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Caldeirão da Bolsa

Dívida da República Portuguesa

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Dívida da República Portuguesa

por Thoth » 14/12/2017 16:48

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Re: Dívida da República Portuguesa

por Thoth » 12/12/2017 10:51

Preço da dívida desce para valor mais baixo desde entrada no euro

https://www.dinheirovivo.pt/economia/preco-da-divida-desce-para-valor-mais-baixo-desde-entrada-no-euro/ Escreveu:Substituir empréstimos do FMI por dívida mais barata ajudou a baixar custo da dívida.

O custo médio da dívida portuguesa vai descer pelo terceiro ano consecutivo e ficar no preço mais baixo desde a entrada no euro, em 2002. O Tesouro tem aproveitado as condições de financiamento favoráveis proporcionadas pela atuação do BCE e pela melhoria do rating. Além destes fatores, o Estado tem feito operações de gestão, substituindo os empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI) por dívida mais barata. Mas apesar de o preço ser mais baixo, a subida do valor total da dívida nos últimos anos faz que Portugal tenha a fatura com juros em relação à economia mais elevada da zona euro.

Neste ano o Tesouro pagou em média 2,6% pela nova dívida, segundo dados de uma apresentação a investidores feita pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP). É a taxa mais baixa dos últimos anos e ajudou o custo médio de toda a dívida a baixar de 3,2% em 2016 para 3% em 2017. E é o valor mais baixo desde 2000, data dos últimos dados disponibilizados pela entidade que gere a dívida pública. Menos de metade do custo médio da dívida em 2011, ano em que Portugal foi forçado a pedir o programa de resgate.

Imagem

Novo reembolso ao FMI As baixas taxas de juro no mercado permitiram que o Tesouro acelerasse a estratégia de reembolsos ao FMI, substituindo os empréstimos concedidos por esta instituição pelos do mercado, que cobra juros mais baixos, ou pela dívida de retalho, como os certificados de poupança ou as obrigações do Tesouro de rendimento variável (OTRV). Essa estratégia voltou a ser seguida no final deste ano.

Em novembro, o Tesouro financiou-se em 1,3 mil milhões de euros em OTRV, com uma taxa de 1,10%. E depois de o Estado já ter reembolsado antecipadamente 9000 milhões de euros ao FMI desde o início do ano, vai pagar mais mil milhões neste mês. O dobro do inicialmente anunciado. A entidade liderada por Christine Lagarde cobra 4,3% pelo empréstimo; no mercado secundário, os investidores exigiam ontem 1,792%, menos de metade da taxa do FMI, para comprar dívida a dez anos.

Os reembolsos têm permitido baixar a fatura que Portugal paga pelos empréstimos da troika. Nos primeiros dez meses deste ano, esses empréstimos tiveram um custo 1,38 mil milhões de euros, menos 210 milhões do que no mesmo período de 2016, segundo os dados mais recentes da Direção-Geral do Orçamento. Já a fatura total com juros da dívida deverá cair neste ano em 192 milhões de euros, para 7,13 mil milhões de euros, segundo as estimativas constantes no Orçamento do Estado.

Apesar da descida, o fardo dos juros em relação à dimensão da economia continua a ser o mais elevado da zona euro. O serviço da dívida vai consumir neste ano o equivalente a 3,9% do PIB, de acordo com as previsões da Comissão Europeia. A média da zona euro é de 2%. Ainda assim, esse indicador também tem caído nos últimos anos. Em 2016, os juros pesaram 4,2% do PIB e, em 2013 e 2014, representaram 4,9% do PIB. Bruxelas estima que em 2019 a fatura com juros seja equivalente a 3,5% da economia.
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Re: Dívida da República Portuguesa

por umXdois » 8/12/2017 16:43

Adam hedge Escreveu:força bloco estou com voçes.força margarida faz os alemaes tremerem das pernas.

https://pt.investing.com/news/economy-n ... ida-502739


Eu, que nado percebo disto, parece-me que a afirmação só tem o condão de agravar as tx de juro implícitas que o Estado usa para se financiar nos mercados quando pede emprestado ... :wall:

Parece-me que se for levado a sério a noticia pelos mercados não me espanta que as taxas de juro voltem a subir! Penso eu de que!!

Na realidade o único sitio onde os "hair cuts" são apreciados são no barbeiro/cabeleireiro .. porque quando se trata de emprestar dinheiro e receber menos do que se emprestou ninguém vai á bola ...
e convenhamos que o que está implícito na renegociação do BE é uma espécie de perdão.

Eu como tanta gente particular que empresta dinheiro ao Estado não vou à bola com tais ideias.

Alias deixa-me logo de pé atrás e deixar de empatar dinheiro em OT's, OTRV's e outros afins .. (mas se calhar sou só eu e o meu umbigo que pensam assim)

http://www.jornaldenegocios.pt//mercado ... _Destaques
A ciência do palpite certeiro está no momento em que é feito ... como diria João Pinto "prognósticos ... só no fim do jogo"
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Re: Dívida da República Portuguesa

por Adam hedge » 8/12/2017 15:46

força bloco estou com voçes.força margarida faz os alemaes tremerem das pernas.

https://pt.investing.com/news/economy-n ... ida-502739
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Volta teu rosto sempre na direção do sol e então as sombras
ficarão para trás.

Lembra-te : se não tivesses lido e ouvido falar em aumento de capital tinhas entrado no bes... portanto...
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Re: Dívida da República Portuguesa

por Thoth » 7/12/2017 12:04

Alguém com dados fidedignos pode confirmar esta noticia?

