobre quão contagiosas são as crianças e quão afectados estão a ser os mais novos pela pandemia de covid-19 vai ganhando nova proporção a cada dia que passa e a comunidade científica ainda não conseguiu chegar a um consenso.

“Aquilo que hoje se sabe é que há muito menos crianças doentes do que adultos”, começa por explicar Maria João Brito, pediatra infecciologista do Hospital Dona Estefânia, que nota que quando surgiu o primeiro vírus SARS (síndrome respiratória aguda grave, em 2002) também se “verificou que ele afectava muito pouco a idade pediátrica”, tal como aconteceu com o vírus que causa a síndrome respiratória do Médio Oriente (MERS).
Maria João Brito explica que “o vírus para se ligar à célula respiratória tem de ter um receptor” e que as crianças têm “esses receptores em menor número do que os adultos”. “À medida que a idade avança, nós vamos ter mais receptores para o vírus, portanto, temos maior capacidade de nos infectarmos”, destaca.


Por outro lado, “as crianças têm uma imunidade mais forte, a chamada imunidade inata, que vai desaparecendo ao longo da vida e que é uma imunidade que também é mais capaz de combater os vírus”. Uma outra explicação poderá estar relacionada com o facto de “as crianças fazerem muitas infecções virais”: “elas não contactaram com outros vírus que circulam habitualmente e, portanto, talvez o facto de haver outros vírus a competir possa fazer com que as crianças se infectem menos”, conclui a especialista.
Na Suíça, as crianças já podem abraçar os avós
A 29 de Abril, as autoridades suíças afirmaram que as crianças com menos de dez anos já podiam abraçar os avós. À data, o epidemiologista e responsável pelo departamento de doenças infecciosas do Ministério da Saúde suíço, Daniel Koch, garantiu que os especialistas consultados tinham concluído que as crianças que não apresentam sintomas da covid-19 não representam um risco para os avós. “As crianças não ficam infectadas e não transmitem o vírus. Elas não possuem os receptores para apanhar a doença”, afirmou Koch, citado pela BBC.

No Reino Unido, na semana passada, o ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, destacou que é importante que “as pessoas vulneráveis continuem a ser protegidas”, cita a BBC.

Já em Portugal, a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, esclareceu esta quarta-feira que o convívio entre avós e netos depende do “tipo de avós que estamos a falar”. “Há avós jovens, sem factores de risco, e aí a convivência é no âmbito do agregado familiar e não envolve nenhum risco acrescido. Se os avós tiverem uma idade avançada, nomeadamente 65 ou mais anos, e patologia associada, aqui, sim, tem de haver precaução”, referiu.
O que dizem os estudos?
Um estudo realizado na Holanda, que envolveu um total de 54 famílias e 239 participantes (123 adultos e 116 crianças entre um e 16 anos), concluiu que “as crianças desempenham um papel pequeno na propagação do novo coronavírus” e que este vírus “é maioritariamente espalhado entre adultos” e dos adultos para as crianças, sendo que em nenhuma das famílias analisadas a criança foi a primeira portadora do vírus.

Outro estudo de caso é o de um menino britânico (residente em França), de nove anos, que tinha regressado recentemente dos Alpes Franceses, onde foi infectado pelo novo coronavírus. A criança, que tinha apenas sintomas ligeiros, frequentou três escolas enquanto estava doente, não tendo transmitido o novo coronavírus a nenhuma das 112 pessoas com quem esteve em contacto.

O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), questionado pelo PÚBLICO, refere que “à semelhança do SARS e MERS, parece que as infecções por covid-19 são observadas com menos frequência e apresentam sintomas mais leves nas crianças do que nos adultos”, apesar de terem sido também relatados casos de “doença grave” e “poucos casos pediátricos fatais na Europa e nas Américas”. Esta quarta-feira, as autoridades da Suécia, que optaram por uma abordagem à pandemia menos restritiva, revelaram que estão a investigar se a morte de uma criança com menos de dez anos, que estava internada numa unidade de cuidados intensivos, foi causada ou não pela covid-19, segundo o site The Local.