Cumprimentos e bons negócios

Juros de Portugal a descer para mínimos históricos

Nos prazos a cinco e dez anos os juros da dívida portuguesa estavam esta manhã a descer para mínimos de sempre.

Os juros da dívida portuguesa estavam esta quinta-feira de manhã a descer em todos os prazos em relação a quarta-feira e a cinco e dez anos para mínimos de sempre. Cerca das 08:45 em Lisboa, os juros a dez anos estavam a descer para 1,855%, um mínimo desde maio de 2015, contra 1,864% na quarta-feira.

No prazo de cinco anos, os juros também estavam a recuar, para 0,459%, um mínimo de sempre, contra 0,462% na quarta-feira. No mesmo sentido, os juros a dois anos estavam a descer para -0,329%, contra -0,342% na quarta-feira e o mínimo de sempre, de -0,401%, em 5 de dezembro. Os juros da Irlanda e da Grécia estavam a descer a dois anos, inalterados a cinco e a subir a dez anos, enquanto os de Itália estavam inalterados a dois anos e desciam a cinco e dez anos. Os juros de Espanha subiam a dois anos e desciam a cinco e dez anos.

Juros da dívida soberana em Portugal, Grécia, Irlanda, Itália e Espanha cerca das 08:45:
2 anos…5 anos….10 anos
Portugal 07/12……-0,329….0,459……1,855 06/12……-0,342….0,462……1,864
Grécia 07/12…….2,340….3,687……4,784 06/12…….2,348….3,687……4,774
Irlanda 07/12……-0,634…-0,156……0,475 06/12……-0,624…-0,156……0,474
Itália 07/12……-0,381….0,443……1,716 06/12……-0,381….0,448……1,720
Espanha 07/12……-0,380….0,302……1,425 06/12……-0,382….0,307……1,427

Fonte: Bloomberg Valores de ‘bid’ (juros exigidos pelos investidores para comprarem dívida) que compara com fecho da última sessão.
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Re: Dívida da República Portuguesa

por Thoth » 6/12/2017 13:28

IGCP troca mais de mil milhões de dívida

http://www.jornaldenegocios.pt//mercados/obrigacoes/detalhe/igcp-troca-mais-de-mil-milhoes-de-divida?ref=CaldeiraoDaBolsa_Destaques Escreveu:O Tesouro esteve esta quarta-feira no mercado a realizar uma oferta de troca de dívida, alargando as maturidades. O IGCP comprou e vendeu mais de mil milhões de euros nesta operação.

A agência que gere a dívida nacional realizou esta quarta-feira, 6 de Dezembro, uma operação de troca de dívida, tal como o anunciado ontem pelo IGCP.

O Tesouro comprou assim 716 milhões de euros de obrigações que venciam em Junho de 2019, mais 323 milhões de euros de dívida com maturidade em 2020.

Em troca o IGCP ofereceu 715 milhões de euros de obrigações com maturidade em Outubro de 2022, mais 323 milhões de euros que vencem em Abril de 2027.

No total, o IGCP trocou 1.039 milhões de euros de dívida com uma maturidade mais próxima por outra mais longa.

"Do ponto de vista da República Portuguesa o objectivo desta operação foi o de alongar o prazo de reembolso", refere Filipe Silva, Director da Gestão de Activos do Banco Carregosa, explicando que "o esforço de amortização que estava previsto para 2019 e 2020 é adiado para 2022 e 2027".

Filipe Silva adianta que "o juro da dívida emitida hoje não deve ser comparado com o juro da dívida que sai do mercado, uma vez que os prazos são diferentes", sendo que o que "interessa aqui é que o Estado consegue estender o prazo da dívida, num momento em que as taxas de juro estão historicamente baixas".

(Notícia actualizada às 11:10 com mais informação)

(Correcção: onde se lia "obrigações que venciam em Junho de 2016" deve ler-se "obrigações que venciam em Junho de 2019")
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Re: Dívida da República Portuguesa

por Thoth » 5/12/2017 16:14

Portugal vai antecipar "pelo menos" mais 500 milhões ao FMI este ano

http://www.jornaldenegocios.pt//economia/financas-publicas/detalhe/portugal-vai-antecipar-pelo-menos-mais-500-milhoes-ao-fmi-este-ano?ref=CaldeiraoDaBolsa_Destaques Escreveu:O governo vai avançar com mais um pagamento antecipado ao Fundo Monetário Internacional até ao final de 2017, anunciou hoje o secretário de Estado das Finanças.

Até ao final do ano o Governo pretende acrescentar "pelo menos" 500 milhões de euros aos 9 mil milhões que já pagou antecipadamente ao FMI este ano. O objectivo é o de continuar a reduzir os custos de financiamento da República, anunciou terça-feira, dia 5 de Dezembro, Ricardo Mourinho Félix, o secretário de Estado das Finanças, após a reunião de ministros das Finanças da UE (Ecofin) em que representou Portugal.

"Tive a oportunidade de informar os meus colegas da intenção do Governo de fazer um pagamento ao FMI de pelo menos 500 milhões de euros ainda este ano", o que contribui para "reduzir a dívida e o custo da dívida" portuguesa, afirmou numa conferência de imprensa com jornalistas portugueses após o Ecofin.