Em resposta por e-mail, o porta-voz Giovanni Mancarella admite que existe ainda alguma “incerteza”, mas nota que “a transmissão de criança para adulto não parece ser tão comum quanto a transmissão entre adultos”, dando como exemplo o caso da criança infectada que não contagiou ninguém, mencionado acima. O centro europeu refere ainda outras investigações, como dois estudos transversais, realizados em Vo’, uma cidade em Itália, que incluíram mais de dois mil participantes cada e revelaram que “nenhuma das 234 crianças [com menos de dez anos] testadas estava infectada”, ou uma outra análise realizada em Estocolmo, na Suécia, que contou com a participação de 707 pessoas (incluindo 147 crianças com menos de 15 anos), que mostrou que menos de 3% das crianças testaram positivo para a covid-19.

De acordo com dados divulgados pelos Centros para o Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, apenas 1,7% dos quase 150 mil casos confirmados de covid-19 analisados foram registados em pessoas com menos de 18 anos. Em países como a Coreia do Sul, Espanha e Itália, a percentagem de casos confirmados em crianças é de menos de 2%, destaca o Business Insider. Na Islândia, onde 6% da população foi testada à covid-19, nenhuma das 848 crianças com menos de dez anos testadas deram positivo, de acordo com um estudo publicado na revista The New England Journal of Medicine.
Em Portugal, segundo o boletim epidemiológico divulgado esta quinta-feira pela Direcção-Geral da Saúde (DGS), há, até ao momento, 454 casos confirmados de covid-19 em crianças entre os zero e os nove anos (o que corresponde a 1,7% do total de casos confirmados) e 804 pessoas infectadas entre os dez e os 19 anos (o que corresponde a uma percentagem de 3%).

A reabertura das escolas

A Don’t Forget the Bubbles, uma organização da área da pediatria, realizou, por sua vez, uma revisão literária de 78 estudos, em parceria com o Royal College of Paediatrics and Child Health do Reino Unido, sobre a transmissão do novo coronavírus por crianças. “O papel das crianças na transmissão é pouco claro, mas parece provável que não tenham um papel significativo”, concluíram os autores da revisão, que acrescentam que “a comissão conjunta da China com a Organização Mundial da Saúde [OMS] não se recorda de episódios durante a monitorização de contactos em que a transmissão tenha ocorrido de uma criança para um adulto”.

A tese de que as crianças não transmitem o novo coronavírus serviu para justificar, em parte, a reabertura das escolas suíças, que está marcada para a próxima semana. Vários outros países, como a Dinamarca, Israel, Holanda, Áustria, Alemanha, Itália, Noruega e Eslovénia têm também vindo a começar a reabrir ou a planear a reabertura dos estabelecimentos de ensino. Portugal, ao invés, vai manter as escolas primárias fechadas pelo menos até ao final deste ano lectivo, enquanto as creches reabrirão a 18 de Maio e o pré-escolar a 1 de Junho.

Contudo, há também o reverso da moeda.

O virologista alemão Christian Drosten liderou um estudo que concluiu que “as cargas virais nos mais jovens não diferem significativamente das cargas virais dos adultos”
, explica, citado pela agência Reuters. “Com base nestes resultados, temos de alertar contra a reabertura ilimitada das escolas e creches na actual situação. As crianças podem ser tão infecciosas quanto os adultos”, concluiu o estudo. O virologista nota ainda, ao New York Times, que um corpo de trabalho significativo sugere que a carga viral de uma pessoa está intimamente relacionada com a sua infecciosidade. Porém, num artigo publicado no site da revista Science, os autores alertam que o facto de se encontrar ARN não significa necessariamente que a pessoa é contagiosa, uma vez que as amostras podem conter vestígios virais não infecciosos.


Já a epidemiologista da OMS Maria van Kerkhove alertou, a 29 de Abril, que “não há nenhuma razão para acreditar que as crianças são menos susceptíveis à infecção se estiverem expostas ou que não consigam transmitir” o vírus, cita o Business Insider.

“É minha convicção que as crianças transmitem pouco o vírus”, contrapõe Maria João Brito, que acredita que “são os adultos que transmitem às crianças [o novo coronavírus], ao contrário do que acontece no vírus da gripe”, em que são “as crianças que depois infectam os adultos, a família e a comunidade”. Os “estudos de revisão de infecções em idade pediátrica” mostram que há um adulto por trás que infecta a criança “em 80 a 100% dos casos”, sendo que toda esta informação está em linha com o facto de “o primeiro grupo” a sair do desconfinamento serem “as crianças pequenas até aos três anos de idade”, com a reabertura das creches. “Essas [crianças] provavelmente irão ter muito menos doença e irão infectar muito menos do que as crianças mais velhas ou, por exemplo, na adolescência”, conclui.