Portugal tem vindo a amortizar os empréstimos do FMI porque as taxas de juro cobradas por Washington são muito mais elevadas que as exigidas a Portugal nos mercados. Segundo os último boletim mensal do IGCP, no final de Outubro, os 9,3 mil milhões de euros do empréstimo do FMI, com uma maturidade média de 3,9 anos, custavam uma taxa de juro de 4,3%. A taxa de juro a dez anos da República nos mercados está agora abaixo dos 2%.

A manifestação de intenção do pagamento antecipado aos outros governos da UE é necessária pois nas regras dos empréstimos que financiaram o resgate português Portugal só pode antecipar pagamentos a um dos credores, se os outros concordarem.

Como esta opção de gestão da dívida pública melhora a sua sustentabilidade não haverá oposição por parte dos parceiros europeus, pelo que o pagamento poderá ocorrer até final do ano. O montante exacto depende de uma avaliação mais detalhada dos números de final de ano, nomeadamente da execução orçamental, avançou o governante.

A 17 de Novembro, o Governo tinha anunciado o pagamento antecipado de mais 2,78 mil milhões de euros ao Fundo, elevando na altura os pagamentos antecipados em 2017 para 9.012 milhões de euros, um número que agora deverá subir para "pelo menos" 9.512 milhões de euros. No balanço de Novembro, o ministério das Finanças avançou que nesse mês ficaram "liquidados 76% do empréstimo do FMI" realizado em 2011 no âmbito do resgate financeiro pedido por Portugal.

Do total de 78 mil milhões de euros emprestados pela troika, 26,3 mil milhões chegaram do FMI, 24,1 mil milhões do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira, comandado pela União Europeia, e outros 26 mil milhões vieram pelo Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, o fundo de resgate da Zona Euro, agora transformado em Mecanismo Europeu de Estabilidade.
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Re: Dívida da República Portuguesa

por Thoth » 4/12/2017 13:07

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Re: Dívida da República Portuguesa

por Thoth » 21/11/2017 16:19

Risco da divida em mínimos de Abril de 2015

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Re: Dívida da República Portuguesa

por Thoth » 17/11/2017 10:56

Portugal reembolsa mais de 2,7 mil milhões ao FMI

http://www.jornaldenegocios.pt//economia/financas-publicas/detalhe/portugal-reembolsa-mais-de-27-mil-milhoes-ao-fmi?ref=CaldeiraoDaBolsa_Destaques Escreveu:O Ministério das Finanças revelou que fez mais um pagamento antecipado ao FMI esta quinta-feira, 16 de Novembro. No total, Portugal já pagou ao fundo 76% do total do empréstimo concedido.

Portugal reembolsou o Fundo Monetário Internacional (FMI) em mais 2.780 milhões de euros esta quinta-feira, 17 de Novembro, revelou o Ministério das Finanças em comunicado.

Portugal fez assim mais um pagamento antecipado ao FMI. Este valor vencia entre Junho de 2020 e Maio de 2021, revela o Ministério das Finanças.

"Com este pagamento, ficam liquidados 76% do empréstimo do FMI" realizado em 2011 no âmbito do resgate financeiro pedido por Portugal. Do bolo de 78 mil milhões de euros concedidos pela troika, 26,3 mil milhões foram concedidos pelo FMI.

O Ministério liderado por Mário Centeno adianta que no total deste ano, foram feitos pagamentos antecipados ao FMI de 9.012 milhões de euros, "o valor máximo amortizado, em termos anuais, até à presente data", sublinha o comunicado.

A equipa liderada por Mário Centeno diz ainda que "o plano de amortizações antecipadas do FMI continuará a ser implementado em 2018", tal como já estava estipulado anteriormente.

Em Outubro, Portugal reembolsou antecipadamente o FMI em mil milhões de euros, tendo na altura sido dito que "no final deste ano estarão também garantidas cerca de 40% das necessidades brutas de financiamento de 2018", incluindo os 1.400 milhões de euros de pagamentos ao FMI que estão agendados para o próximo ano. O plano anterior do Governo passava por efectuar pagamentos de 5 mil milhões de euros ao FMI em 2018, valor que foi revisto em baixa devido aos reembolsos antecipados para o final deste ano.

"O reembolso antecipado ao FMI contribui decisivamente para a melhoria da sustentabilidade da dívida, reduzindo o custo desta e permitindo, simultaneamente, uma gestão dos pagamentos mais equilibrada e o aumento da maturidade média", acrescenta o comunicado emitido esta sexta-feira, 17 de Novembro.
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Re: Dívida da República Portuguesa

por Thoth » 8/11/2017 18:12

Governo acelera reembolsos ao FMI

http://www.jornaldenegocios.pt//mercados/detalhe/governo-acelera-reembolsos-ao-fmi?ref=CaldeiraoDaBolsa_Destaques Escreveu:Mário Centeno adiantou que Portugal vai realizar um novo pagamento antecipado ao FMI, no valor de três mil milhões de euros.

Portugal deverá realizar um novo pagamento antecipado ao Fundo Monetário Internacional (FMI) "muito em breve". A garantia foi deixado pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, em comentários aos jornalistas em Bruxelas citados pela Bloomberg, onde adiantou que o país deverá reembolsar mais três mil milhões de euros do empréstimo. O Executivo irá, assim, pagar mais mil milhões de euros do que o previsto.

No Orçamento do Estado para 2018, o governo já antecipava novos reembolsos ao FMI, mas o ritmo de pagamentos deverá ser maior do que inicialmente estipulado. O Executivo previa que os reembolsos antecipados totalizassem 8,37 mil milhões de euros este ano, um valor que excedia em mais de três mil milhões de euros o valor pago até 10 de Outubro. Até essa data tinham sido feitos reembolsos antecipados de 5,3 mil milhões de euros. No entanto, no mês passado, o Executivo fez mais um pagamento antecipado de 1.000 milhões de euros.

Com o reembolso adicional de três mil milhões de euros anunciado por Centeno, o governo vai exceder em mil milhões de euros o montante que previa pagar antecipadamente ao Fundo em 2017. Aquando do reembolso de Outubro, o comunicado do ministério das Finanças adiantava que "o plano de amortizações antecipadas do FMI continuará a ser implementado em 2018 fazendo já parte do programa de financiamento da República".

E, acrescentava, que o "reembolso antecipado ao FMI contribui decisivamente para a melhoria da sustentabilidade da dívida, reduzindo o custo desta e permitindo, simultaneamente, uma gestão dos pagamentos mais equilibrada e o aumento da maturidade média".
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Re: Dívida da República Portuguesa

por Thoth » 8/11/2017 13:22

Portugal paga juro mais baixo de sempre para emitir dívida a 10 anos

http://www.jornaldenegocios.pt//mercados/obrigacoes/detalhe/portugal-paga-juro-mais-baixo-de-sempre-para-emitir-divida-a-10-anos?ref=CaldeiraoDaBolsa_Destaques Escreveu:O juro da emissão desta manhã ficou abaixo dos 2%, com Portugal a colocar 1,25 mil milhões de euros à taxa mais baixa de sempre.

Portugal colocou esta quarta-feira uma emissão de 1,25 mil milhões de euros em títulos de dívida a 10 anos, que fica marcada pelo custo de financiamento mais baixo de sempre.

A "yield" média ficou em 1,939%, o que compara com os 2,04% suportados na emissão realizada em 25 de Fevereiro de 2015, que até aqui representava a taxa mais baixa de sempre numa emissão a 10 anos.

Depois de ontem no mercado secundário os juros terem descido da barreira dos 2% pela primeira vez desde Abril de 2015, confirma-se assim o crescente apetite dos investidores pela dívida portuguesa também no mercado primário.

O juro suportado por Portugal está em linha com o praticado no mercado secundário (o mínimo de Abril de 2015 foi fixado ontem nos 1,93%) e compara com os 2,327% da emissão similar realizada em 11 de Outubro.

Ainda assim a procura não foi elevada, ao situar-se nos 1.962 milhões de euros, o que supera apenas 1,57 vezes a oferta. Na emissão de Outubro o rácio tinha ficado em 1,97.

Imagem

"Resultado fenomenal"

"Foi um resultado fenomenal para o nosso nível de risco e para a alavancagem da nossa economia. Portugal ser capaz de endividar-se a 10 anos a uma taxa de 1,9 por cento era algo que não imaginávamos ver. Representa uma excelente poupança em juros para o país, que assim baixa o custo médio da sua dívida", comentou João Queiroz, director da banca online do Banco Carregosa.

Os analistas justificam o reforçado interesse na dívida portuguesa com a expectativa de que a Fitch vai elevar o rating de Portugal em 15 de Dezembro, o que reforçará o peso dos títulos portugueses nos índices de obrigações e obrigará os investidores a comprarem dívida portuguesa. Estes índices são seguidos por muitos investidores passivos, que darão as ordens de compra assim que o reforço no índice se tornar efectivo.

Vários bancos de investimento recomendaram aos clientes que aproveitassem este leilão para reforçar a exposição à dívida portuguesa. O Crédit Agricole estimou uma redução adicional do "spread" da dívida portuguesa para 150 pontos base, o que representa uma compressão adicional depois de ontem ter ficado um mínimo desde 2015 nos 160 pontos base. Além da expectativa sobre o "rating", a dívida portuguesa tem beneficiado com a política monetária do BCE, que mantém no terreno o programa de compra de activos, bem como a evolução positiva de vários indicadores económicos, como o PIB e o défice.

João Queiroz avança com várias razões para a taxa que Portugal conseguiu no leilão de hoje: "A melhoria no rating da S&P, a eventual melhoria da notação dada pelas outras agências, as boas notícias da economia portuguesa mas, acima de tudo isto um factor mais importante: as taxas das dívidas soberanas europeias tem estado a corrigir e nós aproveitamos esse contexto".
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Re: Dívida da República Portuguesa

por Thoth » 7/11/2017 12:20

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Re: Dívida da República Portuguesa

por Thoth » 7/11/2017 10:53

BCE tem mais de 30 mil milhões de euros de dívida portuguesa

https://www.dinheirovivo.pt/economia/bce-tem-mais-de-30-mil-milhoes-de-euros-de-divida-portuguesa/ Escreveu:Apesar de continuar a desacelerar as compras de dívida nacional, o BCE detém 25% das Obrigações do Tesouro. Em outubro abrandou novamente o ritmo.

O Eurosistema continua a fazer compras de dívida portuguesa bem abaixo da meta. Mas no total do programa de compras de títulos do setor público, o BCE já detém mais de 30 mil milhões de euros em títulos de dívida portuguesa, segundo dados divulgados esta segunda-feira pela instituição liderada por Mario Draghi relativos a outubro. O montante detido pelo banco central ao abrigo do atual programa, que se iniciou em março de 2015, corresponde a cerca de 25% do valor total de Obrigações do Tesouro, segundo os dados mais recentes da agência que gere o crédito público, o IGCP, referentes a setembro. No entanto, no mês passado, o Tesouro amortizou mais de 6 mil milhões de euros em obrigações, tendo emitido 1,25 mil milhões nesses instrumentos.