A pediatra infecciologista acredita ainda que “a carga viral numa criança [assintomática] poderá ser menor do que a de um adulto assintomático”. “Como ele [adulto] tem mais receptores, tem mais vírus e as cargas virais dele provavelmente são mais elevadas”, explica.

Já o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças lembra, na resposta enviada ao PÚBLICO, que “não se sabe se ou até que ponto as crianças assintomáticas ou levemente sintomáticas desempenham um papel importante na transmissão do vírus” e que “não há uma compreensão clara sobre o impacto do encerramento das escolas na propagação da doença”.

Avaliação dos danos

Se, por um lado, há quem defenda que a reabertura das escolas terá vantagens inegáveis ao nível social, da educação e na saúde mental das crianças, há também quem alerte que, embora as crianças possam ser menos susceptíveis à infecção do que os adultos, o risco poderá aumentar com a abertura das escolas. É esta a conclusão de um estudo, realizado em Shanghai e Wuhan (China) e publicado na revista Science, que mostra que as crianças podem estabelecer até três vezes mais contactos do que os adultos e, consequentemente, terem três vezes mais oportunidades de ficarem infectadas. “A minha simulação mostra que se se reabrirem as escolas, veremos um grande aumento no número de reprodução [o número médio de contágios causados por cada pessoa infectada], que é exactamente o que não queremos”[/b], revelou ao New York Times Marco Ajelli, epidemiologista da Fundação Bruno Kessler, em Trento, Itália, que participou no estudo.

Para Jennifer Nuzzo, epidemiologista da Escola de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins, importa “ter uma visão holística do impacto do encerramento da escola nas crianças e famílias”. “Preocupa-me que, a determinado ponto, os danos acumulados provocados pelas medidas [de confinamento] possam exceder os danos causados às crianças pelo vírus”, afirmou ao New York Times.
Face à gradual reabertura das escolas, o ECDC aconselha, de acordo com a mais recente “avaliação rápida de riscos”, as autoridades locais a planearem uma redução das “oportunidades de transmissão nas escolas através de outras medidas”. “Isto pode incluir grupos escolares mais pequenos, um aumento da distância física entre as crianças da turma, promover a lavagem das mãos e aulas ao ar livre”, afirma.

Um “suponhamos”

Segundo Maria João Brito, “nesta altura, não há ainda estudos suficientes feitos em larga escala que nos possam permitir fazer afirmações com certezas”, uma vez que “a doença ainda tem pouco tempo de evolução entre nós”. “Isto é hoje um ‘suponhamos’, é aquilo que os dados até hoje nos mostram.”

A pediatra alerta ainda para o facto de estes estudos terem sido realizados durante um período de confinamento, em que as escolas estavam fechadas. “À medida que formos faseando e abrindo, aos poucos, as escolas por grupos etários é que poderemos vislumbrar mais um pouco aquilo que se vai passar na idade pediátrica”, conclui. Importa também salientar que uma grande parte dos estudos mencionados não foi ainda revista pelos pares.

No e-mail enviado ao PÚBLICO, o ECDC salienta também que “os resultados dos estudos mostram algumas diferenças que são difíceis de interpretar”, mas que teremos mais conhecimento “à medida que forem realizados mais estudos em todo o mundo”. “Em particular, o papel das crianças na transmissão do vírus está entre as questões que requerem atenção urgente”, nota.

Para já, não há ainda consenso científico sobre a transmissibilidade das crianças e, perante a incerteza, há quem defenda que a melhor estratégia é a prudência.



Novos estudos apontam que crianças podem transmitir o coronavírus : https://www.dn.pt/vida-e-futuro/novos-e ... 58793.html

Com as escolas a reabrirem um pouco por toda a Europa, a questão da transmissão do vírus pelas crianças é alvo de análise pelos especialistas. Dois estudos apresentam dados que indicam que o contágio pelas crianças é uma realidade.

Por todo o mundo, as escolas começam a reabrir e a questão volta a ser colocada: como são as crianças afetadas pelo novo coronavírus e que riscos tem ao seu regresso ao convívio escolar? Depois de haver trabalhos de cientistas a apontar que os mais novos não são provavelmente transmissores do vírus, surgem agora novas estudos com conclusões no sentido inverso e que geram preocupações sobre os contactos nas escolas.