Compras do BCE diminuem

Apesar de ser um investidor relevante na dívida nacional, as compras do BCE está bastante abaixo da meta implícita pela participação de Portugal na chave de capital de banco central. Tem comprado menos de metade do que acontecia nos primeiros meses do programa, quando as aquisições superavam os mil milhões de euros por mês.

Em outubro, o ritmo de compras voltou a cair. O Eurosistema adquiriu 489 milhões de euros de títulos de dívida pública portuguesas, o que compara com o valor de 494 milhões de euros em setembro. Foi o segundo mês mais fraco desde o arranque do programa. O mínimo foi estabelecido em agosto, mês em que o BCE desacelera as compras devido à menor liquidez nos mercados.

Esta desaceleração das compras do banco central e justificada por uma das regras do programa. O banco central não pode deter mais de 33% de uma linha de obrigações ou do total da dívida considerada para efeitos do programa. Como Portugal ainda detém uma quantia significativa de dívida junto de credores oficiais como a União Europeia e a o FMI, mais de 60 mil milhões de euros, isso diminui a margem de atuação do BCE nas compras.

No passado, confrontado com a falta de títulos para manter o ritmo de compras, o BCE flexibilizou algumas regras. Por exemplo, passou a fazer desvios das compras em relação à meta implícita para cada um dos países e começou a comprar títulos com taxas mais negativas que -0,40%. Mas no que diz respeito à regra que limita a compra de dívida portuguesa, Mario Draghi referiu que há constrangimentos institucionais que não a permitem flexibilizar.

O programa do BCE

Na reunião deste mês, o BCE decidiu estender o programa alargado de compras de ativos até, pelo menos, setembro do próximo ano. Mas vai reduzir o valor das compras mensais de 60 mil milhões para 30 mil milhões de euros.

Além de títulos de dívida pública, o banco central compra também obrigações de bancos que apresentem garantias como crédito à habitação, dívida titularizada e obrigações de empresas que tenham ratings de qualidade.

No total do programa, em outubro as compras líquidas de ativos foram de 62,4 mil milhões de euros. Desde o arranque dos programas de compras, o BCE já comprou 2,18 biliões de euros em ativos.
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Re: Dívida da República Portuguesa

por Thoth » 2/11/2017 12:38

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Re: Dívida da República Portuguesa

por Thoth » 31/10/2017 18:00

Prova dos 9: A dívida pública vai aumentar no próximo ano como diz Daniel Bessa?

https://eco.pt/2017/10/30/prova-dos-9-a-divida-publica-vai-aumentar-no-proximo-ano/ Escreveu:O Governo promete a maior redução da dívida dos últimos 19 anos, o economista Daniel Bessa diz que a dívida pública vai aumentar no próximo ano. Quem tem razão?

A dívida pública está nos níveis mais elevados de sempre, mas o Governo garante que essa tendência vai começar a mudar já a partir deste ano. Até ao final de 2017, a dívida vai dar um “trambolhão”, disse Ricardo Mourinho Félix. Já Mário Centeno promete a maior redução da dívida pública dos últimos 19 anos, além de assegurar que a dívida vai continuar a cair no próximo ano.

Este fim de semana, o economista e antigo ministro socialista Daniel Bessa disse, em entrevista ao Dinheiro Vivo, que a dívida pública vai subir.

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Quem tem razão? Como em grande parte das discussões desta natureza, a diferença está no indicador que cada uma das partes utiliza. De um lado, o que é considerado é o rácio da dívida em relação ao Produto Interno Produto (PIB). Do outro, é o valor absoluto da dívida.

A afirmação

“Se há coisa que não vai diminuir em 2018 é a dívida, vai subir. Vamos ter um défice de 1% do PIB, são 1700 milhões de euros que vai ser preciso ir buscar ao mercado. Há operações que o governo pode ter de fazer, não sei se fará alguma na CGD, que aumentará a dívida (…). O peso da dívida no PIB vai diminuir, mas lá está: o ministro das Finanças talvez pudesse ser mais rigoroso quando fala destas coisas (…). Dívida é uma coisa, o peso no PIB é outra. É bom que desça o peso no PIB, do meu ponto de vista era bom que a dívida não subisse. Mas vai subir”.

A declaração de Daniel Bessa foi feita ao Dinheiro Vivo, quando questionado sobre o problema da dívida pública. O economista, que salienta ainda que “o Estado vai ter de ir buscar o dinheiro” usado para recapitalizar a Caixa Geral de Depósitos (CGD), destaca ainda outro ponto importante: “A dívida é o que é: se se vai ao mercado buscar o dinheiro, conta para a dívida; para o défice, umas vezes conta, outras vezes não”.

Os factos

Começando pela trajetória do endividamento neste ano. A dívida pública fixou-se, em agosto (o último mês para o qual já há dados disponíveis), nos 250.388.000.000 euros. É o valor mais elevado de sempre e a primeira vez que a dívida pública superior a fasquia dos 250 mil milhões de euros. Já no final de 2016, a dívida pública fixou-se nos 240.948 milhões de euros.

Dívida pública em máximos históricos

Assim, é verdade que a dívida subiu até máximos históricos, mas o “trambolhão” prometido por Ricardo Mourinho Félix, secretário de Estado Adjunto e das Finanças, vai reduzir este indicador para um valor próximo, mas ainda assim superior, ao que foi registado em 2016.

O primeiro passo deste trambolhão ocorreu este mês, quando Portugal reembolsou uma Obrigação do Tesouro emitida em outubro de 2007, com uma taxa de cupão de 4,35%, no valor de 6.082 milhões de euros. Para além deste pagamento, houve mais mil milhões de euros que foram reembolsados ao Fundo Monetário Internacional (FMI), para além do plano inicial de reembolsos à instituição liderada por Christine Lagarde. Por fim, até ao final deste ano, Portugal vai pagar mais dois milhões de euros ao FMI, antecipando amortizações que ocorreriam até novembro de 2020.

Se Portugal não regressasse ao mercado depois daquele reembolso de 6 mil milhões de euros feito a 16 de outubro, o “trambolhão” total da dívida seria de cerca de nove mil milhões de euros. Contudo, não só já houve leilões de dívida desde então, como Portugal ainda vai voltar ao mercado até ao final deste ano. A 18 de outubro, o Tesouro levantou mais 1.250 milhões de euros. Para 15 de novembro, está marcado novo leilão de Bilhetes do Tesouro, com o objetivo de levantar entre 1.250 e 1.500 milhões de euros.

Descontando estas emissões, que poderão acrescentar 2.750 milhões de euros ao total de dívida pública (dependendo do resultado do leilão de novembro), o trambolhão da dívida até ao final do ano é mais baixo, ficando pouco acima dos 6,2 mil milhões de euros.

Passando para as projeções. O Governo antecipa que o PIB acelere 2,6% este ano, totalizando 192.500 milhões de euros. Em 2018, o PIB deverá crescer 2,2%, para 199.400 milhões de euros, segundo as projeções que constam do Orçamento do Estado para 2018. Já o rácio da dívida, antecipa o Governo, deverá cair para 126,2% do PIB em 2017 e para 123,5% do PIB em 2018. Considerando estas estimativas, e feitas as contas, a dívida pública será de 242,9 mil milhões este ano e de 246,2 mil milhões no próximo.

Assim, quando Mário Centeno diz que haverá a maior redução da dívida dos últimos 19 anos, o ministro das Finanças está correto se estiver a referir-se à redução do rácio da dívida em relação ao PIB. Olhando para os últimos 19 anos, este rácio só se reduziu em quatro anos: 1999 (menos 0,8 pontos percentuais), 2000 (menos 1,1 pontos percentuais), 2007 (menos 0,8 pontos percentuais) e 2015 (menos 1,8 pontos percentuais). Se, este ano, o rácio da dívida se fixar em 126,2% do PIB, como estima o Governo, isso representará uma redução de 3,9 pontos percentuais em relação a 2016. Essa será, sem qualquer dúvida, a maior redução dos últimos 19 anos.

Contudo, em valores absolutos, não há qualquer redução da dívida, há uma subida, tal como afirma Daniel Bessa. No final de 2016, a dívida fixou-se em perto de 241 mil milhões de euros. Este ano, considerando as estimativas do Governo, vai aumentar 0,8% e no próximo 1,3%.

É quase certo que o valor absoluto da dívida vai aumentar, quer este ano quer no próximo, mas é preciso ter em conta que todos os números apresentados são previsões do Governo. As projeções apontam para um rácio da dívida de 123,5% do PIB no próximo ano, tendo em conta que o PIB será de 199,4 mil milhões de euros em 2018. Como em qualquer previsão, pode acontecer que qualquer um desses valores não se verifique, o que alterará o valor absoluto da dívida em 2018.

Há ainda que considerar fatores extraordinários que poderão vir a acontecer, como uma capitalização semelhante à que foi feita na CGD (uma injeção de 3,9 mil milhões de euros, feita em duas fases, em 2016 e este ano). Nesse caso, não só o valor deste evento extraordinário irá ter impacto sobre o défice, como o Estado terá de recorrer ao mercado para se financiar, alterando o plano de financiamento já definido e aumentando ainda mais o valor absoluto da dívida pública.

Nestes cenários, o PIB até poderá evoluir de acordo com as projeções do Governo, mas, se o valor da dívida ficar acima do esperado, então o rácio da dívida sobre o PIB será superior ao que é antecipado (126,2% em 2017 e 123,5% em 2018).

Teoricamente, ainda é possível que a evolução da economia possa superar de tal forma as expectativas que as receitas com impostos e segurança social reduzam as necessidades de financiamento do Estado e, consequentemente, a necessidade de emitir dívida para financiar o défice.

Há um fator adicional a ter em conta, que tradicionalmente não tem grande impacto sobre estas contas, mas que, ainda assim, importa salientar: as obrigações para o retalho, às quais o Estado não impõe travões. O investimento total em Certificados de Aforro estava, em setembro, nos 12.087 milhões de euros, o valor mais baixo desde novembro de 2014. Já o investimento em Certificados do Tesouro estava nos 14.305 milhões de euros, o que corresponde a um novo máximo histórico.

É pouco provável que a aposta dos portugueses neste tipo de produto venha a aumentar significativamente nos próximos tempos, até porque o Governo decidiu lançar uma nova linha de Certificados do Tesouro com uma remuneração mais baixa do que a que era oferecida até agora. Mas há sempre que considerar a hipótese de o investimento nestes produtos aumentar exponencialmente, o que significaria que o Estado estaria a emitir mais dívida além daquela que levanta no mercado. Também pode acontecer o contrário: o investimento nestes produtos reduz-se significativamente e, assim, a emissão de dívida também cai.