Dois novos estudos apresentam evidências convincentes de que as crianças podem transmitir o vírus. Nenhum dos dois trabalhos científicos provou em definitivo que tal ocorre, mas as evidências recolhidas parecem ser suficientemente fortes para sugerir que as escolas deviam ser mantidas fechadas por enquanto, dizem epidemiologistas que não participaram nestes estudos.

Num estudo publicado na semana passada na revista Science, uma equipa analisou dados de duas cidades da China - Wuhan, onde o vírus surgiu pela primeira vez, e Xangai - e descobriu que as crianças eram suscetíveis à infeção por coronavírus em cerca de um terço em relação aos adultos. Mas, quando as escolas foram reabertas, os investigadores verificaram que as crianças tinham cerca de três vezes mais contactos que os adultos e três vezes mais oportunidades de serem infetadas.
Com base nestes dados, os cientistas de várias nacionalidades estimaram que encerrar escolas não é suficiente por si só para conter um surto, mas pode reduzir o aumento em cerca de 40 a 60% e retardar o curso da epidemia.

"A simulação mostra que sim - se se reabrir as escolas, haverá um grande aumento no número de reprodução, o que é exatamente o que não se deseja", disse Marco Ajelli, epidemiologista matemático que participou no trabalho enquanto estava na universidade. Fundação Bruno Kessler em Trento, Itália.

O segundo estudo, realizado por um grupo de investigadores alemães, foi mais direto. A equipa testou crianças e adultos e descobriu que as crianças que testam positivo abrigam tanto vírus quanto os adultos - às vezes mais - e, portanto, presumivelmente, são igualmente infecciosas.

Podemos tirar conclusões definitivas destes estudos? "A resposta é: não, claro que não", disse Jeffrey Shaman, epidemiologista da Universidade de Columbia ao The New York Times, cientista que não participou em nenhum dos estudos. Mas considera que "abrir escolas por causa de alguma noção não investigada de que as crianças não estão realmente envolvidas na transmissão, será uma coisa muito tola".

O estudo alemão foi liderado por Christian Drosten, um virologista que ganhou um estatuto de celebridade nos últimos meses por causa dos seus comentários bem definidos e claros sobre a pandemia. Drosten lidera um grande laboratório de virologia em Berlim que testou cerca de 60.000 pessoas ao coronavírus. Consistente com outros estudos, o alemão e os colegas encontraram muito mais adultos infetados do que crianças.

A equipa também analisou um grupo de 47 crianças infetadas entre 1 e 11 anos de idade. Quinze delas tinham uma condição de saúde subjacente ou foram hospitalizadas, mas as demais estavam livres de sintomas. As crianças que eram assintomáticas tinham cargas virais tão altas ou mais altas que as crianças ou adultos sintomáticos.

Observou ainda que a carga viral de uma pessoa acompanha de perto a sua infecciosidade. "Por isso, estou um pouco relutante em recomendar alegremente aos políticos que agora podemos reabrir creches e escolas".

Drosten disse que publicou o estudo no site do seu laboratório antes da revisão por pares, devido à discussão em curso sobre a reabertura das escolas na Alemanha.

Também no estudo na China, os cientistas estimaram que o encerramento de escolas pode diminuir o número de reprodução.

No entanto, outros especialistas observam que manter as escolas encerradas indefinidamente não é apenas impraticável, mas pode causar danos permanentes às crianças.

Jennifer Nuzzo, epidemiologista da Escola de Saúde Pública Bloomberg da Universidade Johns Hopkins, disse que a decisão de reabrir escolas não pode ser tomada com base apenas na tentativa de impedir a transmissão. "Temos que ter uma visão holística do impacto do encerramento da escola nas crianças e nas famílias. Preocupa-me se os danos acumulados pelas medidas podem exceder os danos causados ​​às crianças pelo vírus", disse Nuzzo.

Também apontou para um estudo na Holanda, realizado pelo governo holandês, que concluiu que "pacientes com menos de 20 anos desempenham um papel muito menor na disseminação do que adultos e idosos". Outros especialistas, porém, disseram que o estudo não foi bem elaborado porque analisou apenas a transmissão doméstica.