Contudo, tendo apenas por base as projeções do Governo, e tomando-as como certas, a única conclusão a que se chega é que a dívida pública em valor absoluto vai aumentar este ano, em relação a 2016, e vai também aumentar no próximo ano, em relação a 2017.
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Re: Dívida da República Portuguesa

por Thoth » 30/10/2017 11:55

Risco da divida a 10 anos em mínimos de Abril de 2015.

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Re: Dívida da República Portuguesa

por Thoth » 26/10/2017 14:32

:clap:

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Re: Dívida da República Portuguesa

por Dr Tretas » 16/10/2017 11:14

O que tenho a dizer é o seguinte:
O Banco de Portugal e o INE mantêm cada um estatísticas à parte, diferentes aspectos da realidade macro-económica. Por isso, os gráficos que eu gostava de ver, que necessitam de combinar dados destas duas entidades, nunca aparecem. Tenho que ser eu a fazê-los. Por exemplo, combinando os dados do PIB do INE com os de dívida líquida, sim, líquida, que essa é que me interessa, quero lá saber se o actual Governo anda a usar a tão criticada almofada financeira deixada pelos mauzões do Governo anterior para pagar dívida do FMI, gerando descidas da dívida bruta para fazer manchetes.

Bom, adiante. O que eu vejo é que a dívida líquida em % do PIB estacionou nos 120% desde 2013 e de lá não sai, com austeridade estúpida, com austeridade inteligente, com Troika, sem Troika, com afectos, sem afectos, com retoma e sem retoma.

Se aquele planalto de dívida não começar a baixar nos próximos trimestres estamos muito mal. Este nível de dívida deixa-nos à mercê de tudo quanto são factores externos, choques económicos, política do BCE, etc. Não gosto.
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Re: Dívida da República Portuguesa

por Thoth » 16/10/2017 9:19

Portugal devolve seis mil milhões aos mercados esta segunda-feira

http://www.jornaldenegocios.pt//mercados/obrigacoes/detalhe/portugal-devolve-seis-mil-milhoes-aos-mercados-esta-segunda-feira?ref=CaldeiraoDaBolsa_Destaques Escreveu:É a grande amortização de Obrigações do Tesouro deste ano e ajudará a diminuir o rácio da dívida sobre o PIB. O custo destes títulos é bem mais alto do que os juros a que Portugal se financia actualmente.

António Costa tinha apontado Outubro como o mês em que se começaria a reduzir a dívida. O primeiro-ministro referia-se ao reembolso de uma linha de Obrigações do Tesouro, no valor de 6,08 mil milhões de euros, que foi lançada em 2007. Esses títulos são amortizados esta segunda-feira, fazendo com que Portugal deixe de pagar uma taxa de cupão acima de 4% e contribuindo para uma redução da dívida.

Segundo as últimas previsões do FMI, constantes na análise à economia nacional feita ao abrigo do artigo IV da instituição, o rácio da dívida pública baixará de 130,3% no final de 2016 para 125,7% este ano. O peso da dívida no total da economia é um dos principais indicadores seguidos tanto pelas agências de "rating" como pelos investidores. O Orçamento do Estado prevê uma descida ainda mais acentuada, com uma queda para 123,5% do PIB.

Apesar da redução do endividamento do Estado em relação à economia, em valores absolutos a dívida deverá subir de 241,1 mil milhões de euros para 243,6 mil milhões este ano. Ainda assim, segundo as estimativas do FMI, terá uma descida face ao último valor divulgado pelo Banco de Portugal, que mostrou que pela primeira vez o endividamento público ultrapassou a fasquia de 250 mil milhões de euros em Agosto.

Mas, apesar do aumento projectado de 2,5 mil milhões de euros no valor da dívida pública, a subida estimada pelo FMI de 8,9 mil milhões de euros do PIB nominal este ano ajudará a baixar o rácio da dívida pública.

Dívida a amortizar com juros elevados

A amortização desta linha de obrigações permitirá a Portugal livrar-se de títulos com juros elevados. A obrigação foi lançada em Abril de 2007 com uma taxa de cupão de 4,35%. Na altura foram emitidos 3.000 milhões de euros, com a linha a ter várias reaberturas em 2007, através de leilões, e em 2013, com recurso a sindicatos bancários. Houve operações em que as taxas ficaram acima de 4,8%.

A última vez em que Portugal foi ao mercado, na passada quarta-feira, obteve uma taxa de 2,327% para emitir a dez anos, quase metade da taxa de cupão da linha de Obrigações que vence esta segunda-feira. Os juros destes títulos são também superiores ao custo médio da dívida portuguesa que era, no final de 2016, de 3,2%. Este ano o custo médio das emissões é de 2,9%.

Tendo em conta apenas a taxa de cupão e o valor actual emitido, esta obrigação custava 245 milhões de euros por ano em juros. O mesmo montante à taxa média da dívida portuguesa custaria menos 70 milhões de euros por ano. E se tivesse uma taxa similar à da última operação a dez anos, a despesa com juros seria de menos 120 milhões de euros ao ano.
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Re: Dívida da República Portuguesa

por Thoth » 11/10/2017 12:02

FMI vê dívida portuguesa abaixo de 120% em dois anos

https://eco.pt/2017/10/11/fmi-ve-divida-portuguesa-abaixo-de-120-em-dois-anos/ Escreveu:As projeções do FMI mostram que Portugal tem nos próximos anos uma janela de oportunidade para reduzir o peso da dívida pública.