"As suposições de que as crianças não estão envolvidas na epidemiologia, porque não têm doenças graves, são exatamente o tipo de suposição que é realmente preciso questionar perante uma pandemia", disse O epidemiologista Bill Hanage, da Escola de Saúde Pública de Harvard.
"Porque, se estiver errado, tem consequências realmente desastrosas."


Peço desculpa por postar os dois artigos na integra.
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por pepe7 » 25/6/2020 22:11

Gostava de estar optimista! Ainda querem intitular uma Pandemia como sendo uma "simples gripe"...

"Nunca houve tantos novos casos diários de covid-19 nos EUA"

https://www.publico.pt/2020/06/25/mundo ... as-1921880
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por pepe7 » 25/6/2020 20:46

Pata-Hari Escreveu:e a paragona do dia:
"Portugal com Rt acima de 1,19, o maior entre 27 países"


No final de abril, inicio de maio as nossas autoridades de saúde estavam bem informadas quanto ao Rt na região Sul (Lisboa): 1,20 (porventura até seria superior, especular eu), o governo tinha a noção dos riscos que iríamos enfrentar...são dois problemas/resoluções, combater a pandemia, retomar a vida e a economia...

pepe7 Escreveu:"Angústia no planalto: país reabre com sinal amarelo"
"Os especialistas em epidemiologia e saúde pública aconselham cautela na nova fase e lamentam que a redução das restrições não surja em condições mais favoráveis ao nível da pandemia."....

https://www.jornaldenegocios.pt/economi ... _Destaques


Pelo que sei, por regiões em Portugal o Rt é :

- Região norte: 0,99
- Região Centro: 1
- Região Sul (Lisboa): 1,20

Em termos de transmissão, parecem-me ainda valores altos e um risco elevado de transmissão na população, logo todo o cuidado é pouco, muita cautela.

Basta olhar para o caso da Noruega, em que a redução das restrições de confinamento, ocorreu com um Rt nos 0,70, em que podiam encarar com algum optimismo a retomar económica, etc. Vamos aguardar como decorrer o levantamento das restrições cá...

Quantos infectados tínhamos no dia 18 de Março :?: Pelos 642 e foi decretado o estado de emergência. E agora :?: 25.282 infectados :!:, com o fim do estado de emergência, dos quais podem infectar outras pessoas...e estou a falar em termos de dados oficias, pois na pratica são muitos mais.
Com 642 estávamos em confinamento, imaginem agora com mais e 25.282..apesar do Rt ser mais baixo.

viewtopic.php?f=3&t=90128&p=1549205#p1549205
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por artista_ » 25/6/2020 14:14

AmigosdaBolsa Escreveu:No teu entender qual o problema de se abrirem as escolas quando o risco para as crianças (que não tenham morbilidades) é quase inexistente? É os professores? É o facto de puderem viver com pessoas com morbilidades?


Realmente não estou a ver problema nenhum, nem sei porque é que já fecharam algumas escolas no país, onde já foram detetadas crianças, funcionários e professores infetados?! Isto quando há aulas presenciais apenas nas disciplinas de exame do 11º e 12º anos... engraçado as pessoas acharem que se pode espalhar o virus à vontade e que ele só atingirá pessoas que não terão problemas! :roll: :roll: :roll:

AmigosdaBolsa Escreveu:Da última vez que li não existiam registos de contágios de adultos por crianças.


Onde é que está a fonte dessa informação?

AmigosdaBolsa Escreveu:Parece-me que manter-se o ensino online um risco maior para aumentar as assimetrias entre outros problemas.


Estás a comparar dois riscos diferentes, um não tem nada a ver com o outro... eu diria que no segundo caso nem é um risco é uma evidência, o ensino online aumenta realmente as assimetrias e teremos de ter este dado sempre em conta, mas vivemos numa pandemia, se não estiver controlada estamos a criar condições para aumentar ainda mais essas assimetrias! A coisa tem de ser gerida com pinças, disso não tenho dúvidas, já o referi aqui muitas vezes...
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por BearManBull » 25/6/2020 13:25

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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por ricardmag » 25/6/2020 13:15

É estranho, ainda ontem depois da reunião no infarmed quase todos os partidos e o Marcelo falaram em 1,08
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por Pata-Hari » 25/6/2020 12:57

e a paragona do dia:
"Portugal com Rt acima de 1,19, o maior entre 27 países"
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por AmigosdaBolsa » 24/6/2020 23:02

pepe7 Escreveu:
AmigosdaBolsa Escreveu:
No teu entender qual o problema de se abrirem as escolas quando o risco para as crianças (que não tenham morbilidades) é quase inexistente? É os professores? É o facto de puderem viver com pessoas com morbilidades? Da última vez que li não existiam registos de contágios de adultos por crianças.

Parece-me que manter-se o ensino online um risco maior para aumentar as assimetrias entre outros problemas.


Sinceramente não sei o que dizer, pois já se ouviu e leu tanta coisa, ou seja, logo não sei o que realmente é fiável!
Deixo mais um estudo : Covid-19. Novo estudo revela que índice de transmissão é semelhante em crianças e adultos


Equipa de investigadores de um hospital em Espanha analisou 411 famílias com filhos, em que um dos pais estava contagiado, e concluiu que cerca de 17,5% das crianças e 18,9% dos adultos que coabitavam ficaram infectados.

Lusa 9 de Junho de 2020, 18:27

O índice de transmissão do novo coronavírus em crianças e adultos é semelhante, mas os mais novos apresentam quase sempre quadros clínicos muito leves ou assintomáticos, segundo os primeiros resultados do estudo Kids Corona.

Esta é uma das principais conclusões apresentadas esta terça-feira pela equipa do Hospital de São João de Deus de Esplugues de Llobregat (Espanha), que estudou 411 famílias com filhos, em que um dos pais estava contagiado.

O trabalho permitiu concluir que cerca de 17,5% das crianças e 18,9% dos adultos que coabitavam se infectaram.

No entanto, nas 127 crianças infectadas, num total de 724 estudadas, nenhuma apresentou qualquer sintoma, a outra metade desenvolveu um quadro clínico muito leve, com uma pequena tosse ou febre autocontrolada, e apenas um necessitou de hospitalização, o que significa que em mais de 99% dos casos as crianças apresentavam sintomas ligeiros.

Enquanto aguarda por mais resultados que permitam saber por que as crianças parecem estar mais protegidas face ao vírus, a equipa científica desenhou um segundo estudo, que levará a cabo este Verão em casas e acampamentos de Barcelona, para comprovar como as crianças transmitem o vírus, com vista ao regresso à escola em Setembro.

“No hospital estamos conscientes de que existe uma necessidade científica e social de conhecer dados, ou seja, que todas aquelas decisões que tomamos nesta época em que temos de conviver com a covid-19 são baseadas em dados e podemos tomar decisões da forma mais adequada”, explicou o chefe da Pediatria, Juanjo Garcia, ao justificar por que apresentaram estes dados preliminares.
Este estudo, que foi realizado nas casas das famílias, coincide com os dados do mesmo hospital, onde desde que começou a pandemia só foram hospitalizadas 34 crianças, seis das quais na unidade de cuidados intensivos, e onde se registou a morte de uma criança com outras patologias graves.

Além de analisar se as crianças se contagiam da mesma forma que os adultos, uma das perguntas que se colocava no estudo era se também transmitiam o vírus da mesma forma.

https://www.publico.pt/2020/06/09/cienc ... os-1920063


E com algumas crianças hospitalizadas na unidade de cuidados intensivos. Depois falta saber se vão ter sequelas no futuro...em que alguns estudos indicam que sim.
Isto revela a complexidade deste vírus...
Alguém que tenha informação mais "fiável" sobre o assunto, seria óptimo.


Este estudo parece que mais uma vez o contágio foi de adulto para criança (e depois pode ser de criança para criança) e mais uma vez demonstra o baixo impacto nas mesmas.
Pode haver algum risco, mas ele parece-me tão diminuto como outros riscos que existem e que não fecho as minhas crianças por causa disso.

Tenho duas crianças (quase 4 anos e 1 ano) e assim que possível começaram a brincar com os amigos e depois foram para a escola quando as mesmas abriram. Pois no meu entender este confinamento para eles estava a ser mais prejudicial que o risco do vírus (de acordo com a informação que vai saindo).