Se o Governo se limitasse a manter no terreno as medidas que estão neste momento em vigor, a dívida pública portuguesa estaria abaixo do patamar dos 120% do PIB em dois anos. A projeção é do Fundo Monetário Internacional (FMI) e consta da base de dados do World Economic Outlook, publicado esta terça-feira.

O FMI tem vindo a deixar avisos sobre o rumo que a economia portuguesa está a tomar, exigindo mais reformas estruturais e a manutenção do caminho de consolidação orçamental. Contudo, as próprias projeções do Fundo até 2022 mostram que os próximos anos abrem uma janela de oportunidade significativa para Portugal corrigir uma das suas principais debilidades: o peso da dívida pública. Este ano, o Governo prevê que a dívida caia para 127,7% do PIB, mas o FMI antecipa ainda menos: 125,7%. E 120% em dois anos.

Num cenário de políticas inalteradas — ou seja, o Fundo assume apenas o que está determinado pelo Governo no Orçamento do Estado para este ano e projeta o futuro como se tudo se mantivesse sem mais mexidas — a dívida pública cai consistentemente (tanto em termos brutos, como líquidos), o défice não ultrapassa os 1,5% do PIB e o excedente primário (isto é, descontando os gastos com os juros) mantém-se sempre acima de 2% até 2022.

Só o défice estrutural (que não conta nem com os efeitos do ciclo económico, nem com medidas extraordinárias) se degrada — precisamente porque se assume que não são aplicadas quaisquer novas medidas de consolidação orçamental.
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Re: Dívida da República Portuguesa

por Thoth » 3/10/2017 16:59

BCE mantém travão. Compra 494 milhões em dívida de Portugal

https://eco.pt/2017/10/03/bce-mantem-travao-compra-494-milhoes-em-divida-de-portugal/ Escreveu:O Banco Central Europeu (BCE) continua a travar a compra de dívida de Portugal. Voltou a comprar menos de 500 milhões de euros em setembro.

Banco Central Europeu (BCE) continua a travar as compras de dívida nacional. Adquiriu 494 milhões de euros em setembro, mais do que em agosto, mas mesmo assim mantendo o valor das compras abaixo da fasquia dos 500 milhões de euros.

O montante total investido pelo BCE nas obrigações portuguesas no âmbito do PSPP subiu para 29.570 milhões de euros, isto depois de em agosto se terem registado compras no valor de apenas 414 milhões, o que representou um mínimo histórico.

Desde abril de 2017 que o BCE tem estado a diminuir o valor das compras de dívida pública nacional. A única inversão aconteceu em julho, com um investimento de 517 milhões, valor superior ao registado nos dois meses anteriores.

A entidade liderada por Mario Draghi tem vindo a adquirir praticamente um terço do valor mensal que poderia comprar em títulos de dívida pública portuguesa, isto à medida que se aproxima o fim do programa de compras de 60 mil milhões de euros mensais que está no terreno há 30 meses.

Draghi tem dado sinais de que estará para breve o anúncio do fim deste programa de estímulo à Zona Euro, mas tem sido cauteloso para evitar tensão no mercado de dívida. Está a abrir a porta ao fim desta ajuda, mas alertando sempre que estará disponível para fazer mais compras, caso seja necessário.

Para Portugal, o fim do programa do BCE pode coincidir com a entrada do país nos índices de obrigações globais, os quais exigem que a dívida dos países tenham dois ratings de qualidade junto das três maiores agências mundiais. A S&P tirou Portugal de “lixo” no mês passado, faltando agora a Fitch ou a Moody’s.

Mourinho Félix disse, em entrevista à Reuters, que “quer a Moody’s, quer a Fitch, estão à espera de ver o que acontece nos próximos dois meses em Portugal”. “Este período, também lhes permite ver o que acontece ao saldo orçamental para este ano e terem mais certeza sobre a evolução da economia portuguesa e a nível europeu”, acrescenta, notando que “uma vez aprovado o Orçamento e concluída a venda do Novo Banco, acho que há condições para a Moody’s e a Fitch seguirem a S&P”.

Neste sentido, o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, diz que há margem para que os juros da dívida nacional continuem a cair, encolhendo-se o diferencial face a outros países do euro, nomeadamente face a Espanha. Acredita que Portugal pode aproximar-se “das taxas de juro de Espanha”.

Os juros das obrigações espanhola a dez anos estão a subir 1,5 pontos para 1,71%, enquanto as yields dos títulos portugueses com a mesma maturidade descem 2,9 pontos base para 2,399%. O diferencial de juros entre os dois países está no nível mais baixo dos últimos dois anos, reflexo das tendências independentistas da Catalunha.
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Re: Dívida da República Portuguesa

por Thoth » 2/10/2017 14:18

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Re: Dívida da República Portuguesa

por Thoth » 29/9/2017 12:07

Risco da divida abaixo de mínimos de 2016, está no bom caminho. :clap:

Cumprimentos e bons negócios

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Re: Dívida da República Portuguesa

por Goya777 » 20/9/2017 12:29

Reuniao BCE dia 26 Outubro.

Com o upgrade de mais uma agencia as OT podem passar a integrar os grandes fundos mundiais de obrigaçoes investment grade. Com os cupoes que têm certamente vao gerar interesse...
 
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