Só uma achega, tenho alguma dificuldade em interpretar estes número. Num total de 724 crianças temos 124 infectadas (17,5%), destas nenhuma apresentou qualquer sintoma e a outra metade desenvolveu um quadro clínico ligeiro, etc Outra metade de quê, se as 124 já são o universo de crianças infectadas e dizem que nenhuma apresentou qualquer sintoma? :-k

Já agora no seguimento desta noticia temos isto ". O vírus, para se ligar ao nosso aparelho respiratório, tem de se ligar a uns receptores que são em número muito menor nas crianças do que nos adultos. Por isso é que a quantidade de vírus que uma criança pode ter é menor, no geral, com o mesmo tipo de contacto de um adulto."
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por djovarius » 24/6/2020 22:06

Pata,

Os turistas vão trazer o vírus, mas isso só mais lá para a frente.
De momento, ainda há muita gente a viajar em família, com comportamentos responsáveis. Além disso, é pouca gente ainda no Algarve, uns 70% a menos do que o normal.

Às vezes, o Diabo mora ao lado. Veja-se o caso de Monchique, que não tinha casos ativos, mas que agora os tem (uns 7) à conta de uma consulta de uma pessoa no IPO em Lisboa, onde havia um foco.
A senhora tinha cancro, agora tem covid em cima do cancro.... :cry:

inté

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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por Pata-Hari » 24/6/2020 21:50

Espero mesmo que sim, Djo.
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por djovarius » 24/6/2020 21:35

Patinha,

Isso é "fake-news".
Faro nem tem isso de casos totais desde o início.
Faro tem hoje menos de 15 casos ativos.
O caso de Lagos parece ter afetado só até Albufeira...

dj
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por GaioAzul » 24/6/2020 21:10

Éstas não são boas noticias..

https://www.yahoo.com/gma/covid-19-anti ... ories.html

As the world grapples with the ongoing COVID-19 pandemic, a new study suggests that antibodies -- the proteins produced by the immune system that can grant protection against reinfection -- may fade in as little as two months after infection in certain people who have recovered from the virus.

The study was conducted in China and published in Nature Medicine.

Specifically, the study's authors found that people with COVID-19 who never develop symptoms may see their antibodies fade more quickly than those who tested positive for the virus and also came down with its tell-tale symptoms.
[b]"A wise man makes his own decisions but an ignorant man follows the public opinion."

"Our minds seem to like simple categorical ways to divide up information in the world. This is kind of interesting given how terribly complex and nuanced most things are — especially in our social lives." G. Geher
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por pepe7 » 24/6/2020 20:42

djovarius Escreveu:Aqui em baixo vai haver uma oportunidade, infelizmente, para se estudar o assunto das crianças, pois dos infetados da festa ilegal do Odiáxere (Lagos), existem já 19 crianças no rol.
O total ainda não parou de subir, mas a coisa parece controlada, para já entre 110 e 120 pessoas.

dj


Caro Djovarius,

Pois...pelos vistos há noticias e estudos para "todos os gostos"...Será importante efetuar estudos credíveis, infelizmente haverá oportunidade para estudar na zona da linda cidade de Lagos. Espero que tudo corra bem por ai!
Como já disse, com os conhecimentos científicos possíveis atualmente sobre o vírus, restrições, prevenção(EPI) e etc, ajudam a combater o mesmo de outra forma, mesmo assim a coisa não é assim simples....

“No hospital estamos conscientes de que existe uma necessidade científica e social de conhecer dados, ou seja, que todas aquelas decisões que tomamos nesta época em que temos de conviver com a covid-19 são baseadas em dados e podemos tomar decisões da forma mais adequada”, explicou o chefe da Pediatria, Juanjo Garcia, ao justificar por que apresentaram estes dados preliminares.
Este estudo, que foi realizado nas casas das famílias, coincide com os dados do mesmo hospital, onde desde que começou a pandemia só foram hospitalizadas 34 crianças, seis das quais na unidade de cuidados intensivos, e onde se registou a morte de uma criança com outras patologias graves.

https://www.publico.pt/2020/06/09/cienc ... os-1920063

Face à informação acima, 6 crianças na unidade de cuidados intensivos (mesmo sendo reduzido), questiono : Para quem é Pai/Mãe (não é o meu caso), isto não lhes faz confusão :?:
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Re: CoronaVirus, panico justificado...?

por Pata-Hari » 24/6/2020 20:25

djo, ouvi há minutos que faro já tem 70 infectados às custas dessa brincadeira. Aqui nota-se imenso a chegada de turistas, vês autocarros, vês imensos nas ruas e nos supermercados, muito mais do que antes e os que não são residentes. Isto agora promete descambar aqui...
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